O clima e as epidemias de ferrugem da soja
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- Luís Carreiro Canedo
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1 O clima e as epidemias de ferrugem da soja Prof. Emerson Del Ponte emerson.delponte@ufrgs.br Lab. de Epidemiologia de Doenças de Plantas Depto de Fitossanidade, Fac. de Agronomia Universidade Federal do Rio Grande do Sul Simpósio Brasileiro de Ferrugem asiática Londrina-PR 26 e 27 de junho de 2007
2 Importância do clima Clima (ambiente) é considerado o fator chave na epidemiologia da ferrugem asiática da soja Variáveis ambientais, influenciadas pelo macro, meso ou microclima afetam diferentes processos do ciclo
3 Quantidade de inóculo inicial sobrevivência e dispersão Taxa de infeção Fatores climáticos hospedeiro Infecções primárias Tempo Período latente Ferrugem visível Taxa de progresso Severidade final
4 Radiação solar
5 Clima x sobrevivência do inóculo Inóculo sobrevive em plantas vivas Inóculo não sobrevive sob estresses de seca ou de frio durante um período relativamente longo no ano A variabilidade climática define regiões e períodos com mais ou menos inóculo
6 Modelo bioclimático com base na temperatura e umidade, para definir estresses de frio e de calor e mapear regiões onde o inóculo pode sobreviver Pivonia & Yang (2004)
7 Clima x transporte do inóculo O VENTO é promove a liberação e disseminação do inóculo à longas distâncias Modelos de simulação de disseminação de inóculo com base em modelos de simulação de de movimento de parcelas de ar (HYSPLIT-NOAA)
8 Chegada de P. pachyrhizi nos EUA?? Modelo aerobiológico simulando movimento de parcelas de ar em julho de 2004, à partir de uma fonte na Colômbia Pan et al., (2004)
9 Sobrevivência dos esporos Efeito da exposição prévia à faixas de temperatura, na posterior germinação de esporos à 21 o C (Kochman, 1979) 11 o 25 o 28 o 33 o 37 o
10 Sobrevivência dos esporos Efeito da exposição à níveis de irradiação solar na germinação de esporos de P. pachyrhizi (Isard et al., 2006)
11 Ferrugem nas folhas de baixo? Menor exposição à irradiação solar? Temperatura mais baixa? Maior período de molhamento?
12 Esporos x doença A detecção do inóculo em armadilhas caça-esporo quer dizer sempre alto risco da doença ocorrer? Nem sempre. Identificação visual é segura?
13 Esporos x doença Nos EUA, esporos de P. pachyrhizi detectados em coletores de chuva (confirmação por real-time PCR) Barnes et al. (2006)
14 Esporos x doença A confirmação da identidade do inóculo por PCR mostra que P. pachyrhizi viaja à longas distâncias Por que a doença não ocorreu? Mortalidade dos esporos durante o transporte aéreo? Falta de ambiente favorável à infecção? Barnes et al. (2006)
15 Clima x infecção Experimentos em condições controladas verificaram efeito da interação temperatura x molhamento na infecção Requerimento de molhamento na folha para iniciar o processo de germinação 6 horas na faixa de temperatura ótima
16 Molhamento e temperatura T = o C MF= >9 horas Infecção relativa Molhamento em horas Marchetti et al. (1976) Temperatura na inoculação
17 Temperatura x infecção Alves et al. (2006)
18 temperatura x período latente Kitani & Inoue (1960) no Japão, PL = 6 dias à 26 o C
19 temperatura x período latente Alves et al. (2006) no Brasil, PL = 9 dias à 23 o C
20 Efeito do período latente Menor número de ciclos da doença em regiões com temperaturas mais baixas no período noturno? A temperatura mais baixa explicaria a ferrugem menos agressiva em regiões de altitude embora a presença do orvalho?
21 Clima x epidemias no campo Quais os fatores climáticos que influenciam a taxa de progresso e a severidade máxima das epidemias nas condições de campo?
22 Chuvas e epidemias na China Chuva no mês de setembro em Wuhan (Tan et al., 1996) Ano chuva (mm) dias de chuva Classe epidemia*
23 Chuvas e epidemias no Brasil Dados de severidade máxima observados em 34 casos (3 safras e 21 localidades) Del Ponte et al. (2006)
24 Chuvas e epidemias no Brasil Correlação forte com variáveis de chuva e fraca com temperatura no período de 30 dias após a detecção da doença
25 Papel da chuva na epidemia Prolonga o período de molhamento foliar pelo orvalho Promove deposição de esporos Liberação de esporos por turbulência Abaixa temperatura no interior do dossel
26 Hipótese do clumping Esporos seriam produzidos em grupos nas pústulas Grupos seriam mais facilmente liberados das pústulas e dispersos pela chuva Agrupamento facilitaria a sobrevivência durante o transporte
27 Hipótese do clumping Leite (2006)
28 Considerações finais Vários fatores climáticos afetam processos distintos da epidemia No campo, a chuva parece ser o fator chave que influencia na severidade da doença Em escala regional, a doença aparece mais tarde e sua dispersão é mais lenta sob condições de seca por período prolongado
29 Obrigado pela atenção!
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