XIIIº PLANO DIOCESANO DE PASTORAL Diocese de Inhambane TEMA: JUNTOS CRESCENDO FIRMES NA FÉ

Transcrição

1 XIIIº PLANO DIOCESANO DE PASTORAL Diocese de Inhambane TEMA: JUNTOS CRESCENDO FIRMES NA FÉ INTRODUÇÃO GERAL A Assembleia Diocesana de Pastoral, realizada no Centro do Guiúa de 6 a 8 de Dezembro de 2011, preparou o XIIIº Plano Pastoral Diocesano ( ). Iluminados e inspirados pela celebração do Jubileu Diocesano (2012), pela celebração do Ano da Fé (2013) e pelas propostas apresentadas na avaliação feita a nível paroquial e de vigararias elaboramos o novo Plano Pastoral e que tem os seguinte lema: Juntos, crescendo firmes na Fé. Temos em mãos, com a minha aprovação, o novo plano pastoral que ajudará as nossas comunidades a crescer na vivência da Fé e no dinamismo missionário. + Adriano Langa OFM Bispo de Inhambane JUSTIFICAÇÃO DO TEMA: Juntos, crescendo firmes na Fé. Em 2012, a Diocese de Inhambane celebra os seus 50 anos de existência tendo com lema: Juntos, crescendo firmes na Fé. São 50 anos de Vida e de Fé que queremos recordar, agradecer e partilhar. Em 2013, a Igreja Católica celebra o Ano da Fé para assinalar o 50º aniversário do Concílio Vaticano II ( ) e para relançar o anúncio da Fé à sociedade (Nova Evangelização). Na elaboração do novo Plano Pastoral Diocesano temos em consideração estes dois grandes acontecimentos, os quais nos convidam a reforçar a nossa Fé para a anunciá-la com alegria. O Ano do Jubileu Diocesano - Fé Recebida (2012) - será um ano de introdução ao Plano Trienal de Pastoral ( ), que terá como tema central a Fé: Fé Professada (2013), Fé Vivida (2014) e Fé Partilhada (2015). Os quatro grandes pilares-temas do Plano Pastoral são: Jubileu (2012) Credo-Profissão de Fé (2013) Os Mandamentos (2014) Evangelização (2015). TEMAS ANUAIS 2012: A Fé Recebida: O que Celebramos? - Jubileu Diocesano 2013: A Fé Professada: O que Cremos? - O Credo-Profissão de Fé 2014: A Fé Vivida: O que Queremos? - Os Mandamentos 2015: A Fé Partilhada: O que Testemunhamos? - A Evangelização 1

2 2012: A FÉ RECEBIDA I. Objectivo Geral: Memória e gratidão pela Fé recebida II. Objectivos Específicos: 1. Celebrar o Jubileu Diocesano 2. Promover o encontro dos fiéis com a Virgem Maria na oração e na catequese 3. Valorizar a memória histórica da Diocese de Inhambane. 4. Fortalecer a Economia, o Dizimo e a auto-sustentabilidade das comunidades 5. Divulgar e estudar da Exortação pós-sinodal Africae Munus 1. Celebrar o Jubileu Diocesano O Jubileu tem as suas raízes no ano sabático (Jubileu) dos Hebreus que se celebrava de 50 em 50 anos (Lv 25, 8-10). O Ano do Jubileu Diocesano é um tempo forte, um Ano Santo no qual todos somos chamados a louvar e agradecer a Deus o dom da Fé recebida e a existência da nossa Diocese, que desde há 50 anos é Igreja local, árvore robusta bem enraizada nesta terra e com muitos ramos, dando bons frutos. É uma ocasião para recordar, agradecer e reafirmar uma evangelização tão rica de frutos quanto difícil. Além dos aspectos celebrativos, o Jubileu deve ter também um carácter pastoral-missionário, indo ao encontro dos católicos afastados e apáticos, em primeiro lugar, e daqueles que ainda estão mais distantes. b) Propostas de actividade: 1. Celebrações Eucarísticas: - Abertura do Jubileu Diocesano: Quando? - 8 de Dezembro 2011: Solenidade da Imaculada Conceição, Padroeira da Diocese. Onde? - Catedral de Inhambane - Abertura do Jubileu a nível paroquial: Quando? - 11 de Dezembro Celebração Central do Jubileu Diocesano Quando? - 5 de Agosto 2012: Onde?- Catedral de Inhambane - Encerramento do Ano Jubilar: Quando? - 8 de Dezembro Peregrinação pelas paróquias da imagem de Nossa Senhora da Conceição. Quando? - Dezembro 2011 a Dezembro 2012: Onde? - A imagem de Nossa Senhora da Conceição visitará todas as paróquias. Celebrações de encerramento da Peregrinação a nível de Vigararia: -Vigararia Norte (18 de Março Mapinhane), -Vigararia Centro (5 de Agosto Inhambane), -Vigararia Sul (14 de Outubro em Inharrime). Objectivo? - Fortalecer a comunhão entre as paróquias e dentro de si e dinamizar o Jubileu através de uma presença simbólica da padroeira peregrina. 2

3 - Reforçar a caridade: durante a visita da imagem de Nossa Senhora da Conceição, cada comunidade prepare oferendas a benefício dos pobres e necessitados. - A partir desta peregrinação da imagem de Nossa Senhora da Conceição serão suscitadas outras programações e iniciativas em cada paróquia e comunidade. 3. Leitura e divulgação da Carta Pastoral de Dom Adriano Langa por ocasião do Jubileu: Crescer Firmes na Fé -Tradução da Carta Pastoral nas línguas vernáculas usadas na Diocese. -Reflexão e resposta às urgências pastorais evidenciadas na mesma: cada paróquia crie mecanismos de divulgação da carta pastoral: palestras, catequese durante as celebrações. Reflexão sobre os temas contidos na Carta Pastoral nas Jornadas da Juventude a nível de Vigararia. 4. Organizar jornadas de evangelização dirigida aos fiéis, com o objectivo de avivar-lhe a fé e a vida cristã e impulsionar a vida comunitária -Tratar-se-ia de uma pregação extraordinária e intensiva, complementar à pastoral ordinária. -Visto que o Ministério da Visitação às Famílias e a Bênção das casas já está bem lançada em algumas paróquias, esta seria a ocasião de dar um passo avante e enriquecer esta experiência com novos conteúdos e dinâmicas. 2. Promover o encontro dos fiéis com a Virgem Maria na oração e na catequese Com Maria, mulher de fé, Mãe de Jesus Cristo e Padroeira da nossa Diocese, queremos viver o Jubileu Diocesano. Queremos dirigir os nossos olhares para Maria, Mãe de Deus e Mãe da Igreja. Através da sua Fé e obediência à vontade de Deus, a Virgem Maria é a discípula mais perfeita do Senhor. A estátua de Nossa Senhora da Conceição, padroeira da Diocese de Inhambane, vai percorrer de norte a sul a província de Inhambane, durante o ano 2012 em que decorre a comemoração do Jubileu. O objectivo é fazer com que os cristãos católicos valorizem e manifestem seu afecto e respeito por Maria, não somente limitada a uma devoção, mas perceber também a sua grandeza e o comportamento desta mulher que soube dizer sim à vontade de Deus, sendo testemunha para os cristãos de todos os tempos. 1. Promover o espírito de oração e devoção mariana nos cristãos (Terço) e que este esteja presente no processo de formação cristã, em todas as etapas da vida e em todos os grupos apostólicos. sejam disponibilizados textos de oração, terços e cassetes com cânticos marianos. 2. Criar as condições para que a peregrinação da imagem de Nossa Senhora da Conceição às Paróquias e comunidades cristãs seja uma ocasião de catequese e de aumento da devoção a Nossa Senhora. - Dar aos cristãos uma boa catequese comunitária sobre os diversos aspectos da vida de Maria e aprender com Ela a crescer na santidade. Priviligiar a formação teológica e espiritual dos animadores e catequistas. Meditar sobre as grandes mulheres da Bíblia em preparação da reflexão Mariana. - Enriquecer a nossa devoção mariana, a importância de Maria na vida da Igreja, como testemunha fiel da salvação, e como Mãe que nos encaminha para o seu Filho Jesus. - Preparar espiritualmente as comunidades e celebrar com gratidão a visita da imagem de Nossa Senhora da Conceição, usando o Guião de Catequese e Celebração preparado para esta ocasião ou outros textos adequados. 3

4 3.Valorizar a memória histórica da Diocese de Inhambane. Celebrando o Jubileu Diocesano, recordamos também a história da Evangelização e da transmissão da Fé que se iniciou há 450 anos. O Jubileu é uma oportunidade e ocasião para narrar o processo de crescimento desta árvore que é a Diocese de Inhambane. A história não se faz só a partir das fontes escritas contidas nos arquivos e que narram os grandes acontecimentos e os feitos das grandes personagens. A história, sobretudo a História da Igreja, nasce e é feita por todos. È necessário valorizar a memória histórica das nossas comunidades, sobretudo dos mais velhos. Para isso é necessário incentivar e ajudar os Cristãos a contarem a sua própria história e a história da transmissão da Fé nas suas comunidades. 1. Recolha da História Oral das comunidades cristãs. - Escrever a História da Comunidade Cristã - Escrever sobre a vida, ministério e experiência dos principais catequistas das nossas paróquias que tiveram um papel importante na fundação e desenvolvimento das comunidades cristãs. Método: entrevistas, gravações, fotografia, filmagens, etc. - O Secretariado de Acção Pastoral preparará directrizes para a execução do projecto de construção de história oral e colectará informação para a história da Diocese de Inhambane. 2. História da Evangelização da Diocese de Inhambane. - A partir das fontes de arquivo, dos trabalhos históricos já existentes e o contributo das comunidades (história oral), redigir uma História completa da Evangelização da Diocese de Inhambane. 4. Fortalecer a Economia, o Dizimo e a auto-sustentabilidade das comunidades A construção da Igreja, comunidade dos fiéis, num determinado lugar, exige recursos humanos e materiais. Os tempos actuais são caracterizados pela escassez de recursos financeiros, que possibilitam a realização de muitos e importantes planos de evangelização, para a difusão do Evangelho e da fé cristã, conforme o mandato do Senhor (cfr. Mt. 28, 19-20). Daí a necessidade de nos organizarmos e trabalharmos para conseguirmos receitas, sem estarmos à espera de receber ajudas, pois, estas não são a melhor solução. Um dos caminhos para conseguir receitas é o dízimo. Por isso, a nossa Diocese está empenhada na sensibilização dos fiéis e mobilização das comunidades para a contribuição, através do dízimo, sem excluir outras formas de contribuição, como os peditórios, etc. b) Propostas de actividade: 1. Economia das comunidades. a) Criar ou reestruturar a Comissão de Economia e Dízimo nas paróquias e comunidades; b) Promover com os tesoureiros das comunidades encontros de formação e organização da economia; c) Criar cursos de formação para as equipas missionárias a nível diocesano e de vigararia para formar e consciencializar sobre a auto-suficiência económica. 2. Peditórios obrigatórios. 4

5 a) Sensibilizar e informar os fiéis sobre o significado, a importância e a finalidade de cada um dos peditórios obrigatórios; b) Avisar com antecedência a data os peditórios obrigatórios nas comunidades. 3. Dízimo a) Fazer uma ampla e exaustiva sensibilização e consciencialização em todas as paróquias e comunidades sobre o significado, a importância e a finalidade do dízimo. b) Valorizar a pessoa de cada dizimista. Para isso podem-se anunciar regularmente os nomes dos contribuintes e os respectivos valores entregues por cada um; pode-se também rezar e recordar sempre os dizimistas nas celebrações da Palavra e Eucarística, etc.; c) Fixação de um valor indicativo para o dízimo para o ano de 2012: 50 Mt (comunidades rurais) e 120 Mt (comunidades urbanas). 5. Divulgar e estudar a Exortação pós-sinodal Africae Munus No passado dia 22 de Novembro, durante a sua visita ao Benin, país da África ocidental, o papa Bento XVI entregou aos Bispos de África a Exortação Apostólica pós-sinodal Africae Munus. Este importante documento foi redigido a partir das 57 Proposições finais (propostas) do IIº Sínodo especial para a África, realizado em Outubro de 2009 e dedicado ao tema da Reconciliação, Justiça e Paz. O documento pontifício consta de duas partes: na primeira, examina as estruturas fundamentais da missão eclesial em África, que tem como objetivo chegar à reconciliação, à justiça e à paz, sobretudo através da evangelização; na segunda, são indicados os campos de apostolado da Igreja, em particular nos setores da educação, da saúde e dos meios de comunicação social. Sobretudo, predomina a esperança, consciente do património intelectual, cultural e religioso do continente, mas também dos atuais desafios que a África deve enfrentar. O Papa encoraja o continente a acolher cada vez mais Cristo, emancipando-se daquilo que paralisa e encontrando em si mesmo as forças para relançar a própria vida e a própria história. Na nossa Diocese acompanhou, com a oração, reflexão e contributo o IIº Sínodo Africano. Com maior razão, devemos divulgar, estudar e a implementar as indicações contidas no documento Africae Munus, sobre a missão da Igreja em África. 1. Difusão e leitura do documento nas equipas missionárias. 2. Curso diocesano para animadores de zona sobre o mesmo documento. 3. Fazer uma síntese do documento nas várias línguas vernáculas e apresentação da mesma no Conselho Paroquial. 4. O documento seja objectivo de estudo no encontro de formação do clero. 5. A Comissão de Justiça e paz, juntamente, com o SAP responsabilizam-se pelo trabalho de divulgação e reflexão do documento Africae Munus. 5