DOENÇA. Fenômeno de natureza complexa, que não tem definição precisa, mas que possui características básicas, essenciais
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- Maria do Carmo Gesser Lopes
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1 Conceitos Básicos O que é DOENÇA? Limite entre normal/sadio - anormal/doente doença x injúria física ou química doença x praga (afetam o desenvolvimento) Fatores ambientais - causas de doença
2 DOENÇA Fenômeno de natureza complexa, que não tem definição precisa, mas que possui características básicas, essenciais Fenômeno biológico - interfere em processos fisiológicos da planta Prejudicial Processo contínuo injúria
3 Causas Agentes infecciosos Condições desfavoráveis do ambiente Doenças não-infecciosas ou abióticas
4 Alguns aspectos da relação patógeno-hospedeiro Ambiente e doença
5 O conceito de predisposição Século XX : predisposição das plantas a doenças (causas ambientais); Alteração da suscetibilidade do hospedeiro - fatores externos Maior ou menor suscetibilidade da planta - FATORES NÃO-GENÉTICOS Fatores - atuam antes ou durante a infecção e colonização
6 Fatores ambientais Determinam o grau de predisposição do hospedeiro estabelecimento da doença - epidemia Efeito direto e indireto sobre o patógeno sobrevivência no hospedeiro e no meio interação: maior ou menor grau de severidade da doença
7 Fatores ambientais e hospedeiro A) Umidade duração e intensidade do estresse hídrico: Excesso de água Alto teor de água no solo Deficiência hídrica
8 A.1)Excesso de água Diminuição do oxigênio para as raízes Compromete a absorção de água e nutrientes Plantas mais suscetíveis à infecção de patógenos Ex.: Podridões radiculares Podridões radiculares - Pythium, Phytophtora, Rhizoctonia e Sclerotium
9 A.2) Alto teor de água no solo Aumenta a suculência dos tecidos Facilita a penetração e colonização Ex.: Erwinia, Pseudomonas
10 A.3)Deficiência hídrica Altera a disponibilidade de água e nutrientes Plantas mal desenvolvidas Menor resistência Ex.: Podridão de raízes (Macrophomina phaseoli)
11 B) Temperatura Cv. resistente em uma temperatura Cv. suscetível em temperatura diferente Ex.: Lupinus angustifolius - Glomerella cingulata Genes Recessivos Imune em T < 18 o C Altamente S a 27 o C Genes Dominantes Imune em T< 27 o C Destruídas a 32 o C
12 C) Nutrição Não é possível generalizar N : excesso favorece a infecção K: excesso reduz a infecção P: muito variável Teoria da Trofobiose
13 D) Luz Baixa intensidade luminosa - maior suscetibilidade Intervalos escuros antes da inoculação Ex.: Vírus da necrose do fumo Tomateiro x Fusarium
14 Ambiente e patógeno Distribuição geográfica x capacidade de adaptação - condições ambiente Interferência: Sobrevivência Disseminação Infecção Colonização Reprodução Figure 1. Distribution of the main eco-geographic chickpea production areas in Australia, reflecting the potential distribution of fusarium wilt of chickpea.
15 A) Umidade A.1)Atmosfera Orvalho: relevante para o processo de infecção Germinação de esporos e penetração A.2)Solo Excesso de água: ambiente anaeróbio Baixa umidade: dessecamento de estruturas do patógeno
16 B) Temperatura Efeito menos marcante que a Umidade Patógenos - ampla faixa de temperatura Não atua como fator limitante Influencia a duração da germinação de esporos ( infecção) Influencia a colonização e reprodução
17 C) Vento Papel relevante na disseminação Estruturas fúngicas e células bacterianas Curtas e longas distâncias (resistência dos propágulos à dessecação)
18 Ambiente e patógeno-hospedeiro Colonização Expressão da fase parasítica do agente patogênico Retirada de nutrientes do hospedeiro Classificação: Biotróficos Hemibiotróficos Necrotróficos doi: /S
19 Biotrófico Obtêm alimento de células vivas do hospedeiro Todos os vírus Algumas bactérias Fungos causadores de ferrugens, carvões, oídios e míldios
20 Hemibiotróficos Ataca as células vivas Podem se desenvolver e esporular mesmo após a morte dos tecidos Fungos causadores de murchas vasculares (Fusarium, Verticillium)
21 Necrotrófico Matam as células do hospedeiro - alimento Morte - antes da invasão Evitam a reação do hospedeiro à infecção e colonização Importante atividade enzimática e toxicogênica Os mais primitivos parasitas vegetais Ex.: Erwinia carotovora, Sclerotinia Fungos que causam podridões pós-colheita
22 Tipos de colonização A) Sistêmica distribuição célula a célula atinge os tecidos vasculares Floema e xilema tecidos jovens, distantes do ponto de infecção Ex.: maioria dos vírus; Fusarium; Verticillium; Xanthomonas; Pseudomonas; Clavibacter
23 B) Localizada Distribuição restrita Células e tecidos adjacentes ao ponto de penetração Ex.: Fungos causadores de ferrugens
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25 Período de Latência Período de tempo entre inoculação e surgimento de estruturas reprodutivas do patógeno Variável Curto: 4 dias para P. infestans x batata Longo: 3 meses para Ustilago scitaminea em cana-deaçúcar 4 anos para Eutypa armeniacae em ameixeira
26 Período Latente Variável para avaliação da resistência do hospedeiro Latência maior Maior R da planta à colonização Menor n o de ciclos do patógeno Menor quantidade de doença no final da cultura Latência x ambiente - plantas comparadas devem estar em ambiente controlado e no mesmo estádio
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