JORNAL DE NEGÓCIOS

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1 RESUMO DE IMPRENSA Segunda-feira, 23 de Julho de 2012 JORNAL DE NEGÓCIOS 1. Factura fiscal com IMI vai aumentar 60%. Governo prevê receber mais 700 milhões de euros. Os proprietários com prédios por reavaliar vão ter um encargo anual médio com o IMI de 240 euros, o dobro do que pagam até agora. Daqui a três anos, quando o processo de reavaliação estiver a produzir todos os efeitos, o Estado estará a arrecadar mais 700 milhões de euros por ano, uma subida de 60% face à receita actual, de acordo com estimativas do relatório da Comissão Europeia sobre a quarta avaliação da troika. (manchete, pág. 23) 2. Empresários fogem de Espanha. Exportações sobem nos têxteis e caem no sector do imobiliário. Região de Valência, a Madeira espanhola, pesa mais três vezes. As medidas de austeridade que o Governo espanhol tem de aplicar, no quadro do Memorando de Entendimento de 20 de Julho, perspectivam o agravamento de uma situação económica que já se estava a deteriorar. É a visão das empresas portuguesas com negócios em Espanha. Depois da banca, Madrid está a braços com um problema em Valência, região que é 10% do PIB espanhol. (págs. 1, 4 a 7 e editorial) 3. Investigação à EDP e REN centrada na montagem da privatização. O processo, que nasceu a partir do caso Monte Branco, continua ligado a esta operação e não existe ainda qualquer inquérito autónomo. (págs. 1 e 8) 1

2 4. Trigo já subiu mais de 50% em mês e meio com seca nos Estados Unidos. FAO quebra o descanso anual e vai actualizar índice de preços dos alimentos em Agosto. Após meses de queda, deve voltar às subidas. Depois da crise alimentar de 2007 e 2008, que se propagou a todo o mundo, gerando protestos e tumultos sociais em mais de 30 países, começa agora a espreitar uma nova ameaça. Desta vez devido à pior seca vivida nos Estados Unidos desde 1956 e que já fez com que os preços do milho e da soja disparassem para máximos históricos. (págs. 1, 16 e 17) 5. Português é parceiro perfeito para empresas dos EUA. Embaixador dos EUA diz que se Portugal tivesse mais tempo para corrigir os défices, isso seria melhor para as pessoas. Alan J. Katz explica o porquê da sua aposta na promoção do Access Africa Forum, onde pretende estimular as parcerias empresariais entre portugueses e americanos, que promovam o investimento. ( ) Em Moçambique existem interesses significativos no sector da mineração ( ). ( ) Os portugueses têm muita experiência no relacionamento com outros países e culturas. (págs. 1, 12 e 13) 6. Entrevista a Charles Googhart, professor na London School of Economics. Solução política europeia não chegará a tempo. Uniões política, orçamental e bancária dificilmente garantirão a sobrevivência da Zona Euro como a conhecemos, defende. ( ) Há uma percepção crescente de que não é provável que a Grécia atinja condições do resgate. ( ) Em Portugal, o problema não era de dívida pública, mas privada. ( ) Políticos fazem união bancária parecer mais fácil do que é. ( ) A supervisão bancária comum é um presente envenenado. ( ) O BCE é o banco central mais independente de todos os bancos centrais. (págs. 1, 24 e 25) 7. BPI. E depois do aumento de capital? Alem da recapitalização, reforços accionistas têm centrado atenções do mercado. ( ) Pontos fortes Estrutura accionista sólida, com certa de três quartos do capital na mão de três accionistas de referência. Exposição a Angola 2

3 ajuda a atenuar a quebra da actividade no mercado doméstico. ( ) Pontos fracos Ameaças externas a Portugal, fruto das incertezas em relação à crise da dívida na Europa. Evolução do crédito malparado em Portugal vai continuar a penalizar a actividade do banco. (pág. XII, suplemento Investidor Privado) Os mais poderosos da economia portuguesa. Simboliza a luta da justiça pela transparência e contra a ganância que atropela a lei e as lógicas de ética e moral que devem estar subjacentes à actividade económica. 34.º, Rosário Teixeira, procurador-geral adjunto. Tem ou teve entre mãos as investigações dos casos Operação Furacão, Monte Branco, BPN ou PPP. (págs. 1 e 30 a 33) 9. Energia. Galp: um cheque de 590 milhões para desfazer seis anos de interesse. Amorim Energia compra 5% à Eni e assume liderança da petrolífera. (pág. 10) 10. Transportes. Suspensão de Acordos de Empresa irá alargar-se ao privado. Sindicatos irão reunir-se no dia 31 de Julho para analisar cortes e acórdão do Tribunal Constitucional. ( ) Os trabalhadores do sector privado poderão ser os mais prejudicados pela suspensão das cláusulas do AE. (pág. 11) 11. Internacionalização. Recauchutagem Nortenha espera facturar 12 milhões de euros em Angola. Empresa de Penafiel vai construir uma fábrica em Luanda, num investimento de 1,8 milhões de euros. Num mercado em que os pneus se usam e se deitam fora praticamente ao primeiro dano, uma empresa de recauchutagem tem um potencial enorme de crescimento. Tendo em conta a detecção desta falha, a Recauchutagem Nortenha (RN) vai construir uma fábrica em Luanda que deverá estar operacional em O investimento é de 1,8 milhões de euros, mas o administrador da empresa de Penafiel, José Gomes, acredita que em três ou quatro anos a facturação naquele mercado pode chegar aos 12 milhões de euros. (pág. 13) 3

4 12. EDP vende à Enagás transporte de gás em Espanha. A EDP vendeu o negócio de transporte de gás em Espanha à Enagás. O preço da transacção acordado representa um entreprise value de 262,5 milhões de euros e a conclusão da transacção está a sujeita a determinadas condições, incluindo as autorizações da Autoridade da Concorrência e de relevantes autoridades regulatórias, avançou a EDP. (pág. 14) 13. Menos lucros aumentam despedimentos na banca. Analistas acreditam que haverá mais despedimentos no sector, a acrescentar aos que já foram anunciados pelo Morgan Stanley, D. Bank e Citigroup. (pág. 15) 14. Depois de Londres, investimentos voam para o Rio de Janeiro. Brasil vai investir mais de 50 mil milhões de dólares nos próximos sete anos, para acolher o Mundial de 2014 e os Olímpicos de Fique atento. Mas, pese bem os riscos antes de investir. (pág. VI, suplemento Investidor Privado) 15. Em foco. Época de resultados acelera entre as cotadas da bolsa de Lisboa. EDP, Galp, Jerónimo Martins, BCP e BPI prestam contas trimestrais esta semana. Espanha continuará a marcar o rumo dos mercados na Europa. (pág. X, suplemento Investidor Privado) 16. FMI. Corte na TSU deve abranger actuais trabalhadores. Os grupos de trabalhadores a que se deverão aplicar a descida da taxa social única (TSU) não estão ainda definidos, mas o Fundo Monetário Internacional (FMI) defende que dentro destes grupos o corte da taxa paga à Segurança Social deva ser generalizado. (pág. 27) 4

5 17. Crise da moeda única. Grécia fora do euro é possível e não assusta. ( ) É evidente que Atenas não tem registado progressos no cumprimento do plano de reformas. ( ) Se a Grécia não cumprir as condições que negociou, não poderá receber mais pagamentos Phillip Rösler, ministro da Economia alemão. (últ. pág.) DIÁRIO ECONÓMICO 18. Governo prepara nova cativação de 300 milhões na despesa para travar défice. O Executivo estuda nova retenção de gastos, para travar o défice. Em 2012, as cativações somam 700 milhões. Desvio de 800 milhões força a mais poupanças. A recessão económica está a penalizar a execução do Orçamento do Estado. Para o conjunto do ano, o Governo espera um aumento da receita fiscal ajustada (corrigida dos efeitos específicos que condicionam a análise) de 5,5%, mas até Maio a administração central e a Segurança Social arrecadaram menos 2,6% que há um ano. Os dados da execução orçamental referentes a Junho são hoje publicados pela Direcção- Geral do Orçamento, mas o Fundo Monetário Internacional já fez os cálculos ao desvio. "A meta do défice de 4,5% do PIB continua alcançável". O ministro das Finanças falou em melhorar e favorecer o programa de ajuda externa em Agosto. A Comissão fala em cooperação e o FMI não percebe os termos do entendimento dado pelo ministro das Finanças. (págs. 1, 10 e 11) 19. Amorim reforça na Galp e prepara mudanças na administração. A Amorim Energia fechou a compra dos primeiros 5% da Eni. A operação que a torna na maior accionista da Galp envolveu 590 milhões de euros. A operação marca o primeiro passo para que Américo Amorim - que a 24 de Abril assumiu o cargo de chairman' da Galp - possa reforçar na petrolífera nacional até 48,34% do capital, depois de comprar um bloco de 15% do total de 33,34% detidos pela Eni. Este negócio obriga ainda os sócios angolanos da 5

6 Amorim Energia, Sonangol e Isabel dos Santos a comprarem acções no mercado, caso queiram ter uma posição directa no capital da petrolífera portuguesa. Uma pretensão que os angolanos sempre defenderam. (págs. 1 e 20) 20. Quase metade das empresas municipais arriscam fechar. Maioria aprova quarta-feira, no Parlamento, com o apoio do PS, o novo regime jurídico da actividade empresarial local, que põe em risco cerca de 200 empresas que não cumprem os requisitos. (pág. 5) 21. Opinião, Vitor Bento Economista. Passatempo de férias. Experiências no âmbito da economia comportamental, destinadas a testar o funcionamento dos códigos morais, mostram que, quando uma determinada acção envolve dinheiro vivo, as pessoas são moralmente muito mais sensíveis do que quando a mesma acção utiliza outros meios de valor equivalente. Por exemplo, se alguém desviar 50 euros da caixa da empresa, essa acção será por todos considerada moralmente repreensível e, como tal, sancionável. Mas se o mesmo valor for desviado na forma de fotocópias tiradas para uso pessoal, já poucos consideram tal acto como moralmente errado e, se o considerarem, consideram-no muito menos grave do que o desvio de dinheiro (embora o dano causado à empresa seja exactamente igual). ( ) Suponha que os gestores de uma empresa pública iam a um casino e apostavam na roleta umas centenas de milhões de euros do dinheiro da empresa, perdendo-os. Qual acha que seria a reacção social. O coro mediático invectivaria tal comportamento, exigindo rigorosas investigações e o correspondente sancionamento dos responsáveis. E as autoridades levariam o caso às últimas consequências. Agora suponha que os mesmos gestores perdiam idêntico valor em operações puramente especulativas (absolutamente desnecessárias à empresa), realizadas com sofisticados derivados financeiros e tendo como contrapartida bancos de grande renome internacional. Qual acha que seria a reacção social? Já começa a ter dúvidas, não é? (Apesar de as operações em causa serem, tudo espremido, equivalentes a 6

7 jogar na roleta, apostando tudo no vermelho e sair o preto). ( ) Além disso, houve uma crise financeira internacional onde muita gente perdeu dinheiro. Foi azar! Se não fosse a crise, a sorte teria certamente sido diferente... Portanto, ninguém teria sido responsável pelo desastre, foi só um azar da vida. Os contribuintes acabariam por pagar o prejuízo, caladamente, diluindo-o nos "custos da crise". ( ) Afinal, se até Constantinopla se deixou perder porque, prioridades são prioridades, e como seria possível defendêla sem primeiro esclarecer a dúvida sobre o sexo dos anjos?! Agora, leitor, imagine se tudo isto fosse verdade... Boas férias. (pág. 11) 22. Espanha paga juros mais baixos do que Portugal no resgate. Madrid negociou um crédito de 100 mil milhões a uma taxa de juro variável, ajustada a cada seis meses. Madrid aponta para juros no curto prazo de cerca de 1,5% contra os cerca de 2,5% a 3% que pagam os outros países. (pág. 12) 23. Bruxelas. Desemprego vai continuar a aumentar e Portugal está entre casos mais preocupantes. O relatório, referente a Julho, aponta Portugal, Holanda, Grécia, Itália e Chipre como os casos onde a perspectiva de emprego para os próximos meses são mais negativas e onde as expectativas dos cidadãos nesta matéria são mais pessimistas. (pág. 13) 24. Entrevista a Rui Cardoso, presidente do sindicato dos Magistrados do Ministério Público. PGR tem de assumir sem medo prevenção da corrupção. Rui Cardoso acusa Procurador de não se ter empenhado na prevenção da corrupção. E pede coragem ao próximo PGR. Cavaco devia pacificar o mundo judiciário. (págs. 14 e 15) 25. PT desafia designers para criar novos equipamentos com marca MEO. Operadora associou-se a projecto mobiliário para criar novos equipamentos e uma cadeira Meo. Não me surpreendia que *a PT+ 7

8 pudesse industrializar este design também no Brasil e noutros países., Zeinal Bava, presidente-executivo da PT. (pág. 22) 26. Unicer tenta atrair turistas em Angola. Grupo cervejeiro esteve em Luanda onde promoveu o Vidago Palace Hotel. Em Angola, projecto industrial é prioritário. A Unicer aproveitou a presença na Feira Internacional de Luanda, que terminou ontem, para promover o projecto turístico que detém em Vidago. Fonte oficial do grupo cervejeiro liderado por António Pires de Lima esclareceu que, além das marcas de cerveja, apostou numa "acção de divulgação do Vidago Palace Hotel, o activo turístico que a Unicer detém na Região de Trás-os-Montes". Em 2011, a Unicer exportou mais de 200 milhões de litros de cerveja, nos quais Angola representa cerca de 60% do volume. Entre o portefólio da empresa, a marca Cristal é a "mais vendida no mercado angolano, mas também Super Bock e Carlsberg acolhem a preferência dos consumidores angolanos nos seus segmentos", salientou a mesma fonte. (pág. 24) PÚBLICO 27. Eleições. PS vai recorrer a sondagens para ajudar a escolher candidato ao Porto. Dirigentes locais receiam a fraca notoriedade de Manuel Pizarro, e vão usar aquele mecanismo para testar o nome do médico contra outras hipóteses. (págs. 8 e 9) 28. Deco recebeu 5700 reclamações sobre crédito à habitação até Julho. No ano passado, o total de reclamações ascendeu a Pelo menos 50% das reclamações são relativas ao spread, a margem comercial dos bancos. Deco pede a fixação de taxas máximas no crédito à habitação. (pág. 12) 8

9 29. Crise do euro. FMI e líderes da UE ameaçam Grécia com fim do crédito. Der Spiegel notícia que FMI não quer emprestar mais dinheiro e ministro alemão desdramatiza cenário de saída da Grécia do euro. (pág. 14) 30. Crise do euro e cenário de abrandamento global dominam atenções nos mercados. A conjuntura mantém-se marcada por dois temas centrais: a crise da dívida da zona euro e o arrefecimento da actividade económica global, onde um dos últimos desenvolvimentos foi a confirmação da esperada trajectória de desaceleração do PIB chinês, ao registar um crescimento homólogo de 7,6% no segundo trimestre (8,1%, no primeiro). No que respeita à crise da dívida da zona euro, Espanha manteve-se sobre forte pressão dos mercados. (pág. 14) 31. Administração pública. Nos bastidores da comissão que quer acabar com a cunha partidária. A Cresap, liderada por João Bilhim, escolhe gestores da administração e das empresas públicas. Mesmo não querendo, está sob fogo político, mas garante não estar sob a sua influência. (págs. 16 e 17) DIÁRIO DE NOTÍCIAS 32. Chefe do Exército diz que promoções são 30% abaixo do necessário. Crise. General Pina Monteiro lamenta ao DN só ter condições para promover 2600 efectivos. Alerta. Bloqueio nas progressões faz que haja soldados a mandar em soldados no Exército. Decisão. Governo autoriza 5211 militares das Forças Armadas a subir de postos. (manchete, pág. 13) 33. Conheça as muitas condições do FMI na solução para a crise. Um ano após ser assinado o memorando de entendimento, começam a acumular-se as contradições da própria troika. O FMI, de Christine Lagarde, por exemplo, exige novos aumentos de impostos, mas as 9

10 mesmo tempo alerta para os perigos de fadiga fiscal. Entre a austeridade e a fadiga da economia, algo terá de ceder. (págs. 1, 6 e 7) 34. Amorim escolhe nova administração para a Galp. O chairman da petrolífera, depois da aquisição de mais 5% do capital à italiana Eni, vai ter de substituir nove elementos, entre eles o administrador financeiro. ( ) Santander compra 2,22% da petrolífera. ( ) Empresas estão endividadas e têm de capitalizar-se. ( ) Super-ricos têm 21 biliões em paraísos. (pág. 31) i 35. Banco de Portugal com mãos livres para pagar subsídios de Natal e de férias a reformados. Carlos Costa pediu parecer ao BCE sobre reformas. Mas Draghi devolveu-lhe a bola. (págs. 2 e 3) 36. BdP não prevê que fundo de pensões vá para a Segurança Social. Pensões médias pagas em 2010 foram de euros, segundo os dados mais recentes disponíveis no site da instituição. (pág. 3) 37. Bloco quer congelar os salários dos eurodeputados em Na mira estão também as deslocações do Parlamento Europeu para Estrasburgo. (pág. 4) 38. IEFP já não pode negar formação profissional a licenciados sem emprego. Acabaram-se as qualificações a mais. Se é formado em filosofia e está desempregado, pode tirar um curso de cozinha. (págs. 8 e 9) 39. Gasóleo aumenta nove cêntimos em Julho. Hoje está previsto um terceiro aumento semanal dos combustíveis mais três cêntimos. (pág. 9) 10

11 40. Liderança do PS. Faz hoje um ano que sucedeu a Sócrates. Os mais críticos acusam-no de falta de energia. António José Seguro já é incontestável. (págs. 18 e 19) 41. Espanha foi o país que mais dinheiro tirou de Portugal nos primeiros cinco meses. O desinvestimento líquido de Espanha na economia nacional ultrapassou os 100 milhões de euros. (págs. 20 e 21) 42. A falência da Grécia é cada vez menos tabu. As notícias vêm todas da Alemanha. Um jornal diz que FMI vai cortar o apoio e um ministro, que a saída grega do euro já não assusta. (pág. 21) 43. Super-ricos têm mais de 17,3 biliões em paraísos fiscais. UBS, Credit Suisse e Goldman Sachs são os bancos privados que gerem mais activos em offshores. (últ. pág.) 11