PLANO DIRETOR DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO (PDTI)
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- Raquel Leal Borges
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1 PLANO DIRETOR DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO (PDTI) Versão 3.0 Dezembro/2013
2 DIRETOR PRESIDENTE José Lúcio Lima Machado DIRETOR DE PLANEJAMENTO Sérgio de Assis Lobo DIRETOR DE ENGENHARIA Mário Rodrigues Júnior DIRETOR DE OPER Bento José de Lima DIRETOR ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO Cledemário Luiz de Souza SUPERINTENDENTE DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Romeu Mendes do Carmo EQUIPE DE ELABORAÇÃO DO PDTI Daniel de Figueiredo Bandarrinha Raphael Leon Peres Brocchi Rodrigo Gonçalves Pontes Romeu Mendes do Carmo PLANO DIRETOR DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO PDTI
3 HISTÓRICO DAS REVISÕES HISTÓRICO DAS REVISÕES Data Versão Descrição Autores 07/ Elaboração Romeu, Daniel Bandarrinha e Rodrigo Pontes 09/ Revisão Romeu Mendes 11/ Revisão Romeu, Daniel Bandarrinha, Raphael Brocchi e Rodrigo Pontes PLANO DIRETOR DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO PDTI
4 COMITÊ DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Benilda Célia Motta Bruno Nogueira da Costa Hélio José da Silva Maria Alice Duarte Rafael de Almeida Giacomitti Rodrigo Chaloub Romeu Mendes do Carmo PLANO DIRETOR DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO PDTI
5 LISTA DE ABREVIATURAS ANS ASCOM BACKUP BI BPA BPM BPM-CBOK BSB CAD CFTV CLIPPING COBIT CTEC DIPLAN DIRAF DIREN DIREX DIROP EGP EGTI E-MAG E-PING FIREWALL GED GEOINFORMAÇÃO HACKS IN INFOVIA INTERNET INTRANET IP IPS ISO ITIL Agência Nacional de Saúde Assessoria de Comunicação Cópia de segurança Business Intelligence (inteligência de negócio) Análise de processo de negócios Gestão de processo de negócio Guia de práticas para gerenciamento de processos de negócios Brasília Desenho assistido por computador Circuito fechado de televisão Seleção de notícias eletrônicas Controle de objetivos relacionados a tecnologia da informação Comitê de Tecnologia da Informação Diretoria de Planejamento Diretoria Administrativa Diretoria de Engenharia Diretoria Executiva Diretoria de Operações Escritório Geral de Projetos Estratégia geral de tecnologia da informação Modelo de acessibilidade do governo eletrônico Padrões de interoperabilidade do governo eletrônico Parede de fogo (proteção de acesso a rede corporative de informações) Gestão eletrônica de documentos Informação Georreferenciada Reconfiguração ou reprogramação de um sistema Instrução normativa Rede de tráfego de dados sem um nó central Rede mundial de computadores Rede de computadores privada Protocolo de internet Sistema de prevenção de intrusão Organização internacional de padronização Modelo de referência para gerenciamento de processos de TI PLANO DIRETOR DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO PDTI
6 LISTA DE ABREVIATURAS LAN LINK MBC MPOG MT NOBREAK PDGEO PDTI PEI PETIC-ST PMBOK PND PPA PROXYS RJ ROTEADORES SERPRO SERVICE-DESK SEFTI SISP SITE SLTI SOA SQUID STORAGE SUADM SUCON SUCOP SUDEN SUDOP SULIC SUPOB SUPRO SUPTI Rede Local Conexão Movimento Brasil Competitivo Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão Ministério dos Transportes Fonte de alimentação de energia ininterrupta Plano Diretor de Geoprocessamento Plano Diretor de Tecnologia da Informação Planejamento Estratégico de Informação Planejamento Estratégico de Tecnologia da Informação do Setor Transportes Conjunto de práticas de gerenciamento de projetos Plano Nacional de Desestatização Plano Plurianual Servidor de conexão à rede de computadores local Rio de Janeiro Dispositivo de conexão à rede de computadores Serviço de Processamento de Dados do Governo Federal Serviço de suporte a usuários de tecnologia da informação Secretaria de Fiscalização de Tecnologia de Informação do TCU Sistema de administração dos recursos de tecnologia da informação Conjunto de páginas web Secretaria de Logística de Tecnologia da Informação Arquitetura orientada a serviços Servidor de autenticação de acesso à rede local Solução de armazenamento de dados Superintendência Administrativa Superintendência de Construção Superintendência de Controle Operacional Superintendência de Desenvolvimento Superintendência de Desenvolvimento Operacional Superintendência de Licitação Superintendência de Planejamento de Obras Superintendência de Projetos Superintendência de Tecnologia da Informação PLANO DIRETOR DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO PDTI
7 LISTA DE ABREVIATURAS SWITCHES SWOT TCU TI TIC VOIP WAN WIKIS WIRELESS WORKFLOW Comutador de conexão rede corporativa de dados Análise de cenários, forças e fraquezas Tribunal de Contas da União Tecnologia da Informação Tecnologia da Informação e Comunicação Voz sobre protocolo internet Rede de longa distância Coleção de páginas interligadas Rede sem fio de comunicação de dados Fluxo de trabalho LISTAS DE FIGURAS Figuras Conteúdo 1 Planejamento estratégico versus planejamento das áreas 2 Organograma atual da área de TI 3 Organograma proposto para a TI LISTAS DE FIGURAS Figuras Conteúdo 1 Princípios estratégicos de TI 2 Diretrizes estratégicas da TI 3 Análise de SWOT Forças e fraquezas da TI 4 Análise de SWOT Ameaças e oportunidades 5 Princípios constantes em documentos de planejamento 6 Diagnóstico das Necessidades 7 Plano de metas e ações 8 Planejamento de recursos humanos 9 Proposta orçamentária 10 Planejamento da gestão de riscos 11 Fatores críticos de sucesso PLANO DIRETOR DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO PDTI
8 SUMÁRIO APRESENTAÇÃO INTRODUÇÃO Contextualização: VALEC Contextualização: Área de TI VISÃO GERAL DO PDTI OBJETIVO DO PDTI Benefícios Indiretos ABRANGÊNCIA VIGÊNCIA Período de Revisão METODOLOGIA APLICADA NA CONSTRUÇÃO DO PLANO Condução dos Trabalhos e Participação dos Envolvidos REFERENCIAIS ESTRATÉGICOS, LEGAIS, TÉCNICOS E DE NEGÓCIOS Planos Estratégicos Plano Plurianual do Governo Federal Estratégia Geral de Tecnologia da Informação Compras e Contratação Referencial de Modelo Administrativo Governo Eletrônico Segurança da Informação Governança de Tecnologia da Informação Modelo Administrativo Referenciais Técnicos Referenciais das Áreas de Negócio da VALEC 24 PLANO DIRETOR DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO PDTI
9 8. PRINCÍPIOS E DIRETRIZES Orientações Estratégicas Organizacionais Princípios Estratégicos da Tecnologia da Informação Diretrizes Estratégicas da Tecnologia da Informação ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA TI Estrutura Atual da Área de TI Competências da Área de TI Competência proposta para a Gerência de Governança Quantitativo de Recursos Humanos da TI REFERENCIAL ESTRATÉGICO DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Missão Visão Valores e Princípios Análise SWOT Forças e Fraquezas Ameaças e Oportunidades ALINHAMENTO COM A ESTRATÉGIA DA ORGANIZAÇÃO INVENTÁRIO DE NECESSIDADES Critérios de Priorização Necessidades Identificadas PLANO DE S E PLANO DE GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS Capacitação PROPOSTA ORÇAMENTÁRIA PLANO DE GESTÃO DE RISCOS PROCESSO DE REVISÃO DO PDTI FATORES CRÍTICOS DE SUCESSO CONCLUSÃO 85 PLANO DIRETOR DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO PDTI
10 20. APÊNDICES APÊNDICE I: Relatório de resultados do PDTI anterior Investimentos da área de TI em 2012/ Metas previstas da área de TI para APÊNDICE II: Arquitetura atual da TI Ambiente Central Servidores da Rede Sede Equipamentos servidores das unidades descentralizadas Ativos de rede Ambiente Cliente Correio Eletrônico Antivírus Serviço de impressão de rede Análise de tráfego Projeto de infraestrutura de rede Sistema de filtro de acesso à Internet (Proxy e firewall) Softwares APÊNDICE III: Inventário de Hardware, Software, Rede e Serviços de TI APÊNDICE IV: Quadro de Sistemas em uso APÊNDICE IV: Quadro de Recursos Humanos de TI APÊNDICE V - Formulário de levantamento de necessidades de tecnologia de informação PDTI 2014/ APÊNDICE VI Cronograma de elaboração do PDTI APROVAÇÃO DO COMITÊ DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO APROVAÇÃO DA DIRETORIA EXECUTIVA - DIREX 99 PLANO DIRETOR DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO PDTI
11 EQUIPE ATUAL DA SUPERINTENDÊNCIA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO GRUPO DE GESTÃO Romeu Mendes do Carmo Superintendente Daniel de Figueiredo Bandarrinha Gerente de Sistemas Raphael Leon Peres Brocchi Governança Rodrigo Gonçalves Pontes Gerente de Infraestrutura GRUPO TÉCNICO Daniel de Sousa Tschiedel Eduardo Luiz Teodoro Jose Augusto de Souza Araujo Escritório do Rio de Janeiro Lucas Pacheco Lopes Pierre Franco Escritório do Rio de Janeiro Rodrigo Augusto Carlos Bispo Thiago Milo Simões Ferreira GRUPO DE APOIO Lúcia Helena do Nascimento Manso Escritório do Rio de Janeiro Robério Ximenes de Sabóia Tony Cristiano da Silva Xavier Thuan Araújo da Silva PLANO DIRETOR DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO PDTI
12 APRESENTAÇÃO O Plano Diretor de Tecnologia da Informação (PDTI) é um instrumento de diagnóstico, planejamento e gestão dos recursos e processos de Tecnologia da Informação que tem como objetivo central atender às necessidades de tecnologia da informação de um órgão e/ou entidade para um determinado período. Resulta em um instrumento essencial para orientar o alcance da maturidade necessária a qualquer órgão responsável pelo aporte de serviços de qualquer instituição pública e, principalmente, para a manutenção dessa maturidade. A VALEC Engenharia, Construções e Ferrovias S.A., tem neste seu Plano Diretor de Tecnologia da Informação PDTI para o biênio 2014/2015, um instrumento de planejamento para direcionar e redirecionar as ações que visam satisfazer necessidades de soluções tecnológicas e de informação. É imperioso destacar que a VALEC como órgão vinculado ao Ministério dos Transportes, recebeu apoio técnico do Movimento Brasil Competitivo na elaboração do seu Planejamento Estratégico Institucional que norteou o desenvolvimento deste Plano Diretor de Tecnologia da Informação PDTI. Além do Planejamento Estratégico da VALEC, ressalta-se que por iniciativa do Ministério dos Transportes, apoiado pela Secretaria de Logística de Tecnologia da Informação SLTI, vinculada ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, foi criado um Comitê com participação efetiva de todos os dirigentes de TI do Setor Transportes com o fito de elaborar um Planejamento Estratégico de Tecnologia da Informação e Comunicação PETIC que estabelece políticas e as ações inerentes à tecnologia da informação e comunicação no âmbito do Ministério dos Transportes e órgãos do setor transportes. Dessa forma o PETIC - ST também impactou neste PDTI. Cabe destacar que planejar com o foco na eficiência no uso dos recursos não é opção e sim dever constitucional do gestor público. Dessa forma a elaboração deste Plano teve como premissa o princípio da eficiência disposto no artigo 37 da Constituição Federal Brasileira de Na medida, que a VALEC respeita os princípios legais, bem como as boas práticas requeridas pelos órgãos que criam políticas, normatizações, fiscalização e controle inerentes à Tecnologia da Informação e Comunicação na esfera pública e institui um PDTI que direciona com transparência as ações públicas de forma planejada, que focam contratação de bens e serviços de Tecnologia da Informação e Comunicação TIC demonstra e reforça as suas ações na busca da governança corporativa. É fundamental esclarecer que planejar Tecnologia da Informação e Comunicação é também um imperativo de ordem técnica. Dessa forma, a VALEC alicerçada por este PDTI que na sua elaboração teve o zelo do olhar sistêmico, avança dando um passo importante na Governança de TIC estabelecendo política de elaboração, publicação, execução e busca contínua de melhoria do PDTI, em conformidade com as melhores práticas de TIC reconhecidas nacional e internacionalmente. Além dos fatos ora apresentados e que impactaram decisivamente na sua elaboração, é relevante acrescentar que ao executar-se este PDTI vai de encontro ao que estabelece a Lei de Acesso à Informação, criando infraestrutura que faculte maior transparência, facilidade e rapidez ao disponibilizar acesso às informações que são de natureza pública. PLANO DIRETOR DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO PDTI
13 1. INTRODUÇÃO A lógica expressa pelas melhores práticas relacionadas à gestão de TI é precisa quando recomenda que qualquer instituição, pública ou privada, para que possa realizar uma gestão eficiente de seus recursos disponíveis à área de Tecnologia da Informação (TI), necessitam contar com um planejamento no qual estejam relacionadas todas as metas da instituição associadas às ações inerentes a área de TI necessárias ao alcance dessas metas. Assim, um Plano Diretor de Tecnologia da Informação (PDTI) representa um instrumento indispensável para a gestão dos recursos disponíveis a TI. Por isso, na área pública, onde os recursos, de uma forma geral, são mais limitados que os da área privada, os órgãos de controle de governo, em especial o Tribunal de Contas da União (TCU), há muito vêm enfatizando a necessidade de que os órgãos públicos, antes de executarem seus gastos relacionados para a área de TI, devem elaborar um PDTI que contemple todas as ações e as associem às metas de suas áreas de negócio. Notoriamente a Tecnologia da Informação é uma das variáveis relevantes e impactantes no crescimento e na distribuição da atividade econômica. Sendo assim, a maneira pela qual ela é planejada e utilizada pode interferir nos processos organizacionais de forma positiva e/ou negativa, podendo gerar descompasso entre tecnologia disponível com a tecnologia aplicada. Este PDTI reveste-se, assim, de abrangente importância estabelecendo as condições necessárias para que a área responsável pela tecnologia da informação da VALEC promova os investimentos tendo como objetivo central organizar e dispor informações em base de dados corporativa, direcionando iniciativas destinadas a satisfazer as demandas de tecnologia e de informação das unidades organizacionais da VALEC e dos usuários dos seus serviços. Havendo alinhamento com a missão e objetivos estratégicos estabelecidos no tocante à tecnologia e gestão da informação, este PDTI destaca-se notadamente por ser a VALEC uma empresa responsável por empreendimentos que suscitam investimentos financeiros de grande vulto. Dessa forma, torna-se imperioso que a VALEC dê publicidade e transparência às informações que permitam o acompanhamento tanto físico como financeiro da evolução dos empreendimentos sob a sua responsabilidade, utilizando-se de soluções tecnológicas de fácil acesso, permitindo não só que outros órgãos e entidades possam fazer o devido acompanhamento, bem como toda a sociedade. Vale clarificar que o PDTI é instrumento de diagnóstico, planejamento e gestão dos recursos e processos de TI que visa atender às necessidades tecnológicas e de informação de um órgão e/ou entidade por período estipulado. Sendo assim, destaca-se que não se refere apenas como um Plano de Informática e/ou normatização tecnicista, tampouco estático com ciclo de vida determinado e ao fim do qual se começa tudo novamente, às vezes partindo-se da fase inicial, apropriando custos desnecessários e onerosos. Não é, portanto, um plano para ou da área de TI e sim para todas as suas unidades organizacionais que requerem algum grau de suporte e inovação tecnológica. PLANO DIRETOR DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO PDTI
14 Nesse contexto não é novidade que os avanços e inovações na área da tecnologia da informação e comunicação têm facultado acesso à sociedade dos serviços anteriormente restritos às grandes corporações. Ao mesmo tempo, para suportar a ampliação exponencial dos acessos aos serviços, ocorreu a sofisticação dos processos envolvidos no controle, disponibilidade e segurança desses serviços. Correspondente a essa evolução, houve a necessidade das entidades públicas e privadas ofertantes de serviços reorganizarem as respectivas áreas de Tecnologia da Informação. Atento a essa dinâmica o Tribunal de Contas da União TCU, através de vários Acórdãos vem orientando e alertando os órgãos e entidades públicos quanto à necessidade de planejamento nas aquisições de bens e serviços de TI. Especificamente, o Acórdão nº 1.603/2008 determina as seguintes observações, in verbis: (...) 20. O alinhamento de todos os planos, recursos e unidades organizacionais é um fator fundamental para que a estratégia delineada no planejamento possa ser implementada. Assim, o planejamento estratégico de TI tem que estar alinhado com os planos de negócio da organização para o estabelecimento das prioridades e das ações a serem realizadas na área de TI. 24. Deve-se destacar, mais uma vez, a importância do planejamento estratégico institucional para a governança de TI. Para que o planejamento estratégico de TI seja efetivo e proporcione os resultados esperados, ele deve estar alinhado ao planejamento estratégico institucional. A falta deste impede o alinhamento desejado e ainda dificulta o estabelecimento de diretrizes para a área de TI. 26. O planejamento estratégico de TI deve indicar os projetos e serviços de TI que receberão recursos, os custos, as fontes de recursos e as metas a serem alcançadas. Deve ser uma atividade regular e os documentos resultantes devem ser aprovados pela alta administração. (...) Em maio de 2008, a Secretaria de Logística e Tecnologia do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão SLTI/MP publicou a IN nº 04 orientando aos órgãos e entidades da Administração Pública Federal, vinculadas ao Poder Executivo, a realizarem o planejamento das aquisições de bens e serviços de TI. A IN nº 04 foi revista e atualizada, tendo sido republicada em novembro de Em seu artigo 2º, alínea XXII define o termo PDTI como instrumento de diagnóstico, planejamento e gestão dos recursos e processos de Tecnologia da Informação que visa atender às necessidades tecnológicas e de informação de um órgão ou entidade para um determinado período. Para garantir que o PDTI seja executado de forma eficiente, a referida IN também recomenda a implantação de uma estrutura de Governança em Tecnologia da Informação (TI) com a criação de comitês de TI. A IN nº 04 dispõe ainda a seguinte recomendação, in verbis: (...) Art. 4º As contratações de que trata esta Instrução Normativa deverão ser precedidas de planejamento, elaborado em harmonia com o PDTI, alinhado ao planejamento estratégico do órgão ou entidade. (...) Por isso o Sistema de Administração dos Recursos de Tecnologia da Informação - SISP, responsável pelo planejamento, coordenação, operação, controle e a supervisão dos recursos de informação e informática dos órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional, tendo como órgão central o MPOG Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão, por meio da SLTI, instituiu, por meio da PLANO DIRETOR DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO PDTI
15 Instrução Normativa/SLTI n 4/2008, a obrigatoriedade de todos os órgãos que fazem parte do SISP elaborarem seu PDTI. Destaca-se que VALEC sendo uma empresa pública, a princípio não se tem obrigatoriedade de seguir sua normatização. Porém optou-se, por observar as orientações e melhores práticas recomendadas pela SLTI/ MPOG na elaboração deste PDTI. Assim, a elaboração deste PDTI, além de seguir as orientações normativas, dota a VALEC de um instrumento de planejamento e priorização dos investimentos em tecnologia da informação necessários para o cumprimento de seus objetivos estratégicos. Ainda na linha de aderência dos preceitos de boas práticas de governança de TI e tendências, salienta-se que a o MPOG, através da SLTI publicou a Estratégia Geral de Tecnologia da Informação (EGTI 2013/2015) que é um instrumento de gestão do Sistema de Administração dos Recursos de Tecnologia da Informação (SISP), que traça a direção da Tecnologia da Informação (TI), definindo o plano estratégico que visa promover a melhoria contínua da gestão e governança de TI, assim como a sustentação da infraestrutura, além de subsidiar os órgãos do Sistema na elaboração dos Planejamentos de Tecnologia da Informação, inclusive em atendimento ao que determina o Art. 3º. da Instrução Normativa (IN) SLTI/MP nº 04, de 12 de novembro de 2010: Art. 3º Em consonância com o art. 4º do Decreto nº 7.579, de 2011, o Órgão Central do SISP elaborará, em conjunto com os Órgãos Setoriais e Seccionais do SISP, a Estratégia Geral de Tecnologia da Informação - EGTI para a Administração direta, autárquica e fundacional do Poder Executivo Federal, revisada e publicada anualmente, para servir de subsídio à elaboração dos PDTI pelos órgãos e entidades integrantes do SISP. Assim, a EGTI referenciada sinaliza para a busca do amadurecimento institucional do SISP e do fortalecimento da atuação dos órgãos integrantes do sistema na gestão e governança de TI e destaca como tendência a unificação da tecnologia da informação (TI) com a comunicação (C), gerando, assim, a TIC. Neste contexto a EGTI, consolida-se como uma rica referência no processo de construção colaborativa entre os órgãos integrantes do SISP e torna pública a estratégia do governo federal para a área de TI. Ainda quanto ao tema TIC, a EGTI orienta os órgãos que possuem maturidade para tal, que promovam, tão logo possível, a unificação de suas áreas de TI com a de Comunicações, a fim de obter melhores resultados. Entende-se que, independentemente do nível de maturidade, há que se levar em consideração o novo momento da VALEC que encontra-se num processo dinâmico de reestruturação, corroborado pelo recém publicado Decreto de 28 de outubro do presente exercício, que traz em seu bojo uma série de determinações, tendo como palavra-chave GOVERNANÇA e prazos arrojados na sua implantação. Além do mais, a VALEC vem trabalhando no que se refere a geoinformação tendo elaborado um PDGEO Plano Diretor de Geoprocessamento e pela sua natureza demandará ações específicas e atuantes da área de tecnologia da informação, sendo assim este PDTI contemplará ações dessas duas áreas no que se refere a planejamento de aquisições de produtos e serviços de Comunicação e Geoprocessamento. PLANO DIRETOR DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO PDTI
16 1.1. CONTEXTUALIZAÇÃO: VALEC A VALEC é uma empresa pública, sob a forma de sociedade por ações, controlada pela União. Criada em 1972, vinculada ao Ministério dos Transportes, tendo como missão a construção e concessão da Ferrovia Norte-Sul. Em 1992 a empresa foi incluída no Plano Nacional de Desestatização PND. Com o início do Programa de Aceleração do Crescimento, em 2007, a VALEC ganhou fôlego e responsabilidade para o termino das obras. Em 2010, foi revogada a lei que a incluíra no PND. O ano de 2012 acelerou esse processo gerando uma reorganização completa de sua estrutura operacional e administrativa, com aprovação de nova estrutura organizacional, realização de concurso público, implantação do Planejamento Estratégico Institucional e mapeamento dos processos, o que tem proporcionado como impacto a demanda por soluções tecnológicas, contratação de obras e execução de estudos. Atualmente, através do Decreto nº 8.134, de 28 de outubro de 2013, a VALEC sofrerá nova estruturação e reorganização considerando-se a responsabilidade adicional de viabilizar o transporte de cargas por ferrovias, com a compra da capacidade total da malha ferroviária e posterior venda ao mercado interessado CONTEXTUALIZAÇÃO: ÁREA DE TI Antes de 2007, não havia uma área de TI para a empresa, havendo subestruturas departamentais, ficando a cargo da Área Administrativa do Escritório do Rio de Janeiro a responsabilidade do único servidor de dados da empresa, que ficava neste mesmo escritório e que atendia somente o Rio de Janeiro. O escritório de Brasília, que ainda não havia se tornado a Sede da VALEC, utilizava um ramal da rede do Ministério dos Transportes, sem que houvesse nenhuma interligação com os demais escritórios. Como a Área de TI não constava no organograma da empresa foi necessário criar, em outubro de 2009, pela Portaria VALEC No. 299/2009, o Comitê de Tecnologia da Informação - CTec, uma espécie de colegiado com representação das diversas áreas de VALEC, com o papel de orientar as medidas a serem tomadas com relação aos investimentos e prioridades nas aplicações dos recursos financeiros e ativos de TI. O Comitê de Tecnologia da Informação teve como objetivo dar mais modernidade, autonomia e flexibilidade de ação à estrutura de TI, vinculado tecnicamente a então Diretoria Administrativa e Financeira (DIRAF). A área de TI, na forma do Comitê, teve mais condições de centralizar as ações de TI (definição e gestão da aquisição de hardware e software, contratação de serviços de TI, incluindo a elaboração de aplicativos), elaborar normas de comportamento relacionado ao uso da estrutura de TI. Além disso, com criação do Comitê houve o reconhecimento desta Área como responsável pela TI da VALEC, o que possibilitou o aporte de mais recursos. A título de exemplo de suas responsabilidades, deve ser mencionada a elaboração de um PDTI para o período 2010/2011, e posteriormente que norteou a reflexão para o Plano ora proposto, e cujas principais informações de planejamento de ordem orçamentária são apresentadas em um Anexo à parte. Em razão dessa experiência com o Comitê e com o incremento das atividades e a consequente liberação de verbas para a implementação de novos empreendimentos e a nova visão da alta direção da empresa, ficou PLANO DIRETOR DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO PDTI
17 evidente a necessidade de uma reestruturação urgente, sendo criada no final de 2012 a Superintendência de Tecnologia da Informação, ligada à Diretoria de Planejamento DIPLAN, tendo como principal missão, prover recursos adequados de suporte tecnológico e orientar ações ao desenvolvimento de soluções tecnológicas para o apoio à decisão no âmbito da Diretoria e das unidades organizacionais. Há que se registrar que apesar do avanço demonstrado no último ano, saindo da situação desconfortável de Comitê de Tecnologia de Informação para uma Unidade Organizacional, constatou-se que, pela dinâmica e natureza da atividade que perpassa todas as ações organizacionais, o fato de ser uma superintendência ligada a uma diretoria específica caracteriza-se ainda como uma restrição e limitação de autonomia danosa para avanços dos projetos e dos incrementos de modernização que são mandatórios e exigem respostas tempestivas. Corroborando com essa constatação, o Comitê instituído pelo Setor Transportes para elaboração do Plano Estratégico de Informação e Comunicação PETIC identificou que uma das ações prioritárias do Ministério dos Transportes e demais órgãos do setor será a proposição de um reposicionamento das áreas de tecnologia da informação e comunicação que deverão vincular-se à alta administração. 2. VISÃO GERAL DO PDTI O PDTI apresenta o resultado de um mapeamento sobre a situação atual trazendo em seu bojo um inventário de necessidade das áreas de negócio, bem como o planejamento das ações de TI da VALEC, com o objetivo de apoiar as necessidades priorizadas pelos próprios gestores das áreas de negócio e validadas no Comitê de TI e aprovado pela Diretoria de Planejamento e posteriormente pela Diretoria Executiva. Compreende-se, assim, uma primeira iniciativa para o planejamento das ações de TI para o período de 2014/2015. Contém as ações estruturantes próprias da TI no apoio às operações: infraestrutura e ambientes especializados de TI da VALEC, em especial dos sistemas e serviços de TI corporativos para atendimentos aos usuários internos e externos (obras). As necessidades do negócio, por sua vez, se coadunam com as orientações estratégicas da VALEC ora tratadas, suas competências e legislação em vigor. O desenvolvimento do trabalho teve como alicerce principal, as ações de tecnologia de informação, de comunicação de dados e voz e geoinformação, respeitando-se as propostas e necessidades das áreas de negócio da VALEC, tendo como propósito deixar clara a parcela de contribuição da TI para o desempenho das necessidades do negócio e a lista de ações resultantes, sendo que as propostas para execução no período indicado é resultado da priorização dada pelas próprias áreas de negócio da VALEC e validadas pelo Comitê de TI. PLANO DIRETOR DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO PDTI
18 3. OBJETIVO DO PDTI O objetivo da elaboração do PDTI é possibilitar uma visão completa da arquitetura atual e desejada, dando condições, através de adoção das melhores práticas de uma melhor governança de TI alicerçada por um processo estruturado e dando condições de se criar mecanismos de estabelecimento de plano de metas, controle, monitoramento e mensuração por meio da adoção de indicadores de resultados. Fundamental destacar a sua relevância para a VALEC como um instrumento orientador e normativo do desenvolvimento e aquisições de bens, soluções, serviços e processos de TI, comunicação (dados e voz) e geoinformação para o atingimento de suas necessidades estratégicas e organizacionais no período proposto. Este modelo tem como pilares: a) Qualidade A qualidade é premissa na execução de qualquer natureza de serviço, seja no desenvolvimento de aplicativos, sistemas, manutenção dos sistemas existentes, provimento de serviços de infraestrutura, participação em projetos, ou no suporte ao usuário. b) Segurança É responsabilidade da Superintendência de TI a busca incessante por um ambiente seguro com mitigação de riscos e ameaças com o fito de garantir à organização a disponibilidade, confiabilidade e integridade de seus ativos. c) Padronização É imperioso que a VALEC atenda aos preceitos legais, bem como promova a aderência a padrões e normas técnicas nacionais e internacionais, principalmente no tocante às políticas de governo eletrônico, definidas pelo Governo Federal, com total alinhamento aos objetivos estratégicos organizacionais, bem como ao PETIC do setor transportes. d) Geração de Valor Busca-se a aumentar a satisfação das áreas demandantes com adoção de soluções tecnológicas que aplicadas às suas necessidades aumentem sua produtividade, contribuindo de forma efetiva nas ações e nos resultados esperados BENEFÍCIOS INDIRETOS Ressalta-se que de um modo geral, resguardadas as especificidades de cada caso, o processo pelo qual passa a elaboração de um Plano Diretor de Tecnologia de Informação traz, como resultados indiretos, um rico conjunto de questionamentos, reflexões e revisões que resultará no amadurecimento da TI e da própria Instituição: Reflexões sobre a missão e visão de futuro da Área de TI alinhados respectivamente à missão e visão de futuro da VALEC; Identificação do domínio competitivo da Área de TI; PLANO DIRETOR DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO PDTI
19 Busca de respostas às oportunidades e ameaças externas e aos pontos fracos e fortes internos, cumprindo suas atribuições com efetividade; Identificação e explicitação de revisão dos objetivos e/ou orientações estratégicas ou recomendações para a TI corporativa em total aderência aos objetivos e orientações estratégicas conhecidas na organização com uma visão de médio e longo prazos, e os decorrentes planos de ação atrelados às necessidades das áreas de negócio e por estas priorizadas, com a identificação, sempre que possível, da fonte de recursos; Identificação e explicitação, não apenas das ações operacionais a serem realizadas pela TI, mas, também, dos aspectos de estrutura e gestão sobre a TI corporativa, em especial pela operacionalização de uma estrutura de governança necessária para a execução das ações, por meio de proposta de criação de uma gerência específica que tratará da governança de TI dentro da estrutura da Superintendência de TI e por meio da consolidação de um Comitê de Tecnologia da Informação, bem como para os mecanismos de revisão periódica do PDTI aprovado; Desenvolvimento de capacidades que fortaleçam e assegurem a execução dos planos e projetos de TI. 4. ABRANGÊNCIA Este PDTI compreende toda a VALEC, incluindo os escritórios remotos. 5. VIGÊNCIA Considerando que o Plano Plurianual (PPA) corrente terá a vigência até o exercício de 2015, a VALEC optou por elaborar um PDTI com a vigência para os anos de 2014 e 2015, seguindo o PPA. Cabe ressaltar, ainda, que em função dos programas governamentais que afetam o Setor Transportes e por consequência a VALEC, poderá haver necessidade de atualizações e adequações no conteúdo deste Plano, em particular no que refere ao inventário de necessidades e na priorização das ações e metas ora elencadas PERÍODO DE REVISÃO As ações não priorizadas para o período de validade proposto serão arquivadas para eventual acesso e inseridas nas revisões do PDTI, ou mesmo por ocasião da eventual elaboração de um novo plano com o objetivo de atender a fatores externos impactantes e/ou modernização dos processos administrativos, o que naturalmente resulta na revisão das soluções de tecnologias de informação e comunicação que os alicerçam. A princípio, prevê-se a revisão sistemática quadrimestralmente do conteúdo do Plano. Destaca-se que a governança da TIC traz como benefício o equilíbrio possível entre demandas, sempre crescentes, e recursos limitados para sua viabilização, facultando a redução do descompasso que imperava anteriormente entre as necessidades dos clientes e a capacidade da TIC para atendê-las, uma vez que as ações de TIC passam a estar alinhadas às prioridades do negócio, retratadas no Planejamento Estratégico Institucional, bem como Planejamento Estratégico de TIC do Setor Transportes. PLANO DIRETOR DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO PDTI
20 6. METODOLOGIA APLICADA NA CONSTRUÇÃO DO PLANO O roteiro de elaboração do PDTI prevê as seguintes fases: Fase I Situação atual da TI; Fase II Levantamento das necessidades e serviços de TI para o negócio; Fase III Análise da situação desejada; Fase IV Montagem e elaboração do PDTI; Fase V Aprovação pelo Comitê de TI, Diretoria de Planejamento e pela Diretoria Executiva; e Fase VI - Divulgação A observância do fluxo do processo de elaboração do PDTI esbarra ainda em algumas dificuldades devido, em especial, ao fato da VALEC ter renovado o seu quadro efetivo, que ainda encontra-se num processo de ambientação e passando por processo de capacitação nas atividades operacionais, bem como nos processos de legislação e normatização que regem a esfera pública. Há ainda um ponto a ser observado que impacta diretamente na elaboração do PDTI e na aplicação da metodologia referida. Diz respeito ao entendimento equivocado de que o PDTI é responsabilidade da Área de TI, ao invés da Organização. Isso significa que a elaboração de um PDTI requer o envolvimento de toda a casa e, principalmente, das áreas de negócio, maiores interessadas em que a área de TI proporcione os serviços que necessitam com a eficiência e qualidade requeridas. As organizações de um modo geral elaboram um Planejamento Estratégico Institucional (PEI), e através de um plano de comunicação dão ciência e conhecimento à instituição o que, no caso específico da VALEC aconteceu neste exercício de 2013, onde o PEI foi aprovado e divulgado, e as ações definidas começaram a ser implementadas. Com o uso do PEI, as diversas áreas funcionais dos órgãos e entidades podem, por sua vez, desenvolver planos por área, a exemplo do que ocorre habitualmente com a área de Recursos Humanos, que propõe planos de desenvolvimento de recursos humanos, assim como com a área de Tecnologia de Informação, que também propõe planos de TI envolvendo toda a Organização. Logo, não há que se falar de um PDTI da Área de TI, mas um PDTI da VALEC, que use o planejamento como instrumento de reflexão das necessidades do negócio, e as ações de TI decorrentes dessas necessidades, e do PEI, por sua vez, é a base para o planejamento da área de TI, conforme se pode observar na Figura 1 a seguir: PLANO DIRETOR DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO PDTI
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇAO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE RONDÔNIA COMISSÃO DE ELABORAÇÃO DO PLANO DIRETOR DE TI
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