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1 1 de 21 09/08/ :24 Contrato de trabalho - Estabilidade 9 de Agosto de 2011 Em face da publicação da Resolução TST nº 174/ DEJT de 30 e e 1º , este procedimento está atualizado. Tópicos atualizados: 2.2 A estabilidade provisória e a candidatura de empregado pré-avisado da rescisão contratual a cargo de cipeiro ou representante sindical; e 4. Dirigente sindical. Contrato de trabalho - Estabilidade Sumário 1. Introdução 2. Membro da CIPA 2.1 A possibilidade legal de renúncia à estabilidade de emprego do cipeiro 2.2 A estabilidade provisória e a candidatura de empregado pré-avisado da rescisão contratual a cargo de cipeiro ou representante sindical 3. Gestante 3.1 Estabilidade da empregada gestante no contrato a prazo determinado 4. Dirigente sindical 5. Membros do Conselho Curador do FGTS 6. Decenal 7. Membros do Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) 8. Acidente do trabalho 8.1 O empregado aposentado que sofre acidente do trabalho com afastamento da atividade por mais de 15 dias 9. Diretores de sociedades cooperativas 10. Representantes dos empregados na Comissão de Conciliação Prévia 11. Mulher em situação de violência doméstica e familiar 12. Documento coletivo de trabalho 13. Discriminação 14. O encerramento da empresa ou do estabelecimento e as estabilidades provisórias 15. Pedido de demissão de empregado em gozo de estabilidade provisória 1. Introdução A estabilidade, qualquer que seja, representa uma das maiores conquistas dos trabalhadores ao longo do tempo e consiste no direito de permanecer no emprego, desde que haja a ocorrência das hipóteses reguladas em lei. É adquirida pelo empregado a partir do momento em que seja legalmente vedada sua dispensa sem justa causa. A seguir, relacionamos algumas hipóteses de estabilidade no emprego, acompanhadas, quando for o caso, de decisões dos Tribunais Trabalhistas. 2. Membro da CIPA Conforme determina o art. 10, inciso II, alínea "a", do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição Federal/1988 (ADCT/CF/1988) é vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa do empregado eleito para cargo de direção de Comissões Internas de Prevenção de Acidentes ( Cipa ), desde o registro de sua candidatura até um ano após o final de seu mandato.

2 2 de 21 09/08/ :24 O art. 165 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) determina que os titulares de representação dos empregados na CIPA não poderão sofrer despedida arbitrária, entendendo-se como tal a que não se fundar em motivo disciplinar, técnico, econômico ou financeiro. Ocorrendo a despedida, caberá ao empregador, em caso de reclamação à Justiça do Trabalho, comprovar a existência de qualquer dos motivos mencionados, sob pena de ser condenado a reintegrar o empregado. Salientamos que essa estabilidade não se estende aos representantes dos empregadores, titulares e suplentes. Estes, designados pelos empregadores, como se sabe, não participam do processo eletivo. A Justiça do Trabalho tem entendido que essa garantia se estende, também, ao suplente da CIPA. Nesse sentido, os itens I e II da Súmula TST nº 339 do Tribunal Superior do Trabalho dispõe: "I - O suplente da CIPA goza da garantia de emprego prevista no art. 10, inciso II, alínea 'a', do ADCT a partir da promulgação da Constituição Federal de 1988". II - A estabilidade provisória do cipeiro não constitui vantagem pessoal, mas garantia para as atividades dos membros da CIPA, que somente tem razão de ser quando em atividade a empresa. Extinto o estabelecimento, não se verifica a despedida arbitrária, sendo impossível a reintegração e indevida a indenização do período estabilitário". É, também, nesse sentido a posição do Supremo Tribunal Federal (STF): "Garantia de emprego - Integrante de comissão interna de prevenção de acidente - Suplente. O preceito da alínea 'a' do inciso II do artigo 10 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, da Carta de 1988, encerra garantia de emprego considerado o cargo de direção de comissões internas de prevenção de acidente, sem distinguir as figuras do titular e do suplente, mesmo porque este é comumente chamado a atuar em substituição ao titular, podendo, assim, arrostar interesses do empregador." (Ac un da 2ª T do STF - AgRg em Ag SP - Rel. Min. Marco Aurelio - DJU , p ) 2.1 A possibilidade legal de renúncia à estabilidade de emprego do cipeiro Por vezes, nos deparamos com questionamentos relativos à possibilidade legal de o empregado renunciar a uma garantia que lhe é conferida por lei. Via de regra, as garantias legalmente asseguradas são irrenunciáveis, como é o caso da estabilidade provisória da gestante, do acidentado no trabalho, membros do Conselho Curador do FGTS etc. O art. 468 da CLT reza que, nos contratos individuais de trabalho, só é lícita a alteração das respectivas condições por mútuo consentimento e, ainda assim, desde que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia. Da análise da legislação mencionada, concluímos que: a) o legislador, quando concede a estabilidade ao empregado, o faz visando a manutenção do emprego, o qual, por determinados motivos, se encontra em risco, ou seja, protege o trabalhador que, em virtude do exercício das suas atividades (cipeiro, membros da Comissão de Conciliação Prévia (CCP), representante sindical etc.) ou por se encontrar em determinadas situações físicas ou biológicas (gestante, acidentados no trabalho etc.), pode vir a ser perseguido pelo seu empregador, vindo a sofrer uma dispensa imotivada; b) algumas estabilidades provisórias de emprego constituem vantagem pessoal do trabalhador, como é o caso das estabilidades da gestante e do empregado acidentado no trabalho; outras constituem condição para o exercício, a contento, da atividade - por exemplo, as estabilidades do cipeiro e membro da CCP. Quando a estabilidade constitui condição para o bom e efetivo exercício da função, está atrelada à atividade exercida, isto é, o fundamento, o fato que autoriza a concessão da garantia é a atividade desempenhada pelo trabalhador. Os exemplos mais comuns desse tipo de garantia vinculada à função desempenhada são o cipeiro e o dirigente sindical, os quais, se não protegidos por lei, ficariam em situação de sujeição ao empregador, o que inviabilizaria o satisfatório exercício da função. Dessa forma, entendemos que, nos casos em que a estabilidade provisória constitui uma vantagem pessoal do trabalhador (gestante, acidentado no trabalho), não há possibilidade legal de renúncia a ela, sob pena de ferir o disposto no art. 468 da CLT. Quando a garantia de emprego se encontra atrelada à atividade exercida (cipeiro, membros da CCP etc.), deixando

3 3 de 21 09/08/ :24 de haver o exercício da função, a garantia também deixa de existir. Assim sendo, não há de falar em renúncia da estabilidade em si, mas sim em renúncia ao exercício da atividade que acarreta a garantia de emprego. Portanto, no caso em comento, se o empregado cipeiro, representante dos empregados, sem qualquer vício de vontade, renunciar à sua função na CIPA, ou se, em decorrência das hipóteses previstas na NR 5, vier a perder o cargo, perderá, também, por conseqüência, a estabilidade respectiva, uma vez que essa garantia está vinculada ao exercício do cargo, e não ao trabalhador. Lembre-se, porém, que qualquer que seja a estabilidade assegurada (vantagem pessoal ou não), o trabalhador detentor dela pode romper o contrato de trabalho por sua livre iniciativa, mediante pedido de demissão. Transcrevemos a seguir algumas decisões judiciais acerca do assunto. "Reintegração - Estabilidade de membro da CIPA - Renúncia ao cargo de cipeiro - Não há que se falar em reintegração, quando o próprio obreiro, no pleno uso de suas faculdades mentais, renuncia ao cargo que tinha na CIPA, para obter, junto à empregadora, certa ajuda financeira. O instituto da estabilidade foi afastado pelo obreiro, que utilizou sua estabilidade como moeda de troca." (TRT 17ª Região - RO Rela Juíza Cláudia Cardoso de Souza - J ) "Estabilidade provisória - Renúncia ao mandato - O empregado que renuncia ao cargo da CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes), perde a estabilidade provisória que detinha em função do exercício do mesmo." (TRT 5ª Região - RO (20.195/00) - 2ª Turma - Rel. Juiz Cláudio Mascarenhas Brandão - J ) "CIPA - Renúncia a cargo - Representante dos empregados - Violação ao artigo 10, inciso II, alínea a, do ADCT Conquanto seja irrenunciável a estabilidade em si do membro da Cipa que ali exerce cargo na condição de representante dos empregados, tal não se confunde com a renúncia ao cargo, desde que absolutamente imune de vício de consentimento. 2. Livremente manifestada perante a Delegacia Regional do Trabalho, é válida a renúncia do empregado a cargo de direção de CIPA, pois se presume que visa a atender interesse pessoal. 3. Não ostentando mais o empregado a condição de membro da CIPA, não se beneficia da respectiva garantia de emprego. Não traduz, assim, violação aos artigos 10, inciso II, alínea a, do ADCT, e 165 da CLT, decisão que não a reconhece, em semelhante circunstância. 4. Recurso de revista de que não se conhece." (TST - RR /99.1-1ª Turma - Rel. Min. João Oreste Dalazen - DJU ) "Estabilidade - Membro da CIPA - Irrenunciabilidade - A estabilidade do empregado eleito para cargo da CIPA não é passível de renúncia, mormente porque a supressão desta garantia representa alteração contratual prejudicial, o que é ineficaz, mesmo quando conta com a concordância do empregado (art. 468 da CLT ). Assim, nula se mostra a dispensa sem justa causa de empregado portador desta estabilidade, mesmo quando acompanhada de termo firmado pelo empregado, com chancela sindical, onde renuncia ao cargo junto à CIPA, para o qual foi eleito." (TRT 9ª Região - RO ( ) - 2ª Turma - Rel. Juiz Arion Mazurkevic - J ) "Estabilidade - Renúncia - Vício de consentimento - O trabalhador detentor de estabilidade de cipeiro firma renuncia a tal garantia e ato contínuo é demitido. Vício presumido, não se considerando um acordo o simples pagamento das parcelas rescisórias a que faria jus de qualquer forma...." (TRT 4ª Região - RO / ª Turma - Rela Juíza Eurídice Josefina Bazo Tôrres - J ) Apesar do posicionamento adotado pelo Conselho Técnico IOB, o empregador deverá acautelar-se diante da ocorrência concreta da situação ora retratada, caso em que é aconselhável, por medida preventiva, consultar antecipadamente o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), bem como o sindicato da respectiva categoria profissional, e lembrar que caberá ao Poder Judiciário a decisão final da controvérsia, caso seja proposta ação nesse sentido. Nota As informações publicadas neste subitem trazem o entendimento do Conselho Técnico IOB, que leva em consideração os posicionamentos adotados pela doutrina e pela jurisprudência, quando for o caso. 2.2 A estabilidade provisória e a candidatura de empregado pré-avisado da rescisão contratual a cargo de cipeiro ou representante sindical Não é raro os empregados, depois de pré-avisados da intenção da empresa de rescindir os respectivos contratos de trabalho, candidatarem-se a cargos eletivos na Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) ou de representação sindical das respectivas categorias.

4 4 de 21 09/08/ :24 Nessa hipótese, é inevitável a dúvida acerca de qual decisão deve o empregador tomar, ou seja, manter o aviso prévio já concedido ou cancelar o aviso prévio em curso, passando o empregado a gozar de estabilidade provisória no emprego. Reza o art. 543, 3º e 5º, da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) que fica vedada a dispensa do empregado sindicalizado ou associado, a partir do momento do registro de sua candidatura a cargo de direção ou de representação de entidade sindical ou de associação profissional, até um ano após o final do seu mandato, caso seja eleito, inclusive como suplente, salvo se cometer falta grave, devendo a entidade sindical comunicar, por escrito, à empresa, dentro de 24 horas, o dia e a hora do registro da candidatura do seu empregado. Conforme já informado no item 2, o art. 10, II, letra "a", do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) estabelece ser vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa do empregado eleito para cargo de direção da CIPA, desde o registro de sua candidatura até 1 ano após o final de seu mandato. No mesmo sentido, o art. 12, I, "a" e "b", da Instrução Normativa SRT nº 15/2010, que estabelece procedimentos para assistência e homologação na rescisão do contrato de trabalho, no âmbito do MTE, prevê que constitui circunstância impeditiva da homologação a candidatura do empregado para cargo de direção da CIPA ou para cargo de direção ou representação sindical. Conforme é sabido, o aviso prévio trabalhado nada mais é do que a comunicação feita por uma das partes à outra de que o contrato de trabalho mantido entre ambas será rescindido por falta de interesse em sua continuação. Contudo, a ruptura contratual só ocorre no último dia do aviso prévio, o que vale dizer que durante o período do aviso prévio trabalhado o contrato de trabalho flui normalmente em todos os seus aspectos. O art. 487, 1º, da CLT determina que o prazo do aviso prévio trabalhado ou indenizado integra o tempo de serviço do trabalhador. Entretanto, o item V da Súmula nº 369 do TST determina que o registro da candidatura do empregado a cargo de dirigente sindical durante o período do aviso prévio, ainda que indenizado, não lhe assegura a estabilidade, visto que inaplicável a regra do 3º do art. 543 da CLT. Da análise da legislação mencionada, constata-se que a intenção do legislador, ao conceder a estabilidade provisória tanto ao cipeiro quanto ao representante sindical não foi a de lhe conferir uma vantagem, mas sim de o proteger de possível sujeição no exercício da função e até mesmo de perseguições por parte do empregador, bem como que, por ser livre a candidatura do empregado tanto a cargo de direção da CIPA quanto a cargo de representação sindical, não pode o empregador impedir que o trabalhador pré-avisado efetue a sua candidatura aos mencionados cargos. Dessa forma, entendemos que, por ser a candidatura aos cargos de cipeiro ou representante sindical, ato volitivo, ou seja, dependente da vontade do trabalhador, se este, no curso do cumprimento do aviso prévio, candidata-se a tais cargos, não gozará da estabilidade provisória de emprego, posto que, no momento da concessão do aviso prévio trabalhado ou indenizado, não havia qualquer impedimento legal para a ruptura contratual, situação que permitiu ao empregador romper legalmente o contrato de trabalho. Portanto, não pode um ato volitivo praticado após a comunicação da dispensa impor a anulação dessa comunicação legalmente efetuada, mesmo porque, ao se candidatar aos cargos representativos em questão, o trabalhador já era sabedor da intenção do empregador em não dar continuidade ao seu contrato de trabalho. Reproduzimos adiante algumas decisões judiciais acerca do tema. "Estabilidade - Membro de CIPA - Aquisição no período do aviso-prévio - Não reconhecida - 1. A jurisprudência do TST já se firmou no sentido de não se reconhecer a estabilidade adquirida durante o período do aviso prévio. 2. Desse modo, contraria a Orientação Jurisprudencial no 40 da SBDI I do TST decisão regional no sentido de reconhecer estabilidade adquirida por membro de CIPA inscrito no curso do aviso prévio indenizado. 3. Recurso de revista a que se dá provimento para restabelecer a r. sentença." (TST - RR ª Turma - Rel. Min. João Oreste Dalazen - DJU ) "Estabilidade adquirida no curso do aviso prévio. Indevida a reintegração pleiteada. Com a dação do aviso prévio, a denúncia do contrato de trabalho opera-se de pleno iure, embora a eficácia da resilição contratual é postergada pelo prazo legal. Sendo instituída, neste período, por norma coletiva, estabilidade no emprego, esta garantia não alcança o autor, porquanto foi posterior à denúncia, não se revestindo de eficácia retroativa." (Acórdão unânime do TRT da 15ª Região - RO 9434/ Rela Juíza Maria Cecília Fernandes Alvares Leite - DJSP II ) "[?] Aviso prévio - Estabilidade - Instituição após a manifestação da vontade do empregador - Descabimento - O tempo do aviso prévio não abrange a estabilidade conferida no seu curso, uma vez que o empregador, ao comunicar a dispensa do empregado, expressou sua intenção em rescindir o contrato de trabalho, constituindo, desse modo, o aviso prévio, ato jurídico perfeito, o qual não pode ser modificado por força de estabilidade instituída após a manifestação de vontade do empregador'." (Acórdão da 6a Turma do TRT da 2ª Região RO Rela Juíza Jucirema Maria Godinho Gonçalves - DOSP ) "Garantia de emprego. Salários. Projeção do aviso prévio. A cláusula da convenção coletiva que concede o benefício da garantia de emprego não tem aplicação nos casos em que o vínculo empregatício houver sido rompido anteriormente à sua vigência. O fato de o aviso prévio indenizado projetar-se no tempo não torna o contrato

5 5 de 21 09/08/ :24 vigente a ponto de se reconhecer a estabilidade do empregado. Os efeitos retrooperantes das convenções coletivas não podem violentar o ato jurídico perfeito e consumado antes da existência da cláusula convencional. Revista parcialmente conhecida e provida." (Acórdão unânime da 1ª Turma do TST - RR /95.9-2a R - Rela Min. Regina Rezende Ezequiel - J DJU ) "Agravo em agravo de instrumento em recurso de revista - Garantia de emprego - Norma coletiva - OJ-40 da SDI-TST - Matéria fática - Mantém-se o despacho agravado que negou provimento ao agravo de instrumento, com fulcro no Enunciado 333 do TST, por entender que a decisão proferida pelo regional está em consonância com a Orientação Jurisprudencial no 40 da SBDI-1, que não reconhece a estabilidade provisória adquirida no curso do aviso prévio e pela impossibilidade de reexame das provas, já que a decisão resultou também do exame das provas dos autos. Agravo desprovido." (TST - A-AIRR 998-3ª Turma - Rela Juíza Conv. Dora Maria da Costa - DJU ) "Estabilidade provisória adquirida no curso do aviso prévio indenizado - Não caracterização - A estabilidade provisória decorrente de norma coletiva não alcança o empregado que já tenha recebido o aviso prévio, ainda que o tempo de serviço seja projetado para além do início da vigência da norma que a previu. Revista conhecida e provida, no particular." (TST - RR ª Turma - Rel. Min. Rider Nogueira de Brito - DJU ) "Aviso prévio. Aquisição de estabilidade durante seu prazo. A superveniência durante o transcurso do prazo do aviso prévio de qualquer norma ou fato impeditivos de resolução contratual, desconhecidos à época da despedida, não impossibilita a rescisão do contrato de trabalho já sujeito a um termo. É óbvio devem-se excluir dessa conclusão as hipóteses de fraude, quando o empregador despede o empregado de má-fé apenas para que este não adquira a estabilidade, quando já sabia que tal iria acontecer nos 30 dias subseqüentes. Recurso de revista parcialmente conhecido e provido." (Acórdão unânime da 2ª Turma do TST - RR / a Região - Rel. Min. Vantuil Abdala - DJU ) Apesar do posicionamento adotado pelo Conselho Técnico IOB, o empregador deverá acautelar-se diante da ocorrência concreta da situação ora retratada, caso em que é aconselhável, por medida preventiva, consultar antecipadamente o Ministério do Trabalho e Emprego, bem como o sindicato da respectiva categoria profissional, e lembrar que caberá ao Poder Judiciário a decisão final da controvérsia, caso seja proposta ação nesse sentido. Nota As informações publicadas neste subitem trazem o entendimento do Conselho Técnico IOB, que leva em consideração os posicionamentos adotados pela doutrina e pela jurisprudência, quando for o caso. 3. Gestante Com base no mesmo dispositivo constitucional citado no item 2 (ADCT/ CF/1988, art. 10, inciso II, alínea "b"), também é vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa da empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até 5 meses após o parto. "Gestante - Dispensa imotivada - Gravidez desconhecida do empregador - Irrelevância - Inteligência do art. 10, II, letra "b", da constituição federal. Dois e únicos são os pressupostos para que a empregada tenha assegurado seu direito ao emprego ou o direito à reparação pecuniária: que esteja grávida e que sua dispensa não seja motivada por prática de falta funcional prevista no art. 482 da CLT. Em momento algum cuidou o constituinte de subordinar a existência de referido direito ao fato de o empregador conhecer seu estado gravídico, quando a despediu imotivadamente. Essa exigência de aferição do elemento subjetivo do empregador, para imputar seu ato de ilícito, se de seu conhecimento a gravidez, e lícito, porque a desconhecia, quando da imotivada dispensa, é totalmente estranha à norma constitucional em exame. Recurso de revista não conhecido." (Acórdão unânime da 4ª Turma do TST - RR / Rel. Min. Milton de Moura França - DJU de ) "Gestante. Estabilidade provisória. Esta Corte Especializada já sedimentou o seu entendimento, mediante a Orientação Jurisprudencial nº 88 da SBDI1, no sentido de que o desconhecimento do estado gravídico pelo empregador, salvo previsão contraria em norma coletiva, não afasta o direito ao pagamento da indenização decorrente da estabilidade, conforme art. 10, inciso II, alínea "b", da ADCT. Já com relação especificamente à renúncia da reclamante ao emprego, segundo o entendimento da SBDI1, no ERR 52397/92, AC. 4722/97, publicado no DJ de 24/10/97, a empregada gestante, ainda que não aceite retornar ao emprego posto à sua disposição pelo empregador, em audiência, tem direito ao salário maternidade, em razão da dispensa imotivada. Recurso provido." (Acórdão unânime da 4ª Turma do TST - RR / Rel. Juíza convocada Maria do Perpétuo Socorro W. de Castro - DJU de ) Nota Com a promulgação da Lei nº /2006 (DOU de ) esta garantia de emprego (a partir da confirmação

6 6 de 21 09/08/ :24 da gravidez até 5 meses após o parto) foi estendida à empregada doméstica gestante. O TST, por meio da Súmula nº 244, consubstanciou o seu entendimento acerca do tema ao dispor: "Nº Gestante. Estabilidade provisória. (Incorporadas as Orientações Jurisprudenciais Nºs 88 E 196 DA SDI-1) I - O desconhecimento do estado gravídico pelo empregador não afasta o direito ao pagamento da indenização decorrente da estabilidade. (art. 10, II, 'b' do ADCT). (ex-oj nº 88 - DJ ) II - A garantia de emprego à gestante só autoriza a reintegração se esta se der durante o período de estabilidade. Do contrário, a garantia restringe-se aos salários e demais direitos correspondentes ao período de estabilidade. (ex-súmula nº Res 121/2003, DJ ) III - Não há direito da empregada gestante à estabilidade provisória na hipótese de admissão mediante contrato de experiência, visto que a extinção da relação de emprego, em face do término do prazo, não constitui dispensa arbitrária ou sem justa causa. (ex-oj nº Inserida em )" 3.1 Estabilidade da empregada gestante no contrato a prazo determinado O instituto da estabilidade provisória da gestante é incompatível com o contrato por prazo determinado, uma vez que essa modalidade de contrato tem seu termo final predeterminado desde a sua celebração, mediante vontade expressa das partes, a qual se sobrepõe a qualquer tipo de estabilidade. Dessa forma, atingido o termo do prazo avençado, o contrato estará plenamente cumprido, independentemente do fato de a empregada se encontrar grávida ou não. Nesse sentido, o TST publicou a Súmula nº 244, reproduzida no item 3, a qual, entre outras disposições, estabelece, em seu inciso III, que a empregada gestante não faz jus à estabilidade provisória na hipótese de admissão mediante contrato de experiência, visto que a extinção da relação de emprego, em face do término do prazo, não constitui dispensa arbitrária ou sem justa causa. 4. Dirigente sindical É vedada a dispensa do empregado sindicalizado ou associado a partir do registro da candidatura a cargo de direção ou representação sindical ou de associação profissional e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após o final do mandato, salvo se cometer falta grave devidamente comprovada nos termos da lei ( CF/1988, art. 8º, VIII, e CLT, art. 543 ). É considerado cargo de direção ou de representação sindical aquele cujo exercício ou indicação decorre de eleição prevista em lei. Para que o empregado tenha direito à estabilidade é necessário que a entidade sindical comunique por escrito à empresa, dentro de 24 horas, o dia e a hora do registro da candidatura do seu empregado e, em igual prazo, sua eleição e posse. Nesse sentido ensina o TST, por meio da Súmula nº 369, com a redação dada pela Resolução TST nº 174/2011, adiante reproduzida: SÚMULA Nº 369. DIRIGENTE SINDICAL. ESTABILIDADE PROVISÓRIA. (nova redação dada ao item II) I - É indispensável a comunicação, pela entidade sindical, ao empregador, na forma do 5º do art. 543 da CLT. (ex-oj nº 34 da SBDI-1 - inserida em ) II - O art. 522 da CLT foi recepcionado pela Constituição Federal de Fica limitada, assim, a estabilidade a que alude o art. 543, 3.º, da CLT a sete dirigentes sindicais e igual número de suplentes. III - O empregado de categoria diferenciada eleito dirigente sindical só goza de estabilidade se exercer na empresa atividade pertinente à categoria profissional do sindicato para o qual foi eleito dirigente. (ex-oj nº 145 da SBDI-1 - inserida em ) IV - Havendo extinção da atividade empresarial no âmbito da base territorial do sindicato, não há razão para subsistir a estabilidade. (ex-oj nº 86 da SBDI-1 - inserida em ) V - O registro da candidatura do empregado a cargo de dirigente sindical durante o período de aviso prévio, ainda que indenizado, não lhe assegura a estabilidade, visto que inaplicável a regra do 3º do art. 543 da Consolidação das Leis do Trabalho. (ex-oj nº 35 da SBDI-1 - inserida em )

7 7 de 21 09/08/ :24 Decisões do TST "Embargos de declaração - Estabilidade provisória - Delegado eleito dirigente sindical - Os arts 543, 3º, da CLT e 8º, VIII, da Constituição Federal não têm o condão de conferir estabilidade provisória ao reclamante, eleito suplente de delegado sindical, na medida em que o ordenamento jurídico pátrio somente ampara aqueles que exerçam ou ocupem cargos executivos nos sindicatos, o que não é o caso. Embargos de declaração acolhidos, apenas para prestar esclarecimentos, sem efeito modificativo." TST - ED-ED-AIRR 88107/ ª Turma - Rel. Juiz Conv. José Antonio Pancotti - DJU ) "Delegado sindical - Estabilidade provisória - Inexistência - Cargo não eletivo. O art. 8º, VIII, da Lex Legum agasalhou, sob o manto da estabilidade provisória no emprego, o dirigente sindical e o representante sindical, cujo processo eletivo observa as disposições do art. 543 da CLT. Nesse compasso, o delegado sindical, condição detida pelo Autor, à míngua de sujeição ao aludido processo eletivo, não foi contemplado pela benesse instituída pelo comando constitucional, não fazendo jus, pois, à estabilidade provisória e, por conseguinte, à reintegração no emprego. Recurso de revista conhecido e provido." (Acórdão unânime da 4ª Turma do TST - RR Rel. Min. Ives Gandra Martins Filho - DJ de ) "Estabilidade provisória - Dirigente sindical - Súmula nº 369 do TST - A entidade sindical deve comunicar à empresa, por escrito, o registro da candidatura do empregado, dentro do prazo de 24 horas, para que possa ser garantido ao trabalhador o direito à estabilidade prevista no caput do artigo 543 da CLT. Havendo dúvida acerca dessa comunicação fato expressamente reconhecido pelo Egrégio Tribunal Regional não há como se declarar a existência da estabilidade provisória. Aplicabilidade da Súmula no 369 desta Corte. Recurso de revista conhecido e provido." (TST - RR 267/ ª Turma - Rel. Min. Aloysio Corrêa da Veiga - DJU ) "Dirigente de associação profissional - Inexistência de direito à estabilidade provisória - Antes da promulgação da atual Carta da República, a associação profissional era etapa necessária de criação, autorização e registro da futura entidade sindical, o que atualmente não ocorre mais. Ora, não sendo mais a associação profissional o embrião do sindicato, razão jurídica não há para assegurar-se aos dirigentes daquela a proteção contra despedida imotivada. Em observância à ordem constitucional é que esta Corte cancelou a Súmula nº 222. Recurso de Revista conhecido e provido." (TST - RR /00.4-1ª Turma - Rel. Juiz Conv. Guilherme Bastos - DJU ) "Recurso de revista - Estabilidade provisória - Dirigente sindical - Comunicação da eleição - Extemporaneidade - Eficácia - A comunicação, ao empregador, da eleição da empregada para cargo de dirigente sindical, ainda que extemporânea, mas antes da rescisão do contrato de trabalho, atende à formalidade exigida no parágrafo 5o do artigo 543 da CLT, porque a substância do ato é a comunicação, em si, e não a observância do prazo estabelecido no referido preceito legal. Recurso de revista conhecido e parcialmente provido." TST - RR / ª Turma - Rel. Juiz Conv. Altino Pedrozo dos Santos - DJU ) 5. Membros do Conselho Curador do FGTS Aos membros do Conselho Curador do FGTS, enquanto representantes dos trabalhadores, efetivos e suplentes, é assegurada a estabilidade no emprego, desde a nomeação até um ano após o término do mandato de representação, somente podendo ser demitidos por motivo de falta grave, regularmente comprovada por meio de processo sindical (Lei nº 8.036/1990, art. 3º, 9º). 6. Decenal Aos empregados admitidos como não optantes pelo regime do FGTS anteriormente à Constituição Federal/1988 confere-se a estabilidade no emprego, desde que contassem com 10 ou mais anos de serviço na mesma empresa em (Lei nº 8.036/1990, art. 14 ). Decisão TST "...Recurso de revista do reclamante - Estabilidade decenal - Demissão sem justa causa - Indenização em dobro - Art. 496 da CLT. O art. 496 da CLT estabelece a faculdade de o julgador deferir a indenização por tempo de serviço, quando for desaconselhável a reintegração do empregado, sem condicionar, expressamente, o deferimento da indenização ao pedido explícito de reintegração. Nesse sentido, uma vez estabelecido pelo e. Regional que o reclamante alcançou a estabilidade decenal, antes mesmo da promulgação da Constituição Federal, já que trabalhou para as reclamadas durante mais de quinze anos, e tendo sido despedido sem justa causa, faz jus ao pagamento da indenização por tempo de serviço em dobro..." (Acórdão unânime da 4ª Turma do TST - RR Rel. Min. Milton de Moura França - DJ de 1º )

8 8 de 21 09/08/ :24 7. Membros do Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) Aos membros do Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS), enquanto representantes dos trabalhadores em atividade, titulares e suplentes, é assegurada a estabilidade no emprego, desde a nomeação até um ano após o término do mandato de representação. Somente poderão ser demitidos por falta grave, regularmente comprovada em processo judicial (Lei nº 8.213/1991, art. 3º, 7º). 8. Acidente do trabalho O segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantida, pelo prazo mínimo de 12 meses, a manutenção do seu contrato de trabalho na empresa, após a cessação do auxílio-doença acidentário, independentemente de percepção de auxílio-acidente (Lei nº 8.213/1991, art. 118 ). Dessa forma, para ter direito à estabilidade é necessário que o acidente do trabalho tenha ocasionado o afastamento do trabalhador das suas atividades por mais de 15 dias, posto que somente nesta hipótese haverá concessão do benefício previdenciário, findo o qual inicia-se a contagem do período de estabilidade. Acerca do assunto dispõe a Súmula nº 378 do TST: "Nº Estabilidade provisória. Acidente do trabalho. Art. 118 da Lei nº 8.213/1991. Constitucionalidade. Pressupostos. (conversão das Orientações Jurisprudenciais nºs 105 e 230 da SDI-1) - Res. 129/ DJ I - É constitucional o artigo 118 da Lei nº 8.213/1991 que assegura o direito à estabilidade provisória por período de 12 meses após a cessação do auxílio-doença ao empregado acidentado. (ex-oj nº Inserida em ) II - São pressupostos para a concessão da estabilidade o afastamento superior a 15 dias e a conseqüente percepção do auxílio-doença acidentário, salvo se constatada, após a despedida, doença profissional que guarde relação de causalidade com a execução do contrato de emprego. (Primeira parte - ex-oj nº Inserida em )" Nota São equiparadas ao acidente do trabalho a doença profissional e a do trabalho. A doença profissional é aquela produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da relação de que trata o Anexo II do Regulamento da Previdência Social - Decreto nº 3.048/1999. A doença do trabalho, por sua vez, é adquirida ou desencadeada em função das condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relaciona diretamente, desde que constante do mencionado Anexo II. Decisões TST "... Estabilidade provisória - Acidente do trabalho - Artigo 118 da Lei 8.213/91 - Pressupostos - A constatação de doença profissional mesmo após a despedida do empregado garante-lhe o direito à estabilidade acidentária, desde que guarde relação de causalidade com a execução do contrato de emprego, conforme estabelece o item II da Súmula 378 do TST. Recurso de revista não conhecido." (TST - RR 413/ a Turma - Rel. Min. Aloysio Corrêa da Veiga - DJU ) "Agravo de instrumento - Doença profissional - Estabilidade provisória - Registrado pelo Tribunal Regional que os documentos acostados pela reclamante confirmam o seu afastamento do trabalho em decorrência de moléstia profissional, equiparando-se ao acidente de trabalho, tem-se como ilegal a rescisão contratual efetivada durante o período da estabilidade provisória. Agravo de instrumento não provido." TST - AIRR / a Turma - Rela Juíza Conv. Maria Doralice Novaes - DJU ) "Estabilidade decorrente de acidente do trabalho - Fechamento do estabelecimento - Indenização devida - Risco do empreendimento e preservação da higidez do empregado. Imperiosa a conclusão de que, extinto o estabelecimento, em razão de sua inviabilidade econômica-financeira, os ônus são do empregador, que assume os riscos da atividade econômica (art. 2o da CLT), inclusive no que se refere a obrigação de indenizar o empregado portador de estabilidade decorrente de acidente do trabalho, que não pode e nem deve ter restringidos ou extintos seus direitos, nos termos do que, igualmente, reza o art. 10 da CLT. A garantia de emprego assegurada pelo art. 118 da Lei no 8.213/91 ao empregado acidentado no trabalho é personalíssima e visa obstar a sua discriminação em razão da ocorrência do infortúnio, assegurando-lhe a permanência no emprego por período necessário à sua total recuperação imprescindível para que possa continuar exercendo as suas funções. Recurso de revista não conhecido." (Acórdão unânime da 4a Turma do TST - RR / Rel. Min. Milton de Moura França - DJU de

9 9 de 21 09/08/ : ) "Recurso de revista. Contrato a termo. Estabilidade provisória advinda de acidente de trabalho. Incompatibilidade. Partindo do pressuposto de que o instituto da estabilidade acidentária objetiva a proteção da continuidade do vínculo de emprego, supondo, necessariamente, a vigência do contrato por tempo indeterminado, há concluir ser esse incompatível nos contratos a termo, máxime porque o fato de o autor ter sofrido acidente de trabalho e ter entrado em gozo de benefício previdenciário não implica transmutação do contrato a termo em prazo indeterminado. Recurso conhecido e provido." (Acórdão unânime da 5a Turma do TST - RR Rel. Juiz convocado André Luiz Moraes de Oliveira - DJ de ) "Violação do art. 896 da CLT. Acidente de trabalho. Estabilidade provisória. Agência bancária. Fechamento na localidade da prestação de serviços. O fechamento do estabelecimento bancário na localidade em que trabalhava a empregada não implica extinção do seu contrato de trabalho se, no mesmo período, encontrava-se afastada do emprego em decorrência de acidente de trabalho. O contrato nesse período fica suspenso e garantida a estabilidade provisória no emprego. Recurso de Embargos não conhecido." (Acórdão unânime da SBDI 1 - ERR / Rel. Min. José Luciano de Castilho Pereira - DJ de ) 8.1 O empregado aposentado que sofre acidente do trabalho com afastamento da atividade por mais de 15 dias Na ocorrência de acidente do trabalho que envolva empregado já aposentado, é comum o empregador ter dúvidas quanto à possibilidade legal de proceder à rescisão contratual quando do seu retorno ao trabalho findo o prazo do afastamento motivado pelo acidente. A garantia ou não de estabilidade acidentária ao empregado já aposentado que vem a sofrer acidente do trabalho é matéria controvertida tanto na doutrina como na jurisprudência trabalhistas, inexistindo até o presente momento uma corrente de entendimento majoritária. Antes de expormos o nosso entendimento acerca do tema, é necessário tecer algumas considerações relativas à legislação que rege a matéria. Assim temos: a) conforme já comentado, a Lei nº 8.213/1991, art. 118 e o Regulamento da Previdência Social, aprovado pelo Decreto nº 3.048/1999, art. 346, estabelecem que o segurado da Previdência Social que sofrer acidente do trabalho terá garantida, pelo prazo mínimo de 12 meses, a manutenção do seu contrato de trabalho na empresa, após a cessação do auxílio-doença acidentário, independentemente de percepção de auxílio-acidente. Analisando isoladamente as determinações dos mencionados arts. 118 e 346, constata-se que, para fazer jus à estabilidade acidentária, é necessário que o empregado atenda a 2 requisitos concomitantemente: - que o acidente acarrete o afastamento do trabalhador das suas atividades por mais de 15 dias; - que o segurado receba o benefício do auxílio-doença acidentário, posto que apenas após a cessação do referido benefício é que começa a fluir o período de estabilidade; b) o art. 124 da citada lei e o art. 167 do RPS dispõem, entre outros, que não é permitido o recebimento conjunto dos benefícios de aposentadoria e de auxílio-doença, inclusive quando decorrente de acidente do trabalho. O Tribunal Superior do Trabalho (TST), por meio da Súmula nº 378, item II, esclarece que são pressupostos para a concessão da estabilidade o afastamento superior a 15 dias e a conseqüente percepção do auxílio-doença acidentário, salvo se constatada, após a despedida, doença profissional que guarde relação de causalidade com a execução do contrato de emprego. Com base na análise do disposto na mencionada Lei nº 8.213/1991, art. 118, parte da doutrina e da jurisprudência defende o entendimento de que, se o empregado já aposentado vier a sofrer acidente do trabalho, mesmo que este ocasione um afastamento superior a 15 dias, ele não terá direito à estabilidade provisória respectiva, uma vez que não houve concessão do benefício de auxílio-doença acidentário. Portanto, nesta situação, o empregado não atendeu aos 2 requisitos exigidos por lei, ou seja, o afastamento por mais de 15 dias e o recebimento do benefício, conforme se verifica na decisão a seguir transcrita. "Garantia de emprego - Art. 118 da Lei nº 8.213/ Empregado já aposentado que sofre acidente de trabalho - A tese esposada pelo TRT, no sentido de que a percepção do auxílio-doença acidentário é condição sine qua non para a garantia provisória do emprego, encontra-se em consonância com o item nº 230 da Orientação Jurisprudencial da SBDI1 do TST. Por outro lado, o recorrente não impugna a tese do TRT no sentido de que o empregado aposentado não tem direito ao auxílio-doença acidentário e, por conseguinte, à estabilidade. Recurso de revista não conhecido. (TST - RR ª Turma - Rel. Min. Rider Nogueira de Brito - DJU )" "Recurso de revista - Estabilidade provisória - Art. 118 da lei nº 8.213/91 - Empregado aposentado - Auxílio-

10 10 de 21 09/08/ :24 doença acidentário - Esta corte já firmou jurisprudência no sentido de que o afastamento do trabalho por prazo superior a quinze dias e a conseqüente percepção do auxílio-doença acidentário constituem pressupostos para o direito à estabilidade prevista no art. 118 da Lei nº 8.213/1991, assegurada por período de doze meses, após a cessação do auxílio-doença (Orientação Jurisprudencial nº 230 da SBDI-1). Recurso de Revista de que se conhece e a que se dá provimento." (TST - RR /02.4-5a Turma - Rel. Min. João Batista Brito Pereira - DJU ) Não obstante as considerações anteriormente expostas, entendemos, salvo melhor juízo, que o empregado já aposentado que sofre acidente do trabalho o qual determine o seu afastamento das atividades na empresa por mais de 15 dias tem direito à estabilidade acidentária de 12 meses a contar da data da alta médica, uma vez que atendeu aos requisitos necessários à concessão do auxílio-doença acidentário, isto é, ser segurado da Previdência Social e encontrar-se incapacitado para o trabalho por mais de 15 dias em decorrência do acidente sofrido. Se o benefício em questão não lhe foi concedido, tal fato se deu em virtude de a legislação previdenciária vedar a concessão simultânea dos dois benefícios (aposentadoria e auxílio-doença acidentário). Portanto, a não-concessão do benefício do auxílio-doença acidentário não dependeu da vontade ou ação do empregado, não podendo este sofrer um prejuízo motivado por uma proibição legal. Posicionamento no mesmo sentindo foi adotado em decisão da 1ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST), conforme notícia colhida no site desse Tribunal em , adiante reproduzida. "Notícias do Tribunal Superior do Trabalho 13/10/2004 TST assegura estabilidade provisória a aposentado acidentado O trabalhador que mesmo após ter se aposentado pelo INSS permanece em atividade na empresa e sofre acidente de trabalho tem direito à estabilidade provisória de doze meses prevista na legislação previdenciária (art. 118, Lei 8213/91 ). Essa possibilidade, defendida pelo ministro João Oreste Dalazen (relator), foi admitida pela Primeira Turma do Tribunal Superior do Trabalho ao afastar (não conhecer) um recurso de revista interposto por uma empresa catarinense. A decisão do TST resultou de uma interpretação da lei mais favorável ao trabalhador. Em princípio, esclarece o ministro Dalazen, a estabilidade provisória para o acidentado pressupõe o preenchimento de dois requisitos para sua concessão: o afastamento do empregado do trabalho por mais de quinze dias e a percepção do auxílio-doença acidentário, pago pelo INSS. A essa previsão legal corresponde também o entendimento expresso na Orientação Jurisprudencial (OJ) 230 da Subseção de Dissídios Individuais - 1 do TST. O obstáculo ao aposentado que permanece em serviço e sofre acidente é imposto pelo regulamento geral da Previdência Social que proíbe a percepção acumulada de auxílio doença e do provimento da aposentadoria. Uma interpretação meramente literal da norma levaria à inviabilidade da estabilidade provisória. O entendimento do ministro Dalazen sobre o tema, contudo, foi diverso. 'Na atual conjuntura sócio-econômica, em que se torna imperativo o reingresso do aposentado no mercado de trabalho a fim de complementar os parcos ganhos advindos da aposentadoria, não me parece justo apená-lo com a perda da estabilidade no emprego em virtude do óbice ao recebimento cumulado de dois benefícios pela Previdência Social'. A afirmação do relator serviu como fundamento à confirmação de decisão tomada anteriormente pelo Tribunal Regional do Trabalho de Santa Catarina. Ao confirmar sentença da Vara do Trabalho de Brusque, o órgão de segunda instância reconheceu o direito à estabilidade acidentária a um mecânico aposentado pelo INSS que continuou a trabalhar na Companhia Industrial..., uma empresa de fiação e tecelagem. Segundo os autos, em dezembro de 1996, o mecânico sofreu um acidente ao tentar consertar um tear, que lhe causou a perda da vista esquerda. O fato provocou seu afastamento do trabalho até março do ano seguinte. Voltou às atividades, mas em julho de 1997 foi demitido sem justa causa. A empresa alegou, no TST, que o direito à estabilidade provisória, convertido pelo TRT em indenização correspondente aos salários dos 12 meses em que o mecânico deveria ter sido mantido no emprego, violou o art. 118 da Lei nº 8213/91 e afrontou a OJ 230 do TST. A impossibilidade de concessão do benefício foi rebatida pelo relator do recurso no TST. 'No caso dos autos, o empregado sofreu acidente de trabalho, e, ainda, segundo informa o Tribunal Regional e a própria empresa ratifica no recurso de revista, foi afastado do trabalho por prazo superior a quinze dias'. 'E a circunstância de o empregado não poder auferir concomitantemente auxílio-doença acidentário não lhe retira o direito à estabilidade se o afastamento do serviço dá-se por período superior a quinze dias e há nexo causal entre o acidente e o trabalho prestado ao empregador', acrescentou o ministro Dalazen ao assegurar a percepção do benefício ao acidentado catarinense. (RR /99.0)"

11 11 de 21 09/08/ :24 Reproduzimos a seguir o acórdão que originou a notícia em comento. "Estabilidade. Acidente de trabalho. Artigo 118 da Lei nº 8.213/91. Empregado aposentado. Auxílio-doença acidentário. 1. Em princípio, para o empregado beneficiar-se da estabilidade provisória do art. 118 da Lei nº 8.213/91 é necessário o atendimento a dois requisitos: o afastamento do empregado do trabalho por prazo superior a 15 dias e o recebimento de auxílio-doença acidentário (Orientação Jurisprudencial nº 230 da SBDI1 do TST). 2. Se, todavia, o empregado acidentado acha-se aposentado, resulta inviabilizada pela própria lei a percepção também de auxílio-doença, em virtude de óbice imposto pelo regulamento geral da Previdência Social à percepção cumulada de auxílio-doença e aposentadoria. Em casos que tais, cada vez mais comuns na atual conjuntura sócioeconômica, em que desafortunadamente se torna imperativo o reingresso do aposentado no mercado de trabalho a fim de suplementar os parcos ganhos advindos da aposentadoria, a circunstância de o empregado não poder auferir concomitantemente auxílio-doença acidentário não lhe retira o direito à estabilidade se o afastamento do serviço dá-se por período superior a 15 dias e há nexo causal com o labor prestado ao empregador. 3. Inexistência de afronta ao art. 118 da Lei nº 8.213/91. Recurso de revista não conhecido." (Acórdão da 1ª Turma do TST - RR / DJ de )" Apesar do posicionamento adotado pelo nosso Conselho Técnico Editorial, alertamos que o assunto é polêmico, comportando, inclusive, posicionamento contrário, razão pela qual recomendamos que o empregador se acautele diante da ocorrência concreta da situação ora retratada, sendo aconselhável, por medida preventiva, consultar o Ministério do Trabalho e Emprego, bem como o sindicato da respectiva categoria profissional e lembrar que caberá à Justiça do Trabalho a decisão final da controvérsia caso seja proposta ação neste sentido. 9. Diretores de sociedades cooperativas Os empregados de empresas que sejam eleitos diretores de sociedades cooperativas pelos mesmos criadas, gozam das mesmas garantias asseguradas aos dirigentes sindicais, mencionadas no item 4 anterior (Lei nº 5.764/1971, art. 55, a qual define a política nacional de cooperativismo e dá outras providências). Decisões TST "Recurso de revista. Estabilidade provisória. Diretor de cooperativa. Reconhece-se a estabilidade provisória prevista no artigo 543 da Consolidação das Leis do Trabalho ao dirigente de cooperativa, com amparo no disposto no artigo 55 da Lei nº 5764/71. Constatada a estabilidade provisória, aplica-se, por analogia, o disposto no Enunciado nº 244 do TST, sendo assegurado ao empregado o direito a salários e vantagens correspondentes ao período estabilitário. Recurso de revista conhecido e provido." (Acórdão unânime da 1ª Turma do TST - RR / Rel. Juiz convocado Guilherme Bastos - DJ de ) "Recurso de revista. Estabilidade de membro de conselho de administração de cooperativa. Inexistência de diretores. Embora o art. 55 da Lei nº 5764/71 aluda ao termo 'diretor', não se pode afastar o direito à estabilidade no caso em que a cooperativa é dirigida, de fato e mediante delegação estatutária, por um conselho administrativo que exerce típicas funções de uma diretoria. O acórdão regional, com base na prova documental produzida, somente poderia concluir pela condenação da reclamada, ante o pressuposto lógico de que, não sendo assim, estar-se-ia admitindo a existência de uma cooperativa sem responsáveis nominais por sua direção, já que administrada obliquamente por meros conselheiros. A decisão recorrida, fundamentada no espírito da Lei nº 5764/71, extraiu do seu preceito interpretação razoável e que se revela a melhor para a atipicidade do caso concreto (En. nº 221 do TST). A jurisprudência colacionada, por sua vez, ressente-se da falta de especificidade, atraindo a aplicabilidade do Enunciado nº 296 deste Tribunal Superior. Recurso de revista não conhecido." (Acórdão unânime da 3ª Turma do TST - RR Rel. Juíza convocada Wilma Nogueira de A. Vaz da Silva - DJ de ) Nota Por meio da Resolução TST nº 129, de (DJU de ), o Egrégio Pleno do Tribunal Superior do Trabalho (TST), resolveu, por unanimidade, alterar a denominação dos verbetes de sua jurisprudência predominante de "Enunciado" para "Súmula", bem como, converter em Súmulas da jurisprudência daquela Corte ou incorporá-las às existentes, conforme a hipótese, várias das Orientações Jurisprudenciais da Subseção I da Seção Especializada em Dissídios Individuais, resultando na edição, na alteração ou no cancelamento de algumas Súmulas, cujos textos encontram-se no Anexo à citada Resolução.

12 12 de 21 09/08/ : Representantes dos empregados na Comissão de Conciliação Prévia Veda-se a dispensa dos representantes dos empregados, membros da Comissão de Conciliação Prévia, titulares e suplentes, até um ano após o final do mandato (que é de um ano, permitida uma recondução), salvo se cometerem falta grave, nos termos da lei. 11. Mulher em situação de violência doméstica e familiar Por força da Lei nº /2006 (DOU de ), foram criados mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher e entre as medidas de assistência e proteção asseguradas, foi determinado que, para preservar a integridade física e psicológica da mulher em situação de violência doméstica e familiar, o juiz lhe assegurará, entre outros, a manutenção do vínculo trabalhista por até 6 meses, quando for necessário o seu afastamento do local de trabalho. 12. Documento coletivo de trabalho Confere-se estabilidade no emprego ou no serviço quando referida estabilidade estiver prevista em documento coletivo de trabalho, regulamento interno da empresa ou no próprio contrato de trabalho. Entre as estabilidades concedidas por meio de documento coletivo de trabalho, as mais comuns são: a) gestante com prazo superior ao legalmente previsto; b) retorno de férias; c) proximidade de aposentadoria; d) retorno de afastamento por doença. Decisões TST "Agravo de instrumento - Recurso de revista - Estabilidade pré-aposentadoria - Reintegração - Invalidada a dispensa ocorrida em período estabilitário pré-aposentadoria, previsto em acordo coletivo, pois contatado em atestado e laudo médico distúrbios mentais da reclamante, impõe-se manter a reintegração determinada. Agravo de Instrumento a que se nega provimento." (TST - AIRR 87477/ a Turma - Rel. Juiz Conv. Ricardo Machado - DJU ) "Agravo de instrumento - Recurso de revista - Despedida obstativa - Caracterização - Incidência do artigo 129, do Código Civil de Tratam os autos de acordo coletivo, que confere garantia no emprego para os empregados que contarem com mais de 15 anos na empresa e que estejam a 3 anos ou menos para adquirir o direito à aposentadoria integral. In casu, o empregado fazia parte do plano AERUS de seguridade social, que concede aposentadoria àqueles que possuam no mínimo 58 anos. Nestes termos, o reclamante faria jus à estabilidade, prevista na mencionada norma coletiva, aos 55 anos, sendo despedido pela empresa, faltando apenas dois meses para completar tal idade. Assim, o exíguo tempo faltante para se implementar a cláusula coletiva, autoriza a conclusão de que o empregador agiu de forma maliciosa e tendente a impedir que o obreiro alcançasse a garantia no emprego, motivo pelo qual deve ser considerada obstativa a sua dispensa, por aplicação do artigo 129, do CC/2002. Ademais, a divergência trazida é obstada pela Súmula 296, item I, do C. TST, posto que inespecífica. Agravo de Instrumento a que se nega provimento." (TST - AIRR 90041/ Rel. Juiz Conv. Josenildo dos Santos Carvalho - DJU ) "Estabilidade garantida por norma coletiva. Inexistente motivo relevante para a dispensa do empregado, cabível a condenação da estabilidade prevista no dissídio coletivo da categoria." (Acórdão da 1a Turma do TRT da 6a R, por maioria de votos - RO 527/ Rel. Juiz Geraldo Costa - DJ PE , p 37) 13. Discriminação Veda-se a dispensa arbitrária ou sem justa causa do empregado por motivo de discriminação de sexo, origem, raça, cor, estado civil, situação familiar ou idade, ressalvadas, neste caso, as hipóteses de proteção ao menor, em que se

13 13 de 21 09/08/ :24 proíbe o trabalho noturno, perigoso ou insalubre aos que ainda não tenham completado 18 anos e qualquer trabalho a menores de 16 anos, salvo na condição de aprendiz. Decisões TST e TRT 9ª Região "Discriminação no trabalho - Rescisão contratual - Empregado portador do vírus HIV - Constatação - Reintegração no emprego - Reintegração. Empregado portador do vírus HIV. Dispensa discriminatória. 1. Caracteriza atitude discriminatória ato de Empresa que, a pretexto de motivação de ordem técnica, dispensa empregado portador do vírus HIV sem a ocorrência de justa causa e já ciente, à época, do estado de saúde em que se encontrava o empregado. 2. O repúdio à atitude discriminatória, objetivo fundamental da República Federativa do Brasil (art. 3o, inciso IV), e o próprio respeito à dignidade da pessoa humana, fundamento basilar do Estado Democrático de Direito (art. 1o, inciso III), sobrepõem-se à própria inexistência de dispositivo legal que assegure ao trabalhador portador do vírus HIV estabilidade no emprego. 3. Afronta aos arts. 1o, inciso III, 5o, caput e inciso II, e 7o, inciso I, da Constituição Federal não reconhecida na decisão de Turma do TST que conclui pela reintegração do Reclamante no emprego. 4. Embargos de que não se conhece." (TST - ERR / SBDI-1 - Rel. Min. João Oreste Dalazen - DJU pág. 544) "Reintegração - Despedida nula - Discriminação por idade. A 'usual' prática da reclamada de promover a despedida de funcionários por motivo de idade extrapola o poder potestativo do empregador e vai de encontro a parâmetros constitucionais refletidos nos artigos 5o, caput, e 7o, XXX. Sentença que se reforma para declarar a nulidade da despedida e determinar a reintegração ao emprego." (Acórdão unânime da 2a Turma do TRT da 9a Região - RO 16633/95 - Rel. Juiz Ricardo Sampaio - DJ PR , pág. 58) 14. O encerramento da empresa ou do estabelecimento e as estabilidades provisórias Uma questão que tem causado polêmica no direito trabalhista refere-se à estabilidade provisória dos empregados, em caso de encerramento das atividades da empresa ou do estabelecimento em que trabalham. Nesse aspecto, indaga-se se a empresa pode rescindir os contratos de trabalho dos empregados em gozo de estabilidade, sem o pagamento da indenização dos salários relativos ao período da estabilidade. As estabilidades provisórias legais (gestante, representante sindical, cipeiro etc.) adquiridas pelo empregado são consideradas circunstâncias impeditivas da rescisão contratual arbitrária ou sem justa causa. Assim, inexiste dispositivo legal expresso que trate da situação dos contratos de trabalho dos empregados com estabilidade provisória, quando ocorre a extinção da empresa ou do estabelecimento em que trabalhem. O que pode ocorrer é que aquela situação esteja prevista em documento coletivo de trabalho da respectiva categoria profissional, o que deverá ser cumprido pelas partes. Vale ressaltar que a Consolidação das Leis do Trabalho ( CLT, arts. 497, 498 e 501 ), estabelece apenas a situação do pagamento de indenização aos empregados que gozam de estabilidade decenal, ou seja, aqueles que já contavam com 10 ou mais anos de atividade na empresa, na condição de não optantes pelo Fundo de Garantia do Tempo de Serviço ( FGTS ), quando da promulgação da Constituição Federal/1988, determinando que, em caso de rescisão contratual em virtude de extinção da empresa ou de estabelecimento desta, sem a ocorrência de motivo de força maior, esses empregados terão direito à indenização em dobro. Na ocorrência de a extinção da empresa ou estabelecimento ter ocorrido por motivo de força maior, a indenização será paga de forma simples. Caso o empregado não tenha direito à estabilidade decenal (menos de 10 anos na empresa na condição de não optante) fará jus à indenização pela metade. No âmbito doutrinário verifica-se inexistir um posicionamento pacífico sobre a questão. Parte da doutrina sustenta o entendimento de que, ocorrendo a ruptura contratual em decorrência da extinção da empresa ou de um ou mais dos seus estabelecimentos, os empregados em gozo de estabilidade provisória não terão direito à indenização relativa ao período de estabilidade, uma vez que, nesta situação, não estaria ocorrendo uma dispensa arbitrária ou sem justo motivo. O contrato seria extinto por absoluta impossibilidade de se dar sua continuidade, em decorrência do desaparecimento de um dos pólos da relação empregatícia (empregador). Outra corrente doutrinária é favorável ao pagamento da indenização correspondente ao período da estabilidade, embasada no fato de que, excetuando a ocorrência de extinção da empresa ou de seu estabelecimento por motivo de força maior, o encerramento da atividade é ato volitivo do empregador ou conseqüência da ação deste. Portanto, a atividade da empresa poderá ser encerrada pelo desejo do empregador de não mais continuar o negócio, por má administração, por inviabilidade do negócio etc. Segundo esta corrente, todas as mencionadas hipóteses enquadram-se no conceito do ônus empresarial que deve ser assumido exclusivamente pelo empregador, não podendo ser transferido ao empregado, razão pela qual, ocorrendo a ruptura contratual, o pagamento da indenização será devido.

14 14 de 21 09/08/ :24 Ressaltamos, por oportuno, que a Consolidação das Leis do Trabalho ( CLT, art. 469, 2º) preceitua que "é lícita a transferência quando ocorrer extinção do estabelecimento em que trabalhar o empregado." Assim, o entendimento predominante no caso em que existam outros estabelecimentos da empresa, é no sentido de que, havendo empregados estáveis provisoriamente pela legislação (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes ( Cipa ), acidente de trabalho, dirigente sindical etc.), eles poderão normalmente, por ato do empregador, ser transferidos para outra unidade, filial ou setor da empresa. Por outro lado, em se tratando de estabelecimento único, dada a extinção total da empresa, predomina na jurisprudência trabalhista o entendimento de que é possível a rescisão contratual dos empregados detentores de estabilidade provisória de emprego, sendo devidas, nesta situação, as verbas correspondentes a uma dispensa sem justa causa, ou seja, saldo de salários, férias vencidas e proporcionais, acrescidas de 1/3 constitucional, 13º salário, indenização do tempo que faltar para o término da estabilidade provisória, período este que deverá ser projetado para efeito do cálculo de férias e 13º salário, aviso prévio e FGTS, mais 40% sobre o seu total. É oportuno mencionar a existência de algumas decisões judiciais no sentido de que a obrigação do pagamento dos salários perdura tão-somente até a data em que se verifica a extinção total do estabelecimento, não sendo, portanto, devida a indenização dos salários até o final do período compreendido pela estabilidade provisória de emprego. Diante da controvérsia relativa à indenização do período de estabilidade, salvo previsão em contrário constante do documento coletivo de trabalho da categoria profissional respectiva, caberá ao empregador, após prévia consulta ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e ao sindicato da categoria profissional de seus empregados, adotar o posicionamento que julgar mais acertado, cabendo à Justiça do Trabalho a decisão final, caso seja acionada. Havendo empregados afastados (acidente do trabalho, licença-maternidade, auxílio-doença etc.), vez que a empresa não deixará de ser extinta em função desses afastamentos, além dos requisitos acima, a empresa, quando da rescisão do contrato de trabalho, deverá comunicar ao empregado o motivo da rescisão contratual (extinção da empresa), convocando-o a comparecer ao ato homologatório, se for o caso, para receber e dar quitação das verbas devidas e, por medida de cautela, comunicar ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) a ocorrência do fato. Vale ressaltar que no caso da dispensa da gestante o 12 do art. 214 do Regulamento da Previdência Social (RPS), aprovado pelo Decreto nº 3.048/1999, estabelece que o valor pago à empregada gestante, inclusive doméstica, em função do disposto na alínea "b" do inciso II do art. 10 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) da Constituição Federal, integra o salário-de-contribuição, excluídos os casos de conversão em indenização previstos nos arts. 496 e 497 da CLT. Do exposto no parágrafo anterior depreende-se que, em casos de extinção da empresa, a indenização paga a gestante pela estabilidade prevista na Constituição Federal (parte relativa ao ADCT) não tem caráter de saláriode-contribuição; logo, não há que cogitar em aplicar sobre tal verba (indenização por estabilidade provisória da gestante) a incidência da contribuição previdenciária. Para melhor visualização do assunto tratado neste texto, apresentamos adiante as Súmulas do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e alguns acórdãos judiciais atinentes ao assunto. Para melhor visualização do assunto tratado neste texto, apresentamos adiante as Súmulas do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e alguns acórdãos judiciais atinentes ao assunto. a) Súmulas do TST "173. Salário. Empresa. Cessação de atividades Extinto, automaticamente, o vínculo empregatício com a cessação das atividades da empresa, os salários só são devidos até a data da extinção. Ex-prejulgado no 53. (RA 102/1982, DJ e DJ )" "339. CIPA. Suplente. Garantia de emprego. CF/1988. (incorporadas as Orientações Jurisprudenciais nºs 25 e 329 da SDI-1) - Res. 129/ DJ de 20, 22 e )... II - A estabilidade provisória do cipeiro não constitui vantagem pessoal, mas garantia para as atividades dos membros da CIPA, que somente tem razão de ser quando em atividade a empresa. Extinto o estabelecimento, não se verifica a despedida arbitrária, sendo impossível a reintegração e indevida a indenização do período estabilitário. (ex-oj nº DJ )" "369. Dirigente sindical. Estabilidade provisória. (conversão das Orientações Jurisprudenciais nºs 34, 35, 86, 145 e 266 da SDI-1) (Res. 129/ DJ de 20, 22 e )... IV - Havendo extinção da atividade empresarial no âmbito da base territorial do sindicato, não há razão para subsistir a estabilidade. (ex-oj nº 86 - Inserida em )

15 15 de 21 09/08/ :24... " b) acórdãos do TST Cipeiros "Agravo de instrumento em recurso de revista - Cipeiro - Extinção do estabelecimento - Reintegração indevida - A decisão recorrida está em consonância com a iterativa, notória e atual jurisprudência desta Corte, consubstanciada na Orientação jurisprudencial nº 329: A estabilidade provisória do cipeiro não constitui vantagem pessoal, mas garantia para as atividades dos membros da CIPA, que somente tem razão de ser quando em atividade a empresa. Extinto o estabelecimento, não se verifica a despedida arbitrária, sendo impossível a reintegração e indevida a indenização do período estabilitário. Agravo de instrumento desprovido." (TST - AIRR ª Turma - Rel. Juiz Conv. Vieira de Mello Filho - DJU ) "Membro da CIPA - Estabilidade provisória - Extinção da unidade da empresa - A garantia de emprego do trabalhador eleito membro da CIPA apenas obsta sua dispensa arbitrária ou sem justa causa. Havendo motivo de natureza técnica, econômica ou financeira, como a extinção do estabelecimento, é cabível a dispensa, não sendo devido qualquer ressarcimento pela frustração do restante do período estabilitário. A extinção das atividades no setor da empresa na qual prestava serviços o empregado detentor da estabilidade provisória faz cessar a causa ou o fato gerador da garantia de emprego, ficando afastada, via de conseqüência, a hipótese de indenização substitutiva. Recurso de revista provido." (TST - RR ª Turma - Rel. Min. Rider Nogueira de Brito - DJU ) "Estabilidade provisória - Cipeiro - Extinção do estabelecimento - Encontra-se consagrado nesta Corte, através da Orientação Jurisprudencial nº 329 da SDI-1 do TST, o entendimento de que a estabilidade provisória do cipeiro não constitui vantagem pessoal, mas garantia para as atividades dos membros da CIPA, que somente tem razão de ser quando em atividade a empresa. Extinto o estabelecimento, não se verifica a despedida arbitrária, sendo impossível a reintegração e indevida a indenização do período estabilitário. Acrescente-se a irrelevância de terem sido transferidos para outro estabelecimento 65% dos empregados, haja vista que o que infirma a estabilidade é a extinção do estabelecimento. Assim, não se vislumbra a ofensa legal e constitucional apontada, bem como encontra-se superada a assinalada divergência jurisprudencial, nos termos do Enunciado nº 333 do TST, erigido a pressuposto negativo de admissibilidade do recurso de revista. Recurso não conhecido." (TST - RR ª Turma - Rel. Min. Barros Levenhagen - DJU ) "Estabilidade provisória de membro da CIPA - Extinção da empresa - Consonância com entendimento pacífico do TST - Não-conhecimento dos embargos - Se o estabelecimento em que prestava serviços o reclamante vem a ser extinto, torna-se insubsistente a estabilidade de que era detentor em razão de integrar a CIPA, tendo em vista que deixa de existir o próprio fato gerador do direito em si. Exegese que se extrai da Orientação Jurisprudencial nº 329 da SBDI-1. Recurso de Embargos de que não se conhece." (TST - E-RR SBDI 1 - Rel. Min. João Batista Brito Pereira - DJU ) "Embargos - Estabilidade provisória - Membro da CIPA - Extinção do estabelecimento - A garantia de emprego prevista no artigo 165 da CLT e no artigo 10, inciso II, alínea a do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, não constitui uma vantagem pessoal que a Lei defere a um empregado, mas uma garantia que visa a proteção da atividade dos membros da CIPA, dirigindo-se a todos os seus integrantes, com o intuito de coibir a despedida arbitrária destes empregados. Quando a perda do emprego se dá por extinção da empresa, não fica caracterizada a despedida arbitrária, e fica impossibilitada a reintegração do empregado, já que não existem mais os serviços. Não há, por isso, fundamento para se condenar a empresa extinta a pagar os salários do período estabilitário. Recurso de Embargos desprovido." (TST - ERR SESBDI 1 - Rel. Min. Carlos Alberto Reis de Paula - DJU ) Acidentado no trabalho "Recurso de revista - Dispensa de empregado detentor da estabilidade conferida a acidentados - Extinção da empresa - Conversão do período de estabilidade em indenização - Na hipótese de encerramento das atividades do empregador, não há falar em direito do empregado detentor de estabilidade temporária, prevista no art. 118 da Lei nº 8.213/1991, à manutenção do contrato de trabalho e tampouco em conversão do período em indenização, porquanto não caracterizada a intenção obstativa à garantia de emprego. Recurso a que se dá provimento." (TST - RR ª Turma - Rel. Min. Gelson de Azevedo - DJU ) "Estabilidade provisória - Doença profissional - Impossibilidade de reintegração - Indenização - Impossibilitada a reintegração do empregado, face à extinção do estabelecimento, impõe-se a condenação ao pagamento de indenização referente aos salários dos meses em que ocorreria a dita estabilidade, ou seja, desde a data da dispensa até a data do encerramento das atividades da empresa, quando esvai-se a garantia de emprego. Recurso de revista não conhecido integralmente." (TST - RR ª Turma - Rel. Min. Conv. Horácio R. de Senna Pires - DJU ) "Estabilidade provisória - Doença - Fechamento do estabelecimento - Com a extinção da empresa, desaparece a prestação dos serviços e, conseqüentemente, o direito do empregado às vantagens decorrentes da estabilidade provisória, porquanto, a dispensa, no caso, não encontra obstáculo legal, porque não revelou impedimento ou fraude por parte do empregador e se reveste de motivo econômico. Portanto, não há que se falar na indenização por despedida injustificada, se o Reclamante recebeu os seus salários até a data da extinção do estabelecimento.

16 16 de 21 09/08/ :24 Recurso de Revista conhecido e provido." (TST - RR ª Turma - Relª Minª Conv. Deoclécia Amorelli Dias - DJU ) "Violação do art. 896 da CLT - Acidente de trabalho - Estabilidade provisória - Estabelecimento empresarial - Fechamento na localidade da prestação de serviços - O encerramento das atividades e o fechamento do estabelecimento empresarial na localidade em que trabalhava o empregado não implica extinção do seu contrato de trabalho se, no mesmo período, encontrava-se afastado do emprego em decorrência de acidente de trabalho. O contrato nesse período fica suspenso e, portanto, garantida a estabilidade provisória no emprego. Recurso de Embargos conhecido e não provido." (TST - ERR SBDI 1 - Rel. Min. José Luciano de Castilho Pereira - DJU ) "Recurso de revista - Dispensa de empregado detentor da estabilidade conferida a acidentados - Extinção da empresa - Conversão do período de estabilidade em indenização - Na hipótese de encerramento das atividades do empregador, não há falar em direito do empregado detentor de estabilidade temporária, prevista no art. 118 da Lei nº 8.213/1991, à manutenção do contrato de trabalho e tampouco em conversão do período em indenização, porquanto não caracterizada a intenção obstativa à garantia de emprego. Recurso a que se dá provimento." (TST - RR ª Turma - Rel. Min. Gelson de Azevedo - DJU ) "Estabilidade decorrente de acidente do trabalho - Fechamento do estabelecimento - Indenização devida - Risco do empreendimento e preservação da higidez do empregado - Imperiosa a conclusão de que, extinto o estabelecimento, em razão de sua inviabilidade econômica-financeira, os ônus são do empregador, que assume os riscos da atividade econômica (art. 2º da CLT ), inclusive no que se refere a obrigação de indenizar o empregado portador de estabilidade decorrente de acidente do trabalho, que não pode e nem deve ter restringidos ou extintos seus direitos, nos termos do que, igualmente, reza o art. 10 da CLT. A garantia de emprego assegurada pelo art. 118 da Lei nº 8.213/91 ao empregado acidentado no trabalho é personalíssima e visa obstar a sua discriminação em razão da ocorrência do infortúnio, assegurando-lhe a permanência no emprego por período necessário à sua total recuperação imprescindível para que possa continuar exercendo as suas funções. Recurso de revista não conhecido." (TST - RR ª Turma - Rel. Min. Milton de Moura França - DJU ) "Violação do art. 896 da CLT - Acidente de trabalho - Estabilidade provisória - Estabelecimento empresarial - Fechamento na localidade da prestação de serviços - O encerramento das atividades e o fechamento do estabelecimento empresarial na localidade em que trabalhava o empregado não implica extinção do seu contrato de trabalho se, no mesmo período, encontrava-se afastado do emprego em decorrência de acidente de trabalho. O contrato nesse período fica suspenso e, portanto, garantida a estabilidade provisória no emprego. Recurso de Embargos conhecido e não provido." (TST - ERR SBDI 1 - Rel. Min. José Luciano de Castilho Pereira - DJU ) "Estabilidade provisória - Acidente de trabalho - Fechamento de estabelecimento filial - Indenização substitutiva - 1. assegura-se ao empregado em gozo da estabilidade decorrente de acidente de trabalho a indenização substitutiva, em caso de fechamento de estabelecimento filial ou agência. interpretação teleológica do art. 118 da Lei nº 8.213/91 e aplicação analógica do art. 498 da CLT. 2. recurso de que se conhece e a que se nega provimento, no particular." (TST - RR ª Turma - Rel. Min. João Oreste Dalazen - DJU ) "Embargos - Estabilidade - Acidente de trabalho - Extinção do estabelecimento empresarial - A Orientação Jurisprudencial nº 230 da SBDI-1, ao elencar as duas condições para o empregado adquirir o direito à estabilidade provisória - afastamento do trabalho por prazo superior a 15 dias e conseqüente percepção do auxílio-doença acidentário, não fez nenhuma ressalva ao direito do trabalhador. Cumpridos os requisitos, a estabilidade ou a indenização correspondente deve ser assegurada, mesmo na hipótese de fechamento do estabelecimento. Embargos não conhecidos." (TST - ERR SBDI 1 - Relª Min. Maria Cristina Irigoyen Peduzzi - DJU ) Dirigente sindical "Recurso de revista - Empresa individual - Extinção - Morte do empregador - Dirigente sindical - Estabilidade - Insubsistência - A iterativa e notória jurisprudência da SBDI-1 há muito firmou o entendimento de não subsistir a estabilidade do dirigente sindical, em caso de extinção da atividade empresarial no âmbito da base territorial do sindicato (Orientação jurisprudencial nº 86). A conclusão de insubsistência da estabilidade do dirigente sindical, em razão do falecimento do empregador constituído em empresa individual, é a mesma, uma vez que o seu falecimento acarretou a extinção da empresa, conforme verificou o E. Tribunal Regional." (TST - RR ª Turma - Rel. Juiz Conv. Aloysio Corrêa da Veiga - DJU ) "Dirigente sindical - Estabilidade provisória - Cessação de atividade da empresa na localidade - O encerramento da atividade empresarial em determinado local, ainda que se cuide de empresa com atividade em diversas localidades, tem o mesmo efeito que a extinção de estabelecimento, em relação à garantia de estabilidade do dirigente sindical, que está diretamente ligado à defesa dos interesses coletivos da categoria. Em se tratando de sindicato com base territorial que alcance, por inteiro, o Estado da Federação, não implica exigir que o empregador ofereça ao dirigente sindical a faculdade de transferir-se para outro estabelecimento. Recurso de revista conhecido e provido." (TST - RR ª Turma - Rel. Juiz Conv. José Antônio Pancotti - DJU ) "Recurso ordinário em ação rescisória - Dirigente sindical - Extinção do estabelecimento - Fim da estabilidade - In casu, não se há falar em violação dos arts. 8º, VIII, da CF e 543, 3º da CLT, eis que, extinto o estabelecimento onde prestava serviços o Obreiro, cessa o fundamento que respalda a estabilidade conferida ao dirigente sindical, uma vez que esta não é uma garantia pessoal do empregado, mas, sim, uma prerrogativa da categoria para possibilitar o exercício da representação sindical. Desse modo, extinto o vínculo laboral com o

17 17 de 21 09/08/ :24 fechamento da empresa naquela localidade, não tem mais razão de existir a estabilidade (Inteligência da Orientação Jurisprudencial no 86 da SBDI-1)... Recurso Ordinário parcialmente provido." (TST - ROAR SBDI 2 - Rel. Min. José Simpliciano Fernandes - DJU ) "Estabilidade sindical - Extinção do estabelecimento - 1. Sobrevindo o fechamento do estabelecimento empresarial, o empregado dirigente sindical faz jus ao pagamento dos salários somente até a extinção, pois a garantia de emprego esvai-se com o encerramento das atividades da empresa. 2. Recurso de revista de que se conhece e a que se dá provimento." (TST - RR ª Turma - Rel. Min. João Oreste Dalazen - DJU ) "Estabilidade sindical - Extinção da empregadora - Indenização - Extinto o estabelecimento onde prestava serviços o empregado, cessa o fundamento que respalda a estabilidade conferida ao dirigente sindical uma vez que esta não é uma garantia pessoal do empregado, mas sim uma prerrogativa da categoria para possibilitar o exercício da representação sindical. Desse modo, extinto o vínculo laboral com o fechamento da empresa naquela localidade, não tem mais razão de existir a estabilidade. Assim sendo, o Reclamante não faz jus ao pagamento de indenização, mas apenas dos salários devidos até a data da extinção. Incidência do Enunciado nº 173 do TST e Orientação Jurisprudencial nº 86 da SBDI1 deste TST... Revista conhecida e provida parcialmente." (TST - RR ª Turma - Rel. Min. José Simpliciano Fernandes - DJU ) "Estabilidade sindical - Extinção do estabelecimento - A intenção do legislador, tanto o constituinte, como o ordinário, ao criar a garantia de emprego para o dirigente sindical, não foi garantir ao empregado um benefício pessoal, com a manutenção de seu emprego e salários, mas assegurar o livre exercício de seu mandato sindical, sem pressões ou ameaças. Assim, inexistindo qualquer arbitrariedade por parte da empresa no ato de dispensa do empregado detentor de mandato sindical, quando ocorre a extinção de um de seus estabelecimentos, não há que se falar em pagamento das verbas salariais até o término da garantia de emprego." (TST - RR ª Turma - Rel. Min. Conv. Aloysio Corrêa da Veiga - DJU ) "Ação rescisória - Violação literal de lei - Dirigente sindical - Extinção do estabelecimento - Indenização do período de garantia Viola o art. 498 da CLT acórdão que defere à empregada detentora de estabilidade sindical salários e vantagens decorrentes do vínculo de emprego, até o término do período de estabilidade, apesar do fechamento de agência do Banco na localidade. 2. Sobrevindo o fechamento do estabelecimento empresarial, o empregado dirigente sindical faz jus ao pagamento dos salários somente até a extinção, pois a garantia de emprego esvai-se com o encerramento das atividades da empresa. Orientação Jurisprudencial nº 86, da Eg. SBDI1. 3. Recurso ordinário do Requerente a que se dá parcial provimento." (TST - ROAR SBDI 2 - Rel. Min. João Oreste Dalazen - DJU ) "Estabilidade no emprego - Dirigente sindical - Extinção da empresa - Apesar de ter opinião pessoal de ser devida ao empregado a indenização substitutiva da garantia de emprego descumprida pelo empregador, com a extinção da empresa ou o fechamento do estabelecimento, a verdade é que esta Corte tem posição diametralmente oposta, conforme se infere do Verbete 86 da Orientação Jurisprudencial da SDI-I, no sentido de não subsistir estabilidade do dirigente sindical no caso de extinção da atividade empresarial no âmbito da base territorial do sindicato. Dele emerge incontrastável a tese majoritária de a extinção da empresa ou o fechamento do estabelecimento não ser óbice ao poder potestativo de resilição contratual, cujo exercício não acarreta para o empregador o pagamento de indenização compensatória da garantia de emprego, limitando-se o direito do empregado aos proverbiais títulos trabalhistas referentes ao contrato de trabalho resilido. Recurso conhecido e provido." (TST - RR ª Turma - Rel. Min. Antônio José de Barros Levenhagen - DJU ) "Estabilidade provisória - Dirigente sindical - Encerramento das atividades da empresa - No caso de encerramento das atividades da empresa, não subsiste a estabilidade do empregado dirigente sindical, razão pela qual é indevida qualquer indenização pelo período correspondente ao mandato extinto. Recurso de Revista não conhecido." (TST - RR ª Turma - Rel. Juiz Conv. Samuel Corrêa Leite - DJU ) "Estabilidade sindical - Extinção do estabelecimento - 1. Sobrevindo o fechamento do estabelecimento empresarial, o empregado dirigente sindical faz jus ao pagamento dos salários somente até a extinção, pois a garantia de emprego esvai-se com o encerramento das atividades da empresa. 2. Recurso de revista de que se conhece e a que se dá provimento." (TST - RR ª Turma - Rel. Min. João Oreste Dalazen - DJU ) "Ação rescisória - Estabilidade provisória - Extinção do estabelecimento da empresa - Decisão rescindenda em que se deferiu ao Reclamante o pagamento dos salários do período de estabilidade, em função do exercício de cargo de direção sindical, entendendo-se que a extinção do estabelecimento do empregador, sem comprovação de motivação de ordem técnica, econômica ou financeira, não o libera do pagamento de uma indenização compensatória. Inexistência de afronta à literalidade dos arts. 8º, VIII, da Constituição Federal e 543, 3º, da CLT. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. Consonância da decisão regional com a orientação traçada no Enunciado no 219 do TST. Recurso ordinário a que se nega provimento." (TST - ROAR SBDI 2 - Rel. Min. Gelson de Azevedo - DJU ) Gestante "Estabilidade da gestante - Extinção do estabelecimento - A empregada gestante tem jus à estabilidade de emprego conferida pelo art. 10, II, b, do ADCT, ainda que a despedida tenha ocorrido em virtude do fechamento da empresa, a qual assume os riscos da atividade econômica e com eles deve arcar em caso de perdas advindas do empreendimento, consoante o disposto no artigo 2º da CLT. Recurso conhecido e provido..." (TST - RR ª Turma - Rel. Min. Lélio Bentes Corrêa - DJU )

18 18 de 21 09/08/ :24 "Estabilidade provisória da gestante - Fechamento de estabelecimento da empresa - Dois e únicos são os pressupostos para que a empregada tenha assegurado seu direito ao emprego ou à reparação pecuniária: que esteja grávida e que sua dispensa não seja motivada por prática de falta funcional prevista no 482 da CLT. O escopo da garantia constitucional é, não só a proteção da gestante contra a dispensa arbitrária, por estar grávida, mas principalmente a tutela do nascituro. A interpretação teleológica do art. 10, II, b, do ADCT, conduz à conclusão de que, confirmada a gravidez durante o vínculo de emprego, nasce o direito da empregada à estabilidade provisória, com conseqüente restrição do direito de o empregador dispensá-la, salvo por justa causa. Nesse sentido, o fechamento do estabelecimento em que trabalha a empregada gestante não elide o direito à reparação pecuniária da estabilidade provisória interrompida. O art. 2º da CLT atribui ao empregador os riscos da atividade econômica, enquanto o 449 da CLT assegura a manutenção dos direitos decorrentes do contrato de trabalho, mesmo em caso de falência, concordata ou dissolução da empresa. Recurso de revista não provido." (TST - RR ª Turma - Rel. Min. Mílton de Moura França - DJU ) "Recurso de revista - Gestante - Estabilidade provisória - Extinção do estabelecimento - Malgrado a dispensa da empregada gestante não se caracterize como arbitrária, em face de a rescisão ter se operado por força da extinção do estabelecimento, tal fato, por si só, não tem o condão de afastar a incidência da hipótese do artigo 10, II, b, do ADCT, o qual enseja a indenização à gestante pelo período estabilitário, haja vista que a simples extinção do estabelecimento não pode impedir a aplicação de um direito previsto constitucionalmente de natureza pessoal, o qual visa à proteção do nascituro. Recurso conhecido e provido." (TST - RR ª Turma - Rel. Juiz Conv. André Luís Moraes de Oliveira - DJU ) "Garantia de emprego à gestante - Fechamento de empresa - Art. 10, inciso II, letra b, do ADCT - A empregada gestante faz jus à estabilidade de emprego conferida pelo art. 10, inciso II, alínea b, do ADCT, ainda que a despedida tenha ocorrido em virtude do fechamento da empresa, a qual assume os riscos da atividade econômica e com eles deve arcar em casos de perdas advindas do empreendimento, consoante o disposto no artigo 2º da CLT. O fato referente à recusa da empregada a transferir-se para a cidade de Criciúma não pode por si gerar prejuízos à gestante, em que pese não haver condições de mudar-se de localidade e afastar-se do apoio financeiro e afetivo de familiares, essenciais para uma gestação e recebimento de uma nova vida. Revista conhecida e provida." (TST - RR ª Turma - Rel. Min. Conv. Vieira de Mello Filho - DJU ) "Gestante - Estabilidade provisória - Fechamento de agência bancária - Imprevidência do empregador - Força maior não configurada - O encerramento parcial da atividade empresarial, com o fechamento de uma agência bancária, não acarreta a perda da garantia de emprego assegurada à gestante. O fechamento de uma, dentre inúmeras, agência do Banco não configura motivo de força maior, uma vez que a assunção dos riscos do negócio é inerente à figura do empregador no desempenho da sua atividade econômica, nos termos do art. 2º da CLT, especialmente levando em consideração que o Banco continuou existindo como pessoa jurídica, sujeitando-se aos riscos do empreendimento. Nesse passo, pode equiparar-se o encerramento parcial da atividade econômica à imprevidência patronal, motivo que afasta a alegação de força maior, nos termos do 1º do 501 da CLT. Cumpre observar que, em relação ao empregado dirigente sindical, esta Corte firmou sua jurisprudência no sentido de afastar o direito quando o estabelecimento fechado situa-se no âmbito da base territorial do sindicato, conforme diretriz abraçada pela Orientação Jurisprudencial nº 86 da SBDI-1 desta Corte. A estabilidade do empregado dirigente sindical é diferente da relativa à empregada gestante, embora ambos tenham adquirido estabilidade provisória por força de mandamento constitucional. A diferença reside no fato de a estabilidade do dirigente sindical estar ligada a representação da categoria naquela base territorial, enquanto que a da gestante independe da localidade em que a empregada irá prestar seus serviços. A garantia, para o dirigente sindical, é institucional, enquanto a da gestante é pessoal. Recurso conhecido e desprovido no particular, e provido quanto à correção monetária." (TST - RR ª Turma - Rel. Min. Ives Gandra Martins Filho - DJU ) "Gestante - Garantia de emprego - Fechamento de empresa - Art. 10, II, letra b, do ADCT - A empregada gestante faz jus à estabilidade de emprego conferida pelo art. 10, II, letra b, do ADCT, ainda que a despedida tenha ocorrido em virtude do fechamento da empresa, por se tratar, no caso, de uma garantia visando a não privar a gestante da conservação de um emprego que é vital para o nascituro, já que o salário percebido será utilizado em favor da subsistência e nutrição deste." (TST - RR / ª Turma - Rel. Min. Vantuil Abdala - DJU ) "Estabilidade provisória à gestante - Fechamento da empresa - Indenização correspondente ao período estabilitário - Embora não se considere arbitrária nem discriminatória a dispensa de empregada gestante na hipótese de fechamento da empresa, tem-se que lhe é devida a indenização correspondente ao período estabilitário, uma vez que o objetivo dessa estabilidade é assegurar a sua sobrevivência e a de seu filho, já que nessa condição será bastante difícil obter um novo emprego. Recurso de Revista a que se nega provimento." (TST - RR ª Turma - Rel. Min. Rider Nogueira de Brito - DJU ) 15. Pedido de demissão de empregado em gozo de estabilidade provisória Muitas empresas têm dúvidas sobre a legalidade de se proceder a rescisão contratual a pedido do empregado que se encontra em gozo de estabilidade provisória. A questão é saber se o trabalhador em questão pode renunciar à garantia que legalmente lhe é concedida.

19 19 de 21 09/08/ :24 O que a lei assegura ao trabalhador quando lhe confere o direito à estabilidade provisória é a garantia de que o seu contrato de trabalho será protegido contra a dispensa imotivada promovida pelo empregador. Em outras palavras, ao conferir a garantia provisória de manutenção do vínculo empregatício, a lei limita o poder de mando do empregador ao proibir que este, por iniciativa própria e sem fins justificados, proceda à ruptura do contrato de trabalho do empregado beneficiado pela garantia. Dessa forma, o trabalhador legalmente estável não pode ser dispensado do seu emprego, salvo no caso de justa causa devidamente comprovada. Quando a estabilidade provisória é concedida por força de documento coletivo de trabalho (acordo, convenção ou sentença normativa) é comum à cláusula instituidora da garantia permitir a conversão do período de estabilidade em indenização, situação em que o contrato de trabalho poderá ser rompido desde que o empregador além das verbas rescisórias normais pague, a título de indenização, o período de estabilidade, o que não ocorre com as estabilidades legais, as quais vedam a ruptura contratual e não permitem a transação da garantia em indenização. A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) determina em seu art. 500 que o pedido de demissão do empregado estável só será válido quando feito com a assistência do respectivo sindicato e, se não o houver, perante a autoridade local competente do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) ou da Justiça do Trabalho. Ante todo o exposto, uma vez atendidos os dispositivos legais anteriormente mencionados e, ainda, considerando ser a estabilidade uma limitação ao poder de ação do empregador e não do empregado e, ainda, dada à inexistência de qualquer dispositivo legal, vedando em qualquer circunstância o pedido de demissão, mesmo porque não haveria como obrigar o empregado a manter um contrato que não mais lhe interessa, entendemos que o trabalhador em gozo de estabilidade provisória pode romper por sua livre iniciativa o contrato de trabalho, renunciando, por conseqüência, à garantia que lhe foi conferida por lei ou pelo documento coletivo de trabalho. Para que posteriormente não haja a alegação de que a renúncia à garantia de emprego se deu por coação, poderá o empregador exigir a emissão do pedido de demissão de próprio punho, no qual o trabalhador deixe claro que o faz de livre e espontânea vontade, estando ciente de que o pedido em questão configura a renúncia à estabilidade. Reproduzimos a seguir algumas decisões judiciais acerca do tema. Agravo de instrumento - Recurso de revista - Gestante - Pedido de demissão - Estabilidade provisória indevida - Matéria fática - Decisão denegatória - Manutenção - O art. 10, II, "b", do ADCT veda a dispensa arbitrária ou sem justa causa da empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto, sem exigir o preenchimento de nenhum outro requisito que não a própria condição de gestante. A par disso, a estabilidade provisória assegurada à empregada gestante prescinde da comunicação da gravidez ao empregador, uma vez que a lei objetiva a proteção do emprego contra a resilição unilateral do contrato de trabalho, impedindo que a gravidez constitua causa de discriminação. Na hipótese, o Regional, diante do contexto-fático probatório examinado (oral e documental), consignou a Reclamante pediu demissão e que não restou comprovado qualquer vício de consentimento capaz de invalidar o seu ato. Assim, somente pelo reexame do conjunto fático-probatório seria possível decidir em sentido contrário - O que, contudo, é vedado nesta instância recursal. Inteligência da Súmula 126/TST. Decisão denegatória que se matem. Agravo de instrumento desprovido. (TST - AIRR 2194/ Rel. Min. Mauricio Godinho Delgado - DJ-e , pág. 1155) [?] Membro Cipa - Estabilidade - Quando as razões de recurso vão além do que consta na decisão recorrida, temse como ausente o devido prequestionamento do tema. Na hipótese, a decisão regional consignou que o pedido de demissão, formulado pelo autor, se deu de forma legal, segundo documento juntado aos autos, sendo impertinente a discussão acerca da estabilidade de cipeiro, não se inferindo da fundamentação da decisão recorrida a abordagem sob o prisma da necessidade, quando do pedido de demissão pelo autor, da anuência das entidades mencionadas no art. 500 do CLT. Recurso de revista não conhecido. (TST - RR 8193/ Rel. Min. Luiz Philippe Vieira de Mello Filho - DJ-e , pág. 498) Estabilidade provisória da gestante - Pedido de demissão destituído de validade - Aplicação do artigo 500 da CLT - Em se tratando de empregada gestante, detentora de estabilidade provisória, a validade do pedido de demissão está condicionada à assistência do respectivo Sindicato ou da autoridade do Ministério do Trabalho, nos termos do artigo 500 da CLT. Este dispositivo legal prevalece inclusive nas hipóteses de estabilidade provisória, com a finalidade de resguardar a aplicação da legislação trabalhista e os direitos da trabalhadora. Assim, é dispensável a prova de coação e vício de consentimento do referido ato, mesmo que firmado de próprio punho pela obreira, porquanto imprescindível a assistência legal, garantindo-se à empregada a plena ciência das consequências do ato. Logo, o pedido de demissão formulado é nulo de pleno direito, nos termos dos artigos 9º e 500, da CLT c/c artigos 104, inciso III, e 166, inciso IV, do CCB, aplicáveis à espécie por força do artigo 8º Consolidado. (TRT-3ª Região - RO 485/ Rela Desa Deoclécia Amorelli Dias - DJ-e , pág. 121) Doença equiparada a acidente do trabalho - Direito à estabilidade provisória - Pedido de demissão - Renúncia - Validade - O pedido de demissão de empregador detentor da estabilidade acidentária, por implicar em renúncia do direito à estabilidade provisória (art. 118 da Lei 8.213/91 ) só é válida mediante assistência do sindicato da categoria, sobretudo quando se tratar de empregado com mais de um ano de casa. Aplicação do disposto nos art. 477, 1º, e 500, ambos da CLT. No caso dos autos, ficou demons trado não ter sido o reclamante assistido pelo sindicato da categoria no momento em que subscreveu o pedido de demissão, comprovando-se também que após formalizar tal pedido o reclamante enviou telegrama à reclamada comunicando sua retratação ao seu pedido de desligamento. Neste contexto, não se pode validar o pedido de demissão, tornando devida a indenização substitutiva da estabilidade acidentária. (TRT-3ª Região - RO 411/ Rela Juíza Conv. Maristela

20 20 de 21 09/08/ :24 Iris S. Malheiros - DJ-e , pág. 90) Empregada gestante - Pedido de demissão renúncia à estabilidade provisória no emprego - À empregada grávida que se demite espontaneamente do emprego não há como assegurar a estabilidade provisória disciplinada no art. 10, II, "b", do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. (TRT-3ª Região - RO 492/ Rel. Des. Marcus Moura Ferreira - DJ-e , pág. 127) Estabilidade provisória da gestante - Pedido de demissão - A estabilidade provisória da gestante somente protege a trabalhadora da dispensa arbitrária ou sem justa causa, nos termos do art. 10, inciso II, alínea "b", do ADCT da Constituição da República. Tendo a autora pedido demissão, não tem direito à referida estabilidade, tampouco à indenização decorrente do desrespeito ao referido dispositivo legal. (TRT-4ª Região - RO ª Turma - Rel. Juiz Conv. Clóvis Fernando Schuch Santos - DJ-e ) Estabilidade provisória - Empregada gestante - Renúncia à estabilidade por pedido de demissão - Inexistência de prova de suposto vício de consentimento - Validade - A presunção de coação ou vício de consentimento que decorre da renúncia gratuita, pura e simples, da estabilidade provisória, formalizada por pedido de demissão, não prescinde de prova para sua caracterização. Empregada que sustenta a nulidade do ato por intermédio do qual denuncia o contrato de trabalho ao argumento de titularizar estabilidade provisória de gestante, não tem em seu proveito presunção de vício de consentimento a macular o ato, o qual deve restar devidamente provado. (TRT-4a Região - RO ª Turma - Rel. Des. Milton Varela Dutra - DJ-e ) Estabilidade provisória - Acidente de trabalho - Transação - Pedido de demissão formulado pelo reclamante - Se o empregado, ciente da condição de detentor de estabilidade em virtude de acidente de trabalho, propõe a sua rescisão contratual, mediante acordo que lhe assegura vantagens que não auferiria na hipótese de demissão a pedido (dentre elas 50% da indenização a que teria jus, nos termos do art. 118 da Lei nº 8.213/1991 ), dúvida não há acerca da sua intenção de transacionar o direito que lhe foi conferido de permanecer no emprego. Saliente-se que, na presente hipótese, não restou demonstrado qualquer vício de consentimento capaz de invalidar a transação, sendo certo, ainda, que houve participação do sindicato no ato da rescisão contratual. Recurso a que se nega provimento. (TST - RR / ª Turma - Rel. Min. Lelio Bentes Corrêa - DJU ) Estabilidade provisória - Extinção do contrato por iniciativa do empregado - O art. 118 da Lei nº 8.213/91 garante o emprego do trabalhador acidentado por 12 meses, após a cessação do auxílio-doença acidentário. Se neste período o vínculo de emprego se extinguiu por iniciativa do empregado, sem a comprovação de coação ou vício na manifestação de vontade, a iniciativa implica na renúncia tácita à estabilidade. (Acórdão unânime da 7ª Turma do TRT da 3ª Região - RO 7.912/02 - Rela Juíza Wilméia da Costa Benevides - DJ MG , pág. 14) Observe-se que, apesar do posicionamento adotado pelo Conselho Técnico da IOB, tendo em vista a possibilidade de entendimento diverso, o empregador deverá acautelar-se diante da ocorrência concreta da situação ora retratada, podendo, por medida preventiva, consultar o MTE ou, ainda, o sindicato da respectiva categoria profissional acerca da questão, e lembrar que caberá à Justiça do Trabalho a decisão final caso seja proposta ação nesse sentido. Nota A informação publicada neste tópico traz o entendimento do Conselho Técnico IOB, que leva em consideração os posicionamentos adotados pela doutrina e pela jurisprudência, quando for o caso. ( Constituição Federal/1988, art. 8º, inciso VIII; CLT, arts. 497, 498, 500, 501, 502, 543 e 625-B ; Lei nº /2006, art. 9º, 2º, inciso II; Lei nº 8.213/1991, arts. 3º, 7º e art. 118 ; Lei nº 8.036/1990, art. 3º, 9º e art. 14 ; e Súmulas TST nºs 173, 339 e 369 do Tribunal Superior do Trabalho) Legislação Referenciada Ato das Disposições Constitucionais Transitórias Constituição Federal/1988 Regulamento da Previdência Social Consolidação das Leis do Trabalho Instrução Normativa SRT nº 15/2010 CCB Lei nº /2006 Lei nº /2006

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