Pimenta no olho, e nada de reajuste salarial

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1 Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário Federal do Estado de Mato Grosso BOLETIM SEMANAL De 20 a 24 de outubro de 2014 Pimenta no olho, e nada de reajuste salarial O diretor do SINDIJUFE-MT Pedro Aparecido de Souza foi uma das vítimas da truculência policial do DF A luta pela reposição das perdas salariais acumuladas ao longo de oito anos enfrentou a violência e o gás de pimenta da Polícia Militar do governo de Agnelo Queiroz (PT), em Brasília, na tarde desta quarta-feira (22). Ainda durante o protesto, os servidores foram informados que a Direção-Geral do Supremo Tribunal Federal se reuniria com o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Sérgio Mendonça, nesta quinta-feira (23). E a direção do STF prometeu que, logo depois, receberia os dirigentes da Fenajufe. Mas não teve nada disso...

2 Governo não se reuniu com STF e nem apresentou contraproposta A prometida reunião entre representantes do Ministério do Planejamento e a Direção-Geral do STF não aconteceu nesta quinta-feira (23). O governo Dilma Rousseff (PT) não apresentou, portanto, contraproposta para os projetos salariais dos servidores do Judiciário Federal e do MPU, como chegou a ser cogitado. Os dirigentes da Fenajufe Eugênia Lacerda, Pedro Aparecido e Cledo estiveram no STF e foram informados que a reunião não aconteceria mais essa semana, talvez na semana que vem, após a eleição de domingo. A notícia deve ampliar a irritação e a indignação da categoria com os oito anos de acúmulo de perdas salariais, que já corroem quase 50% da remuneração da categoria. O governo não deu explicações oficiais sobre o que teria mudado para a reunião ser cancelada. O servidor Antônio Melquíades, o Melqui, diretor do Sintrajud-SP, conseguiu falar, via celular, com o secretário de Relações do Trabalho do Planejamento, Sérgio Mendonça, que confirmou que a reunião não aconteceria mais esta semana. Designado pelo governo para negociar com o Judiciário, ele disse que o problema é que a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, está viajando o tempo todo em campanha eleitoral e, por conta disso, não teve como analisar as propostas. Disse ainda que, qualquer posição, terá que ter o aval da presidente Dilma, o que não teria como ocorrer agora. O recuo do governo reforça a necessidade de a categoria ampliar o processo de mobilização para derrotar a política de salários congelados. Os dirigentes sindicais avisam: a luta e a pressão sobre o governo e o STF vão continuar. Hostilidade policial A única coisa que os representantes da Categoria trouxeram de Brasília foi a lembrança negativa do confronto com a polícia na quarta-feira. O ato dos servidores era pacífico, mas o bicho pegou. Veja algumas vítimas da truculência e do spray de pimenta da PM

3 (Fotos de Joana D Arc / Fenajufe) A truculência da PM, que tentou impedir que uma tenda para proteger os manifestantes do sol fosse montada na Praça dos Três Poderes, deixou servidores revoltados e provocou discursos emocionados e duros contra o governo e a polícia. O ato nacional dos servidores do Judiciário Federal e do MPU teve fogos, barulhentas

4 cornetas, faixas com as reivindicações da categoria e lágrimas tanto decorrentes da irritação causada pelo gás de pimenta, quanto da indignação com a agressão a um ato pacífico. Ao final, os servidores conseguiram garantir que os trabalhadores da empresa contratada conseguissem montar a tenda na praça, próximo ao Supremo Tribunal Federal como, aliás, costuma ser feito com frequência. Foi uma repressão muito violenta contra algo [simples] como montar uma tenda, não [íamos] invadir o STF, disse Pedro Aparecido, dirigente da Fenajufe, a federação nacional da categoria, e do sindicato de Mato Grosso (Sindijufe-MT). Cerca de 300 servidores participaram do ato, realizado em dia de paralisação de 24 horas no Distrito Federal. Conseguimos dar o recado, com muitas faixas, cornetas e rojões, avaliou Pedro. Servidores do TSE também protestam A quarta-feira também foi marcada por manifestação dos trabalhadores do Tribunal Superior Eleitoral, em frente à sede do órgão. Cento e vinte e cinco servidores participaram do ato no TSE e aprovamos novo ato para sexta-feira [24], ao meio dia, na hora da sessão plenária, informou Eugênia Lacerda, servidora do tribunal e diretora da Fenajufe. LutaFenajufe Notícias Por Hélcio Duarte Filho Edição de Luiz Perlato Capa do Correio Braziliense destaca ato no STF e mostra truculência da polícia

5 A CATEGORIA NÃO ALCANÇOU O SEU OBJETIVO MAIOR, QUE ERA O AVANÇO NAS NEGOCIAÇÕES. MAS O BRASIL INTEIRO FICOU SABENDO O QUE ACONTECEU EM BRASÍLIA NAS VÉSPERAS DAS ELEIÇÕES. PARA OS SERVIDORES DA BASE EM MATO GROSSO QUE ACOMPANHARAM OS FATOS PELO SITE DO SINDIJFE E PELAS REDES SOCIAIS, A LUTA NÃO FOI EM VÃO.

6 Ato em Mato Grosso avaliou qual será a cartada final pelo reajuste Quais as possibilidades de se conseguir o reajuste salarial e o que ainda pode ser feito pela Categoria nestes poucos dias que ainda restam de 2014, para não ficar de mãos vazias. Este foi o eixo das discussões durante o ato público que o SINDIJUFE-MT promoveu ontem (22) no TRE- MT. Os diretores do SINDIJUFE-MT debateram com a Categoria qual será a cartada final a ser jogada, num cenário onde ainda não existe proposta para o reajuste e nem orçamento para o judiciário, mais ou menos como foi em É preciso buscar um acordo, porque do contrário, quando os servidores forem a Brasília na véspera de Natal para fazer pressão, e supondo que haja dinheiro para o reajuste, se não houver um acordo o reajuste será vetado. Portanto, a ideia do SINDIJUFE-MT é continuar mobilizando a Categoria, ainda que, depois das eleições a questão fique mais complicada. Segundo a avaliação geral, as ilusões acabam nas eleições deste domingo, e se até lá não houver um acordo, as hipóteses de um reajuste poderão deixar de existir. Por isso, no ato nacional de ontem, os servidores enfrentaram o gás de pimenta, empurrões e a truculência da polícia e foram exigir um avanço nas negociações. Os sindicatos e a Fenajufe aguardam a reunião que acontecerá em Brasília, nesta quinta-feira, entre o STF e o Ministerio do Planejamento e logo depois uma reunião da FENAJUFE com o STF, reunião esta que o coordenador da FENAJUFE e também diretor do SINDIJUFE-MT estará presente representando a FENAJUFE. Por outro lado a repressão tem sido muito forte, e o problema que a base no judiciário federal tem para se mobilizar também se manifesta entre os servidores públicos federais das demais categorias, que tentaram acompanhar os servidores do judiciário federal e entrar em greve em março deste ano, e não conseguiram, por causa do corte de ponto e outros instrumentos da criminalização do direito de Greve.

7 Em novembro eles têm uma reunião nacional para tentar construir uma mobilização, e no ano que vem será necessário começar tudo outra vez, inclusive no judiciário federal. O recado é: não há nada garantido e só a luta poderá garantir alguma coisa. Servidores do TRE-MT compareceram no Ato de Mobilização promovido pelo Sindijufe-MT na manhã desta quinta-feira (23/10) no auditório do Pleno De Ato em Favor da Manutenção da Atual Jornada de Trabalho _10_24_TRE-MT Os servidores ocuparam a Sessão do Pleno do TRE-MT e esticaram uma grande faixa em favor da manutenção da atual jornada de trabalho que é das 07h30min às 13h30min. Ao término da Sessão os servidores ainda permaneceram no auditório com a faixa e cartazes até que o Presidente do TRE-MT se retirasse. Membros da diretoria executiva do SINDIJUFE-MT acompanhada de

8 servidores do TRE-MT conseguiram ainda falar com todos os juízes que compõem o Pleno do TRE-MT, à exceção do Presidente Juiz Juvenal. Os demais juízes membros do Pleno ouviram atentamente o posicionamento dos servidores sobre a necessidade de manutenção da atual jornada de trabalho e expediente, bem como da possibilidade de que o assunto seja colocado em pauta nas próximas sessões. Na avaliação da Diretoria Executiva do SINDIJUFE-MT o Ato de Mobilização foi bem sucedido tendo os seus objetivos alcançados. Novos atos e mobilizações deverão ser feitos nos próximos dias no sentido de mostrar ao Presidente do TRE-MT, Juiz Juvenal, que a maioria da categoria é favorável à manutenção da atual jornada de trabalho e expediente, que vai das 07h30min às 13h30min.

9 Muito embora uma parte da categoria, que também esteve presente na Sessão de hoje, defenda que a jornada e expediente sejam mudados, o SINDIJUFE-MT continuará defendendo a manutenção da atual jornada de trabalho e expediente no TRE-MT por entender ser esta a que melhor representa os anseios da maioria da categoria.a Diretoria Executiva do SINDIJUFE-MT informa que ainda continua tentando se reunir com o Presidente do TRE-MT para tratar do assunto.