Relatório de Desempenho 2T18

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1 Relatório de Desempenho 2T18

2 O GRU Airport anuncia EBITDA ajustado de R$ 348,8 milhões com margem de 68,9% no 2T18. São Paulo, 06 de agosto de 2018 As informações trimestrais (2TR) e as demonstrações financeiras padronizadas (DFP) são apresentadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, em observância às disposições contidas na Lei das Sociedades por Ações, nas normas IFRS e nas normas do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC). A Concessionária do Aeroporto Internacional de Guarulhos S.A. ( Aeroporto ou GRU Airport ou Concessionária ou Companhia ) apresenta o Comentário de Desempenho referente ao período de três meses encerrados em 30 de junho de 2018 ou 2T18. Destaques do Período 2T18 O GRU Airport encerrou o 2T18 com um total de 10,0 milhões de passageiros entre internacionais e domésticos, o que representa um crescimento face ao 2T17 de 15,1% (o segundo maior crescimento trimestral da Concessão); A Concessionária apresentou no 2T18 um MTA (Movimento Total de Aeronaves) de 71,6 mil movimentos, melhor em 13,8% em comparação com 2T17; No 2T18 o GRU Airport registrou um volume de cargas de 77,6 mil toneladas movimentadas, melhor 6,7% em relação à Em valores financeiros, realizamos uma receita de R$ 142,5 milhões, 52,7% maior que o 2T17; A receita líquida ajustada totalizou R$ 506,0 milhões no 2T18, um aumento de 20,0% em relação ao 2T17; No 2T18 a Concessionária registrou um EBITDA ajustado de R$ 348,8 milhões, com margem de 68,9%, uma melhora no resultado de 30,5% em comparação ao 2T17, um aumento de 5,5 p.p. na margem EBITDA ajustada.

3 1. DESEMPENHO OPERACIONAL Desempenho Operacional N.º Total de Passageiros incluindo conexões (Milhões) 10,0 8,7 15,1% 20,2 17,9 12,5% Nº Total de Passageiros Internacionais (MM) 3,5 3,3 6,9% 7,3 6,8 7,4% Nº Total de Passageiros Domésticos (MM) 6,5 5,4 20,2% 12,9 11,2 15,6% Movimentação de Aeronaves (MTA) Total Mil 71,6 62,9 13,8% 143,1 128,1 11,7% MTA Internacional (Mil) 19,1 17,7 7,8% 38,7 35,8 8,2% MTA Doméstico (Mil) 52,5 45,2 16,2% 104,4 92,4 13,1% Volume de Cargas¹ (Mil Tons) 77,6 72,7 6,7% 151,1 134,1 12,6% Companhias Aéreas² ,5% ,5% Destinos ,9% ,9% Vagas de Estacionamento³ ,5% ,5% 1 Volume de cargas embarcadas e desembarcadas no terminal de cargas de GRU AIRPORT (TECA) 2 Considera apenas as companhias aéreas que realizaram voos regulares 3 Incluindo vagas para motocicletas A Companhia apresentou crescimento de 15,1% no número total de passageiros no 2T18 em relação ao mesmo período do ano anterior e, como principais fatores para o aumento, destacam-se: (i) consolidação dos hubs internacionais das principais companhias aéreas domésticas; (ii) fomento das operações domésticas em horários alternativos, chamados horários off-peak; (iii) aumento do número de rotas diretas nos segmento doméstico e internacional; (iv) aumento de capacidade em todos os mercados (domésticos e internacionais) com a utilização de aeronaves de maior dimensão. Tais eventos resultaram em números recordes para um único trimestre, atingindo 10 milhões de passageiros no 2T18, incluindo conexões. Dessa forma, no acumulado do ano, registrase um crescimento de 12,5% em relação ao ano anterior. A performance de movimentos de aeronaves na Concessionária registrou no 2T18 crescimento de 13,8% em relação ao 2T17, influenciado pela ampliação do volume de operações internacionais e domésticas em horários alternativos e pela criação de novas rotas, com destaque para o segmento doméstico que representou 83,9% do total de crescimento de MTA para o período. Para o 6M18, observa-se o crescimento de pousos e decolagens (MTA) de 11,7% frente ao 6M17, também impulsionado pela estratégia de consolidação de hubs das principais companhias aéreas domésticas. Os movimentos de voos internacionais, com crescimento da oferta de voos para Buenos Aires, Santiago e Miami, contribuíram para o aumento de movimentos no primeiro semestre do ano frente ao mesmo período de O volume de cargas apresentou crescimento de 6,7% no 2T18 em comparação ao 2T17, justificado por: (i) Início de uma nova frequência de cargueiro da Turkish desde o 2º semestre de 2017 e mais uma frequência semanal em 2018 da Cia Qatar; (ii) crescimento do volume de importações dos segmentos fármaco, automotivo e maquinário, com grande representatividade no total de toneladas movimentadas do período; (iii) migração de parte das operações de alguns clientes que também operam no aeroporto de Viracopos. Os eventos destacados no 2T18 influenciaram a performance do 6M18, que encerrou o período 12,6% acima do primeiro semestre do ano anterior.

4 RECEITA OPERACIONAL Receita Operacional (MM) Receita Bruta 577,7 482,3 19,8% 1.122,1 948,8 18,3% Receita Tarifária 333,9 258,8 29,0% 646,1 511,9 26,2% Receita Não Tarifária 243,9 223,5 9,1% 476,0 436,8 9,0% Receita de Construção (IFRS) % Receita Bruta Ajustada 577,7 482,3 19,8% 1.122,1 948,8 18,3% Dedução da Receita Bruta (71,7) (60,7) 18,0% (140,4) (117,0) 20,1% Receita Líquida Ajustada¹ 506,0 421,5 20,0% 981,7 831,8 18,0% ¹. Desconsidera os impactos do IFRS em relação à Receita de Construção e contribuição tarifária Receita Líquida Ajustada (MM) Período Período Atual Anterior p 6M18 6M17 p Receita Líquida Ajustada¹ 506,0 421,5 20,0% 981,7 831,8 18,0% Receitas Tarifárias 284,7 219,3 29,8% 550,8 436,2 26,3% Receitas Não Tarifárias 221,3 202,3 9,4% 430,9 395,6 8,9% ¹. Desconsidera os impactos do IFRS em relação à Receita de Construção e contribuição tarifária No 2T18, GRU Airport registrou uma Receita Bruta Ajustada de R$ 577,7 milhões que corresponde ao aumento de 19,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. A rubrica de Receita Bruta Tarifária contribuiu para a performance acima do realizado do mesmo período do ano anterior com acréscimo de R$ 75,1 milhões decorrentes de: (i) o reajuste anual de tarifas, IPCA + Fator Q; (ii) crescimento de 15% no número de passageiros, com a consolidação dos hubs das principais empresas domésticas e aumento no número de rotas domésticas e internacionais; (iii) fomento das operações em horários alternativos, como madrugada e meio do dia, possibilitando a criação de voos adicionais; (iv) mudança na legislação para cobrança de permanência desde agosto de 2017, que modificou a regra de retorno das aeronaves para área de manobra; (v) início da cobrança de armazenagem aos sábados desde o 2º semestre de 2017; (ii) aumento do volume de carga nacionalizada em GRU Airport, principalmente dos segmentos fármaco, automotivo e bancos; (iii) elevação do tempo de armazenagem devido greve da Receita Federal além da greve dos caminhoneiros no mês de maio de A Receita Bruta Não Tarifária apresenta crescimento de 9,1% no 2T18 em relação ao mesmo período do ano anterior. Destacam-se como principais contribuições para o aumento: (i) novos contratos com serviços de transporte por aplicativos e negócios de Telecom; (ii) Crescimento da receita com combustíveis de aviação em função do aumento de movimentação das aeronaves e reajuste do preço em maio/18; (iii) Varejo e Alimentação, com crescimento de 11,7% em relação ao mesmo período do ano anterior, devido ao novo contrato para as casas de câmbio e renegociações de contratos de entradas de operações de alimentação, além do crescimento da parcela referente a remuneração variável, com impacto do aumento do número de passageiros.

5 2. CUSTOS & DESPESAS Custos e Despesas (MM) Pessoal -32,3-40,5-20,2% -72,0-84,2-14,6% Conservação & Manutenção -25,6-26,9-4,8% -51,3-52,3-1,9% Operacionais -43,9-42,5 3,2% -86,5-86,6-0,1% Despesas Administrativas² 1,2 2,9-57,8% 4,5 4,3 5,7% Custos & Despesas Operacionais Ajustado¹ Pré Outorga Variável -100,6-107,0-6,1% -205,2-218,9-6,2% Outorga Variável -56,6-47,2 20,0% -110,0-93,0 18,3% Custos & Despesas Operacionais Ajustado¹ -157,2-154,2 1,9% -315,3-311,9 1,1% Depreciação & Amortização -206,4-190,8 8,1% -411,8-381,0 8,1% Custos & Despesas Operacionais -363,6-345,1 5,4% -727,1-692,8 4,9% ¹ Desconsidera os impactos do IFRS em relação ao Custo de Construção e depreciação e amortização ² Considera Despesas Administrativas + PDD O total de custos e despesas operacionais ajustado¹ Pré Outorga Variável apresentaram redução de R$ 6,4 milhões ou 6,1%, justificada por: (i) Reestruturação do quadro organizacional; (ii) Renegociações de contratos de manutenção como esteiras de bagagens, pontes de embarque, portas automáticas e outros contratos de manutenção. As reduções destacadas reforçam o aumento de eficiência operacional e esforços na gestão de custos e despesas da Companhia. Por outro lado, os custos operacionais apresentaram crescimento frente ao 2T17, devido ao aumento do consumo de energia elétrica e volume de cargas movimentadas, de 3,2%. Os custos operacionais destacados têm influência direta do aumento de volume de passageiros (+15,1%), movimentos de aeronaves (+13,8%) e volume de cargas (+6,7%). Os custos e despesas ajustado¹, pré outorga variável do 6M18 apresentaram desempenho 6,2% ou R$ 13,7 milhões abaixo do mesmo período de Os valores de outorga variável do 2T18, R$ 9,5 milhões acima do 2T17, acompanha o comportamento da receita, que apresentou performance acima do período anterior. Depreciação e amortização refletem a ativação dos investimentos que estavam em andamento no ano de 2017, apresentando aumento de R$ 15,6 milhões.

6 3. EBITDA & MARGEM EBITDA Ebitda e Margem Ebitda (MM) EBIT 142,4 76,5 86,3% 254,6 139,0 83,2% (+) Depreciação & Amortização 206,4 190,8 8,1% 411,8 381,0 8,1% EBITDA¹ 348,8 267,3 30,5% 666,4 519,9 28,2% (+) Ajustes 0,0 0,0 0,0% 0,0 0,0 0,0% (-) Receita de Construção (IFRS)¹ 0,0 0,0 0,0% 0,0 0,0 0,0% (+) Custo de Construção (IFRS)¹ 0,0 0,0 0,0% 0,0 0,0 0,0% EBITDA Ajustado² 348,8 267,3 30,5% 666,4 519,9 28,2% Receita Líquida Ajustada 506,0 421,5 20,0% 981,7 831,8 18,0% Margem EBITDA (%) Ajustada 68,9% 63,4% 5,5 p.p 67,9% 62,5% 5,4 p.p ¹Instrução CVM Nº527/12; ²Desconsidera os impactos do IFRS em relação a Receita e Custo e Construção; O EBITDA Ajustado no 2T18 de R$ 348,8 milhões representa um crescimento de 30,5% em relação ao mesmo período de A variação favorável do resultado tem como principal fator o aumento de R$ 84,5 milhões de receita líquida ajustada, impulsionada pelas receitas tarifárias que representam um incremento de 29% no mesmo período. Os Custos & Despesas Operacionais ajustado, pré-outorga variável registraram redução de R$ 6,4 milhões frente ao 2T17, economia que foi possível através das ações de redução de gastos e aumento de eficiência operacional. No acumulado do 6M18, o crescimento do EBITDA ajustado foi de 28,2%, representando um crescimento de R$146,5 milhões em relação ao mesmo período de Custos & Despesas Operacionais ajustado, pré outorga variável teve uma redução de 6,1% no trimestre e 6,2% no semestre, onde atribui-se o feito à restruturação do quadro organizacional e a renegociação de contratos com fornecedores. A Outorga variável apresentou variação em linha com a variação da receita bruta.

7 4. RESULTADO FINANCEIRO Resultado Financeiro (MM) Receitas Financeiras 10,1 12,4-18,61% 16,6 23,7-29,99% Despesas Financeiras -380,0-218,2 74,11% -640,5-512,6 24,95% Resultado Financeiro -369,9-205,8 79,70% -623,9-488,9 27,62% O resultado financeiro foi desfavorável no 2T18 em comparação ao 2T17 em R$ 164,1 milhões, devido as despesas financeiras relacionadas à atualização da outorga fixa que foi impactada consideravelmente pelo crescimento do IPCA de 1,18% no 6M17 para 2,60% no 6M18 um aumento de 1,42 p.p. 5. RESULTADO LÍQUIDO Resultado Líquido Lucro/Prejuízo do Período -167,3-124,1 34,8% -304,0-329,7-7,8% A Companhia apresenta no 2T18 prejuízo líquido de R$ 167,3 milhões, dos quais R$ 164,1 milhões advém do resultado financeiro, proveniente, principalmente, do impacto do IPCA na atualização da outorga fixa, aumento da depreciação/amortização devido início da amortização de bens imobilizados, cujos projetos estavam em andamento em Mitigando os eventos desfavoráveis, observa-se o aumento de R$ 81,5 milhões no EBITDA da Companhia, com o aumento de 30,5% em relação ao 2T17 e variação favorável de R$ 54,8 milhões em IR/CSLL Diferido. No 1S18 o resultado líquido foi 7,8% melhor em relação ao 1S17.

8 6. DISPONIBILIDADES & ENDIVIDAMENTO Disponibilidade e Endividamento (MM) 2T18 1T18 p Variação R$ Dívida Bruta 3.745, ,4 3,5% 128,2 Curto Prazo 383,0 222,5 72,1% 160,5 Longo Prazo 2.602, ,3-1,7% -44,2 Debênture 760,5 748,6 1,6% 11,9 Disponibilidades 604,7 380,5 58,9% 224,2 Caixa e equivalentes de caixa 215,8 34,3 529,2% 181,5 Aplicações Financeiras 388,9 346,2 12,3% 42,7 Dívida Líquida 3.140, ,9-3,0% -96,0 Para o 2T18, a Dívida Líquida apresentou diminuição de R$ 96,0 milhões (3,0%) em relação ao 1T18, em função da obrigação de constituição da conta reserva para pagamento da outorga fixa, a Companhia contratou notas promissórias no montante de R$ 205,0 milhões, que foram aplicadas em conta reserva para pagamento em Julho/2018 e houve liquidação da conta garantida (Caixa Econômica Federal), no montante de R$ 50,0 milhões aproveitando oportunidade de redução do custo dessa operação. Quanto às disponibilidades, houve aumento das aplicações financeiras devido geração de caixa operacional e aplicação dos valores da conta reserva para pagamento da outorga fixa. 7. INVESTIMENTOS Investimentos (MM) 2T18 1T18 p Investimento Total , ,5 0,6% Imobilizado (Bruto) 31,0 31,0-0,1% Intangível (Bruto) , ,0 0,6% Software e Outros 27,8 27,8-0,1% Direito de Concessão (Investimentos) 4.106, ,8 0,2% Outorga Fixa - Concessão , ,4 0,7% (-) Transação não caixa 6,3 6,5-2,5% (-) Margem de construção 0,0 0,0 0,0% Os investimentos realizados no 2T18 totalizam R$ 106,2 milhões e representam aumento 0,6% em relação ao 1T18. A atualização monetária da Outorga Fixa representa a principal variação e, adicionalmente, destacam-se

9 investimentos em andamento para expansão comercial e operacional do aeroporto, como projetos relevantes com projetos como novas pontes de embarque e terminal de ônibus para conectar a nova linha da CPTM. 8. EVENTO SUBSEQUENTE Em 06 de julho de 2018, foi realizado o pagamento da 2ª série das Notas Promissórias, no montante de R$ 68,0 milhões de principal e R$ 0,9 milhão de juros. Em 11 de julho de 2018, foi efetuado o pagamento de R$ 242,7 milhões ao Poder Concedente, referente a parcela da outorga fixa de GLOSSÁRIO Para melhor entendimento, seguem definições das siglas utilizadas ao longo deste material: TPS1 Terminal 1; TPS2 Terminal 2; TPS3 Terminal 3; TECA Terminal de Cargas; PAX Passageiros; PMD Peso médio de decolagem; Receita Líquida Ajustada Receita Líquida que desconsidera impactos do IFRS em relação a Receita; EBITDA Ajustado Desconsidera os impactos do IFRS em relação a receita e custo de construção; Lucro Ajustado Lucro Gerencial, excluindo: Margem de Construção; Provisão de Manutenção; e outros ajustes (exemplo: venda de ativos); MTA Movimento total de Aeronaves; ANAC Agência Nacional de Ação Civil (ANAC) é o órgão responsável pela regulação e fiscalização de atividades de ação civil e infraestrutura aeroportuária no país. Fator Q Índice de reajuste baseado no fator de satisfação do passageiro e qualidade do serviço prestado medido no período