A Cultura do Tomateiro
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- Maria dos Santos Belém Arruda
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1 A Cultura do Tomateiro
2 Lycopersicon esculentum Mill. Solanum lycopersicon (Spooner e Peralta, 2005) Cosmopolita Complexa Risco econômico elevado Pragas Doenças
3 Principais países produtores China Estados Unidos Turquia Itália Índia Egito Espanha Irã Brasil t México IBGE
4 Principais regiões produtoras Região Sudeste 47% São Paulo 60% Minas Gerais Rio de Janeiro Espírito Santo Região Centro-Oeste 24% Goiás 23% produção mundial AGRIANUAL
5 Consumo anual per capta de tomate Brasil: 18,5 Kg/hab/ano China: 19,3 Kg/hab/ano Egito: 84,4 Kg/hab/ano Índia: 6,4 Kg/hab/ano Itália: 66,1 Kg/hab/ano Espanha: 42,7 Kg/hab/ano Turquia: 85,7 Kg/hab/ano EUA: 34,4 Kg/hab/ano Fonte: FAOSTAT
6 Origem L. esculentum var. cerasiforme (tomate cereja) ancestral comum Espécies silvestres - região andina (Chile, Colômbia, Equador, Bolívia e Peru) México -centro secundário.
7 Especies silvestres L. pennellii L. hirsutum L. pimpinelifolium tgrc.ucdavis.edu/images
8 Expansão do tomateiro Europa Espanhóis ( XVI) Itália 1550 Europeus - XVII, os enviaram o tomate para a China e países do sul e sudeste asiático Século XVIII - Japão e os EUA. Europa e Ocidente - tornou-se popular no final do século XVIII Brasil - foi introduzido por imigrantes europeus no final do século XIX.
9 Aspectos botânicos Planta ornamental Tóxica? Solanaceae Herbácea caule flexível Planta perene / cultura anual Ciclo: 4 a 7 meses Colheita: 1 a 3 meses Em estufa maior ciclo e colheita
10 Aspectos botânicos Folhas pecioladas Número ímpar de folíolos Hábito de crescimento Determinado (agroindústria) Indeterminado
11 Aspectos botânicos Flores hermafroditas Frutos vermelhos Carotenóide licopeno (anticancerígeno) média de 3,31 mg em 100 g Peso dos frutos: 25 g ( cereja ) > 300 g ( salada ) Tamanho formato e número de lóculos
12 Valor nutricional Rico em licopeno (média de 3,31 mg em 100 g) Vitaminas dos complexos A e B Minerais importantes, como o fósforo e o potássio, além de ácido fólico, cálcio e frutose Quanto mais maduro, maior a concentração desses nutrientes
13 Clima Tropical de altitude Regiões serranas Planalto Subtropical ou temperado, seco e luminosidade elevada Termoperiodicidade diária (6 o 8 o C) 21 o a 28 o C (dia) 15 o a 29 o C (noite)
14 Estádio de desenvolvimento Temperatura (º C) Mínima Ótima Máxima Germinação a Crescimento vegetativo Pegamento de frutos (noite) Pegamento de frutos (dia) Desenvolvimento da cor vermelha Desenvolvimento da cor amarela Fonte: GEISENBERG & STEWART (1986) a a a a a 32 40
15 Cor Licopeno inibido em temperaturas altas Caroteno (amarelo) Tomates da Amazônia
16 Indiferente ao fotoperíodo Pluviosidade excessiva Elevada umidade do ar Doenças fúngicas e bacterianas Granizo e geada Cultivo período seco ideal Cultivo período chuvoso - desafio
17 Cultivares Resistência a doenças Qualidade dos frutos ( longa vida ) Grupos Santa Cruz Salada Cereja Italiano Agroindustrial
18 Grupo Santa Cruz Desde a década de 40 Resistência ao manuseio e transporte Elevada produtividade Tratos culturais intensivos Dois ou três lóculos 160 a 200 g Sabor pobre Hábito de consumo Indeterminado Não é usado em estufa Santa Clara ; Débora Novas cultivares com R a F, V, S, Viroses
19 Grupo Salada Caqui ou Maçã 250 g Delicados Saborosos Globulares Plurilocular (5 a 10) Preços mais elevados Demanda menor Indeterminado/Determinado Campo/estufa Embalagem Anomalias fisiológicas: lóculo aberto; rachaduras
20 Grupo cereja Introdução no início dos 90 Tamanho pequeno: g Biloculares Vermelho brilhantes Indeterminado Campo/estufa HÌBRIDOS
21 Grupo Italiano Final da década de 90 Biloculares, alongados Comprimento= 2 x diâmetro Molhos e ornamentação de pratos Indeterminado Campo/estufa Poucas cultivares (ex.: Híbrido Andréa)
22 Grupo Agroindustrial Rasteira, sem tratos sofisticados Baixo custo da matéria-prima Alta R ao transporte Vermelho intenso e uniforme Elevado teor de sólidos solúveis Teor adequado de ácido cítrico Amadurecimento simultâneo Cultivares: IPA 5, IPA 6, UC-82, Rio Grande
23 Nutrientes Nitrogênio Excesso: Frutos ocos, podridão apical; doenças Deficiência: Clorose por deficiência de nitrogênio sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/fontesht...
24 Fósforo - favorece: Sistema radicular; abundante florescimento; estimula frutificação Menor crescimento de plantas por causa da deficiência de fósforo. Folhas arroxeadas em razão da deficiência de fósforo sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/fontesht...
25 Potássio excesso: Desequilíbrio podridão apical Queima das bordas das folhas, deficiência de potássio sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/fontesht...
26 Cálcio Podridão apical CaCl 2 (0,6%) Magnésio Amarelo baixeiro MgSO 4 (1,5%) sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/fontesht
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29 Implantação da cultura Semeadura direta no campo Produção de mudas Em sementeira Em copinho Em Bandeja sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/fontesht...
30 Tratos culturais Irrigação Podas Desbaste Tutoramento Amontoa Raleamento de pencas Cobertura morta Controle de invasoras
31 Herbicidas registrados para tomateiro Ação principal do produto nas plantas Produto Dose (Kg ou l/ha) Época ou modo de Nome comum Nome comercial Ingrediente ativo Formulação aplicação 3/ Aplicação isolada Folhas largas Flazasulfuron Katana (0,05 0,10) 0,2 0,7 PÓS Metribuzin Sencor 480 ou Lexone (0,48) 1,0 PPI, PRÉ Gramíneas Clethodim Select 240 CE (0,8 0,11) Total, do tipo manejo plantio direto Fluazitop-P butyl 0,35 0,45 PÓS Fusilade 125, 250 EW (0,19-0,25) 1,5-2,0 PÓS Napropamide Devrinol 500PM (2,0-3,0) 4,0-6,0 PPI Quizalofop P ethyl Tarza 50 CE (0,07 0,10) 1,5 2,0 PÓS Trifluralin Treflan ou similar (0,58-1,15) 1,2-2,4 PPI Diquat Glyphosate Paraquat Fonte: Agrofit (2005) Aplicação não seletiva (Manejo plantio direto) Reglone Roundup ou similar Gramoxone (0,3-0,4) (0,36-2,16) (0,3-04) 1,5-2,0 1,0-6,0 1,5-3,0 PP PP PP
32 Anomalias fisiológicas Podridão-apical Ca Lóculo aberto B?; temp. baixa? Borax via foliar (0,25%) Queda de flores e frutos Temp. altas; doenças; insetos; excesso ou deficiência de N Frutos amarelados Altas temp. Frutos ocos N em excesso
33 Frutos rachados Desequilíbrio-água Escaldadura Exposição do fruto ao sol
34 Ombros
35 Principais doenças do tomateiro Manejo e Controle
36 Murcha-bacteriana (Ralstonia solanacearum) Alta temperatura Solos úmidos Sintomas e prejuízos Controle Rotação de culturas Áreas livres solanáceas Reduzir a irrigação Evitar ferimentos Cultivares resistentes???
37 Mancha Bacteriana (Xanthomonas campestris pv. vesicatoria) C Chuvas e ventos fortes Sintomas e prejuízos Controle: Sementes sadias Termoterapia Lavouras velhas Rotação de culturas Evitar aspersão Lavar e desinfestar implementos Cúpricos (Recop, Reconil) Cultivares resistentes???
38 Talo-oco ou podridão-mole (Erwinia carotovora) Umidade e temperatura altas Solos mal drenados Sintomas e prejuízos Controle Solos bem drenados Excesso de N Água de irrigação Chuvas: aumentar o espaçamento Evitar ferimentos Controlar insetos Rotação de culturas Evitar plantios em épocas quentes
39 Pinta-bacteriana (Pseudomonas syringae pv. tomato) T amenas e alta umidade Via semente Sintomas e prejuízos Controle Sementes sadias Termoterapia Lavouras velhas Rotação de culturas Evitar aspersão Resistência genética Agrocica Botu-13
40 Pythium spp.; Phytophthora nicotianae var. parasitica; P. capsici, Rhizoctonia solani, Sclerotinia sclerotiorum, (Tombamento/Murcha) Implementos agrícolas Água de irrigação Alta umidade e densidade de plantas Controle: Produção de mudas (sementes, substrato) Irrigação Cultivares resistentes???
41 Pinta-preta (Alternaria solani) T e umidade altas Sintomas e prejuízos Não ataca folhas novas Controle: Sementes sadias Rotação / Eliminação de restos / Lavouras velhas Cúpricos: calda bordalesa; Cuprogarb; Cupravit; Folicur; Rovral
42 Murcha-de-Fusarium (Fusarium oxysporum f. sp. radicis-lycopersici) Muito destrutiva Sintomas e prejuízos Controle: Cultivares resistentes: Angela Gigante I-5100 ; Barão Vermelho ; Concorde ; Jumbo ; TSW-10, Nemadoro ; IPA-5, IPA-6, outras. Evitar trânsito de máquinas
43 Requeima (Phytophtora infestans) Umidade elevada (neblina, chuva fina, orvalho); 20 C Sintomas e prejuízos Controle: Lavouras velhas Eliminar restos Evitar irrigações frequentes Excesso de N Espaçamento Ridomil-Mancozeb; Reconil; Daconil; Folio
44 Murcha-de-Verticillium (Verticillium dahliae) Ocorrência generalizada Clima ameno Sintomas e prejuízos Controle: Cultivares resistentes: Príncipe Gigante, Santa Clara, Tropic, Nemadoro, IPA-5, Jumbo ; outras. Eliminar plantas daninhas
45 Murcha-de-esclerócio (Sclerotium rolfsii) T e U altas Tomate rasteiro Reboleiras Sintomas e prejuízos Controle: Rotação de culturas Irrigação Colheita x chuva Cercobin
46 Meloidogyne spp. Maiores perdas em solos arenosos T > 25 C Deficiência nutricional Plantas raquíticas e amareladas Controle: Cultivares resistentes: Nemadoro ; Raísa N, Débora Plus, Andréa Rotação de culturas
47 Vírus do mosaico do fumo (TMV) Vírus do mosaico do tomateiro (ToMV) Mesmo grupo similares serologia/ Altamente infecciosos e estáveis Ampla gama de hosp. Transmissão mecânica Sintomas Controle: Cultivares resistentes: Raísa N ; Híbrido AF-2612 ; Diana ; Carmen Sementes sadias Desinfetar ferramentes e mão Evitar FUMAR
48 Pepper yellow mosaic virus (PepYMV) mosaico intenso definhamento da planta redução da produção Os folíolos de algumas plantas apresentavam áreas necróticas na face inferior Em algumas lavouras as perdas foram totais
49 Mosaico-dourado (Geminivirus) Mosca-branca Sintomas: Folhas mais novas Enrolamento dos folíolos Controle: Associado ao controle da mosca branca
50 Vira-cabeça (TSWV,TCSV, GRSV-Tospovirus) Principal complexo virótico no Brasil Trípes Maiores perdas: quente e seco Sintomas Controle: Mudas protegidas Inseticidas-controle trípes Cultivar resistente: TSW 10
51 Escaldadura Próximo ao início da colheita Coloração esbranquiçada e enrugada Fungos secundários Cultivares com boa cobertura foliar
52 Pragas Traca-do-tomateiro Controle químico Controle biológico Controle cultural
53 Grupo químico Ingrediente ativo Nome comercial Aciluréia Lufenuron Match CE Aril propil benzil éter Etofenprox Trebon 300 CE Avermectina Abamectin Vertimec 18 CE Benoiluréia Chlorfluazuron Atabron 50 CE Teflubenzuron Nomolt 150 Triflumuron Alsystin 250 Biológico Bacillus thuringiensis Agree, Dipel, Ecotech, Xentari Derivado da uréia Diflubenzuron Dimilin Diacilidrazina Tebufenozide Mimic 240 SC Ditiocarbamato Cartap Cartap BR 500, Thiobel 500 Fosforado Piretróide Fentoato Elsan Metamidophos Faro, Hamidop 600, Metafos, Metamidofos Fer, Nocaute, Stron, Tamaron Br Parathion metyl Mentox 500 CE Betacyfluthrin Bulldock 125, Trebon 300 CE, Turbo Cyfluthrin Baythroid CE Cypermethrin Arrivo 200 CE, Cyptrin 205 C, Galgothrin, Ripicord 100 Deltamethrin Decis 25 CE Esfenvalerate Sumidan 25 CE Fenpropathrin Danimen 300 C, Meothrin 300 Fenvalerate Belmark 75 CE, Sumicidin 200 Lambdacyalothrin Karate 50 CE Permethrin Ambush 500 CE, Corsair 500 C, Piredan, Pounce 384 CE, Valon 384 CE Zetacypermethrin Fury 180 EW
54 Mosca Branca Transmissao de virus Controle cultural Plantio de mudas sadias Uso de barreiras vivas Uso de armadilhas Cvs. Resistentes (virus) Controle químico Controle biológico Ninfas Amadurecimento irregular dos frutos - toxina injetada pelo inseto.
55 Grupo químico Impacto sobre mosca-branca Ingrediente ativo Produto comercial Ditiocarbamato Mortalidade de adultos Cartap1 Cartap, Thiobel Fosforado Mortalidade de adultos e ninfas Acephate1 Orthene 750BR Dimethoate Metamidophos1 Tiomet 400CE Triazophos1 Hostathion 400 Fosforado + piretróide Mortalidade de adultos e ninfas Triazophos + Deltamethrin1 Deltaphos CE Piretróide Mortalidade de adultos e ninfas Betacyfluthrin Bulldock 125SC Esfenvalerate Faro, Hamidop 600, Metafos, Metamidofos Fer, Nocaute, Stron, Tamaron BR Sumidan 25CE Fenpropathrin Danimen 300CE, Meothrin 300 Fenvalerate Belmarck 75CE, Sumicidin 200 Neonicotinóide Inibe a alimentação, vôo e movimento de adultos; reduz a oviposição Acetamiprid1 Imidacloprid1 Thiamethoxan1 Sauros PS, Mospilan Confidor, Provado Thiamethoxan 250WG, Actara Thiacloprid1 Calypso Piridazinonas Pyridaben1 Sanmite Piridil éter Tiadiazina Inviabiliza eclosão de ovos; esteriliza fêmeas e pupas; inibe o desenvolvimento de ninfas Reduz a produção de ovos das fêmeas; esteriliza ovos; Pyriproxyfen1 Buprofezin1 Cordial 100, Epingle 100, Tiger 100 Applaud Fonte: AGROFIT
56 1. Acaro-do-bronzeamento 2. Larva minadora 3. Tripes 4. Pulgoes 5. Broca grande 6. Broca pequena
57 Colheita Início: 90 a 120 dias Indeterminado: Duração 50 a 90 dias 90 a 150 t/ha Cuidados pós-colheita Packing houses selecionados, lavados, secados, lustrados, classificados, padronizados e embalados Classificação Categorias - Extra, Categoria I, Categoria II e Comercial
58
59
60 Embalagens
61 Tomate industrial
62 Classificação do tomate para processamento industrial. Tipo Exigência mínima de frutos bons (%) Tolerância máxima de defeitos graves (%) Prêmio ou desconto sobre o peso (%) Especial 50 0 a Standard a 20 0 Utilizável I a 25-5 Utilizável II a Utilizável III a Utilizável IV a Fonte: Portaria nº 278, de 1988, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
Praga Produto Marca Grupo Dose Modo de Classe Perid. de MIP b Técnico Comercial Químico Ação Toxicol. Carên. (dias)* M A P Ab Pr*
Inseticidas e acaricidas registrados para a cultura do feijoeiro. Praga Produto Marca Grupo Dose Modo de Classe Perid. de MIP b Cigarrinha Thiamethoxam Cruiser 700 WS Neocotinóide 0,1-0,15 kg/ Sistêmico
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