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1 ISSN Ano V I Nº 21 Ago/Out

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3 Ago/Out Editorial PENSAR CONTÁBIL: UMA REFERÊNCIA A, com seis anos de existência, vem procurando cumprir a sua missão de propiciar aos pesquisadores e profissionais contábeis a produção de artigos que contribuam como fonte de conhecimentos para os contabilistas e a uma gama significativa de estudantes dos cursos de graduação e de pós-graduação (lato e strictu senso). A revista técnica do Conselho Regional de Contabilidade do Estado do Rio de Janeiro era um sonho antigo que conseguiu se tornar real a partir do primeiro mandato do contador Carlos de La Rocque, em A tem uma característica diferenciada em relação às demais revistas congêneres, já que uma parte de sua edição, normalmente, destina-se a publicação de artigos genéricos, que contribuam para o aprimoramento cultural do seu leitor. São artigos desenvolvidos a partir das demais ciências sociais, como economia, sociologia, antropologia etc. Em nossa modesta avaliação a revista vem crescendo em conteúdo e já se tornou uma referência de consulta no mundo acadêmico pelo número significativo de novos assinantes que a procuram. Para que aprimoremos o estágio atual, é necessário que tenhamos uma quantidade maior de artigos e para tornar a revista mais diversificada. A não possui patrocinadores, quem arca com todos os custos é o CRC-RJ, fato que impede sua edição mensal. Entretanto, o nosso compromisso com a sociedade, ao colocarmos em circulação a, é superior a qualquer dificuldade de ordem financeira. Aproveitem esta edição que está bem diversificada e com artigos muito bem elaborados. Antonio Miguel Fernandes Vice-presidente de Desenvolvimento Profissional Índice PETRÓLEO E GÁS: RESULTADOS E AMBIGUIDADES... 4 Leonardo Cezar Rocha Neves O PERFIL DO PROFISSIONAL CONTÁBIL NO CONTEXTO DAS NOVAS TECNOLOGIAS... 7 Carlos Eduardo Barros Leite Fernando de Oliveira Santoro NORMATIZAÇÃO CONTÁBIL INTERNACIONAL EM NOVOS RUMOS Antônio Lopes de Sá UMA INICIAÇÃO A COMPARAÇÃO DAS PRÁTICAS CONTÁBEIS INTERNACIONAIS (IAS), AMERICANAS (EUA) E BRASILEIRAS (BR) Kene Cristina Pereira EVIDENCIAÇÃO DO VALOR DA MARCA Josué Vieira dos Santos A REDUÇÃO DOS CUSTOS DE UMA EMPRESA INDUSTRIAL ALICERÇADA NO GERENCIAMENTO DE PROCESSOS Marco Aurélio Batista de Sousa Fabiano Maury Raupp Ilse Maria Beuren O CASO DAS EMPRESAS JUNIORES DO ESTADO DE MINAS GERAIS - TRANSFORMANDO O TEMPO EM QUALIDADE DE VIDA Denise Carneiro dos Reis Bernardo Geová José Madeira EVIDÊNCIAS DAS PARTIDAS DOBRADAS ATRAVÉS DA MATEMÁTICA NA MESOPOTÂMIA Elizabete Marinho Serra Negra Uma publicação do Expediente ISSN CONSELHO DIRETOR Presidente: Nelson Monteiro da Rocha Vice-Presidente de Desenvolvimento Profissional: Antonio Miguel Fernandes Vice-Presidente de Administração e Finanças: Diva Maria de Oliveira Gesualdi Vice-Presidente de Fiscalização do Exercício Profissional: Vitória Maria da Silva Vice-Presidente de Registro: Carlos de La Rocque Vice-Presidente de Controle Interno: Paulo Cesar de Castro Vice-Presidente de Interior: Cezar Stagi CONSELHO EDITORIAL Coordenador: Antonio Miguel Fernandes Conselheiro Jorge Ribeiro dos Passos Rosa Conselheiro Josir Simeone Conselheiro Walter Conceição Conselheiro Waldir Ladeira Editora: Rosa Helena Martire (MT 21405) Projeto Gráfico: W&C- Comunicação Diagramação: Adriano Antunes dos Santos Revisão: Claudia Stivelman Estagiário: Marcelo Bernardo Pereira CONSELHO REGIONAL DECONTABILIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Praça Pio X, 78-6º, 8º e 10º andares Rio de Janeiro - RJ - CEP Tel. (21) Fax (21) Home Page: (envio de artigos): pensarcontabil@crcrj.org.br (assinatura): cursos@crcrj.org.br 3

4 Ago/Out PETRÓLEO E GÁS: RESULTADOS E AMBIGUIDADES Leonardo Cezar Rocha Neves Mestre em Engenharia de Produção pela COPPE/UFRJ. Economista pela UCAM e professor-titular da Universidade Candido Mendes, Ex- economista Petrobrás 1 INTRODUÇÃO No momento em que forte ameaça repousa sobre as reservas de petróleo e gás do Estado iraquiano e páira sobre a Venezuela, em menor escala, um processo de estilo semelhante, julgamos oportuno considerar alguns resultados e ambiguidades instaladas no plano doméstico. A mudança institucional da Lei do Petróleo, que quebra o monopólio da Petrobrás, trouxe importantes implicações para a dinâmica do sistema setorial brasileiro da indústria do petróleo. Óbviamente, são inegáveis as implicações positivas dos resultados na exploração e produção de óleo e gás e seus reflexos no crescimento do PIB e do emprego. O capítulo segundo analisa o caráter ambíguo da imprensa ao veícular enfáticamente os resultados positivos da indústria do petróleo. Se por um lado, estas notícias servem para informar aos leitores sobre os avanços e conquistas do setor. Por outro, atendem subrepticiamente aos propósitos dos que advogam a desregulamentação e o controle total do setor pelo mercado. Relativamente ao capítulo terceiro são apresentados os aspectos decorrentes da ação continuada da Lei 9.478/97 que trata da quebra do monopólio do petróleo (FURTADO.A T ) Curiosamente, um desses aspectos merece destaque por se tratar do grande contingente de técnicos de nível médio e superior que entrou no país, bloqueando o trabalho dos nacionais. O capítulo ressalta ainda, em estilo de denuncia a necessidade de reformulação do artigo 26 da citada lei que dá aos concessionários a propriedade do petróleo e gás descobertos no país, contrariando o precito constitucional 2 ALGO MAIS QUE RESULTADOS EXITOSOS Os expressivos resultados apresentados pelo setor petróleo e gás, no período pós monopólio, são inegáveis e consequentemente tem merecido grande destaque da imprensa. Há pelo menos, dois lados da natureza dos resultados, um lado, diretamente relacionado a pesquisa exploratória com a descoberta de novos campos e crescente produção de petróleo e gás. Um outro lado igualmente importante está relacionado aos reflexos no crescimento do PIB nacional e geração de empregos. Conquanto seja espetacular crescimento do setor, motivo de esperança e prosperidade econômica para o país, seus exitosos números tem servido a algo mais. Isto é, a múltiplos propósitos que transcendem a esfera doméstica e ao senso comum. 2.1 PETRÓLEO, PIB E EMPREGO De fato, o segmento que mais cresceu foi o de exploração e produção de petróleo e gás. Em 1997 a atividade respondia por 18,3% do PIB do petróleo que era de R$ 20,0 bilhões. Já em 2000este percentual subiu para 38,4 % de um total de R$ 52,6 bilhões, este crescimento segundo Giovani Machado está relacionado a nova regulamentação do setor. Nesse período a Petrobrás incrementou seus investimentos em exploração de R$ 3,4 bilhões (1997) para R$ 5,3 bilhões (2000). A produção nacional de petróleo da Estatal passou de 669 mil bpd (1997) para 1,3 milhão(2000). De 1999 até o ano passado a Agência Nacional do Petróleo, ANP,realizou três leilões públicos ou seja, rodadas de licitações para a exploração de petróleo em diversos blocos do país., quando foram assinados 67 contratos de concessão.em junho próximo a Agência realizará a quarta rodada, concedendo 54 novas áreasainda não pesquisadas. Nos quatro primeiros anos depois do fim do monopólio ( 1997 e 2000 ) a indústria do petróleo dobrou a sua participação no PIB nacional. Um estudo elaborado pela ANP, constatou que a contribuição do setor petróleo para o PIB,sem contar a participação dos impostos, passou de 2,7% em 1997 para 5,4% em Ele destaca que o petróleo já é hoje um dos mais importantes para para a formação do PIB. Para efeito de comparação a agropecuária pesa 7,7%, a construção civil pesa 9,1%, o setor automobilistico 4,1% e o siderurgico 2,5%. ( Ordoñez R. e França,M. 2002) Relativamente ao mercado de trabalho segundo as estimativas da Organização Nacinal da Industria do Petróleo(ONIP), para cada US$1 bilhão investido no setor de petróleo e gás, serão gerados outro US$ 1,180 bilhões na economia e 37 mil empregos. Hoje o 4

5 Ago/Out número de empregados no setor é de 500 mil e o volume de investimento previsto para o setor nos próximos quatro anos é de US $ 35 bilhões e absorverá 100% do pessoal em diferentes funções, principalmente nas especialidades de engenharia naval,química, mecânica,metalurgica e de minas. (Fernandes,E., 2003) Por outro lado o fundo de pensão Petros, instituição de previdência privada dos empregados da Petrobrás investe em projetos de diversos setores de infra-estrutura, e no setor de petróleo aplicou seus recursos em..infra-estrutura ( mais de R$ 1 bilhão ) nos últimos três anos criaram mais de 100 mil empregos empregos diretos e empregos indiretos respectivamente nos campos de Marlim, Albacora e Nova Marlim ( Jornal da Petros,2002) 3 FALÁCIAS E AMBIGUIDADES A Lei 9478/97 estabeleceu novas diretrizes políticas e regulatórias para todos os operadores, inclusive a estatal Petrobras, no mercado brasileiro de petróleo e gás. Em decorrência as grandes companhias internacionais e algumas nacionais passaram a operar, explorar o subsolo brasileiro, notadamente nas áreas offshore. Nessa fase pós monopólio em que inúmras empresas alocaram recursos,investindo na pesquisa exploratória, perfuração de poços e produção de óleo e gás, um certo contingente de mão de-obra foi incorporado ao mercado de trabalho, tal contingente,tem sido destacado,em termos numérico,de modo espetacular na imprensa. Neste sentido, admite-se que veiculação desse fato pela imprensa tenha com objetivo fortalecer a lógica de validação do sistema pós monopólio : se o país convive com uma taxa de desemprego em torno de 20% e se o sistema pós monopólio está empregando um grande número de pessoas, então, a sociedade poderá fazer opção pelo sistema que contribui para aliviar o desemprego e tal opção logicamente deve ser preservada e acolhida. Está implícito a percepção de que a lógica da imprensa é de induzir a sociedade a dar anuência e creditar como verdadeira a única opção, a do sistema pós monopólio do petróleo. 4.1 A VULNERABILIDADE EM NÚMEROS No período pós monopólio, inúmeros atores de diferentes procedências e inconfessáveis propòsitos passaram a agir e desempenhar pápeis considerados estratégicos para o fortalecimento e consolidação de suas posições no setor petrolífero nacional com vínculos no mercado internacional. Em consequência foram sendo incorporados diferentes fatores que contribuiram para aumentar significativamente a vulnerabilidade do Estado. Neste sentido é essencial observar algumas decisões do poder executivo: o Ministério do Trabalho autorizou,em 2001, o ingresso de profissionais estrangeiros no país. O Número é quase quatro vezes maior do que o registrado em 1998, quando o mercado de petróleo foi aberto e as empresas importaram trabalhadores. O mais constante é o fluxo de entrada de dirigentes de empresas petrolíferas : de 1997 até 2001, foram ( SIQUEIRA,F., 2002 ). Por outro lado é também didático, observar-se a atuação dos atores internacionais. Os Estados Unidos,Japão e União Européia estão pressionando o Brasil para que haja abertura de mercado de trabalho para seus executivos e técnicos atuarem no Brasil nos setores de telecomunicações, energia e bancos. Dados do Partido dos trabalhadores apontam que 7 mil estrangeiros foram contratados por empresas apenas entre os anos de 1998 e ( AEPET, 2002). Ainda que um quadro carregados de incertezas se faça notar, é oportuno mensionar a iniciativa de mobilzação de um grupo de especialistas para discutir num forum específico questões dos destinos das reservas e da propriedade do óleo e gás natural do país. Os pontos apresentados foram os seguintes: - Reorientar a ANP,de acordo com a nova política do governo para o segmento petróleo, para eliminar o tratamento diferanciado e negativo, até aqui recebido pela Petrobras. - Paralizar os processos de licitação de novas áreas de concessão exploratórias, para rever e adequar às novas políticas do setor a serem definidas no novo governo pelo Conselho Nacional de Política Energética CNPE. - Uniformizar os prazos dados a Petrobrás para os programas exploratórios e inicio de produção das concessões. (Forum a Nova Petrobras, 2002) Criar grupos de trabalho para rever a lei 9.478/97 para adequá-la aos interesses nacionais, principalmente no artigo 26 que dá ao concessionárioa propriedade do petróleo e gás descobertos,o que contraria o monopólio constitucional. ( Forum a Nova Petrobrás,2002) Relativamente ao artigo 60 da citada lei,também deve ser suprimido, pois a sua pemanência neste diploma legal coloca em risco o abastecimento e a segurança nacional. O citado artigo permite a exportação do petróleo pela empresa produtora, inclusive as multinacionais. Assim sendo, numa situação de emergência de abastecimento, o governo de seu país de origem certamente vai pressioná-la para que o petróleo prospectado seja enviado a sua matriz. E se o governo se dispuser a pagar o preço do mercado internacional dificilmente teria argumentos para forçar a empresea que detém o óleo a vendê-lo no Brasil. 5 - CONCLUSÕES Os resultados alcançados pelo setor petróleo na atual fase, possivelmente tem sido usado pelos meios de comunicação para fortalecer a consciência de livre mercado. De igual modo,admite-se que os reflexos positivos do petróleo e gás no PIB e na geração do emprego têem sido acolhidos acriticamente por expressivos segmentos da sociedade. É evidente a mobilzação de alguns atores institucionais para evitar a transferência de propriedade do petróleo nacional para grupos fora do país. Possivelmente o perigo de esgotamento das reservas provadas de petróleo e gás natural em menor prazo esteja associado ao processo de financeirização da economia mundial. Percebe-se com clareza a pressa com que as licitações de novos blocos geológicos tem sido realizados. Há evidências da exclusão da mãode obra nacional e inclusão de grande contingente de trabalhadores estrangeiros. 5

6 Ago/Out REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS (1) ASSAYAG,M. Desafios de Águas Profundas Rio de Janeiro:Revista petrobrás, ano 8, nº 80, jul / 2002, p.17 (2) Associação dos Engenheiros da Petrobras, AEPET, Pressão por Trabalho,Rio de Janeiro: Nº254, p.4, nov./02. (3) Forum a Nova Petrobrás, 11.12, e21/11/2002,salvador,ba., p.7 (4) FURTADO, A.T. Mudança Institucional e Inovação na Indústria Brasileira de Petróleo.Rio de Janeiro:Revista Brasileira de Energia, Vol. 9, nº1, p.9, SBPE, (5) Jornal da Petros, 100 mil Empregos, Rio de Janeiro: Informativo da Fundação Petrobrás de Seguridade Social, Ano XII, Nº 11, nov./2002,p.5. (6) METRI,P. Guerras pelo Petróleo Marcam a História Recente Porto Alegre: Forum Social Mundial,jan./ 2001, p.11 (7) ORDOÑEZ, R., FRANÇA, M., O Petróleo o Combustível do PIB,Rio de Janeiro: O Globo, 24/03/2002, p.37. (8) SIQUEIRA, F. Invasão Estrangeira, Rio de Janeiro : Associação dos Engenheiros da Petrobrás, AEPET,nº246, 10/07/ 2002, p.4. * Mestre em Engenharia de Produção pela COPPE/UFRJ. Economista pela UCAM e professor-titular da Universidade Candido Mendes, Ex- economista Petrobrás Anuncie aqui! Verifique os valores dos nossos anúncios. Divulgue seus serviços, produtos ou empresa. Ligue: (21)

7 Ago/Out O PERFIL DO PROFISSIONAL CONTÁBIL NO CONTEXTO DAS NOVAS TECNOLOGIAS 1 - Introdução O desenvolvimento econômico de uma nação, bem como o poder competitivo de suas empresas, possuem forte correlação com o estágio tecnológico de um País. Na sociedade contemporânea, as principais atividades organizacionais são realizadas por profissionais com habilidades em computação, impondo aos que almejam melhor colocação no mercado de trabalho conhecimentos em informática. Neste ambiente, o profissional que não detiver noções básicas de computação estará fadado a desenvolver atividades com reduzido valor agregado para a economia. Tal fato está contribuindo, sobremaneira, para o agravamento das desigualdades sociais, visto que a maior parte da população brasileira encontra uma série de dificuldades no que se refere a utilização e ao aprendizado dos recursos proporcionados pela Informática. A revolução tecnológica, intensificada desde os meados do século passado, vem modificando, praticamente, todos os setores da sociedade. A contabilidade, como ciência social, também tem sido afetada por tal avanço. O expressivo progresso da Informática influiu de forma inquestionável nos domínios da Contabilidade. Quem analisa hoje, por exemplo, um sistema de informação em rede pode ter idéia de quanto se modificou a tradicional forma de processar tarefas contábeis. (Sá, 1998, p. 38). Para que a Ciência possa atender ao seu principal objetivo 1, em tempo hábil e com eficiência, torna-se imprescindível que os seus profissionais estejam aptos a utilizar, de forma eficiente, os recursos computacionais em sua prática cotidiana. Na era do conhecimento 2, os agentes econômicos valorizam os indivíduos que detenham características empreendedoras, multidisciplinares e pró-ativas. Assim sendo, para que classe contábil possa fornecer serviços de alta qualidade para uma sociedade, com tamanha exigência, é necessário que o contador se adapte às novas tecnologias e que usufrua dos seus benefícios. Carlos Eduardo Barros Leite Fernando de Oliveira Santoro Mestre em Ciências Contábeis na UERJ com especialização na área de Auditoria e Educação Mestrando em Ciências Contábeis pela UERJ Este artigo tem como finalidade analisar o estágio atual de desenvolvimento tecnológico do país e as principais conseqüências deste processo para o aperfeiçoamento da classe contábil. Paralelamente a isto, será estudada, também, a importância da Informática para o aprimoramento dos serviços prestados pelos profissionais da área contábil. 2 - A Importância do Conhecimento na Sociedade Contemporânea Na atualidade, a geração de conhecimento e tecnologia são fatores relevantes na produção da riqueza de uma nação. É por meio deles que um país atinge níveis sócio-econômicos mais elevados. No século XXI o poder e a riqueza das nações será derivado do saber. Um país que não leva em consideração esta questão está fadado a participar do comércio internacional apenas de forma marginal, eventualmente exportando commodities agrícolas, que estarão sempre perdendo o valor. Hoje, o que conta são os chamados produtos de alta tecnologia, como computadores, software, celulares, fármacos, nos quais o componente principal é o conhecimento. Parece evidente que nenhuma nação poderá sobreviver dignamente se não fizer parte da sociedade do conhecimento. ( excluidos_da_era_digital.htm, 2003) Determinadas questões que afetam os países em desenvolvimento como, por exemplo, o aumento das desigualdades so- 1 O principal objetivo da contabilidade é prover seus diversos usuários com informações relevantes, de forma a apoiá-los na tomada de decisões de natureza econômica e financeira ou na formação de suas avaliações. 2 Termo utilizado por vários estudiosos para descrever uma série de fenômenos que estão ocorrendo na atualidade. 7

8 Ago/Out ciais, a produção de bens econômicos com reduzido valor agregado e a escassez de mão-de-obra qualificada, possuem forte correlação com a carência de investimentos no setor educacional e na produção de novos conhecimentos. Um dos fatores responsáveis pela nova conjuntura sócio-econômica se deu com o desenvolvimento e a disseminação da informática. E isto só foi possível em virtude dos constantes avanços do conhecimento humano. Entretanto, é reduzido o número de países que disputam a liderança tecnológica mundial, sendo este, inclusive, um dos principais responsáveis pelo aumento das desigualdades sócio-econômicas entre as nações mais ricas e as mais pobres. Em virtude do contraste existente entre o estágio atual da evolução tecnológica e o que se verifica no país, o governo brasileiro deverá investir, em um prazo relativamente curto de tempo, um significativo montante de recursos no fomento à pesquisa, haja vista que este é o primeiro passo a ser dado rumo à modernização. Porém, o que tem se constatado nos últimos anos é justamente o inverso. Uma particularidade bem conhecida do Brasil é o reduzido volume de recursos alocados em ciência e tecnologia (C&T), como proporção do produto interno bruto (PIB). Aqui, há mais de duas décadas, a razão entre C&T/PIB não ultrapassa cerca de 0,8%, enquanto nos Estados Unidos e na Alemanha, por exemplo, a percentagem está próxima a 3%. Além disso, no Brasil a despesa em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) executada pela empresa (pública ou privada) é pouco expressiva. (Matesco, 1998, p.1) A principal conseqüência desta situação é o aumento progressivo do hiato existente entre os países que estão na vanguarda das novas tecnologias e os outros que se encontram na periferia deste processo, como é o caso, por exemplo, do Brasil. O nível atual de desenvolvimento tecnológico dos países pode ser dividido, a título de evidenciação, em, basicamente, três tipologias, a saber: a) os sistemas maduros, com a capacidade de manter o país próximo da (ou na) fronteira tecnológica internacional. Nesta primeira tipologia está o grupo de países formado pelos Estados Unidos, Alemanha e Japão que disputam a liderança tecnológica mundial, e o grupo composto pela França, Inglaterra e Itália, com dinamismo tecnológico bastante acentuado, porém relativamente menor em relação ao primeiro grupo; b) os sistemas intermediários, voltados basicamente à difusão da inovação, com forte capacidade doméstica de absorver os avanços técnicos gerados nos sistemas maduros. Nesta categoria encontramse dois grupos de países. Os pequenos de alta renda : Suécia, Dinamarca, Holanda e Suíça; e os países asiáticos: Coréia do Sul e Taiwan. Esses países tornaram-se bastante especializados, aproveitando as suas vantagens de localização por estarem próximos dos principais centros avançados tecnologicamente como fatores relevantes para a criação de vantagens comparativas; e c) os sistemas incompletos, constituídos por uma infra-estrutura tecnológica mínima. Esses sistemas estão presentes em países em desenvolvimento, tais como: Brasil, Argentina, México e Índia. A característica comum destes sistemas é a sua baixa articulação com o setor produtivo, o que contribui relativamente pouco para o crescimento econômico. Esses países construíram os seus sistemas de C&T, porém não os transformaram em sistemas de inovação [Albuquerque (1995) apud Nelson (1977)]. (Matesco, 1998, p. 3) 3 - A Função da Educação na Sociedade do Conhecimento A situação do Brasil é preocupante quando comparada com países que estão na dianteira do processo tecnológico, como, por exemplo, Estados Unidos, Japão e Alemanha. Para que o país possa superar o anacronismo tecnológico, torna-se necessário a evolução do modelo educacional. Na atualidade, a educação é abordada sob uma nova perspectiva, onde ela é apresentada como uma espécie de pedra angular.... educar em uma sociedade da informação significa muito mais que treinar pessoas para o uso das tecnologias de informação e comunicação: trata-se de investir na criação de competências suficientemente amplas que lhes permitam ter uma atuação efetiva na produção de bens e serviços, tomar decisões fundamentadas no conhecimento, operar com fluência os novos meios e ferramentas em seu trabalho, bem como aplicar criativamente as novas mídias, seja em usos simples e rotineiros, seja em aplicações mais sofisticadas. Trata-se também de formar os indivíduos para aprender a aprender, de modo a serem capazes de lidar positivamente com a contínua e acelerada transformação da base tecnológica. (Takahashi, 2000, p. 25). Num ambiente deste tipo a participação de toda sociedade é fundamental, desde o governo, através de suas políticas institucionais, passando pelas universidades (local nato para a construção do saber) e pelas instituições privadas, que deverão, juntamente com o poder central, investir maciçamente na capacitação de novos pesquisadores, principalmente, através de convênios com as universidades, até chegar à sociedade civil que tem o dever de acompanhar e fiscalizar tais iniciativas. As empresas e os trabalhadores deste novo contexto têm como principal desafio à busca contínua pelo conhecimento, visto que, a cada instante uma nova tecnologia é inserida no mercado e o que era novo torna-se desatualizado em um curto espaço de tempo. As instituições de ensino não ficam indiferentes a todas estas transformações, pois são nelas que será formada a principal matéria-prima deste processo, o ser-humano. O educador, na atual circunstância, deve buscar formar indivíduos críticos, ou seja, pessoas capazes de reformular conhecimentos e expressar-se criativa e apropriadamente, assim como devem ser capazes de produzir e gerar informação, ao invés de meramente compreendê-la (Amorin, 2003, p. 15) Assim sendo, democratizar o conhecimento proporcionado pelos meios computacionais, ou seja, estendê-lo a todos os indivíduos da sociedade, passa a ser, nos próximos anos, uma das metas da sociedade, independentemente, da ideologia político-partidária de seus governos. 8

9 Ago/Out A Exclusão Digital no Brasil Com a disseminação da informática em, praticamente, todos os setores da sociedade, a sua universalização a todos os cidadãos tornou-se uma questão presente. Com isso surgiram várias políticas, tanto de iniciativa pública quanto da sociedade civil, com o intuito de atenuar a exclusão digital, conceituada como a privação seja por motivos sociais, econômicos, políticos e/ou culturais do acesso às vantagens e os benefícios trazidos pelas novas tecnologias de informação e comunicação (Milagres & Cattelan, 2003, p. 4). O Brasil, considerado um País em desenvolvimento, conta com cerca de 85,24% 3 de analfabetos digitais. Sendo assim, grande parte da população se encontra marginalizada na busca por melhores colocações. Já temos em nosso país várias categorias de excluídos: os da terra, os da educação, os do emprego, os da saúde e os da moradia, entre outros. Agora estamos passando a conviver com um novo tipo de exclusão. Trata-se da exclusão digital. Ela é tão ou mais grave que as outras, pois já se torna obstáculo para as pessoas obterem empregos dignos. (Feldmann, 2001, p. A3) Além desta, há outras informações relevantes sobre a exclusão digital no país, tais como: a) Devido à escassez de cursos gratuitos de informática, os indivíduos pertencentes às classes sociais menos favorecidas acabam, por falta de opções, tendo que recorrer aos cursos pagos com resultados nem sempre satisfatórios. (Cf. Takahashi, 2000, p. 25); b) De acordo com o Censo de , apenas 10,56% dos domicílios particulares permanentes possuem computador. Segundo o e-rating 5, cerca de 8,25% dos brasileiros acessam a Internet. Comparando tais taxas com as de países com a liderança tecnológica como, por exemplo, os Estados Unidos (51% das residências possuem pelo menos um computador e 41,50% têm acesso à internet) 6 verifica-se o atraso brasileiro perante as nações mais desenvolvidas. c) A maioria das escolas públicas ainda não foi informatizada; menos de 10% dos municípios brasileiros dispõe de infra-estrutura local para conexão à Internet; o país detém na atualidade, apenas, 40 milhões de linhas telefônicas. (Cf. Baggio, 2003, p. 2) O resultado desta situação é a exclusão de milhares de indivíduos do mercado de trabalho, o que acaba refletindo no aumento das desigualdades sociais e na maior dificuldade de ascensão social. Assim, a exclusão digital emerge neste início de século como um desafio para a sociedade brasileira. Para a superação deste problema será necessário que a sociedade brasileira crie iniciativas com o intuito de universalizar os benefícios promovidos pela Informática a toda população e de forma indistinta, onde cada indivíduo possa: - Ter acesso aos recursos promovidos pela Informática; - Ser usuário ativo dos programas computacionais; - Agir como reprodutor, para toda a comunidade, dos benefícios e dos usos proporcionados por esta Ciência. Atualmente, existe no Brasil uma escassez de pessoal qualificado para dar suporte ao aumento da demanda observada no atual mercado de trabalho. É preciso aumentar drasticamente o nível de alfabetização do País. A penetração das novas tecnologias de informação e comunicação tende a estagnar, pois hoje ela se restringe basicamente às classes de maior poder aquisitivo. O aumento do grau de tal penetração na sociedade brasileira depende, entre outros, da alfabetização digital das classes sociais economicamente menos favorecidas. Um aumento significativo do grau de penetração é essencial para deixar a sociedade mais bem preparada para as mudanças em curso. (Takahashi, p. 35, 2000) Para que o país possa democratizar de forma efetiva o acesso e a utilização dos meios computacionais é necessário que haja uma acentuada expansão de projetos de capacitação em Informática, para, assim, diminuir a desigualdade social e promover a formação de indivíduos capazes de competir de forma mais igualitária no acirrado mercado de trabalho Disseminação de Parcerias Para que a exclusão digital seja atenuada, torna-se necessário a disseminação de parcerias entre o governo, iniciativa privada e os diversos setores organizados da sociedade civil. Em notícia divulgada em 23/01/03 no site do ministério da Ciência e Tecnologia7, o ministro Roberto Amaral ressalta a importância da iniciativa privada na participação de projetos que contribuam para o avanço tecnológico: Segundo ele, enquanto nos Estados Unidos os aportes privados em C&T chegam a responder por 86% do total, no Brasil, apenas 26% dos investimentos vêm da iniciativa privada. De acordo com Amaral, nos países chamados de primeiro mundo, as inovações tecnológicas resultam da participação do empresariado, enquanto no Brasil, somos dependentes das universidades. Nós precisamos corrigir isso, admitiu o ministro. O compartilhamento desta responsabilidade entre estas três esferas resultará na criação de projetos que tornarão possível a universalização da informática para toda a população do país, independentemente da condição social dos seus habitantes. Atualmente, há várias parcerias sob a coordenação de instituições não governamentais que têm se dedicado à dissemina- 3 Dado disponibilizado pelo Relógio da Inclusão Digital, presente no site Dados extraídos do censo americano de 2000, no site

10 Ago/Out ção, entre a população mais carente, do acesso aos benefícios proporcionados pela informática. Dentre elas pode-se destacar: - O VivaRio: atua em diversas comunidades carentes no Estado do Rio de Janeiro, através da disponibilização de cursos de informática, acesso a Internet e formação para a cidadania. Neste empreendimento, há a cooperação de várias empresas, dentre elas a Rede Globo de Televisão; - O Comitê para a Democratização da Informática (CDI): atua em vários estados brasileiros e promove programas educacionais e profissionalizantes, com o fim de reintegrar os membros de comunidades pobres, principalmente crianças e jovens, diminuindo, desta forma, os níveis de exclusão social do país. Há várias entidades que apóiam este projeto, dentre elas, pode-se destacar: a Unesco, a Fundação Starmedia e a EXXON; e - A Nação.br: tem a função de promover o desenvolvimento de soluções inovadoras para o governo eletrônico e a inclusão digital, através da cooperação entre os setores empresarial, acadêmico, organizações governamentais e do terceiro setor. Várias entidades participantes deste projeto, tais como: o Centro de Desenvolvimento Tecnológico da Universidade de Brasília (CDT) e o Centro de Tecnologia de Software (Tecsoft), a Fundação Certi (Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras) Um dos principais problemas, pelos quais entravam uma maior disseminação destes serviços se deve a fatores de natureza econômico-financeira, isto porque o custo para implantar e manter uma infra-estrutura adequada para dar suporte a uma iniciativa deste nível é muito alto. Diferentemente do que acontece com as nações industrializadas, os países em via de desenvolvimento, como o Brasil, enfrentam uma série de dificuldades para dar seqüência a este propósito, entre elas, pode-se destacar: a) Alto custo tanto dos equipamentos como dos softwares; b) Falta de tradição da iniciativa privada no envolvimento ativo de projetos desta magnitude; e c) O fato da revolução da informática ter atingido estes países sem que, antes, tenha sido resolvido problemas centrais na área educacional, como, por exemplo, o analfabetismo e a baixa instrução educacional da maior parte da população. Um outro fator que deve ser destacado, diz respeito ao fato da maioria das escolas públicas brasileiras ainda não disponibilizarem o acesso à informática aos seus alunos. E esta situação, infelizmente, não se restringe as escolas de nível básico, mas se estende a todos os níveis de ensino: Nos três níveis do ensino formal, são raras as escolas públicas e poucas as particulares que se utilizam da informática em suas disciplinas. O professor universitário até o que usa as redes para suas pesquisas pouco utiliza as tecnologias de informação e da comunicação como meio de aumentar a eficácia do processo de ensino-aprendizagem. Os currículos escolares, por outro lado, de modo geral não incluem formação sobre o uso e a importância da informação que incentive a discussão sobre os principais aspectos e problemas de uma sociedade da informação. (Takahashi, p. 52, 2000) 5 - O Mercado de Trabalho na Nova Economia A evolução da informática, principalmente nas últimas décadas, vem promovendo profundas transformações em toda a sociedade. No que diz respeito à economia, este progresso originou um novo padrão de competição globalizada, onde a capacidade de gerar inovações em intervalos de tempo cada vez mais reduzidos é de vital importância para empresas e países. (Takahashi, 2000, p. 38) Os benefícios proporcionados pela utilização destas novas tecnologias têm possibilitado que as empresas sejam mais eficazes e eficientes quanto: - A utilização mais racional do capital investido, da mão-de-obra empregada e no uso dos recursos naturais aplicados no processo produtivo; - A produção e a comercialização dos seus produtos; e - As alternativas de novos investimentos; O perfil do novo trabalhador, apto a preencher as melhores colocações na sociedade contemporânea encontra-se em constante transformação. Assim, estão surgindo novas profissões, enquanto outras são transformadas, substituídas ou até mesmo eliminadas. O principal efeito desta situação é o aumento do hiato, no que se refere à remuneração e ao prestigio social, entre os trabalhadores mais qualificados, quando comparados com os de menor qualificação. Até que ponto as relações de trabalho podem se deteriorar é também uma preocupação. Mantida a tendência atual, alguns estudos apontam que, no início do novo século, apenas 25% da população economicamente ativa será de trabalhadores permanentes qualificados e protegidos pela legislação, 25% dos trabalhadores deverão estar nos chamados segmentos informais, pouco qualificados e desprotegidos, assim como 50% dos trabalhadores poderão estar desempregados ou subempregados, em trabalhos sazonais, ocasionais e totalmente desprotegidos pela legislação. (Takahashi, 2000, p. 42) Prever as necessidades futuras do mercado de trabalho constitui-se tarefa das mais complexas. Entretanto, é de consenso geral que as melhores oportunidades serão oferecidas aos trabalhadores com capital intelectual bem apurado, ou seja, profissionais que: - Tenham capacidade de abstração; - Desenvolvam o pensamento sistêmico, ao invés da compreensão parcial e/ou fragmentada dos fenômenos; - Tenham criatividade, curiosidade e capacidade de pensar em múltiplas alternativas para um mesmo problema (desenvolvimento do pensamento divergente); - Detenham a capacidade de trabalhar em equipe, disposição para procurar e aceitar críticas; - Possuam disposição para o risco; e 10

11 Ago/Out Desenvolvem o pensamento crítico, tenham capacidade de buscar conhecimento, e desenvolvem capacidade de comunicação. (Cf. ME, 1999) Num contexto, como o da atualidade, onde os recursos tecnológicos estão presentes, em, praticamente, todas as atividades sociais, é indispensável que todos os profissionais tenham, pelo menos, um conhecimento mínimo de informática. O profissional da área contábil não está indiferente a este processo. Chamado de guarda-livros no passado, na atualidade, ele está em constante evolução. Porém, para que o Contador alcance o status que lhe é devido na sociedade ele deve, assim como os demais profissionais da era do conhecimento, assumir uma postura pró-ativa e estar permanentemente se adequando com as novas tecnologias, com o intuito de atender, da melhor maneira possível, os usuários dos seus serviços. O contador do presente e do futuro que estamos querendo ajudar a formar é, de acordo com as nossas premissas, um homem conhecedor de sua área, obviamente com grande habilidade para relacionarse, saber influenciar grupos e pessoas, dotado de grande habilidade numérico-quantitativa e capaz de deslocar-se para a área de sistemas e informática com relativa facilidade, e conhecedor dos limites de sua atuação. Machado (Machado, 1986, p. 43) A difusão de novas tecnologias da informação tem se dado de forma lenta e gradual dentre as organizações brasileiras. Entretanto, para que o país possa competir globalmente, tornase necessário formar um elevado número de profissionais aptos a operar estas novas ferramentas. Como a demanda por novas aplicações crescerá vertiginosamente nos próximos anos, é importante que futuros profissionais de diferentes áreas de nível médio e superior sejam habilitados a desenvolver aplicações em informática de complexidade menor, já que dificilmente serão formados especialistas de informática em número suficiente para atender a toda a demanda. [...] A fim de habilitar minimamente profissionais de outras áreas no desenvolvimento de aplicações é necessário que atividades educacionais usem mais intensivamente a informática como meio. (Takahashi, 2000, p. 48) Desta forma, conforme as novas tecnologias vão se integrando ao cotidiano da sociedade, o aprendizado de conhecimentos relacionados à informática, assim como saber ler, escrever e contar, passou a ser um requisito básico para qualquer tipo de ocupação, que exija um mínimo de qualificação técnica dos seus profissionais. 6 - A Inserção da Contabilidade na Era do Conhecimento O Desenvolvimento das Práticas Contábeis no Contexto da Evolução Tecnológica Desde os primórdios, o homem vem desenvolvendo formas de lhe poupar o esforço mental no cômputo das transações. Dentre estas, o que tem sido mais eficaz para auxilia-lo foi a invenção da máquina, em seu sentido amplo. Este achado, desde a sua criação, na qual foi originado numa forma rústica, até os dias atuais, consubstanciado por meio dos supercomputadores, tem proporcionado tantos benefícios à sociedade que tentar mensurá-lo seria algo praticamente impossível. De forma paralela, o sistema de escrituração contábil sempre acompanhou de perto a evolução desta tecnologia, se utilizando, portanto, dos benefícios proporcionados por estas invenções. Durante este período, houve, basicamente, três fases relacionadas à evolução da escrituração contábil, a saber: a manual, a mecânica e a eletrônica. A escrituração manual, por exemplo, foi perdendo espaço tão logo ocorreu o surgimento das primeiras máquinas mecânicas. Este processo se efetivou a partir da Revolução Industrial, onde iniciou-se uma nova etapa, caracterizada pela incorporação de uma variada gama de aparelhos nos escritórios das corporações, facilitando, desta forma, o processamento da informação contábil. (Cf. Cosenza, 1999, p.197) Com o passar do tempo, este sistema de escrituração evolui, surgindo, com isso as máquinas dotadas de somadores, calculadoras, controles de saldos, barras programáveis e outros melhoramentos, todos voltados para a agilização e aperfeiçoamento dos registros contábeis. (Machado, 1986, p.39) Com o surgimento dos computadores da 3 a geração 8, houve um importante salto tecnológico e a escrituração contábil passou a ser realizada de forma eletrônica, utilizando as máquinas como um instrumento de trabalho imprescindível. A introdução destes computadores facilitou, sobremaneira, o trabalho dos contadores, isto porque, a partir de então, tornouse possível o armazenamento de uma maior quantidade de informações, a realização de cálculos e simulações com uma maior agilidade e a inserção simultânea de uma série de dados. Com a disseminação dos microcomputadores pessoais nos escritórios, fato este ocorrido no inicio da década de 80, os registros nos livros contábeis passaram a ser realizados por meio de sistemas de Processamento Eletrônico de Dados, os quais ficavam armazenados em meio magnético. Esta evolução foi de grande valia, visto que as melhorias na forma de fazer contabilidade de uma empresa, utilizando-se a tecnologia da computação, trouxeram enormes benefícios para os profissionais da área. (Oliveira, 1997, p. 13) No entanto, alguns contadores ficaram um tanto receosos com os progressivos avanços ocorridos na área tecnológica. Isto se devia ao fato deles considerarem a automação como um sinônimo de obsolescência profissional a automação poderá, rapidamente, tornar o indivíduo obsoleto como profissional, pois grande parte de suas funções, quando não a totalidade, serão absorvidas pela máquina. (Spancholi, 1993, p. 5) Entretanto, o uso da informática não substituirá ou marginalizará o Contador, desde de que ele atente para as vantagens do uso da computação. Na realidade, a tendência é de uma maior valorização profissional, pois a parte burocrática será relegada às tarefas mecânicas, liberando este profissional para tarefas 8 Primeira geração: computadores à válvula (até 1956); Segunda Geração: computadores transistorizados ( ); Terceira Geração: computadores com circuitos integrados ( ); Quarta Geração: computadores que utilizam chip (1971 a presente data). 11

12 Ago/Out que se utilizem mais da capacidade intelectual. Hoje já não é mais possível aceitar o eficaz desempenho profissional em um amplo leque de atividades econômicas, científícas, educacionais e mesmo esportivas, sem o indispensável apoio da informática. O domínio do computador equivale ao que o fogo e a roda já proporcionaram um dia, em termos de mudança, avanços e desenvolvimento da humanidade. Inserida entre atividades de muita importância para a empresa moderna, a contabilidade não foge à regra. Não regredir é a palavra de ordem e a cada dia a adequada utilização da informática é cada vez mais fundamental. (Thompson, p. 20, 1991) Torna-se necessário, então, que a classe contábil se conscientize da necessidade em se adaptar às novas mudanças, pois as condições são favoráveis para a evolução da profissão. Caso contrário, ficará sob o risco de se tornar marginalizada no processo de desenvolvimento tecnológico. A tecnologia de informática passa a ser a principal preocupação do contador moderno, podendo representar uma oportunidade ou uma ameaça à geração de tais informações.. (Cornachione, 1997, p.30) Atualmente, segundo alguns autores9, a escrituração contábil se encontra numa nova fase. Com a chegada dos computadores de grande porte (...) iniciou-se a contabilização por evento, isto é, a escrituração contábil passou a ser um subproduto do evento (este estendido como o fato econômico que acontecia na empresa). Este processo passou a ser denominado como contabilidade automática. (Cosenza, 1999, p. 236) Os importantes avanços tecnológicos, ocorridos nestes últimos anos, possibilitaram aos Sistemas de Escrituração evoluírem de tal maneira, que hoje o que se verifica é um redirecionamento das funções exercidas pelo contador: Uma fase mais moderna da contabilização eletrônica, atualmente em vigor, não está associada à preocupação do evento, e, sim, com a documentação da organização. [...]. Pelo que se observa, a automação da Contabilidade está evoluindo, cada dia mais, nesse sentido, e tende a chegar ao chamado estado da arte, onde o Contador ficaria preocupando-se somente com a parte prospectiva, em termos de planejamento operacional e financeiro, de política fiscal e tributária, etc., não enfatizando, assim, a parte de registro e conferência, que pouco valor tem agregado para a profissão contábil. (Cosenza, 1999, p.242) Utilização da Tecnologia da Informação A tecnologia da Informação, principalmente com o advento da Internet, diminuiu as barreiras temporal e geográfica do principal produto da contabilidade, a informação. Tal fator proporcionou o aumento da relevância dos serviços prestados pelos Contadores no processo de tomada de decisões. A informática é uma das mais poderosas conquistas para a Contabilidade, pois permite que a informação seja obtida em tempo hábil. Porém, na maioria das empresas, tal setor não contribui de forma eficiente para a maximização da riqueza da companhia, pois a informação contábil perde a relevância devido ao seu atraso. Atualmente, uma empresa necessita esperar até o final do mês, ou o início do próximo (vários dias, às vezes), para que seus executivos possam saber o resultado econômico ou contábil-financeiro das decisões que já tomaram há quase 30 dias. Isso não condiz com as pressões sofridas pelos executivos no processo de gestão. (Riccio, 1997, p.9) O Sistema de Informação é o principal alimentador dos vários sistemas gerenciais da Empresa, conforme discorre Spanholi (1933, p.4). Queremos destacar o papel da contabilidade [...], por ser uma área que interage, praticamente, com todos os demais segmentos da empresa, pois recebe e transfere um grande número de informações.. Quando bem estruturado, o Sistema de Informação é uma ferramenta poderosa para a otimização de dados. Cabe, então, ao Contador ter participação efetiva e pró-ativa tanto na sua elaboração quanto nas suas atualizações. Ele deve dividir com os técnicos e analistas da área computacional a responsabilidade da confecção de um sistema em que a transferência automática de dados proceda de forma ágil e racional. 7 - Conclusão No atual estágio tecnológico, o contador deverá ser um profissional generalista, sendo, portanto, capaz de compreender assuntos relacionados a diversas áreas do conhecimento, como, por exemplo: economia, administração, direito, informática e etc. para poder, assim, produzir informações úteis para auxiliar, de forma efetiva, aos tomadores de decisões. Nesta perspectiva, suas atribuições irão além do simples ato de escriturar e elaborar demonstrações contábeis, pois ele participará ativamente da tomada de decisões, tornando, desta forma, o setor num centro de informações e num instrumento de apoio gerencial. Contudo, para que isto se torne uma realidade, o contador deverá reformular o seu perfil profissional, passando de uma posição subvalorizada e acomodada para uma do tipo pró-ativa e visionária. O reflexo direto desta iniciativa será o maior reconhecimento, pela sociedade, dos serviços prestados pela classe contábil. É inegável que a Contabilidade vem abrindo novos caminhos, que culminam na conquista da valorização profissional do Contador, tendendo ser essa a grande profissão nesta década. (Bruneli, 1992, p.51). 9 Consultar Cosenza, 1999 e Oliveira,

13 Ago/Out Bibliografia - ABRANTES, José Serafim. O futuro da contabilidade e do contabilista. Revista Brasileira de Contabilidade. Ano 27 n. 111 maio/jun BAGGIO, Rodrigo. Um novo rumo para a inclusão digital. Valor Econômico, 13/01/ BRUNELI, Tereza Cecília. Informatização: um passo rumo à valorização do contador. Revista Brasileira de Contabilidade. Ano 21 n. 78 jan CFC, O perfil do Contabilista Brasileiro. Brasília: CFC, COSENZA, José Paulo. A evolução da escrituração contábil através dos tempos. uma revisão histórica da contabilidade contemporânea com base na literatura contábil. Dissertação de Mestrado. Rio de Janeiro: UERJ, FARIA, Natália. A contabilidade e os desafios tecnológicos. Revista Mineira de Contabilidade. Ano 1 n. 1 out/dez MACHADO, Sérgio Approbato. Contabilidade na informática. Revista Brasileira de Contabilidade. Ano 16 n.56 jan/mar MATESCO, Virene Roxo & HASENCLEVER, Lia. Indicadores de esforço tecnológico: comparação e implicações. Texto para Discussão nº 442. Rio de Janeiro: IPEA, ME Parâmetros Curriculares Nacionais Ensino Médio, ME Ministério da Educação, Governo Federal do Brasil, Brasília, MILAGRES, Francisco Gomes, CATTELAN, Renan Gonçalves. Exclusão digital: aspectos e desafios. Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação Universidade de São Paulo, OLIVEIRA, Edson. Contabilidade informatizada. São Paulo: Atlas, RICCIO, Edson Luiz & PETERS, Marco R.S. Ambiente virtual e flexibilidade: o impacto da tecnologia de informação sobre o sistema de informação contábil. Revista de Contabilidade do CRCSP. Ano 1 n. 2 jul RIPAMONTI, Alexandre. Empresas de serviços contábeis virtuais. Revista Brasileira de Contabilidade. Ano 28 n.119 set/ out SÁ, Antonio Lopes de. Revolução informática e contabilidade. Revista Brasileira de Contabilidade. Ano 24 n. 92 mar/abr , Antonio Lopes de. Informação e explicação: informática e contabilidade. Revista Brasileira de Contabilidade. Ano 27 n.113 set/out SANTOS, Manoel da Silva. O computador e o homem. Revista Mineira de Contabilidade. Ano 2 n. 2 jan/mar SPANHOLI, Valdemar. Contabilidade e informática: uma abordagem do futuro. Revista do Conselho de Contabilidade do Rio Grande do Sul. V. 22 n. 74 jul/set TAKAHASHI, Tadao (Org.) Sociedade da Informação no Brasil: Livro Verde. Ministério da Ciência e Tecnologia, Brasília, set THOMPSON, Carlos. Informática e contabilidade: modernização fundamental. Revista Brasileira de Contabilidade. Ano 20 n. 74 jan/mar (Footnotes) 13

14 Ago/Out NORMATIZAÇÃO CONTÁBIL INTERNACIONAL EM NOVOS RUMOS Antônio Lopes de Sá Prof. Dr. em Contabilidade e autor de diversos livros Os graves problemas ocorridos com as normatizações contábeis sugeriram modificações de critérios. Seguindo diretrizes próprias, a Comunidade Européia vem de adotar novas medidas no sentido de perseguir maior sinceridade informativa. A metodologia empregada parece buscar novos rumos que determinarão modificações de procedimentos, volvidos a atribuir maior seriedade ao conceito de imagem fiel dos balanços, com, realmente, uma macro-regra prioritária. SINCERIDADE DOS INFORMES CONTÁBEIS A sinceridade dos balanços de há muito vem sendo evocada na Europa em matéria de doutrina, como o fez Bourquin, da Universidade de Genebra, em todo um livro específico (obra identificada na bibliografia - BOURQUIN), sugestões em trabalhos técnicos e dispositivos legais. Nem em todas as partes do mundo, todavia, tal fato mereceu, no século passado, a seriedade que se fazia necessária. Assim, quando no Brasil se promulgou a lei 6404/76, para servir a todas as sociedades por ações, mas, por extensão, também, às demais, a preocupação foi, apenas, a de copiar um modelo que os estadunidenses adotavam por sugestão de suas entidades de classe, mas, sem compromisso com a realidade. Em decorrência, a sinceridade expositiva ficou relegada ao esquecimento, pois nos Estados Unidos, na mesma época, se advertia, publicamente que tal arquétipo não tinha a menor preocupação com a exatidão e a clareza dos demonstrativos patrimoniais, e, especialmente, com os de resultados. Esta a razão pela qual o legislado (Lei 6404/76), em nenhum de seus artigos, refere-se expressamente a sinceridade expositiva, nem, tão pouco, a clareza, mesmo sabendo-se que tais fatores são os imprescindíveis à qualidade das peças contábeis. Só presentemente e, assim mesmo, para as sociedades que não são as constituídas por ações, o Código Civil Brasileiro de 2002 obriga a fidelidade e clareza, em seu artigo 1.188, ou seja, pende para a imagem fiel, aquela consagrada, também, atualmente, na Comunidade Européia. Ou seja, finalmente, meio século depois do que enunciei em uma obra de minha autoria, em 1953 (referida na bibliografia, página 37 da edição brasileira) se atenta para as qualidades fundamentais do balanço, aquelas que considerei como as imprescindíveis. IMAGEM FIEL DO PATRIMÔNIO A macro-regra da imagem fiel é pétrea, ou seja, é aquela à qual todos os princípios tecnológicos contábeis (uniformidade, oportunidade, competência etc.) devem estar subordinados, segundo o pensamento predominante na Europa e com o qual plenamente concordo. É ilógico admitir que a aplicação de um conhecimento científico possa se afastar da verdade, esta que é o interesse e razão de existir da ciência. Os levantamentos, registros, demonstrações, análises e apurações patrimoniais das células sociais, como aplicações de conhecimento, só adquirem qualidade se fieis à ciência da Contabilidade. A expressão fiel é inequívoca no campo do saber, traduzindo o que é objetivo, exato, rigoroso, ou seja, o que não se afasta da verdade. Uma imagem fiel, pois, só pode ser entendida contabilmente como a representação da verdadeira expressão do patrimônio e das transformações deste. A interpretação de tal conceito, todavia, tem merecido interpretações variadas que vão de um extremo rigor a excessos de liberalidades. Evoca-se que a imagem pode ser entendida como: 1) a consuetudinária, 2) a do interesse de quem usa a informação ou a 3) da prevalência da essência sobre a forma dos fatos. Ou ainda, insiste-se em deixar a questão conceptual no campo das alternativas, o que é de todo ilógico e inadmissível quando se considera que a matéria é de natureza pétrea e prioritária. 14

15 Ago/Out O assunto mereceu da IASC, hoje IASB, em 1975 a consideração de que a imagem fiel é aquela que consagra a prevalência da essência sobre a forma. No fundo, esta maneira de entender é a que tende mais a aproximar-se da exatidão qualitativa dos fenômenos patrimoniais, ou seja, a que considera o fato pela função real e não pela maneira como a lei ou um ato coercitivo diga que ele deva ser apresentado ou que um equívoco ou ação incompetente possa ter mal evidenciado. Como a IASB está hoje prestigiada, a vocação é a de que tal interpretação, sobre a macro-regra referida, seja deveras a que prevalecerá na Comunidade Européia, pelo que se depreende, também, da IV Diretiva por esta legislada (artigo 2.3). O rigor da Diretiva alcança não só o atual estado do patrimônio e de suas transformações passadas, mas, igualmente, às que possam no futuro ocorrer, mas já são perceptíveis (fatos potenciais). A metodologia que agora tende a prevalecer é a do abandono do conceito de geralmente aceito, expressão esta que já se vinha desmoralizando e corrompendo nos Estados Unidos (de onde se copiou o deficiente modelo) desde a década de 70 (inclusive em charges na imprensa), mas que em nosso país, lamentavelmente, foi inserida em texto na Lei 6404/76 (referida no artigo 177 como paradigma ). As advertências que fiz em minha obra Aspectos contábeis da nova lei das sociedades por ações, editada em 1978, sobre os erros da cópia de um modelo contábil que era repudiado no próprio país de origem, foram todas em vão. O tempo, todavia, incumbiu-se de comprovar a má qualidade técnica dos procedimentos contábeis importados, mas, foi preciso que prejuízos ocorressem para que se operasse o reconhecimento do que acusávamos. PROCEDIMENTOS DEFORMADORES E ADVERTÊNCIAS Influiu negativamente, sobre o progresso do conhecimento contábil no Brasil, a cópia do paradigma americano, especialmente por se haver inserido o mesmo em leis e resoluções. As referidas normas deformadoras, o próprio Senado dos Estados Unidos já as considerara de má qualidade, recomendando reformas, conforme conclusão que o sodalício expressou em súmula de relatório de Comissão Parlamentar de Inquérito sobre fraudes no mercado de capitais, instaurada na década de 70 do século passado (referido na bibliografia deste artigo U. S. SE- NATE). Foi um erro importar como evolução o que na terra de origem já era considerado como recusável e atrasado, assim ostensivamente declarado por eminentes intelectuais da Contabilidade e pelo próprio poder político estadunidense. Tão deficiente era (e ainda o é) o sistema contábil norte-americano que o procrastinar das providências para alterá-lo provocou, em 2002, outros grandes escândalos (ENRON, XEROX, WORLDCOM etc.) que de certa forma abalaram o conceito da profissão contábil (como já havia ocorrido cerca de três décadas antes, sem providências posteriores palpáveis do governo dos Estados Unidos). As advertências de grandes mestres da Contabilidade dos Estados Unidos sobre a má influência das normas não foram levadas a sério e, de forma oposta, procurou-se, sim, desmerecer as acusações justas que eram feitas, inclusive em livros (um deles identificado na bibliografia deste artigo, de BRILOFF) e artigos específicos. A metodologia equivocada dos normatizadores estadunidenses, o jogo de interesses para manipular ações na Bolsa, o domínio de grupos multinacionais nas entidades de classe contábil, através de seus auditores, (como se acha acusado pelo Senado dos Estados Unidos no relatório referido), foi bastante para a deformação dos critérios contábeis (tudo isto ainda somado ao descaso pelos aspectos científicos). O impacto dos últimos escândalos, denunciando a má qualidade dos procedimentos contábeis norte-americanos, todavia, foi suficiente para que a Comunidade Européia mudasse seu rumo e para que a partir de 2002 viesse a repudiar uma harmonização que pudesse estar fundamentada em um acordo com as entidades americanas. Havia, entretanto, uma vocação anterior, até 2001, por parte de alguns mentores europeus, em conciliar os modelos do velho mundo com os dos norte-americanos. A referida vocação, todavia, reverteu-se diante do reconhecimento da inconveniência de buscar conciliação com matéria corrompida, ostensivamente assim entendida, segundo a matéria que a imprensa difundiu a respeito dos escândalos vultosos sobre manipulações em balanços. Em várias conferências que proferi em Universidades européias, e, especialmente, em um encontro dos professores Universitários da Espanha, na centenária Universidade de Saragoça, em 1997, prenunciei todo o desastre que estava por novamente suceder. Na introdução da palestra afirmei: Há cerca de 20 anos, em fins de 1977, recebi uma especial correspondência do Prof. Abrahan J. Briloff, da Universidade de Nova York que acompanhava o seu livro More Debts Than Credits, chamando minha atenção para os gravíssimos problemas que ocorriam nos Estados Unidos, ligados a um processo existente no Senado e que acusava os Contadores de incompetentes ou de coniventes com as fraudes do mercado de capitais, em razão das adulterações dos Princípios e Normas de Contabilidade. Mandou-me, em seguida, outras publicações dele, em Jornais e, também, depoimentos que fizera, acusando as manipulações que se produziam com a Normatização. O assunto de tal forma impressionou-me que comecei a estudá-lo profundamente. A seguir, passei a observar que as advertências de Briloff possuíam eco em vários outros doutrinadores da Contabilidade, em diversos Países e mesmo nos Estados Unidos. As conclusões a que cheguei, após tantos e tantos anos de investigações sobre esta matéria, hoje eu as manifesto perante este seleto auditório, nesta tradicional e valorosa Universidade de Saragoça. Destaquei, mais adiante, enfaticamente, que: A produção de Normas, para que as informações sejam a imagem fiel dos fenômenos da riqueza patrimonial, deve considerar o que nos devemos impor, 15

16 Ago/Out como fundamento metodológico, ou seja, definir o que entender por informação e qual a utilidade que efetivamente esta deve prestar a quem a procura. Não basta informar sem um compromisso com a verdade como não basta padronizar apenas para que uma coisa seja aceitável por grupos de pessoas, sem que tenhamos a convicção de que é válido e útil, para todos, o que se informa. A informação é apenas um veiculo, não o objetivo final, mas, necessita permitir um entendimento sem distorções, competente para merecer crédito. O que afirmei e passei a dissertar foi um sinal de alerta aos colegas na Europa, mas, senti que nem todos se sensibilizaram com a questão. A pressão publicitária estadunidense já estava forte, na época, nas Universidades européias, através de intenso tráfego de influências que sugeria o modelo americano como o mais evoluído e até mesmo o infalível. O NOVO SISTEMA EUROPEU PARA AS NORMAS CONTÁBEIS Diante das evidências das fraudes cometidas nos Estados Unidos, amplamente difundidas pela imprensa internacional no início do século atual e da pressão do parlamento da Comunidade Européia, a realidade compeliu a uma mudança no processo de normatização contábil, deveras já necessária. Fortaleceu-se a antiga IASC (Comissão Internacional de Normatização em Contabilidade), hoje IASB, parece que buscando abandonar influências americanas. Para em dois níveis atuar, criou-se: o EFRAG (Grupo Europeu de Assessoria em Demonstrações Contábeis), para aconselhamentos e a ARC (Comissão de Regras Contábeis) esta composta por representantes dos Estados membros da Comunidade Européia. A estrutura burocrática, própria dos grandes organismos, projeta, dessa forma, uma grandeza de tarefa que se pretende realizar, isenta, o tanto quanto possível, de influências (essa parece ser a intenção). O EFRAG surgiu como uma instituição particular, criada em março de 2001, para servir de apoio, sendo a ação da mesma, precipuamente, volvida a dar suporte ao IASB (antes IASC). Múltiplas, pois, são as entidades: IASB, EFRAG e ARC. Segundo o que se pode entender sobre a metodologia aplicada, a questão está em colocar nas mãos do EFRAG a vigilância sobre uma filosofia de imagem fiel, e, por ser privada, fica sem a influência direta dos Estados, mas, rigorosamente submetida às diretrizes do Parlamento Europeu, especial e principalmente ás 4a. e 7a (que são volvidas a assuntos contábeis, como macro-regras). Evidencia-se o sistema como híbrido, ou seja, misto de poder público e privado. Nenhuma norma pode ser aprovada, todavia, sem que exista o aconselhamento do EFRAG (em nível de opinião). Ou seja, age, a instituição, como um filtro, embora tenha a obrigação de seguir rigorosamente ao já estabelecido pelas macro-diretrizes referidas (IVª e VIIª), especialmente no que tange à obediência a uma imagem fiel do demonstrado contabilmente, assim como aos requisitos de compreensibilidade, relevância, confiabilidade e comparabilidade. O aconselhamento, pois, adquire aspectos duplos, ou sejam os de avaliação em face de um paradigma, e, também, de julgamento com a finalidade de opinião sobre a matéria elaborada. Além disso é exigível submissão de tudo ao interesse social europeu, como fator de relevância no caso, o que enseja certa margem de natureza política, esta que pode, uma vez mais, prejudicar a qualidade técnica da normatização. Os males que afetaram os Estados Unidos, poderão, assim, também, contaminar a Comunidade Européia, se a política de grupos vier a prevalecer e, nesse caso, uma vez mais, a Contabilidade estará sendo usada para satisfazer a interesses subjetivos privados, sob a capa de interesse social (a palavra social tem sido anteparo de muita manobra). Esperamos que os objetivos maiores, aqueles que poderão ensejar o surgimento de trabalhos realmente tecnológicos, inspirados em bases científicas, possam ser os que realmente venham a aflorar nessa estrutura que surge com sintomas de peculiaridade européia, mas, ainda, sujeita a influências políticas. Se houver seriedade, se o propósito for realmente o de fidelidade, sinceridade, a medida consolidará a vitória e novos rumos estarão em marcha, resgatando o elo perdido através das normas norte-americanas. EXPECTATIVAS PROFISSIONAIS DOS CONTADORES Toda modificação normativa implica modificações de procedimentos contábeis. Os contadores europeus parecem apreensivos quanto ao que possa tanger aos programas de informática hoje aplicados, medidas de controle e apresentação de informes que possam vir a ser requeridas (manifestações feitas no número de dezembro de 2002 da revista da Associação Espanhola de Contabilidade e Administração de Empresas). Não podemos afirmar, todavia, que tais apreensões sejam apenas as de nossos colegas do Velho Mundo. Também, no Brasil, modificações se prenunciam, como nos Estados Unidos algumas (embora tênues) estão em curso. A apresentação de balanços tende a ganhar sempre maior importância quando a economia é mais intensamente dependente do movimento das Bolsas de Valores. O caso brasileiro não é o norte-americano (muito dependente), nem o francês, nem o espanhol (estes menos dependentes). Basta um paralelo entre o PIB e o movimento de Bolsa, em nosso País, para se verificar que o mercado de ações não tem o significado que possui em alguns outros poucos países. Percebe-se, entretanto, que mesmo não se tratando de capitais, o governo procura envolver todo movimento de riqueza patrimonial das células sociais, o tanto quanto lhe vem sendo possível (como agora o faz com as instituições que não possuem finalidades lucrativas e no que ensaia fazer com as sociedades por cotas). Tudo isso envolverá um intenso envolvimento com normatizações e parece indicar que será a CVM Comissão de Valores Mobiliários a que se incumbirá de realizar as fiscalizações, pois, já se estão fazendo exigências de registros nesse órgão aos auditores, mesmo quando esses operam fora da área das sociedades por ações. 16

17 Ago/Out Em meu modo de entender tal controle deveria estar confiado aos Conselhos de Contabilidade, pois, tais órgãos foram os criados por lei com o objetivo específico de realizar tais fiscalizações. Essa dupla face da ação fiscal, em verdade, todavia, já está ocorrendo, como um bis in ibdem. AS NORMAS E O MERCADO DE CAPITAIS Em 1991, o professor Jorge Tua Pereda, da Universidade Autônoma de Madri, editou através do Ministério da Economia da Espanha, uma profunda e importante pesquisa (identificada na bibliografia, PEREDA) dedicada especificamente à análise da metodologia das Normas Contábeis americanas, evidenciando o quanto estas se submeteram aos interesses das manobras nas Bolsas de Valores. O ilustre autor referido indica como fatores que acionaram as normatizações nos Estados Unidos: 1) a grande depressão, 2) o esforço para a retomada do crescimento econômico e 3) a reforma legal realizada no mercado de capitais (página 25 da obra referida na bibliografia), mas, foi à esta terceira que atribuiu a orientação normativa. Afirma o insigne estudioso que a falta de um método lógico, a pressa com a qual se realizaram os trabalhos, levou a uma substituição da pesquisa científica sobre a verdade geral, por um paradigma empírico, orientado apenas na direção de usuários de informações (página 25 da obra referida na bibliografia - PEREDA). O interesse pelo lucro do investidor, para manter as Bolsas ágeis e eufóricas, prevaleceu, segundo o autor citado, sobre qualquer outro (página 24 da obra referida na bibliografia - PE- REDA). Perdeu-se o elo verdadeiro da Contabilidade, portanto, aquele que busca a realidade sobre a transformação patrimonial, visando a explicar os acontecimentos, para atar-se, o movimento normatizador, a uma apresentação estimulante ao investimento. Do priorizar tal método passou-se a um regime de alternativas (o do pode ser desta forma, mas, também por ser a desta...), pressionado por interesses particulares, abrindo os caminhos ao que se denominaria pejorativamente de Contabilidade Criativa. Amesquinhou-se a Contabilidade a um simples conhecimento da informação porque só isto interessava a quem precisava manipular dados, esses que alimentaram as centenas de escândalos que explodiram no mercado de capitais desde a década de 70 do século XX e que se agigantaram no século XXI. A ciência é sempre um conhecimento evitado pelos que não se interessam em evidenciar a verdade ou que desejam adulterar conceitos (para tal fim se escolhe a sofisticação para encobrir as aleivosias). O que se chamou de paradigma de utilidade (pragmatismo) não passou de uma barreira ao desenvolvimento científico, mas, tornou-se poderoso instrumento para uma alquimia dos balanços (como se infere das conclusões de NEPOMUCENO, artigo identificado na bibliografia). Esclarece Tua Pereda, em sua pesquisa (profunda como as de Briloff, sendo a desses intelectuais as duas maiores que conheço), que todo um aparato foi utilizado para apresentar as normas contábeis dos Estados Unidos como se fossem o ápice da perfeição, envolvendo, para isto, revistas, conferências, conclaves, bancos de dados, pressões sobre o Parlamento, artigos em importantes jornais, entrevistas, em suma, toda uma maciça publicidade (páginas 37 e seguintes, da obra referida na bibliografia - PEREDA). A isso tudo se somou a influência sobre o mundo educacional, com penetração nas Universidades através de influências notórias, com cessão de bolsas de estudos, mestrados, doutorados, livros, boletins ditos de pesquisas, visando a formar correntes de simpatizantes e adeptos do sistema do que se convencionou entre nós chamar de escola americana. Muitos intelectuais, mesmo nos Estados Unidos, todavia, discordaram do que se realizava, tais como: Ball, Foster, Flint, Shaw, Peasnelll, Dyckman, Gibbing, Swieringo, Pina Martinez, Tricker, Kins, Groves, Chua e outros, acusando, a normatização de cometer sérios erros, como os de: 1) falta de base teórica, 2) sofisticação enganosa, 3) ausência de preocupação com os resultados, 4) omissão científica, 5) excesso de empirismo, 6) metodologia equivocada e 7) perda de autonomia do conhecimento contábil (página 33 da pesquisa de PEREDA referida na bibliografia). É enganoso, pois, admitir que a dita escola americana seja o resultado de uma unanimidade intelectual nos Estados Unidos, como livre pensamento de uma Nação, pois, muitos foram os valores do mundo intelectual contábil norte-americano que discordaram dos procedimentos adotados pelas entidades normatizadoras. Colaborou para reforçar a enganosa posição normativa imposta pelas entidades o fato da AAA-Associação Americana de Contabilidade declarar, em 1977, que seria impossível dar as Normas um cunho científico, por falta de uma doutrina internacionalmente aceita como Teoria Geral da Contabilidade (página 77 da obra de PEREDA referida na bibliografia). A declaração da AAA, por uma coincidência editou-se no mesmo ano em que o Senado dos Estados Unidos havia concluído pela má qualidade das normas contábeis (obra citada na bibliografia em U.S. SENATE). A posição da Associação desconheceu que ao enunciar teorias um cientista não se preocupa se elas terão ou não aceitação universal, mas, sim, apenas, com os enunciados lógicos que seu intelecto conquista. Quando Galileu Galilei elaborou as suas leis científicas não saiu pelas ruas de Pisa a perguntar ao povo se elas seriam ou não aceitas e se outros cientistas estavam dispostos ou não a concordar com elas. A ciência não se constrói de consensos, mas, de descobertas e enunciados sobre a verdade das coisas e, Deus, nisto, parece privilegiar a gênios que se acham afinados com a consciência do universal e não com uma quantidade de opiniões que possa se somar. O grande erro das normatizações norte-americanas foi o de deixar-se levar pela especulação financeira e não pelo interesse de evidenciar a realidade patrimonial, guiando-se mais pelo interesse subjetivo de grupos que aquele objetivo da ciência. Os defensores de tais regras equivocadas chegaram a lecionar que mais valiam as tendências de mercados que quaisquer doutrinas contábeis (página 95 da obra de PEREDA referida na 17

18 Ago/Out bibliografia). Só mesmo a ausência de lógica, o distanciamento da realidade, o interesse de sofismar, podem levar a afirmação de que um balanço verdadeiro seja menos eficaz que palpites em um mercado de capitais, movido por influxos e refluxos de ordem psicológica. O acreditar no subterfúgio aludido foi um dos fatores que causou os sérios prejuízos a muitos milhões de estadunidenses, quando da derrocada das ações das grandes companhias e as daquelas que inflaram seus patrimônios com fantásticas imobilizações intangíveis. Não se podem negar as influências ambientais, mas, isto não implica crer que elas por si só são as determinantes de valor. São as riquezas das células sociais que por somatório fazem as dos mercados e não o inverso. Qualquer outro raciocínio é uma fuga á realidade. A doutrina do Neopatrimonialismo consagra as forças agentes sobre os patrimônios como fatores de produção de funções, mas, reconhece que são os efeitos dos fenômenos os que ditam a prosperidade celular da qual dimana aquela social. Logo, não há realidade de mercado sem realidade de empresa e não há realidade de empresa sem que tal fato seja o espelhado pela Contabilidade. A falência da metodologia aplicada na elaboração de muitas normas, defluente de todo o mau sistema empregado, da omissão de doutrina científica, da linha empírica equivocada seguida nos Estados Unidos, é reafirmada por Pereda em sua pesquisa, a melhor que conheço a respeito do empirismo da chamada escola americana (página 349 da obra de PEREDA identificada na bibliografia). Em razão de suas conclusões, de maneira enfática, o eminente pesquisador destaca que a escola normativa americana não passou de sua infância (página 349 da obra de PEREDA identificada na bibliografia) e para apoiar sua afirmativa evoca a mesma opinião expendida por J. A. Lev e B. Ohson. Conclui que tal como são elaborados os demonstrativos contábeis, apoiados nos procedimentos vigentes nos Estados Unidos, o mercado não tem condições de avaliar a eficácia e nem a eficiência de nenhum empreendimento (página 362 da obra de PEREDA identificada na bibliografia) o que é um grave risco. O que Pereda prognosticou, onze anos depois se comprovou correto, mais uma vez, na prática, com a derrocada nas Bolsas e os escândalos expressivos que explodiram no mercado de ações das mais expressivas empresas norte-americanas. Os novos rumos, pois, esses que parecem dispostos a uma mudança de comportamento na produção das normas contábeis, haverão de representar uma nova fase se prevalecer a consciência de que o caminho científico é o único competente para apresentar a imagem fiel dos fenômenos patrimoniais das empresas e instituições. 18 BIBLIOGRAFIA (OBRAS CONSULTADAS E REFERIDAS NO TEXTO) BERNARD, Sonia Bonnet - La normalisation comptable dans dix pays, em Revue Française de Comptabilité, número especial do 15o. Congresso Mundial, no. 293, Paris, Outubro de 1997 BOURQUIN, Gerald Charles - Le principe de sincerité du bilan, edição Georg et Compagnie, Librairie de l Université, Genebra, 1976 BRILOFF, Abraham J, - More debts than credits, editor Harper & Row, Nova York, 1976 COMBARROS, José Luís Lopez - Necesidad de armonización de criterios contables dentro de la UE, em Boletim AECA, n. 44, Madri, Julho/Outubro de 1997 DIEZ, Julita Garcia e FERNÁNDEZ, Pedro Lorca El acercamiento de la normativa contable europea a las normas del IASB : um reto para 2005, em - Contabilidad y Auditoria nº 15, edição do Instituto de Investigaciones Contables Profesor Alberto Arevalo, da Universidade de Buenos Aires, Buenos Aires, Junho de 2002 GADEA, Jose Antonio Lainez, GASTÓN, Suzana Callao e JARNE, José Ignácio Jarne - La diversidad contable y su armonización - la experiencia de la unión europea, in Boletim IPAT número 12, Belo Horizonte, fevereiro de 1997 GIOT, Henri - Régles comptables françaises et référentiels IASC et FASB, em Revue Française de Comptabilité, número especial do 15o. Congresso Mundial, no. 293, Paris, Outubro de 1997 HULLE, Karel, van - As perspectivas da harmonização contábil na Europa, versão do Prof. Olívio Koliver, Revista do Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul, n. 92, Porto Alegre, janeiro/março de 1998 NEPOMUCENO, Valério Os constructos e a crise conceptual contábil, em Boletim do IPAT nº 17, edição UNA-Centro Universitário, Belo Horizonte, PEREDA, Jorge Tua - La investigación empirica en Contabilidad, la hipotesis de eficiência del mercado, edição ICAC, Ministerio de Economia y Hacienda, Madri, 1991 QUEIROZ, Alexandro Bossi Contabilidade em um Contexto Mundial. Co mo surge a Contabilidade Internacional, conferência no 3º Simpósio Nacional IOB de Contabilidade, São Paulo, 20 e 21 de junho de SÁ, Antônio Lopes de A Análise de balanço ao Alcance de Todos, edição Atlas, São Paulo, 1953, edição Selcon, Buenos Aires, 1960 e edição Sagitário, Barcelona, 1967 TAYLOR, Peter e TURLEY, Stuart - The regulation of Accounting, editor Basil Blackwell, Oxford, 1986 TORRE, Pedro Rivero El concepto de imagen fiel y el Plan General de Contabilidad, em Comentarios sobre el nuevo plan general de Contabilidad, edição ICAC, Ministério de Economia e Fazenda da Espanha, Madri, 1993 U.S. SENATE - The accounting establishment, edição U.S. Government Printing Office,Washington, 1977 (Relatório da Comissão Particular de Inquérito sobre Conluio em Contabilidade, número de estoque da publicação , com páginas)

19 Ago/Out UMA INICIAÇÃO A COMPARAÇÃO DAS PRÁTICAS CONTÁBEIS INTERNACIONAIS (IAS), AMERICANAS (EUA) E BRASILEIRAS (BR) 1 - INTRODUÇÃO Kene Cristina Pereira As demonstrações contábeis, quando preparadas por práticas contábeis diferentes, apresentam divergências decorrentes de alguns critérios contábeis serem considerados de formas diferentes nessas práticas. Isso dificulta a análise dos usuários dessas demonstrações, além de minimizar a agilidade da contabilidade de gerar informações transparentes para o mercado. Devido à necessidade da sociedade de se elaborar demonstrações contábeis sobre os mesmos aspectos contábeis, foi-se criada a Prática Internacional. Essa prática é considerada por diversos países, como uma fonte de referencia para suas práticas, podendo-se padronizar ou harmonizar a elas e, pelo fato de representarem um conjunto de normas de alto nível e constantemente atualizadas com as atuais exigências do mercado mundial, têm sido aceitas gradativamente em mais países. Porém o processo de adaptação exige esforços de todos os interessados, para isto, é necessário demonstrar a quantidade de órgãos que emanam procedimentos contábeis em cada uma das práticas (Americanas, Brasileiras e Internacionais) gerando as interpretações e os conceitos das normas (e por fim as diferenças entre as práticas). Exemplos de aspectos contábeis que seriam modificados no Brasil e nos Estados Unidos ao se padronizar ou harmonizar à Prática Internacional. E as vantagens e desvantagens para os países que optarem por harmonizar ou padronizar sua prática. 1.1 Tema: A comparação das práticas contábeis frente às Normas Brasileiras de Contabilidade Delimitação: Uma iniciação a comparação das práticas contábeis Internacionais (IAS), Americanas (EUA) e Brasileiras (BR) no âmbito contábil. 1.2 Situação Problema: A globalização comercial e financeira introduziu no mundo uma necessidade constante de demonstrações financeiras atualizadas e elaboradas sobre as mesmas práticas e princípios Bacharel em Ciências Contábeis contábeis. Esta necessidade advém de: Grandes empresas multinacionais com investimentos relevantes em diversos países e diferentes economias, que necessitam periodicamente reconhecer seus ganhos e perdas com investimentos (método de equivalência patrimonial) e consolidar demonstrações financeiras em suas controladoras; Elaboração de relatórios gerenciais para a alta administração das empresas controladoras, quanto ao patrimônio e saúde financeira de seus investimentos (analise do risco de investimento); Profissionais tendo que se especializar em práticas além da sua de origem (nos aspectos legais, fiscais e contábeis) em práticas de outros países. Dificuldade de investidores de analisar as demonstrações de vários países por cada um partir de prática contábil diferente. Com base nestas dificuldades foi criado um órgão internacional (IFAC) que efetuou a revisão das normas internacionais (IAS) criadas em 1973 pelo IASC, e as adotou como a Prática Internacional, cujo intuito é uma padronização mundial. Com o intuito de firmar ainda mais essa prática, foi informado ao mercado como relata Niero (2002), que A partir de 2005, o Banco Mundial só emprestará para os países que estiverem adaptados as práticas contábeis internacionais. 1.3 Hipótese: Com base nos aspectos descritos na situação problema, formula-se a seguinte questão: A prática contábil internacional é mesmo a melhor prática a ser adotada como mundial? Como uma resposta provável e possível neste momento, podese dizer que a princípio os países mostrarão insatisfação e dificuldade na adaptação de sua prática já efetiva para uma mu- 19

20 Ago/Out dança de conceito, mas posteriormente, todos os países tendem a assumir uma única prática a fim de minimizar conflitos contábeis e nível de conceitos e organização. 1.4 Objetivo e Justificativa: Objetiva-se neste estudo comparar, identificar, analisar e esclarecer critérios gerais sobre as práticas contábeis Americanas, Brasileiras e Internacionais. Com este estudo os contadores, investidores e usuários da contabilidade em geral poderão compreender as necessidades, vantagens e desvantagens de se ter uma prática mundialmente padronizada ou harmonizada e, esclarecer o porque existem as diferenças podendo observar exemplos dela. 1.5 Metodologia: Pesquisa bibliográfica em livros, revistas técnicas, artigos, e sites na internet de órgãos Brasileiros e Internacionais. 2 - OS ÓRGÃOS, AS PRÁTICAS EMANADAS, SEU EFEITO NA CONTABILIDADE E EXEMPLO DE DIFERENÇAS: As práticas contábeis base para este artigo serão apresentadas nos tópicos a seguir para conhecimento de suas origens, o que representa e o que normatiza. Todos os órgãos, normas e interpretações por eles emanados ocasionaram diferenças no julgamento e regulamento de alguns critérios contábeis onde foram apresentados exemplos de diferenças no item 2.4 deste artigo. 1.1 Prática Internacional De acordo com a interpretação do site do IASC (Inglês), o IAS constitui um conjunto de normas contábeis (do 1 ao 41) emitidas pelo Conselho Internacional de Padrões de Contabilidade (International Accouting Standards Board - IASB) e 33 interpretações emitidas pelo Comitê de Interpretação (Standing Interpretation Comittee - SIC). O órgão responsável harmonização das práticas contábeis é a Federação Internacional dos Contadores (International Federation of Accountants - IFAC ) International Federation of Accountants - IFAC De acordo com a interpretação do site da IFAC (Inglês), o órgão é um conjunto de organizações de contabilidade que representam os contadores empregados em prática pública, negócio e indústria, setor público, e educação, como também alguns grupos especializados que freqüentemente conectam com a profissão. Atualmente, tem 155 membros em 113 países, representando 2 milhões de contadores. A estrutura da IFAC e suas operações provêem de diversas organizações. Ainda conforme interpretação do site da IFAC (Inglês), o objetivo é desenvolver a profissão e harmonizar seus padrões mundiais para permitir aos contadores prover serviços de alta qualidade para o interesse público International Accouting Standards Committee - IASC De acordo com a interpretação do site do IASC (Inglês), o órgão foi fundado em 29 de junho de 1973 em Londres, por organizações profissionais da área contábil da: Austrália, Alemanha, França, Grã Bretanha, Irlanda, Japão, Canadá, México, Holanda e Estados Unidos da América. Ainda conforme interpretação do site do IASC (Inglês), o IASC assumiu recentemente a denominação de IASC Foundation, sendo ele uma organização independente que tem dois corpos principais, os Fiduciários e o IASB. Os Fiduciários designam os sócios do IASB e levantam os recursos necessários para a atividade do órgão, já o IASB tem responsabilidade exclusiva por fixar padrões de contabilidade, conhecidos como IAS. O IAS em 2002 adquiriu nova denominação: IFRS (International Financial Reporting Standard) Standing Interpretations Committee - SIC Conforme interpretação do site do IASC (Inglês), o Comitê de Padrões de Contabilidade Internacional (IASC) formou o Comitê de Interpretações dos IAS (Standing Interpretations Committee - SIC) em janeiro de O objetivo é aumentar a aplicação rigorosa e a comparatibilidade mundial de demonstrações financeiras que são preparadas utilizando a norma internacional de contabilidade (IAS). O SIC interpreta assuntos de contabilidade que possam gerar dúvidas. Em 2002, foi-se adotado as novas terminologias para SIC: IFRIC (International Financial Reporting Interpretations Comitte) International Organization of Securities Commission - IOSCO De acordo com a interpretação do site da IOSCO (Inglês), o órgão foi oficialmente criado em 1983 representado pela Comissão Européia. Conta atualmente com mais de 130 membros de 80 países. Estes membros são responsáveis pela quase totalidades da capitalização do mercado de valores mobiliários mundial, sendo ela o principal fórum internacional para as autoridades reguladores dos mercados de valores. Ainda segundo interpretação do site da IOSCO (Inglês), este órgão foi criado para o desenvolvimento de um conjunto básico de normas (core standards) concluído em 1998 com o IAS 39. Seus objetivos são: promover altos padrões de regulação adequados a manutenção dos mercados de valores com informações eficientes e eqüitativos; intercambiar informações; unir esforços para estabelecer padrões internacionais de contabilidade; auditoria; entre outros. Conforme interpretação do site da IOSCO (inglês), a IOSCO emitiu em 17/05/00 uma resolução recomendando a seus membros a aceitação das normas contábeis internacionais (IAS) para fins de registro em bolsa e espera conseguir tornar obrigatório a partir de Prática Americana Conforme interpretação do site do FASB (Inglês), a prática contábil americana é normatizada por um conjunto de mais de 146 normas contábeis emitidas pelo Conselho de Normas de Contabilidade Financeira (Financial Accounting Board - FASB) conhecidas por SFAS, este mesmo órgão emitiu também 44 interpretações dos SFAS, 31 opiniões e 51 boletins emitidos pelo Instituto Americano dos Contadores Públicos Certificados (American Institute of Certified Accountants AICPA). Na prática contábil americana, existem outros pronunciamentos como, por exemplo, os boletins Técnicos (Tecnical Bulletins FTB) também emitidos pelo FASB. Os principais organismos normativos da contabilidade norteamericana são: - PCAOB - Public Company Accounting Oversight Board. - SEC - Securities and Exchange Commission. - FASB - Financial Accouting Standards Board. - AICPA - American Institute of Certified Accountants Public Company Accounting Oversight Board - PCAOB Conforme interpretação do site da PCAOB (Inglês), este ór- 20

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