SUMÁRIO DO VOLUME. Literatura LITERATURA

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "SUMÁRIO DO VOLUME. Literatura LITERATURA"

Transcrição

1

2 2 Literatura SUMÁRIO DO VOLUME LITERATURA em Portugal no Brasil Romantismo Romantismo em Portugal Romantismo no Brasil O nacionalismo, o individualismo e o sentimento de liberdade Prosa romântica no Brasil 73

3 SUMÁRIO COMPLETO Literatura 3 Volume Romantismo Volume 2 3. Realismo/Naturalismo 4. Parnasianismo 5 Simbolismo 6. Pré-Modernismo 7. Vanguardas Europeias Volume 3 8. Modernismo em Portugal 9. Produção literária portuguesa contemporânea 10. Modernismo no Brasil

4 4 Literatura

5 Literatura 5 1. ARCADISMO O século XVIII foi marcado por grandes transformações (econômicas, políticas e filosóficas), cujas raízes estavam no século anterior, e que, aos poucos, foram influenciando o modo de o homem comum ver o mundo ao qual pertencia. A visão religiosa do mundo e da vida foi superada pela perspectiva terrena. Festa no jardim Jean Antoine Walteau Disponível em: < wordpress.com>. Acesso em: 12 out (...) Ao invés de continuar olhando para o passado como sendo a origem e a perfeição das coisas já que o mundo era uma obra de Deus (...) o homem do novo século passou a duvidar da legitimidade dos privilégios dos membros da nobreza, justificados por serem considerados os descendentes mais próximos de Adão e Eva. Os valores guerreiros e heroicos aristocráticos foram negados e duvidava-se das verdades proclamadas por autores da Antiguidade que haviam errado sobre tantas coisas e eram contestados pelas novas descobertas, principalmente as realizadas no campo da ciência. Em lugar do passado, os homens invertiam a perspectiva e olhavam para o futuro: o homem, através da razão, com sua capacidade de conhecer e chegar à verdade das coisas, seria capaz de corrigir o que houvesse de errado no mundo e, com isso, construir uma vida mais razoável e mais próxima da vida natural. Luiz Roncari. Literatura brasileira Dos primeiros cronistas aos últimos românticos Justamente no século XVIII ocorreu, na Europa, uma reação ao exagero e às tensões barrocas. A produção artística esteve centrada na exaltação da vida junto à natureza, à simplicidade da linguagem, à imitação dos modelos greco-romanos, ao equilíbrio emocional e à valorização da racionalidade. Esse período ficou conhecido como ou Neoclassicismo. No século XVII, ocorreu na Inglaterra uma enorme revolução burguesa. A burguesia, parte da nobreza (médios fazendeiros), artesãos e camponeses se juntaram e lutaram contra o antigo poder do rei absolutista, dos senhores feudais e contra os altos impostos cobrados por eles. Depois de uma guerra civil e de um período turbulento na política e na religião, a Inglaterra se tornou uma monarquia parlamentar (o rei reinava, mas quem governava era o Parlamento, eleito pelos homens que tinham dinheiro). A revolução burguesa trouxe para os ingleses certa tolerância religiosa, a apropriação capitalista dos campos feudais, a modernização do campo e o começo do desenvolvimento industrial. Dessa forma, a Inglaterra se tornava uma potência capitalista. John Locke, pensador inglês, propôs o liberalismo político, que pregava, entre outras coisas, a liberdade do homem para pensar e dizer o que quisesse.

6 6 Literatura No século XVIII, muitos pensadores (filósofos, escritores e cientistas) passaram a refletir sobre a organização dos Estados, sobre os direitos dos reis, nobres, burgueses e cidadãos comuns e sobre a natureza humana. Sob a influência da revolução inglesa e suas ideias liberais, voltaram a acreditar na racionalidade como meio para que o homem pudesse mudar o mundo. A razão humana era a luz que traria esclarecimento, conhecimento e verdade e que combateria a ignorância. Assim, o século XVIII foi chamado de século da luzes. Tais pensadores foram chamados de iluministas. Já o conjunto das tendências ideológicas, filosóficas e científicas desenvolvidas no período foi chamado de Iluminismo. O povo europeu e o americano encontraram, na França, o modelo de renovação cultural, pois os pensadores franceses foram os mais famosos e influentes. Alguns se tornaram ateus, mas a maioria acreditava que Deus se manifestava através das leis da natureza. A investigação da natureza significava um desenvolvimento acentuado das ciências e técnicas, numa verdadeira revolução mental e contemporânea da definitiva ascensão das classes burguesas. Os iluministas acreditavam que as pessoas só aceitavam a autoridade do rei e da Igreja sem questionamentos porque elas foram educadas para tal. Sendo assim, todos os iluministas eram contra a opressão do Antigo Regime (rei absolutista mandando em todos) e da Igreja medieval. Dessa forma, os iluministas valorizavam o saber científico e especializado. Com esse saber os homens estariam livres do medo e seriam transformados em senhores de si; a crença na superioridade do outro seria anulada; o conhecimento verdadeiro deveria ser buscado sempre para que as certezas fáceis e não questionadas fossem postas em causa. A subordinação à Natureza deixaria de existir, a partir de seus próprios exemplos. A Natureza, então, seria colocada a serviço dos homens. A publicação mais significativa do Iluminismo foi a Enciclopédia das Ciências, das Artes e dos Ofícios, obra que tinha por objetivo reunir e difundir o saber humano, combater preconceitos e dogmas tradicionais e propiciar um pensamento crítico e livre. Tal produção foi organizada pelos pensadores Diderot, D Alembert e Voltaire. Todas essas ideias e discussões sobre a liberdade de pensamento e expressão, sobre a igualdade entre os homens, sobre a justiça, contra o absolutismo e a opressão influenciaram a Independência dos EUA (1776) e preparavam terreno para a Revolução Francesa (1789). O objetivo de uma Enciclopédia é o de reunir os conhecimentos que estão esparsos sobre a superfície da Terra, expor o sistema geral desses conhecimentos a todos os homens, e transmitir àqueles que virão depois de nós esse mesmo sistema, pois é preciso que os trabalhos dos homens dos séculos passados não tenham sido inúteis para aqueles dos séculos que ainda estão por vir. Diderot ( ) Sendo expressão artística da burguesia, o identifica-se com as ideias da Ilustração e as veicula sob forma de valores opostos ao tipo de vida levado pelas cortes aristocráticas e à arte que consumiam, o Barroco. Daí a idealização da vida natural em oposição à vida urbana; a humildade em oposição aos gastos exorbitantes da nobreza; o racionalismo em oposição à fé; a linguagem simples e direta em oposição à linguagem complexa e elitista do Barroco.

7 Literatura 7 Tais valores artísticos e culturais assumiram no contexto da sociedade europeia do século XVIII um significado de contestação política, pois evidenciavam os privilégios e a vida luxuosa da nobreza e do clero. As principais características literárias do são: Fugere urbem ( fugir da cidade ). O mito do bom selvagem, de Rousseau, aliado à expansão do meio urbano, provoca o bucolismo a evocação nostálgica do campo e da natureza. A cidade é vista como fonte de tormentos. Assim, o cenário campestre é constantemente o pano de fundo; cria-se um universo artificial de caráter bucólico e pastoril. O eu lírico integra-se ao campo, menosprezando os valores da cidade. Inutilia truncat ( cortar o inútil). Esse clichê é uma reação aos excessos formais barrocos. Ao contrário do rebuscamento da escola anterior, os árcades preferiam a clareza, a simplicidade e a ordem direta na linguagem. Carpe diem ( colher o dia ). Os árcades, da mesma forma que os barrocos, tinham consciência da fugacidade do mundo material, mas utilizaram essa máxima por razões diferentes. Enquanto os barrocos procuravam viver intensamente em função da angustiante certeza da morte, os árcades por serem materialistas e racionais, consideravam: se a vida é fugaz, melhor aproveitá-la; vale a pena. Locus amoenus ( lugar ameno ). Os árcades viam a natureza como um lugar ameno, aprazível, onde o homem poderia encontrar equilíbrio e paz interior pregavam ainda um ideal de vida simples, sem miséria, nem riqueza, sempre junto à natureza, que proporcionasse ao homem tempo para exercer a virtude e a arte. Aurea mediocritas. A tradução literal dessa expressão não conduz à ideia que se busca expressar. Seria algo como equilíbrio de ouro, baseado na máxima latina in médio est virtus, ou seja, a virtude está no meio. Os árcades pregavam o ideal de vida simples, sem miséria, nem riqueza, em que a posse do essencial à manutenção física do homem proporcionasse tempo para a virtude e a arte. No, os autores usavam pseudônimos pastoris, inspirados na Arcádia grega. Esta pintura traz os elementos constituintes da produção artística neoclássica. Veja: Disponível em:< Acesso em: 23 out

8 8 Literatura Fugere urbem: a tranquilidade da vida no campo, junto à natureza, desencadeou o budismo e o pastoralismo. Assim, a integração do homem à natureza era valorizada e a cidade, menosprezada. Observe as personagens descalças e vestidas com roupas leves e simples. Debaixo de uma árvore, os pastores descansam tais como alguns animais. O Locus amoenus é representado pelas árvores, pela sombra, pela água, pelo céu, ou seja, pelos elementos naturais que formam o lugar ameno e aprazível, ideal para a tranquilidade de um descanso. O Carpe diem e o Aurea mediocritas são representados pela despreocupação das pessoas que desfrutam o prazer do momento presente, construído sobre a simplicidade da vida em equilíbrio. A influência da Grécia antiga foi percebida em diferentes áreas do pensamento e da produção artística do mundo ocidental. Seu valor cultural tem grande relevância, ao ponto de suas histórias e de seu padrão artístico terem sido retomados ao longo do tempo como modelo de perfeição, de ideal artístico a ser buscado. Isso não foi diferente no, pois a mitologia grega esteve presente também na produção artística desse período. Veja neste trecho um exemplo de como isso aconteceu: Eu vejo, eu vejo ser a Formosura quem arrancou da mão de Coriolano a cortadora espada. Vejo que foi de Helena o lindo rosto quem pôs em campo, armada, toda a força da Grécia. E quem tirou o certo aos reis de Roma, só foi, só foi Lucrécia. (GONZAGA, Tomás Antônio. Encheu, minha Marília, o grande Jove In: EULÁLIO, Alexandre (Sel.). Tomás Antônio Gonzaga. 5. ed. São Paulo: Global, p. 94.) Coriolano = imperador romano que desistiu da vingança contra a pátria, a pedido da mãe e da esposa. Helena = esposa de Menelau, rei de Esparta, foi raptada por Páris, o que ocasionou a guerra de Troia. Lucrécia Bórgia = matrona romana, foi violentada por Tarquínio, que perdeu o trono de Roma. 1.1 em Portugal A fundação da Arcádia Lusitana, em 1756, é o marco inicial do em Portugal, escola que se estendeu até o ano de O século XVIII, em Portugal, foi marcado pelo longo reinado de D. João V, reinado esse financiado pelas riquezas do ciclo mineiro do ouro. A primeira metade do século ficou marcada pelo desperdício, pelas obras monumentais (como o convento de Mafra e o aqueduto das Águas Livres, de Lisboa), pela manutenção dos poderes da inquisição, pela influência jesuítica, e pela permanência dos valores tradicionais aristocráticos e clericais em torno da monarquia absoluta. Na segunda metade do século ( ), o déspota esclarecido Marquês de Pombal, ministro de D. José I, procurou, com reformas, alinhar Portugal com a Europa Iluminista. O Neoclassicismo corresponde ao período do governo pombalino. Bocage Manuel Maria Du Bocage ( ) foi o maior representante do português. Bocage nasceu em Setúbal (1765) e morreu em Lisboa, em Filho de intelectuais, manifestou, desde pequeno, temperamento irrequieto. Sua obra Rimas, de 1791, valeu-lhe o convite para a Nova Arcádia, onde usava o pseudônimo Elmano Sadino (Elmano é anagrama de Manoel; Sadino é homenagem ao rio Sado, que passa pela terra natal do poeta).

9 Literatura 9 Bocage viveu um tempo de transição que influenciou sua poesia. Às influências camonianas juntaram-se a das Arcádias e a dos românticos, que já se faziam sentir na Alemanha, na Inglaterra e na França. A poesia de Bocage se divide em lírica e satírica. Parte da obra lírica do autor é árcade, apresentando as seguintes características: uso de pseudônimo; recorrência aos padrões de composição clássicos, como a busca do equilíbrio e a referência à mitologia; presença de elementos comuns ao (inutilia truncat, fugere urbem, aurea mediocritas, locus amoenus). Em sua produção lírica, também há textos pré-românticos, os quais apresentam ausência do fingimento poético; tom confessional; a razão em choque com o sentimento; preferência por ambientes noturnos; valorização do sentimento; exagero na exposição dos sentimentos, das tristezas; visão da morte como solução para os sofrimentos. Bocage poetizou ideais sociais de origem iluminista, tais como o combate aos privilégios da aristocracia e a condenação da guerra. Fugiu dos padrões da poesia da época, introduzindo na linguagem poética estereotipada dados como o erotismo e a autoironia, criando um discurso crítico em relação à literatura, que se limitou a usar os mesmos eternos elementos. Ainda fez parte dessa poesia o ataque a outros autores e suas obras. Leia um texto satírico de Bocage: RETRATO DO GUARDA-MOR DA ALFÂNDEGA DO TABACO, JOÃO DA CRUZ SANCHES VARONA O guarda-mor da calva para baixo É mais desagradável que um capucho; Não tem bofe, nem fígado, nem bucho, Mais chato me parece que um capacho: As costas são cavernas de um patacho, Os queixos são as guelras dum cachucho, Não tem fi gura de mágico, ou de bruxo, Na cabeça miolos lhe acho: Afeta no exterior santo de nicho, Por dentro é mais sinistro do que um mocho, E aloja mais peçonha do que um bicho: O que os outros têm cheio ele tem chocho; O que é mais vassoura, nele é lixo; E anda isto entre nós? Ah bom arrocho! BOCAGE, Manuel Maria de Barbosa du. Retrato do guarda-mor da alfândega do tabaco, João da Cruz Sanches Varona. In: Sonetos completos de Bocage. São Paulo: Núcleo, 1989, p arrocho: pau torto e curto; situação difícil. bucho: estômago dos mamíferos e dos peixes. cachucho: peixe do mar. capacho: espécie de tapete de fi bras grossas e ásperas. capucho: frade franciscano, conhecido no Brasil como capuchinho. chocho: oco, vazio, seco. mocho: coruja. nicho: lugar afastado, retiro. patacho: embarcação mercante de dois mastros. peçonha: veneno.

10 10 Literatura Nesse soneto, o eu lírico critica um funcionário público careca; observe que o deboche, as palavras depreciativas e o uso constante do fonema (x) constroem tal crítica. A terceira estrofe enfatiza a avaliação negativa ao falso moralismo do funcionário público e, por extensão, à instituição a que ele pertence. Bocage identificou-se com Camões (tanto no plano pessoal quanto no leituário) a ponto de aceitar a influência artística camoniana. Veja um exemplo disso neste soneto. A CAMÕES, COMPARANDO COM OS DELE OS SEUS PRÓPRIOS INFORTÚNIOS Camões, grande Camões, quão semelhante Achou teu fado ao meu, quando os cotejo! Igual causa nos fez perdendo o Tejo Arrostar co sacrílego gigante: Como tu, junto ao Ganges sussurrante, Da penúria cruel no horror me vejo; Como tu, gostos vãos, que em vão desejo, Também carpindo estou, saudoso amante: Ludíbrio, como tu, da sorte dura Meu fi m demando ao Céu, pela certeza De que só terei paz na sepultura: Modelo meu tu és... Mas, oh tristeza!... Se te imito nos transes da ventura, Não te imito nos dons da Natureza. BOCAGE. Poemas Escolhidos. São Paulo, Cultrix, s.d. cotejo: comparo. arrostar: encarar, enfrentar. ganges: rio Ganges, na Índia. É considerado um rio sagrado. carpindo: lamentando. ludíbrio: enganado, logrado. A temática árcade e seus elementos são evidenciados em poemas do autor, tais como este: RECREIOS CAMPESTRES NA COMPANHIA DE MARÍLIA Olha, Marília, as fl autas dos pastores Que bem que soam, como estão cadentes! Olha o Tejo a sorrir-se! Olha, não sentes Os Zéfiros brincar por entre as fl ores? Vê como ali beijando-se os Amores Incitam nossos ósculos ardentes! Ei-las de planta em planta as inocentes, As vagas borboletas de mil cores! Naquele arbusto o rouxinol suspira, Ora nas folhas a abelhinha para. Ora nos ares sussurrando gira. Que alegre campo! Que manhã tão clara! Mas ah! Tudo o que vês, se eu te não vira Mais tristeza que a morte me causara. ósculos = beijos

11 Literatura 11 A vivência de Bocage num tempo de transição foi expressa em poesias cujas referências românticas foram notadas: INSÔNIA Oh retrato da morte, oh Noite amiga Por cuja escuridão suspiro há tanto! Calada testemunha de meu pranto, De meus desgostos secretária antiga! Pois manda Amor, que a ti somente os diga, Dá-lhes pio agasalho no teu manto; Ouve-os, como costumas, ouve, enquanto Dorme a cruel, que a delirar me obriga: E vós, oh cortesãos da escuridade, Fantasmas vagos, mochos piadores, Inimigos, como eu, da claridade! Em bandos acudi aos meus clamores; Quero a vossa medonha sociedade, Quero fartar meu coração de horrores. pio = piedoso, que tem piedade. Exercícios de sala Leia os textos seguintes para resolver as questões propostas. Texto I ESPERANÇA AMOROSA Grato silêncio, trémulo arvoredo, Sombra propícia aos crimes, e aos amores, Hoje serei feliz! Longe, temores, Longe, fantasmas, ilusões do medo. Sabei, amigos Zéfi ros, que cedo, Entre os braços de Nise, entre estas fl ores, Furtivas glórias, tácitos favores, Hei-de enfi m possuir: porém, segredo! Nas asas frouxos ais, brandos queixumes Não leveis, não façais isto patente, Quem nem quero que o saiba o pai dos numes. Cale-se o caso a Jove omnipotente; Porque, se ele o souber, terá ciúmes, Vibrará contra mim seu raio ardente. BOCAGE. Obras. Porto: Lello & Irmão, P propícia: Favorável, favorecedora, adequada, apropriada, oportuna. zéfiros: Entre os antigos, ventos do Ocidente. furtivas: Ocultas, escondidas. tácidos: Silenciosos, calados, subentendidos, implícitos, ocultos, secretos. queixumes: Queixas; lamentações; gemidos. numes: Deuses, divindades. jove: O mesmo que Júpiter (Zeus, para os gregos), o pai de todos os deuses.

12 12 Literatura Texto II O céu, de opacas sombras abafado Tornando mais medonha a noite feia; Mugindo sobre as rochas, que se salteia, O mar, em crespos montes levantado; Desfeito em furacões o vento irado; Pelos ares zunindo a solta areia; O pássaro noturno, que vozeia No agoireiro cipreste além de pousado, Formam quadro terrível, mas aceito, Mas grato aos olhos meus, gratos à fereza Do ciúme e saudade, a que ando afeito. Quer no horror igualar-me a Natureza; Porém cansa-se em vão, que no meu peito Há mais escuridade, há mais tristeza. 1 Qual é a função da natureza nos dois textos? Bocage. In: Os amores (poemas escolhidos). Seleção, introdução e notas de Álvaro Cardoso Gomes. São Paulo. Círculo do Livro, s/d. p Indique quais elementos árcades estão presentes no Texto I. 3 O que revelam os adjetivos utilizados no Texto II para retratar a natureza? 4 Considerando a resposta anterior, como pode ser classifi cado o Texto II: árcade ou pré-romântico? Justifi que. (UNIFESP-SP) Leia este poema de Bocage para responder às questões de 5 a 7. Olha, Marília, as fl autas dos pastores Que bem que soam, como estão cadentes! Olha o Tejo a sorrir-se! Olha, não sentes Os Zéfiros brincar por entre fl ores? Vê como ali, beijando-se, os Amores Incitam nossos ósculos ardentes! Ei-las de planta em planta as inocentes, As vagas borboletas de mil cores. Naquele arbusto o rouxinol suspira, Ora nas folhas a abelhinha para, Ora nos ares, sussurrando, gira: Que alegre campo! Que manhã tão clara! Mas ah! Tudo o que vês, se eu te não vira, Mais tristeza que a morte me causara.

13 Literatura 13 5 A descrição que o eu lírico faz do ambiente é uma forma de mostrar à amada que o amor: a) acaba quando a morte chega. b) tem pouca relação com a natureza. c) deve ser idealizado, mas não realizado. d) traz as tristezas e a morte. e) é inspirado por tudo o que os rodeia. 6 O emprego de mas, na última estrofe do poema, permite entender que: a) todo o belo cenário só tem tais qualidades se a mulher amada fi zer parte dele. b) a ausência da mulher amada pode levar o eu lírico à morte. c) a morte é uma forma de o eu lírico deixar de sofrer pela mulher amada. d) a mulher amada morreu e, por essa razão, o eu lírico sofre. e) o eu lírico sofre toda manhã pela ausência da mulher amada. 7 O soneto de Bocage é uma obra do português, que apresenta, dentre suas características, o bucolismo e a valorização da cultura greco-romana, que estão exemplifi cados, respectivamente, em: a) Tudo o que vês, se eu te não vira/ Olha, Marília, as fl autas dos pastores. b) Ei-las de planta em planta as inocentes,/ Naquele arbusto o rouxinol suspira. c) Que bem que soam, como estão cadentes!/ Os Zéfi ros brincar por entre fl ores? d) Mais tristeza que a morte me causara./ Olha o Tejo a sorrir-se! Olha, não sentes. e) Que alegre campo! Que manhã tão clara!/ Vê como ali, beijando-se, os Amores. 1.2 no Brasil No século XVIII, no Brasil colonial, a produção literária constituía o nosso, que conjugou a permanência do modelo neoclássico europeu com a realidade brasileira. A descoberta do ouro em Minas Gerais (final do século XVII) fez com que o centro econômico da Colônia se deslocasse do Nordeste para o Sudeste. Tal região, assim, tornava-se também o centro político e cultural. As ideias iluministas eram propagadas, principalmente, pelos jovens brasileiros das camadas privilegiadas da sociedade que iam estudar em Coimbra e para cá retornavam. Em Vila Rica, hoje Ouro Preto, tais ideias levaram vários intelectuais e escritores a sonhar com a independência do Brasil, principalmente- após a repercussão do movimento de independência dos EUA (1776). Esses sonhos e a cobrança exagerada de impostos sobre a mineração brasileira (derrama) levaram ao movimento da Inconfidência Mineira. Alguns escritores árcades mineiros participaram diretamente da Inconfidência: Tomás Antônio Gonzaga, Alvarenga Peixoto e Cláudio Manuel da Costa. No grupo dos inconfidentes, havia um homem que não tinha a mesma formação intelectual dos demais nem era escritor: o alferes Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes. O grupo foi preso devido à traição de um membro: Joaquim Silvério do Reis, que devia altas somas ao governo e teve a dívida perdoada com a delação. Além das convenções árcades (amor, natureza, equilíbrio...), nossos escritores também abordaram as questões da realidade brasileira. Ouro Preto, de Guignard

14 14 Literatura Produção literária Cláudio Manuel da Costa Cláudio Manuel da Costa nasceu em Minas Gerais, era filho de portugueses ligados à mineração. Estudou no Rio de Janeiro e cursou Direito em Coimbra. Voltou ao Brasil, foi secretário de governo, advogado, administrador e um dos principais nomes da Inconfidência Mineira. Cláudio Manuel adotou o pseudônimo pastoral de Glauceste Satúrnio. Sua produção literária se iniciou com a publicação de Obras poéticas e seus sonetos apresentam grande afinidade com a lírica de Camões. Situado num momento de transição entre o Barroco e o, esse poeta não se libertou completamente dos padrões cultistas, cultivando as metáforas e as inversões sintáticas de caráter barroco. Sua produção é composta de poesia lírica e épica. Nesta, Cláudio escreveu o poema Vila Rica, inspirado nas epopeias clássicas, que abordam a penetração bandeirante, a descoberta das minas, a fundação de Vila Rica e as revoltas locais. Naquela, o destaque é para a desilusão amorosa: o eu lírico pastor lamenta por não ser correspondido por sua musa, Nise. Também lamenta estar num lugar de grande beleza natural sem a companhia da amada. Nise é uma personagem fictícia, não se manifesta, corresponde ao ideal da amada inalcançável nítido traço de recorrência ao neoplatonismo renascentista. Os elementos da paisagem local estão presentes na poesia desse escritor: o ribeirão do Carmo, rio que corta a região; os vaqueiros, em lugar de pastores gregos; as montanhas e os vales; e as constantes referências às penhas, pedras que sugerem o ambiente agreste e rústico de Minas Gerais. A respeito desse escritor manifestou-se Antonio Candido: Não será excessivo acrescentar que, enquanto a maioria dos poemas pastoris, desde a Antiguidade, tem por cenários prados e ribeiras, nos de Cláudio há vultosa proporção de montes e vales, mostrando que a imaginação não se apartava da terra natal e, nele, a emoção poética possuía raízes autênticas. CANDIDO, Antonio. Formação da literatura brasileira: momentos decisivos. 6. Ed. Belo Horizonte: Itatiaia, V. 1. p. 89 Conheça, a seguir, alguns textos de Cláudio Manuel da Costa. Destes penhascos fez a natureza O berço, em que nasci: oh quem cuidara, Que entre pedras tão duras se criara Uma alma terna, um peito sem dureza! Amor, que vence os tigres, por empresa Tomou logo render-me; ele declara Contra o meu coração guerra tão rara. Que não me foi bastante a fortaleza. Por mais que eu mesmo conhecesse o dano, A que dava ocasião minha brandura. Nunca pude fugir ao cego engano: Vós, que ostentais a condição mais dura, Temei, penhas, temei; que Amor tirano, Onde há mais resistência, mais se apura. Nesse texto, há o contraste entre o modo de ser do eu lírico e a paisagem do lugar onde nasceu.

15 Literatura 15 Já neste outro texto, o eu lírico expressa os sentimentos decorrentes do contraste entre um passado feliz e um presente infeliz: Tomás Antônio Gonzaga Memórias do presente, e do passado Fazem guerra cruel dentro em meu peito; E bem que ao sofrimento ando já feito, Mais que nunca desperta hoje o cuidado. Que diferente, que diverso estado É este, em que somente o triste efeito Da pena, a que meu mal me tem sujeito, Me acompanha entre afl ito, e magoado! Tristes lembranças! E que em vão componho A memória da vossa sombra escura! Que néscio em vós a ponderar me ponho! Ide-vos; que em tão mísera loucura Todo o passado bem tenho por sonho; Só é certa a presente desventura. Português nascido na cidade do Porto, Tomás Antônio Gonzaga viveu parte de sua infância no Brasil, depois voltou a Portugal para se formar em Direito, em Coimbra. Em 1782, de volta ao Brasil, exerceu o cargo de ouvidor em Vila Rica. Aos 40 anos, Tomás apaixonou-se por uma adolescente de 17, Maria Dorotéia Joaquina de Seixas, a quem chamou de Marília. Tomás adotou o pseudônimo de Dirceu, fez parte da Inconfidência Mineira e, quando o movimento foi descoberto, foi preso e mandado em degredo para Moçambique, na África. Lá se casou com a filha de um mercador de escravos e faleceu ali, sem nunca voltar ao Brasil. Como foi preso pela participação na Inconfidência, Tomás nunca se casou com Maria Dorotéia. Porém, esse namoro inspirou sua importante obra lírica: Marília de Dirceu. Tomás Antônio Gonzaga escreveu obra lírica e satírica. Em 1788, Tomás Antônio Gonzaga estava com 44 anos. Seu futuro parecia claramente delineado; seria feito de tranquilidade, prestígio social, amorosa harmonia doméstica (...) Sua carreira de magistrado acabava de atingir um ponto alto. (...) Em breve depois de vencidas as restrições da rica família da noiva, iria casar-se com uma jovem de vinte anos, a Marília bela, Maria Dorotéia Joaquina de Seixas, na vida real ou civil, por quem se apaixonara quando ela era ainda uma adolescente de dezessete anos. (...) Então veio a mudança brutal em seu destino. A 15 de março de 1789, o coronel Joaquim Silvério dos Reis denunciava ao visconde de Barbacena, governador de Vila Rica, um grupo de conspiradores que preparava um plano de sublevação armada contra o governo português. A 21 de maio era decretada a prisão de Tomás Antônio Gonzaga, acusado de participar, ao lado de seus amigos, os poetas Cláudio Manuel da Costa e Alvarenga Peixoto e do alferes Joaquim José da Silva Xavier, da Inconfi dência Mineira. Com esse golpe, Gonzaga perdia tudo: a carreira, o prestígio e a mulher amada. Duda Machado. In: Tomás Antônio Gonzaga. Marília de Dirceu & Cartas Chilenas. São Paulo: Ática, Edição de 1792, publicada em Lisboa, de Marília de Dirceu, de Tomás Antônio Gonzaga.

16 Prezado leitor, Agradecemos o interesse em nosso material. Entretanto, essa é somente uma amostra gratuita. Caso haja interesse, todos os materiais do Sistema de Ensino CNEC estão disponíveis para aquisição através de nossa loja virtual. loja.cneceduca.com.br

Professor: Luiz Romero. Conteúdo: Arcadismo AULA Disciplina: Literatura Portuguesa. Era Clássica

Professor: Luiz Romero. Conteúdo: Arcadismo AULA Disciplina: Literatura Portuguesa. Era Clássica Professor: Luiz Romero Disciplina: Literatura Portuguesa Era Clássica Conteúdo: Arcadismo AULA - 01 L I T E R A T U R A P O R T U G U E S A E R A C L Á S S I C A A R C A D I S M O 1756...1825 Fundação

Leia mais

Professor: Luiz Romero Disciplina: Literatura Conteúdo: Arcadismo Aula: 01

Professor: Luiz Romero Disciplina: Literatura Conteúdo: Arcadismo Aula: 01 Professor: Luiz Romero Disciplina: Literatura Conteúdo: Arcadismo Aula: 01 O Arcadismo no Brasil A Conjuração Mineira (1789); Literatura com forte ligação sócio-política; AUTOR OBRA - PÚBLICO O nascimento

Leia mais

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA ROTEIRO DE ATIVIDADES 1ª SÉRIE 3º BIMESTRE AUTORIA NUBIA MORETI DE VASCONCELOS RAMOS Rio de Janeiro 2012 TEXTO GERADOR I ARCADISMO (1768-1808) As formas artísticas

Leia mais

Arcadismo / Neoclassicismo

Arcadismo / Neoclassicismo Melhores Poemas de Cláudio Manuel da Costa (UPF) Arcadismo / Neoclassicismo Minas Gerais Vila Rica Século XVIII Contexto século XVIII Iluminismo Razão como luz da História A Liberdade guiando o povo, Delacroix

Leia mais

ARTE NEOCLÁSSICA (ARCADISMO) O julgamento de Sócrates (Jacques-Louis David, 1787)

ARTE NEOCLÁSSICA (ARCADISMO) O julgamento de Sócrates (Jacques-Louis David, 1787) ARTE NEOCLÁSSICA (ARCADISMO) O julgamento de Sócrates (Jacques-Louis David, 1787) O ILUMINISMO (SÉCULO XVIII) * racionalismo * Enciclopedismo O ILUMINISMO (SÉCULO XVIII) * modelo: natureza * liberdade,

Leia mais

O iluminismo ou Século das luzes

O iluminismo ou Século das luzes O iluminismo ou Século das luzes Início O contexto histórico em que surgiu o Iluminismo Burguesia e Iluminismo As luzes da razão O que o iluminismo defendia O que o iluminismo combatia Os pensadores iluministas

Leia mais

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA ROTEIRO DE ATIVIDADES 1ª SÉRIE 3º BIMESTRE AUTORIA KARLA REGINA DE ALMEIDA FONSECA RODRIGUES Rio de Janeiro 2012 TEXTO GERADOR I Artigo enciclopédico é um gênero

Leia mais

ARCADISMO EM TOMÁS ANTONIO GONZAGA E CLAUDIO MANUEL DA COSTA Análise de Poemas

ARCADISMO EM TOMÁS ANTONIO GONZAGA E CLAUDIO MANUEL DA COSTA Análise de Poemas UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA DEPARTAMENTO DE LETRAS E ARTES DLA LICENCIATURA EM LETRAS COM A LÍNGUA INGLESA LITERATURA BRASILEIRA I Professor: Manoel Anchieta Nery JOÃO BOSCO DA SILVA (prof.bosco.uefs@gmail.com)

Leia mais

Vestibular1 A melhor ajuda ao vestibulando na Internet Acesse Agora! www.vestibular1.com.br. Arcadismo

Vestibular1 A melhor ajuda ao vestibulando na Internet Acesse Agora! www.vestibular1.com.br. Arcadismo Arcadismo O Arcadismo, Setecentismo (os anos 1700) ou Neoclassicismo é o período de caracteriza principalmente a segunda metade do século XVIII, tingindo as artes de uma nova tonalidade burguesa. No século

Leia mais

Bárbara da Silva. Literatura. Aula 13 - Arcadismo

Bárbara da Silva. Literatura. Aula 13 - Arcadismo Bárbara da Silva Literatura Aula 13 - Arcadismo O Arcadismo ou Neoclassicismo surge no contexto do denominado Século das Luzes (XVIII), em que a Europa passou por grandes transformações, como a decadência

Leia mais

Conteúdo para recuperação do I Semestre

Conteúdo para recuperação do I Semestre Conteúdo para recuperação do I Semestre I Bimestre II Bimestre 8 ANO Antigo Regime; Iluminismo. Ideias Iluministas na América; Revolução Francesa ANTIGO REGIME Conceito foi a denominação atribuída ao período

Leia mais

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA ROTEIRO DE ATIVIDADES 1ª SÉRIE 3º BIMESTRE AUTORIA SHEYLLA PRUDENCIO DA SILVA Rio de Janeiro 2012 TEXTO GERADOR I OLHA, MARÍLIA, AS FLAUTAS DOS PASTORES Olha, Marília,

Leia mais

Universidade Federal do Pará Processo Seletivo Seriado Conteúdo de Literatura Brasileira e Portuguesa - (1ª série)

Universidade Federal do Pará Processo Seletivo Seriado Conteúdo de Literatura Brasileira e Portuguesa - (1ª série) 1) Analisar o texto em todas as suas dimensões: semântica, sintática, lexical e sonora. Conteúdo de Literatura Brasileira e Portuguesa - (1ª série) 1 TEXTO LITERÁRIO E NÃO-LITERÁRIO 1. Diferenciar o texto

Leia mais

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA ROTEIRO DE ATIVIDADES 1ª SÉRIE 3º BIMESTRE AUTORIA SELMA DE SOUZA SANGLARD Rio de Janeiro 2012 TEXTO GERADOR I 1º Momento: Explicação do gênero abordado; Busca

Leia mais

Eu quero uma casa no campo... Além do horizonte existe um lugar Bonito e tranquilo pra gente se amar ARCADISMO

Eu quero uma casa no campo... Além do horizonte existe um lugar Bonito e tranquilo pra gente se amar ARCADISMO Eu quero uma casa no campo... Além do horizonte existe um lugar Bonito e tranquilo pra gente se amar ARCADISMO ALÉM DO HORIZONTE (ROBERTO E ERASMO) Além do horizonte deve ter Algum lugar bonito pra viver

Leia mais

O Iluminismo. defesa dos ideais de liberdade, igualdade, tolerância e justiça. Frontispício da Enciclopédia (1772)

O Iluminismo. defesa dos ideais de liberdade, igualdade, tolerância e justiça. Frontispício da Enciclopédia (1772) O Iluminismo Movimento cultural e filosófico que se desenvolveu na Europa, no século XVIII (Século das Luzes), e que se caracterizou pela afirmação do valor da Razão e do conhecimento para atingir o progresso;

Leia mais

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DELETRAS E COMUNICAÇÃO PARFOR HABILITAÇÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DELETRAS E COMUNICAÇÃO PARFOR HABILITAÇÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DELETRAS E COMUNICAÇÃO PARFOR HABILITAÇÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA FORMAÇÃO DA LITERATURA BRASILEIRA PROFA. MAYARA R. GUIMARÃES ATIVIDADE À DISTÂNCIA:

Leia mais

Arcadismo e Neoclassicismo

Arcadismo e Neoclassicismo Arcadismo e Neoclassicismo Origem do nome Recupera as características do classicismo porém em outra época = neoclassicismo Arcadismo = região da Grécia (Arcádia), região do Peloponeso, onde fica o Monte

Leia mais

BARROCO BRASILEIRO. O Homem em Conflito (século XVII)

BARROCO BRASILEIRO. O Homem em Conflito (século XVII) BARROCO BRASILEIRO O Homem em Conflito (século XVII) ARQUITETURA BARROCA Igreja de S. Carlos Barromeu - Áustria ESCULTURA BARROCA Bernini Êxtase de Santa Tereza PINTURA BARROCA Caravaggio Judith degola

Leia mais

Aulas Multimídias Santa Cecília. Profº André Araújo

Aulas Multimídias Santa Cecília. Profº André Araújo Aulas Multimídias Santa Cecília Profº André Araújo Prof. André Araújo 9º. ano Momento histórico do Neoclassicismo no Brasil O Brasil no século XVIII Centro econômico da Colônia deslocou-se do Nordeste

Leia mais

PRÓ-REITORIA DE GESTÃO E DESENVOLVIMENTO DE PESSOAS GERÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO DE PESSOAS SUBGERÊNCIA DE CAPACITAÇÃO E QUALIFICAÇÃO

PRÓ-REITORIA DE GESTÃO E DESENVOLVIMENTO DE PESSOAS GERÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO DE PESSOAS SUBGERÊNCIA DE CAPACITAÇÃO E QUALIFICAÇÃO PRÓ-REITORIA DE GESTÃO E DESENVOLVIMENTO DE PESSOAS GERÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO DE PESSOAS SUBGERÊNCIA DE CAPACITAÇÃO E QUALIFICAÇÃO Facilitador: Euzebio Raimundo da Silva Gestor de Pessoas ADMINISTRAÇÃO

Leia mais

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA ROTEIRO DE ATIVIDADES 1ª SÉRIE 3 BIMESTRE AUTORIA DIONELIA DOS SANTOS RUFFATO Rio de Janeiro 2012 TEXTO GERADOR 1 Este texto é um fragmento do artigo enciclopédico

Leia mais

CEMAS - REVISTA ARCADISMO REVISTA CEMAS 1º ANO A

CEMAS - REVISTA ARCADISMO REVISTA CEMAS 1º ANO A ARCADISMO REVISTA CEMAS 1º ANO A 1 ARCADISMO O Arcadismo, também conhecido como Setecentismo ou Neoclassicismo, é o movimento que compreende a produção literária brasileira na segunda metade do século

Leia mais

1. Observe o seguinte trecho do Sermão da Sexagésima de Padre Antônio Vieira:

1. Observe o seguinte trecho do Sermão da Sexagésima de Padre Antônio Vieira: 3º EM Literatura Renata Romero Av. Dissertativa 20/05/15 INSTRUÇÕES PARA A REALIZAÇÃO DA PROVA LEIA COM MUITA ATENÇÃO 1. Verifique, no cabeçalho desta prova, se seu nome, número e turma estão corretos.

Leia mais

Aula 8 Neoclassicismo. Prof. Eloy Gustavo

Aula 8 Neoclassicismo. Prof. Eloy Gustavo Aula 8 Neoclassicismo Marcos cronológicos Século XVIII Neoclassicismo / Arcadismo Portugal 1756: Fundação da Arcádia Lusitana 1825: Poema Camões de Almeida Garret Brasil 1768: Obras de Cláudio Manuel da

Leia mais

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA ROTEIRO DE ATIVIDADES 1ª SÉRIE 3º BIMESTRE AUTORIA MARIA APARECIDA DE ABREU SILVA Rio de Janeiro 2012 TEXTO GERADOR I O Texto Gerador 1 integra a Obra de Manuel

Leia mais

TESTE DE AVALIAÇÃO DE HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE PORTUGAL

TESTE DE AVALIAÇÃO DE HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE PORTUGAL Agrupamento de Escolas de Arraiolos Escola EB 2,3/S Cunha Rivara de Arraiolos Ano Lectivo 2009/2010 HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE PORTUGAL 6º Ano Teste de Avaliação nº 2 TESTE DE AVALIAÇÃO DE HISTÓRIA E GEOGRAFIA

Leia mais

O MOVIMENTO ESPORTIVO INGLÊS

O MOVIMENTO ESPORTIVO INGLÊS O MOVIMENTO ESPORTIVO INGLÊS A situação política e social Regime parlamentarista estável: enquanto outros países da Europa mantinham as disputas políticas. Formação de um grande império colonial: Ásia,

Leia mais

Aula O ARCADISMO EM PORTUGAL META OBJETIVOS. Arcadismo ou Neoclassicismo, objeto de estudo desta aula. estudo; O despotismo esclarecido.

Aula O ARCADISMO EM PORTUGAL META OBJETIVOS. Arcadismo ou Neoclassicismo, objeto de estudo desta aula. estudo; O despotismo esclarecido. Aula O ARCADISMO EM PORTUGAL META Arcadismo ou Neoclassicismo, objeto de estudo desta aula. OBJETIVOS estudo; O despotismo esclarecido. Literatura Portuguesa II Paradigma a ser seguido. temos de mudar,

Leia mais

(Todos os jogadores jogarão o dado, aquele que tirar um número maior e acertar o nome do Mestre Aleijadinho ganha 1 ponto no atributo inteligência).

(Todos os jogadores jogarão o dado, aquele que tirar um número maior e acertar o nome do Mestre Aleijadinho ganha 1 ponto no atributo inteligência). RPG: Enforcar ou não enforcar? Eis a questão. Narrador: Ouro Preto é uma cidade feita de ladeiras, subidas e descidas. Fica numa das partes mais bonitas do Brasil, o estado de Minas Gerais, onde existem

Leia mais

Instruções. Se o Caderno estiver incompleto ou contiver imperfeição gráfica que prejudique a leitura, peça imediatamente ao Fiscal que o substitua.

Instruções. Se o Caderno estiver incompleto ou contiver imperfeição gráfica que prejudique a leitura, peça imediatamente ao Fiscal que o substitua. 1 2 Instruções Confira se os dados contidos na parte inferior desta capa estão corretos e, em seguida, assine no espaço reservado para isso. Se, em qualquer outro local deste Caderno, você assinar, rubricar,

Leia mais

JOSÉ DO EGITO, Vocação para transformar tragédias em bênçãos

JOSÉ DO EGITO, Vocação para transformar tragédias em bênçãos JOSÉ DO EGITO, Vocação para transformar tragédias em bênçãos 1. Às vezes Deus de fato conduz seus filhos ao sofrimento. Mas isso sempre acontece para que Ele possa produzir um bem maior. I. O QUE APRENDEMOS

Leia mais

ARCADISMO EM PORTUGAL

ARCADISMO EM PORTUGAL AULA 07 LITERATURA PROFª Edna Prado ARCADISMO EM PORTUGAL I - CONTEXTO HISTÓRICO Arcadismo vem da palavra Arcádia, nome de uma região montanhosa do Peloponeso, na Grécia. Essa região era considerada, no

Leia mais

ARCADISMO (NEOCLASSICISMO) Obras poéticas, Cláudio Manuel da Costa Suspiros poéticos e saudades, Gonçalves de Magalhães

ARCADISMO (NEOCLASSICISMO) Obras poéticas, Cláudio Manuel da Costa Suspiros poéticos e saudades, Gonçalves de Magalhães ARCADISMO (NEOCLASSICISMO) 1768-1836 Obras poéticas, Cláudio Manuel da Costa Suspiros poéticos e saudades, Gonçalves de Magalhães CONTEXTO HISTÓRICO Mudança do centro econômico: Minas e RJ. Ouro e diamantes

Leia mais

ROTEIRO DE RECUPERAÇÃO DE LITERATURA

ROTEIRO DE RECUPERAÇÃO DE LITERATURA ROTEIRO DE RECUPERAÇÃO DE LITERATURA Nome: Nº 1 a. Série Data: / /2015 Professores: Fernando, Roberto Nota: (valor: 1,0) Introdução Caro aluno. 3º bimestre Neste semestre, você obteve média inferior a

Leia mais

O PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA DO BRASIL BRASIL REINO UNIDO 1815 BRASIL É ELEVADO A REINO UNIDO A PORTUGAL

O PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA DO BRASIL BRASIL REINO UNIDO 1815 BRASIL É ELEVADO A REINO UNIDO A PORTUGAL O PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA DO BRASIL BRASIL REINO UNIDO 1815 BRASIL É ELEVADO A REINO UNIDO A PORTUGAL BRASIL DEIXA DE SER COLÔNIA PARA SE TRANSFORMAR EM REINO COMO ISSO ACONTECEU? Pelo CONGRESSO DE VIENA,

Leia mais

Formas de expressão: "ARTE

Formas de expressão: ARTE Arte Africana Segundo a arqueologia, o continente africano é o território habitado a mais tempo no planeta. Assim como o Brasil, a história africana é contada pelos colonizadores europeus, os viajantes,

Leia mais

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA ROTEIRO DE ATIVIDADES 1ª SÉRIE 3º BIMESTRE AUTORIA ADRIANO PRADO SOUZA Rio de Janeiro 2012 TEXTO GERADOR I O arcadismo é uma escola literária surgida na Europa

Leia mais

1. Uma sociedade anacrónica

1. Uma sociedade anacrónica 1. Uma sociedade anacrónica 2.1. A França nas vésperas da Revolução Antigo Regime sociedade de ordens e de privilégios da nobreza e do clero Rei: Luís XVI nobreza: propriedade (e rendas) de ¼ das terras

Leia mais

Sorrir, Amar e Sonhar. (Encantos).

Sorrir, Amar e Sonhar. (Encantos). Sorrir, Amar e Sonhar. 2 Falastes Coração 3 Sorrir, Amar e Sonhar. Copyright 2013 by Direitos Projeto Força de Ler 37980-000 MG Escrito Legitimado 2001 Responsabilidade pela revisão: Maria Aparecida Marangoni

Leia mais

Filosofia Medieval e Moderna

Filosofia Medieval e Moderna Medieval e Moderna 1. Quais auxílios divinos sem, os quais, a vida ética - na Idade Média - seria impossível? I. Aos humanos, cabe ignorar a vontade e a lei de Deus, cumprindo somente as leis humanas II.

Leia mais

RENASCIMENTO. Localização Espacial: Cidades Italianas, Países Baixos e reinos alemães. Localização Temporal: Século XV e XVI

RENASCIMENTO. Localização Espacial: Cidades Italianas, Países Baixos e reinos alemães. Localização Temporal: Século XV e XVI RENASCIMENTO Localização Espacial: Cidades Italianas, Países Baixos e reinos alemães Localização Temporal: Século XV e XVI Não há uma definição de Renascimentos mas sim definições. Este período histórico

Leia mais

Arcadismo (1768 1836)

Arcadismo (1768 1836) Literatura Colonial Brasileira: Arcadismo (1768 1836) Profa. Luana Lemos RESUMO DA LITERATURA BRASILEIRA Arcadismo e Iluminismo Voltaire, filósofo iluminista As manifestações artísticas do século XVII

Leia mais

Lidere sua vida com a hipnose

Lidere sua vida com a hipnose Lidere sua vida com a hipnose J. R. P.T 1 J. R. P. T, Autor. Lidere sua vida com a hipnose: Título original: Lidere sua vida com a hipnose Direito autoral ao Professor J. R. P. T e sua filosofia Psicoterapia

Leia mais

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA ROTEIRO DE ATIVIDADES 1ª SÉRIE 3 BIMESTRE AUTORIA ANDRE LUIS SOEIRO PINTO Rio de Janeiro 2012 TEXTO GERADOR 1 Rima Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Rima

Leia mais

Levantamento Documental e Análise Histórica e Artística do Acervo Permanente do Museu de Arte Contemporânea de Jataí.

Levantamento Documental e Análise Histórica e Artística do Acervo Permanente do Museu de Arte Contemporânea de Jataí. Levantamento Documental e Análise Histórica e Artística do Acervo Permanente do Museu de Arte Contemporânea de Jataí. Flávio Ferreira Moraes Orientadora: Cleusa Gomes. Em 1995 houve a fundação do Museu

Leia mais

V edição do Concurso Literário de Prosa e Poesia

V edição do Concurso Literário de Prosa e Poesia V edição do Concurso Literário de Prosa e Poesia ENSINO SECUNDÁRIO 1º Prémio Ser poeta é Saber ser cada letra de um poema É sentir cada palavra a bater É entregar-se a um texto como à vida. Ser poeta é

Leia mais

FUNDAMENTOS HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO. Número de aulas semanais 1ª 2. Apresentação da Disciplina

FUNDAMENTOS HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO. Número de aulas semanais 1ª 2. Apresentação da Disciplina FUNDAMENTOS HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO Série Número de aulas semanais 1ª 2 Apresentação da Disciplina Uma das principais características que distinguem o ser humano das outras espécies animais é a sua capacidade

Leia mais

Preciso Crer De Ludimila de Oliveira Cardoso

Preciso Crer De Ludimila de Oliveira Cardoso Preciso Crer De Ludimila de Oliveira Cardoso Às vezes tudo parece tão claro, Às vezes tudo parece confuso. Pensamentos, atitudes, fatos se confundem Razão e emoção. Tantas dúvidas, incertezas, medos, ansiedade,

Leia mais

Movimento bandeirante (séc XVII):

Movimento bandeirante (séc XVII): 1. O CICLO DO OURO Século XVIII. MG, MT, GO Movimento bandeirante (séc XVII): Bandos armados que percorriam o interior do país em busca de riquezas. Origem: São Vicente (São Paulo). Tipos de bandeiras

Leia mais

Jean-Jacques Rousseau (1753) de Maurice Quentin de La Tour Da vontade geral surge o Estado

Jean-Jacques Rousseau (1753) de Maurice Quentin de La Tour Da vontade geral surge o Estado 1 JEAN-JACQUES ROUSSEAU: A VONTADE GERAL. Jean-Jacques Rousseau (1753) de Maurice Quentin de La Tour Da vontade geral surge o Estado Rousseau e a democracia direta 2 Assim como os demais pensadores políticos

Leia mais

Período Joanino Quando o Brasil virou capital do Império Português

Período Joanino Quando o Brasil virou capital do Império Português Período Joanino Quando o Brasil virou capital do Império Português Napoleão e Portugal 1804 Napoleão dominava a Europa, sendo coroado Imperador 1806 Bonaparte, decreta o Bloqueio Continental O objetivo:

Leia mais

A Nação é uma sociedade política e o autor do nosso livro-texto, em sua doutrina, dispõe que a Nação se compõe de dois elementos essenciais:

A Nação é uma sociedade política e o autor do nosso livro-texto, em sua doutrina, dispõe que a Nação se compõe de dois elementos essenciais: Resumo Aula-tema 02: Teoria Geral do Estado. A Teoria do Estado foi construída pela nossa história, é uma disciplina nova, embora já existissem resquícios desde a Antiguidade, mas faz pouco tempo que ela

Leia mais

CAPÍTULO 2 A Finalidade da Ética no Mundo Contemporâneo

CAPÍTULO 2 A Finalidade da Ética no Mundo Contemporâneo CAPÍTULO 2 A Finalidade da Ética no Mundo Contemporâneo Antes mesmo de ingressar propriamente no trato das questões contemporâneas da ética cumpre justificar o salto da antiguidade clássica 1 para o atual.

Leia mais

FILOSOFIA POLÍTICA: O PROBLEMA DA JUSTIFICAÇÃO E DA ORIGEM DO ESTADO.

FILOSOFIA POLÍTICA: O PROBLEMA DA JUSTIFICAÇÃO E DA ORIGEM DO ESTADO. FILOSOFIA POLÍTICA: O PROBLEMA DA JUSTIFICAÇÃO E DA ORIGEM DO ESTADO. A justificação contratualista de John Locke -A proposta de Locke, em seu Segundo tratado sobre o Governo civil (1690), é mais influente

Leia mais

Melhor Realista Português Estilo realista-naturalista Um dos ideólogos do Realismo Lusitano (1865-1890)

Melhor Realista Português Estilo realista-naturalista Um dos ideólogos do Realismo Lusitano (1865-1890) Eça a de Queirós(1845 s(1845-1900) 1900) Melhor Realista Português Estilo realista-naturalista Um dos ideólogos do Realismo Lusitano (1865-1890) 1890) Influência do Determinismo (Taine): Meio, Raça a e

Leia mais

Feudalismo. Prof. Tácius Fernandes História

Feudalismo. Prof. Tácius Fernandes História Feudalismo Prof. Tácius Fernandes História O feudalismo foi um modo de organização social e político baseado nas relações servis. Tem suas origens na decadência do Império Romano. Predominou na Europa

Leia mais

ILUMINISMO. Prof.ª Maria Auxiliadora

ILUMINISMO. Prof.ª Maria Auxiliadora ILUMINISMO Prof.ª Maria Auxiliadora A CRISE DO ANTIGO REGIME O ILUMINISMO O Antigo Regime vigorou entre os séculos XVI a XVIII na maioria dos países europeus. Este período caracterizou-se pelo: poder absoluto

Leia mais

Bem Explicado Centro de Explicações Lda. História 8º Ano O Renascimento e a formação da mentalidade moderna

Bem Explicado Centro de Explicações Lda. História 8º Ano O Renascimento e a formação da mentalidade moderna Bem Explicado Centro de Explicações Lda. História 8º Ano O Renascimento e a formação da mentalidade moderna Nome: Data: / / 1. Lê com atenção o Documento 1. Documento 1 O arquiteto supremo escolheu o homem

Leia mais

Sinto, por vezes, que alguns responsáveis governamentais parecem ter dificuldades em entender as reivindicações e as aspirações dos Corvinos.

Sinto, por vezes, que alguns responsáveis governamentais parecem ter dificuldades em entender as reivindicações e as aspirações dos Corvinos. Sinto, por vezes, que alguns responsáveis governamentais parecem ter dificuldades em entender as reivindicações e as aspirações dos Corvinos. Sinto também que, sempre que falamos em investimentos importantes

Leia mais

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA ROTEIRO DE ATIVIDADES 1ª SÉRIE 3º BIMESTRE AUTORIA SILVANIA CAMPOS AVELINO Rio de Janeiro 2012 TEXTO GERADOR I Este Texto Gerador é um trecho do artigo enciclopédico

Leia mais

O Nascimento de Jesus nosso Salvador

O Nascimento de Jesus nosso Salvador Este livrinho faz parte do material disponibilizado pelo projecto Presépio na Cidade. O Presépio na Cidade é um projecto de leigos católicos voluntários, cujo lema de 2005 é Presépio, berço do Cristo Vivo

Leia mais

EXAME HISTÓRIA A 1ª FASE 2011 página 1/7

EXAME HISTÓRIA A 1ª FASE 2011 página 1/7 EXAME HISTÓRIA A 1ª FASE 2011 página 1/7 GRUPO II PORTUGAL E A COMUNIDADE INTERNACIONAL: DO SEGUNDO PÓS-GUERRA À ACTUALIDADE Este grupo baseia-se na análise dos seguintes documentos: Doc. 1 Apoios aos

Leia mais

Numere os acontecimentos de acordo com a sequência narrativa da lenda do cavalo de Troia:

Numere os acontecimentos de acordo com a sequência narrativa da lenda do cavalo de Troia: COLÉGIO NOSSA SENHORA DE SION Troca do livro LIÇÃO DE PORTUGUÊS E HISTÓRIA / 4º ano 4º A 4º B 4º C Semana de 22 a 26 de junho sexta-feira terça-feira quinta-feira Leia o texto abaixo para responder as

Leia mais

Na escola estão Pedro e Thiago conversando. THIAGO: Não, tive que dormi mais cedo por que eu tenho prova de matemática hoje.

Na escola estão Pedro e Thiago conversando. THIAGO: Não, tive que dormi mais cedo por que eu tenho prova de matemática hoje. MENININHA Na escola estão Pedro e Thiago conversando. PEDRO: Cara você viu o jogo ontem? THIAGO: Não, tive que dormi mais cedo por que eu tenho prova de matemática hoje. PEDRO: Bah tu perdeu um baita jogo.

Leia mais

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA ROTEIRO DE ATIVIDADES 1ª SÉRIE 3º BIMESTRE AUTORIA OSMANIA DE SOUZA H GUIMARAES Rio de Janeiro 2012 TEXTO GERADOR I ARCADISMO: valorização da vida bucólica O Arcadismo,

Leia mais

Porto Alegre (RS) - Areal da Baronesa está perto de se tornar território quilombola

Porto Alegre (RS) - Areal da Baronesa está perto de se tornar território quilombola Porto Alegre (RS) - Areal da Baronesa está perto de se tornar território quilombola Origem de área quilombola remonta ao século XIX Foto: Ramiro Furquim/Sul21 Foi publicado nesta quinta (18) no Diário

Leia mais

Esta lista foi extraída e adaptada do Brasil República. As imagens foram extraídas do site Bandeiras, que vende bandeiras históricas brasileiras.

Esta lista foi extraída e adaptada do Brasil República. As imagens foram extraídas do site Bandeiras, que vende bandeiras históricas brasileiras. Bandeiras do Brasil O Brasil já teve 12 bandeiras diferentes, sem contar a nossa atual bandeira. A maior parte foram bandeiras portuguesas que foram hasteadas no Brasil desde a época de Pedro Álvares Cabral.

Leia mais

Ou NEOCLASSICISMO Século XVIII

Ou NEOCLASSICISMO Século XVIII Ou NEOCLASSICISMO Século XVIII *Reação contrária ao estilo Barroco; *Retomada de alguns valores e características do Classicismo. *Transição do Séc. XVIII para o XIX; *Iluminismo ou Luzes; *Contestação

Leia mais

Aula 4 - Simetria e Assimetria. professor Rafael Hoffmann

Aula 4 - Simetria e Assimetria. professor Rafael Hoffmann Aula 4 - professor Rafael Hoffmann Harmonia e proporção Quando o designer planeja o espaço em que vai distribuir sua composição, procura critérios que resultem num arranjo harmonizado agradável, atraente,

Leia mais

Formação da literatura brasileira nos anos 1950. Em 1959 é publicado Formação da literatura brasileira. No mesmo ano também sai

Formação da literatura brasileira nos anos 1950. Em 1959 é publicado Formação da literatura brasileira. No mesmo ano também sai Formação da literatura brasileira nos anos 1950 Bernardo Ricupero 1 Em 1959 é publicado Formação da literatura brasileira. No mesmo ano também sai Formação econômica do Brasil e, no ano anterior, tinha

Leia mais

COLÉGIO IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA PROGRAMA DE RECUPERAÇÃO PARALELA. 3ª Etapa 2010

COLÉGIO IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA PROGRAMA DE RECUPERAÇÃO PARALELA. 3ª Etapa 2010 COLÉGIO IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA PROGRAMA DE RECUPERAÇÃO PARALELA 3ª Etapa 2010 Disciplina: História Educadora:Marta Maria Ano: 8º. Turma: 8.1 Caro educando, você está recebendo o conteúdo de recuperação.

Leia mais

ILUMINISMO LUZ DA RAZÃO CONTRA AS TREVAS DA IGNORÂNCIA

ILUMINISMO LUZ DA RAZÃO CONTRA AS TREVAS DA IGNORÂNCIA ILUMINISMO LUZ DA RAZÃO CONTRA AS TREVAS DA IGNORÂNCIA Conceito: O Iluminismo foi um movimento ideológico do século XVIII, que defendeu a liberdade de expressão e o fim de todo regime opressor. O Iluminismo

Leia mais

NOVEMBRO/2013 OUTUBRO/2013. A nossa bandeira

NOVEMBRO/2013 OUTUBRO/2013. A nossa bandeira NOVEMBRO/2013 A nossa bandeira No dia 19 de novembro comemoramos o dia da bandeira nacional Para nós é linda e especial Demonstrando amor fraternal. O verde é das matas que belas paisagens retrata Apesar

Leia mais

A escravidão negra no sistema de ensino apostilado Aprende Brasil

A escravidão negra no sistema de ensino apostilado Aprende Brasil A escravidão negra no sistema de ensino apostilado Aprende Brasil Laura Laís de Oliveira Castro Unesp (Câmpus de Bauru) laura_laiscastro@hotmail.com Resumo O presente resumo expandido pretende analisar

Leia mais

HISTÓRIA DA FILOSOFIA OCIDENTAL

HISTÓRIA DA FILOSOFIA OCIDENTAL HISTÓRIA DA FILOSOFIA OCIDENTAL A filosofia ocidental possui como pensamento matriz o pensamento grego. No século XVIII (Iluminismo) Houve a racionalização da cultura, separando da fé e a razão. DIFERENÇA

Leia mais

LÍNGUA PORTUGUESA REDAÇÃO POEMA (7º ANO) Professora Jana Soggia

LÍNGUA PORTUGUESA REDAÇÃO POEMA (7º ANO) Professora Jana Soggia LÍNGUA PORTUGUESA REDAÇÃO POEMA (7º ANO) Professora Jana Soggia Características do Gênero Textual Texto construído por versos (cada linha do poema) O conjunto de versos forma a estrofe Explora a sonoridade

Leia mais

CORAÇÃO APAIXONADO Poemas de Amor e Paixão

CORAÇÃO APAIXONADO Poemas de Amor e Paixão CORAÇÃO APAIXONADO CORAÇÃO APAIXONADO Poemas de Amor e Paixão 1 JOSÉ ARAUJO JOSÉ ARAÚJO CORAÇÃO APAIXONADO Poemas de Amor e Paixão 2 CORAÇÃO APAIXONADO Copyright 2011 José Araújo Primeira Edição Título:

Leia mais

Objetivos. Ciências Sociais. Século XIX: Configuração sócio-histórica de América Latina (I) Prof. Paulo Barrera Agosto 2012

Objetivos. Ciências Sociais. Século XIX: Configuração sócio-histórica de América Latina (I) Prof. Paulo Barrera Agosto 2012 Ciências Sociais Prof. Paulo Barrera Agosto 2012 Século XIX: Configuração sócio-histórica de América Latina (I) Objetivos Estudar as origens de América Latina no contexto da consolidação da dominação européia

Leia mais

Professora Me. Jaqueline Cappellari

Professora Me. Jaqueline Cappellari Professora Me. Jaqueline Cappellari Contexto histórico-cultural Os poemas foram escritos entre 1943 e 1945. Os horrores da Segunda Guerra Mundial angustiavam a humanidade e o exército nazista recuava,

Leia mais

O QUE É A FILOSOFIA? A filosofia no Ensino Médio

O QUE É A FILOSOFIA? A filosofia no Ensino Médio O QUE É A FILOSOFIA? A filosofia no Ensino Médio Gustavo Bertoche Quando a filosofia é apresentada no ensino médio, a primeira dificuldade que os alunos têm é relativa à compreensão do que é a filosofia.

Leia mais

Meu Guia. Pamella Padilha

Meu Guia. Pamella Padilha Meu Guia Pamella Padilha Meu Guia Sentir se confiante (postura na coluna) para falar, pensar, agir, olhar. Posso olhar e falar com qualquer pessoa, desde o mendigo até a pessoa mais linda do mundo, ter

Leia mais

Sistema COC de Educação Unidade Portugal

Sistema COC de Educação Unidade Portugal Sistema COC de Educação Unidade Portugal Ribeirão Preto, de de 2008. Nome: 3º ano (2ª série) AVALIAÇÃO DE CONTEÚDO DO GRUPO IV 2º BIMESTRE Eixo temático Comunidades e organizações Disciplina/Valor Português

Leia mais

FERNANDO PESSOA ORTÓNIMO

FERNANDO PESSOA ORTÓNIMO FERNANDO PESSOA ORTÓNIMO Quando as crianças brincam E eu as oiço brincar, Qualquer coisa em minha alma Começa a se alegrar. E toda aquela infância Que não tive me vem, Numa onda de alegria Que não foi

Leia mais

Trabalho De Língua Portuguesa

Trabalho De Língua Portuguesa Trabalho De Língua Portuguesa Natália Machado e Emelyn Machado 8 D Introdução O trabalho a seguir apresentará uma pesquisa feita sobre Literatura Greco-Romana, cujas origens encontradas explicam os mitos

Leia mais

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA ROTEIRO DE ATIVIDADES 1ª SÉRIE 3º BIMESTRE AUTORIA IVONE ANDRADE VIEIRA MACIEL Rio de Janeiro 2012 TEXTO GERADOR I ARCADISMO Características do Arcadismo O arcadismo

Leia mais

Resumo de Sociologia 2º ano

Resumo de Sociologia 2º ano Resumo elaborado pelos professores do Colégio Odete São Paio: Milra e Jorge. Resumo de Sociologia 2º ano Bens e serviços Bens são todas as coisas materiais colhidas na natureza ou produzidas para satisfazer

Leia mais

ESCOLA ESTADUAL JOAQUIM GONÇALVES LEDO

ESCOLA ESTADUAL JOAQUIM GONÇALVES LEDO 1 ESCOLA ESTADUAL JOAQUIM GONÇALVES LEDO SEMANA DA PÁTRIA: RESGATANDO VALORES IDEAIS IVINHEMA/MS - DISTRITO DE AMANDINA 2012 2 ESCOLA ESTADUAL JOAQUIM GONÇALVES LEDO SEMANA DA PÁTRIA: RESGATANDO VALORES

Leia mais

Uma saudação carinhosa

Uma saudação carinhosa Meus caros amiguitos e amiguitas! Uma saudação carinhosa Olá! Chamo-me António Marto. Sou o novo Bispo desta diocese de Leiria-Fátima. Sabem o que é ser Bispo? Eu explico-vos através de uma comparação

Leia mais

PÁSSAROS E ÁRVORES que o poeta remata com uma referência ao coração

PÁSSAROS E ÁRVORES que o poeta remata com uma referência ao coração andré garcia & raquel simas ALGUMAS PROPOSIÇÕES COM PÁSSAROS E ÁRVORES que o poeta remata com uma referência ao coração Os pássaros nascem na ponta das árvores As árvores que eu vejo em vez de frutos dão

Leia mais

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA ROTEIRO DE ATIVIDADES 1ª SÉRIE 3º BIMESTRE AUTORIA FABIANE EVANGELISTA DA SILVA Rio de Janeiro 2012 TEXTO GERADOR I ARCADISMO NO BRASIL O Arcadismo no Brasil teve

Leia mais

Os processos históricos que encadearam a emergência da Sociologia

Os processos históricos que encadearam a emergência da Sociologia Os processos históricos que encadearam a emergência da Sociologia 1. Contextualização Histórica. Fatores que contribuíram para o nascimento da Sociologia Sociais, econômicos, culturais. FEUDALISMO: Tipo

Leia mais

Agora, vou começar a contar a história da Catedral da Sé de Mariana.

Agora, vou começar a contar a história da Catedral da Sé de Mariana. Olá amiguinhos, Meu nome é Arp e vou contar para vocês um pouco da história da Catedral da Sé.Este ano a nossa Catedral da Sé comemora 300 anos. Isto mesmo, 300 anos do início da construção! A catedral

Leia mais

A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789)

A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789) PROFESSOR: EQUIPE DE HISTÓRIA BANCO DE QUESTÕES - HISTÓRIA - 8º ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ============================================================================================= A Declaração dos Direitos

Leia mais

ARTE BARROCA. Arte e Estética Contemporânea Professora: Tais Vieira Pereira Aluna: Vitória da Silva Adão

ARTE BARROCA. Arte e Estética Contemporânea Professora: Tais Vieira Pereira Aluna: Vitória da Silva Adão ARTE BARROCA Arte e Estética Contemporânea Professora: Tais Vieira Pereira Aluna: Vitória da Silva Adão A arte barroca originou-se na Itália (séc. XVII) mas não tardou a expandir-se por outros países da

Leia mais

Atividades sobre o ARCADISMO

Atividades sobre o ARCADISMO COLÉGIO ESTADUAL SÃO JUDAS TADEU. ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO. Atividades sobre o ARCADISMO 1) (UF - PR) - "Eu, Marília, não sou algum vaqueiro, A presente estrofe reflete a temática predominante no período:

Leia mais

Sugestão de Atividades História 7º ano Unidade 4

Sugestão de Atividades História 7º ano Unidade 4 1. Leia atentamente: ( ) o contato com a Antiguidade Clássica ocorreu através dos bizantinos e dos árabes, que difundiram no Ocidente as obras do filósofo Aristóteles, a geometria de Euclides e novos conhecimentos

Leia mais

COM O GRITO DO IPIRANGA, ENCERROU-SE O PERÍODO COLONIAL, INICIANDO O BRASIL IMPÉRIO

COM O GRITO DO IPIRANGA, ENCERROU-SE O PERÍODO COLONIAL, INICIANDO O BRASIL IMPÉRIO COM O GRITO DO IPIRANGA, ENCERROU-SE O PERÍODO COLONIAL, INICIANDO O BRASIL IMPÉRIO A EUROPA E BRASIL NO SÉCULO XIX (Resumo apostila 04 ) Tempo e Espaço, são duas coisas importantes para você se localizar

Leia mais

CARACTERÍSITICAS DO REALISMO

CARACTERÍSITICAS DO REALISMO REALISMO Entre 1850 e 1900 surge nas artes européias, sobretudo na pintura francesa, uma nova tendência estética chamada Realismo, que se desenvolveu ao lado da crescente industrialização das sociedades.

Leia mais