Planeam/ Estratégico de SI
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- Bruno Casado Costa
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1 Planeam/ Estratégico de SI Curso de Engenharia de Sistemas e Informática - 4º ANO Frequência de Planeamento Estratégico de Sistemas de Informação (Teórica) 2002 / Data: 2003/07/05 Duração 60 Minutos Observações: Esta prova é dividida em duas partes: a primeira, teórica (sem consulta), sendo a segunda (análise a casos), com consulta. Em cada uma, as questões têm a respectiva cotação indicada (em 20 valores totais). O cálculo da nota da frequência será uma média pesada das duas componentes (teórica e teórico-prática), sendo o peso da primeira de 50% e da segunda, os restantes 50%. A adicionar a esta classificação estão os demais componentes da avaliação, acordados na 1.ª aula da disciplina e disponíveis na respectiva página online. 1. (2 V) No denominado referencial para Planeamento Estratégico de SI, assume relevância, de entre outros, o ambiente de negócio, como componente fornecedor de entradas para o PESI. Justifique a sua relevância e de que forma interactua com outros componentes do referido referencial, especialmente com o ambiente de SI/TI, a carteira de aplicações actual e desejável da organização e a forma como o cada vez maior ritmo de mudança do ambiente de negócio poderá afectar esta interdependência e o desenvolvimento dos SI s. 2. (1.5V) Para a avaliação dos desempenho das empresas, são importantes os chamados Indicadores Chave de Desempenho (KPIs). Mostre a sua interdependência com os Factores Críticos de Sucesso e análise SWOT, indicando em que medida influenciarão a concepção dos SI, focando a sua exposição na vertente operacional e numa segunda parte, na vertente de suporte à decisão. 3. (1.5V) Efectue uma análise dos sistemas POS nas grandes cadeias de retalho (ex. WalMart), em termos da cadeia de valor, indicando e justificando o seu impacto estratégico. 4. (1.5V) A identificação de oportunidades estratégicas em SI em relação a clientes, fornecedores e competidores utiliza a técnica denominada de Gerador de Opções Estratégicas. O processo é faseado, sendo a 2.ª fase, o estabelecimento dos impulsos estratégicos. Dê a sua opinião fundamentada quanto ao impulso que será mais adequado quando o alvo estratégico é o cliente, fazendo acompanhar a sua resposta de análise a caso, se isso parecer adequado à sua fundamentação. 5. (1.5V) Apesar do nome atribuído Back-Office e Front-Office, estas aplicações PESI Frequência 2003/07/05 Pág. 1
2 são, na realidade, complementares e não radicalmente opostas. Comente a afirmação, mostrando como a arquitectura CRM surge ligada a essas duas realidades aplicacionais. 6. (2 V) A integração e melhoria de relacionamentos, quer a nível da cadeia de valor interna quer a nível do sistema de valor, são, cada vez mais, uma realidade motora de desenvolvimento de novos SI s, sendo genericamente alcunhados de reengenharia dos processos. A profundidade das alterações geradas poderão ser mais ou menos severas, havendo situações em que se justificam soluções radicalmente novas, abordagem denominada de invenção de processo de negócio. Mostre quando, citando um exemplo que deverá servir para a justificação da abordagem, mostrando a profundidade das alterações geradas e avaliando-as em termos dos benefícios esperados quanto aos parâmetros: aceleração do valor, reestruturação do valor e inovação. Fim da Frequência Teórica PESI Frequência 2003/07/05 Pág. 2
3 Planeam/ Estratégico de SI Curso de Engenharia de Sistemas e Informática - 4º ANO Frequência de Planeamento Estratégico de Sistemas de Informação (T.Prática) 2002 / Data: 2003/07/05 Duração 90 Minutos SICOPS facilita gestão empresarial De Cláudia Sargento Semana nº 599 de 3 a 9 de Maio de 2002 O sistema integra módulos desenhados a pensar nas necessidades específicas do sector da construção O Sistema Integrado de Informação para a Construção e as Obras Públicas (SICOPS) é um software de ERP desenhado a pensar nas necessidades específicas deste sector. Lançada pela Associação de Empresas de Construção e Obras Públicas (AECOPS), esta solução vertical visa facilitar a gestão empresarial, disponibilizando módulos de orçamentação, de contabilidade geral e analítica, de gestão de contas correntes e de pagamentos a fornecedores e clientes, de gestão de tesouraria, de stocks, de projectos e também de obras. O SICOPS permite ainda a automatização de processos, já que garante o suporte de todo o tipo de negócios e disponibiliza ferramentas de business intelligence, "integrando indicadores de gestão e gráficos simples e utilizando tecnologia que potencia o recurso à Internet". O projecto nasceu como consequência do significativo acréscimo da procura de produtos e serviços de TI que se tem verificado no sector PESI Frequência 2003/07/05 Pág. 3
4 da construção. Como explicou ao Semana João Paulo Fazendeiro, solutions sales manager da área de e-business suite da Oracle, "tornou-se evidente a necessidade de criar um sistema que permitisse às empresas uma primeira abordagem ao mundo da tecnologia através de uma área vital para elas, como é o caso da financeira". O desenvolvimento tecnológico do SICOPS assenta no software e-business suite da Oracle, "ao qual se juntou depois o conhecimento do negócio proveniente da AECOPS". O projecto foi desenvolvido em parceria com a Direcção-Geral da Indústria e com o IAPMEI e tem como principais fornecedores, para além da Oracle, o ITIC, a Consulmentor, a Logicentro e a e-chiron, tendo ficado a cargo desta última a gestão das máquinas e do helpdesk. A funcionar em modelo de application service provider (ASP), o sistema permite às empresas aderentes o acesso à informação de forma partilhada, remotamente e mediante o aluguer de ferramentas de software SICOPS. A opção pelo ASP visa deixar a gestão do sistema e o apoio ao utilizador a cargo do fornecedor do serviço, "sendo apenas necessário que a empresa aderente disponha de um PC, de uma rede local e de uma linha de comunicação com o data center". Acesso móvel Torna-se ainda possível aceder ao sistema a partir das várias frentes da obra e dos próprios estaleiros. Na verdade, "o sistema permite enviar informação ao chefe da obra com todas as alterações feitas em termos de orçamento". É possível aceder aos dados a partir de Palms e de todo o tipo de dispositivos móveis, "tendo sido pensada igualmente a disponibilização de informação via telemóveis de terceira geração". O sistema integra ainda uma outra funcionalidade extra, "menos crítica para as empresas de construção civil mas igualmente útil", que tem a ver com a gestão de recursos humanos. Com a entrada em funcionamento do SICOPS, pretende-se atingir diversos objectivos, que passam desde logo pela introdução de boas práticas de gestão no sector, mas essencialmente pela "disponibilização de ferramentas informáticas da última geração e pela possibilidade de promover a integração futura com um e- marketplace", salientou João Paulo Fazendeiro. Nas palavras do responsável da Oracle, "este é um projecto que tem tido uma enorme visibilidade e consequentemente uma boa adesão". Na verdade, durante a primeira fase houve um elevado número de empresas que pretenderam aderir ao SICOPS, embora, "para minimizar os riscos, tenhamos seleccionado apenas seis, o que nos permitiu avançar de forma mais cautelosa". Assim, foram escolhidas duas empresas da Grande Lisboa, uma do Algarve, uma de Trancoso e outra da região do Minho, "de forma a garantir uma eficaz dispersão geográfica". Os clientes são pequenas e médias empresas que pagam uma taxa mensal por utilizador, "tendo assim direito a utilizar o sistema, a efectuar upgrades, a aceder à manutenção e a utilizar o helpdesk". Formação on-job PESI Frequência 2003/07/05 Pág. 4
5 Os custos de adesão integram ainda despesas com implementação e funcionamento do SICOPS, sendo os primeiros calculados com base nos dias que a equipa técnica vai precisar para efectuar o trabalho. Estão ainda previstas acções de formação on-job para todos os utilizadores designados pela empresa. O projecto é 100 por cento nacional, embora a Oracle portuguesa tivesse ido buscar aos Estados Unidos o conceito de business on-line utilizado pela empresa naquele país, "e também toda a metodologia necessária para o desenvolvimento deste tipo de projectos, adaptando-a posteriormente ao SICOPS". Relativamente a evoluções futuras, João Paulo Fazendeiro referiu que "este é um primeiro passo que visa levar as TI até ao sector da construção civil". A partir daqui existem inúmeras possibilidades de evolução, tais como o procurement, "uma área que pensámos integrar de início mas depressa compreendemos que teria de ficar para segundo plano, depois de esta primeira fase estar totalmente implementada". A integração com marketplaces também constitui uma possibilidade, bem como a futura evolução para a área de customer relationship management (CRM), mas ambas só farão sentido "quando toda a área de contabilidade, orçamentação e fecho de contas do dia estiverem implementadas". Para João Paulo Fazendeiro, não é realista "estar a sonhar com grandes voos sem ter a base formada e é nisso que a AECOPS está a apostar". Questões a responder relativamente ao texto acima 1. Comente o caso acima apresentado, na perspectiva da AECOPS: a) (1 V) À luz da teoria dos impulsos estratégicos; b) (1 V) Da análise de Forças Concorrenciais; c) (1 V) Da análise de Factores Críticos de Sucesso; 2. (1 V) Comente a relevância dada à vertente móvel da solução. 3. (1.5 V) Poderá revelar-se relevante para o ASP a vertente informacional? Justifique a sua resposta, indicando possível arquitectura para o sistema e, especialmente, como poderá também integrar-se numa perspectiva e- marketplace e CRM (vislumbrada no último parágrafo). 4. (1.5 V) No penúltimo parágrafo, aborda-se a temática do procurement. Alargue o 1.º diagrama mostrado para incluí-lo, acompanhando a nova arquitectura com descrição apropriada dos processos associados. PESI Frequência 2003/07/05 Pág. 5
6 Outras Questões a responder 5. (1.5 V) Será que este ERP se adapta à forma desta empresa fazer negócio? É crítico para as empresas perceber se a forma como fazem negócio se coaduna a um dado package ERP standard, antes de iniciar a implementação. A razão mais comum de questionar um projecto ERP de muitos milhões de dólares já em instalação ou instalado é o descobrirem que o software não suporta um dos seus processos de negócio mais importantes. Aí só há duas soluções: 1) poder mudar o processo de negócio para acomodá-lo ao software, implicando alterações profundas na forma de fazer negócio há muito estabelecida (razão provável de vantagens concorrenciais) e alterar importantes papeis e responsabilidades de pessoas (a que poucas empresas se atreverão); 2) Poder modificar o software para se adaptar ao processo, que irá atrasá-lo, introduzir bugs perigosos no sistema e tornar o upgrade do software muito mais difícil para o vendedor do ERP, dado que as adaptações devem ser tomadas à parte e rescritas para se adaptarem à nova versão. Retirado de The ABCs of ERP By Christopher Koch Comente o texto à luz de alguns critérios de avaliação de uma aplicação ERP: o seu posicionamento na carteira de aplicações; mapeamento funcional com os processos de negócio da empresa; versatilidade da arquitectura da aplicação ERP; grau de integração dos diversos componentes ERP; a utilização estratégica do ERP como arma estratégica. 6. (1.5 V) Segundo Jeff Bezos, mentor e fundador da Amazon.com: "No mundo on-line, os negócios têm a oportunidade de desenvolver relacionamentos muito profundos com os clientes de duas formas: aceitando as preferências dos clientes e então observar o seu comportamento de compra ao logo do tempo. Desta forma consegue-se um conhecimento individualizado do cliente o que permite acelerar o seu processo de descoberta. Ao conseguir fazer isto, os clientes sentirão, cada vez mais, uma lealdade profunda à empresa, porque ela os conhece bem Comente o texto à luz dos objectivos do CRM e FCS do e-commerce. Fim da Frequência Teórico - Prática PESI Frequência 2003/07/05 Pág. 6
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