Mudança Climática e Transição para Sociedade de Baixo Carbono Brasília, 16/11/2009
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1 Mudança Climática e Transição para Sociedade de Baixo Carbono Brasília, 16/11/2009 Eduardo Viola Professor Titular Instituto de Relações Internacionais Universidade de Brasília São Paulo, 03/09/2009
2 Grande transição da sociedade industrial nacional para a sociedade do conhecimento globalizada : Alto crescimento econômico com alta intensidade de carbono : Polarização sistêmica : Confluência de crise climática e crise econômica. Pacotes anti-crisis com componente de baixo carbono. Des-polarização sistêmica e confluência.
3 Aquecimento global: dissonância entre ciência e economia política Emissões crescem aproximadamente 3% ao ano no período Aproximadamente 40 bilhões toneladas de CO2 equivalentes em Mudança Climática incremental, perigosa e catastrófica. Estado de direito restrição de carbono, apenas 20% emissões (U.E. e Japão). Rússia não internalizou.baixa eficácia e eficiência do Protocolo de Kyoto, 8 grandes emissores: restringe 2 (UE e Japão) e não restringe 6 (EUA, China, Índia, Rússia, Indonésia e Brasil). Poucos países Anexo 1 em rota cumprimento Kyoto: Suécia, Reino Unido, Alemanha, Dinamarca.
4 Os Ciclos da Problemática da Mudança Climática : ascensão continua com aceleração a partir de : estagnação : retrocesso : importância aceleradamente crescente com passagem ao centro do sistema internacional.
5 Vetores tecnoeconomicos transição baixo carbono 1 1- Aumento acelerado da eficiência energética em residências, escritórios, processos produtivos, planejamento urbano. 2- Redução da proporção de carvão e petróleo na matriz energética. Aumento da proporção de energias não-fósseis renováveis -- hidroelétrica, eólica, solar e bio-combustíveis. 3- Aumento da proporção de energia nuclear. 4- Fim do desmatamento e consolidação de vastas áreas de preservação da biodiversidade associadas com laboratórios biotecnologicos. Reflorestamento e Florestamento 5- Tecnologias agrícolas eficientes.
6 Vetores tecno-economicos transição baixo carbono 2 6- Mudanças de comportamento: menor consumo de proteína animal, particularmente carne de vaca, maior uso de transporte coletivo, 7- Carros híbridos - elétrico e etanol, menores e mais eficientes. 8- Edificação verde, uso moderado de calefação e refrigeração. 9- Aviões com materiais leves e eficiência energética 10- Captura e estocagem de carbono fóssil. 11- Célula de hidrogênio. 12- Investimento cooperativo internacional em pesquisas novas tecnologias: mares, ondas, geoengenharia, etc...
7 Que define posições de negociação dos países? Perfil de emissões: total, per capita, intensidade carbono, taxa crescimento Percepção vulnerabilidade: governos, elites, publico Custo redução emissões Percepção ganhador perdedor transição economia baixo carbono Doutrinas e alianças históricas Grau responsabilidade global na sociedade Impacto em Prestigio
8 Incentivos para negociar e dificuldades da negociação 1- Todos os países estão ameaçados pelo aquecimento global e suas elites agora estão percebendo mesmo que em graus variados. Os países tem percepções diferentes sobre a combinação apropriada de mitigação e adaptação segundo percepção de vulnerabilidade e responsabilidade pela ação coletiva. 2- O impacto será maior quanto menor a renda per capita e a intensidade tecnológica da sociedade. 3- O custo de mitigar é menor que o custo do impacto do aquecimento. O custo de mitigar é mais alto em economias mais ricas e mais intensivas em carbono; e mais baixo em economias mais pobres e menos intensivas em carbono. 4- Custo/benefício distribuído de modo desigual entre as gerações.
9 Governança Climática Global Governança Climática Global Três dimensões relacionadas: economia, segurança e clima Governança multi-setorial: 1- governos principais, 2- principais corporações transnacionais, 3- comunidade cientifica, 4- principais ONGs internacionais, 5- Mídia Global. Relações Multilaterais: ONU Relações Plurilaterais: G8 + 5, G20 Relações Bilaterais: EUA-China, EUA-EU, etc
10 Segurança Climática Segurança Climática Imbricação entre Mudança Climática e segurança internacional Preocupação dramaticamente crescente dos militares e defesa desde 2007 Alternativa cooperativa:segurança climática multilateral. Alternativa conflitiva: segurança nacional e securitização
11 Estratos de atores estatais relevantes 1- EUA, U.E., China, Índia 2- Rússia, Brasil, Japão, Indonésia, México, Coréia do Sul 3- Canadá, Austrália, África do Sul, Turquia, Egito, Arábia Saudita, Tailândia, Irã, Vietnam, Nigéria
12 EUA: sociedade dividida, choque Obama e seus limites EUA: 20% emissões, 0,5 % ano 19 T per capita 0,4 ton 1000 dólares PIB. De Bush a Obama. Matriz energética carvão, petróleo, gás. Republicanos e Democratas. Califórnia, Oregon, Washington, New England, New York. Etanol meio oeste. Estados carvão e petróleo contra. Limites lei Câmara: emissões % abaixo 1990, cláusula protecionista, baixa proporção leilão cotas emissão. Risco degradação Senado. Avanço proposta divisão, aprovando apenas energia neste ano. Limites liderança americana. Perspectivas difíceis.
13 China: intensivo carbono, globalistas / nacionalistas, virada a partir % emissões, crescem 5% ano, 6 T per capita 1,5 ton 1000 dólares PIB. Matriz energética carvão petróleo. Baixa eficiência e alta poluição. Grande expansão carros e transporte aéreo. Mudança a partir de Reorientação de produção para produtividade. Percepção vulnerabilidade fenômenos extremos recentes. Temor de substituir EUA vilão climático. Decisivo carvão limpo, nuclear, eólica, solar. Plano Clima Pacote estimulo 2008, 35% baixo carbono, 2do mundo. Extraordinária expansão solar consorcio China-Taiwan, cidades baixo carbono. Novembro visita Obama.
14 União Européia: líder eficaz junto com EUA, limitado sem União Européia (27): 15% emissões, crescem 0,3% ano, 9 ton. Capita, 0,4 T por 1000 pib. Heterogênea e favorável liderada Reino Unido (vanguarda orçamento carbono e plano redução 38% 2020), Alemanha, França, Suécia, Dinamarca. Atrasados: Itália, Polônia, Rep. Checa, Romênia. Vulnerabilidade energética (Rússia e Oriente Meio) também impulsa decarbonização. Grande capacidade negociadora articuladora. 20% redução 2020, 30% proposta.
15 Índia: gigante pobre, carbono intensivo, democracia 6% emissões, cresce 5 % ano, 1,3 T per capita, 1,4 T por 1000 pib. Percepção de vulnerabilidade cresceu muito. Democracia, movim. Ambientalista forte. Aumento emissões com menor intensidade, baixa capita. Decisivo novas termoelétricas, biocombustíveis, solar, eólica, nuclear. Posição conservadora começou mudar recentemente.
16 Rússia: percepção baixa vulnerabilidade, exportador petróleo gás, não democracia 5,5% emissões, 10T per capita, 1,4T 1000 Pib, crescem 5% ano. Rússia maior exemplo arbitrariedade baseline colapso década 1990, forte crescimento emissões séc 21 Pais mais resistente a grande acordo: percepção baixa vulnerab, exp. Petróleo, não democracia, cinismo sociedade, irresponsável, percepção humilhação histórica.
17 Indonésia, democracia pobre, carbono intensivo 5% emissões, cresce 6% ano, 5 Ton per capita, 2,5 Ton 1000 PIB Forte desmatamento, floresta alto estoque carbono, biodiesel intensivo carbono, baixa eficiência energética. Problemático em termos equidade. Posição reformista condicionada a forte ajuda internacional, alta vulnerabilidade.
18 Japão, menos carbono intensivo, baixa liderança 3% emissões, 6T per capita, 0,15T 1000 pib. Eletricidade nuclear, transporte coletivo. Maior custo de redução. Ambivalência: Plano sociedade baixo carbono 2050 e posição crescentemente defensiva Partido Liberal. P. Democrático, novo governo reformista. Papel fundamental de cooperação tecnológica com China, Indonésia e Índia.
19 Coréia do Sul: nova vanguarda baixo carbono 1% emissões. Não anexo 1, anomalia. Plano nacional propõe redução de 30% ano base 1990 Pacote estimulo 65% baixo carbono. Excelente capacidade implementação. Forte investimento pesquisa baixo carbono.
20 México: posição mais responsável emergentes 2.5% emissões, 5 Ton capita, 0,6 Ton 1000 PIB, cresce 2% ano. Abandono G77 e entrou OCDE em 1995 Calderon assumiu posição pro-ativa, excelente Plano Clima Aceita pico emissões e ano estabilização emergentes próxima década. Fundo Verde Global: todos contribuem (proporção riqueza) e retiram (inversamente proporcional riqueza)
21 Emisiones de carbono de America del Sur 8% global emissions. Around half derived from deforestation and land use change Brazil 4,5%, Venezuela 1%, Argentina 0,8%, Colombia 0.5%; Chile 0.5%, Peru 0.4%, Ecuador 0.3%, Bolivia 0.2%. Brazil % deforestation, 23% agriculture; 5% waste, 25% energy (transportation 38%, industry 32% and oil refining 30%). Venezuela 80% transportation, energy and industry Argentina 45% agriculture and 45% energy, industry and transportation Chile 70% energy, industry and transportation. Bolivia highest deforestation rate in South America, 1% a year. Electricity mostly derived from hydropower, only world region: Uruguay and Paraguay 100%; Brazil 85%, Colombia 70%; Venezuela 65%; Chile 55%, all countries more than half, except Argentina 40%.
22 Brasil: maior irracionalidade emissões, menor custo redução 2005: 2,02 bilhões CO2, 54% desmatamento, 23% agropecuária, 17% energia, 2% industria. 5 % mundo, 9T capita, 1,2 T 1000 dólares pib, caíram Desmatamento cai Km para Km : Km2. Estimativa emissões 2008: 1,8 toneladas Co2 Singularidade, grande desmatador sendo país renda média, importante mudança tendência. Matriz elétrica menos carbono intensiva: 85% eletricidade hidro, maior proporção carros etanol, carbono intensivo em transporte carga porque rodoviário e pobre infraestrutura. Grande aumento emissões agropecuária e refino petróleo. Pecuária muito intensiva.
23 Brasil: sociedade e governo divididos Sociedade dividida: de conservadores a reformistas. Empresas divididas, sociedade civil e comunidade cientifica reformistas. População muito complexa: Nordeste inclinado conservadores, Norte e Centro- Oeste dividido, Sudeste e Sul inclinado reformistas. Governo dividido: Ministério Relações Exteriores, Ciência e Tecnologia conservadores ate julho, fortes sinais de mudança agosto; Meio Ambiente reformista desde 2005, Assuntos Estratégicos reformista desde Ambos favoráveis desmatamento evitado MDL e inclinados aceitar pico emissões para emergentes.
24 Ruptura histórica posição brasileira: 13/11/2009 Compromisso voluntário % redução em relação expectativa emissões business as usual Problemas metodológicas, ano base, atraso inventario % com desmatamento. Ano base muito alto Muda posição Brasil na arena internacional. Muitas duvidas sobre implementação porque teve um componente de lógica eleitoral.
25 Questões 1- Metas para outros emergentes renda media? 2- REDD, REDD+ ou Não REDD, 3- Requisitos hidroelétricas Amazônia, 4- Termoelétricas carvão e petróleo; 5- Energia nuclear; 6- Incentivos eólica e solar foto-voltaica. 7- Pre-sal com tecnologia CCS
26 Cenários Futuros Cenários Futuros No habra aprobacion de nuevo tratado em Copenhagen em diciembre 2009 Mejor hipotesis aprobacion de uma fuerte declaracion politica com mandato de negociar um nuevo tratado em 2010 Principales cuestiones: indefinicion em EUA e su consecuencia em China; volumen de asistencia financiera y flexibilizacion derechos propriedad intelectual em tecnologias de bajo carbono.
27 Cenário baixa cooperação Cenário baixa cooperação Lei climática derrotada no Senado Deterioro popularidade Obama impede negociar sem lei climática. EUA sem capacidade liderar Aumenta oposição paises conservadores na U.E. Acordo muito fraco ou nenhum acordo. Continua avanço marginal preservação biodiversidade
28 Cenário cooperação media: novo tratado aquém da ciência. Lei climática aprovada Senado. Obama mantém popularidade interna. Acordo estratégico China-EUA tecnologias decarbonizantes. Japão Brasil avançam posições, Índia flexível Redução emissões 20% desenvolvidos 2020, acelerando-se entre 2020 e 2030, redução consistente curva crescimento emergentes e anos pico emissão diferenciados. Fundo global modelo mexicano. Forte redução global desmatamento e grande incentivo preservação biodiversidade
29 Cenário Alta cooperação: novo tratado em correspondência com a ciência. Lei climática é melhorada no Senado, aumenta redução aproxima U.E. U.E., EUA, Japão, Coréia, Brasil e México lideram para aproximar tratado com IPCC. China se aproxima. Índia, Indonésia, Rússia mudam posição mais cooperativa. Redução emissões 30% desenvolvidos e drástica redução crescimento emergentes. Fortes transferências financeiras e tecnológicas. Preservação biodiversidade torna-se prioritária.
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