O arquétipo de Bentinho: entre o social e o psicológico

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1 O arquétipo de Bentinho: entre o social e o psicológico Lílian de Sant Anna Maia 1 Resumo: O escritor Machado de Assis passeou por dois momentos literários, romantismo e realismo, em sua fase realista, propõe-se, por meio de sua arte, retratar de maneira bastante sutil, a sociedade burguesa do século XIX. Para tanto, ele dialoga com o leitor, deixando-o à vontade para que junto com ele (o autor) seja construído o sentido para a obra literária. O dialogismo na obra literária machadiana estudado aqui, estará voltado para o jogo entre o cultural, o social e o psicológico, uma vez que tais elementos são imprescindíveis para a formação do arquétipo do personagem Bentinho da obra Dom Casmurro. Em Dom Casmurro, Bentinho é um ícone, uma vez que, mesmo o narrador dialogando com o seu leitor, o último, tem dificuldade de atribuir sentido à obra, posto que, a narrativa avança mais na sombra do que à luz, sugere mais do que revela. A força de sugestão possui uma capacidade de penetração psicológica e tal penetração será analisada por meio da psicologia jungeana. Palavras-chave: Bentinho, arquétipo, Dom Casmurro, Jung. 1. Introdução Este artigo cuja temática é: O arquétipo de Bentinho: entre o social e o psicológico, pretende estudar de acordo com a visão jungeana o comportamento de Bentinho na sociedade do século XIX, e, o que desencadeou o processo psicótico do personagem quando ele acredita que a sua esposa Capitu o traiu com o seu amigo Escobar e desse relacionamento nasce o seu filho Ezequiel. 1 Graduada em Letras, Pós-graduada em História Regional e Pós-graduanda em Estudos Comparados em Literaturas de Língua Portuguesa pela Universidade Estadual de Santa Cruz. Docente da Escola Municipal do Banco da Vitória e Colégio Estadual Moysés Bohana localizado no município de Ilhéus-Bahia.

2 O estudo ora apresentado, não se fecha aqui, é o início de um estudo que está sendo desenvolvido a partir de uma árdua pesquisa baseada nos estudos comparados entre a literatura machadiana e a psicologia jungeana. A análise da Obra machadiana Dom Casmurro dar-se-á por meio da interpretação do comportamento de Bentinho no âmbito social (dentro da instituição família e no relacionamento dele com outras pessoas que fazem parte de seu meio social). Desse modo, o consciente e inconsciente coletivo, símbolos, complexos na visão jungeana serão estudados, a fim de traçar o arquétipo do referido personagem. Em Dom Casmurro, Bentinho é um ícone, uma vez que mesmo o narrador dialogando com o seu leitor, o último, tem dificuldade de atribuir sentido à obra, posto que, a narrativa avança mais na sombra do que à luz, sugere mais do que revela. A força da sugestão possui uma capacidade de penetração psicológica e tal penetração será analisada por meio da psicologia jungeana. Os referenciais teóricos aqui levantados serão as obras completas de Carl G. Jung, arcabouço que revela a brecha existente entre o consciente e o inconsciente (pessoal e coletivo). A pesquisadora Nise da Silveira, pois faz um estudo sobre a vida e obra de Jung, traçando os vários tipos psicológicos, inconscientes, arquétipos e símbolos. Os teóricos literários Afrânio Coutinho, João Pacheco, Marisa Lajolo, em suas abordagens fazem uma reflexão acerca da obra machadiana. Esta pesquisa é relevante porque pretende atuar em duas áreas importantes do conhecimento a literatura e a psicologia. A partir do entrecruzamento desses saberes é que o estudo do arquétipo de Bentinho, personagem polêmico da literatura machadiana, será desenhado. 2. O contexto sócio-histórico-cultural do século XIX Durante o século XIX o mundo se encontrava em ebulição. Recentemente tinha havido a Revolução Industrial na Inglaterra, resultado de um conjunto de inovações técnicas e mudanças nas relações de trabalho. As transformações foram tão profundas, que

3 alteraram não só a produção de mercadorias como também o funcionamento das cidades, a relação entre as classes sociais, o pensamento político, entre tantas modificações. A primeira fase da Revolução Industrial inicia-se por volta da segunda metade do século XVIII, estendendo-se até a primeira metade do século XIX, aproximadamente. As principais transformações econômicas e técnicas ocorreram na Inglaterra. A partir de então, ainda no século XIX, a industrialização espalha-se pelo continente europeu, pelos Estados Unidos e pelo Japão. A expansão da Revolução Industrial está associada ao tráfico de escravos, controlado pela Inglaterra no século XVIII. Muitos africanos foram expatriados e levados para o sul dos Estados Unidos, as Antilhas e o Brasil: aconteceu a maior diáspora da história da humanidade. É nesse mesmo século que idéias cientificistas e materialistas conquistam espaços, tais como: positivismo de Augusto Comte; determinismo de Hipólite Taine e o darwinismo de Charles Darwin, que vinham se unir com a fermentação político-social. Tais idéias estão refletidas em muitas obras literárias brasileiras do século XIX. O desenvolvimento da Revolução Industrial juntamente com o tráfico de escravos para os países acima citados ocasionou o nascimento dos centros urbanos que se expandiram rapidamente. Com a necessidade de pouca mão-de-obra devido aos cercamento das propriedades rurais e à especialização no pastoreio, houve uma grande concentração da população em núcleos urbanos, isso veio acarretar o barateamento salarial, ao mesmo tempo, criava um mercado consumidor para os produtos industrializados. As primeiras décadas do século XIX foram marcadas, também, por idéias de liberdade difundidas pela Revolução Francesa, no período que compreende 1820 a 1848, as nações européias tentam conter tanto o avanço das idéias quanto a expansão napoleônica. É neste mesmo período que é publicado o Manifesto Comunista, de Karl Marx e Friedrich Engels, cuja idéia defendia o socialismo científico. O Brasil, no século XIX, passava por mudanças econômica e política. Dentro do contexto político, nas primeiras décadas, o país deixa de ser colônia de Portugal e torna-se independente. Na agricultura expandem-se as suas relações capitalistas, mas precisamente, no sudeste do país com o plantio do café. O ciclo da industrialização chega a São Paulo, com isso, amplia-se o comércio e a vida urbana torna-se mais complexa, em especial no

4 Rio de Janeiro. Nas últimas décadas desse século acontece a abolição da escravatura e o país muda de regime político, de país monárquico passa a ser um país republicano (1889). Segundo Pacheco (1967, p. 7) A partir de 1850, quando é abolido o tráfico negreiro, entra o Brasil em uma época de ebulição, que se acentuará depois de O capital que naquela atividade se empregava lança-se à busca de novas aplicações. A parecera o café, cuja lavoura se alastra rapidamente, a ponto tal que já, na década de , a sua contribuição para a exportação brasileira se havia elevado a 43,8% do total, alijando o açúcar da hegemonia e transferindo do norte para o sul o centro econômico do país. A efervescência do contexto econômico, social, político cede lugar para um novo quadro sócio-cultural, onde surge o Realismo, o Naturalismo e o Parnasianismo, exigindo assim, dos escritores literários outra maneira de abordar a realidade, contrapondo àquela idéia idealizada e romântica. É a partir desse momento que o escritor Machado de Assis torna-se mais espiritualista e faz uma revisão em sua postura literária, deixa o romantismo e assume uma postura realista. 3. Apropriação dos elementos sociais, históricos e culturais do século XIX e a transposição para a obra Dom Casmurro O escritor Machado de Assis transitou por dois momentos da literatura: o Romantismo e Realismo, porém ganha mais notoriedade na literatura a partir do Realismo, período que se revela um escritor sensível às questões psicológicas, ao analisar seus personagens. De acordo com Pacheco (1967, p. 37): Nos romances da segunda fase o autor continua tão soberano quanto nos primeiros, se não mais ainda. A soberania do escritor se dá no instante em que se apropria de elementos sociais, históricos e culturais do século XIX e re-significam em suas obras. Sabe-se que para analisar o comportamento de personagens em uma dada obra literária, faz-se necessário descrever a sociedade da época, esta descrição envolve elementos sociais, históricos, culturais, e tais elementos são bastante visíveis no interior da obra Dom Casmurro, posto que o personagem Bentinho cresce em meio a uma estrutura social deteriorada, a qual a instituição família, o casamento, encontram-se em falência.

5 Período em que a burguesia era hipócrita e defendia valores que não mais existiam. Lajolo (1980, p. 102) aponta: (...) Machado de Assis recria, em seus romances, o mundo carioca (e brasileiro) de uma sociedade arcaica, cujos hábitos antigos e cerimoniosos e cujas atitudes convencionais dissimulavam (...) toda a violência de uma sociedade escravocrata, onde o apadrinhamento e o jeitinho solucionavam, sempre que necessário, as situações geradas por uma estrutura social assentada nos privilégios e numa divisão desigual dos bens. Dom Casmurro era parte desta sociedade carioca arcaica. Ele representava dentro da narrativa o filho obediente que perdeu o pai cedo e fazia a vontade de sua mãe, mulher tão religiosa. Bentinho ao contar a sua história no capítulo III, intitulado A denúncia, revela o intento de dona Glória, colocá-lo em um seminário, no que diz respeito à vontade do rapaz de quinze anos, pouco interessava. D. Glória, Tio Cosme, José Dias, prima Justina e o Padre, todos traçavam o seu destino, o máximo que lhe cabia, era ouvir atrás da porta. A sociedade do século XIX cultivava-se a tradição, no que concerne aos estudos dos filhos, em uma família tradicional, normalmente, existia um médico, um advogado, um padre, isso no que confere a educação masculina, pois às filhas reservavam-se o casamento, o máximo que se permitia, no que concerne à vida pública era o magistério. Com Bentinho, filho único, não foi diferente, D. Glória e o tio Cosme o queriam padre, uma vez que o padre gozava de privilégio na sociedade oitocentista. Retomemos a fala de senhor José Dias quando conversa com D. Glória e tio Cosme: - Bem, uma vez que não perdeu a idéia de o fazer padre, tem-se ganho o principal. Bentinho há de satisfazer o desejo de sua mãe. E depois a igreja brasileira tem altos destinos. Não esqueçamos que o bispo presidiu a Constituinte, e que o padre Feijó governou o império... ( ASSIS, data e página) Percebemos que no século XIX a igreja, como era tradição ainda possuía um papel relevante dentro da sociedade. Dom Casmurro era de família tradicional, sua família possuía propriedade e ele como padre iria satisfazer os desejos de sua mãe que fizera uma promessa, ainda assim, estaria em posição de destaque na sociedade. A sociedade para Dom Casmurro resumia-se nele e Capitu. No mundo elaborado por ele, existia um aspecto relevante e que marcava o seu discurso, a não crença na instituição casamento, pois ao se referir ao casamento dos pais, descrevia a felicidade conjugal como à sorte grande, o casamento feliz era comparado por ele ao bilhete premiado de uma loteria.

6 Segundo Jung (1964, 20), uma palavra ou uma imagem é simbólica quando implica alguma coisa além do seu significado manifesto e imediato. Esta palavra ou imagem tem um aspecto inconsciente mais amplo, que nunca é precisamente indefinido ou de todo explicado. O personagem Bentinho criou uma imagem sobre a instituição casamento, quando resolve assumir seus sentimentos por Capitu, casando-se, não consegue estabelecer uma relação conjugal saudável, porque o fantasma da descrença em casamentos o persegue. Até o meado do século XIX só havia o casamento religioso, de acordo com Pacheco (1967), desde 1875 discute-se a necessidade da instituição do casamento civil, mas só em 1884 o governo propõe, no entanto, é em 1889 que esta necessidade se regulamenta. Historicamente, é neste período (na segunda metade do século XIX) que existe uma grande contradição entre o desejo de manter as tradições religiosas, ou seja, a Igreja impor seus valores, e o Estado implementar a sua política, tudo isso causou um atrito entre as duas instituições. Segundo Pacheco (1967, p. 8) Acentuam-se os atritos entre a Igreja e o Estado, que sempre os houvera, em virtude de conflito de jurisdição, ambos sempre discutiram a linha divisória de suas atribuições. Com o crescimento da sociedade brasileira e a diversificação de seus elementos, surgiram a diferenciação de credos religiosos, a criar problemas de ordem civil, como a regularização do registro de nascimento, casamento e óbito da população não católica. As discursões políticas entre a Igreja e o Estado se fazem presentes na obra Dom Casmurro, a falência dos valores religiosos que se dá, principalmente, por causa do cientificismo que começa a despontar com bastante força. E o escritor Machado de Assis capta as mudanças de paradigmas e em sua segunda fase (realista) a mola principal é o egoísmo, consciente ou inconsciente, reprimido ou deixado a agir livremente, não considerado apenas como fato psíquico mas também como faculdade volitiva. (Pacheco, 1967, p. 42). O que se pretende fazer aqui é justamente valorizar o fato psíquico e a faculdade volitiva do personagem Bentinho. 4. Perfil de Bentinho Alcunhado por Dom Casmurro, Bentinho era um jovem calado, de hábitos reclusos, metidos consigo. Segundo o narrador que é o próprio personagem, o significado de

7 Casmurro não tem nada a ver com o do dicionário, no entanto, utilizando o dicionário Aurélio do século XXI, pode-se definir como: aquele ensimesmado, sorumbático, triste. Realmente, Bentinho possuía esses atributos. Bentinho ao casar-se com Capitu, mostra-se um sujeito possessivo, incompreensivo, intolerante, ciumento. No segundo capítulo o narrador-personagem mostra-se detalhista e preso as tradições ao descrever a atual residência, e ao descrevê-la revela a semelhança entre a casa atual e o local que morava na infância. O retorno à infância e o retorno à adolescência é bastante significativo nesta obra é com sentido de atar as duas pontas da vida (velhice e adolescência). O meu fim evidente era atar as duas pontas da vida, e restaurar na velhice a adolescência. Pois, senhor, não consegui recompor o que foi nem o que fui. Em tudo, se o rosto é igual, a fisionomia é diferente. Se só me faltassem os outros, vá; um homem consola-se mais ou menos das pessoas que perde; mas falto eu mesmo, e esta lacuna é tudo. O que aqui está é, mal comparando, semelhante à pintura que se põe na barba e nos cabelos, e que apenas conserva o hábito externo, como se diz nas autópsias; o interno não agüenta tinta. Uma certidão que me desse vinte anos de idade poderia enganar os estranhos, como todos os documentos falsos, mas não a mim. Os amigos que me restam são de data recente; todos os antigos foram estudar a geologia dos campos santos. Quanto às amigas, algumas datam de quinze anos, outras de menos, e quase todas crêem na mocidade. Duas ou três fariam crer nela aos outros, mas a língua que falam obriga muita vez a consultar os dicionários, e tal freqüência é cansativa. (Assis, data) As reminiscências de Bentinho são tomadas pelo complexo 2 afetivo, pois o que Jung define complexo como: imagem de situações psíquicas fortemente carregadas de emoção e incompatíveis com a atitude e a atmosfera consciente habituais. Essa imagem é dotada de forte coesão interna, de uma espécie de totalidade própria e de um grau elevado de autonomia (Silveira, 2006, p. 32) A maior parte dos conteúdos do inconsciente pessoal é formado por complexos desse tipo, e Bentinho foi tomado por este tipo de complexo, embora não tenha dado conta desse processo. A promessa que a D. Glória que objetiva colocar Bentinho em uma igreja, incomodava-o, mas o que fazer, se o projeto foi feito antes dele ser concebido? O 2 Segundo Jung os complexos eram descritos como conteúdos psíquicos originados de conflitos vividos na área da problemática individual. Tinha suas raízes nos conflitos emocionais da primeira infância e também nos conflitos do presente, em qualquer idade.

8 personagem vivia esta angústia, embora quando criança a idéia de ir para o seminário já fazia parte de sua vida, até despertar para um novo mundo, o da sexualidade. Isso o martirizava. Tijolos que pisei e repisei naquela tarde, colunas amareladas que me passastes à direita ou à esquerda, segundo eu ia ou vinha, em vós me ficou a melhor parte da crise, a sensação de um gozo novo, que me envolvia em mim mesmo, e logo me dispersava, e me trazia arrepios, e me derramava não sei que bálsamo interior. Às vezes dava por mim, sorrindo, um ar de riso de satisfação, que desmentia a abominação do meu pecado. E as vozes repetiam-se confusas: Em segredinhos... Sempre juntos... Se eles pegam de namoro... (Assis, data) O despertar de Bentinho relacionava-se a um mergulho para o interior de si mesmo. Ao reconhecer-se não mais menino e sim um homem com vontades e desejos de homem. Bentinho como sonhador, interpretava no silêncio de Capitu o que o que para ele parecia ser amor. Na verdade Dom Casmurro constrói a imagem da moça e desenha os sentimentos dela. O personagem demonstra-se inseguro ao falar que não iria para o seminário, à medida que Capitu explode no que concerne a atitude de D. Glória para com Bentinho, adjetivando-a de Beata, carola e papa-missas, o personagem se mostra amedrontado com a reação de Capitu. Faz parte do perfil do protagonista a insegurança, o medo, a falta de posicionamento, caracterizando-se assim, como uma pessoa cujo tipo psicológico volta-se para o tipo sentimento introvertido. Conforme Silveira (2006, p. 56) Pessoas desse tipo, normalmente, apresentam-se calmas, retraídas, silenciosas. São pouco abordáveis e difíceis de compreender porque, sendo dirigidas por forças subjetivas, suas verdadeiras intenções permanecem ocultas. Daí algo enigmáticos envolvê-las. Os sentimentos de Bentinho embora secretos, são bastante intensos, isso o faz uma pessoa com sentimentos introvertidos. 5. A formação social e o comportamento psicológico da personagem Bentinho Bentinho quando criança foi tomado por complexos afetivos, antes de falar de que maneira, ou melhor, como ele foi arrebatado, explicarei a definição de complexo afetivo de acordo com Jung.

9 (...) A verdade não somos nós que temos o complexo, o complexo é que nos tem, que nos possui. Com efeito, o complexo interfere na vida consciente, leva-nos a cometer lapsos e gafes, perturba a memória, envolvendo-nos em situações contraditórias, arquiteta sonhos e sintomas neuróticos. O complexo obriga-nos a perder a ilusão de que somos senhores absolutos em nossa própria casa. (SILVEIRA, 2006, p. 30) O complexo afetivo tomou Bentinho, e ao contar toda a sua história, ele não percebeu que foi acometido pelo complexo, porém continua mantendo o equilíbrio emocional, desse modo, não consegue exteriorizar por intermédio de descargas emocionais os seus sentimentos, tornando-se assim, um neurótico. A relação de Bentinho com o mundo exterior e interior é meio conturbada. Bentinho apresenta-se na infância, principalmente na adolescência como uma pessoa introvertida, a relação dele com o objeto desejado é mantida dentro de limites bem medidos, toda manifestação emocional exuberante lhe desagrada, provocando assim, reações de repulsa. Por isso o tipo psicológico do protagonista associa-se ao sentimento introvertido. A fim de melhor compreender os tipos psicológicos de indivíduo extrovertido ou introvertido é de fundamental importância conhecer a função psíquica que o indivíduo usa preferentemente para adaptar-se ao mundo exterior. As funções psíquicas definidas por Jung são quatro: A sensação constata a presença das coisas que nos cercam e é responsável pela adaptação do indivíduo à realidade objetiva. O pensamento esclarece o que significam o objeto. Julga, classifica, discrimina uma coisa da outra. O sentimento, faz a estimativa dos objetos. Decide o valor que têm para nós. Estabelece julgamentos como o pensamento, mas a sua lógica é toda diferente. É a lógica do coração. A intuição é uma percepção via inconsciente. É apreensão da atmosfera onde se movem os objetos, de onde vêm e qual o possível curso de seu desenvolvimento. (Silveira, 2006, p. 48) Conforme Jung, todos nós possuímos as quatro funções, no entanto, uma delas sempre se apresenta mais desenvolvida que as outras três. A que se destaca é chamada de função principal. A luta pela existência do indivíduo está intimamente ligada a utilização da função principal. O ideal seria se todas as funções se exercessem na mesma proporção, isto levaria o indivíduo a conhecer satisfatoriamente o objeto sob os quatro aspectos, distribuindo de maneira equivalente a carga energética necessária à atividade de cada função, mas não é isso que acontece. Quando uma função sobrepõe-se às outras,

10 conseqüentemente, o sujeito é acometido de perturbações neuróticas. Foi isso que aconteceu com Bentinho. 6. O arquétipo de Bentinho: entre o social e o psicológico O personagem Dom Casmurro fora prometido desde pequeno à igreja por sua mãe, uma mulher bastante religiosa. Quando seu primeiro filho morreu D. Glória fez a promessa de entregar o seu segundo filho à vida religiosa, isto é, ao seminário. Bentinho descobriu o porquê do interesse da mãe em deixá-lo cada vez mais próximo das questões relacionadas à igreja. Durante toda a sua adolescência Bentinho viveu angustiado. Bentinho descobre-se apaixonado por Capitu no momento em que José Dias levanta essa possibilidade para D. Glória que não acredita, mas por segurança resolve o mais rápido colocá-lo em um seminário. É nesse momento que a cabeça de Bentinho dá um nó, pois traz do inconsciente à consciência o amor que ele sente por Capitu, que estava até então adormecido. É a partir desse momento que o arquétipo 3 de Bentinho na visão jungeana será percebido. Jung apontava que para o homem não ser tragado pelo inconsciente ele deve manterse firmemente enraizado na realidade externa, ocupar-se de sua família, de sua profissão, isso não aconteceu com Bentinho. O personagem sente a lacuna e reconhece que perdeu uma parte de si. Esta parte é Capitu, que era tudo que ele queria ser e não era, uma vez que não conseguia ser o que ele pensava odiar. Na literatura, personagens normalmente são baseados em arquétipos, já que podem ser interpretados como símbolos que representam uma idéia universal do homem. Utilizar personagens-arquétipos confere a história maior aceitabilidade, visto que os personagens personificam imagens que fazem parte da psique do leitor. Jung consegue identificar alguns arquétipos presentes na literatura: o herói; o mentor; o guardião; a Sombra; o Pícaro; a Grande-Mãe; a Criança; o Si-Mesmo; o Homem-Cósmico; o Artista-Cientista. 3 Jung define arquétipo como possibilidades herdadas para representar imagens similares, são formas instintivas de imagina.

11 De acordo com a visão jungeana, Bentinho se encaixa em dois deles: a Sombra e o Si-Mesmo. Entendendo que arquétipo é o resultado de inúmeras experiências típicas da série de ancestrais. Os instintos são manifestações dos arquétipos, ou melhor, impulsos criadores provenientes do inconsciente. Bentinho é o resultado da sociedade do século XIX, onde mudanças sociais, políticas e científicas aconteciam. No âmbito familiar, perdera seu pai ainda menino e admirava sua mãe, pois ela era uma mulher que se mostrava forte, decidida, pois a postura dela diferia muito da dele, bem como, diferente do comportamento de Capitu. O comportamento de Capitu para Bentinho assemelhava-se ao de sua mãe, normalmente, Bentinho não questionava nem o que era colocado por sua Capitu e muito menos por sua mãe. É difícil de decifrar se o que ele tinha pelas duas era respeito ou medo. E o medo na concepção de Jung, nada mais é do que um desejo reprimido. E havia muitos desejos reprimidos em Bentinho. 7. Considerações finais O estudo sobre: O arquétipo de Bentinho: entre o social e o psicológico, ainda incipiente, que está longe de ser concluído, extrapola os limites da literatura, passeando por diversas áreas do conhecimento, em especial, pela história da sociedade brasileira do século XIX e pela formação do arquétipo de um sujeito representante dessa sociedade. Para compreender a formação do arquétipo de Bentinho foi necessário conhecer alguns aspectos histórico-culturais da sociedade oitocentista, pois o personagem encontrava-se inserido neste contexto dentro da ficção machadiana. O comportamento de Bentinho dentro da sociedade é típico de um neurótico. Embora de aparência calma, de idéia fixa, aceita o que é projetado por sua mãe e não tem forças para dizer não. Mas sofre todo o tempo com a possibilidade de ir para o seminário. O desespero de Bentinho no momento em que pensava em ficar enclausurado num seminário era tanto que até sonhava com o Imperador indo à sua casa pedir a sua mãe que não o mandasse seguir a vida eclesiástica. A energia psíquica de Bentinho, transformava-se em imagens por meio de sonhos. Segundo Jung (apud Silveira, 2006) desde que a atividade

12 consciente repousa sobre os lastros básicos dos instintos e dos arquétipos, é fundamental que seja estabelecido um diálogo entre o consciente e o inconsciente, com o intuito de haver uma apropriação de um influxo energético emanado do dinamismo das estruturas de fundamento da vida psíquica. Provavelmente o que ocorreu com Bentinho foi que abriu uma fenda larga entre o consciente, deixando-o neurótico. Desta forma, sabemos que Bentinho vivia em um constante conflito interior, o que fazia com que ele não revelasse sua real identidade e se libertasse de tal condição. Embora ele tivesse, de certa forma, consciência de tudo que lhe acontecia, vivia constantemente com o fantasma da negação junto às vontades da sua mãe. 8. Referências bibliográficas COUTINHO, Afrânio. A literatura no Brasil. 7ª ed. rev. E atual. São Paulo: Global, JUNG, Carl Gustav. Fundamentos de psicologia analítica. Tradução de Araceli Elman. 10ª ed. Petrópilis. Vozes, JUNG, Carl Gustav. O Homem e seus Símbolos. Tradução Maria Lúcia Pinto. Rio de Janeiro: Nova Fronteira LAJOLO, Marisa. Machado de Assis. São Paulo: Abril, Literatura comentada. PACHECO, João. O Realismo: a literatura brasileira. Vol. III. 2ª ed. São Paulo. Cultrix SILVEIRA, Nise da. Jung: vida e obra. 16ª ed. Ver. Rio de Janeiro: Paz e Terra, /Dom Casmurro, acesso em 12 de junho de 2008.

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