Estudo epidemiológico da profilaxia do tromboembolismo venoso em pacientes

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Estudo epidemiológico da profilaxia do tromboembolismo venoso em pacientes"

Transcrição

1 1 Estudo epidemiológico da profilaxia do tromboembolismo venoso em pacientes internados em especialidades cirúrgicas diversas de um Hospital de Nível Terciário CÍNTIA PRADO MAIA 1, AUGUSTO DIOGO FILHO 2, DÉBORA MIRANDA DIOGO 3, LARISSA DOS SANTOS PAULA FEDRIGO 3, PRISCILA MIRANDA DIOGO 3. RESUMO: Introdução O Tromboembolismo Venoso (TEV) pós-operatório é uma entidade freqüente e grave, que pode levar à embolia pulmonar e à síndrome pós-trombótica. Apesar dos benefícios comprovados pela profilaxia, nota-se uma inadequação na sua indicação. Objetivo - Verificar a indicação de heparina profilática entre pacientes de diferentes clínicas cirúrgicas de um Hospital Universitário. Metodologia - Realizou-se avaliação prospectiva por 10 dias seguidos, em cada mês, no período de Setembro a Dezembro de 2005, de 360 pacientes operados nas clínicas: Cirurgia Geral, Ginecologia, Neurocirurgia, Traumatologia, Urologia e Cirurgia Vascular, identificando os fatores de risco para TEV e o uso profilático de heparina, de acordo com as normas da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular. Resultados - Dos 360 pacientes analisados, 24 (6,67%) foram classificados como de baixo risco para TEV, 129 (35,83%) eram de risco moderado, e a maioria, 207 (57,5%) eram de alto risco. Desses pacientes, 187 (51,94%) receberam heparina profilática. A heparina foi utilizada em 73,33% dos pacientes da Cirurgia Geral, em 16,67% da Ginecologia, em 50,0% da Neurologia, em 31,62% da Ortopedia, em 37,29% da Urologia e em 97,83% da Cirurgia Vascular. Apenas 38,76% dos pacientes de risco moderado, e 64,73% dos de alto risco receberam profilaxia. A heparina foi utilizada de forma adequada em 78,0% dos pacientes de risco moderado, e em 64,18% dos de alto risco. Trombocitopenia, sangramento menor e maior, foram identificados em 3 (0,83%), 12 (3,33%) e 2 (0,56%) pacientes, respectivamente. Foram observados 9 (2,5%) episódios de complicações tromboembólicas. Conclusão - Apesar das indicações bem definidas da heparina na profilaxia do TEV, verificase uma adesão incompleta por parte dos profissionais médicos da área, expondo os pacientes a complicações graves. Palavras chave: trombose venosa profunda, tromboembolismo venoso, profilaxia.

2 2 1 Acadêmica da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Uberlândia Rua São Paulo, nº 899, apto Bairro Brasil. Uberlândia MG cintiamaia@yahoo.com 2 Professor associado, Departamento de Cirurgia Geral, Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, MG. 3 Acadêmicas do curso de Medicina da Universidade Federal de Uberlândia. * Este trabalho recebeu apoio da FAPEMIG

3 3 Epidemiological study of venous thromboembolism prophylaxis in hospitalized patients in several surgical specialties of an Tertiary Referral Hospital ABSTRACT Introduction: Postoperative Venous thromboembolism (VTE) is a frequent and severe disease that can lead to pulmonary embolism and postthrombotic syndrome. Although the venous thromboembolism prophylaxis is a proven strategy, it s observed an inadequate indication. Objectives: Verify the indication of venous thromboembolism prophylaxis among patients of several surgical specialties of a School Hospital. Methods: It was accomplished a prospective study for 10 consecutive days in each month, among September and December of 2005, with 360 patients surgically treated in the specialties: General Surgery, Gynecology, Neurosurgery, Traumatology, Urology and Vascular Surgery, identifying risk factors for the development of VTE and the use of heparin prophylaxis according to the recommendations of the Brazilian Society of Angiology and Vascular Surgery. Results: Among the 360 patients, 24 (6,67%) were at low risk for VTE, 129 (35,83%) were at medium risk and the majority, 207 (57,5%) showed at high risk. One hundred and eighty seven patients (51,94%) of the sample receive thrombosis prophylaxis. Heparin was used in 73,33% of the patients of General Surgery, in 16,67% of Gynecology, in 50,0% of Neurosurgery, in 31,62% of Traumatology, in 37,29% of the patients of Urology and in 97,83% of Vascular Surgery. Just 38,76% patients of medium risk and 64,73% patients of high risk received prophylaxis. Heparin was used in an adequate way in 78,0% of patients of medium risk, and in 64,18% of high risk. Twelve (3,33%) patients present minor bleeding, 2 (0,56%), major bleeding, and 3 (0,83%) patients presents thrombocytopenia. It was observed 9 (2,5%) cases of thromboembolic complications. Conclusion: Although the indications of heparin prophylaxis to VTE are well known, we verify an incomplete adhesion of the medical professionals of the area, exposing the patients to severe complications. Keywords: deep venous thrombosis, venous thromboembolism, prophylaxis.

4 4 Introdução A trombose venosa profunda (TVP) é a oclusão parcial ou total do sistema venoso profundo, podendo ocorrer nos membros superiores, na veia cava e, também nos membros inferiores (Neser, Caffaro & Castelli, 2003). A Embolia pulmonar (EP) é considerada resultado de uma série de eventos cardiorespiratórios decorrentes da migração de um trombo oriundo do sistema venoso periférico quando da oclusão da artéria pulmonar e/ou de seus ramos (Verstraete & Vermylen, 1989; Van Rossum et al., 1998). Portanto, a TVP e a EP são manifestações de um mesmo problema: o tromboembolismo venoso (TEV) (Saad, Neser & Saad Junior, 2004). Outra complicação da TVP, menos grave que a embolia pulmonar, é a insuficiência venosa crônica, também chamada síndrome pós-trombótica. Tal síndrome ocorre como conseqüência da não recanalização das veias profundas atingidas pela TVP. Suas principais manifestações são varizes secundárias, eczemas, edema, erisipela, úlceras varicosas, dor e incapacidade para o trabalho (Gomes & Ramacciotti, 2002; Heit, 2006). A dificuldade do diagnóstico da TVP, o retardo na terapêutica e a estreita relação entre TVP e EP determinam altas taxas de morbimortalidade, com repercussões sociais graves (Saad, Neser & Saad Junior, 2004). Aproximadamente metade dos óbitos decorrentes de tromboembolia pulmonar aguda grave ocorre em pacientes cujas condições clínicas teriam uma evolução favorável (Comissão de Circulação Pulmonar da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, 2000). A TVP é uma enfermidade bastante freqüente não só na população em geral, com uma incidência anual de casos/ habitantes/ano nos EUA (White, 2003), mas também entre pacientes hospitalizados, estimando-se que aproximadamente 10% dos óbitos observados em hospitais estão relacionados com a existência de EP (Thromboembolic Risk Factors Consensus Group, 1992; Mismetti et al., 2000). No Brasil, provavelmente devido à falta de confirmação pela dificuldade de acesso aos serviços médicos e pela subnotificação, estima-se uma incidência de 0,6 caso/mil habitantes/ano (Evangelista et al., 1996). Os sinais e sintomas de ambos, TVP e EP, são inespecíficos, e conseqüentemente muitos pacientes com dor na perna, edema, dor no peito ou dispnéia devem ser investigados (Schluger et al., 1994).

5 5 Os pacientes que sofrem um traumatismo importante ou são submetidos à intervenção cirúrgica de longa duração estão sob risco de tromboembolismo venoso. Esse risco aumenta com a idade, obesidade, em portadores de neoplasia, antecedentes cirúrgicos recentes e os estados trombogênicos. Além disso, há interferência de fatores individuais, tais como duração da intervenção, o tipo de anestesia, a imobilização pré e pósoperatória, o grau de hidratação e a existência eventual de uma infecção. A incidência global das complicações tromboembólicas em cirurgia ginecológica é comparável à da cirurgia geral. Os fatores de risco são os mesmos, mas o risco de trombose venosa aumenta nas mulheres que tomam anticoncepcionais orais (Nicolaides et al, 1992). Segundo classificação realizada a partir de reuniões de consenso sobre profilaxia do TEV (Consensus Conference, 1986; Nicolaides, 1997; Clagett, Anderson & Geerts,1998) os pacientes são classificados em: Baixo risco: Cirurgias em pacientes com menos de 40 anos sem outros fatores de risco; cirurgias menores (com menos de 30 minutos de duração e sem necessidade de repouso prolongado) em pacientes com mais de 40 anos e sem outro fator de risco que não a idade; e trauma menor (Gomes & Ramacciotti, 2002). Risco moderado: cirurgias maiores (geral, urológica ou ginecológica, com mais de 30 minutos de duração) em pacientes de 40 a 60 anos e sem fatores de risco adicionais; ou em pacientes com menos de 40 anos associado a outro fator de risco (Gomes & Ramacciotti, 2002). Alto e altíssimo risco: Cirurgias maiores em pacientes com mais de 60 anos e sem fator de risco adicional; em pacientes entre 40 e 60 e com fator de risco adicional; em pacientes com história de TVP ou EP prévia ou trombofilia, pacientes submetidos a grandes amputações e portadores de infecções, em cirurgias ortopédicas maiores (quadril, joelho e coluna vertebral); ou ainda em cirurgias maiores em pacientes com neoplasias malignas e traumas múltiplos com fratura de pelve, quadril ou membros inferiores (Gomes & Ramacciotti, 2002). A natureza clinicamente silenciosa da enfermidade na maioria dos pacientes, a pouca confiabilidade do diagnóstico clínico devido aos poucos sintomas específicos, juntamente com a morbidade,

6 6 mortalidade e custos associados à trombose não prevenidas, justificam a necessidade de uma tromboprofilaxia adequada (Stein & Henry, 1995; Sixth ACCP Consensus Conference on Antithrombotic Therapy, 2001). A tromboprofilaxia pode ser realizada por métodos físicos e farmacológicos. As medidas físicas mais utilizadas na profilaxia do TEV são: elevação dos membros inferiores em pacientes impossibilitados de deixar o leito, movimentação ativa e passiva dos membros inferiores, deambulação precoce, meias elásticas de compressão gradual, compressão pneumática intermitente externa dos membros inferiores e filtro de veia cava inferior permanentes e temporários (Comissão de Circulação Pulmonar da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, 2000; Maffei, 2002). Os métodos farmacológicos são atualmente os mais estudados e indicados, geralmente associados aos métodos físicos. Hoje, os métodos farmacológicos disponíveis no Brasil são (Maffei, 2002): Heparina não fracionada em baixas doses (HNF) seu efeito anticoagulante baseia-se no fato de interagir com a antitrombina III, acelerando sua capacidade em inativar várias enzimas da cascata da coagulação (Baruzzi et al., 1996). Indica-se a dose de 5000 UI a cada 8 ou 12 horas, iniciadas duas ou 12 horas antes do ato operatório ou no início da internação de pacientes imobilizados, mantidos por sete a dez dias (Gomes & Ramacciotti, 2002). Heparina de baixo peso molecular (HBPM) tem maior capacidade em inibir o fator Xa e menor afinidade por proteínas plasmáticas, vasculares, células endoteliais, macrófagos e plaquetas, conferindo maior biodisponibilidade e meia-vida plasmática e redução dos efeitos colaterais relacionados a plaquetopenia e risco de sangramento (Baruzzi et al., 1996), permitindo sua utilização em injeção única diária e proporcionando mais conforto ao paciente (Green et al., 1994; Weitz, 1997; Maffei, 2002). A maior parte das pesquisas clínicas demonstra que a HBPM têm eficácia igual ou superior à HNF na profilaxia do TEV em pacientes cirúrgicos (Green et al., 1994; Imperiale & Speroff, 1994; Barrowcliffe, 1995; Davies & Faulds, 1996; Enoxacan Study Group I, 1997; Palmer et al., 1997; Weitz, 1997). A HBPM, em cirurgias de alto e altíssimo riscos,

7 7 têm melhores resultados, tanto na eficácia da profilaxia quanto na freqüência de complicações hemorrágicas (Leyvraz et al., 1991; Mohr et al., 1993; Colwell Jr. et al., 1994; Quader, Strump & Sumpio, 1998; Pineo & Hull, 1998; Agnelli, 2000). É indicado que se administre a droga duas horas antes do procedimento cirúrgico nos pacientes de risco moderado e 12 horas antes nos pacientes de alto e altíssimo riscos, porém, se não houver esta possibilidade, indica-se a administração da HBPM no momento da indução anestésica com anestesia geral (Gomes & Ramacciotti, 2002; Falciani, Imberti & Prisco, 2005). Anticoagulantes orais (antagonistas da vitamina K AVK) foram os primeiros fármacos propostos para a profilaxia do tromboembolismo venoso, mas caiu em desuso (Maffei, 2002). O inconveniente do uso dos AVK em doses baixas é a necessidade de início várias semanas antes da cirurgia e do controle laboratorial cuidadoso e freqüente, fato que encarece e se torna mais complicado a sua utilização (Maffei, 2002). Dextran age sobre a viscosidade sanguínea, sobre a adesividade plaquetária e sobre a polimerização da fibrina (Maffei, 2002). É utilizado principalmente em pacientes com história de trombocitopenia induzida por heparina, em pacientes com quadro neurológico agudo e em neurocirurgia (Comissão de Circulação Pulmonar da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, 2000). Segundo as Normas de orientação clínica para a Prevenção, o Diagnóstico e o Tratamento da Trombose Venosa Profunda (Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, 2005) recomenda-se para a correta utilização da profilaxia da TVP: movimentação no leito e deambulação precoce para pacientes de baixo risco; uso de heparina subcutânea em baixa dose (5000 UI a cada 12 horas, iniciada 2 a 4 horas antes da cirurgia, se anestesia geral, ou 1 hora após punção, se for bloqueio) ou heparina de baixo peso molecular subcutânea uma vez ao dia (menor dose profilática, iniciada 2 horas antes da cirurgia, se anestesia geral, ou 12 horas antes da cirurgia, se bloqueio), combinadas ou não à compressão com meias graduadas para pacientes de risco moderado; e para pacientes de alto risco recomenda-se o uso de heparina não-

8 8 fracionada subcutânea em baixa dose (5000 UI a cada 8 horas, iniciada 2 a 4 horas antes da cirurgia, se anestesia geral, ou 1 hora após punção, se for bloqueio) ou heparina de baixo peso molecular subcutânea uma vez ao dia (maior dose profilática, iniciada 2 horas antes da cirurgia, se anestesia geral, ou 12 horas antes da cirurgia, se bloqueio), combinada à compressão pneumática intermitente (Maffei et al., 2005). Apesar de grandes evidências sobre a eficácia das medidas profiláticas para o TEV, existe uma grande variabilidade na prática médica, na aplicação dessas medidas. Diversos estudos encontram flutuações de 28 a 100% no uso rotineiro desta profilaxia (Sixth ACCP Consensus Conference on Antithrombotic Therapy, 2001). Sabe-se que a profilaxia adequada é o método de melhor relação custo/benefício, podendo reduzir significativamente os gastos hospitalares, já que, diminuindo-se a incidência de TVP e EP, diminui-se o tempo de internação e os gastos com tratamento (Saad, Neser & Saad Jr., 2004). A profilaxia também deve ser incentivada para evitar a grande morbidade causada pela seqüela tardia da TVP que causa graus variados de incapacidade (Prandoni et al., 1996). A profilaxia do TEV, normalmente, não é feita, isso porque observações informais e pessoais levam a falsas impressões de incidência baixa, dificultando a conscientização. O temor do agravamento das condições clínicas de pacientes criticamente enfermos especialmente pela possibilidade de sangramentos é um dos fatores que geram desconfiança e impedem a profilaxia farmacológica (Saad, Neser & Saad Jr., 2004). Além disso, não se tem o hábito de enfatizar as complicações da TVP, o que reduz a preocupação com a profilaxia. O médico não pensa na possibilidade da ocorrência de TVP e mantém sua atenção voltada ao melhor resultado para o tratamento da doença específica (Saad, Neser & Saad Jr., 2004). Portanto, faz-se necessário programas de reciclagem ou educação continuada, principalmente em centros universitários, a fim de melhorar a adesão dos médicos aos programas de profilaxia da TEV (Clagett, Anderson & Geerts, 1998). Uma vez compreendida a importância da profilaxia do TEV na prática clínica diária, torna-se necessário o reconhecimento dos fatores de risco tromboembólicos para a adequada seleção da profilaxia a ser empregada. Objetivo O principal objetivo deste trabalho é verificar a profilaxia farmacológica do

9 9 TEV através do uso da heparina não fracionada em pacientes de seis clínicas cirúrgicas de um hospital escola. E como objetivo secundário, verificar o espaçamento das doses (8/8h ou 12/12h) e as complicações pelo uso de heparina, assim como, as complicações tromboembólicas. Pacientes e Métodos Foi realizado um estudo epidemiológico, prospectivo transversal, com avaliação diária, por um período de dez dias nos meses de setembro a dezembro de 2005, pacientes de ambos os sexos operados nas diversas Clínicas Cirúrgicas do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia. Foram identificados os fatores de risco para o desenvolvimento de TEV, o uso profilático de heparina, de acordo com as normas propostas por Jackson Caiafa (Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular - SBACV). Uma ficha com dados de identificação, fatores de risco, uso de heparina e suas complicações era preenchida para cada caso. Avaliou-se 360 pacientes cirúrgicos das clínicas: Cirurgia Geral (Aparelho Digestivo e Proctologia), Ginecologia, Neurocirurgia, Ortopedia/Traumatologia, Urologia e Cirurgia Vascular (Tabela 1). Foram coletadas informações relativas aos fatores de risco distribuídos em três categorias: baixo (0 a 1 ponto), médio (2 a 4 pontos) e alto risco (5 ou mais pontos) para o desenvolvimento do tromboembolismo venoso (anexo 1). Tabela 1 - Distribuição dos pacientes por clínica Especialidade Freqüência Percentual Cirurgia Geral 90 25,00% Ginecologia 24 6,67% Neurocirurgia 24 6,67% Ortopedia/ ,50% Traumatologia Urologia 59 16,29% Cirurgia 46 12,78% Vascular Total ,00% Aos fatores de risco: anestesia geral, anticoncepcional oral, cateter venoso central de longa permanência, cirurgia prolongada, doença autoimune, eclâmpsia, grande queimado, idade maior que 40 anos, ileíte regional, restrição prolongada ao leito, imobilização de membros, infarto agudo do miocárdio (IAM), infecção grave, internação em Centro de Terapia Intensiva (CTI), obesidade, pré-eclâmpsia, puerpério, quimioterapia, retocolite ulcerativa, síndrome nefrótica, trauma, terapia de reposição hormonal e varizes de grosso calibre nos membros inferiores, apresentados pelos pacientes, recebiam pontuação 1 (um) pela presença. Já os

10 10 fatores de risco câncer, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), insuficiência cardíaca congestiva (ICC), idade maior que 60 anos, paralisia de membro inferior e trauma grave, corresponderam a 2 pontos cada. Pacientes com traumatismos raquimedulares, grandes cirurgias ortopédicas de quadril e/ou joelho, grandes cirurgias para câncer, acidente vascular cerebral isquêmico (AVCI), trombofilia, passado de TVP/EP e prostatectomia tranvesical foram considerados de alto risco, independente da presença de outros fatores de risco. Trinta dias após a alta hospitalar, foi realizada uma análise retrospectiva dos prontuários dos pacientes para verificação da ocorrência do TEV, relacionando dados clínicos, medicamentosos e cirúrgicos. A utilização adequada da profilaxia para TEV foi analisada segundo as normas da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, que recomenda movimentação no leito e deambulação precoce para pacientes de baixo risco; uso de heparina subcutânea em baixa dose (5000 UI a cada 12 horas) ou heparina de baixo peso molecular subcutânea uma vez ao dia (menor dose profilática), combinadas ou não à compressão com meias graduadas para pacientes de risco moderado; e para pacientes de alto risco recomenda-se o uso de heparina nãofracionada subcutânea em baixa dose (5000 UI a cada 8 horas) ou heparina de baixo peso molecular subcutânea uma vez ao dia (maior dose profilática), combinada à compressão pneumática intermitente. Foi considerada dosagem adequada a prescrição de heparina não fracionada de 8/8h para pacientes de alto risco e de 12/12h para pacientes de médio risco. Verificou-se também a ocorrência ou não de complicações pelo uso da heparina, como sangramento menor, sangramento maior (quando foi necessário hemotransfusão e/ou queda de hemoglobina maior que 2g/L) e trombocitopenia (queda na contagem de plaquetas superior a 50% do nível basal após o início de uso da medicação, ou pela normalização da contagem de plaquetas após a suspensão da Heparina, trombo branco por exame patológico e/ou complicações tromboembólicas e teste positivo de agregação de plaquetas) (Caiafa & Bastos, 2002). Por se tratar de um estudo epidemiológico e por ser um levantamento do que é feito rotineiramente nas clínicas cirúrgicas, o consentimento dos pacientes envolvidos não foi necessário. As informações foram posteriormente digitadas em um banco de dados, utilizando o software Microsoft Excel. A análise estatística foi realizada por meio do teste da Binominal, sendo

11 11 considerados estatisticamente significantes valores de p < 0,05. Utilizou-se o programa estatístico BioEStat 2.0 (Ayres et al, 2000). O trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Uberlândia. Resultados: Dos 360 pacientes avaliados no estudo, 217 eram do sexo masculino (60,28%) e 143 (39,72%) eram do sexo feminino. A idade média encontrada foi 52 anos e o Índice de Massa Corporal médio foi 24,23 kg/m 2, conforme indicados na Tabela 2. Os fatores de risco mais encontrados, por ordem de freqüência, podem ser identificados na Tabela 3. Foram classificados como de baixo risco para o desenvolvimento de TVP 24 pacientes (6,67%), de risco moderado 129 (35,83%) e de alto risco 207 (57,50%), variando esta classificação conforme a distribuição dos pacientes por clínica (Tabela 4). Dos 360 pacientes avaliados, 187 (51,94%) receberam heparina profilática. Dentre os pacientes com baixo risco, 3 (12,50%) receberam profilaxia medicamentosa. Dos 336 pacientes com indicação para receber profilaxia medicamentosa (risco moderado e alto), 184 (54,76%) a receberam, e desses, 67,93% receberam em dose adequada. Dos 184 que receberam heparina, 50 (38,76%) eram de médio risco e 134 (64,73%) de alto risco (Tabela 4). O esquema profilático empregado em todas as clínicas cirúrgicas avaliadas foi com heparina não-fracionada subcutânea. Dos pacientes (184) que receberam profilaxia medicamentosa, 125 (66,84%) a receberam de maneira adequada. Quarenta e oito pacientes (35,82%) de alto risco não receberam a dose correta de profilaxia recomendada para esse grupo, ou seja, a dose de UI subcutânea de 8/8hs (Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, 2005). Para todos os pacientes analisados estava prescrito cuidados gerais, mas sem nenhuma especificação quanto à medidas profiláticas físicas, como deambulação precoce e movimentação do paciente no leito. De todas as especialidades analisadas neste estudo, a ginecologia foi a clínica que menos utilizou a heparina, aplicando-a em apenas 4 pacientes (16,67%). Em contrapartida, a Cirurgia Vascular foi a especialidade que mais utilizou heparina profilática (97,83% dos pacientes), além de ser a clínica que usou a profilaxia adequada em maior número de pacientes (93,33%).

12 12 Tabela 2 - Distribuição dos pacientes quanto à Clínica Cirúrgica, Idade Média, Sexo e Índice de Massa Corporal (IMC) Clínica Cirúrgica Idade média Sexo IMC (kg/m 2 ) Cirurgia Geral 57 ± 17,93 (14 a 88 anos) Ginecologia 50 ± 17,79 (17 a 84 anos) Neurocirurgia 43 ± 17,26 (14 a 72 anos) Ortopedia/Traumatologia 49 ± 22,47 (13 a 100 anos) Urologia 58± 19,18 (13 a 82 anos) Vascular 57 ± 17,93 (18 a 89 anos) Total 52 ± 20,02 (13 a 100 anos) M = 46 (51,11%) F = 44 (48,89%) M = 0 (0%) F = 24 (100%) M = 17 (70,83%) F = 7 (29,17%) M = 78 (66,66%) F = 39 (33,33%) M = 44 (74,57%) F = 15 (25,42%) M = 32 (69,56%) F = 14 (30,43%) M = 217 (60,28%) F = 143 (39,72%) 23,77 (13,31 a 45,12) 25,07 (16,25 a 35,33) 24,78 (19,00 a 33,70) 24,01 (14,53 a 38,00) 24,06 (17,26 a 33,00) 25,13 (16,34 a 42,00) 24,23 (13,31 a 45,12) IMC= Índice de Massa Corpórea Tabela 3 - Fatores de risco mais freqüentes entre os pacientes nas 6 Clínicas Cirúrgicas avaliadas. Fator de risco N % Cirurgia prolongada (> 60 ) ,00 Anestesia geral ,83 Idade acima de 60 anos ,50 Restrição prolongada ao leito 98 27,22 Idade entre 40 e 59 anos 90 25,00 A análise estatística foi realizada comparando os resultados encontrados nas demais Clínicas Cirúrgicas com a Cirurgia vascular, por nós considerada como padrão-ouro no uso de heparina profilática. Em relação ao uso de heparina profilática, e também ao uso adequado, todas as clínicas apresentaram diferença significativa quando comparadas à Cirurgia Vascular (p <0,05). Foram observados 9 episódios de TEV (2,5% dos pacientes avaliados), sendo 8 TVPs e 1 TVP/EP. Destes pacientes, 7 pertenciam ao grupo de alto risco para o desenvolvimento de tromboembolismo venoso e 2 pertenciam ao grupo de risco moderado. Em relação à profilaxia

13 13 utilizada, todos os pacientes receberam cuidados gerais e HNF, e, entre esses, 2 pacientes de alto risco (28,57%) receberam dose inferior a recomendada. A Cirurgia Vascular, com 5 ocorrências, foi a clínica que mais apresentou complicações tromboembólicas. Não observou-se ocorrência de EP isolada em nenhuma das clínicas (Tabela 5). Foram identificados 12 (3,33%) episódios de sangramento menor, 2 (0,56%) de sangramento maior e 3 (0,83%) de trombocitopenia. Desses 17 pacientes, 15 (88, 24%) eram de alto risco e 2 (11,76%) de risco moderado para desenvolvimento de TEV. Tabela 4 - Distribuição dos pacientes por clínica cirúrgica, categoria de risco, uso profilático de heparina, dosagem adequada e inadequada. Heparina Profilática Categoria de Risco Clínica Cirúrgica (N) Uso Adequada Inadequada N % N % N % N % Alto 58 64, ,65* 32 61,54* 20 38,46 Geral (90) Médio 28 31, ,00* 9 64,29* 5 35,71 Baixo 4 4,44 0 0,00 0 0,00 0 0,00 Alto 9 37, ,44* 2 50,00* 2 50,00 Ginecologia (24) Médio 11 45,83 0 0,00 0 0,00 0 0,00 Baixo 4 16,67 0 0,00 0 0,00 0 0,00 Alto 17 70, ,06* 5 62,50* 3 37,50 Neurocirurgia (24) Médio 7 29, ,14* 3 75,00* 1 25,00 Baixo 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 Alto 64 54, ,75* 16 57,14* 12 42,86 Ortopedia/ Traumatologia (117) Médio 48 41, ,83* 5 50,00* 5 50,00 Baixo 5 4,27 0 0,00 0 0,00 0 0,00 Alto 32 54, ,88* 5 33,33* 10 66,67 Urologia (59) Médio 18 30, ,33* 6 100,00* 0 0,00 Baixo 9 15, ,11* 0 0, ,00 Alto 27 58, , ,30 1 3,70 Vascular (46) Médio 17 36, , ,00 0 0,00 Baixo 2 4, ,00 0 0, ,00 Alto , , , ,82 Total Médio , , , ,00 Baixo 24 6, ,50 0 0, ,00 Total , , , ,16 N = nº de pacientes * = p < 0,05 quando comparado com Cirurgia Vascular

14 14 Tabela 5 Distribuição dos pacientes quanto à Clínica Cirúrgica, Categoria de Risco, Complicações pelo uso da heparina e Complicações tromboembólicas. Complicações/ heparina Complicações tromboembólicas Clínica N S. menor S. maior Trombocit TVP TVP/EP EP Cirúrgica N % N % N % N % N % N % Cirurgia Geral ,67 0 0,00 1 1,11 1 1,11 0 0,00 0 0,00 Ginecologia ,17 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 Neurocirurgia ,17 0 0,00 0 0,00 1 4,17 0 0,00 0 0,00 Ortopedia/ Traumatologia ,85 2 1,70 1 0,85 1 0,85 0 0,00 0 0,00 Urologia ,70 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 Cirurgia , ,87 0 0,00 1 2,17 Vascular 1 2,17 0 0,00 Categoria de Risco N N % N % N % N % N % N % Alto ,83 2 0,97 3 1,45 6 2,90 1 0,48 0 0,00 Médio ,55 0 0,00 0 0,00 2 1,55 0 0,00 0 0,00 Baixo ,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 Total ,33 2 0,56 3 0,83 8 2,22 1 0,28 0 0,00 S = sangramento; Trombocit. = Trombocitopenia; TVP = Trombose Venosa Profunda; EP = Embolia Pulmonar. Discussão O TEV representa uma situação grave de pós operatório amplamente documentada na literatura.. Por outro lado, a profilaxia da TVP é reconhecidamente efetiva em minimizar as complicações em situações definidas de risco (Menna- Barreto et al., 1998). É importante ressaltar que os dados referentes às características dos pacientes operados (sexo, idade, índice de massa corporal) verificados neste estudo, não servem para traçar um perfil dos pacientes submetidos aos procedimentos cirúrgicos no Hospital de Clínicas da UFU, mas podem ser utilizados para análises comparativas entre as clínicas avaliadas durante o estudo. Em relação à distribuição dos pacientes segundo a categoria de risco para o desenvolvimento de TEV, o Registro Nacional Brasileiro de fatores de risco para eventos tromboembólicos e uso de tromboprofilaxia apresenta uma proporção de 8%, 45% e 47% para alto, moderado e baixo risco, respectivamente (Bastos et al., 2001). Caiafa & Bastos (2002), encontraram números semelhantes, com 4,7% de pacientes de alto risco, 42,87% de risco moderado e 52,43% de baixo risco. Esses números que englobam tanto pacientes cirúrgicos quanto pacientes clínicos, diferem dos encontrados em

15 15 nosso estudo, em que verificou-se 57,50% de pacientes de alto risco, 35,83% de risco moderado e 6,67% de baixo risco. Resultados semelhantes foram descritos por Engelhorn et al. (2002) no Hospital Geral Universitário da Santa Casa de Misericórdia de Curitiba, com 47,06% de pacientes de alto risco, 36,76% de risco moderado e 16,18% de baixo risco, entre os pacientes cirúrgicos. A profilaxia do TEV é necessária e fundamental, entre outras medidas, pois ao diminuir a incidência de TVP e EP, reduzse o tempo de internação e os gastos com tratamento e morbimortalidade causada pelo TEV. A profilaxia é comprovadamente efetiva, o que já foi demonstrado em estudos prévios. Em cirurgia geral, o emprego de heparina não fracionada em baixas doses reduziu a incidência de TEV de 25% para 4%, representando redução de risco relativo de 86% (Clagett & Reisch, 1988). Em cirurgia eletiva de colo de fêmur, o uso de heparina reduziu a incidência de TEV de 50% para 11%, uma redução de risco relativo de 77% (Clagett et al., 1992). Embora acessível, a profilaxia da TVP ainda não é suficientemente utilizada, como já foi demonstrado por vários estudos. Em estudo realizado no Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Menna- Barreto et al. (1998) demonstraram que a profilaxia medicamentosa para a trombose venosa profunda é empregada em apenas 50% dos pacientes com indicação para utilizá-la. No nosso estudo, verificamos números semelhantes, em que a heparina foi utilizada em 54,76% dos pacientes do total com indicação para recebê-la. Dos que receberam, apenas 67,93% foram de maneira adequada. Em um estudo conduzido por Caiafa e Bastos (2002), no Hospital Naval Marcílio Dias, a profilaxia foi utilizada em 65,9% dos pacientes. Goldhaber et al. (1994) estimaram que somente 30% dos pacientes hospitalizados e de risco para TVP recebiam profilaxia adequada no Brigham and Women s Hospital, de Boston (EUA). Dentre as prováveis justificativas para essa subutilização são: dúvidas quanto à classificação de grupos de risco, e inadequada indicação para cada grupo. Existem várias classificações de risco publicadas, algumas adequadas para pacientes clínicos e outras para pacientes cirúrgicos (escores de Nicolaides et al., 2002; Geerts et al., 2001 e Caprini et al., 2001). Em nosso estudo, verificamos que 12,5% dos pacientes de baixo risco receberam profilaxia medicamentosa, o que está em desacordo com o protocolo. O grupo de alto risco foi o que utilizou mais corretamente quanto à indicação da heparina profilática, empregando-a em

16 16 64,73% dos casos. Em estudo realizado por Engelhorn et al. (2002), somente 20,90% dos pacientes de alto risco receberam profilaxia. Temos que considerar que a indicação da profilaxia não deve generalizar e tem que contemplar sempre o grau de risco trombótico (Villar Fernández et al., 2004). Anderson et al. (1991) demonstraram que a profilaxia era mais utilizada em hospitais escola e em pacientes submetidos a cirurgia vascular, abdominal e ortopédica. Em nosso estudo, as clínicas cirúrgicas geral e vascular foram as que mais utilizaram heparina profilática. Outra possível explicação para a falta de indicação plena da heparina não fracionada profilática nos pacientes cirúrgicos é a preocupação dos cirurgiões quanto ao risco de sangramento durante a operação. Contudo dados de meta-análise e estudos randomizados demonstram que não há aumento significativo de sangramento com o uso de heparina nãofracionada em baixas doses e, principalmente, da heparina de baixo peso molecular (Engelhorn, 2002). A profilaxia da TVP e da EP pode ser realizada por meio de métodos físicos (deambulação precoce, meias elásticas, compressão pneumática intermitente, etc.) e/ou farmacológicos (Gomes & Ramacciotti, 2002). Neste estudo, não se verificou prescrição daquelas medidas apesar da deambulação precoce ser uma conduta de emprego comum. A utilização de meias elásticas de compressão moderada em cirurgia geral tem se mostrado eficaz na profilaxia da TVP em alguns estudos (Figueiredo, Diogo Filho & Cabral, 2005). Alguns trabalhos mostram que o seu uso, associado a outros métodos, aumenta sua eficácia, e por esta razão o uso desta associação tem sido sugerido nos casos de alto risco para o desenvolvimento de TEV (Wille- Jorgensen, 1991; Clagett, 1992). Neste trabalho, verificou-se uso predominante da Heparina não fracionada, mas devemos ressaltar que estudos demonstram vantagens da Heparina de baixo peso molecular sobre a Heparina não fracionada: resposta anticoagulante mais previsível, meia-vida plasmática mais longa, maior biodisponibilidade, redução da trombocitopenia induzida pela heparina e menor osteopenia (Hirsh et al., 2001; Weitz, 1997). O setor de ginecologia usou heparina profilática em apenas 16,67% de seus pacientes. Tal situação é alarmante, visto que a incidência global de complicações tromboembólicas em cirurgia ginecológica é comparável à da cirurgia geral (Nicolaides et al., 1992), apesar de não ter sido constatado complicação pós-operatória de TEV.

17 17 Quanto à adequação da dose de heparina não fracionada, pode-se verificar que mesmo com a disponibilidade de vários esquemas preventivos, nem sempre eles são seguidos. A dose foi adequada em 78,00% dos pacientes de médio risco, e em 64,18% dos pacientes de alto risco, situação melhor que a demonstrada por Marchi et al. (2005), que encontrou 70% de profilaxia adequada para médio risco e 34,6% para alto risco. Quando verificamos a ocorrência de efeitos adversos, observamos que a maioria das hemorragias foi de pequeno porte, sendo que 3,89% tiveram sangramentos, classificados como menor (3,33%) e maior (0,56%). Isto poderá ser tanto pelo uso da Heparina profilática como pelo próprio ato cirúrgico. Em relação a trombocitopenia, verificamos uma freqüência reduzida (0,83%), comparado com Warkentin et al. (1995) que demonstraram uma freqüência de 2,7% induzida por heparina não fracionada. A real incidência do tromboembolismo venoso (TEV) permanece desconhecida. A história natural da doença, que evolui, freqüentemente, de maneira insidiosa ou por sinais e sintomas comuns a outras doenças, contribuem para uma subnotificação. Acresce-se o fato de a maioria dos estudos epidemiológicos basear-se no diagnóstico clínico, de sensibilidade inferior a 50% (Castro Silva, 2002). Temos escassos dados epidemiológicos acerca do TEV em nosso país. Nos Estados Unidos, a maioria dos estudos da literatura admitem que a incidência de TEV seja de um caso para cada habitantes por ano e esta categoria nosológica é responsável pela morte de cerca de norte-americanos a cada ano (Rizzatti & Franco, 2001). Stein et al. (1991) pesquisaram a ocorrência de TEP diagnosticada em internações em um hospital geral com incidência de 400 casos (0,23%). Considerando-se as subpopulações específicas, como as cirúrgicas, a incidência pode ser mais elevada, chegando a 23% dos pacientes submetidos à Cirurgia Geral e 40% dos submetidos à artroplastias de quadril (Maffei, Lastoria & Rollo, 1987). Em nosso estudo, ocorreu TEV em 2,5% dos pacientes internados, mas este número não pode ser utilizado para determinar a prevalência real da doença em nosso meio, já que o diagnóstico era clínico, podendo ter passado desapercebido casos oligosintomáticos. Para uma real incidência, há necessidade de exames invasivos em todos os pacientes envolvidos, situação pouco prática na rotina diária cirúrgica (Caiafa & Bastos, 2002). Além disso, a preocupação relativa

18 18 aos custos de internação e às infecções hospitalares, as altas são muitas vezes precoces, fazendo com que muitos casos de tromboembolismo ocorram no domicílio (Pineo & Hull, 1998). Estudos em pacientes cirúrgicos ortopédicos de alto risco para TEV revelam que a profilaxia nesses casos deve continuar até cerca de quatro semanas após o procedimento cirúrgico. Após o fim da década de 70 houve uma intensificação das medidas profiláticas contra o TEV. Entretanto, apesar dos avanços dessas medidas, a mortalidade causada por esta doença não diminuiu (Galin et al., 2002). Em estudo realizado por Castro Silva em Minas Gerais (2002) constatou ser o TEV a quinta causa de hospitalização por doenças cardiovasculares no estado, só superado por aquelas de evolução crônica. A prevalência de TEV se mantém injustificadamente alta, tratando-se de uma condição prevenível. No entanto, verificou-se que nenhum esquema profilático é completamente efetivo na prevenção do TEV em pacientes de risco alto e muito alto. Assim, a ocorrência de TEV não pode ser automaticamente afastada por não estar o paciente muitas vezes recebendo medidas profiláticas em sua plenitude (Comissão de Circulação Pulmonar da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, 2000). No presente estudo, vimos que a maioria dos pacientes que desenvolveu TEV era do alto risco e, destes, somente 28,57% receberam dose inferior à recomendada. A cirurgia vascular, apesar de ser a clínica que mais utilizou a heparina profilática adequadamente (96,3%), foi a que teve mais complicações tromboembólicas, o que pode ser justificado pelos antecedentes clínicos e as doenças básicas da especialidade. Programas educacionais (Gomes & Ramacciotti, 2002) sobre a profilaxia do TVP para profissionais da área de saúde são de extrema importância. Um estudo prospectivo de Anderson et al (1994), documentou um aumento no uso da profilaxia de 29% para 52% em pacientes com risco de desenvolver trombose, após a instituição de estratégias educacionais com o propósito de alertar os profissionais para a importância da prevalência do TEV. Este estudo demonstra a necessidade de programas de atualização e campanhas educativas em nosso meio para maior conscientização da equipe médica quanto a importância e a necessidade da utilização adequada da profilaxia para o tromboembolismo venoso. Agradecimentos: Ao estatístico Ednaldo Carvalho Guimar, pela ajuda na análise dos dados.

19 19 Referências Bibliográficas: AGNELLI, J. C. Prevention of venous thromboembolism. Thromb. Res., v. 97, p , ANDERSON JR, F. A.; WHEELER, H. B.; GOLDBERG, R. J., HOSMER, D. W. FORCIER, A.; PATWARDHAN, N. A. Prospective study of the impact of continuing medical education and quality assurance programs on use of propylaxis for venous thromboembolism. Arch Intern Med v. 154, p , AYRES, M.; AYRES JR., M.; AYRES, D. L.; SANTOS, A. S. dos. BioEstat 2,0: aplicações estatísticas nas áreas das ciências biológicas e médicas. Belém: Sociedade Civil Mamiraná; Brasília: CNPQ, p. 272, BARROWCLIFFE, T. W. Low molecular weight heparin(s). Br. J. Haemat., v. 90, p. 1-7, BARUZZI, A. C. A.; NUSSBACHER, A.; LAGUDIS, S.; SOUZA, J. A. M. Trombose venosa profunda. Profilaxia. Arq. Bras. Cardiol., v. 67, n. 3, p , BASTOS, M.; CAIAFA, J. S.; MOURA, L. K., ET AK. A Brazilian registry establishing risk factors for venous thromboembolic events and use of thromboprohylaxis in hospitalized medical and surgical patients. XVIII Congress of the ISTH. Paris; CAIAFA, J. S.; BASTOS M. Programa de profilaxia do tromboembolismo venoso do Hospital Naval Marcílio Dias: um modelo de educação continuada. J Vasc Br v. 1, p , CAPRINI J. A.; ARCELUS J. I.; REYNA J. J. Effective risk stratification of surgical and nonsurgical patients for venous thromboembolic disease. Semin Hematol v. 38, p 12-19, CASTRO SILVA, M. Epidemiologia do tromboembolismo venoso. J Vasc Br v.1, n. 2, CLAGETT, G. P.; REISCH, J. S. Prevention of venous thromboembolism in general surgical patients: results of metaanalysis. Ann. Surg., v. 208, p , CLAGETT, G. P.; ANDERSON, F. A. Jr.; LEVINE M. N. et al. Prevention of venous thromboembolism. Chest, v. 102, p. 391S- 407S, CLAGETT, G. P.; ANDERSON, F. A.; GEERTS, W. Prevention of venous thromboembolism. Chest., v. 114, suppl. 5, p. 531S- 61S, COLWELL JR., W. C.; SPIRO, T. E.; TROWBRIDGE, A. A.; MORRIS, B. A.; KWAAN, H. C.; BLAHA, J. D.; COMEROTA, A. J.; SKOUTAKIS, V. A. Use of enoxaparin, a low-molecular weight heparin, and unfractionated heparin for the prevention of deep vein thrombosis after elective hip replacement. A clinical trial comparing efficacy and safety. J. Bone. Joint. Surg. Am, v. 76-A, p. 3-14, COMISSÃO DE CIRCULAÇÃO PULMONAR DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA. Recomendações para a prevenção do tromboembolismo venoso. J. Pneumologia, v. 26, n.3, p , ISSN , CONSENSUS CONFERENCE. Prevention of venous thrombosis and pulmonary embolism. JAMA, v. 256, p , DAVIES, R.; FAULDS, D. Nadroparin calcium: a review of its pharmacology and clinical syndromes and managements. Blood, v. 87, p , 1996.

20 20 ENGELHORN, A. L. V.; GARCIA, A. C. F.; CASSOU, M. F.; BIRCKHOLZ, L.; ENGELHORN, C. A. Profilaxia da trombose venosa profunda- estudo epidemiológico em um hospital escola. J Vasc Br v. 1, n 2, ENOXACAN STUDY GROUP I. Efficacy and safety of enoxaparin versus unfractionated heparin for prevention of deep vein thrombosis in elective cancer surgery: a double-blind randomized multicentre trial with venographic assessment. British J. Surg., v. 84, p , EVANGELISTA, S. S. M.; FRANKINI, A. D.; VERGARA, E. M.; SANTOS, M. E. R. C.; BRAGA, V; MAFFEI, F. H. A.; CAIAFA, J. S.; SILVESTRE, J. M. S.; GALLO, R. J. Profilaxia da trombose venosa profunda e da tromboembolia pulmonar. Cir. Vasc. Angiolo., v. 12, n. 4, p , FALCIANI, M.; IMBERTI, D.; PRISCO, D. Prophylaxis and treatment of venous thromboembolism: the role of new antithrombotic drugs. Recenti Prog. Med., v. 96, n. 4, p , Apr, FIGUEIREDO, M. A. M.; DIOGO FILHO, A.; CABRAL, A. L. S. Avaliação do efeito da meia elástica na hemodinâmica venosa dos membros inferiores de pacientes com insuficiência venosa crônica. J Vasc Br v. 3, n. 3, p , GALIN V.; SPROVIERI S. R. S.; BEDRIKOW R.; SALLES M. J. C. Pulmonary thromboembolism: retrospective study of necropsies performed over 24 years in a university hospital in Brazil. Sao Paulo Med J/ Rev Paul Med v. 120, n. 4, p , GEERTS W. H.; HEIT J. A.; CLAGETT G. P. et al. Prevention of venous thromboembolism. Chest v. 119, p. S132-75, GREEN, D.; HIRSH, J.; HEIT, J.; PRINS, M.; DAVIDSON, B.; LENSING, A. W. Low molecular weight heparin: a critical analysis of clinical trials. Pharmacol. Review, v. 46, p , GOLDHABER S. Z. Practical aspects of venous trromboembolism prevention. An overview. Cardiovasc Res v. 10, p , GOMES, M.; RAMACCIOTTI, E. Profilaxia do tromboembolismo venoso em cirurgia geral. Colégio Brasileiro de Cirurgiões. Programa de Auto-avaliação em Cirurgia. Ano 2, fascículo 1, p. 5-24, Jul HEIT, J A. The Epidemiology of Venous Thromboembolism in the Community: Implications for Prevention and Management. J Thromb Thrombolysis, 21 (1), 23-29, HIRSH, J.; WARKENTIN, T. E.; SHAUGHNESSY, S. G.; ANAND, S. S.; HALPERIN, J. L.; RASCHKE, R., ET AL. Heparin and low-molecular-weight heparin. Chest v. 119, p S, IMPERIALE, T. F.; SPEROFF, T. A metaanalysis of methods to prevent venous thromboembolism following total hip replacement. JAMA, v. 271, p , LEYVRAZ, P. F.; BACHMANN, F.; HOECK, J. et al. Prevention of deep vein thrombosis after hip replacement: randomized comparision between unfractionated heparin and low molecular weight heparin. Br. Med. J., v. 303, p , MAFFEI, F. H. A., LASTÓRIA, S.; YOSHIDA, W. B.; ROLLO, H. A.; BIANOSPINO, E. L.; ALMEIDA, M. R.

21 21 de; FURTADO, M. R.; SHUGHIAMA, E. H. Incidence of deep venous thrombosis of the lower extremities in patients subjected to abdominal surgery. Rev Assoc Med Bras. V. 33, p , MAFFEI, F. H. A. Profilaxia da trombose venosa e da embolia pulmonar. In MAFFEI, F. H. A. et al. Doenças vasculares periféricas. 3. ed. São Paulo: Medsi, MAFFEI, F. H. A.; CAIAFA, J. S,; RAMACCIOTTI, E.; CASTRO, A. A. para o Grupo de Elaboração de Normas de Orientação Clínica em Trombose Venosa Profunda da SBACV. Normas de orientação clínica para prevenção, diagnóstico e tratamento da trombose venosa profunda (revisão 2005). Salvador: SBACV; Disponível em: URL: MARCHI, C.; SCHLUP, I. B.; LIMA, C. A.; SCHLUP, H. A. Avaliação da profilaxia da trombose venosa profunda em um Hospital Geral. J Vasc Br v. 4, n. 2, p , MENNA-BARRETO, S. S.; FACIN, C. S.; SILVA P. M.; CENTENO L. P.; GAZZANA, M. B. Estratificação de risco e profilaxia para tromboembolia venosa em pacientes internados em hospital geral universitário. J Pneumol v. 24, n. 5, p , MISMETTI, P.; LAPORTE-SIMITSIDIS, S.; TARDY, B.; CUCHERAT, M.; BUCHMÜLLER, A.; JUILLARD- DELSART, D.; et al. Prevention of venous thromboembolism in Internal medicine with unfractionated or low-molecularweight-heparins: a meta-analysis of Editors ed clinical trials. Thromb Haemost, 83: 14-9, MOHR, D. N.; SILVERSTEIN, M. D.; MURTAUGH, P. A.; HARRISON, J. M. Prophylactic agents for venous thrombosis in eletive hip surgery: meta-analysis of studies using venographic assessment. Arch. Intern. Med., v. 153, p , NESER, R. A ; CAFFARO, R. A.; CASTELLI Jr., V. Profilaxia da trombose venosa profunda. Arq. Hosp. Sta Casa S. Paulo, v. 48, n.1, p , NICOLAIDES, A. N.; ARCELUS, J; BELCARO, J.; BERQGVIST, D.; BORRIS, L. C.; BULLER, H. R. et al. Prevention of venous thromboembolism. International Angiology, 11: , NICOLAIDES, A. N. Prevention of venous thromboembolism. Int. Ang., v. 16, p. 3-38, NICOLAIDES A. N.; VERDÍN H. K.; FAREED J. et al. Prevention of venous thromboembolism: International Consensus Statement. Guidelines compiled in accordance with the scientific evidence. J Vasc Br v. 1, p , PALMER, A. J.; KOPPENHAGEN, K.; KIRCHHOF, B.; WEBER, U.; BERGEMANN, R. Efficacy and safety of low molecular weight heparin, unfractionated heparin and warfarin for thromboembolism prophylaxis in orthopaedic surgery: a meta-analysis of randomized clinical trials. Haemostasis, v. 27, p , PRANDONI, P.; LENSING, A. W. A.; COGO, A.; CUPPINI, S.; VILLALTA, S.; CARTA, M.; CATTELAN, A. M.; POLISTENA, P.; BERNARDI, E.; PRINS, M. H. The long-term clinical course of acute deep venous thrombosis. Ann. Intern. Med., v. 125, p. 1-7, PINEO, G. F.; HULL, R. D. Prophylaxis of venous thromboembolism following orthopedic surgery: mechanical and

22 22 pharmacological approaches and the need for extended prophylaxis. Thromb. Haemost., v. 82, p , QUADER, M. A.; STRUMP, L. S.; SUMPIO, B. E. Low molecular weight heparins: current use and indications. J. Am. Coll. Surg., v. 187,p , RIZZATTI, E. G.; FRANCO, R. F. Tratamento do tromboembolismo venoso. Medicina, Ribeirão Preto, v. 34, p , jul./dez SAAD, P. F.; NESER, R. A.; SAAD JUNIOR, R. Tromboembolismo venoso. Colégio Brasileiro de Cirurgiões. Programa de Auto-avaliação em Cirurgia. Ano 3, fascículo 1, p. 4-17, Jul SCHLUGER, N.; HENSCHKE, C., KING, T.; RISSP, R.; BINKERT, B.; RACKSON, M.; HAYT, D. Diagnosis of pulmonary embolism at a large teaching hospital. J Thorac Imaging, 9: , SIXTH ACCP CONSENSUS CONFERENCE ON ANTITHROMBOTIC THERAPY. Prevention of Venous Thromboembolism. Chest, 119 (Supl. 1): 132S-175S, STEIN, P. D.; HENRY, J. W. Prevalence of acute pulmonary embolism among patients in a general hospital and at autopsy. Chest, v. 108, p , STEIN, P. D.; HUANG, H.; AFZAL, A.; NOOR, H. A. Incidence of acute pulmonary embolism in a general hospital. Chest v. 116, p , THROMBOEMBOLIC RISK FACTORS CONSENSUS GROUP. Risk of and prophylaxis for venous thromboembolism in hospital patients. BMJ, 305: , VAN ROSSUM, A. B.; VAN HOUWELINGEN, H. C.; KIEFT, G. J.; PATTYNAMA, P. M. Prevalence of deep vein thrombosis in suspected and proven pulmonary embolism: a meta analysis. British. Int. Rad., v. 71, p , VILLAR FERNÁNDEZ, I. F.; URBIETA, E. S.; ARENERE, M. M.; LÓPEZ, G. L.; MARCILLA, F. M.; RABANAQUE, J. H. Evaluación de la utilización de heparinas de bajo peso molecular como profilaxis de tromboembolismo venoso em pacientes de medicina interna. Farm Hosp (Madrid) v. 28, n. 6, p , VERSTRAETE, M.; VERMYLEN, J. Trombose. São Paulo: Sarvier., WARKENTIN, T. E.; LEVINE, M. N.; HIRSH, J.; HORSEWOOD, P.; ROBERTS, R. S.; GENT, M.; KELTON, J. G. Heparin-Induced Thrombocytopenia in Patients Treated with Low-Molecular- Weight Heparin or Unfractionated Heparin. The New England Journal of Medicine v. 332, n. 20, p , WEITZ, J. I. Low molecular-weight heparins. N. Engl. J. Med., v. 337, p , WHITE, R.H. The epidemiology of venous thromboembolism. Circulation, 107 (23 Supl. 1): 14-8, WILLE-JORGENSEN, P. Prophylaxis of postoperative thromboembolism. Copenhagen: Laergeforingens Forlag 1991.

ARTIGO ORIGINAL / ORIGINAL ARTICLE

ARTIGO ORIGINAL / ORIGINAL ARTICLE ARTIGO ORIGINAL / ORIGINAL ARTICLE ARQGA/1393 ESTUDO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DA PROFILAXIA DO TROMBOEMBOLISMO VENOSO EM ESPECIALIDADES CIRÚRGICAS DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE NÍVEL TERCIÁRIO Augusto

Leia mais

PROFILAXIA MEDICAMENTOSA DA TROMBOSE VENOSA PROFUNDA NO POLITRAUMA

PROFILAXIA MEDICAMENTOSA DA TROMBOSE VENOSA PROFUNDA NO POLITRAUMA PROFILAXIA MEDICAMENTOSA DA TROMBOSE VENOSA PROFUNDA NO POLITRAUMA SANTOS, Thiago, Discente do Curso de Graduação em Medicina do UNIFESO HENRIQUE, Alexandre, Docente do Curso de Graduação em Medicina do

Leia mais

Profilaxia para tromboembolismo venoso em um hospital de ensino

Profilaxia para tromboembolismo venoso em um hospital de ensino ARTIGO ORIGINAL Profilaxia para tromboembolismo venoso em um hospital de ensino Venous thromboembolism prophylaxis at a teaching hospital Rafael de Melo Franco 1, Victor Simezo 1, Rafael Rodrigo Bortoleti

Leia mais

Trombose Associada ao Cancro. Epidemiologia / Dados Nacionais

Trombose Associada ao Cancro. Epidemiologia / Dados Nacionais Trombose Associada ao Cancro Epidemiologia / Dados Nacionais Miguel Barbosa Serviço de Oncologia Médica Centro Hospitalar Trás-os-Montes e Alto Douro 12 Outubro de 2018 Dados Internacionais O diagnóstico

Leia mais

Jornal Vascular Brasileiro ISSN: Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular. Brasil

Jornal Vascular Brasileiro ISSN: Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular. Brasil Jornal Vascular Brasileiro ISSN: 1677-5449 jvascbr.ed@gmail.com Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular Brasil Marchi, Carolina; Braga Schlup, Isabela; Lima, Carlos Augusto de; Alves

Leia mais

Profilaxia da trombose venosa profunda estudo epidemiológico em um hospital escola

Profilaxia da trombose venosa profunda estudo epidemiológico em um hospital escola J Vasc Br 2002, Vol. 1, Nº2 97 ARTIGO ORIGINAL Profilaxia da trombose venosa profunda estudo epidemiológico em um hospital escola Deep venous thrombosis prophylaxis epidemiological study in a medical school

Leia mais

Utilização de Heparinas de baixo peso molecular (HBPM) versus Heparinas não Fracionadas (HNF)

Utilização de Heparinas de baixo peso molecular (HBPM) versus Heparinas não Fracionadas (HNF) Parecer do Grupo Técnico de Auditoria em Saúde 009/04 Tema: Heparinas de Baixo Peso Molecular versus Heparinas não fracionadas. I Data: 02/08/04 II Grupo de Estudo: Dr. Adolfo Orsi Parenzi Dra. Silvana

Leia mais

PROTOCOLO HOSPITAL ALEMÃO OSWALDO CRUZ Capítulo JCI Responsável pela elaboração Número do documento Data da 1ª versão

PROTOCOLO HOSPITAL ALEMÃO OSWALDO CRUZ Capítulo JCI Responsável pela elaboração Número do documento Data da 1ª versão Objetivos gerais e específicos Discriminar dentre os pacientes internados, aqueles que devem receber profilaxia para (TEV) além de descrever as medidas específicas para esta profilaxia. Critério de inclusão

Leia mais

Equipe: Professor Coordenador/Orientador: Guilherme Veras Mascena

Equipe: Professor Coordenador/Orientador: Guilherme Veras Mascena Curso: Medicina Equipe: Professor Coordenador/Orientador: Guilherme Veras Mascena Alunos: Cidcley Nascimento Cabral Jéssica Pereira Simões de Ataide Jéssika dos Santos Costa Luanna Mayara Mendes Hóstio

Leia mais

AVALIAÇÃO DA ADESÃO AO PROTOCOLO DE PROFILAXIA DE TROMBOEMBOLISMO VENOSO EM PACIENTES HOSPITALIZADOS NO HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE

AVALIAÇÃO DA ADESÃO AO PROTOCOLO DE PROFILAXIA DE TROMBOEMBOLISMO VENOSO EM PACIENTES HOSPITALIZADOS NO HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE Artigo Original AVALIAÇÃO DA ADESÃO AO PROTOCOLO DE PROFILAXIA DE TROMBOEMBOLISMO VENOSO EM PACIENTES HOSPITALIZADOS NO HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE ASSESSMENT OF ADHERENCE TO THROMBOPROPHYLAXIS

Leia mais

OS FATORES DE RISCO PARA O TROMBOEMBOLISMO VENOSO ENTRE PACIENTES SUBMETIDOS A CIRURGIAS ORTOPÉDICAS E A PROFILAXIA UTILIZADA.

OS FATORES DE RISCO PARA O TROMBOEMBOLISMO VENOSO ENTRE PACIENTES SUBMETIDOS A CIRURGIAS ORTOPÉDICAS E A PROFILAXIA UTILIZADA. OS FATORES DE RISCO PARA O TROMBOEMBOLISMO VENOSO ENTRE PACIENTES SUBMETIDOS A CIRURGIAS ORTOPÉDICAS E A PROFILAXIA UTILIZADA. Caroline Guarda Lara (Apresentador)¹, Lilian Lessa Cardoso (Orientadora)².

Leia mais

Profilaxia de Tromboembolismo Venoso em Pacientes Internados

Profilaxia de Tromboembolismo Venoso em Pacientes Internados Protocolo Institucional Profilaxia de Tromboembolismo Venoso em Pacientes Internados Gerente do protocolo: Dr. Luiz Francisco Cardoso Versão atualizada em 29 de junho de 2011 PROT-INST-006 PROTOCOLO DE

Leia mais

Tratamento domiciliar da TEP. Renato Maciel

Tratamento domiciliar da TEP. Renato Maciel Tratamento domiciliar da TEP Renato Maciel Conflito de interesse De acordo com a Norma 1595/2000 do Conselho Federal de Medicina e a Resolução RDC 96/2008 da Agência de Vigilância Sanitária declaro: Não

Leia mais

Profilaxia para tromboembolia venosa em uma unidade de tratamento intensivo *

Profilaxia para tromboembolia venosa em uma unidade de tratamento intensivo * ARTIGO ORIGINAL Profilaxia para tromboembolia venosa em uma unidade de tratamento intensivo Profilaxia para tromboembolia venosa em uma unidade de tratamento intensivo * SÉRGIO SALDANHA MENNA BARRETO 1,2,

Leia mais

Caso clínico. S.A.G, 35 anos

Caso clínico. S.A.G, 35 anos Caso clínico S.A.G, 35 anos Negra, casada, prendas domésticas. Natural de Poços de Caldas - MG, Procedente de Botucatu - SP. G4 P3 A0 C0 DUM: 23/07/2014 1º US: 27/10/2014 (14s 1d DUM correta) IG: 32s 5d

Leia mais

Trombose Venosa Profunda. Embolia Pulmonar. Prof. Dr. Cristiano J. M. Pinto

Trombose Venosa Profunda. Embolia Pulmonar. Prof. Dr. Cristiano J. M. Pinto Trombose Venosa Profunda e Embolia Pulmonar Prof. Dr. Cristiano J. M. Pinto CONCEITOS Trombo Êmbolo Hipercoagulabilidade - transitório ou permanente Trombofilia - adquiridas ou hereditárias Trombose Venosa

Leia mais

Realidade do uso da profilaxia para trombose venosa profunda: da teoria à prática

Realidade do uso da profilaxia para trombose venosa profunda: da teoria à prática ARTIGO ORIGINAL Realidade do uso da profilaxia para trombose venosa profunda: da teoria à prática Reality check: use of deep venous thrombosis prophylaxis: from theory to practice Antonio César Franco

Leia mais

PROTOCOLO MÉDICO PROFILAXIA PARA TROMBOEMBOLISMO EM PACIENTES INTERNADOS. Área: Médica Versão: 1ª

PROTOCOLO MÉDICO PROFILAXIA PARA TROMBOEMBOLISMO EM PACIENTES INTERNADOS. Área: Médica Versão: 1ª Página: 1 de 11 1. OBJETIVOS Reduzir a ocorrência de Tromboembolismo Venoso (TEV) e suas conseqüências, através da confecção de uma diretriz assistencial atualizada que apresenta uma recomendação terapêutica

Leia mais

TROMBOEMBOLISMO VENOSO (TEV)

TROMBOEMBOLISMO VENOSO (TEV) Página: 1 de 15 1. CONCEITO: O termo tromboembolismo venoso engloba duas condições frequentes, a trombose venosa profunda (TVP) e o tromboembolismo pulmonar (TEP), sendo esta a causa de morte evitável

Leia mais

Profilaxia da trombose venosa profunda o que se faz e o que se deve fazer 1

Profilaxia da trombose venosa profunda o que se faz e o que se deve fazer 1 0004-2773/05/34-02/25 Arquivos Catarinenses de Medicina Arquivos Catarinenses de Medicina Vol. 34, n o. 2, de 2005 25 ARTIGO ORIGINAL 1 Maria Fernanda Cassou 2, Leonardo Birckholz 3, Luciano Saporiti 4

Leia mais

Jornal de Pneumologia versão impressa ISSN Recomendações para a prevenção do tromboembolismo venoso

Jornal de Pneumologia versão impressa ISSN Recomendações para a prevenção do tromboembolismo venoso Jornal de Pneumologia versão impressa ISSN 0102-3586 J. Pneumologia v.26 n.3 São Paulo maio/jun. 2000 http://dx.doi.org/10.1590/s0102-35862000000300011 CIRCULAÇÃO PULMONAR Recomendações para a prevenção

Leia mais

CADA FACTOR DE RISCO REPRESENTA 1 PONTO Idade 40-59 anos Cirurgia minor planeada História de cirurgia major prévia Veias varicosas História de doença inflamatória do intestino Edema das pernas (actual)

Leia mais

Jornal Vascular Brasileiro ISSN: Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular. Brasil

Jornal Vascular Brasileiro ISSN: Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular. Brasil Jornal Vascular Brasileiro ISSN: 1677-5449 jvascbr.ed@gmail.com Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular Brasil Pitta, Guilherme Benjamim Brandão; Leite, Ticiana Leal e; Desterro Costa

Leia mais

Fatores de risco e profilaxia para tromboembolismo venoso em hospitais da cidade de Manaus*

Fatores de risco e profilaxia para tromboembolismo venoso em hospitais da cidade de Manaus* Artigo Original Fatores de risco e profilaxia para tromboembolismo venoso em hospitais da cidade de Manaus* Risk factors and prophylaxis for venous thromboembolism in hospitals in the city of Manaus, Brazil

Leia mais

Programa de profilaxia do tromboembolismo venoso do Hospital Naval Marcílio Dias: um modelo de educação continuada

Programa de profilaxia do tromboembolismo venoso do Hospital Naval Marcílio Dias: um modelo de educação continuada J Vasc Br 2002, Vol. 1, Nº2 103 ARTIGO ORIGINAL Programa de profilaxia do tromboembolismo venoso do Hospital Naval Marcílio Dias: um modelo de educação continuada Program of venous thromboembolism prophylaxis:

Leia mais

Avaliação Pré-Operatória: Visão do Pneumologista. Luciana Tamiê Kato Morinaga Pneumologista

Avaliação Pré-Operatória: Visão do Pneumologista. Luciana Tamiê Kato Morinaga Pneumologista Avaliação Pré-Operatória: Visão do Pneumologista Luciana Tamiê Kato Morinaga Pneumologista Prevalência e impacto Identificação do paciente de risco Modificação do risco Situações específicas Tabagismo

Leia mais

TROMBOPROFILAXIA DURANTE A GRAVIDEZ, PARTO E PUERPÉRIO

TROMBOPROFILAXIA DURANTE A GRAVIDEZ, PARTO E PUERPÉRIO TROMBOPROFILAXIA DURANTE A GRAVIDEZ, PARTO E PUERPÉRIO FRANCISCO EDSON DE LUCENA FEITOSA IDENTIFICAÇÃO DE FATORES DE RISCO A gestação é fator de risco para tromboembolismo venoso (TEV) e está associada

Leia mais

Profilaxia da trombose venosa profunda: aplicação prática e conhecimento teórico em um hospital geral

Profilaxia da trombose venosa profunda: aplicação prática e conhecimento teórico em um hospital geral ARTIGO ORIGINAL Profilaxia da trombose venosa profunda: aplicação prática e conhecimento teórico em um hospital geral Deep venous thrombosis prophylaxis: practical application and theoretical knowledge

Leia mais

Anticoagulação peri-procedimento: o que sabemos e o que devemos aprender? Luiz Magalhães Serviço de Arritmia - UFBA Instituto Procardíaco

Anticoagulação peri-procedimento: o que sabemos e o que devemos aprender? Luiz Magalhães Serviço de Arritmia - UFBA Instituto Procardíaco Anticoagulação peri-procedimento: o que sabemos e o que devemos aprender? Luiz Magalhães Serviço de Arritmia - UFBA Instituto Procardíaco Anticoagulação e Procedimentos Médicos No período perioperatório

Leia mais

Conflitos de interesse

Conflitos de interesse TEP- Estratificação de risco e anticoagulação na fase aguda Rodrigo Luís Barbosa Lima Médico pneumologista dos Hospitais Life Center e Biocor BH MG Preceptor do Ambulatório de Circulação Pulmonar do Hospital

Leia mais

FISIOPATOLOGIA E MANEJO DE TROMBOSE EM PACIENTES ONCOLÓGICOS

FISIOPATOLOGIA E MANEJO DE TROMBOSE EM PACIENTES ONCOLÓGICOS FISIOPATOLOGIA E MANEJO DE TROMBOSE EM PACIENTES ONCOLÓGICOS Rafael Lessa Costa Bernardo Garicochea UNITERMOS NEOPLASIA; CÂNCER; ANTICOAGULAÇÃO; TROMBOSE; PROFILAXIA. KEYWORDS NEOPLASIA, CANCER, ANTICOAGULATION;

Leia mais

Tromboembolismo Pulmonar Embolia pulmonar

Tromboembolismo Pulmonar Embolia pulmonar Tromboembolismo Pulmonar Embolia pulmonar Forma mais comum de doença pulmonar aguda na população hospitalar adulta (3 a causa de óbito nos EUA), mais comum em idosos e em homens: 85% dos casos são provenientes

Leia mais

Trombose Venosa Profunda no pós-operatório de grandes cirurgias Deep Vein Thrombosis Postoperative major surgery

Trombose Venosa Profunda no pós-operatório de grandes cirurgias Deep Vein Thrombosis Postoperative major surgery Artigo de Revisão Trombose Venosa Profunda no pós-operatório de grandes cirurgias Deep Vein Thrombosis Postoperative major surgery Aline Cristina de Oliveira 1, Giulliano Gardenghi 2 Resumo Introdução:

Leia mais

FATORES DE RISCO PARA TROMBOSE VENOSA PROFUNDA EM PUÉRPERAS: PROJETO CEPP

FATORES DE RISCO PARA TROMBOSE VENOSA PROFUNDA EM PUÉRPERAS: PROJETO CEPP 1 ÁREA TEMÁTICA: (marque uma das opções) ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE ( x ) SAÚDE ( ) TRABALHO ( ) TECNOLOGIA FATORES DE RISCO PARA TROMBOSE

Leia mais

Epidemiologia e História Natural da TEP

Epidemiologia e História Natural da TEP Epidemiologia e História Natural da TEP Veronica M. Amado Universidade de Brasília UnB Hospital Universitário de Brasília - HUB Dados gerais TEP é a terceira causa mais comum de doença vascular aguda Incidência:

Leia mais

SCORE DE RISCO TROMBÓTICO NA GRAVIDEZ E PUERPÉRIO

SCORE DE RISCO TROMBÓTICO NA GRAVIDEZ E PUERPÉRIO SCORE DE RISCO TROMBÓTICO NA GRAVIDEZ E PUERPÉRIO Jorge Lima 1, Augusta Borges 2 RESUMO Sendo o tromboembolismo venoso (TEV) na gravidez a maior causa passível de prevenção de morbimortalidade materna,

Leia mais

I. RESUMO TROMBOEMBOLISMO VENOSO APÓS O TRANSPLANTE PULMONAR EM ADULTOS: UM EVENTO FREQUENTE E ASSOCIADO A UMA SOBREVIDA REDUZIDA.

I. RESUMO TROMBOEMBOLISMO VENOSO APÓS O TRANSPLANTE PULMONAR EM ADULTOS: UM EVENTO FREQUENTE E ASSOCIADO A UMA SOBREVIDA REDUZIDA. I. RESUMO TROMBOEMBOLISMO VENOSO APÓS O TRANSPLANTE PULMONAR EM ADULTOS: UM EVENTO FREQUENTE E ASSOCIADO A UMA SOBREVIDA REDUZIDA. Introdução: A incidência de tromboembolismo venoso (TEV) após o transplante

Leia mais

Atualização no tratamento da embolia pulmonar aguda: Como tratar e por quanto tempo

Atualização no tratamento da embolia pulmonar aguda: Como tratar e por quanto tempo Atualização no tratamento da embolia pulmonar aguda: Como tratar e por quanto tempo Caio Júlio César dos Santos Fernandes Pneumologia - INCOR/ICESP FMUSP 26 de abril de 2019 Conflitos de Interesse Speaker

Leia mais

Indicadores Estratégicos

Indicadores Estratégicos Indicadores Estratégicos DR. ALEXANDRE VIEIRA RIBEIRO DA SILVA INDICADORES ESTRATÉGICOS INDICADORES E AVALIAÇÃO ASSISTENCIAL Monitoramento da Informação Assistêncial Discussão dos resultados Padrões assistenciais

Leia mais

ANTIAGREGANTES Quem e quando parar?

ANTIAGREGANTES Quem e quando parar? ANTIAGREGANTES Quem e quando parar? Francisco Matias Serviço de Anestesiologia Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra Francisco Matias 16/07/2012 1 Objectivos Gerais Reconhecer a importância do uso

Leia mais

Validado por: Ana Verena Mendes GEMED

Validado por: Ana Verena Mendes GEMED 1 / 14 OBJETIVO META INCLUSÃO EXCLUSÃO Estabelecer diretrizes que orientem a profilaxia da trombose venosa profunda (TVP) e do tromboembolismo pulmonar (TEP) para pacientes internados (clínicos e cirúrgicos)

Leia mais

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO FACULDADE DE MEDICINA

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO FACULDADE DE MEDICINA UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO FACULDADE DE MEDICINA Tassiana La Terza Avaliação do nível de profilaxia para tromboembolia venosa em uma unidade de terapia intensiva Dissertação

Leia mais

PROFILAXIA PARA TROMBOSE VENOSA PROFUNDA EM PACIENTES COM FRATURAS DE MEMBRO INFERIOR INTERNADOS EM UM HOSPITAL REFERÊNCIA DE GOIÂNIA

PROFILAXIA PARA TROMBOSE VENOSA PROFUNDA EM PACIENTES COM FRATURAS DE MEMBRO INFERIOR INTERNADOS EM UM HOSPITAL REFERÊNCIA DE GOIÂNIA PROFILAXIA PARA TROMBOSE VENOSA PROFUNDA EM PACIENTES COM FRATURAS DE MEMBRO INFERIOR INTERNADOS EM UM HOSPITAL REFERÊNCIA DE GOIÂNIA PROPHYLAXIS FOR DEEP VENOUS TROMBOSIS IN PATIENTS WITH LOWER LIMB FRACTURES

Leia mais

Analgesia Pós-Operatória em Cirurgia de Grande Porte e Desfechos

Analgesia Pós-Operatória em Cirurgia de Grande Porte e Desfechos Analgesia Pós-Operatória em Cirurgia de Grande Porte e Desfechos A Medicina Baseada em Evidências (MBE) é definida como o uso consciente, explícito e crítico da melhor evidência atual, integrado com a

Leia mais

USO DE VARFARINA EM MULHERES EM PROCESSO DE ENVELHECIMENTO NO SISTEMA PÚBLICO DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE IJUÍ 1

USO DE VARFARINA EM MULHERES EM PROCESSO DE ENVELHECIMENTO NO SISTEMA PÚBLICO DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE IJUÍ 1 USO DE VARFARINA EM MULHERES EM PROCESSO DE ENVELHECIMENTO NO SISTEMA PÚBLICO DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE IJUÍ 1 Daiane Letícia Marx Klein 2, Camile Lorenz 3, Christiane Colet 4, Tania Alves Amador 5, Isabela

Leia mais

Tromboembolismo Pulmonar. Fernanda Queiroz

Tromboembolismo Pulmonar. Fernanda Queiroz Tromboembolismo Pulmonar Fernanda Queiroz EMBOLIA PULMONAR DEFINIÇÃO: É a obstrução de vasos da circulação arterial pulmonar causada pela impactação de particulas cujo diâmetro seja maior do que o do vaso

Leia mais

Mylene Martins Lavado. Declaração de conflito de interesse

Mylene Martins Lavado. Declaração de conflito de interesse Mylene Martins Lavado Declaração de conflito de interesse Não recebi qualquer forma de pagamento ou auxílio financeiro de entidade pública ou privada para pesquisa ou desenvolvimento de método diagnóstico

Leia mais

Profilaxia medicamentosa da trombose venosa profunda em pacientes submetidos à cirurgia do trauma em um hospital universitário

Profilaxia medicamentosa da trombose venosa profunda em pacientes submetidos à cirurgia do trauma em um hospital universitário Artigo Original Profilaxia medicamentosa da trombose venosa profunda em pacientes submetidos à cirurgia do trauma em um hospital universitário Drug prophylaxis of deep venous thrombosis in patients submitted

Leia mais

Diagnóstico de TEV Perspetiva do Laboratório: o papel dos D-Dímeros no diagnóstico. Luísa Lopes dos Santos IPO-Porto

Diagnóstico de TEV Perspetiva do Laboratório: o papel dos D-Dímeros no diagnóstico. Luísa Lopes dos Santos IPO-Porto Diagnóstico de TEV Perspetiva do Laboratório: o papel dos D-Dímeros no diagnóstico Luísa Lopes dos Santos IPO-Porto Tema Impacto do diagnóstico de TEV. Probabilidade pré- teste. Diagnóstico de TEV e formação

Leia mais

Implementação do programa de prevenção de Tromboembolismo Venoso (TEV): Estudo Piloto.

Implementação do programa de prevenção de Tromboembolismo Venoso (TEV): Estudo Piloto. Implementação do programa de prevenção de Tromboembolismo Venoso (TEV): Estudo Piloto. Implementation of the prevention program of Venous Thromboembolism (TEV): Pilot Study. Sylvia Lemos Hinrichsen 1 Danielly

Leia mais

Práticas Líderes - Gerenciamento do Protocolo de prevenção do TEV

Práticas Líderes - Gerenciamento do Protocolo de prevenção do TEV Práticas Líderes - Gerenciamento do Protocolo de prevenção do TEV Maria Chiara Chindamo Hospital Barra D or UFRJ Novembro - 2013 TEV: magnitude do problema Estima-se que ocorram cerca de 260 mil casos/ano

Leia mais

Autores: TR. Alexandra Santos TR. Cláudia Marra TR. Joana Coimbra TR. Luís Pinto TR. Manuel Valentim TR. Pedro Coelho TR. Rui Esteves TR.

Autores: TR. Alexandra Santos TR. Cláudia Marra TR. Joana Coimbra TR. Luís Pinto TR. Manuel Valentim TR. Pedro Coelho TR. Rui Esteves TR. Autores: TR. Alexandra Santos TR. Cláudia Marra TR. Joana Coimbra TR. Luís Pinto TR. Manuel Valentim TR. Pedro Coelho TR. Rui Esteves TR. Sónia Roios O tromboembolismo pulmonar é uma doença frequente,

Leia mais

04/06/2012. Opções terapêuticas para o TEP no paciente estável e no grave. 19 a 21 de abril de 2012

04/06/2012. Opções terapêuticas para o TEP no paciente estável e no grave. 19 a 21 de abril de 2012 Opções terapêuticas para o TEP no paciente estável e no grave 19 a 21 de abril de 2012 Frederico Thadeu A. F. Campos Hospital Madre Teresa Hospital Júlia Kubitschek Revisão retrospectiva de registros de

Leia mais

PREVENÇÃO DA TROMBOEMBOLIA VENOSA EM PACIENTES INTERNADOS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

PREVENÇÃO DA TROMBOEMBOLIA VENOSA EM PACIENTES INTERNADOS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA 0 UNIJUÍ UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL DCVida DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA VIDA CURSO DE ENFERMAGEM PREVENÇÃO DA TROMBOEMBOLIA VENOSA EM PACIENTES INTERNADOS: UMA REVISÃO

Leia mais

INCIDÊNCIA DE TROMBOEMBOLISMO VENOSO NO PÓS-OPERATÓRIO DE PACIENTES SUBMETIDOS À CIRURGIA ORTOPÉDICA DE QUADRIL E JOELHO EM UM HOSPITAL DE GOIÂNIA.

INCIDÊNCIA DE TROMBOEMBOLISMO VENOSO NO PÓS-OPERATÓRIO DE PACIENTES SUBMETIDOS À CIRURGIA ORTOPÉDICA DE QUADRIL E JOELHO EM UM HOSPITAL DE GOIÂNIA. INCIDÊNCIA DE TROMBOEMBOLISMO VENOSO NO PÓS-OPERATÓRIO DE PACIENTES SUBMETIDOS À CIRURGIA ORTOPÉDICA DE QUADRIL E JOELHO EM UM HOSPITAL DE GOIÂNIA. ASSIS, Thaís Rocha¹; SILVA, Mara Nunes da²; SANDOVAL,

Leia mais

Protocolo para Avaliação de Risco de Tromboembolismo Venoso em Pacientes Internados Auxílio para Avaliação de Risco. 1. Pacientes clínicos

Protocolo para Avaliação de Risco de Tromboembolismo Venoso em Pacientes Internados Auxílio para Avaliação de Risco. 1. Pacientes clínicos Protocolo para Avaliação de Risco de Tromboembolismo Venoso em Pacientes Internados Auxílio para Avaliação de Risco Fontes: Protocolo Assistencial do Hospital Sírio Libanês para Profilaxia de Tromboembolismo

Leia mais

Efeito da implementação de diretriz para profilaxia de tromboembolismo venoso em pacientes cirúrgicos

Efeito da implementação de diretriz para profilaxia de tromboembolismo venoso em pacientes cirúrgicos Universidade de São Paulo Biblioteca Digital da Produção Intelectual - BDPI Outros departamentos - FM/Outros Artigos e Materiais de Revistas Científicas - FM/Outros 2009 Efeito da implementação de diretriz

Leia mais

Profilaxia para tromboembolia venosa em um hospital geral* Venous thromboembolism prophylaxis in a general hospital

Profilaxia para tromboembolia venosa em um hospital geral* Venous thromboembolism prophylaxis in a general hospital Artigo Original Profilaxia para tromboembolia venosa em um hospital geral* Venous thromboembolism prophylaxis in a general hospital Fernanda Fuzinatto, André Wajner, Fernando Starosta de Waldemar, João

Leia mais

Síndrome Pós-Trombótica

Síndrome Pós-Trombótica ESCOPO Rever estudos clínicos de profilaxia de TEV com anticoagulação estendida Síndrome Pós-Trombótica Joyce M. Annichino-Bizzacchi FCM / Hemocentro UNICAMP joyce@unicamp.br ESCOPO Rever estudos clínicos

Leia mais

Equipe Multidisciplinar de Atenção Integral ao Idoso com Fratura Avaliação e Cuidados Pré e Pós Operatórios

Equipe Multidisciplinar de Atenção Integral ao Idoso com Fratura Avaliação e Cuidados Pré e Pós Operatórios Equipe Multidisciplinar de Atenção Integral ao Idoso com Fratura Avaliação e Cuidados Pré e Pós Operatórios Dr. Carlos Eduardo Sampaio Geriatra/Gerontólogo 1,5 % POPULAÇÃO ADULTA (ACIMA 20 ANOS IDADE)-

Leia mais

AVALIAÇÃO DOS DOENTES COM SUSPEITA CLÍNICA DE TEP COM RECURSO A ANGIO-TC Estudo retrospectivo

AVALIAÇÃO DOS DOENTES COM SUSPEITA CLÍNICA DE TEP COM RECURSO A ANGIO-TC Estudo retrospectivo AVALIAÇÃO DOS DOENTES COM SUSPEITA CLÍNICA DE TEP COM RECURSO A ANGIO-TC Estudo retrospectivo Raquel Madaleno, Pedro Pissarra, Luís Curvo-Semedo, Alfredo Gil Agostinho, Filipe Caseiro-Alves ÍNDICE INTRODUÇÃO

Leia mais

DOCUMENTO OFICIAL. Status Aprovado PT.ASS.MULT Marcia Regina P. Makdisse Gisele Sampaio Silva. Vasconcelos

DOCUMENTO OFICIAL. Status Aprovado PT.ASS.MULT Marcia Regina P. Makdisse Gisele Sampaio Silva. Vasconcelos Protocolo de Profilaxia de Tromboembolismo Venoso do HIAE PT.ASS.MULT.80. Coordenação Grupo de Suporte de Cardiologia CTI / Programa de Cardiologia André Coelho, Antonio Eduardo Pesaro, Fabiana Hanna Rached,

Leia mais

DOCUMENTO OFICIAL. Status Aprovado Versão 3 ENFERMAGEM ASSISTENCIAL 09/04/ /07/2016. Data Aprovação 09/04/2018

DOCUMENTO OFICIAL. Status Aprovado Versão 3 ENFERMAGEM ASSISTENCIAL 09/04/ /07/2016. Data Aprovação 09/04/2018 Protocolo de Profilaxia de Tromboembolismo Venoso do HIAE Coordenação Grupo de Suporte de Cardiologia CTI / Programa de Cardiologia André Coelho, Antonio Eduardo Pesaro, Fabiana Hanna Rached, Fernando

Leia mais

Prevenção da Tromboembolia Venosa

Prevenção da Tromboembolia Venosa PROQUALIS: Webinar Rio de Janeiro, 30 de Outubro de 2017 Prevenção da Tromboembolia Venosa Marcelo Basso Gazzana MD, MSc, PhD Chefe do Serviço de Pneumologia e Cirurgia Torácica Hospital Moinhos de Vento

Leia mais

Recomendações profiláticas para pacientes cirúrgicos

Recomendações profiláticas para pacientes cirúrgicos Recomendações profiláticas para pacientes cirúrgicos Alan Mekler Aloysio G. da Fonseca Resumo A maioria dos pacientes hospitalizados apresenta fatores de risco para trombose venosa profunda (TVP), que

Leia mais

GRUPO DE ORTOGERIATRIA

GRUPO DE ORTOGERIATRIA GRUPO DE ORTOGERIATRIA Processo de enfermagem no atendimento do paciente ortogeriátrico Enfa. Sidna Torres/Enfa. Márcia Gomes PROCESSO DE ENFERMAGEM NO ATENDIMENTO DO PACIENTE ORTOGERIÁTRICO 1- OBJETIVO

Leia mais

Racional Metodologia do Estudo Análise de Resultados Aspetos Gerais Terapia de Longa Duração (< 6 meses) Terapia Prolongada Recorrência de trombose e

Racional Metodologia do Estudo Análise de Resultados Aspetos Gerais Terapia de Longa Duração (< 6 meses) Terapia Prolongada Recorrência de trombose e Racional Metodologia do Estudo Análise de Resultados Aspetos Gerais Terapia de Longa Duração (< 6 meses) Terapia Prolongada Recorrência de trombose e episódios hemorrágicos Situações Especiais Profilaxia

Leia mais

Anticoagulação no ciclo. Adolfo Liao

Anticoagulação no ciclo. Adolfo Liao Anticoagulação no ciclo gravídico-puerperal Adolfo Liao Agenda Razão de mortalidade materna (óbitos maternos / 100.000 NV) Sistema de Informações sobre Mortalidade Mortalidade Materna OMS, 2014 embolia

Leia mais

TEP suspeita: tratar ou não tratar? AngioTCMD negativa exclui o diagnóstico de TEP?

TEP suspeita: tratar ou não tratar? AngioTCMD negativa exclui o diagnóstico de TEP? AngioTCMD negativa exclui o diagnóstico de TEP? Dalen JE. Chest 2002;122:1440-56 TEP suspeita: tratar ou não tratar? TEP presente Tratamento: -Reduz a mortalidade ( 1 a 3% ) -Risco de sangramento Sem tratamento:

Leia mais

Tromboembolismo venoso e câncer colorretal: um desafio para o cirurgião. Relato de caso e revisão de literatura

Tromboembolismo venoso e câncer colorretal: um desafio para o cirurgião. Relato de caso e revisão de literatura Tromboembolismo venoso e câncer colorretal: um desafio para o cirurgião. Venous thromboembolism and colorectal neoplasm: a challenge for the surgeon. Case report and literature review SINARA MÔNICA DE

Leia mais

Trombocitopenia induzida pela heparina

Trombocitopenia induzida pela heparina Trombocitopenia induzida pela heparina Novembro 2012 ULSM Hospital Pedro Hispano, Matosinhos Distinguir Terapêutica curta duração: Profilática Emergência Heparina via parentérica Heparinas baixo peso molecular

Leia mais

Quais as novas opções para tratamento da doença tromboembólica venosa

Quais as novas opções para tratamento da doença tromboembólica venosa Quais as novas opções para tratamento da doença tromboembólica venosa Daniel Mendes Pinto Cirurgia Vascular Hospital Mater Dei Hospital Felício Rocho Disponível em www.vascularbh.com.br Não tenho conflito

Leia mais

Luís Amaral Ferreira Internato de Radiologia 3º ano Outubro de 2016

Luís Amaral Ferreira Internato de Radiologia 3º ano Outubro de 2016 Luís Amaral Ferreira Internato de Radiologia 3º ano Outubro de 2016 Introdução Síncope: perda de consciência súbita, curta duração e com resolução espontânea Causada por hipoperfusão cerebral temporária

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE ESCOLA DE MEDICINA E CIRURGIA PLANO DE ENSINO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE ESCOLA DE MEDICINA E CIRURGIA PLANO DE ENSINO Curso: Medicina PLANO DE ENSINO Departamento: Cirurgia Geral e Especializada (DECIGE) Eixo: Biológico / Prática Módulo:- Disciplina(s):Angiologia e Cirurgia Vascular Carga Horária: 30h Créditos:2T Código:SCG0042

Leia mais

ASSOCIAÇÃO MÉDICA BRASILEIRA

ASSOCIAÇÃO MÉDICA BRASILEIRA rev assoc med bras. 2013;59(3):258 264 Revista da ASSOCIAÇÃO MÉDICA BRASILEIRA www.ramb.org.br Artigo original Tromboprofilaxia venosa em pacientes clínicos: análise de sua aplicação Mariana Nassif Kerbauy

Leia mais

PREVENÇÃO DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES

PREVENÇÃO DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES PREVENÇÃO DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES Dra Fabrícia de Oliveira Assis Cantadori Cardiologista do HUJM Cuiabá, maio de 2015 UFMT PREVENÇÃO É procurar e utilizar métodos para prevenir doenças e/ou suas complicações,

Leia mais

RESUMO ABSTRACT. Especialização Auditoria em Serviços de Saúde pela Faculdade Redentor. Telefone: (81)

RESUMO ABSTRACT. Especialização Auditoria em Serviços de Saúde pela Faculdade Redentor. Telefone: (81) 1 IMPACTO ECONÔMICO AO INCORPORAR A RIVAROXABANA VERSUS ENOXAPARINA NA PROFILAXIA DE TROMBOEMBOLISMO VENOSO PROFUNDO EM PACIENTES SUBMETIDOS ÀS CIRURGIAS ORTOPÉDICAS. GIRLLENE SILVA 1 RESUMO Introdução:

Leia mais

RECOMENDAÇÕES PARA O TRATAMENTO DE DOENTES COM HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA DE CAUSA NÃO VARICOSA

RECOMENDAÇÕES PARA O TRATAMENTO DE DOENTES COM HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA DE CAUSA NÃO VARICOSA RECOMENDAÇÕES PARA O TRATAMENTO DE DOENTES COM HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA DE CAUSA NÃO VARICOSA 1. INTRODUÇÃO A hemorragia digestiva alta não varicosa (HDA) é uma causa frequente de emergência. A incidência

Leia mais

22ª JORNADA DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA MATERNIDADE SINHÁ JUNQUEIRA UNIFESP

22ª JORNADA DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA MATERNIDADE SINHÁ JUNQUEIRA UNIFESP 22ª JORNADA DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA MATERNIDADE SINHÁ JUNQUEIRA ROSIANE MATTAR DIRETO AO ASSUNTO TROMBOFILIA EM GESTANTE: DIAGNÓSTICO E CONDUTA Departamento de Obstetrícia Universidade Federal de

Leia mais

Predição do risco futuro de tromboembolismo venoso em idosos no ambulatório

Predição do risco futuro de tromboembolismo venoso em idosos no ambulatório 274 REVISTA GERIATRIA & GERONTOLOGIA Artigo original Predição do risco futuro de tromboembolismo venoso em idosos no ambulatório Fernanda Lyrio Borgo a, Débora Carolina Netz Sanches a, Daniela Cristina

Leia mais

Introdução: O Tromboembolismo Venoso (TEV) inclui a Trombose Venosa Profunda (TVP) e o Tromboembolismo Pulmonar (TEP).

Introdução: O Tromboembolismo Venoso (TEV) inclui a Trombose Venosa Profunda (TVP) e o Tromboembolismo Pulmonar (TEP). - Recomendações - Introdução: O Tromboembolismo Venoso (TEV) inclui a Trombose Venosa Profunda (TVP) e o Tromboembolismo Pulmonar (TEP). Comprehensive Vascular and Endovascular Surgery, John W Hallett

Leia mais

IMPORTÂNCIA DA CONSULTA DE ENFERMAFGEM PARA PREVENÇÃO DA TROMBOSE VENOSA PROFUNDA EM PUÉRPERAS

IMPORTÂNCIA DA CONSULTA DE ENFERMAFGEM PARA PREVENÇÃO DA TROMBOSE VENOSA PROFUNDA EM PUÉRPERAS 14. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 1 ISSN 2238-9113 ÁREA TEMÁTICA: (marque uma das opções) ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE ( x ) SAÚDE

Leia mais

Síntese Parcial. Título: Filtros para Veia Cava Inferior para prevenção de embolia pulmonar

Síntese Parcial. Título: Filtros para Veia Cava Inferior para prevenção de embolia pulmonar Síntese Parcial Título: Filtros para Veia Cava Inferior para prevenção de embolia pulmonar Data: 13/02/2008. Revisor: Tania Conte, Dr. Luiz H. P. Furlan, Dr Marlus V Morais I Introdução A trombose venosa

Leia mais

22ª JORNADA DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA MATERNIDADE SINHÁ JUNQUEIRA UNIFESP

22ª JORNADA DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA MATERNIDADE SINHÁ JUNQUEIRA UNIFESP 22ª JORNADA DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA MATERNIDADE SINHÁ JUNQUEIRA ROSIANE MATTAR INDICAÇÕES DO USO PROFILÁTICO DE ANTICOAGULANTES EM GESTANTES Departamento de Obstetrícia Escola Paulista de Medicina

Leia mais

Processo Seletivo Unificado de Residência Médica 2017 PADRÃO DE RESPOSTAS ANGIORRADIOLOGIA E CIRURGIA VASCULAR

Processo Seletivo Unificado de Residência Médica 2017 PADRÃO DE RESPOSTAS ANGIORRADIOLOGIA E CIRURGIA VASCULAR Processo Seletivo Unificado de Residência Médica 2017 PADRÃO DE RESPOSTAS ANGIORRADIOLOGIA E CIRURGIA VASCULAR Situação-Problema 1 A) Tromboembolismo Pulmonar Tromboembolismo Pulmonar maciço TEP TEP maciço

Leia mais

Uso do AAS na Prevenção Primária de Eventos Cardiovasculares

Uso do AAS na Prevenção Primária de Eventos Cardiovasculares Uso do AAS na Prevenção Primária de Eventos Cardiovasculares Camila Belonci Internato em Cirurgia Cardíaca Prof. Mário Augusto Cray da Costa Medicina UEPG Uso do AAS na Prevenção Primária de Eventos Cardiovasculares

Leia mais

PREVENÇÃO DE RECIDIVA DE ÚLCERA VENOSA: um estudo de coorte

PREVENÇÃO DE RECIDIVA DE ÚLCERA VENOSA: um estudo de coorte PREVENÇÃO DE RECIDIVA DE ÚLCERA VENOSA: um estudo de coorte Eline Lima Borges 1 Aidê Ferreira Ferraz 2 Daclé Vilma Caravalho 2 Vera Lúcia de Araújo Nogueira Lima 3 Selme Silqueira de Matos 4 1 Professor

Leia mais

Data Versão/Revisões Descrição Autor 06/06/ Proposta inicial F.A.A.C; M.C.V, S.R.P.T

Data Versão/Revisões Descrição Autor 06/06/ Proposta inicial F.A.A.C; M.C.V, S.R.P.T UTIPrCL06 1 de 6 Histórico de Revisão / Versões Data Versão/Revisões Descrição Autor 1.00 Proposta inicial F.A.A.C; M.C.V, S.R.P.T 1 Objetivo Fornecer um sistema seguro de administração de heparina por

Leia mais

Processo Seletivo Unificado de Residência Médica 2017 PADRÃO DE RESPOSTAS ANGIORRADIOLOGIA E CURURGIA ENDOVASCULAR

Processo Seletivo Unificado de Residência Médica 2017 PADRÃO DE RESPOSTAS ANGIORRADIOLOGIA E CURURGIA ENDOVASCULAR Processo Seletivo Unificado de Residência Médica 2017 PADRÃO DE RESPOSTAS ANGIORRADIOLOGIA E CURURGIA ENDOVASCULAR Situação-Problema 1 A) Tromboembolismo Pulmonar Tromboembolismo Pulmonar maciço B) Angiotomografia

Leia mais

Artigos Originais Original Articles

Artigos Originais Original Articles Artigos Originais Original Articles Tromboprofilaxia venosa e adesão a recomendações institucionais Um estudo de corte transversal Use of vens thromboprophylaxis and compliance with institutional guidelines:

Leia mais

Trombo. A inovação da genética para o estudo da trombofilia

Trombo. A inovação da genética para o estudo da trombofilia Trombo A inovação da genética para o estudo da trombofilia Porque TromboNIM O teste genético mais atualizado e amplo do mercado para o estudo da trombofilia hereditária: Análise de 24 variantes genômicas.

Leia mais

Efficacy and Safety of Nonoperative Treatment for Acute Appendicitis: A Meta-analysis Pediatrics, Março 2017

Efficacy and Safety of Nonoperative Treatment for Acute Appendicitis: A Meta-analysis Pediatrics, Março 2017 Compartilhe conhecimento: Analisamos duas recentes publicações que demonstram a segurança de realizar tratamentos clínicos da apendicite aguda não complicada, com resultados comparáveis aos da apendicectomia.

Leia mais

FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS DANIELLA FICHER SILVA DIEGO HENRIQUE RAINHO KALIANE NEVES DE CARVALHO

FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS DANIELLA FICHER SILVA DIEGO HENRIQUE RAINHO KALIANE NEVES DE CARVALHO FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS DANIELLA FICHER SILVA DIEGO HENRIQUE RAINHO KALIANE NEVES DE CARVALHO TROMBOSE VENOSA PÓS-OPERATÓRIA FERNADÓPOLIS 2017 DANIELLA

Leia mais

NOVOS ANTICICOAGULANTES

NOVOS ANTICICOAGULANTES NOVOS ANTI NOVOS ANTICICOAGULANTES COAGULANTES TROMBOEMBOLISMO VENOSO O tromboembolismo venoso (TEV) é a terceira causa de mortalidade cardiovascular no mundo. O TEV, que é a formação de coágulos no sangue,

Leia mais

Túlio Henrique Ferreira de Oliveira¹; Fernando Ribeiro Leite Junior²; Gustavo Miná Pinto 3 ; Matheus Andrade de Abrantes 4 ; Ezymar Gomes Cayana 5

Túlio Henrique Ferreira de Oliveira¹; Fernando Ribeiro Leite Junior²; Gustavo Miná Pinto 3 ; Matheus Andrade de Abrantes 4 ; Ezymar Gomes Cayana 5 A EFICÁCIA DO TRATAMENTO POR ESCLEROTERAPIA COM ESPUMA EM COMPARAÇÃO À CIRURGIA CONVENCIONAL E À ABLAÇÃO ENDOVENOSA A LASER EM PACIENTES COM VARIZES E INSUFICIÊNCIA VENOSA CRÔNICA Túlio Henrique Ferreira

Leia mais

Revista Portuguesa de. irurgia. II Série N. 23 Dezembro Órgão Oficial da Sociedade Portuguesa de Cirurgia ISSN

Revista Portuguesa de. irurgia. II Série N. 23 Dezembro Órgão Oficial da Sociedade Portuguesa de Cirurgia ISSN Revista Portuguesa de irurgia II Série N. 23 Dezembro 2012 ISSN 1646-6918 Órgão Oficial da Sociedade Portuguesa de Cirurgia ARTIGO ORIGINAL Risco e Profilaxia do Tromboembolismo Venoso em Doentes Cirúrgicos

Leia mais

Rosamaria Rodrigues Gomes. A frequência da utilização de profilaxia para trombose venosa profunda em pacientes clínicos hospitalizados

Rosamaria Rodrigues Gomes. A frequência da utilização de profilaxia para trombose venosa profunda em pacientes clínicos hospitalizados Rosamaria Rodrigues Gomes A frequência da utilização de profilaxia para trombose venosa profunda em pacientes clínicos hospitalizados Maceió 2009 Rosamaria Rodrigues Gomes A frequência da utilização de

Leia mais