Publicada no D.O. de RESOLUÇÃO SEPLAG Nº 714 DE 13 DE JUNHO DE 2012
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1 GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E GESTÃO Publicada no D.O. de RESOLUÇÃO SEPLAG Nº 714 DE 13 DE JUNHO DE 2012 NORMATIZA A SOLICITAÇÃO PARA INCLUSÃO, NOS PROJETOS DAS LEIS DOS PLANOS PLURIANUAIS PPA, DE SUAS REVISÕES E DOS ORÇAMENTOS ANUAIS - LOA, DE NOVOS PROJETOS QUE CONTEMPLEM INVESTIMENTOS EM VALOR IGUAL OU SUPERIOR A R$ ,00 (CINQUENTA MILHÕES DE REAIS). A SECRETÁRIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E GESTÃO, em exercício, no uso de suas atribuições legais, CONSIDERANDO: - o que consta do Artigo 2º do Decreto Estadual nº , de 06 de junho de 2012, RESOLVE: Art. 1º- Aprovar, na forma do Anexo, o Manual de Orientação para a inclusão de novos projetos, que contemplem investimentos, em valor igual ou superior a R$ ,00 (cinqüenta milhões de reais), nos Projetos das Leis dos Planos Plurianuais PPA, de suas revisões e das Leis Orçamentárias Anuais LOA. Art. 2º- Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Rio de Janeiro, 13 de junho de 2012 CRISTINA LUCIA DE BARROS VIANNA Secretária de Estado de Planejamento e Gestão, em exercício
2 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão Manual para Avaliação de Projetos de Investimentos Rio de Janeiro, junho de 2012.
3 Introdução Este manual tem por objetivo orientar os órgãos setoriais para apresentação de estudos de impacto orçamentário e financeiro de projetos de investimentos, cujo custo total seja igual ou superior a R$50 milhões. O manual define uma metodologia de trabalho para avaliação dos projetos de investimentos, desde o seu planejamento e proposição, passando por avaliação, implementação, chegando até o encerramento e, consequentemente, o custeio dele decorrente. O Capítulo I apresenta o Decreto nº /2012, o qual condiciona a inclusão de novos projetos de investimentos no PPA e LOA à apresentação de estudo de impacto orçamentário e financeiro e, as fases de avaliação dos projetos. O Capítulo II apresenta o roteiro de apresentação dos estudos de viabilidade dos projetos de investimentos e o detalhamento dos itens exigidos. No Anexo, consta o formulário de apresentação dos estudos. 2
4 I Inclusão de Novos Projetos de Investimentos no PPA e na LOA Conforme Decreto nº de 06 de junho de 2012, a inclusão de novos projetos de investimentos, cujo custo total previsto seja igual ou superior a R$50 milhões, nos Projetos das Leis dos Planos Plurianuais - PPA, suas revisões e das Leis Orçamentárias Anuais - LOA fica condicionada à apresentação de estudo de impacto orçamentário e financeiro. DECRETO Nº DE 06 DE JUNHO DE 2012 DISPÕE SOBRE AS DIRETRIZES PARA A INCLUSÃO DE NOVOS PROJETOS QUE CONTEMPLEM INVESTIMENTOS NOS PLANOS PLURIANUAIS E NAS LEIS ORÇAMENTÁRIAS ANUAIS E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, no uso de suas atribuições constitucionais e legais, tendo em vista o que dispõe os Artigos 16 e 17 do Capítulo IV - Seção I da Lei Complementar Federal nº 101, de 04 de maio de 2000, tendo em vista o que consta do Processo nº E-01/1745/2012, DECRETA: Art. 1º - A inclusão de novos projetos, que contemplem investimentos em valor igual ou superior a R$ ,00 (cinqüenta milhões de reais), nos Projetos das Leis dos Planos Plurianuais - PPA, suas revisões e das Leis Orçamentárias Anuais - LOA passa a ficar condicionada à apresentação de estudo de impacto orçamentário e financeiro. Parágrafo Único - O impacto orçamentário-financeiro do projeto deverá considerar as despesas de manutenção no exercício previsto para a entrada em operação do objeto do investimento e nos dois sue nos dois subsequentes. Art. 2º - A Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão SEPLAG editará Manual normatizando a solicitação de inclusão dos novos projetos referidos no artigo anterior. Parágrafo Único - O Manual definirá: I - a metodologia de formulação e a forma de apresentação dos projetos; II - as premissas e a metodologia de cálculo da estimativa do impacto orçamentário e financeiro das despesas de manutenção decorrentes; III - os critérios para a definição do grau de prioridade dos projetos. Art. 3º - Os projetos de que trata o Art. 1º deste Decreto serão submetidos à avaliação do Governador por intermédio da SEPLAG. 1º - As propostas deverão ser consolidadas pela SEPLAG na forma de relatório circunstanciado para subsidiar o processo decisório, que deverá conter: I - quadro resumo dos investimentos apresentados nos projetos formulados; II - a classificação dos projetos por grau de prioridade; III - demonstrativo do impacto orçamentário e financeiro, incluindo as respectivas estimativas das despesas de manutenção decorrentes dos projetos. 2º - O montante necessário para o desenvolvimento dos projetos selecionados deverá ser compatível com as disponibilidades de recursos orçamentários e financeiros, considerando-se o valor já comprometido com as demais ações do Estado. 3
5 Art. 4º - O disposto neste Decreto aplica-se à Administração Pública direta e indireta, autarquias e fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público. Art. 5º - Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Rio de Janeiro, 06 de junho de 2012 SÉRGIO CABRAL O processo de avaliação dos projetos de investimentos é dividido em quatro fases: Planejamento: Fase responsável por identificar e selecionar as melhores estratégias de investimento, argumentos que amparem a implementação e a contratação do projeto. Nesta fase é detalhado tudo que será realizado: as etapas do processo, inclusive as desenvolvidas por parceiros, cronogramas, alocação de recursos e custos envolvidos. Aprovação: Fase em que os projetos apresentados por todas as áreas da Administração Pública são consolidados pela Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão no Quadro de Investimentos Planejados, no qual constarão informações consolidadas sobre custos e prazos dos investimentos em suas diversas fases, seus impactos econômicos e sociais, bem como a estimativa de despesas de custeio posteriores, de modo a orientar a decisão sobre aprovação e definição de prioridades. Execução: Fase que materializa tudo o que foi planejado anteriormente. Qualquer erro cometido nas fases anteriores fica evidente durante essa fase. Grande parte do orçamento e do esforço é consumida nessa fase. Monitoramento e Controle: Ocorre paralelamente ao planejamento, à aprovação e à execução do projeto. Tem como objetivo acompanhar e controlar o que está sendo realizado de modo a propor ações corretivas e preventivas no menor espaço de tempo possível caso haja detecção da anomalia. Acompanha a execução física e financeira, a partir das metas previstas ano a ano. 4
6 II Roteiro para apresentação de estudos de viabilidade dos projetos O roteiro de apresentação dos estudos de viabilidade dos projetos de investimentos, com valor igual ou superior a R$50 milhões, deverá atender as etapas a seguir: 1. Sumário executivo; 2. Dados cadastrais; 3. Análise fundamental; 4. Aspectos técnicos; 5. Análise financeira; 6. Análise gerencial. O Sumário Executivo apresenta de forma sucinta o projeto. Os Dados Cadastrais funcionam como uma introdução ao projeto, fornecendo as informações básicas sobre ele. Na Análise Fundamental, consta a forma como se chegou até o projeto. Os Aspectos Técnicos descrevem os detalhes físicos do projeto. A Análise Financeira trata das despesas do projeto e de suas eventuais receitas. E, por fim, a Análise Gerencial, trata da conjuntura em que serão administrados o projeto e o empreendimento dele derivado, envolvendo as etapas de monitoramento e avaliação. O roteiro aqui exposto é um modelo básico para os estudos de viabilidade. Aos órgãos setoriais é facultado acrescentar itens específicos que julgarem relevantes para seus projetos. 1. Sumário Executivo: Fase inicial do investimento, quando uma determinada necessidade é identificada e transformada em um problema estruturado a ser resolvido. Deve conter uma descrição sucinta do projeto, definindo o escopo, as características principais, os objetivos físicos a serem alcançados, o prazo de execução, custo total previsto e o público-alvo a ser atingido. 5
7 2. Dados Cadastrais: Título Expressa, em linguagem clara, o objeto do projeto e a forma pela qual será apresentado no PPA, nas LDOs e nas LOAs. Finalidade (O que se quer?) Expressa concisamente o objetivo a ser alcançado pelo projeto. Descrição (Como fazer?) Expressa, de forma sucinta, o que é efetivamente feito no âmbito do projeto, seu escopo e delimitações. Produto (Resultado) Informa o bem ou serviço que resulta do projeto, destinado ao público-alvo. Em casos extremamente especiais, este item expressa a quantidade de beneficiários atendidos pelo projeto. Para cada projeto deve haver um só produto. Unidade de medida Indica o padrão selecionado para mensurar a produção do bem ou serviço. Forma de implementação Descrição de todas as etapas do processo, inclusive as desenvolvidas por parceiros, até que o projeto esteja pronto para operação. Duração da implantação Informa o tempo de implantação do projeto em anos e meses. Valor total estimado O valor estimado contem dois tipos de valor: aquele decorrente do investimento propriamente dito, aí incluído o valor da obra, compra de equipamentos, quando for o caso, desapropriações também quando for o caso e demais valores diretamente associados ao investimento e os valores associados à manutenção e/ou operação do investimento realizado. Valor do investimento: Indica o valor de referência do projeto, a preços de mercado constantes, desde o seu início até a sua conclusão, ou seja o custo total de implantação do projeto; 6
8 Valor do Custeio Decorrente: Indica o conjunto de valores associados à manutenção e/ou operação do investimento realizado, devendo contemplar, valores operacionais do investimento, como por exemplo, contratos de manutenção de equipamentos, quando for o caso, valores associados a concessionárias quando for o caso (por exemplo, valores de energia elétrica, água, telefone, etc), valores associados à mão-de-obra, como remuneração de servidores públicos, terceirizados, etc. Previsão Físico-Orçamentária Indica os valores dos desembolsos anuais previstos para a realização do projeto, desde seu início até a sua conclusão. Também inclui a previsão de execução física ano a ano. 3. Análise Fundamental: Diagnóstico Descreve por que o projeto é desenvolvido, a causa ou a condição que motiva a sua implementação, devese explicitar o segmento social ou econômico afetado ao qual o projeto se destina e que se beneficia direta e legitimamente com sua execução. 4. Aspectos técnicos: Cronograma de execução física Estipula um cronograma anual de execução física do projeto, com discriminação por etapa e por categoria de gastos. 5. Análise Financeira: A análise financeira deve ser conduzida de forma a demonstrar as despesas derivadas do projeto e que afetam o setor público. Gastos com implantação Informa os gastos anuais do projeto, a preços de mercado constantes. A referência é o Valor total estimado no item Dados cadastrais. Os gastos devem estar discriminados por etapa do projeto no menor nível do grupo de despesa. 7
9 Financiamento externo Discrimina, se houver, a parcela das despesas de implantação que será financiada com recursos externos. Gastos com operação Custeio decorrente do investimento Informa os gastos operacionais anuais do empreendimento, a preços de mercado constantes. Os gastos devem estar discriminados em categorias. 6. Análise Gerencial: Monitoramento e avaliação Descreve os instrumentos previstos para o monitoramento e a avaliação da implantação do projeto e da operação do empreendimento. Preferencialmente, devem ser também apontados indicadores dos benefícios esperados. 8
10 ANEXO Formulário de Apresentação 1. SUMÁRIO EXECUTIVO 2. DADOS CADASTRAIS Título Finalidade Descrição Produto (Resultado) Unidade de medida 9
11 Forma de implementação Direta Descentralizada Justificativa Unidade Orçamentária Responsável Duração da implantação (anos e meses) Valor total estimado R$ Previsão Físico-Orçamentária (as colunas devem ser ajustadas de acordo com a temporalidade do projeto) Projeto / Metas Título do projeto Meta (unidade) Programação Físico Orçamentária Ano 1 Ano 2 Ano 3 Pós Ano 3 Totais Em R$ milhões 3. ANÁLISE FUNDAMETAL Diagnóstico 10
12 4. ASPECTOS TÉCNICOS Cronograma de Execução Física (sugere-se a utilização do diagrama de Gantt) O diagrama de Gantt (ou mapa de Gantt) é um gráfico usado para ilustrar o avanço das diferentes etapas de um projeto. Os intervalos de tempo representando o início e fim de cada fase aparecem como barras coloridas sobre o eixo horizontal do gráfico e as etapas são descritas no eixo vertical. Exemplo: Etapas Temporalidade (ano, mês, semana, dias) Fases Planejamento Aprovação Execução Monitoramento e Controle 5. ANÁLISE FINANCEIRA Gastos com a implantação Financiamento Externo Gastos com operação Custeio decorrente do investimento 11
13 6. MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO Avaliação das metas Avaliação dos custos Acompanhamento dos indicadores 12
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