Análise de Mercado. Transporte Aéreo Internacional BRASIL CARIBE
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- Cíntia di Castro Aquino
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1 Análise de Mercado Transporte Aéreo Internacional BRASIL CARIBE SRI - Superintendência de Relações Internacionais GAMI Gerência de Análise de Mercados Internacionais 1 Última atualização: 07 de junho de 2013
2 1. OBJETIVO Esta Nota de Análise de Mercado tem por objetivo prover informações acerca do relacionamento aerocomercial do Brasil com o Caribe. O material, produzido pela Superintendência de Relações Internacionais da ANAC, visa primordialmente promover subsídios às negociações de acordos de serviços aéreos e analisar as dinâmicas do transporte aéreo internacional sob a perspectiva brasileira. Importante pontuar que quaisquer estudos que se proponham a analisar o mercado de transporte aéreo internacional devem entendê-lo como demanda derivada de outras atividades econômicas, sendo permanentemente influenciado pelo cenário macroeconômico internacional no qual se insere. Por este motivo, este Informativo integra aos dados de transporte aéreo variáveis de turismo e comércio entre as partes envolvidas, dentre outros fatores intervenientes. A disponibilização pública desse documento integra um conjunto de iniciativas implementadas pela ANAC no sentido de auxiliar as empresas aéreas e demais agentes interessados na identificação de potenciais mercados aéreos a serem explorados, visando ampliar a conectividade aérea efetiva do Brasil com os demais países do globo. 2. INFORMAÇÕES PRELIMINARES Um conjunto de grandes e pequenas ilhas constitui a América Central Insular, também chamadas de Antilhas ou Caribe. A região abrange desde as ilhas situadas ao norte da Venezuela (Aruba, Curaçao e Bonaire), passando pelas pequenas Antilhas e pela Ilha Hispaniola (onde se localizam o Haiti e a República Dominicana), entre outras, até alcançar as ilhas das Bahamas, situadas próximas à costa do México e ao Estado da Flórida, nos Estados Unidos. O conjunto das ilhas caribenhas soma aproximadamente 230 mil km 2, equivalendo em dimensões geográficas ao Estado de São Paulo. Conforme o World Bank Indicators, a região caribenha se constitui de 24 países, a saber: Anguilla, Antigua e Barbuda, Antilhas Holandesas, Aruba, Bahamas, Barbados, Bermudas, Ilhas Cayman, Cuba, Dominica, Granada, Guadalupe, Haiti, Jamaica, Martinica, Montserrat, República Dominicana, San Kitts e Nevis, San Vicente e Granadinas, Santa Lucia, Trinidad e Tobago, Ilhas Turcas e Caicos, Ilhas Virgens (Britânicas) e Ilhas Virgens (Americanas). Para efeito deste estudo, será considerado também Porto Rico. Na Figura 1 a seguir, encontra-se ilustrado o mapa da região. Figura 1: Mapa do Caribe 2
3 Fonte: A população caribenha alcançou os 40 milhões de habitantes (equivalendo aproximadamente à população do Estado de São Paulo), sendo que mais de 75% são de cubanos, haitianos e dominicanos, conforme pode ser observado no Gráfico 1 a seguir. 1 Gráfico 1: População do Caribe (2010) Bank Indicators, 2012 (última atualização). Fonte: World As capitais dos países do Caribe, como Havana (Cuba), Kingston (Jamaica), Porto Príncipe (Haiti), Santo Domingo (República Dominicana) e San Juan (Porto Rico) são as principais cidades da região, nas quais se concentra a maioria da população. 1 Fonte: World Bank Indicators. 3
4 O PIB a preços correntes dos países caribenhos em alcançou o montante de US$ 293 bilhões (0,43% do PIB mundial), sendo que Porto Rico, Cuba e República Dominicana, juntas, somam 75,5% desse total. No Gráfico 2, apresentam-se o PIB a preços correntes das 5 (cinco) maiores economias do Caribe. Gráfico 2: Países do Caribe Top 5 PIB (Preços Correntes) (US$ Bilhões) Fonte: World Bank Indicators, Os países do Caribe apresentaram um crescimento econômico médio anual de 1,9% no período , abaixo da média mundial para o mesmo período, que foi de 2,8%. República Dominicana, Trinidad e Tobago e Dominica se destacaram positivamente com taxas de crescimento econômico médio anual de, respectivamente, 5,4%, 4,3% e 3,2% no mesmo período. No Gráfico 3 estão expostos os 5 países caribenhos que apresentaram melhor desempenho econômico no ano de Gráfico 3: Top 5 Países do Caribe Taxa de crescimento do PIB (2012) 2 Somente estavam disponíveis os dados do PIB em preços correntes (2012) dos seguintes países: Antígua e Barbuda, Bahamas, Dominica, Granada, Haiti, Jamaica, Porto Rico, República Dominicana, St. Kitts e Nevis, Santa Lucia, San Vicente e Granadinas e Trinidad e Tobago. Os últimos dados disponíveis de Aruba, Barbados e Bermuda referem-se ao ano de 2011, enquanto que para Cuba o dado mais atual refere-se ao ano de
5 Fonte: World Bank Indicators, Quando da análise da distribuição de riqueza na região caribenha, os países apresentam grande heterogeneidade, com situações contrastantes de renda por habitante. Como exemplo, tem-se o PIB per capita de Porto Rico (US$ , em 2012), que se assemelha aos encontrados em economias europeias, enquanto o índice haitiano, de US$ 771, nivela-se aos encontrados na África. A Tabela 1 apresenta alguns indicadores socioeconômicos dos países caribenhos. Tabela 1: Indicadores Socioeconômicos dos Principais Países do Caribe (2012) País PIB, Preços Correntes (US$ Bilhões) PIB per capita Porto Rico 101, Cuba (2008) 60, República Dominicana 58, Trinidad and Tobago 23, Jamaica 14, Bahamas 8, Haiti 7, Barbados (2011) 3, Aruba (2011) 2, St. Lucia 1, Antigua and Barbuda 1, Grenada 0, St. Kitts e Nevis 0, St. Vincent e Grenadines 0, Dominica 0, Fonte: World Bank Indicators, A economia caribenha, em seu conjunto, depende fortemente dos serviços de turismo, porém muitas das ilhas oferecem serviços financeiros offshore, e por suas características são conhecidas como paraísos fiscais, como as Ilhas Virgens e Cayman, assim como Bahamas. O setor primário do Caribe, na maioria dos países, responde por menos de 5,0% da renda gerada. A indústria se encontra pouco desenvolvida na região, contribuindo, na maioria dos países, com 17% - 33% do 5
6 PIB. Porém, há exceções, como em Trinidad e Tobago, em que o setor secundário representa 58,8% da renda do país. O setor de serviços se destaca na região caribenha, contribuindo para a geração de renda, na maioria dos países, com percentuais que oscilam entre 62% e 78% 3. Em relação à política externa dos países pertencentes à região caribenha, verifica-se a existência de associações entre países que possuem proximidade geográfica, e similaridades políticas, sociais e culturais, objetivando principalmente o desenvolvimento comum e a integração econômica. Dentre essas associações, destacam-se: (i) CARICOM (Comunidade do Caribe) Antigua e Barbuda, Bahamas, Barbados, Belize, Dominica, Granada, Guiana, Haiti, Jamaica, Montserrat, Santa Lúcia, San Kitts e Névis, São Vicente e Granadinas, Suriname, Trinidad e Tobago (Estados Membros) e Bermudas, Ilhas Virgens Britânicas, Ilhas Turcas e Caicos, Ilhas Cayman e Anguilla (Territórios Associados); (ii) Organização dos Estados Caribenhos Orientais - Anguilla, Antigua e Barbuda, Ilhas Virgens Britanicas, Dominica, Granada, Montserrat, Santa Lucia, St. Kitts e Nevis e San Vicent e Grenadinas. A respeito dos governos caribenhos, a maioria dos países se tornou independente de suas antigas colônias, porém ainda há territórios que não possuem autonomia administrativa. Como exemplos, têm-se: Territórios Ultramarinos da Grã-Bretanha 4 : Anguilla, Bermudas, Ilhas Cayman, Ilhas Turcas e Caicos, Ilhas Virgens Britânicas e Montserrat não são oficialmente uma parte do Reino Unido, mas permanecem sob a sua jurisdição; Território dos Estados Unidos 5 : Ilhas Virgens Americanas não têm personalidade jurídica. Foi comprada da Dinamarca em 1917; Territórios da França 6 : Guadalupe e Martinica. Já Porto Rico é um estado livre associado da Commonwealth com os Estados Unidos, possuindo os habitantes da ilha caribenha todos os direitos dos cidadãos dos EUA, menos o direito de voto nas eleições presidenciais e a obrigação de pagar tributos federais. Dessa maneira, Porto Rico tem autoridade sobre assuntos internos com exceção para assuntos que a lei dos EUA esteja envolvida, como em matéria de saúde pública e poluição. 7 3 Fonte: ARTICLE_ID=9897&USERTYPE=1&LANGUAGE=en&COUNTRY=US
7 A respeito da forma de governo e do sistema político nos países caribenhos, a Tabela 2 a seguir apresenta tal informação para os principais países. Tabela 2: Formas e Sistemas de Governo dos principais países do Caribe Forma de País Governo Sistemas de Governo Antígua e Barbuda Monarquia Parlamentarista (País-Membro da Commonwealth do RU) Antilhas Holandesas Aruba Monarquia Monarquia Parlamentarista (integrante do Reino dos Países Baixos, porém com autonomia interna desde 2010) Parlamentarista (dependência autônoma do Reino dos Países Baixos desde 1986) Bahamas Monarquia Parlamentarista (País-Membro da Commonwealth do RU) Barbados Monarquia Parlamentarista (País-Membro da Commonwealth do RU) Cuba República Socialista Dominica Monarquia Parlamentarista (País-Membro da Commonwealth do RU) Granada Monarquia Parlamentarista (País-Membro da Commonwealth do RU) Haiti República Presidencialista com Primeiro-Ministro Jamaica Monarquia Parlamentarista (País-Membro da Commonwealth do RU) República Dominicana República Presidencialista S. Kitts e Névis Monarquia Parlamentarista (País-Membro da Commonwealth do RU) San Vicent e Granadinas Monarquia Parlamentarista (País-Membro da Commonwealth do RU) Santa Lucia Monarquia Parlamentarista (País-Membro da Commonwealth do RU) Trinidad e Tobago República Presidencialista com Primeiro-Ministro Fonte: Obs: RU - Reino Unido No tocante às relações diplomáticas, o Brasil possui repartição consular em alguns países caribenhos, tais como: Bahamas (Nassau); Barbados (Bridgetown); Cuba (Havana); Granada (Saint George's); Haiti (Porto Príncipe); Jamaica (Kingston); República Dominicana (São Domingos); Santa Lúcia (Castries) e Trinidad e Tobago (Port-of-Spain). 8 Segundo o Ministério das Relações Exteriores 9, há critérios diferentes para a entrada dos turistas brasileiros nos diversos países caribenhos. A título ilustrativo, citam-se os casos abaixo: Barbados: não exige visto desde que não ultrapasse o prazo de 90 dias, necessitando apenas de certificado de vacina contra febre amarela; Bahamas: não exige visto desde que não ultrapasse o prazo de 14 dias, podendo ser renovado, necessitando apenas de certificado de vacina contra febre amarela; Cuba: exige visto de entrada e seguro de viagem com cobertura de despesas médicas; Granada: exige visto de entrada ou carta de dispensa de visto; Jamaica: exige bilhete aéreo de saída do país e passaporte válido por pelo menos seis meses;
8 República Dominicana: exige apenas uma tarjeta turismo, vendida nos aeroportos por US$ 10,00 e prazo de 30 dias, podendo ser renovado; Trinidad e Tobago: não exige visto desde que não ultrapasse o prazo de 90 dias. 3. CORRENTE DE COMÉRCIO 3.1. Comércio exterior dos países caribenhos O valor total das exportações de bens dos países caribenhos, em 2012, foi de aproximadamente US$ 93,7 bilhões, representando tal montante uma redução de 8,0% em relação ao ano anterior. 10 Os principais destinos das exportações caribenhas, conforme dados da CEPAL, no ano de 2009, foram os seguintes países: Estados Unidos, com 52,4%, seguidos pela Espanha, com 4,0%, Reino Unido, com 3,9% e Haiti, com 3,6%. O Brasil ficou na 19ª posição, com participação de 0,7%. Em relação ao comércio intraregional, depois do Haiti como principal destino das exportações, aparecem Jamaica, com 3,1%, e Barbados, com 1,7%. 11 As importações dos países caribenhos, no ano de 2012, alcançaram o montante de US$ 108,3 bilhões, valor 0,4% inferior ao apresentado no de De tal montante, 43,0% representaram as importações de Porto Rico, seguido por República Dominica, com 16,8%, Cuba, com 12,6%, e Trinidad e Tobago, com 8,6%. Conforme dados de 2009, da CEPAL, os principais países fornecedores dos bens importados pelo Caribe foram os seguintes: Estados Unidos, com 37,1%, China, com 8,6% e Venezuela, com 4,5%. O Brasil ficou na 6ª posição, com uma representação de 3,7% das importações caribenhas. Em termos de importações intra-regionais, os três principais fornecedores foram Trinidad e Tobago, com 3,9%, Antilhas Holandesas, com 0,7% e Bahamas, com 0,4% Relações comerciais Brasil- Caribe Conforme informações do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) apresentadas no Gráfico 4 a seguir, no período de 2002 a 2012, a corrente de comércio do Brasil com os demais países do Caribe passou de US$ 1,6 bilhão para US$ 6,9 bilhões, correspondendo tal montante a um crescimento acumulado de 323% (ou 15,5% de crescimento médio anual). 10 Fonte: Central Intelligence Agency - CIA. Não se encontravam disponíveis os dados de exportação das Antilhas Holandesas, Granada, Guadalupe, Ilhas Turcas e Caicos e Ilhas Virgens. 11 A Cepal dispõe os dados de destino de exportação somente dos seguintes países caribenhos: Antígua e Barbuda, Bahamas, Barbados, Cuba, Dominica, Jamaica, Montserrat, República Dominicana, San Vicente y Granadinas e Trinidad e Tobago. 8
9 O crescimento contínuo, em valor monetário, das trocas comerciais entre as Partes somente cessou no ano de 2009, quando as trocas comerciais reduziram à taxa de 29,5%, como consequência da crise econômica mundial. No biênio , a corrente de comércio recuperou a maior parte da perda de 2009, quando registrou crescimento de 42,4%, porém, no ano de 2012, a retração do comércio Brasil-Caribe atingiu 17,6%, em grande parte explicada pela queda das exportações à razão de 25,8%. Gráfico 4: Corrente de Comércio Brasil-Caribe ( ) Fonte: Fonte: Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior MDIC No Gráfico 5 abaixo, observa-se o ranking dos principais países caribenhos em termos do fluxo comercial com o Brasil, no ano de As trocas comerciais entre o Brasil e os países da região representam 1,4% da totalidade da corrente de comércio brasileira. Gráfico 5: Corrente de Comércio Brasil Principais Países Caribenhos (2012) Antilhas Holandesas contemplam Curaçao e Saint Maarten. 9
10 Fonte: Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior MDIC. Conforme pode ser visualizado no Gráfico 6, no período , as exportações brasileiras para os países caribenhos aumentaram de, aproximadamente, US$ 1,3 bilhão em 2002, para US$ 5,1 bilhões em 2012, representando tal montante um crescimento acumulado da ordem de 323% (ou um crescimento médio anual de 14,0%). No tocante às importações brasileiras, no mesmo período, os valores passaram de cerca de US$ 0,3 bilhão para US$ 1,8 bilhão, correspondendo tal cifra a um crescimento acumulado de 540% (ou um crescimento médio anual de 20,4%). Para o período em análise, os dados apontam um saldo comercial positivo continuamente crescente para o Brasil, excetuando-se os anos de 2009 e 2012, quando se observou uma retração do superávit comercial. Durante 2009, as exportações brasileiras foram mais fortemente afetadas do que as importações pelos efeitos da crise financeira internacional, o que levou a queda do saldo comercial em 25,3% do montante registrado em Após um biênio de recuperação dos saldos comerciais, da ordem 18,0%, o Brasil voltou a apresentar saldo comercial decrescente, à taxa de 38,6% no ano de 2012, dessa vez por conta de uma diminuição das exportações da ordem de 25,8% e um incremento das importações de 19,4%. Gráfico 6: Brasil Caribe: Balança comercial ( ) 10
11 Fonte: Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior MDIC Em termos de participação relativa do comércio do Brasil com o Caribe na balança comercial brasileira, assim como de sua corrente de comércio, tem-se que os valores relativos ao fluxo comercial entre as Partes corresponderam, em 2012, a aproximadamente 2,1% das exportações e 0,8% das importações totais do Brasil, e 1,4% de todo o fluxo de comércio brasileiro. Em relação à pauta de produtos, a Tabela 3 abaixo resume a participação dos principais grupos de bens da exportação e da importação brasileira em relação aos países do Caribe, ao longo de Tabela 3: Pauta de Produtos Relação comercial entre Brasil e Caribe (2012) Pauta de Produtos Exportação Combustíveis e óleos minerais, etc. (54,4%) Minérios, escórias e cinzas (8,2%) Importação Combustíveis e óleos minerais, etc. (62,3%) Produtos químicos inorgânicos, etc. (13,4%) Cereais(6,3%) Produtos farmacêuticos (11,2%) Bebidas, líquidos alcoólicos e vinagres (3,7%) Instrumentos e aparelhos de ótica, fotografia ou cinematografia, etc. (4,1%) Reatores nucleares, caldeiras, etc. (3,1%) Produtos químicos orgânicos (2,9%) Fonte: Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior MDIC Quando da análise relativa ao comércio escoado via modal aéreo, tem-se que em 2012, do total de US$ 6,9 bilhões da corrente de comércio entre o Brasil e o Caribe, 5,4% foi transportado por meio desse modal. Em termos representativos, as importações fazem maior uso do transporte aéreo, na ordem de 16,6%, do que as exportações, que se restringem a apenas 1,5%. 11
12 Analisando-se tais informações no horizonte temporal , verifica-se que a corrente de comércio dos produtos transportados via aérea passou de US$ 146,1 milhões para US$ 373,0 milhões, correspondendo tal montante a um crescimento acumulado de 155% no período (ou um crescimento médio anual de 9,8%). Já o saldo comercial mostrou-se deficitário para o Brasil ao longo de todo o período em questão, atingindo seu valor máximo, de US$ 224,0 milhões negativos, no ano de 2012, tal como se observa no Gráfico 7 a seguir. Gráfico 7: Brasil Caribe: Balança Comercial via Aérea ( ) Fonte: Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior MDIC Considerando a pauta do comércio Brasil-Caribe dos produtos escoados via modal aéreo, no ano de 2012, conforme a Tabela 4 a seguir, observa-se nas exportações a liderança do grupo de produtos Máquina, aparelhos e matérias elétricos, e suas partes, etc., com 20,8% (República Dominicana e Porto Rico somam aproximadamente 55%), seguido por Instrumentos e aparelhos de ótica, fotografia, etc., com 15,0% (Cuba e República Dominicana correspondem a aproximadamente 73%). Quanto às importações, destaque para os produtos farmacêuticos que representam 66,4% da totalidade importada via modal aéreo (mais de 98% provenientes de Porto Rico e Cuba), em termos monetários. Em seguida aparecem instrumentos e aparelhos de ótica, fotografia, etc., com 23,8%. Tabela 4: Pauta de Produtos Relação comercial entre Brasil e Caribe Via Aérea (2012) 12
13 Exportação Máquinas, aparelhos e materiais elétricos, e suas partes, etc. (20,8%) Pauta de Produtos Importação Produtos farmacêuticos (66,4%) Instrumentos e aparelhos de ótica, fotografia, etc. (15,0%) Reatores nucleares, caldeiras, etc. (14,2%) Calçados, polainas, etc. (13,5%) Instrumentos e aparelhos de ótica, fotografia, etc. (23,8%) Produtos diversos das indústrias químicas (2,6%) Máquinas, aparelhos e materiais elétricos, etc. (2,1%) Armas e munições, etc. (4,7%) Produtos químicos orgânicos (1,6%) 4. TURISMO Fonte: Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior MDIC 4.1. Dimensionamento do turismo no Caribe Segundo dados da Organização Mundial do Turismo (UNWTO, em inglês) 13, o número de turistas internacionais (considerando as chegadas) alcançou 940 milhões em Dessa totalidade, a maior concentração de turistas foi registrada na Europa, com 476,6 milhões de turistas, representando 50,7% dos turistas no mundo. Outras regiões representativas foram Ásia-Pacífico (21,7%) e América do Norte (10,4%); o Caribe representou 2,1% do total; vide Gráfico 8 a seguir para detalhes. Cabe ressaltar que a quantidade de turistas no Caribe de 20,1 milhões em 2010 equivale aproximadamente à metade da população dessa região. Nas últimas duas décadas, o turismo na região caribenha vem crescendo em ritmo mais lento do que a média mundial. No período , o número de turistas com destino às ilhas caribenhas passou de 11,4 para 20,1 milhões em 2010, representando, assim, um crescimento da ordem de 76,3%, enquanto o turismo mundial se expandiu a uma de taxa de 116,1% no mesmo período. Analisando-se o ano de 2010 em relação a 2009, o crescimento do turismo, em termos de número de chegadas de turistas internacionais, foi de 3,0% no Caribe e de 6,6% no mundo. Gráfico 8: Turistas Internacionais por Região Quantitativo e Participação (%) UNWTO Tourism Highlights 2011 Edition 13
14 Fonte: UNWTO Tourism Highlights 2011 Edition. Segundo a UNTWO, estima-se que as receitas de turismo internacional chegaram ao montante de 919 bilhões de dólares em Desse total, 2,6% (ou 23,6 bilhões) corresponderiam ao turismo caribenho. No comparativo de 2010 frente a 2009, o Caribe apresentou uma taxa de crescimento de suas receitas com turismo da ordem de 4,4%, aquém da apresentada pelo turismo mundial, que se expandiu a uma razão de 8%. Por sua vez, quanto ao dispêndio médio 14 por turista nas ilhas do Caribe e no mundo, registraram-se conforme gráfico a seguir os seguintes valores, respectivamente, no ano de 2010: US$ e US$ 978. Tanto a região caribenha como a totalidade mundial apresentaram crescimento modesto do gasto médio por turista, de 1,3% no biênio , como pode ser visto na Tabela 5 abaixo. Tabela 5: Indicadores do Turismo no Caribe e no Mundo (2010) Indicadores do Turismo Caribe Mundo Chegadas de Turistas Internacionais (em milhões) 19,5 20, Receita (Bilhões US$) 22,6 23, Gasto por Turista (Receita/Turistas) (US$) Fonte: UNWTO Tourism Highlights 2011 Edition. Analisando-se os dados de chegadas de turistas estrangeiros na região do Caribe (por país), no ano de 2010, do World Bank Indicators, observa-se uma maior concentração de turistas na República Dominicana, com 4,1 milhões, representando tal volume 24% da totalidade da região. Em seguida, tem-se Porto Rico 14 Dispêndio Médio, conhecido também como gasto médio por turista, é calculado tomando-se a razão de receita com turismo (em dólares) por quantidade de chegadas de turistas internacionais. 14
15 (21%), Cuba (15%), Jamaica (11%), Bahamas (8%) e Aruba 15 (5%). Na tabela a seguir, apresenta-se o ranking dos países caribenhos quando considerado em termos absolutos o número de chegadas de turistas internacionais. 15 No World Bank Indicators, não estavam disponíveis dados de Aruba em 2010, assim foram utilizados dados da UNWTO. Não foram utilizados dados da UNWTO para os demais países, pois o relatório apresenta dados desagregados apenas de sete países do Caribe. 15
16 Gráfico 9: Nº de Turistas Internacionais nos Países do Caribe (2010) Fonte: World Bank Indicators, UNWTO Tourism Highlights 2011 Edition (*Aruba). No Gráfico 10, apresenta-se a série histórica do número de chegadas de turistas internacionais para os cinco principais países do Caribe (no quesito turismo receptivo) no período de 2003 a 2010, representando 78% do mercado caribenho. Nesse período, República Dominicana e Porto Rico, que são os dois principais países receptores de turistas internacionais da região, cresceram a taxas de 25,7% e 13,6%, respectivamente. Entretanto, Jamaica e Cuba, que ocupam a quarta e a terceira posições, respectivamente, apresentaram taxas de crescimento mais elevadas, de 42,4% e 35,7%. Dentre os cinco países em questão, somente as Bahamas apresentaram redução, da ordem de 9,3%. Gráfico 10: Turistas Internacionais nos 5 Principais Países do Caribe ( ) Fonte: World Bank Indicators 16
17 4.2. Do Turismo receptivo do Brasil Considerando o turismo receptivo brasileiro, dos cerca de 5,43 milhões de turistas que ingressaram no país em 2011, 20,0 mil (0,37%) foram provenientes do Caribe e dos países centro-americanos Belize, El Salvador, Honduras e Nicarágua. Dessa totalidade, 18,4 mil (aproximadamente 92%) utilizaram o modal aéreo em O crescimento do número de turistas provenientes dessa região alcançou os 13,5% relação ao ano anterior, taxa superior à média apresentada pelo turismo receptivo brasileiro no período, que foi de 5,3% TRANSPORTE AÉREO 5.1. Dados gerais do setor aéreo no Caribe Segundo dados do WATR 17, o número de passageiros transportados 18 em voos domésticos e internacionais no mundo, em 2011, foi de 5,44 bilhões, valor 5,3% superior ao do ano anterior. O aumento no número de passageiros internacionais foi de 6,6%, enquanto que o tráfego doméstico apresentou crescimento de 3,7%. O transporte aéreo de passageiros (domésticos e internacionais) se mostra mais intenso nas seguintes regiões: Europa, Ásia-Pacífico e América do Norte, com participações, respectivamente, de 29,1%, 28,9% e 28,3% do tráfego aéreo mundial. O Caribe representa 1% dessa totalidade. Os principais países dessa região, em termos de passageiros transportados, são: República Dominicana (22,1%), Porto Rico (18,8%), Jamaica (11,3%), Antilhas Holandesas (8,7%) e Trinidad e Tobago (8,0%). No Gráfico 11 a seguir, lista-se a participação de cada continente/região na totalidade do transporte aéreo mundial, bem como a desagregação da participação relativa dos países caribenhos na região. Gráfico 11: Tráfego de Passageiros por Continente e por Países do Caribe Fonte: Ministério do Turismo Anuário Estatístico do Turismo 2012, vol. 39 Ano Base World Airport Traffic Report,2011. ACI Airports Council International. 18 No WATR 2011, a variável passageiros transportados é definida como o total de passageiros pagos e não pagos, embarcados e desembarcados em voos comerciais, por aeronaves e helicópteros, em voos regulares e não-regulares. 17
18 Fonte: WATR 2011 Em termos absolutos, os aeroportos dominicanos foram responsáveis por 9,4 milhões dos passageiros transportados, em 2011, seguidos pelos porto-riquenhos, com 8 milhões. Os países que apresentaram maior taxa de crescimento em relação a 2010 foram: Ilhas Cayman (63,4%), Antilhas Holandesas (5,8%), Aruba (5,2%) e Guadalupe (5,2%). Três países, entretanto, apresentaram retração no número de passageiros transportados via seus aeroportos, no período: Porto Rico (-5,7%), Bahamas (-1,8%) e Bermuda (-1,0%), conforme ilustrado no Gráfico 12 a seguir. Gráfico 12: Tráfego de Passageiros por Países do Caribe em 2011 e Taxa de Crescimento Fonte: WATR 2011 A importância dos voos internacionais nas operações aéreas de transporte de passageiros nos países do Caribe se apresenta bastante significativa, alcançando a marca de 70% da totalidade dos passageiros transportados na região. A título comparativo, essa participação chega a 42% no âmbito mundial. Tal fato 18
19 decorre em grande parte das pequenas extensões territoriais dos países caribenhos e, em consequência, da existência de apenas um aeroporto na maioria dos países. As exceções são: República Dominicana, com cinco aeroportos nas seguintes cidades: Puerto Plata, Punta Cana, Samana e Santiago de los Caballeros; Antilhas Holandesas, com três aeroportos: Bonaire, Curaçao e Saint Maarten; Jamaica, com dois aeroportos nas cidades: Kingston e Montego Bay; Santa Lúcia, com dois aeroportos: ambos em Santa Lucia; e Trinidad e Tobago com dois aeroportos: Porto of Spain e Tobago. Os três aeroportos que registraram o maior volume de passageiros processados (domésticos e internacionais), no ano de 2011, foram os seguintes: Aeroporto de San Juan (SJU), em Porto Rico, com 8 milhões, seguido por Punta Cana (PUJ), na República Dominicana, com 4,1 milhões e Montego Bay (MBJ), na Jamaica, com 3,2 milhões. Apresenta-se no gráfico a seguir o ranking dos aeroportos, em termos de volume de passageiros transportados (domésticos e internacionais) 19, no ano de Como esperado, observa-se a predominância do transporte internacional nos principais aeroportos, com exceção, do Aeroporto de San Juan (PUJ), em Porto Rico, Pointe-a-Pitre (PTP), em Guadalupe, Tobago (TAB), em Trinidad e Tobago, e Bonaire (BON). Gráfico 13: Transporte de Passageiros Domésticos e Internacionais nas Principais Cidades do Caribe (2011) 19 Não são considerados os passageiros em trânsito direto. 19
20 Fonte: WATR 2011 No que concerne aos passageiros em trânsito direto, observou-se seu percentual expressivo em alguns dos aeroportos das ilhas caribenhas, tais como em: Bonaire (27%), Santa Lucia/SLU (23%), Curaçao (15%), St George s, em Granada (14%), St Lucia (13%) e Porto of Spain (11%), entre outros, conforme ilustrado no Gráfico 14 a seguir. Gráfico 14: Cidades do Caribe com Maior Participação de Passageiros em Trânsito Direto (2011) Fonte: WATR 2011 Na Figura 2 a seguir, encontram-se localizados geograficamente os aeroportos contemplados no relatório do WATR (com exceção do Aeroporto de Bermuda), além de dois aeroportos cubanos: José Martí (HAV) e Santiago de Cuba (SCU). Figura 2 Mapa do Caribe - Localização dos Aeroportos 20
21 Fonte: Adaptado de Já na Tabela 6 abaixo estão apresentadas as principais empresas aéreas de transporte de passageiros que operam no Caribe, segundo o tamanho de sua frota. Caribbean Airlines, LIAT, Cubana de Aviación, InselAir, Dutch Antilles Express, Air Jamaica 20 e Tiara Air. Além dessas empresas, há diversas empresas aéreas que atendem somente voos regionais. Tabela 6: Principais Empresas Aéreas no Caribe segundo o Tamanho da Frota Fontes: Sítios eletrônicos das empresas. 21 Os principais destinos internacionais operados pelas empresas aéreas caribenhas se concentram na própria região, na América Latina (Buenos Aires, Bogotá, Caracas, etc.) e nos Estados Unidos (Miami, Nova York, etc.), porém há voos com menor frequência para a Europa (Londres, Paris, Roma, etc.) e para o Canadá. Na Tabela 7 a seguir listam-se os principais destinos das empresas aéreas caribenhas mencionadas acima. Tabela 7: Principais Destinos das Sete Maiores Empresas no Caribe 20 A empresa Air Jamaica foi incorporada à Caribbean Airlines Limited. A sede localiza-se em Piarco, Trinidad e Tobago, e têm escritórios administrativos na Jamaica. Fonte:
22 Fonte: Sítios eletrônicos das empresas. 22 No que tange ao transporte aéreo de carga 23, no ano de 2011, Porto Rico (Aeroporto de San Juan, PUJ) se destacou entre os países caribenhos por seu aeroporto ter registrado o processamento de 173 mil toneladas de carga, volume representativo de quase metade da totalidade da carga caribenha (44,1%), seguido pela República Dominicana (18,5%) e Trinidad e Tobago (12,2%). Gráfico 15: Transporte de Carga e Participação Relativa do País no Caribe (2011) 22 Vide rodapé No WATR 2011, a variável carga transportada é definida como carga e correio em chegadas e partidas no aeroporto. Não está inclusa bagagem de passageiros. 22
23 Fonte: WATR Acordos de Serviços Aéreos entre Brasil e países Caribenhos O Brasil possui Acordos de Serviços Aéreos (ASA) com 7 países do Caribe, quais sejam: Barbados, Trinidad e Tobago, Cuba, Curaçao, Jamaica, República Dominicana e Aruba; sendo que com os quatro últimos países, os acordos firmados são do tipo de céus abertos, ou seja, não impõem restrições quanto ao número de voos que podem ser ofertados pelas empresas aéreas. As principais provisões dos referidos Acordos se encontram na Tabela 8 a seguir. Tabela 8: Países do Caribe que possuem ASA com o Brasil Países Acordo Política Tarifária Capacidade Dir. Tráfego Código Compartilhado Designação Quadro de Rotas Barbados 2005 Dupla aprovação 7 1ª a 5ª ---- Múltipla Restrito Trinidad e Tobago 2005 País de origem 14 1ª a 5ª ---- Múltipla Restrito Cuba 2011 Liberdade Tarifária 14 1ª a 4ª Terceiros Países Múltipla Aberto Curaçao 2011 Liberdade Tarifária Livre 1ª a 5ª (c/ restr.) Terceiros países Múltipla Aberto Jamaica 2006 Liberdade Tarifária Livre 1ª a 5ª Terceiros Países Múltipla Aberto República Dominicana 2009 Liberdade Tarifária Livre 1ª a 5ª Terceiros países Múltipla Aberto Aruba 2013 Liberdade Tarifária Livre 1ª a 5ª Terceiros países Múltipla Aberto Fonte: ANAC Conectividade aérea entre Brasil e Caribe O Brasil possui conectividade aérea direta, por meio de operações regulares, com apenas três países caribenhos, segundo dados do HOTRAN de abril de Os voos são realizados pela empresa Gol (VRG 24 Para detalhes dos Acordos, vide: 23
24 Linhas Aéreas), que oferece 20 (vinte) frequências semanais, sendo que 12 tinham São Domingo, na República Dominicana, como escala entre o Brasil e a Flórida, nos Estados Unidos. Detalhes das frequências seguem na Tabela 9 abaixo. País Tabela 9: Detalhe das Frequências entre Brasil-Caribe Todas operadas pela Empresa Aérea GOL (abril 2013) Frequência Frequências Semanais Aruba GRU-Caracas-Aruba (e volta) 2 Barbados GRU-Bridgetown (e volta) 1 GIG-São Domingo-Miami (e volta) República GRU-São Domingo-Orlando (e Dominicana volta) GRU-Caracas-Punta Cana (e volta) Fonte: Sítio eletrônico da empresa Gol Tempo de Viagem 8h15min (ida) 7h55min (volta) 5h40min (ida) 5h55min (volta) 7h04min (ida) 6h53min (volta) 6h55min (ida) 7h20min (volta) 8h45min (ida) 8h35min (volta) Preço Mínimo (ida+volta+tarifas) R$ 2.186,71 R$ 2.214,92 R$ 1.956,64 R$ 2.271,42 R$ 2.710,06 Para uma análise da evolução da conectividade aérea entre Brasil e Caribe, no período , apresentam-se na Tabela 9 a seguir os países e cidades de destinos atendidos, empresas aéreas disponíveis e número de frequências semanais diretas ofertadas (considerando dezembro como mês de referência). Pontua-se que as informações são referentes ao total de frequências operadas no segmento incluindo, por conseguinte, as operações das empresas brasileiras e estrangeiras, realizadas segundo os termos dos Acordos Bilaterais de Serviços Aéreos entre as Partes. Observa-se, a partir desse quadro evolutivo, que não há voos contínuos nos últimos treze anos entre o Brasil e o Caribe. Entre os anos de 2000 e de 2007, a Cubana de Aviacíon realizou voos regulares para Cuba, oferecendo uma frequência semanal. Conectando a ilha de Martinica, a Air France ofereceu voos nos anos de 2001 e 2003, enquanto a Air Caraibes manteve operações regulares para Guadaloupe no triênio Tendo como destino Barbados e República Dominicana, a Gol operou voos no período , e Aruba, no período A extinta empresa aérea Varig realizou voos para Aruba nos anos de 2004 e Por fim, ressalta-se que a conectividade entre o Brasil e o Caribe, no período , saltou de 1 (uma) frequência semanal para 8 (oito) frequências semanais, porém, já foram oferecidas 10 (dez) frequências no ano de Tabela 10: Histórico das Frequências semanais operadas entre Brasil e Caribe A pesquisa de simulação de reserva de bilhete foi realizada no dia 05/06/13 e 07/06/13. As pesquisas de São Domingo foram marcadas para 03/08/13 (ida) e 10/08/13 (volta); a pesquisa de Punta Cana foi marcada para 05/08/13 (ida) e 10/08/13 (volta); a pesquisa de Barbados foi marcada para 03/08/13 (ida) e 10/08/13 (volta); e a pesquisa de Aruba foi marcada para 04/08/13 (ida) e 11/08/13 (volta). 24
25 País Rota Empresa CUBA GRU-HAVANA (e volta) CUBANA DE AVIACION GRU-VARADERO-HAVANA (ida) HAVANA- B. AIRES- GRU (volta) 1 GUADALOUPE BELEM-CAIENA-FORT DE FRANCE- POINTE A PITRE (e volta) BELEM-CAIENA-FORT DE FRANCE- POINTE A PITRE* AIR CARAIBES MARTINIQUE PARIS-FORT DE FRANCE-GRU* AIR FRANCE BARBADOS GRU-BRIDGETOWN (e volta) VRG LINHAS AEREAS -GOL ARUBA REPÚBLICA DOMINICANA GIG-GRU-CARACAS-ARUBA (e volta) GIG-GRU-CARACAS-PUNTA CANA (e volta) VRG LINHAS AEREAS -GOL VARIG 2 2 VRG LINHAS AEREAS -GOL Fonte: ANAC. (*) A Air Caraibes realizava voos no trecho Belém-Caiena-Fort de France-Pointe a Pitre (ida) e Caiena-Belém (volta). A Air France tinha uma frequência Paris-Guarulhos, com escala em Fort de France, mas não fazia escala na ilha caribenha no voo de volta. Considerando tanto as operações regulares como as operações não regulares (de empresas regulares), a quantidade de passageiros transportados entre o Brasil e o Caribe cresceu mais de seis vezes nos últimos treze anos, saltando de 13,7 mil, no ano 2000, para 86,4 mil, no de 2012, como visto no Gráfico 16 abaixo. Gráfico 16: Evolução do Número de Passageiros Transportados via Aérea entre Brasil e o Caribe ( ) 26 O número de frequências refere-se ao somatório das frequências operadas por empresas brasileiras e estrangeiras. 25
26 Fonte: ANAC Entretanto, deve-se ponderar que a participação do mercado caribenho, em termos de número de passageiros transportados no mercado internacional brasileiro, ainda se mostra pouco significativa. Entre 2000 e 2012, a maior participação foi registrada em 2012, com 0,48% do total do tráfego internacional do país. No Gráfico 17 a seguir, verifica-se que não há um único país de destino em destaque ao longo dos últimos treze anos em relação ao número de passageiros transportados. Entre outros motivos, tal fato deve-se à descontinuidade dos voos regulares semanais operados nesse período. No período , o número de passageiros com origem ou destino à Cuba representou mais da metade dos passageiros transportados entre o Brasil e o Caribe. A partir de 2003, Aruba passa a ter participação mais expressiva no transporte aéreo Brasil-Caribe, atingindo seu pico no ano de 2005, com participação de 48%. Também as Antilhas Holandesas (com destino para Curaçao e Philipsburg em Saint Maarten) tiveram participação considerável entre 2006 e 2009 (com participações de 25%, 29%, 54%, 37% e 18%, respectivamente). Nos últimos anos, vem crescendo a participação da República Dominicana, sendo que o número de passageiros com origem ou destino à cidade de Punta Cana atingiu 71% de participação no ano de Gráfico 17: Países do Caribe Brasil Participação em Passageiros Transportados ( ) Fonte: ANAC 26
27 Por fim, cumpre registrar que a conectividade aérea entre o Brasil e os países caribenhos também pode ser realizada por operações aéreas indiretas, envolvendo conexões nos Estados Unidos ou em países da América Latina. Tais operações não serão exploradas no presente documento, mas poderão vir a ser aprofundadas em outro estudo mais abrangente. 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS A região do Caribe é de grande importância para o Brasil, seja pelo grande fluxo de turistas brasileiros que se destinam aos países da região, como também pela intensificação do comércio entre as Partes verificada nos últimos anos; Como já abordado, a corrente de comércio entre o Brasil e os países caribenhos apresentou um crescimento acumulado de 323%, no período ; Tal aumento da densidade das relações econômicas também foi acompanhado pelo crescimento do comércio dos produtos escoados via modal aéreo, que apresentou variação positiva de 155% nos últimos 12 anos; Do mesmo modo, o segmento de transporte aéreo de passageiros revelou crescimento acumulado de 531% no período , passando de uma frequência semanal, no ano de 2000, para 8 (oito) no ano de 2012, e alcançando 20 (vinte) em abril de 2013; Considerando, pois, o crescente adensamento da conectividade aérea entre o Brasil e os países do Caribe, e o expressivo potencial para a exploração da atividade turística na região, bem como expansão da conectividade a destinos do Caribe ainda não atendidos; Esta Gerência de Análise de Mercados Internacionais continuará a acompanhar a evolução do relacionamento aerocomercial entre as Partes, com vistas a subsidiar o governo brasileiro, as empresas aéreas e demais agentes interessados em matérias relativas a esse mercado. É a Nota Informativa. Atualizado em 07 de junho de
28 Setor Responsável Superintendência de Relações Internacionais - SRI Gerência de Análise de Mercados Internacionais - GAMI Equipe Técnica Bruno Silva Dalcolmo - SRI Natália dos Santos Ferreira - GAMI Caio Marcello M. F. Vianna Katia Figueira Mantovani Rodrigo Ayres Padilha Talita Armborst Contatos Setor Comercial Sul Quadra 09 Lote C Ed. Parque Cidade Corporate - Torre A CEP Brasília/DF - Brasil Telefones: (+55) (+55) gami.sri@anac.gov.br 28
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