A CONSULTORIA NA ENGENHARIA HIDROAGRÍCOLA

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1 A CONSULTORIA NA ENGENHARIA HIDROAGRÍCOLA UMA EXPERIÊNCIA NUNO ANTÓNIO RODEIA TORRES COLAÇO Relatório Integrador da Atividade Profissional para obtenção do Grau de Mestre em Engenharia Agronómica Ramo de Engenharia Rural Orientador: Doutor José Luís Monteiro Teixeira Júri: Presidente: Doutora Cristina Maria Moniz Simões Oliveira, Professora Associada com agregação do Instituto Superior de Agronomia da Universidade de Lisboa Vogais: Doutor José Luís Monteiro Teixeira, Professor Associado do Instituto Superior de Agronomia da Universidade de Lisboa Doutor Rui Marçal de Campos Fernando, Professor Associado do Instituto Superior de Agronomia da Universidade de Lisboa 2015

2 Agradecimentos Agradeço ao Professor José Luís Teixeira o incentivo, a disponibilidade demonstrada, e as opiniões pragmáticas que me orientaram na elaboração deste relatório. Manifesto a minha gratidão a todos os companheiros de jornada, aos professores, colegas e técnicos das várias instituições com quem tive a honra de trabalhar ao longo da vida profissional, pelos ensinamentos, pela crítica, pelos exemplos recebidos e pela partilha de vivências que me moldaram e permitiram a satisfação pessoal de objetivos. O meu profundo agradecimento também a todas as empresas e instituições com as quais colaborei, em especial a COBA, por me terem proporcionado as condições para a minha realização profissional. Estou imensamente reconhecido aos familiares e amigos que me incentivaram e apoiaram, à imagem do que fizeram ao longo de toda a minha vida profissional, na preparação deste trabalho. Não posso deixar de expressar a minha eterna gratidão a meu pai, Vasco Torres Colaço, modelo de rigoroso respeito por fortes valores de deontologia profissional e de dedicação à coisa pública. a

3 Resumo A atividade principal do autor nas últimas três décadas e meia tem sido a consultoria de engenharia exercida principalmente nos domínios do planeamento e projeto de sistemas e obras hidráulicas, com incidência particular nos aproveitamentos para fins hidroagrícolas, e na coordenação de equipas de projeto multidisciplinares, em Portugal e no estrangeiro. O presente relatório tem como objetivos fundamentais: - fazer o relato detalhado do percurso profissional e um balanço analítico da experiência acumulada, demonstrando a aquisição das competências necessárias para a obtenção do grau de mestre e, - compartilhar aspetos de ordem técnica e organizacional considerados pelo autor relevantes no exercício da profissão, perspetivando tendências para o desenvolvimento desta com base nas ameaças e oportunidades identificadas. O documento está apresentado em duas partes. O primeiro grupo de itens está focado num relato detalhado da formação do autor e no respetivo percurso profissional, incluindo a exposição dos estudos e projetos mais relevantes. A segunda parte colige um conjunto de notas e reflexões pessoais retrospetivas sobre o exercício da profissão e as tecnologias e metodologias que lhe estão associadas, e também uma visão pessoal sobre as tendências futuras para esta atividade profissional. Palavras chave: Engenharia, Rega, Projeto, Planeamento, Gestão da Água. Abstract The main activity of the author in the last three and a half decades has been engineering consultancy focused mainly in the domains of hydraulic systems and works planning and design, with particular emphasis on hydro-agricultural development purposes, and coordination of multidisciplinary project teams, both in Portugal and abroad. The fundamental objectives of the document are: - to present a detailed report on professional record and an analytical review on the acquired experience, demonstrating the acquisition of skills required to obtain the M.Sc. degree and, - to share the aspects considered relevant by the author for this kind of professional activity, foreseeing trends for future development based on the identified threats and opportunities. The document is presented in two parts. The first part is focused on a detailed record of the author s education and professional career, including the presentation of more relevant studies and projects. The second part collects a set of notes and retrospective personal reflections on the exercise of the profession and the technologies and methodologies associated with hit, and also a personal view on future technical and organizational trends for this occupation. Keywords: Engineering, Irrigation, Project, Planning, Water management b

4 A CONSULTORIA NA ENGENHARIA HIDROAGRÍCOLA UMA EXPERIÊNCIA ÍNDICE DO TEXTO 1 INTRODUÇÃO FORMAÇÃO ACTIVIDADE PROFISSIONAL Apresentação Cargos e funções exercidas, evolução profissional / 2007 COBA / 2013 GIBB Portugal / 2015 IBI Engenharia Experiencia específica como projetista Experiencia Geral Relação de trabalhos Comentários ao elenco de trabalhos Notas relativas aos trabalhos mais relevantes BALANÇO RETROSPECTIVO Introdução Os paradigmas de projeto Os aspetos de ordem tecnológica e metodológica PROSPECTIVAS E TENDENCIAS Apresentação Tendências nos procedimentos e meios de trabalho Tendências para os paradigmas de projeto e de gestão de recursos Tendências para a atividade de consultor de engenharia da água (hidroagrícola ou outra) NOTA FINAL REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS LISTA DE QUADROS Quadro 3.1 Lista de trabalhos realizados 19 Quadro Distribuição dos projetos de Aproveitamentos Hidroagrícolas por níveis de estudo 35 LISTA DE FIGURAS Figura 3.1 Funções desempenhadas ao longo da carreira profissional 2 Figura Linha do Tempo - Período Figura Linha do Tempo Período Figura Linha do Tempo Período Figura Linha do Tempo Período Figura Peso relativo de cada um dos tipos de estudos por período de tempo 34 Figura Áreas de Aproveitamentos Hidroagrícolas que foram projetadas em cada ano 36 i

5 Figura Barragem de Massingir e rio dos Elefantes 38 Figura 3.9 Vale do Rio dos Elefantes 38 Figura 3.10 Região subdesértica do Namibe 39 Figura 3.11 Welwitschia no deserto do Namibe 39 Figura 3.12 Vale do Rio Giraúl, Namibe 40 Figura 3.13 Vale do Rio Giraúl, Namibe 40 Figura 3.14 Horticultura no vale do rio Bero, Namibe 40 Figura 3.15 A consociação de olival com culturas subtropicais nos oásis do Namibe 40 Figura 3.16 Laranjais no vale do rio Arade 41 Figura 3.17 Ocupação cultural do Bloco de Vale da Vila 42 Figura 3.18 Campos de Maiorga 46 Figura 3.19 Campos de Valado de Frades 46 Figura 3.20 Tomada d Água no rio Curu 48 Figura 3.21 Coqueiral em Curu-Paraipaba 48 Figura 3.22 AHag Curu-Paraipaba Vista Geral 48 Figura 3.23 AHag do Gharb. Canais elevados 49 Figura 3.24 Canal Castanhão-RM Fortaleza 50 Figura 3.25 Canal Castanhão-RM Fortaleza Vista Geral 50 Figura 3.26 Regadio do Xai-Xai, Vala Principal 53 Figura 3.27 Regadio do Xai-Xai, Comportas de maré nos diques de proteção 53 Figura 3.28 Regadio do Xai-Xai, EB drenagem principal 53 Figura 3.29 Regadio do Xai-Xai, Rede Terciária 54 Figura 3.30 Horticultura no Regadio do Xai-Xai 54 Figura 3.31 Regadio de Itamarati II Vista Geral 55 Figura 3.32 Regadio de Itamarati II Colheita da soja 56 Figura 3.33 Regadio de Itamarati II Captação direta no rio para alimentação de pivot 57 Figura 3.34 Regadio de Itamarati II Vista Geral Campo de Soja 58 ANEXO 82 LISTA DE ABREVIATURAS E ACRÓNIMOS AHag Aproveitamento Hidroagrícola AHel Aproveitamento Hidroelétrico AIA Avaliação de Impacte Ambiental APD Avant Projet Détaillé CEE Comunidade Económica Europeia COBA Consultores para Obras Barragens e Planeamento S.A. DGADR Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural DGHEA Direção-Geral de Hidráulica e Engenharia Agrícola DGSH Direção Geral dos Serviços Hidráulicos DGRAH Direção Geral dos Recursos e Aproveitamentos Hidráulicos ii

6 DN Diâmetro Nominal EB Estação de Bombagem EDIA Empresa de Desenvolvimento de Infraestruturas de Alqueva, S.A. EE Estação Elevatória e.g: exempli gratia (por exemplo) EIA Estudo de Impacte Ambiental EP Estudo Prévio EFMA Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva FAO - Food and Agriculture Organization of the United Nations FT Ficha de Trabalho IDRHa - Instituto de Desenvolvimento Rural, Hidráulica e Ambiente IBI IBI Engenharia Consultiva S/S IEADR Instituto de Estruturas Agrária e Desenvolvimento Rural IHERA - Instituto de Hidráulica, Engenharia Rural e Ambiente INAG Instituto Nacional da Água LNEC Laboratório Nacional de Engenharia Civil mca Metros coluna de água NmE Nível Mínimo de Exploração NPA Nível de Pleno Armazenamento PE Projeto de Execução PEAD Polietileno de Alta Densidade PN Pressão nominal PRFV - Poliéster centrifugado e reforçado a fibra de vidro PS Pressão de serviço Q Caudal rpm rotações por minuto RH Recursos Hídricos SIG Sistema de Informação Geográfica t - Toneladas TIR Taxa Interna de Rentabilidade VAL Valor Atualizado Líquido iii

7 A CONSULTORIA NA ENGENHARIA HIDROAGRÍCOLA UMA EXPERIÊNCIA 1 INTRODUÇÃO Seguindo o disposto no n.º 3 do artigo 3º do Regulamento Geral dos Segundos Ciclos de Estudo conducentes ao grau de Mestre do Instituto Superior de Agronomia (Despacho n.º 10544/2011, de 22 de agosto), apresenta-se neste documento o Relatório Integrador de Atividade Profissional do engenheiro agrónomo Nuno António Rodeia Torres Colaço, aluno com o número O relatório agora apresentado tem como objetivo a obtenção do grau de Mestre em Engenharia Agronómica, na área de especialização de Engenharia Rural, pelo Instituto Superior de Agronomia da Universidade Técnica de Lisboa. O autor do relatório é consultor de engenharia e tem desenvolvido a sua atividade profissional no domínio dos estudos e projetos de hidráulica agrícola, de sistemas hidráulicos, da gestão da água e do desenvolvimento rural. O relatório apresenta-se desenvolvido em duas componentes. A primeira parte está focada num relato detalhado da formação do autor, apresentada no capítulo 2, e do respetivo percurso profissional, incluindo a exposição dos estudos e projetos mais relevantes, reunido no capítulo 3. A segunda parte colige, no capítulo 4, um conjunto de notas e reflexões pessoais retrospetivas sobre o exercício da profissão e, no capítulo 5, notas finais e a visão pessoal sobre as tendências futuras para esta atividade profissional. Foi integrado no relatório um Anexo que engloba informação complementar com interesse para os temas tratados no respetivo corpo central. 2 FORMAÇÃO Concluí a parte escolar da Licenciatura em Agronomia do Instituto Superior de Agronomia da Universidade Técnica de Lisboa em 17 de outubro de Aceitando a oferta de um posto para estágio profissional em Moçambique da empresa COBA, realizei o estágio curricular, no período compreendido entre outubro de 1980 e junho de 1981, integrado na equipa de projeto chefiada pelo engº Manuel Macedo Franco (que tinha sido meu docente de Hidráulica Geral e Agrícola), tendo participado ativamente em todas as tarefas de preparação do Projeto de Execução de todas as infraestruturas de um aproveitamento hidroagrícola. O Relatório de Atividade do Estágio de Engenheiro Agrónomo, que preparei sob orientação do Prof. Zózimo Castro Rego, intitulou-se: Aproveitamento Hidroagrícola de Massingir R.P. Moçambique Estudo da Rede de Rega. Concluí a licenciatura em Agronomia em 30 de julho 1981 com média final de 13,1 valores. Ao longo da carreira recebi alguma formação complementar, adequada às funções que fui sucessivamente exercendo, nomeadamente: - Programa de Formação «Ciclo de Qualidade Global». AGESFAL Management Institute (1999/00) - «Conceção e Gestão de Sistemas de Informação Geográfica». FUNDEC, IST, Lisboa (1998) 1

8 3 ACTIVIDADE PROFISSIONAL 3.1 Apresentação Licenciado em Agronomia em 1981, tenho 34 anos de atividade profissional na área da consultoria de engenharia exercida principalmente nas áreas do planeamento e projeto de sistemas e obras hidráulicas, com incidência particular nos aproveitamentos para fins hidroagrícolas, e na coordenação de equipas de projeto multidisciplinares. Desde 1992 exerço de modo contínuo cargos de gestão e direção de departamentos técnicos em empresas privadas de consultoria de engenharia, em Portugal, na Argélia e no Brasil. Nesse âmbito tenho desempenhado várias tarefas de direção ligadas às áreas da produção, da atividade comercial e da gestão de recursos humanos. Como projetista, tive oportunidade de participar, maioritariamente como técnico e responsável pelo planeamento e pela gestão e coordenação das equipas multidisciplinares de projeto, Estudos Prévios e de Viabilidade, Anteprojetos, Projetos de Execução e Processos de Concurso relativos a Aproveitamentos Hidroagrícolas, Grandes Obras Hidráulicas, Planeamento de Recursos e Sistemas de Abastecimento de Água, em Portugal, no Brasil, em Moçambique, em Angola, na Argélia e em Marrocos. Fui também coordenador das equipas de trabalho que prepararam parte dos ficheiros temáticos vitícolas e olivícolas em Portugal. No quadro das atividades de projetista e de diretor residi em Moçambique, na Argélia e no Brasil. Os subcapítulos seguintes apresentam em detalhe as funções que desempenhei sucessivamente, sintetizadas na Figura 3.1, e os estudos e projetos em que participei Licenciatura ISA (11 anos) Estagiário e Engenheiro Projectista do Núcleo de Agronomia da COBA S.A (11 anos) Chefe do Nucleo/Divisão de Agronomia da COBA (2 anos) Diretor-adjunto do Serviço de Recursos Naturais e Equipamento, Chefe Núcleo de Agronomia da COBA (2 anos) Diretor Residente da COBA na Argélia (4,5 anos) Diretor do Departamento de Hidráulica, Recursos Hídricos e Ambiente da GIBB Portugal S.A (2 anos) Coordenador Senior de Projectos da IBI Engenharia (Br.) Figura 3.1 Funções desempenhadas ao longo da carreira profissional. 2

9 3.2 Cargos e funções exercidas, evolução profissional / 2007 COBA Em agosto de 1980 fui admitido na COBA 1, como estagiário, e em outubro de 1981 fui integrado no seu quadro permanente. A minha carreira profissional na empresa estendeu-se até 2007, tendo exercido sucessivamente vários cargos de chefia e direção, nomeadamente Chefe do Núcleo de Agronomia, Chefe da Divisão de Agronomia, quando esta foi criada, Diretor-adjunto do Serviço de Recursos Naturais e Equipamento (Hidráulica e Recursos Hídricos, Agronomia e Eletromecânica), e Diretor Residente na Argélia. Durante esse período tive oportunidade de participar no crescimento do volume e do âmbito da atividade da empresa e na sua expansão geográfica, com particular dedicação pessoal às áreas da agronomia e da rega, que foram depois estendidas às outras áreas da engenharia da água e dos recursos hídricos, do planeamento de recursos e das grandes obras hidráulicas. No Anexo 1 apresento um historial da empresa que permite um melhor enquadramento da atividade profissional descrita neste capítulo / 1991: Engenheiro Projetista do Núcleo de Agronomia De um modo genérico, as tarefas desempenhadas durante os 11 anos em que exerci as funções de engenheiro projetista do núcleo de agronomia foram essencialmente ligadas à elaboração de estudos e projetos, nomeadamente a recolha de informação de base, o cálculo, a definição e conceção de soluções técnicas e respetivo dimensionamento, nomeadamente: - definição das condições de solo e água (caracterização climática, estudos agronómicos para definição de culturas a beneficiar e respetivos calendários, avaliação pedológica das manchas a beneficiar); - avaliação das necessidades de água para rega (cálculo de evapotranspiração, balanços hídricos) - Estimativa das disponibilidades hídricas (estudos hidrológicos, simulação da exploração de reservatórios ou outras fontes); - definição das áreas a beneficiar; - determinação de caudais de dimensionamento para a rega (na parcela, nas redes de distribuição, nas redes de adução); - determinação de caudais de dimensionamento para a drenagem (com análise das condições de solo e clima); 1 COBA - Consultores para Obras, Barragens e Planeamento, S.A., hoje Consultores de Engenharia e Ambiente, foi fundada em 1962, e é uma das maiores empresas portuguesas de consultores de engenharia, com importante projeção internacional desde a sua origem. Estando inicialmente vocacionada para o estudo de barragens e de aproveitamentos hidráulicos foi ampliando a sua ação, cobrindo os mais diversos campos da engenharia, realizando estudos de base e de planeamento, de conceção e análise de viabilidade técnica, ambiental e económica, de projeto para construção, bem como da gestão e fiscalização das obras, até ao acompanhamento da operação e observação do seu comportamento. Na área dos aproveitamentos hidroagrícolas, presta continuamente serviços de consultoria desde finais dos anos 60, tendo realizado estudos e projetos em vários continentes. 3

10 - definição das condições de acesso à água a fornecer aos regantes (caudal, pressão, horário, distancia máxima ao ponto de água); - implantação de tomadas/demarcação de unidades de rega (área servida por uma boca de rega); - traçado de redes de distribuição e adução; - cálculo hidráulico de condutas (regime permanente), procura de diâmetros mais económicos, otimização de redes ramificadas com recursos a modelos de simulação/otimização - cálculo hidráulico de canais e valas; - estimativa de necessidades de volumes de regularização para otimização de sistemas; - cálculo de aquedutos e sifões; - dimensionamento de tomadas de água em cursos de água, canais ou reservatórios; - dimensionamento de unidades de bombagem, cálculos de perdas de carga em circuitos de aspiração e compressão; - cálculos de regimes transitórios e dimensionamento de equipamentos e estruturas de proteção contra o golpe de ariete (Reservatórios Ar Comprimido, Reservatórios Uni Direcionais, válvulas, reservatórios elevados); - cálculo e dimensionamento de equipamento e estruturas de regulação de EB e redes de adução e distribuição; - dimensionamento de unidades de filtração; - cálculos de índices financeiros de base (TIR, VAL 2 ); Avaliação do custo da água; - medições de obras; - orçamentos de obras; - preparação de Especificações Técnicas de obras e equipamentos; - redação de Memórias de Cálculo e Memórias Descritivas; - desenho de equipamentos e obras. Respeitando um principio-base de todo o modo de fazer na empresa, toda a colaboração técnica individual foi prestada estando integrado em equipas multidisciplinares de projeto, assegurando o bom desenrolar dos estudos e cumprindo os fluxos e a programação de trabalho estabelecidos pelo coordenador da equipa. Tive deste modo o privilégio de alargar muito os horizontes das competências técnicas pessoais graças à valiosa informação e experiência que fui recebendo por via do trabalho conjunto com vários especialistas nas respetivas áreas de conhecimento com interesse para os estudos e projetos de aproveitamentos hidroagrícolas, estudos de recursos e grandes obras hidráulicas. Estão incluídos neste grupo, pedólogos, hidrólogos, hidráulicos, geotécnicos, estruturalistas, mecânicos, eletrotécnicos, de ambiente ou socio-economistas, grande parte deles pertencendo ao quadro permanente de colaboradores da firma. O produto final de um trabalho de uma equipa multidisciplinar resulta não só da soma das contribuições individuais de especialistas, mas também do produto do diálogo que se estabelece entre as diversas especialidades. Ao longo da carreira profissional vivenciei inúmeras situações que me permitiram consolidar a noção de ser primordial que a ponderação da 2 TIR Taxa Interna de Rentabilidade, VAL Valor Atualizado Líquido 4

11 posição de cada uma das valências técnicas seja obrigatória nos processos de escolha e definição de soluções de projeto, e que a otimização do desenho de soluções de engenharia que atendam todos os padrões e normas de qualidade e segurança, operacionalidade e sustentabilidade ambiental e financeira se faça com a participação de especialistas de todas as áreas técnicas com relevância para o tipo de obra a conceber. A COBA foi fundada em 1962 por um grupo de ex-investigadores do LNEC, estando inicialmente vocacionada para o estudo de barragens e de aproveitamentos hidráulicos. Desde cedo, usufruindo do prestígio internacional do LNEC e dos seus técnicos, a sociedade teve uma atividade muito importante fora de Portugal continental. Coincidindo com o início da minha atividade na empresa, os primeiros anos da década de 1980 assistiram a um importante reforço da internacionalização da COBA através, entre outros, de vários contratos ligados a aproveitamentos hidroagrícolas e a planeamento de recursos em solo e água em Moçambique. Assim sendo, é natural que desde cedo me tenha visto envolvido na atividade internacional da firma, que durante a década de 80 teve uma faturação no mercado externo que representou mais de 85% do volume total de negócios. Como evidência disso, participei durante esse período ( ) na realização de vários projetos hidroagrícolas em Moçambique (AHag de Massingir-Chinhangane de 1980 a 1982, AHag de Chibotane-Machaul e Mandingane de 1982 a 1986, e AHag de Macia em 1982), e estudos de planeamento de recursos em Angola (Estudo das Potencialidades Naturais para o Desenvolvimento da Província de Namibe, em 1986) e em Moçambique (Desenvolvimento Rural da Área de Influência da Estrada Macaena-Massingir, em 1981). Em Portugal, estive envolvido na preparação dos projetos das Infraestruturas de Rega da Várzea de Benaciate (em 1988 e 89) e de componentes do Aproveitamento Hidráulico de Odelouca-Arade, a saber, o Bloco de Rega de Alcantarilha-Algoz (de 1987 a 1990) e a respetiva rede primária de adução entre a barragem do Funcho e os reservatórios de Sobral e Serras (1989 e 90). A Figura 2.2 apresenta uma linha do tempo referente a este período, com indicação dos trabalhos realizados. A partir de 1984, os mercados externos em que COBA mais atuava (principalmente Angola e Moçambique) sofreram fortes perturbações que levaram a uma redução da atividade no exterior. Coincidentemente, a entrada de Portugal na Comunidade Europeia em 1986 e o conseguinte acesso aos fundos de coesão resultaram num grande desenvolvimento do mercado interno de consultoria, principalmente nas áreas das infraestruturas de comunicação. A combinação destes dois fatores induziu uma alteração sensível no rumo da empresa com uma maior incidência de atividade no mercado nacional. Nesse período, e no que respeita à atividade no domínio hidroagrícola, os serviços solicitados à consultoria privada em Portugal foram apenas aqueles contratados no âmbito da implementação do PEDAP Programa Específico de Desenvolvimento da Agricultura Portuguesa (Quadro Comunitário de Apoio I), que teve a sua vigência de 1986 a 1993, e ao abrigo do qual as entidades da administração pública promoveram a ampliação e modernização de vários regadios coletivos privados de cariz tradicional. 5

12 INICIO DO ESTÁGIO CURRICULAR ENTRADA NA COBA SA Residência em Moçambique CHEFE DE PROJETO (COBA SA) CHEFE DE NUCLEO DE AGRONOMIA (COBA SA) AHag Massingir AHag Chibotane AHag Benaciate Desenvolvimento Rural Estrada Macaena- Massingir AHag Macia AHag Macedo Cavaleiros E. Potencialidades Naturais P Namibe AHag FunchoArade Bloco Alcantarilha AHag Funcho Rede1ª AHag Luzelo AHag Avessada Aproveitamento Hidroagrícola Grande Obra Hidráulica Trabalho em Portugal E. Planeamento Recursos Sis Abastecimento Ag Trabalho no Estrangeiro Figura Linha do Tempo, Período

13 Nesse âmbito tive oportunidade de participar nos projetos seguintes: Regadio Coletivo do Luzelo (1989 e 90), Beneficiação Hidroagrícola dos Campos de Valado de Frades e Maiorga (1991 e 92) e AHag de Rio Maior e Santarém (1992 e 93). Entretanto, e em resultado da experiencia adquirida como engenheiro projetista, e sobretudo como membro de várias equipas multidisciplinares de projeto, assumi a partir de 1989 as funções de Chefe de Projeto ( Team Leader ). Nesse âmbito, passei a estar incumbido das seguintes tarefas: - continuar a assegurar o cumprimento dos encargos de engenheiro projetista, agora com maior incidência sobre as tarefas ligadas à conceção geral de soluções, fixação de critérios de dimensionamento, análise de estudos comparativos técnico-económicos, definição de soluções de projeto, acompanhamento e controle dos trabalhos realizados por colegas menos experientes etc ; - fazer a gestão e a coordenação da equipa de projeto, que é o núcleo de funcionamento da empresa, composta por técnicos superiores e especialistas de várias áreas, desenhadores projetistas e medidores orçamentistas, tanto aqueles pertencentes ao quadro da empresa como os vários subcontratados que completam as valências necessárias à boa execução dos estudos e projetos; assegurar as boas prestações dos serviços auxiliares incluindo topografia, cartografia e prospeção geotécnica; criar todas as condições para um desempenho técnico de boa qualidade da equipa de projeto, do qual depende o sucesso da empresa no integral cumprimento das obrigações contratuais; - assegurar o estabelecimento, controle e atualização regular do planeamento de cada estudo ou projeto de modo a satisfazer as exigências contratuais; - efetuar o controle e gestão financeira dos contratos; - assegurar as relações com o cliente ou dono de obra, comprovando a boa troca de informações entre a equipa de projeto e o representante do cliente; - assegurar o controle de qualidade do trabalho produzido; - proceder à redação de Cadernos de Encargos e Processos de Concurso; - coordenar a revisão e edição de memórias descritivas e de cálculo, desenhos e outros documentos; - colaborar, frequentemente como responsável, na preparação de propostas técnicas e financeiras. Quando comparadas com as funções solicitadas ao engenheiro de projeto, as do chefe de projeto (ou team leader ) distinguem-se essencialmente pelo maior número de tarefas de ordem organizacional e sobretudo pelo maior grau de responsabilidade perante a hierarquia da empresa e perante o cliente. No que respeita às tarefas de natureza técnica, a experiencia adquirida permite que as tarefas ligadas à conceção passem a ser muito mais relevantes nesta fase da vida profissional. Deste modo, como Chefe de Projeto fui chamado a liderar, entre outros, os processos seguintes: - definição de procedimentos e métodos de trabalho e cálculo a adotar; - aprovação de dados de base de projeto; - conceção geral de soluções alternativas para os sistemas de captação, adução e distribuição de água ( layout geral das obras); 7

14 - escolha das soluções a reter para detalhe posterior, na sequência de estudos técnico económicos comparativos de alternativas; - escolha do modo de adução e distribuição de água (p.e: canal v/s conduta, bombagem a montante ou jusante, bombagem ou gravidade); - implantação e traçados de eixos fundamentais das obras; - definição do modo de regulação e controle de infraestruturas e equipamentos (nos canais, nas EB, nos órgãos de captação, nos equipamentos de distribuição). Em todos os processos de conceção e escolha de alternativas, o Chefe de Projeto deve ter em atenção os objetivos perseguidos com a implantação de obras e equipamentos, o modo como estes vão ser usados, geridos e mantidos, assim como garantir que os padrões de segurança, qualidade e boas práticas são devidamente respeitados. A dimensão e complexidade dos trabalhos que fui chamado a coordenar foram aumentando progressivamente, acompanhando a consolidação da experiencia nestas funções, como se pode verificar nas Figuras 3.2 e / 2000: Chefe do Núcleo de Agronomia Na continuidade da evolução da carreira profissional na COBA, fui nomeado em 1992 responsável pelo Núcleo de Agronomia da empresa, que integrava vários engenheiros agrónomos, especialistas em hidráulica agrícola, em pedologia e em economia agrária, e técnicos de apoio (desenhadores, calculadores, secretariado). Competia ao Núcleo a gestão técnica e financeira dos projetos e estudos que envolviam maioritariamente técnicos desta área, principalmente aproveitamentos hidroagrícolas e estudos de planeamento de recursos. Como responsável pelo Núcleo de Agronomia coube-me a coordenação das competências que lhe estavam atribuídas e responder pela sua boa execução. Para além destas funções dei particular atenção à necessidade de promover e assegurar o bom cumprimento de um plano de captação e formação contínua on-the-job training de novos técnicos na área da engenharia hidroagrícola. Numa empresa de consultoria, a verdadeira aquisição de mais-valia traduzse sobretudo num aumento da capacidade produtiva dos meios humanos e materiais de que dispõe, sendo que aqueles têm uma prevalência muito superior sobre estes últimos. Durante os anos 90, participei juntamente com os restantes técnicos do Núcleo de Agronomia numa expansão da geografia dos mercados de trabalho nos domínios das barragens, dos aproveitamentos hidroagrícolas e da gestão de recursos hídricos, com os primeiros contratos em Marrocos e alargamento da atividade nos novos países africanos e na américa latina, com a retoma de atividade regular no Brasil. Nesse contexto, tive oportunidade de participar ativamente em vários estudos e projetos no estrangeiro (Desenvolvimento Rural de Cabinda, em Angola, em 1992 e 93, AHag de Curu- Paraipaba, no Brasil, de 1993 a 1998, com residência temporária no país, e o AHag do Gharb, em Marrocos, em 1995 e 96). 8

15 CHEFE DE NUCLEO DE AGRONOMIA (COBA SA) Residência no Brasil CHEFE DA DIVISÃO DE AGRONOMIA (COBA SA) Ben. AHag Valado de Frades e Maiorga Ben AHag Rio Maior e Santarém Ad.Franqueira Alcant-PE E. Desenvolvimento Rural P. Cabinda AHag Curu-Paraipaba AHag Gharb Reab AHag Sorraia Reab. AHag Mira EV AHag Crato Reab. AHag Odivelas AHag Bl. Inf.12 EFMA AHag Loureiro MonteNovo EFMA Ficheiro Vitivinicola SIGV 1ª fase Adutor Franqueira Alcantarilha AT Ficheiro Vitivinicola SIGV 2ª fase Ficheiro Olivícola - SIGV Aproveitamento Hidroagrícola Grande Obra Hidráulica Trabalho em Portugal E. Planeamento Recursos Cartografia Temática Trabalho no Estrangeiro Figura Linha do Tempo Período

16 Em Portugal, com a conclusão dos serviços prestados no âmbito da implementação do PEDAP, o mercado de consultoria na área da rega entrou numa fase de menor solicitação de serviços, o que estimulou a necessidade de incrementar as atividades de promoção comercial e produtiva em mercados estrangeiros (alguns tradicionais, outros novos), a partir do início da década e com maior enfase da sua primeira metade (cf. Fig. 3.3). A partir de meados dos anos 90, a atividade no domínio hidroagrícola em Portugal teve grande envolvimento na Reabilitação e Modernização de Aproveitamentos existentes. Integrado no esforço de modernização facilitado pelos apoios estruturais concedidos no contexto do PAMAF Programa de Apoio à Modernização Agrícola e Florestal ( ) que resultou da reforma da Politica Agrícola Comum de 1992, várias Associações de Regantes e Beneficiários das Obras de Rega construídas até ao final da década de 1960 promoveram ações com o objetivo de reabilitar e modernizar as obras sob sua administração, o que permitiu a angariação de alguns contratos de consultoria de engenharia pelas empresas da especialidade. Neste âmbito, estive envolvido na realização de vários trabalhos de Reabilitação e Modernização de Aproveitamentos Hidroagrícolas (AHag do Vale do Sorraia, em 1997 e 98, do Bloco 11 do AHag do Mira, em 1997 e 98, e do AHag de Odivelas, em 1998 e 99). A partir de 1994 tive ensejo de participar na génese de uma nova atividade na empresa, a Cartografia Temática e Cadastro, estando envolvido na coordenação das equipas que fizeram parte dos trabalhos ligados aos cadastros temáticos em Portugal de 1994 a 2000 (Ficheiro Vitivinícola Comunitário em 6 regiões demarcadas, e SIG Olivícola na Zona 2, Centro). A execução destes contratos de grande dimensão, a que acresceu o bom cumprimento dos compromissos no exterior que se revelaram importantes para a revitalização do mercado externo, conferiram à divisão de agronomia uma maior relevância na atividade global da empresa. Com a decisão estatal de avançar com a construção da barragem de Alqueva em 1993 e a criação da EDIA em 1995 foram reatados os estudos referentes ao EFMA e, fazendo a ponte para o que viria a ser um domínio de atividade muito importante para a atividade hidroagrícola na COBA na década de 2000, a empresa foi chamada a participar em vários estudos, em cuja coordenação tive oportunidade de participar (Assessoria Técnica à EDIA, 1995 e 1996; Simulação da Exploração do Sistema Global de Rega, 1997; Alternativas para a Ligação Alqueva-Loureiro, 1997; Bloco a Beneficiar pela Infraestrutura 12, 1998; Troço Loureiro Monte Novo e Respetivo Bloco de Rega, 1999 a 2001). Na área mais relacionada com os estudos e projetos relativos a infraestruturas hidráulicas de maior dimensão (sistemas de canais principais e adutoras principais), participei durante este período nos estudos referentes à Modernização e Automação da Rede Primária (canal condutor geral e reservatórios) do AHag de Macedo de Cavaleiros, de 1999 a 2001, e ao Adutor Franqueira-Alcantarilha Gare (pertencente ao Aproveitamento Hidráulico de Odelouca-Arade), em 1994 e 1997) / 2003: Chefe da Divisão de Agronomia Em 2001, e na continuidade do exercício das funções como Chefe de Núcleo, assumi a chefia da Divisão de Agronomia da COBA, que foi criada a partir do Núcleo de Agronomia no âmbito de uma reorganização da empresa. Durante esse período, e em termos de atividade como técnico, fui chamado a participar essencialmente em projetos no exterior, nomeadamente o Sistema de Adução entre a Barragem do Castanhão e Região 10

17 Metropolitana de Fortaleza, no Brasil, para reforço do Abastecimento de Água à cidade, em 2001 e 2002 (com residência temporária na sede local de empresa) e o Aproveitamento Hidroagrícola de Dahmouni, na Argélia, entre 2003 e Internamente, participei na coordenação de equipas que realizaram a prestação de Serviços de Controle Assistido por Teledeteção das Ajudas às Superfícies Elegíveis ou Forrageiras nas campanhas de 2002/2003 e 2003/ / 2006: Diretor-adjunto do Serviço de Recursos Naturais e Equipamento e Chefe do Núcleo de Agronomia Em 2004, subindo um degrau na estrutura hierárquica da empresa, passei a exercer as funções de Diretor-adjunto do Serviço de Recursos Naturais e Equipamento, acumulando com a chefia do Núcleo de Agronomia. Para cumprimento dos encargos associados a este posto, passei a partilhar com os restantes três Chefes de Núcleo do Serviço (Hidráulica, Recursos Hídricos e Equipamento) e com o Diretor de Serviço as tarefas de coordenação que assim, do ponto de vista pessoal, foram alargadas a outras áreas técnicas. Este período coincidiu com um aumento da atividade da COBA no exterior, e em consequência, fui chamado a participar em vários estudos e projetos no estrangeiro, a saber: O projeto de Reconstrução e Reabilitação das Obras do Perímetro de Rega e Drenagem do Xai-Xai, Moçambique, entre 2003 e 2006; O projeto do Sistema de Rega de Thewé 2, Mopeia, Moçambique, entre 2004 e 2006; A Reabilitação do Sistema de Drenagem do empreendimento do Waku-Kungo, Angola, entre 2005 e Em Portugal coordenei a equipa que realizou o projeto referente ao Aproveitamento Hidroagrícola da Pardiela, entre 2004 e / 2007: Diretor Residente na Argélia Em 2006 fui nomeado Diretor Residente na Argélia, passando a residir permanentemente em Argel, dirigindo a sucursal da COBA naquele País. No quadro das funções de diretor residente, a tarefa principal que assegurei consistiu na representação da empresa junto dos clientes, donos de obra e subcontratados locais para resolução dos vários assuntos de ordem técnica, administrativa e financeira relacionados com os vários contratos de prestação de serviço em curso. Nesse âmbito, fui chamado a fazer o acompanhamento específico de estudos e projetos que cobrem várias áreas técnicas, nomeadamente grandes obras hidráulicas (grandes barragens e sistemas hidráulicos), sistemas de abastecimento de água, planeamento de recursos e autoestradas 3. Fui também chamado a participar nos processos ligados à preparação, apresentação e acompanhamento de várias propostas técnicofinanceiras cobrindo toda a área de atuação da empresa. No desempenho destas tarefas tive oportunidade de alargar a experiencia a outras áreas da consultoria de engenharia, trabalhando diretamente em estudos e projetos de áreas que não estão diretamente ligadas à engenharia da água, da agronomia ou do ambiente, nomeadamente as infraestruturas de transportes (autoestradas, aeroportos, caminhos de ferro). O bom desempenho das tarefas de representação em mercados externos, independentemente do nível de experiencia adquirida anteriormente em situações análogas, exige um grande esforço de 3 Vide Quadro 3.1 Período

18 entendimento e adaptação à cultura do país (tendo em atenção os aspetos dos relacionamentos pessoais profissionais e empresariais) mas também uma adaptação aos procedimentos técnicos usuais no país em geral e em cada um dos clientes em particular. Compete também ao titular deste cargo participar na gestão da delegação, tratando dos assuntos ligados à produção, aos recursos humanos e à gestão financeira e comercial. Quando conclui a missão como diretor residente na Argélia, a carteira de trabalhos contratados pela firma (em consórcio ou individualmente) representava uma parte importante da faturação geral anual da empresa. Com vista ao apoio da atividade da empresa no país, a COBA mantinha em Argel, desde há vários anos, um escritório de representação. Um dos objetivos estabelecidos para este período foi a criação de uma empresa de direito argelino, pelo que me competiu assegurar o trabalho de organização legal e administrativa para o cumprimento desse desiderato. A COBA ALGÉRIE Ingénieurs Conseils SARL foi criada em meados de / 2013 GIBB Portugal No início de 2008, assumi as funções de Diretor do Departamento de Hidráulica, Recursos Hídricos e Ambiente da empresa de consultoria de engenharia GIBB Portugal S.A 4. Exerci essas funções durante 5 anos, até julho de No quadro das funções atribuídas, fui incumbido de coordenar a gestão dos meios da empresa alocados à prestação de todos os serviços na área da engenharia de infraestruturas e planeamento hidráulicos assim como das questões de ordem comercial e da produção relativas a contratos atinentes a essa área. 4 A GIBB Portugal, Consultores de Engenharia, Gestão e Ambiente S.A. era em 2008 uma das grandes empresas portuguesas de consultoria, com importante projeção nacional e internacional. Na sua origem esteve a empresa Sir Alexander Gibb and Partners, fundada em Inglaterra em 1922, que iniciou a sua atividade em Portugal, com carácter permanente, em Em 2008 a empresa mantinha uma ligação, acionista com a PROINTEC - empresa espanhola líder em engenharia. Em 2011 foi adquirida pela FINERTEC, Serviços de Consultoria e Participações Financeira,S.A. A atividade na Área da Hidráulica é exercida na empresa desde 1991, tendo adquirido uma vasta experiência no domínio dos estudos e projetos de obras hidráulicas, abastecimento, saneamento, planeamento de recursos hídricos, em Portugal, em Angola, na Argélia, em Marrocos tanto para organismos públicos como para instituições privadas. Na Área de Hidráulica, a empresa contava com um quadro técnico altamente qualificado, com vasta experiência, e reforçado com um conjunto de consultores/especialistas permanentes para cobertura das áreas técnicas especializadas e apoiado por uma equipa de desenhadores projetistas de larga experiencia. 12

19 CHEFE DA DIVISÃO DE AGRONOMIA (COBA SA) Residência no Brasil DIRETOR ADJ. DPTO (COBA SA) DIRETOR NA ARGÉLIA (COBA SA) Residência na Argélia DIRETOR (GIBB PT SA) Sistema Adutor Agua a Fortaleza AHag Xai-Xai AHag Dahmouni Acompanhamento vários Estudos e Projetos Argélia AHag Thewe II Controlo Ajudas por Teledeteção Ben. AHag Cela AHag WacuCungo AHag Pardiela Canal Cova da Beira 2ª Fase AT Aproveitamento Hidroagrícola Grande Obra Hidráulica Trabalho em Portugal E. Planeamento Recursos Cartografia Temática Trabalho no Estrangeiro Figura Linha do Tempo Período

20 Durante este período participei também como Coordenador de Projeto, com intervenção técnica mais intensiva, em vários estudos e projetos, no exterior e em Portugal, a saber: - Sistema de Abastecimento da Água Potável à Cidade de El Milia a partir da Barragem de Boussiaba, na Argélia, 2009 a 2012; - Sistema de Abastecimento da Água Potável aos Centros Urbanos de Beni Ourtilene e Guenzet a partir da Barragem de Tichy-Haf, na Argélia, 2009 a 2012; - Projeto de Irrigação do Assentamento Itamarati II, no Município de Ponta Porã/MS, no Brasil, de 2012 a 2014 (tendo continuado ao serviço da IBI); - Plano de Utilização Integrada dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Cubango, em Angola, em 2012 e 2013; - Circuito Hidráulico Amoreira-Caliços, EFMA, de 2008 a 2010; - Redes de Rega e Drenagem do Bloco Cinco-Reis Trindade, EFMA, de 2010 a 2012; - Redes de Rega e Drenagem do Bloco Beja Beringel, EFMA, de 2010 a Para além destes trabalhos, tive oportunidade de acompanhar de perto os assuntos técnicos e administrativos relativos à execução dos restantes contratos do Serviço, respeitantes a vários domínios / 2015 IBI Engenharia Em agosto de 2013, num momento em que a GIBB Portugal experimentava uma situação em que a uma menor carteira de trabalho se associavam algumas dificuldades de ordem financeira, fui convidado a integrar os quadros da empresa de consultoria de direito brasileiro IBI Engenharia Consultiva S/S 5, com sede em Fortaleza, Brasil. De agosto de 2013 a abril de 2015, período durante o qual residi no Brasil, exerci na firma as funções de Coordenador Sénior de Projetos, respondendo diretamente perante a Administração da empresa. Durante este período participei em estudos e projetos nos âmbitos dos estudos de recursos (PGRH s das bacias dos rios Paraguaçu, Una, Pajeú, Inhambupe e rios do Recôncavo Norte), dos grandes sistemas hidráulicos (Sistema do Piancó) e dos aproveitamentos hidroagrícolas (Irrigação do Itamarati II). 5 A IBI Engenharia Consultiva S/S, com sede em Fortaleza, Brasil, é uma sociedade prestadora de serviços de consultoria técnica principalmente nas áreas de recursos hídricos, irrigação, saneamento e meio ambiente, atuando desde Possui um corpo técnico formado pelos sócios fundadores/diretores e consultores com vasta experiência e destacada atuação em trabalhos de consultoria em todo o Brasil e em especial na Região Nordeste. Tem realizado importantes Planos Diretores, Estudos de Viabilidade Técnica, Económica e Financeira; Projetos Básicos e Executivos de Empreendimentos nos domínios dos Planos de Gestão de Recursos Hídricos, Estudos Hidrológicos, Saneamento e Gestão ambiental, Planeamento Regional, Desenvolvimento Institucional, Aproveitamentos Hidroagrícolas, Assistencia Técnica, Gestão e Fiscalização de Obras, Estudos de Impacto Ambiental, financiados por organismos nacionais e internacionais. 14

21 DIRETOR DA GIBB PORTUGAL SA COORDENADOR SENIOR DA IBI Eng. SA Residencia no Brasil Sistema Abastecimento Agua Tichy-Haf AHag Itamarati II Sistema Adutor Amoreira Caliços EFMA Sistema Abastecimento Agua Boussiaba Plano de Bacia Rio Cubango Sistema Adutor Piancó PRH Bacia Rio Una AHag Cinco Reis Trindade EFMA AHag Beringel Beja EFMA Coordenação vários Estudos e Projetos AHel, Sistemas de Abastecimento, Aproveitamentos Hidráulicos, Drenagem Urbana Aproveitamento Hidroagrícola Grande Obra Hidráulica Trabalho em Portugal PRH Bacia Rio Pajéu PRH Bacia Rio Paraguaçu PRH Bacias R. Inhambupe e R. Reconcavo Norte E. Planeamento Recursos Sist. de Abastecimento Trabalho no Estrangeiro Figura Linha do Tempo Período

22 3.3 Experiencia específica como projetista Experiencia Geral Durante os 35 anos de atividade profissional tive oportunidade de participar, como engenheiro projetista, em muitos estudos e projetos de área diversas. A lista seguinte menciona o nome dos empreendimentos, obras ou estudos mais relevantes em que, de algum modo, estive envolvido: A. Estudos e Projetos de Aproveitamentos Hidroagrícolas (28 trabalhos, ± ha): Em Portugal: Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva (EFMA): - Blocos de rega Beringel-Beja (5500 ha) - Blocos de rega Cinco Reis- Trindade (5600 ha) - Troço de Ligação Loureiro/Mte Novo e Resp. Bloco de Rega (7650 ha) - Bloco a Beneficiar pela Infraestrutura 12 (5800 ha) Aproveitamento Funcho-Odelouca; Bloco de Alcantarilha-Algoz (1700 ha) Aproveitamento de Macedo de Cavaleiros (5500 ha) Aproveitamento Hidroagrícola do Crato (6500 ha) Aproveitamento Hidroagrícola da Cova da Beira (estudos referentes ao Canal Condutor Geral) Rede de Rega da Várzea de Benaciate (400 ha) Benef. Hidroagrícola dos Campos de Valado de Frades e Maiorga (1100 ha) Regadio Coletivo da Avessada (100 ha) Regadio Coletivo do Luzelo (150 ha) Na Argélia: Aproveitamento Hidroagrícola de Dahmouni (4000 ha) No Brasil: Aproveitamento Hidroagrícola de Curu-Paraípaba, Ceará (4700 ha) Assentamento Itamarati II, Mato Grosso do Sul (6250 ha) Em Marrocos Aproveitamento Hidroagrícola do Gharb (TTI-EST) (15000 ha). Em Moçambique: Reabilitação do Perímetro de Rega e Drenagem do Xai-Xai (11200 ha) Sistema de Rega de Thewé 2, Mopeia, Província da Zambézia Mopeia (460 ha) Aproveitamento Hidroagrícola de Chibotane-Machaul e Mandingane (3600 ha) Recuperação e Reabilitação do Regadio de Macia (1000 ha) Aproveitamento Hidroagrícola de Massingir-Chinhangane (2000 ha) Reabilitação e Modernização de Aproveitamentos Hidroagrícolas Em Portugal: Aproveitamento Hidroagrícola Vale do Sorraia (16000 ha) 16

23 Aproveitamento Hidroagrícola do Mira Bloco 11 (910 ha) Aproveitamento Hidroagrícola de Odivelas (6850 ha) Aproveitamento Hidroagrícola da Cela (450 ha) B. Estudos e Projetos de Planeamento de Recursos (8 trabalhos, ± km 2 ) Em Angola Desenvolvimento Rural da Província de Cabinda (7280 km 2 ) Potencialidades Naturais para Desenvolvimento da Prov. de Namibe (57091 km 2 ) Utilização Integrada de Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica do Rio Cubango ( km 2 ) No Brasil Plano de Gestão de RH da Bacia do Rio Una, Pernambuco (6800 km 2 ) Plano de Gestão dos RH da Bacia do Rio Pajeú, Pernambuco (16992 km 2 ) Plano de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Paraguaçu, Bahia (55320 km 2 ) PGRH das Bacias dos rios do Recôncavo Norte e Inhambupe, Bahia (16580 km 2 ) Em Moçambique Desenvolvimento Rural da Área de Influência da Estrada Macaena-Massingir (3600 km 2 ) C. Estudos e Projetos de Grandes Obras Hidráulicas (10 trabalhos) Em Portugal Condutas de Adução do Sistema Hidráulico Odelouca-Funcho: Adutor Alcantarilha Gare- Reservatórios de Sobral e Serras e Adutor Franqueira-Alcantarilha Gare (1,5 km + 4,0 km de condutas, reservatórios) Circuito hidráulico Amoreira-Caliços (EFMA) (EB, 6,6 km de conduta, barragem) Estudo das Alternativas para a Ligação Alqueva-Loureiro, (EFMA) (12,5 km) Canal Condutor Geral do Aproveitamento da Cova da Beira (90 km) Canal Condutor Geral e Conduta para Margem Esquerda do Azibo do Aproveitamento de Macedo de Cavaleiros (20 km de canal, 1,5 km de conduta e reservatórios) Em Angola Projeto Aldeia Nova (Waco-Kungo); Sistema de drenagem (345 km de valas) No Brasil: Abastecimento de Água a Fortaleza: Canal de Adução Barragem do Castanhão Fortaleza (canal de 200 km e obras associadas) Sistema Adutor do Piancó Ceará/Paraíba (32 km de adutora e canal) D. Cartografia e Cadastros temáticos: (10 trabalhos) Em Portugal Cadastro Vitícola (Regiões do Douro, Minho, Trás-os-Montes, Ribatejo, Estremadura, Terras do Sado 6 das 8 Regiões de Portugal Continental) (53850 ha) Cadastro Olivícola (Região Centro 1 das 3 regiões de Portugal) (23670 ha). Produção e Impressão da Cobertura de Portugal em Ortofotomapas com atualização do Sistema de Identificação Parcelar Agrícola, 17

24 Serviços de Controlo Assistido por Teledeteção das Ajudas às Superfícies Elegíveis ou Forrageiras, campanhas de 2002/3 e 2003/4. E. Sistemas de abastecimento de água potável (2 trabalhos) Na Argélia: Sistema de abastecimento da água potável a 6 municípios a partir da barragem de Boussiaba Sistema de abastecimento de água potável a 14 municípios a partir da barragem de Tichy- Haf Para além dos trabalhos elencados na lista acima, que resultam da execução de contratos adjudicados às empresas empregadoras, o trabalho técnico desenvolvido ao longo da carreira inclui também a preparação de um grande número de propostas técnicas (e financeiras) que por razões diversas não foram concretizadas em adjudicações. A trabalhosa preparação de memórias técnicas para inclusão em propostas requer conhecimentos e experiencia, e integra frequentemente fases de conceção preliminar dos empreendimentos em apreço Relação de trabalhos No Quadro 3.1 estão indicados todos os estudos e projetos em que tive oportunidade de participar até ao presente, agrupados por períodos de tempo coincidentes com a apresentação dos Cargos e Funções Exercidas feita no ponto 3.2. O quadro contém, para cada um dos estudos ou projetos, as referências ao nome respetivo, as datas em que foi realizado, uma descrição sumária do objeto do estudo ou projeto, o nome e o tipo de cliente ou dono de obra para quem o trabalho foi realizado, a natureza da obra ou trabalho, o tipo ou nível do trabalho e o respetivo país. Para os trabalhos mais relevantes indica-se o número da Ficha de Trabalho (FT) que contem a respetiva apresentação detalhada. As Fichas de Trabalho estão reunidas em Anexo. Estão também referidas nesse quadro as tarefas em que estive pessoalmente envolvido, ou pelas quais fui diretamente responsável. De notar que quase todos os trabalhos que estão mencionados foram realizados por equipas que integram vários especialistas e técnicos, dada a sua dimensão e âmbito, pelo que as prestações pessoais se confundem em larga extensão com as prestações das respetivas equipas, no seu todo. 18

25 Quadro 3.1 Lista de trabalhos realizados A legenda do quadro que apresenta a lista dos trabalhos realizados, por ser muito extensa, é apresentada antes do corpo principal do quadro a fim de proporcionar uma leitura mais cómoda. Legenda: Natureza da obra ou trabalho AHag: AHel: PRec: OSHi: SAAg: ITra: CTem: Aproveitamento Hidroagrícola Aproveitamento Hidroelétrico Planeamento de Recursos Grandes Obras e Sistemas Hidráulicos Sistemas de Abastecimento de Água Infraestruturas de transportes Cartografia Temática Tipo/Nível de estudo EP: Estudo Prévio AP: Anteprojeto PC: Projeto para Concurso (equivalente ao APD - Avant Projet Détaillé - na Argélia e em Marrocos ao Projeto Básico, no Brasil) PE: Projeto de Execução EV: Estudo de Viabilidade EIA: Estudo de Impacte Ambiental PB: Projeto Base PGRH: Plano de Gestão de Recursos Hídricos AT: Assistência Técnica MT: Missão Técnica Tipo de Cliente/Dono de Obra OPub: SCaP: EmPr: Entidade/Organismo Público Empresa/Sociedade de Capitais Públicos (Sector Empresarial do Estado) Entidade Privada n.a: não aplicável 19

26 Quadro 3.1 (cont.) Lista de trabalhos realizados Entidade Empregadora Data Nome / Descrição / Cliente ou Dono de Obra Natureza da obra ou trabalho Tipo/Nível de estudo Tipo de Cliente/Dono de Obra País / Aproveitamento Hidroagrícola da Cova da Beira ha. Projeto de Execução. Tarefas desempenhadas: Estudo referente à rede de drenagem, nomeadamente fixação dos caudais de dimensionamento e escolha dos tipos de obras a implantar. Cliente/Dono de Obra: Direcção-Geral Dos Recursos Naturais (DGRN) Portugal Aproveitamento Hidroagrícola de Massingir-Chinhangane ha Anteprojeto. Tarefas desempenhadas: Dimensionamento prévio das obras relativas à captação de água na albufeira de Massingir e sua adução ao local do aproveitamento. Estudo de soluções alternativas para as redes terciárias de rega por aspersão. Cliente/Dono de Obra: Secretaria de Estado para a Região do Limpopo e Incomati (SERLI). Moçambique FICHA DE TRABALHO: FT-C-001-AHag Desenvolvimento Rural da Área de Influência da Estrada Macaena- Massingir km2. Esquema Geral. Estudo da vocação agrícola, florestal e pecuária das terras situadas na área de influência da estrada Tarefas desempenhadas: Estudo de redes de rega dos aproveitamentos hidroagrícolas de Macaena (265 ha) e Mapulanguene (275 ha) com rega por aspersão e distribuição em pressão. Cliente/Dono de Obra: Secretaria de Estado para a Região do Limpopo e Incomati (SERLI). Moçambique Missão Técnica na Província de Cabo Delgado para estudos referentes à Avaliação das Potencialidades Hidroagrícolas das Bacias dos Rios Messalo, Montepuez e Megaruma (4.000 km2). Tarefas desempenhadas: Missão de reconhecimento e relatório Cliente/Dono de Obra: Direção Nacional de Aguas (DNA). Moçambique. Missão Técnica na Província de Quelimane para estudos referentes ao Aproveitamento da Bacia do Rio Licungo. Tarefas desempenhadas: Missão de reconhecimento e relatório Cliente/Dono de Obra: Direção Nacional de Aguas (DNA). Moçambique. Recuperação e Reabilitação do Regadio de Macia ha A recuperação e reabilitação dos ha de regadio de arroz por alagamento, com canais a céu aberto e bombagem direta a partir do Incomati, implicou a eliminação de problemas de insuficiência de água em momentos críticos das culturas, salinização do solo, degradação das obras de rega e drenagem existentes e mau nivelamento do terreno. Tarefas desempenhadas: Missão técnica e trabalho de campo. Avaliação das disponibilidades hídricas e das necessidades de água para rega, correções no traçado e redimensionamento das estruturas de rega e drenagem existentes. Cliente/Dono de Obra: Secretaria de Estado para a Região do Limpopo e Incomati (SERLI). Moçambique. FICHA DE TRABALHO: FT-C-002-AHag AHag PE OPub AHag AP OPub PRec EV OPub PRec MT OPub PRec MT OPub AHag AP OPub 20

27 Quadro 3.1 (cont.) Lista de trabalhos realizados Entidade Empregadora Data Nome / Descrição / Cliente ou Dono de Obra Natureza da obra ou trabalho Tipo/Nível de estudo Tipo de Cliente/Dono de Obra País 1982/ / / 1986 Aproveitamento Hidroagrícola de Chibotane-Machaul e Mandingane ha. Programa Base Tarefas desempenhadas: Determinação das necessidades de água das culturas e determinação dos caudais de cálculo. Avaliação técnicoeconómica dos sistemas de rega a adotar (aspersão com ramais amovíveis, aspersão com instalações automoventes, rega superficial, rega localizada). Estudo de soluções alternativas para as redes de captação e adução d água Cliente/Dono de Obra: Secretaria de Estado para o Desenvolvimento da Região do Limpopo e Incomáti (SERLI) Moçambique FICHA DE TRABALHO: FT-C-003-AHag Barragem de Massingir Projeto de Execução do Sistema de Rega por Aspersão (50 ha) do paramento de jusante. Tarefas desempenhadas: Projeto de execução do sistema de rega Cliente/Dono de Obra: Secretaria de Estado para a Região do Limpopo e Incomati (SERLI). Moçambique Aproveitamento Hidroagrícola de Chibotane-Machaul e Mandingane ha. Estudo Prévio. Tarefas desempenhadas: Otimização da ocupação agrícola para maximização da margem bruta por hectare recorrendo a modos de programação linear. Fixação dos caudais de cálculo para as redes de rega e drenagem. Cliente/Dono de Obra: Secretaria de Estado para o Desenvolvimento da Região do Limpopo e Incomáti (SERLI) Moçambique FICHA DE TRABALHO: FT-C-003-AHag Abastecimento de Água à Região de Chitima ha. Estudo Prévio. Província de Tete Tarefas desempenhadas: Determinação de caudais para obras de captação, adução e rega. Traçado e dimensionamento das redes primária e secundária Cliente/Dono de Obra: Secretaria de Estado de Hidráulica Agrícola Moçambique Aproveitamento Hidroagrícola de Chibotane-Machaul e Mandingane ha. Anteprojeto e Projeto de Execução. (10 blocos de rega, 2 captações no Rio dos Elefantes, 1 canal condutor geral a céu aberto, 2 estações de elevação de água do Rio de 400 km e 400 kw, 5 estações de bombagem, uma de 750 kw e quatro de 500 kw, rede em pressão para a rega, com um desenvolvimento total de 110 km, redes móveis, rede de rega por microaspersão para 400 ha). Tarefas desempenhadas: Determinação dos caudais de cálculo para obras de captação, adução, rega e drenagem. Traçado e dimensionamento das redes primária, secundária e terciária de rega e drenagem Cliente/Dono de Obra: Secretaria de Estado para o Desenvolvimento da Região do Limpopo e Incomáti (SERLI) Moçambique FICHA DE TRABALHO: FT-C-003-AHag AHag PB OPub AHag PE OPub AHag EP OPub AHag EP OPub AHag AP, PE OPub 21

28 Quadro 3.1 (cont.) Lista de trabalhos realizados Entidade Empregadora Data Nome / Descrição / Cliente ou Dono de Obra Natureza da obra ou trabalho Tipo/Nível de estudo Tipo de Cliente/Dono de Obra País 1984/ / Aproveitamento Hidroagrícola de Macedo de Cavaleiros ha. Elaboração de um estudo de "viabilidade de utilização das disponibilidades de água da Albufeira do Azibo", incluindo a revisão e verificação da simulação da exploração da Albufeira., (área total a regar: ha). Tarefas desempenhadas: Reconhecimento fisiográfico expedito, traçado e pré-dimensionamento de obras a efetuar para várias soluções alternativas e estudo técnico-económico comparativo entre as diversas hipóteses Cliente/Dono de Obra: DGHEA. Portugal Aproveitamento Hidroagrícola de Macedo de Cavaleiros ha. Revisão do Projeto de Execução e Assistência Técnica à execução das obras relativas à rede secundária de rega (rede em pressão, enterrada com um desenvolvimento total de 85 km), rede de drenagem (regularização de linhas de água e pontões), terraceamento e ripagem. Tarefas desempenhadas: Trabalhos de campo (Abr. a Ago.84), preparação de memórias e desenhos, revisão dos planos de implantação de hidrantes. Cliente/Dono de Obra: DGHEA. Portugal Aproveitamento Hidráulico de São Domingos 310 ha. Anteprojeto. Aptidão de terras para o regadio. 11 km de condutas enterradas em pressão, estação elevatória de 300 kw. Tarefas desempenhadas: avaliação das necessidades de água para rega, simulação da exploração da albufeira, definição preliminar da rede de rega por aspersão, avaliação económica das obras propostas Cliente/Dono de Obra: Câmara Municipal de Peniche. Portugal. Aproveitamento do Impamputo Estudo de Viabilidade da Rede de Rega para áreas de 300, 225 e 30 ha. Tarefas desempenhadas: Avaliação das necessidades, conceção e predimensionamento dos sistemas de rega Cliente/Dono de Obra: Direção Nacional de Águas (DNA). Moçambique. Aproveitamento Hidroagrícola de Macedo de Cavaleiros ha. Avaliação do custo da água para a agricultura. Tarefas desempenhadas: Fixação de encargos anuais com mão-de-obra, investimentos, conservação e reparação das obras e bombagem. Apuramento do custo da água para a rega. Cliente/Dono de Obra: DGHEA. Portugal Estudo das Potencialidades Naturais para o Desenvolvimento da Província de Namibe km 2. Estudo das potencialidades de desenvolvimento dos recursos naturais de uma região de clima desértico e semidesértico, estudo dos principais rios da região, caracterização hidrogeológica, disponibilidades hídricas. Tarefas desempenhadas: Definição do potencial de utilização agrícola, de pastagens, de florestação e desenvolvimento da pecuária face às disponibilidades hídricas. Elaboração de propostas de desenvolvimento nas áreas da agricultura, floresta, agro-indústria, abastecimento de água, energia, reservas naturais e combate à desertificação. Cliente/Dono de Obra: Ministério da Energia e Petróleos. Angola. FICHA DE TRABALHO: FT-C-004-PR AHag EV OPub AHag PE, AT OPub AHag AP OPub AHag EV OPub AHag PE OPub PRec PG RH OPub 22

29 Quadro 3.1 (cont.) Lista de trabalhos realizados Entidade Empregadora Data Nome / Descrição / Cliente ou Dono de Obra Natureza da obra ou trabalho Tipo/Nível de estudo Tipo de Cliente/Dono de Obra País / / / / 1990 Aproveitamento Hidroagrícola de Macedo de Cavaleiros Rede primária para a Margem Esquerda. Projeto de Execução. Tarefas desempenhadas: Conceção e dimensionamento da conduta principal (1450 m) e do reservatório de regularização para rega da margem esquerda da Ribª do Azibo Cliente/Dono de Obra: DGHEA. Portugal Aproveitamento Hidráulico de Odelouca-Funcho. Bloco Alcantarilha- Algoz ha. Rede Secundária de Rega na Área Dominada pela Barragem do Funcho. Projeto de Execução. Tarefas desempenhadas: Chefe de Projeto. Conceção e dimensionamento da rede de rega sob pressão com utilização das águas superficiais derivadas da barragem. Análise dos valores das necessidades de água para rega, fixação dos critérios para a implantação das tomadas/hidrantes, análise da qualidade de serviço a fornecer aos regantes. Elaboração do plano de implantação de tomadas/hidrantes. Traçado da rede em pressão. Otimização pelo método da programação linear e dimensionamento hidráulico da rede. Estudo de materiais e equipamento a implantar. Medições e estimativa orçamental. Preparação do caderno de encargos. Cliente/Dono de Obra:Direção Geral de Hidráulica e Engenharia Agrícola (DGHEA) Portugal FICHA DE TRABALHO: FT-C-006-AHag Rede de Rega da Várzea de Benaciate 360 ha. Relatório Preliminar e Projeto de Execução. Tarefas desempenhadas: Revisão dos elementos de base do Projeto, elaboração do plano de implantação de hidrantes/tomada, conceção geral do sistema e definição dos critérios de gestão e operação, estudo técnicoeconómico de soluções alternativas. Traçado e dimensionamento hidráulico e estrutural da rede de rega com 13 km de condutas em pressão, preparação de memória e desenhos, medição e estimativa orçamental e caderno de encargos. A rede de rega é abastecida por águas subterrâneas com dois escalões de bombagem e um reservatório intermédio. Cliente/Dono de Obra: DGHEA. Portugal. FICHA DE TRABALHO: FT-C-005-AHag Aproveitamento Hidráulico de Odelouca-Arade ha. Rede Primária de Rega. Estudo Prévio. Tarefas desempenhadas: Definição das áreas a servir, simulação da exploração do sistema Funcho-Odelouca-Arade, definição dos caudais de cálculo; traçado e pré-dimensionamento das diversas soluções propostas (canal a céu aberto, condutas em pressão, estações elevatórias). Análise técnico-económica comparativa das soluções propostas. Cliente/Dono de Obra: Instituto da Água (INAG) Portugal. Regadio Coletivo do Luzelo 150 ha. Estudos Preliminares e Projeto de Execução Tarefas desempenhadas: Chefe de Projeto Estudos de soluções alternativas, cálculo das necessidades de água das culturas, simulação da exploração da albufeira, definição da área a servir, escolha do método de rega. Conceção e dimensionamento do sistema de rega. Cliente/Dono de Obra: Direção Regional de Agricultura da Beira Interior (DRABI). Portugal. FICHA DE TRABALHO: FT-C-007-AHag OSHi PE OPub AHag PE OPub AHag PE OPub AHag PB OPub AHag EP, PE OPub 23

30 Quadro 3.1 (cont.) Lista de trabalhos realizados Entidade Empregadora Data Nome / Descrição / Cliente ou Dono de Obra Natureza da obra ou trabalho Tipo/Nível de estudo Tipo de Cliente/Dono de Obra País 1990/ / 1992 Regadio Coletivo da Avessada 100 ha. Estudos Preliminares e Projeto de Execução do Canal Condutor Geral, Rede de Rega, Rede de Drenagem e Caminhos Agrícolas. Tarefas desempenhadas: Chefe de Projeto Estudos de soluções alternativas, cálculo das necessidades de água das culturas, simulação da exploração da albufeira, definição da área a servir, escolha do método de rega. Conceção e dimensionamento do sistema de rega. Cliente/Dono de Obra: Direção Regional de Agricultura da Beira Interior (DRABI). Portugal. FICHA DE TRABALHO: FT-C-008-AHag Beneficiação Hidroagrícola dos Campos de Valado de Frades e Maiorga ha. Estudo Prévio. Tarefas desempenhadas: Chefe de Projeto Caracterização e Avaliação dos Recursos Hídricos de superfície e subterrâneos, avaliação das necessidades de água para rega, análise das estratégias para o aproveitamento dos recursos. Estudo Prévio das soluções alternativas para as infraestruturas de captação de água assim como para as redes de rega e estações elevatórias. Cliente/Dono de Obra: Direção Regional de Agricultura do Ribatejo e Oeste (DRARO). Portugal. FICHA DE TRABALHO: FT-C-009-AHag AHag EP, PE OPub AHag EP OPub 1992/ / 1995 Aproveitamento Hidroagrícola de Rio Maior e Santarém ha EP Tarefas desempenhadas: Chefe de Projeto Caracterização e Avaliação dos Recursos Hídricos, análise do uso atual da água e sobretudo dos graves problemas de poluição existentes, avaliação das necessidades de água para a rega e necessidades de drenagem, análise económica. Estudo Prévio das soluções propostas para o aproveitamento dos recursos hídricos (barragens, redes de rega e de drenagem e preparação das Estimativas Orçamentais para cada solução. Cliente/Dono de Obra: Direção Regional de Agricultura do Ribatejo e Oeste (DRARO). Portugal FICHA DE TRABALHO: FT-C-010-AHag Desenvolvimento Rural da Província de Cabinda km 2 Estudo de Viabilidade Tarefas desempenhadas: Chefe de Projeto. Coordenação dos estudos tendo por objetivos: o aumento da oferta dos produtos agrícolas, melhoria dos sistemas de abastecimento em bens de consumo, a reanimação e intensificação da agricultura familiar, implantação de pequenos aproveitamentos hidroagrícolas, reforço dos serviços de enquadramento da agricultura familiar, aumento da pecuária e da pesca lagunar e a reabilitação de infraestruturas existentes. Cliente/Dono de Obra: Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural / Instituto de Desenvolvimento Agrário. IDA Angola. AHag EP OPub PRec EV OPub 24

31 Quadro 3.1 (cont.) Lista de trabalhos realizados Entidade Empregadora Data Nome / Descrição / Cliente ou Dono de Obra Natureza da obra ou trabalho Tipo/Nível de estudo Tipo de Cliente/Dono de Obra País / / / / 1997 Aproveitamento Hidroagrícola de Curu-Paraípaba 3ª etapa ha. Estudo Prévio e Estudo de Viabilidade Socio-Técnico- Económica do acréscimo em ha de um sistema já em funcionamento (4.000 ha) servindo lotes para colonatos familiares. Estudos de Impacte Ambiental. Tarefas desempenhadas: Estudo Prévio das obras de captação e adução de água, das redes de distribuição, de drenagem e rodoviárias, assim como sistemas "on-farm". Estudos respeitantes às infraestruturas de apoio à produção Cliente/Dono de Obra: Departamento Nacional de Obras contra as Secas (DNOCS). Brasil. FICHA DE TRABALHO: FT-C-012-AHag Aproveitamento Hidráulico de Odelouca-Funcho Conduta de Adução do Sistema Hidráulico Odelouca-Funcho. Troço Franqueira-Alcantarilha Gare. Projeto de Execução das obras m de conduta, 2.50 m de diâmetro. Tarefas desempenhadas: Chefe do Projeto. Conceção e dimensionamento hidráulico, Preparação do Caderno de Encargos e Processo para Concurso Cliente/Dono de Obra: Instituto da Água (INAG).Portugal FICHA DE TRABALHO: FT-C-017-OH Implementação do Ficheiro Vitivinícola Comunitário em Portugal Sistema de Informação Geográfica Vitícola. 1ª fase. Ficheiro Vitícola da Região Demarcada do Douro e Denominações de Origem de Encostas da Nave e Varosa ( ha). Tarefas desempenhadas: Diretor do Projeto (1996/1998). Adjunto do Diretor do Projeto (1994/1996). Cliente/Dono de Obra: Instituto de Financiamento e Apoio ao Desenvolvimento da Agricultura e Pescas (IFADAP)/Instituto da Vinha e do Vinho (IVV). Portugal. FICHA DE TRABALHO: FT-C-022-CT Aproveitamento Hidroagrícola de Curu-Paraipaba 3ª etapa ha. Projeto Básico,. Rede de Adução (canais e estações de bombagem). Rede de Distribuição. Tarefas desempenhadas: Chefe de projeto Cliente/Dono de Obra: Departamento Nacional de Obras contra as Secas (DNOCS). Brasil FICHA DE TRABALHO: FT-C-012-AHag Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva Assessoria Técnica. Cliente/Dono de Obra: Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA) Portugal Aproveitamento Hidroagrícola do Gharb TTI-EST. Setores Est 1, Est 3, Est 4 e Est ha. Anteprojeto Sumário, Anteprojeto Detalhado, Processo para Concurso e Projeto de Execução. Rega por aspersão (2.000 ha) e por gravidade Tarefas desempenhadas: Chefe de Projeto. Estudo das redes de rega e de drenagem e das estações de bombagem. Cliente/Dono de Obra : Office Régional de Mise en Valeur Agricole du Gharb (ORMVAG). Marrocos. FICHA DE TRABALHO: FT-C-016-AHag AHag EP, EV OPub OSHi PE OPub CTem n.a. OPub AHag PC OPub OSHi n.a SCaP AHag PC OPub 25

32 Quadro 3.1 (cont.) Lista de trabalhos realizados Entidade Empregadora Data Nome / Descrição / Cliente ou Dono de Obra Natureza da obra ou trabalho Tipo/Nível de estudo Tipo de Cliente/Dono de Obra País 1996/ / 1998 Aproveitamento Hidráulico de Odelouca-Funcho Conduta Adução do Sistema Hidráulico Odelouca-Funcho. Troço Franqueira-Alcantarilha Gare 4,0 km. Assistência Técnica ao dono de obra Tarefas desempenhadas: Chefe de Projeto Cliente/Dono de Obra: Instituto da Água (INAG).Portugal FICHA DE TRABALHO: FT-C-017-OH Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva Estudo de Simulação da Exploração do Sistema Global de Rega ( ha). Tarefas desempenhadas: Membro da equipa técnica Cliente/Dono de Obra: Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA) Portugal Estudo Comparativo das Alternativas para a Ligação Alqueva- Loureiro. Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva Anteprojeto. Circuito para 41,2 m3/s com cerca de m de extensão, com utilização da albufeira dos Alamos (3 barragens), incluindo túnel e canal de ligação Alamos-Loureiro Tarefas desempenhadas: Membro da equipa técnica Cliente/Dono de Obra: Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA) Portugal Aproveitamento Hidráulico de Odelouca-Funcho Conduta de Adução do Sistema Hidráulico Odelouca-Funcho. Troço Alcantarilha Gare-Reservatórios de Sobral e Serras. Projeto de Execução m de condutas de 2.00 m de diâmetro e m de condutas de 1.60 m de diâmetro. Tarefas desempenhadas: Chefe de Projeto Cliente/Dono de Obra: Instituto da Água (INAG).Portugal. Aproveitamento Hidroagrícola do Marvão Derivação do Açude do Carvalhal para a Barragem da Apartadura. Revisão do Projeto e Assistência Técnica Especial. Tarefas desempenhadas: Chefe de projetoj Cliente/Dono de Obra: Direcção-Geral de Hidráulica, Engenharia Rural e Ambiente (DGHERA). Portugal. Rede de Rega da Várzea de Benaciate 400 ha. Ampliação do Sistema de Captação e Adução de Água. Assistência Técnica e Assistência Técnica Especial. Tarefas desempenhadas: Chefe de projeto Cliente/Dono de Obra: Direcção-Geral de Hidráulica, Engenharia Rural e Ambiente (DGHERA). Portugal. FICHA DE TRABALHO: FT-C-005-AHa Reabilitação e Modernização do Aproveitamento Hidroagrícola Vale do Sorraia ha. Estudo Prévio. 211 km de canais e 172 km de condutas com diâmetros variáveis entre 110 e 1000 mm. Tarefas desempenhadas: Coordenador do Projeto Cliente/Dono de Obra: Associação de Regantes e Beneficiários de Vale do Sorraia (ARBVS). Portugal. FICHA DE TRABALHO: FT-C-018-AHag OSHi AT OPub OSHi n.a. SCaP OSHi AP SCaP OSHi PE OPub OSHi PE, AT OPub AHag AT OPub AHag EP SCaP 26

33 Quadro 3.1 (cont.) Lista de trabalhos realizados Entidade Empregadora Data Nome / Descrição / Cliente ou Dono de Obra Natureza da obra ou trabalho Tipo/Nível de estudo Tipo de Cliente/Dono de Obra País 1997/ / / / 2000 Reabilitação e Modernização do Aproveitamento Hidroagrícola do Mira. Bloco ha. Projeto de Execução.12 km de rede de rega com diâmetros variáveis entre 110 e 700 mm). Tarefas desempenhadas: Coordenador do Projeto Cliente/Dono de Obra: Associação de Beneficiários do Mira (ABM). Portugal. FICHA DE TRABALHO: FT-C-019-AHag Anteprojeto Detalhado do Bloco a Beneficiar pela Infraestrutura 12 (EFMA) ha. Anteprojeto Detalhado Tarefas desempenhadas: Coordenador do Projeto Cliente/Dono de Obra: Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA) Portugal FICHA DE TRABALHO: FT-C-014-AHag Reabilitação e Modernização do Aproveitamento Hidroagrícola de Odivelas ha. Estudo Prévio e Anteprojeto Detalhado das Redes Primárias de Adução (62 km): Estabilização de taludes em estabilização e aterro; refechamento de juntas e fendilhações nas lajetas; reabilitação das comportas automáticas e descarregadores de segurança; colocação de grelhas e limpa-grelhas automáticos; construção de um acesso lateral ao canal; revestimento do canal e reforço de drenagem; substituição e automatização dos módulos de admissão ao canal principal e aos distribuidores. Anteprojeto Detalhado do Sistema de Telegestão. Tarefas desempenhadas: Coordenador do Projeto Cliente/Dono de Obra: IHERA. Portugal. FICHA DE TRABALHO: FT-C-020-AHag Aproveitamento Hidroagrícola da Cova da Beira Revisão do Projeto da Rede Primária de Rega e Automatização da sua Gestão. Estudo Prévio e Projeto de Execução. Dimensionamento das estações de filtração. Dimensionamento de reservatórios de compensação de caudais. Dimensionamento do canal condutor geral e ramais (caudal máximo de 12,0 m3/s) com aproximadamente 90 km de comprimento. Simulações hidráulicas em regime permanente e em regime variável. Comparação dos tipos de regulação de caudais. Análise técnicoeconómica comparativa. Tarefas desempenhadas: Coordenador do Projeto. Cliente/Dono de Obra: IHERA. Portugal Implementação do Sistema de Informação Geográfica Olivícola - SIG Olivícola - Zona ha. (Beiras). Dados a obter: Número total de oliveiras e superfície agrícola de olival, georreferenciação das parcelas de olival e respetivas oliveiras, identificação do olivicultor de cada parcela, características agronómicas do olival e do terreno em que se encontra instalado. Tarefas desempenhadas: Diretor de Projeto. Cliente/Dono de Obra: Instituto Nacional de Garantia Agrícola (INGA). Portugal. FICHA DE TRABALHO: FT-C-021-CT AHag PE SCaP AHag PC SCaP AHag OSHi EP, PC EP, PE OPub OPub CTem n.a. OPub 27

34 Quadro 3.1 (cont.) Lista de trabalhos realizados Entidade Empregadora Data Nome / Descrição / Cliente ou Dono de Obra Natureza da obra ou trabalho Tipo/Nível de estudo Tipo de Cliente/Dono de Obra País 1999/ / / / 2001 Implementação do Ficheiro Vitivinícola Comunitário em Portugal Sistema de Informação Geográfica Vitícola Regiões do Minho, Trás-os-Montes, Estremadura, Ribatejo e Terras do Sado ( ha de vinha, ha de área total). Utilização da informação de base do Sistema de Identificação Parcelar e recolha, confirmação e atualização da informação parcelar vitícola através de visitas ao terreno e convocatórias aos seus exploradores. Tarefas desempenhadas: Diretor do Projeto. Cliente/Dono de Obra: Instituto Nacional de Garantia Agrícola (INGA) / Instituto da Vinha e do Vinho (IVV). Portugal FICHA DE TRABALHO: FT-C-023-CT Troço de Ligação Loureiro Monte Novo e Bloco de Rega EFMA 7650 ha. Projeto de Execução. Canal com 24 km, 165 km de condutas com diâmetros variáveis entre 110 e 1200 mm). Projeto do sistema de adução primário, da rede de distribuição de água para rega, das redes de drenagem e viária, estações de bombagem, reservatórios. Tarefas desempenhadas: Coordenador do Projeto. Cliente/Dono de Obra: Empresa de Desenvolvimento de Infraestruturas do Alqueva, S.A. (EDIA). Portugal. FICHA DE TRABALHO: FT-C-025-AHag Aproveitamento Hidroagrícola do Crato 6500 ha. Estudo de Viabilidade Ambiental e Económica do empreendimento. Estudo de soluções alternativas para barragem, redes de adução e distribuição de água de rega. Definição e dimensionamento prévio, análise da viabilidade ambiental e económica. Tarefas desempenhadas: Chefe de Projeto. Cliente/Dono de Obra: Instituto de Hidráulica, Engenharia Rural e Ambiente (IHERA). Portugal. FICHA DE TRABALHO: FT-C-026-AHag Aproveitamento Hidroagrícola de Macedo de Cavaleiros. Portugal Modernização e Automatização da Rede Primária de Rega (5.300 ha, 20 km de canais de adução). Projeto de Execução. Dimensionamento de reservatórios de compensação de caudais. Dimensionamento do canal condutor geral e ramais (caudal máximo de 2,6 m3/s) com aproximadamente 25 km de comprimento. Simulações hidráulicas em regime permanente e em regime variável. Comparação dos tipos de regulação de caudais. Análise técnico-económica comparativa Tarefas desempenhadas: Coordenador do Projeto. Cliente /Dono de Obra: IHERA.. Portugal CTem n.a. OPub AHag PE SCap AHag EV OPub OSHi PE OPub 2000 Produção e Impressão de uma Coleção de Ortofotomapas em Formato Digital Analógico Escala 1:5000, cobrindo a totalidade do Território Continental de Portugal, com atualização do Sistema de Identificação Parcelar (2000). Tarefas desempenhadas: Coordenador do Projeto. Cliente/Dono de Obra: Instituto Nacional de Garantia Agrícola (INGA). Portugal. FICHA DE TRABALHO: FT-C-027-CT CTem OPub 28

35 Quadro 3.1 (cont.) Lista de trabalhos realizados Entidade Empregadora Data Nome / Descrição / Cliente ou Dono de Obra Natureza da obra ou trabalho Tipo/Nível de estudo Tipo de Cliente/Dono de Obra País 2001/ / / / / / 2005 Abastecimento de Água a Fortaleza. Estudo de Viabilidade, Projeto Básico, Projeto de Execução e Estudo de Impacte Ambiental. Adução (23 m 3 /s) com cerca de 200 km de extensão para abastecimento à Região Metropolitana de Fortaleza (5 milhões de habitantes) e rega. Tarefas desempenhadas: Dimensionamentos hidráulicos, simulação do funcionamento do canal em regime permanente e variável. Sistema de comando e telegestão. Cliente/Dono de Obra: Secretaria dos Recursos Hídricos (SRH) / Superintendência de Obras Hidráulicas (SOHIDRA). Gov. Estado do Ceará, Brasil FICHA DE TRABALHO: FT-C-028-OH Aproveitamento Hidroagrícola da Cova da Beira Empreitada de Construção da 2ª Fase do Canal Condutor Geral (CCG). Assistência Técnica Normal e Especial. Preparação do Projeto para Execução. ( ha, CCG com 90 km no total) Tarefas desempenhadas: Coordenador de Projeto Cliente/Dono de Obra: Instituto de Desenvolvimento Rural, Hidráulica e Ambiente (IDRHa). Portugal. Serviços de Controle Assistido por Teledeteção das Ajudas às Superfícies Elegíveis ou Forrageiras. Tarefas desempenhadas: Responsável Interno pelo Projeto Cliente/Dono de Obra: INGA. Portugal. FICHA DE TRABALHO: FT-C-015-AHa Aproveitamento Hidroagrícola de Cela 454 ha. Projeto de Reabilitação e Modernização da Rede de Rede e Açudes de Derivação Tarefas desempenhadas: Chefe de Projeto. Cliente/Dono de Obra: IDRHa. Portugal. Reabilitação das Obras do Perímetro de Rega e Drenagem do Xai-Xai ha. Elaboração dos Projetos de Execução da Rede de Adução e de Drenagem. Manual de Operação e Manutenção. Preparação do Processo de Concurso, Avaliação de Propostas, Negociação dos contratos para a construção. Fiscalização da Obra. 22 km de canais principais, 52 km de canais secundários, 37 km de condutas.. Tarefas desempenhadas: Chefe de projeto, Coordenador do Consórcio projetista. Cliente/Dono de Obra: DNA ARA-Sul / Ministério das Obras Públicas e Habitação. Financiamento: Banco Africano de Desenvolvimento. Moçambique FICHA DE TRABALHO: FT-C-031-AHag Aproveitamento Hidroagrícola de Dahmouni ha. Relatório Preliminar, Análise e Delimitação da Área a Beneficiar, Estudo da Configuração das Infraestruturas de Rega, APD Tarefas desempenhadas: Coordenador Geral do Projeto. Cliente/Dono de Obra: Direction de l Hydraulique de la Wilaya de Tiaret. Argélia. FICHA DE TRABALHO: FT-C-032-AHag OSHi EV, EP, PC OPub OSHi AT OPub CTem OPub AHag AP OPub AHag PC OPub AHag PC OPub 29

36 Quadro 3.1 (cont.) Lista de trabalhos realizados Entidade Empregadora Data Nome / Descrição / Cliente ou Dono de Obra Natureza da obra ou trabalho Tipo/Nível de estudo Tipo de Cliente/Dono de Obra País 2003/ 2006 Aproveitamento Hidroagrícola de Kramis ha. Relatório Preliminar, Análise e Delimitação da Área a Beneficiar, Estudo da Configuração das Infraestruturas de Rega, APD. Tarefas desempenhadas: Coordenador Geral do Projeto. Cliente/Dono de Obra: Direction de l Hydraulique de la Wilaya de Mostaganem. Argélia. AHag PC OPub 2004/ / 2006 Sistema de Rega de Thewé 2, Mopeia 460 ha. Província da Zambézia. Estudo de Viabilidade. Projetos de Execução da Estação Elevatória (1,280 m3/s) e tomada de água no Rio Zambeze, do Reservatório de Regulação (270 m3), das Redes Secundárias de Rega (460 ha, 14,5 km) e das Redes de Drenagem (11,9 km) e Viária (8 km). Tarefas desempenhadas: Coordenador Geral do Projeto. Cliente/Dono de Obra: Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural. Direção Nacional de Hidráulica Agrícola. Financiamento: Banco Africano de Desenvolvimento. Moçambique FICHA DE TRABALHO: FT-C-033-AHag Aproveitamento Hidroagrícola da Cova da Beira Assistência Técnica e Trabalhos Complementares relativos à Construção do 3º Troço do Canal Condutor Geral (32 km). Tarefas desempenhadas: Coordenador Geral do Projeto Cliente/Dono de Obra: Instituto de Desenvolvimento Rural, Hidráulica e Ambiente (IDRHa). Portugal. AHag PE OPub OSHi AT OPub 2005/ 2006 Empreendimento do Waku-Kungo Reabilitação da rede de Drenagem Assistência Técnica. Dragagens no Rio Cussoi (em 65 km), Valas principais (189 km), valas secundárias (155 km), valas terciárias (1.300 km), Dique (10 m de altura e 540 m de comprimento) Tarefas desempenhadas: Coordenador Geral do Projeto. Cliente/Dono de Obra: Projeto Aldeia Nova. Angola. FICHA DE TRABALHO: FT-C-034-AHag OSHi AT SCap 2005/ 2006 Aproveitamento Hidroagrícola da Pardiela ha. Diagnóstico da situação atual. Simulação de Exploração das Albufeiras da Vigia e da Pardiela sem e com reforço das afluências da Vigia a partir da Pardiela nos anos de seca. Estudo Prévio das Redes de Rega e das Infraestruturas complementares. Tarefas desempenhadas: Coordenador Geral do Projeto. Cliente/Dono de Obra: Instituto de Desenvolvimento Rural e Hidráulica (IDRHa), Portugal. AHag EP OPub 30

37 Quadro 3.1 (cont.) Lista de trabalhos realizados Entidade Empregadora Data Nome / Descrição / Cliente ou Dono de Obra Natureza da obra ou trabalho Tipo/Nível de estudo Tipo de Cliente/Dono de Obra País 2006/ 2007 Como Diretor Residente na Argélia, representou a COBA nas relações com os Cliente/Dono de Obras, tendo nesse âmbito feito o acompanhamento específico dos seguintes estudos em particular: - Autoestrada Circular Exterior de Argel. (2ª Rocade) Projeto de Execução e Coordenação. Cliente/Dono de Obra: Teixeira Duarte Construções. Argélia - Derivação do Oued Djer. (Barragem, EB, Adutora e Túnel). Controlo e Fiscalização das Obras. Cliente/Dono de Obra: Office National de l Irrigation (ONID) Argélia - Estudos de Auscultação e Reabilitação de Grande Barragens (B. Bakhada, B. Oued Fodda, B.Boughzoul, B. Ghrib). Cliente/Dono de Obra: Agence Nationale des Barrages et Transferts. (ANBT)Argélia - Estudos de Diagnóstico e de Reabilitação dos Sistemas de Abastecimento de Agua Potável de Tizi-Ouzou, Bejaia e Chleff. Cliente/Dono de Obra: Algérienne des Eaux. (ADE) Argélia - Barragem Seklafa sobre o Oued M Zi e transvase a partir do Oued Chergui (Wilaya de Laghouat) Ante Projeto Detalhado Cliente/Dono de Obra: Agence Nationale des Barrages et Transferts. (ANBT) Argélia. - Barragem Dermoun (Wilaya de Batna) Ante Projeto Detalhado Cliente/Dono de Obra: Agence Nationale des Barrages et Transferts. (ANBT) Argélia. - Sistema de transvase Cheliff-Kerrada Adução Mostaganem- Arzew-Oran. Projeto de Execução Cliente/Dono de Obra: Teixeira Duarte Construções. Argélia - Construção da Segunda Pista do Aeroporto de Oran Es-Senia. Projeto de Execução Cliente/Dono de Obra: Zagope. Argélia - Autoestrada Circular Exterior de Argel. (4ª Rocade) Anteprojeto Detalhado. Proposta e Negociação do Contrato. Cliente/Dono de Obra: Agence Nationale des Autoroutes (ANA) Argélia. ITra OSHi OSHi SAAg OSHi OSHi OSHi ITra ITra EmPr OPub OPub SCap OPub OPub EmPr EmPr SCap 2012/ 2013 Projecto de Irrigação do Assentamento Itamarati II 6244 ha. Estudos de Viabilidade Econômico-financeira, Estudos Ambientais (EIA/RIMA), Relatório de Sustentabilidade Hídrica e Operacional e Projecto Básico de Irrigação Municipio de Ponta Porã/MS Tarefas desempenhadas: Coordenação do Projeto Básico do Sistema de Irrigação, Cliente/Dono de Obra: Consórcio VBA 6 /IBI; AGESUL 7, Gov. Estado Mato Grosso do Sul, Brasil. FICHA DE TRABALHO: FT-I-001-AHag AHa g EV, PC EmP r / OPu b 6 VBA VBA Consultores de Engenharia de Sistemas Hídricos Ltda 7 AGESUL Agencia Estadual de Gestão de Empreendimentos 31

38 Quadro 3.1 (cont.) Lista de trabalhos realizados Entidade Empregadora Data Nome / Descrição / Cliente ou Dono de Obra Natureza da obra ou trabalho Tipo/Nível de estudo Tipo de Cliente/Dono de Obra País 2012/ / / / / / 2010 Plano de Utilização Integrada dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Cubango km2 de bacia e 1300 km de extensão do rio em território angolano, Tarefas desempenhadas: Adjunto do coordenador geral, Coordenador de Agricultura e Rega, Cliente/Dono de Obra: Gabinete para a Administração da Bacia Hidrográfica do rio Cunene (GABHIC), Angola. FICHA DE TRABALHO: FT-G-006-PR Aproveitamento de Alqueva - Redes de Rega e Drenagem do Bloco Beringel-Beja EFMA 5500 ha m de condutas, Tarefas desempenhadas: Chefia de projeto Cliente/Dono de Obra: EDIA, Portugal. FICHA DE TRABALHO: FT-G-004-AHag Aproveitamento de Alqueva - Redes de Rega e Drenagem do Bloco Cinco-Reis Trindade EFMA 5600 ha, m de condutas, Tarefas desempenhadas: Chefia de projeto Cliente/Dono de Obra: EDIA, Portugal. FICHA DE TRABALHO: FT-G-005-AHag Sistema de abastecimento da água potável aos centros urbanos de Beni Ourtilene e Guenzet a partir da barragem de Tichy-Haf 14 municípios, habitantes, Estação de tratamento de água com capacidade para m3/dia, m de condutas, 13 reservatórios de armazenamento, 18 estações de bombagem; Tarefas desempenhadas: Chefe de projeto; Coordenador do Consórcio PROINTEC 8 (Espanha)/GIBB; Cliente/Dono de Obra: Algérienne des Eaux. (ADE) Argélia FICHA DE TRABALHO: FT-G-002-OH Sistema de abastecimento da água potável à cidade de El Milia a partir da barragem de Boussiaba 6 municípios, habitantes, Estação de tratamento de água com capacidade para m3/dia, m de condutas, 7 reservatórios de armazenamento, 8 estações de bombagem; Tarefas desempenhadas: Chefe de projeto; Coordenador do Consórcio PROINTEC (Espanha)/GIBB; Cliente/Dono de Obra: Algérienne des Eaux (ADE). Argélia FICHA DE TRABALHO: FT-G-003-OH Circuito Hidráulico Amoreira-Caliços EFMA Estação Elevatória (8,4m3/s, 79 metros de elevação, 12 MW), conduta elevatória DN2300mm com 6600 m, barragem em aterro com 17 m de altura). Tarefas desempenhadas: Chefia de projeto Cliente/Dono de Obra: EDIA, Portugal. FICHA DE TRABALHO: FT-G-001-OH PRe c PG RH OPu b AHag PE SCap AHag PE SCap SAAg PC SCap SAAg PC SCap OSHi PE SCap 8 PROINTEC PROINTEC, S.A Inginieria, Innovacion, Arquitectura y Transporte 32

39 Quadro 3.1 (cont.) Lista de trabalhos realizados Entidade Empregadora Data Nome / Descrição / Cliente ou Dono de Obra Natureza da obra ou trabalho Tipo/Nível de estudo Tipo de Cliente/Dono de Obra País 2013/ / 2015 Sistema Adutor do Piancó Sistema Hidráulico de Transporte de 3m 3 /s desde o canal da Transposição do Rio S. Francisco (CE) até o Açude Condado (PA), Tomada de água, EB de 840 kw, 4970m de adutora DN 1500, m de canal trapezoidal, 2515m de sifão DN 1500 Anteprojecto, Tarefas desempenhadas: Conceção, Dimensionamento e Comparação de soluções alternativas, Preparação de processo de concurso conceção/construção Cliente/Dono de Obra: Secretaria de Estado da Infraestrutura, Recursos Hídricos, Meio Ambiente e da Ciência e Tecnologia, Gov. Estado da Paraíba, Brasil. FICHA DE TRABALHO: FT-I-002-OH Assentamento Itamarati II, no Municipio de Ponta Porã/MS : 6244 há Estudos de Viabilidade Econômico-financeira, Estudos Ambientais (EIA/RIMA), Relatório de Sustentabilidade Hídrica e Operacional e Projecto Básico de Irrigação Tarefas desempenhadas: Coordenação do Projeto Básico do Sistema de Irrigação, Cliente/Dono de Obra: Consórcio VBA/IBI; AGESUL, Gov. Estado Mato Grosso do Sul, Brasil. FICHA DE TRABALHO: FT-I-001-AHag Plano de Recursos Hídricos e Propostas de Enquadramento dos Corpos de àgua das Bacias Hidrográficas do Rio Paraguaçu km2 e 500 km de extensão, mais de 2 milhões de habitantes, 81 municípios; Tarefas desempenhadas: Coordenação dos trabalhos e da equipa de elaboração do cadastro de usuários de água Cliente/Dono de Obra: Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos INEMA 9, Gov. Estado da Bahia, Brasil Plano de Recursos Hídricos e Propostas de Enquadramento dos Corpos de àgua das Bacias Hidrográficas do Reconcavo Norte e Inhambupe km2, mais de 5,5 milhões de habitantes (incluindo RM de Salvador), polos industriais, 46 municipios; Tarefas desempenhadas: Coordenação dos trabalhos e da equipa de elaboração do cadastro de usuários de água Cliente/Dono de Obra: INEMA, Gov. Estado da Bahia, Brasil Plano Hidroambiental (Gestão de RH) da Bacia Hidrográfica do Rio Una km2 e, 255 km de extensão 41 municípios; Tarefas desempenhadas: Avaliação das necessidades de água para rega na bacia Cliente/Dono de Obra: Agencia Pernambucana de Águas e Clima APAC 10, Gov. Estado de Pernambuco, Brasil OSHi EP OPub EmP EV AHa r /, g OPu PC b PRe PG OPu c RH b PRe PG OPu c RH b PRe PG OPu c RH b 9 INEMA - Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Gov. Est Bahia, Brasil) 10 APAC - Agencia Pernambucana de Águas e Clima (Gov. PE Brasil) 33

40 Quadro 3.1 (cont.) Lista de trabalhos realizados Entidade Empregadora Data Nome / Descrição / Cliente ou Dono de Obra Natureza da obra ou trabalho Tipo/Nível de estudo Tipo de Cliente/Dono de Obra País 2014/ 2015 Plano Hidroambiental (Gestão de RH) da Bacia Hidrográfica do Rio Pajeú; km2 e 350 km de extensão, 28 municípios; Tarefas desempenhadas: Avaliação das necessidades de água para rega na bacia Cliente/Dono de Obra: Agencia Pernambucana de Águas e Clima APAC, Gov. Estado de Pernambuco, Brasil PRe c PG RH OPu b Comentários ao elenco de trabalhos Numa tentativa de sintetizar e sistematizar os números relativos aos trabalhos que efetuei, e cujo rol é apresentado no subcapítulo anterior, preparei alguns quadros e gráficos que são apresentados e comentados nos parágrafos seguintes. 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Grandes Obras Hidráulicas + Sistemas de Abastecimento Planeamento de Recursos + Cartografia Temática Aproveitamentos Hidroagrícolas Figura Peso relativo de cada um dos tipos de estudos por período de tempo (avaliado em função do numero de trabalhos, nos diversos domínios, ativos durante o período indicado) A Fig 3.6 ilustra o peso relativo do número de cada um dos tipos de estudo, e sua evolução ao longo do tempo. Esta análise, que peca por não considerar a dimensão de cada um dos estudos, conferindo, por exemplo, o mesmo peso a um aproveitamento de 350 ha de que a um plano de gestão de recursos hídricos cobrindo km 2, permite, no entanto, dar uma ideia da evolução temporal dos tipos de 34

41 trabalho. Constata-se que nos primeiros 12 anos os Aproveitamentos Hidroagrícolas são largamente maioritários, sendo que a partir de meados da década de 90, com a realização dos trabalhos de Cadastros Temáticos e os estudos referentes aos Canais Condutores Gerais de Macedo de Cavaleiros e Cova da Beira, houve uma redução de peso relativo dos AHag, que continuam, no entanto, a representar a maioria dos trabalhos realizados até Após a saída da COBA fui chamado a colaborar em outro tipo de estudos, que estavam assegurados na empresa por outros núcleos que não o de agronomia (como é o caso dos projetos de sistemas de abastecimento de água, e. g.). Assim sendo, nos últimos anos a minha atividade como projetista tende a dividir-se em partes iguais entre os aproveitamentos agrícolas, os planos de gestão de recursos hídricos e as grandes obras hidráulicas (estando incluídos neste grupo os sistemas de abastecimento de água). De qualquer modo, e em jeito de balanço, pode-se concluir que a hidráulica agrícola é de facto a área de referência para a generalidade da minha carreira profissional. No entanto houve, com o tempo, uma tendência para um alargamento progressivo a outras áreas da engenharia, incluindo as grandes obras hidráulicas e o planeamento da gestão dos recursos hídricos. Uma análise específica aos valores das áreas dos aproveitamentos hidroagrícolas projetados, que estão resumidos no Quadro 3.2, permite concluir os trabalhos deste tipo realizados em Portugal representam quase 60 % do total estudado, que é de cerca de ha. Os Projetos de Execução (e Projetos para Concurso) cobrem quase ¾ da área trabalhada, sendo que nesta categoria a parte realizada no estrangeiro é um pouco superior à efetuada no país. Quadro Distribuição dos projetos de Aproveitamentos Hidroagrícolas por níveis de estudo Nível dos estudos (i) Área Estudada % da área total Estudos Prévios e Estudos de Viabilidade Em Portugal No Estrangeiro ha 24,5% ha (100%) - Anteprojetos ha 1,5% 814 ha (45%) (55%) Projetos para Concurso (ii) e Projetos de Execução ha 74% ha (46%) ha (54%) TOTAL ha 100% ha (59%) ha (41%) i: Para cada empreendimento, foi apenas contabilizado o nível mais avançado a que os estudos chegaram. Por exemplo, num Aproveitamento Hidroagrícola em que foi realizado o Estudo Prévio, o Anteprojeto e o Projeto de Execução, contabilizou-se apenas o Projeto de Execução. ii: Consideram-se como equivalentes a Projetos para Concurso os estudos realizados a nível de APD (Avant Projet Détaillé) na Argélia e em Marrocos, de Projeto Básico no Brasil, e Anteprojeto Detalhado em Portugal. Apesar da nomenclatura ser diferente, o nível de detalhe e precisão é idêntico. No que concerne os Planos de Gestão de Recursos Hídricos em que participei (com graus de envolvimento diversos), de referir que se situaram todos no estrangeiro e que os valores apurados indicam que a totalidade da área coberta rondará os km 2. Naquilo que tange às Grandes Obras e Sistemas Hidráulicos cabe mencionar que grande parte delas são obras lineares (sistemas de canais ou condutas de grande diâmetro, com as respetivas obras e equipamentos auxiliares), e que estive envolvido em estudos referentes a cerca 350 km de grandes 35

42 canais (dos quais 120 km em Portugal e 230 km no Brasil), e 20 km de adutoras de grande capacidade (das quais 15 km em Portugal). A Fig 3.7 pretende ilustrar a evolução temporal da quantidade de trabalho (estimada pela área trabalhada ano a ano) em projetos de Aproveitamentos Hidroagrícolas. Os comentários que a figura suscita corroboram alguns argumentos que avancei no capítulo referente à apresentação da minha evolução profissional, a saber: Area em projecto (ha) Aproveitamentos Hidroagricolas em Portugal Aproveitamentos Hidroagrícolas no Exterior Figura Áreas de Aproveitamentos Hidroagrícolas que foram projetadas em cada ano i São patentes os ciclos de volume de trabalho em Portugal diretamente relacionados com a entrada em vigor dos sucessivos programas de apoio à agricultura (PEDAP em 1986, PAMAF em 1994, PRODER em 2007) 11. De notar que existe sempre um lapso de tempo entre a entrada em vigor destes programas e a concretização dos primeiros contratos de prestação de serviços que deles resultam, havendo sempre a necessidade de um prazo para a apresentação de candidaturas e posterior cumprimento dos procedimentos concursais por parte das entidades contratantes das prestações de serviços de engenharia. ii As fases de trabalho no exterior estão de certo modo ligadas aos ciclos de atividade (ou falta dela) no país. O primeiro ciclo, que resulta do crescimento da atividade da COBA nos PALOP na década de 1980, termina em 1986 é desencadeado por um período de redução do mercado em Portugal. Esse 11 PEDAP: Programa Específico de Desenvolvimento da Agricultura Portuguesa; PAMAF: Programa de Apoio à Modernização Agrícola e Florestal; PRODER Programa de Desenvolvimento Rural para No período PEDAP (88/93) as áreas trabalhadas para cada estudo são pequenas (pequenos regadios coletivos). No período PAMAF (97/2004) as áreas aumentam por via das modernizações e reabilitações de perímetros antigos e novos perímetros do EFMA (subprograma do PEDIZA), que prosseguiu até 2013, com uma ação específica do PRODER. 36

43 ciclo termina em grande parte por razões de dificuldades na obtenção de financiamentos por parte de Moçambique e problemas nos recebimentos proveniente dos contratos com Angola (agravados pela quebra do preço do petróleo em 1986). Os restantes períodos de aumento da atividade no exterior resultam em parte da reação por parte das empresas a uma previsão de quebra de trabalho em Portugal, que faz com que sejam incrementados os esforços de promoção comercial nos mercados externos, ações essas que acabam por se traduzir em novos compromissos contratuais nesses países, como é o caso do Brasil e Marrocos (nos anos 93/95), ou Moçambique e Argélia (em 2003). iii O hiato dos anos 2007, 2008 e 2009 ocorre por razões ligadas à minha carreira pessoal. Com efeito, em 2007 estava a cumprir funções de direção na Argélia e fui mobilizado para outro tipo de trabalhos, não tendo assumido tarefas técnicas no domínio dos Aproveitamentos Hidroagrícolas. Em 2008 entrei para a GIBB Portugal e iniciei um esforço comercial para angariação de trabalhos nesta área, esforço esse que acabou por resultar nos trabalhos para o EFMA e para o Brasil (de 2010 a 2014) Notas relativas aos trabalhos mais relevantes Introdução Em complemento da descrição e comentários relativos aos cargos e funções exercidas ao longo da vida profissional, reúno neste item algumas notas, que narram casos e situações de ordem técnicoprofissional que vivenciei e que selecionei por considerar representativas. Fiz uma escolha de um conjunto de estudos e projetos que traduzisse a variedade de problemas técnicos e de meios físicos, sociais ou ambientes de trabalho vividos. O objetivo foi também abarcar todo o leque dos tipos de trabalho (do projeto de obras ao planeamento do uso da água) e os temas mais peculiares e que considero terem sido mais relevantes na formação na minha experiencia profissional. Os trabalhos estão apresentados por ordem cronológica cada subcapítulo refere-se a um único estudo ou a um grupo de projetos que estão relacionados entre si Os primeiros regadios. Moçambique Durante os primeiros anos de atividade como engenheiro projetista tive o privilégio de poder dispor de todas as condições que considero adequadas para uma boa formação de base para esta atividade, a saber: i. que o jovem engenheiro tenha possibilidade de estar envolvido num grande numero de estudos e projetos, ii. que estes sejam de natureza tão diversa quanto possível (quanto ao meio físico, quanto aos objetivos das obras), iii. e que a sua atividade seja acompanhada e enquadrada por técnicos seniores de forte experiencia nos domínios das respetivas especialidades, num bom ambiente de trabalho coletivo, num grupo bem estruturado e com funções bem definidas para cada um dos seus componentes. Para além disto, nas fases iniciais da carreira de projetista, é fundamental que o jovem engenheiro cumpra tarefas essencialmente ligadas ao cálculo. As fases posteriores serão mais orientadas para funções mais ligadas à conceção. Nesse contexto, considero conveniente que as primeiras funções, em continuidade da formação escolar, sejam essencialmente ligadas a rotinas de cálculo e de recolha 37

44 de informação. Os trabalhos realizados nesse âmbito, apesar de rotineiros, permitem adquirir um acervo de informação de base e sobretudo um entendimento e sensibilidade crescentes para as ordens de grandeza das variáveis de projeto ( ter cada vez mais noção dos resultados expectáveis antes de começar o cálculo ). Esse entendimento só pode ser adquirido com grande quantidade e variedade de rotinas de cálculo, quer seja para dados de base (evapotranspiração, necessidades culturais, balanços hídricos, caudais de dimensionamento, entre outros), para cálculos hidráulicos (escoamentos em condutas e em canais, dimensionamento de equipamentos de bombagem, e. g.), para cálculos hidrológicos (delimitação de bacias, avaliação de escoamentos, tempos de concentração, caudais de cheia, etc.), para cálculos estruturais (dimensionamento de pequenos equipamentos e infraestruturas hidráulicas como sejam tomadas de água, filtros, descarregadores, órgãos de regulação, aquedutos, reservatórios, e. g.), ou para cálculos económico-financeiros (medições e orçamentos de pequenas obras, custos de investimento e exploração, TIR, e. g.). Tive, pessoalmente, o privilégio de poder dispor de todas essas condições, que me foram proporcionadas na COBA, tendo participado na realização deste tipo de tarefas para projetos de regadios de grandes dimensões, a saber: i Os Aproveitamentos Hidroagrícolas a jusante da Barragem de Massingir (Massingir-Chinhangane ha, e Chibotane-Machaul e Mandingane, ha) (vide Fig 3.8 e 3.9) ii A Recuperação e Reabilitação do Regadio de Macia (1.000 ha) Fig 3.9 Vale do Rio dos Elefantes Fig Barragem de Massingir e rio dos Elefantes Durante esse período trabalhei sob orientação do engº agrónomo Manuel Macedo Franco, que tinha sido meu professor no ISA, técnico com uma vastíssima experiencia como projetista adquirida tanto ao serviço do estado (em vários perímetros implantados pela DGSH, como o de Chaves, Idanha, Mira, entre outros) como ao serviço da COBA, nomeadamente nos estudos e projetos pioneiros e emblemáticos realizados no Brasil (AHag do Moxotó, AHag do Rio das Contas) entre outros. Tive assim oportunidade de partilhar com ele experiencia adquiridas em ambientes bem distintos. De notar que, do ponto de vista meramente técnico, os projetos em que estivemos envolvidos nessa altura continham um elemento que constituía uma novidade em relação aos projetos em que o engº Macedo Franco tinha participado anteriormente: a adução e distribuição de água far-se-iam inteiramente sob pressão, com a rega na parcela feita por aspersão. Esse aspeto acabou por obrigar-me pessoalmente a procurar informações relativas a metodologias de cálculo adequadas a novas soluções técnicas, o que de certo modo contribuiu para a consolidação de procedimentos numa área nova para a equipa de projeto. Do 38

45 mesmo modo, a convivência e trabalho em conjunto com o pedólogo sénior da equipa projetista deslocada em Moçambique, o engº agrónomo Domingos Brito Mariano, pela visão integrada de todos os aspetos ligados ao solo, à fisiografia, ao clima e meio humano com relevância para o planeamento de recursos e projeto de infraestruturas de regadio, e sobretudo pelos fortes valores deontológicos e humanos, foi muito marcante na minha formação profissional O Estudo das Potencialidades Naturais para o Desenvolvimento da Província de Namibe. Angola Em 1984 tive a oportunidade de beneficiar da participação neste estudo de planeamento de recursos. O cliente, a Direção Nacional para as Novas e Renováveis Fontes de Energia do Ministério da Energia e Petróleos de Angola, contratou a COBA para a realização de um estudo de viabilidade que cobrisse várias alternativas para o fornecimento de energia para o desenvolvimento da província do Namibe, entre as quais figurava o eventual desvio de parte do caudal do rio Cunene para estabelecimento de um aproveitamento hidroelétrico que aproveitasse a queda dessa água na escarpa da Chela. O estudo que foi feito demonstrou que não seriam necessários quaisquer novos empreendimentos de grande dimensão para a valorização das inúmeras potencialidades naturais que foram inventariadas tendo por objetivo o desenvolvimento daquela província, apesar de grande parte do território evidenciar características próprias de uma região desértica, como patente nas Fig e Fig 3.10 Região subdesértica do Namibe Fig 3.11 Welwitschia no deserto do Namibe Numa primeira fase do estudo, durante a qual participei num reconhecimento de campo que cobriu todas as regiões da província, foi muito interessante entender os equilíbrios existentes entre um meio ambiente muito frágil e o modo como os homens nele subsistem, com recurso a métodos de exploração agropecuária ora em regime de nomadismo nas regiões desérticas, ora em regime intensivo, nos verdadeiros oásis de clima mediterrâneo, férteis e ricos em água, que existem nos trechos terminais dos rios que atravessam a região, como é visível nas Fig a Na segunda fase do estudo propuseram-se várias ações para valorização e aproveitamento dos recursos naturais da região sem recurso a grandes obras e na linha dos modos de aproveitamento tradicionais, que se revelaram perfeitamente adequados às potencialidades e fragilidades do meio, ao arrepio dos objetivos que tinham inicialmente sido traçados para o estudo. Os resultados do trabalho de levantamento e planeamento dos recursos e as propostas que continha acabaram por ser muito bem recebidos pelos vários agentes envolvidos na promoção do 39

46 desenvolvimento da província sendo que, passados muitos anos sobre a conclusão do estudo, ainda eram solicitadas regularmente cópias do mesmo. Fig 3.12 Vale do Rio Giraúl, Namibe Fig 3.13 Vale do Rio Giraúl, Namibe Fig 3.14 Horticultura no vale do rio Bero, Namibe Fig 3.15 A consociação de olival com culturas subtropicais nos oásis do Namibe Para a realização deste estudo tive o enorme privilégio de ter trabalhado de perto e pela primeira vez com um homem de estatura profissional incomparável, o engº agrónomo A. Castanheira Diniz, que além de ser um profundo conhecedor de grande parte do território Angolano em todos os aspetos ligados ao meio edafo-climático, à fisiografia, às potencialidades para a produção agrícola e pecuária, aos recursos em terra e água, aos recursos florestais e florísticos, tinha uma visão exemplarmente integrada de todos estes aspetos, visão essa que se evidenciava na riqueza de todas as suas contribuições para trabalhos de planeamento de recursos naquele país Os Estudos no Barlavento Algarvio. Portugal A - Aproveitamento Hidráulico de Odelouca-Arade Os estudos referentes a este aproveitamento estenderam-se entre 1987 e 1997 e cobriram essencialmente três frentes de trabalho. 12 Em boa hora, o Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento procedeu à recolha e edição do conjunto dos trabalhos deste âmbito realizados em Angola pelo engº Castaneira Diniz. 40

47 i - A primeira dessas frentes dizia respeito à definição do modelo de utilização dos recursos em água no barlavento algarvio. Com esse fito, foram efetuados vários estudos de simulação de exploração dos recursos, tendo para tal definido as necessidades totais de água (rega, abastecimento público, recarga de aquíferos) e as disponibilidades hídricas, superficiais e subterrâneas, presentes e futuras, tanto nos aspetos de quantidade como sobretudo de qualidade de água. Esta região tem disponíveis recursos hídricos superficiais e subterrâneos. Os recursos superficiais têm origem na bacia do rio Arade, regularizados pelas barragens do Arade e do Funcho, e na ribeira de Odelouca, regularizados pela barragem de Odelouca (cuja construção estava na altura em equação). Os recursos subterrâneos correspondem ao aquífero Silves-Querença. Por outro lado, verifica-se uma grande apetência pela água, quer seja para usos hidroagrícolas (numa região com grande ocupação do solo com culturas frutícolas e horto-industriais patente na Fig 3.16), quer seja para usos humanos e industriais, potencializados pela sazonalidade dos consumos para atender as necessidades do turismo. Fig 3.16 Laranjais no vale do rio Arade Acresce que os cenários de simulação dos usos da água foram construídos de modo a refletir a grande competição pelos recursos disponíveis e a considerar as situações identificadas de grandes riscos de intrusão salina nos aquíferos em exploração e problemas associados aos impactes ambientais que a construção da barragem de Odelouca e túnel de interligação com a albufeira do Funcho originariam. Neste contexto foi muito estimulante ter colaborado com uma equipa que teve que cobrir aturadamente as áreas da hidrologia e hidrogeologia, da socioeconomia, dos aspetos ambientais (qualidade da água, flora, fauna terrestre, íctiofauna, fixação de caudais ecológicos) e económico-financeiros. A participação neste estudos, para os quais contribuí com o tratamento de todas as questões ligadas ao uso da água para a agricultura, proporcionaram a tomada de consciência da obrigatoriedade de conceber estratégias que permitam uma gestão da água de forma integrada, atendendo tanto às especificidades regionais de ordem ambiental e socioeconómica como às particularidades do meio edafo-climático local e sua influência no ciclo hidrológico, e que conduzam à definição de soluções de engenharia equilibradas e sustentáveis, seja do ponto de vista ambiental ou económico. 41

48 Estes estudos foram realizados no final dos anos oitenta e início de noventa (tanto para o INAG rede primária - como para a DGHERA rede secundária) e de certo modo já refletem o novo paradigma do planeamento à escala da bacia hidrográfica que será efetivamente plasmado na regulamentação na década de 1990, posteriormente concretizada no Plano Nacional da Água e na primeira geração dos planos de gestão de bacia hidrográfica, no início dos anos 2000, altura em que entra em vigor a Diretiva Quadro da Água (DQA). ii - A segunda frente dizia respeito ao projeto de uma rede secundária de rega a implantar numa região já muito ocupada por pomares em plena produção, como patente na Fig 3.17, já regados com recurso a furos que urgia substituir por recursos de superfície (regularizados pelo sistema Odelouca-Funcho acima referido) uma vez que havia evidências de salinização da água subterrânea captada (por intrusão salina no aquífero). Neste contexto, tiveram que ser propostas soluções para vários problemas específicos que estavam associados à conceção de um sistema de rega a implantar nesta situação (principalmente para a fase de construção) e que exigiram um reconhecimento de campo minucioso de todas as parcelas do bloco de rega de 1700 ha. Fig 3.17 Ocupação cultural do Bloco de Vale da Vila iii - A terceira frente consistia na conceção de uma rede primária de adução que atendesse às necessidades e especificidades de um sistema hidráulico de fins múltiplos, com tipos (e tempos) de necessidade totalmente diversos, e com origem num sistema hidráulico de configuração complexa (três barragens interligadas) e ainda indefinida na altura da realização deste trabalho. Todos estes aspetos tiveram que ser devidamente equacionados e atendidos nas soluções alternativas que foram estudadas. No que respeita a este sistema merece destaque a realização do projeto de execução, e subsequente assistência técnica à execução da obra, do troço entre Franqueira e Alcantarilha-Gare (que abastece nos dias de hoje a Estação de Tratamento de Agua de Alcantarilha), cuja equipa de projeto tive o prazer dirigir, e que se pode considerar bem-sucedido uma vez que permitiu que a obra tivesse sido concluída no prazo previsto, com um desvio de custo inferior a 5% em relação ao valor orçamentado, e sem qualquer problema técnico durante a fase de construção, apesar da complexidade elevada de algumas partes da obra. Considero também de interesse formular duas notas em relação a detalhes destes estudos, a saber: 42

49 a) A primeira diz respeito à definição da mancha de solos a beneficiar pelo aproveitamento. Com efeito, as conclusões dos primeiros estudos que foram levados a cabo nesta região delimitaram manchas de solos com aptidão para o regadio com base nos critérios fixados pelo CNROA 13 (ainda conduzidos por equipas da DGSH, nos anos setenta). Em resultado desse trabalho foi excluída uma mancha, de grandes dimensões, por razões que se prendiam com a pedregosidade do solo. O planeamento referente ao aproveitamento foi então feito com base nessa carta de aptidão dos solos para o regadio. Acontece que, nos reconhecimentos de campo realizados aquando da retoma dos estudos em finais dos anos oitenta, verificou-se que grande parte dos solos que se encontravam classificados como não-aptos estava de facto ocupada com vastas áreas de pomares de citrinos, com alta produtividade. Os agricultores realizavam de facto uma despedrega nas áreas ocupadas pelas caldeiras das árvores, ultrapassando assim as limitações de solo identificadas nos levantamentos pedológicos efetuados. Assim sendo, foi preparada uma nova carta de aptidão, com base nos critérios de classificação entretanto editados pela FAO, e reformulados os dados de base para os estudos do aproveitamento. Este processo permitiu concluir pela relatividade dos critérios, e consequentemente das conclusões, relativos aos processos de classificação de aptidão de recursos (de solos, de água, de clima, ou outros), que são feitos tendo em vista determinado fim e que consequentemente deverão ser sempre apreciados com uma certa latitude, tendo presente que os objetivos de qualquer estudo são passíveis de sofrer alterações, que em certos casos poderão ser radicais. Assim sendo, na fixação dos critérios de dimensionamento e conceção, o projetista deve ser guiado por critérios de bom senso que conduzam a soluções flexíveis (tanto quando os critérios de ordem económica o permitam). b) A segunda nota, que vem no sentido da anterior, refere-se à importância dos dados de base em estudos de simulação de exploração de recursos hídricos e às consequências que podem decorrer de pequenas alterações nesses elementos de projeto. Este estudo dos Aproveitamentos do Barlavento Algarvio confirmou em absoluto que a determinação com rigor das necessidades unitárias de rega ou das capitações diárias de água potável, por exemplo, é uma etapa crucial em estudos de gestão de recursos. Qualquer pequena alteração nesses valores pode induzir resultados radicalmente diferentes na corrida de modelos de simulação. Em muitos casos parece haver, por exemplo, uma discrepância entre o rigor que é usado na definição de uma série cronológica sintética de afluências e a subjetividade que existe em alguns parâmetros usados para a fixação de necessidades unitárias de rega ou para capitações de água potável. Este problema tende a ser diluído face à crescente quantidade e qualidade de registos climáticos, de consumos ou outros que estão cada vez mais disponíveis via internet. Em algumas geografias esta questão continua, contudo, a ser relevante e exige que o projetista dê provas da sua experiencia e bom senso para que sejam devidamente minimizadas as respetivas consequências negativas. 13 CNROA Centro Nacional de Reconhecimento e Ordenamento Agrário 43

50 B - Rede de Rega da Várzea de Benaciate Apesar de se tratar de um aproveitamento com uma área pequena (cerca de 400 ha), o estudo deste bloco de rega ( ) situado no barlavento algarvio foi muito interessante do ponto de vista técnico. A razão principal reside no facto de a fonte de água disponível ser exclusivamente subterrânea. Apesar de ser esta uma fonte de água muito comum em redes de abastecimento de água e em sistemas de rega particulares, cujas necessidades se coadunam com a dimensão dos caudais fornecidos por uma (ou poucas) unidade (s) de captação subterrânea, não será muito usada em sistemas públicos destinados ao regadio. A razão principal para assim ser radica na dificuldade em coletar caudais de dimensão satisfatória para a rega de áreas com a dimensão usual de regadios públicos, que obriga a que sejam interligados vários furos de captação, circunstancia que é agravada pela natural dispersão geográfica dos vários pontos de captação. Na procura de resolução para este problema houve que estudar e comparar soluções alternativas para recolher a água captada em vários locais (admitindo uma variabilidade nos caudais captados em cada local), e distribuí-la por meio de uma rede coletiva em pressão. Entre as soluções ponderadas figurou inclusivamente uma rede malhada (solução raríssima em sistemas de rega), e a solução retida (e que se encontra presentemente implantada) integra uma rede de captação e adução ramificada que interliga todos os furos, equipados com grupos eletrobomba submersíveis, a um reservatório. Este reservatório alimenta por sua vez uma estação de bombagem, com regulação mano-debitimétrica auxiliada por Reservatório de Ar Comprimido - RAC, que fornece água pressurizada à rede de distribuição (até às tomadas de rega). O funcionamento de ambos os sistemas está automatizado, havendo um especial cuidado na monitorização dos níveis da água nos furos, e vigilância do estado do aquífero através das observações feitas em piezómetro 14. Os usuais cuidados de vigilância das condições dos aquíferos são reforçados neste caso dado que estão identificados riscos acrescidos respeitantes à quantidade e qualidade de água. Com efeito a natureza cársica da geologia da região favorece a criação de bolsas localizadas onde poderão ocorrer situações ocasionais de contaminações e rebaixamentos mais acentuados do que os verificados no conjunto do aquífero, a que acrescem maiores riscos de nitrificação da água subterrânea causados pelo aumento da atividade agrícola por via da introdução do regadio. Motivo adicional de interesse para este estudo é o facto de ter sido realizada, em simultâneo com a preparação do projeto do sistema da rega, uma operação de emparcelamento e implantação de infraestruturas de apoio (redes de caminhos e drenagem). Esta operação, que foi levada a cabo pelos serviços do Ministério da Agricultura, justificou-se pela extrema divisão da propriedade que se verificava antes da intervenção e permitiu uma economia substancial nas redes de rega, de caminhos e de drenagem, dada a nova configuração das parcelas agrícolas. Os estudos e projetos das redes de rega, de drenagem e viária, que acabaram, portanto, por ter sido levados a cabo por entidades diferentes, tiveram que ser muito bem coordenados para um bom resultado final. Por razões diversas, o balanço final dos benefícios e custos da operação de emparcelamento terá evidenciado resultados aquém dos 14 Refira-se que o Ministério da Agricultura implantou posteriormente outro bloco de rega com características semelhantes, nesta região, a saber o bloco de Vale da Vila. 44

51 esperados pelo que este tipo de prática (que foi também efetivada em outros regadios do país) acabou por não ter continuidade em aproveitamentos hidroagrícolas implantados posteriormente Os trabalhos de Assistência Técnica em fase de construção. Portugal O contacto direto com as tarefas de assistência técnica e fiscalização dos trabalhos de construção das infraestruturas que usualmente projeta é de grande importância para a formação do engenheiro que passa a prestar particular atenção a pormenores de projeto que não considerava até então particularmente relevantes. É muito benéfico para um projetista ter experiencia de fiscalização, e viceversa. A execução em particular de dois contratos permitiu-me, por via do trabalho conjunto com a equipa de fiscalização residente na obra, entre outros: - Melhor entender a real importância de cada um dos documentos de projeto para a execução das obras, com particular enfase para a o Caderno de Encargos, as Especificações Técnicas o Processo de Concurso, as Medições ou as Listas de Preços, aos quais as equipas de projeto não atribuem usualmente particular dedicação, mas cuja qualidade, em conjunto com a dos Desenhos de Projeto, é fundamental para um bom desenrolar da obra e um bom trabalho de fiscalização da mesma; - Tomar nota de detalhes relativos aos métodos e equipamentos construtivos que são usualmente adotados para realização das obras e montagem de equipamentos que integram frequentemente os projetos deste tipo, tirando daí informação preciosa para melhorar a respetiva conceção e dimensionamento. - Trabalhar em soluções imediatas para situações concretas que se deparam no decorrer da obra, com adaptação dos desenhos de projeto às condições reais do terreno, melhoramentos que em muitos casos poderão ser retidos em projetos futuros. Os contratos mencionados são os seguintes: i Revisão do PE e Assistência Técnica à execução das obras- rede secundária de rega do AHag de Macedo de Cavaleiros ( ). ii Assistência Técnica à execução do Troço Franqueira-Alcantarilha Gare - Sistema Hidráulico Odelouca-Funcho ( ) De referir que no caso do adutor Franqueira-Alcantarilha Gare, um conjunto de circunstâncias, a que não será estranha a experiencia adquirida pelo projetista em Macedo de Cavaleiros e pelo empreiteiro na adutora semelhante realizada para o Aproveitamento do Sotavento Algarvio, permitiu que a obra (complexa, porque é uma conduta de 2,5 m de diâmetro, com 4 km de extensão, instalada em condições topográficas e geológicas difíceis, implantada numa região com grande ocupação do solo) tivesse sido concluída com um desvio de custo inferior a 5% do valor de adjudicação Beneficiação dos Campos de Valado de Frades e Maiorga. Portugal Os estudos realizados a partir 1991 tiveram por objetivo a beneficiação dos campos de Valado de Frades e de Maiorga, cobrindo uma área de cerca de 1100 ha, revelaram-se particularmente interessantes dadas as características muito particulares da região, muito rica do ponto de vista das 45

52 potencialidades dos solos, paúis já arroteados pelos monges das ordens cistercienses desde meados do séc. XII, e que receberam algumas das primeiras infraestruturas de regadio público construídas no país, nos anos 40 (Paúl da Cela). A geologia e fisiografia da região conferem características muito próprias a esta planície (geotectonicamente um graben ) que constitui a parte terminal das bacias de várias linhas de água com origem nas serranias circundantes. Numa primeira etapa, e em cumprimento do caderno de encargos para este estudo, realizou-se a análise da necessidade e viabilidade da construção de uma barragem no vale de uma ribeira afluente à várzea e concluiu-se que a natureza cársica da geologia do vale não garantia condições para armazenamento de água na albufeira a criar e que a construção da própria barragem poderia revelarse tecnicamente inviável face às condições de fundação existentes, e que os recursos do lençol de água subsuperficial poderiam satisfazer por si só as necessidades de rega da várzea. O estudo mais detalhado dos movimentos da água no solo revelou a essência dos problemas principais associados ao uso da água para fins agrícolas, tanto nos aspetos da sua quantidade como de qualidade. A várzea está sulcada por várias valas de drenagem, para além do leito dos rios Alcoa, da Areia e do Meio (vide Fig 3.19), que recolhem e drenam a água que se acumula nas camadas inferiores do solo agrícola (e à superfície, em períodos de cheias). Acontece que os agricultores retiram água das valas de drenagem por bombagem, e para esse fim aqueles situados nos trechos de jusante constroem esbarros nas valas para criarem um plano de água que lhes permita captar água para rega. Sendo o terreno muito plano (vide Fig 3.18), a superfície do solo não acompanha o declive das valas pelo que estas ganham bastante profundidade nos trechos de jusante e a elevação do plano de água por ação dos esbarros provoca problemas de drenagem do solo nos trechos de montante, em que a profundidade é menor, daí resultando situações de conflito entre agricultores. Acresce que a prática de bombear água de drenagem para a rega cria um ciclo hídrico fechado com o consequente aumento progressivo da contaminação da água com adubos e pesticidas resultante de lavagens sucessivas de solos com uso intenso agrícola. Fig 3.18 Campos de Maiorga Fig 3.19 Campos de Valado de Frades 46

53 Perante este cenário e identificados os problemas relacionados com o uso da água, a segunda etapa dos estudos consistiu na conceção e dimensionamento de sistemas de drenagem e rega independentes. O sistema de valas de drenagem foi concebido de modo a manter em toda a área agricultada o lençol freático à profundidade mínima adequada às culturas praticadas (inclusive frutícolas) e conduzir todos os caudais recolhidos para o exterior do perímetro de modo a evitar qualquer reuso das águas na rega dos terrenos adjacentes ás valas. O sistema de captação, adução e distribuição de água para rega proposto é totalmente independente do sistema de drenagem. A captação da água subsuperficial será efetuada com recurso a bombagem em poços equipados com drenos radiais e a condução e distribuição feita em canal revestido em betão e/ou condutas enterradas Aproveitamento Hidroagrícola de Curu-Paraípaba. Brasil Após a conclusão de vários trabalhos de projeto para regadios em zonas de pequena propriedade, com geometrias de divisão predial complexas, em zonas com grande procura de água para rega, fui mobilizado, em 1993, para integrar no Brasil a equipa de trabalho luso-brasileira que realizou o projeto das infraestruturas para rega de um perímetro de 4000 ha no semiárido brasileiro, no estado do Ceará (Fig 3.21). A área a beneficiar constituía a ampliação de um regadio já implantado pelo DNOCS 15, organismo federal criado em 1909 com grande tradição na conceção, construção e gestão de obras de regadio destinadas a minimizar dos efeitos da grande irregularidade climática e secas que ocorrem periodicamente no denominado polígono das secas do nordeste brasileiro. A COBA já tinha realizado projetos de aproveitamentos hidroagrícolas para este organismo, nos anos 60 e 70, e a qualidade do trabalho produzido granjeou-lhe o prestígio que resultou em nova fase de prestação de serviços de consultoria na área hidroagrícola, vinte anos depois. O DNOCS sempre foi uma instituição com forte influência do Bureau of Reclamation dos EUA (USBR), com quem tinha vários protocolos de colaboração permanente que se traduziam na semelhança de métodos e procedimentos padrão adotados por ambas as organizações. Assim, tive oportunidade de trabalhar com métodos diferentes daqueles que eram à data referencia na Europa e em Africa, em grande parte promovidos pela adoção generalizada dos procedimentos propostos nos documentos técnicos emitidos pela FAO (nomeadamente através dos FAO Irrigation and Drainage Paper ). Por exemplo, o cálculo da evapotranspiração foi feito com recurso ao método de Hargreaves (1974), que utiliza dados de temperatura, e que é largamente utilizado em projetos de rega no Nordeste Brasileiro em virtude do facto do autor, em estudo financiado pelo então Ministério da Agricultura e pelo USBR, ter estimado a evapotranspiração potencial em 152 localidades, em 10 estados nordestinos, e os resultados se encontrarem reunidos em tabelas facilmente disponíveis. Neste projeto, o principal desafio de ordem técnica consistiu na conceção e dimensionamento de um sistema com adução de água em canal de meia encosta, a céu aberto, com distribuição em condutas e entrega nas parcelas em charcas, cujo controle e gestão fosse totalmente automático (controle por jusante, inteiramente hidráulico, por razões das condições de operação locais), sendo que o sistema tinha origem (captação) numa infraestrutura que fazia parte da primeira fase do empreendimento, vide Fig 3.20, inteiramente com controlo manual. Em contrapartida, o trabalho de layout das redes de adução 15 DNOCS - Departamento Nacional de Obras contra as Secas (Gov Federal Brasil) 47

54 e distribuição foi muito facilitado (sobretudo quando comparado com o projeto para uma estrutura fundiária complexa, como é o caso do Algarve) pelo facto da área do projeto se encontrar totalmente expropriada pelo que foi delineada uma nova divisão predial para o projeto, patente na Fig Estas condições permitem a conceção de redes mais baratas, mais eficientes, e de maior facilidade de operação e manutenção. Fig 3.20 Tomada d Água no Curu Fig 3.21 Coqueiral Curu-Paraipaba Fig 3.22 AHag Curu, Vista Geral Aproveitamento Hidroagrícola do Gharb. Marrocos A partir de 1995 tive oportunidade de estar envolvido na coordenação e participação técnica nos trabalhos relativos ao Aproveitamento Hidroagrícola do Gharb (TTI 16 ) de ha, situado na vasta planície da parte terminal do vale do rio Sebou, em Marrocos. A consultoria foi prestada por um consórcio que integrava para além da COBA, técnicos espanhóis da empresa de consultoria Tragsatec, ligada ao ministério da agricultura de Espanha, e técnicos de uma grande empresa de consultoria Marroquina, CID. O projeto integrava duas componentes principais, a saber - a rede de drenagem e a rede de rega, sendo que para estas últimas foram tratadas duas áreas, uma com distribuição por gravidade e outra por aspersão clássica. No caso da rede de distribuição por gravidade, o cliente solicitou que fosse mantido o tipo de obra que já se encontrava implantado desde os anos setenta em outros sectores do aproveitamento, e que consistia em canais (rede primária) e canaletes (rede secundária) elevados acima do nível do solo e apoiados em pilares, como visível na Fig Este sistema, que induz grandes dificuldades nas operações agrícolas nos terrenos regados, terá provavelmente sido projetado nos anos 60 e início de 70 pela engenharia francesa. Apesar da nossa insistência e mostra de que a engenharia portuguesa já tinha concebido e construído muitos sistemas gravíticos com condutas enterradas, em regadios que se encontravam em exploração desde os anos 60, o cliente, apesar de ter desejado ver um EP com este tipo de solução, insistiu em manter a solução que já conhecia e explorava. Este tipo de situações é comum nos países do Magrebe (exceção feita à Tunísia), havendo por parte das entidades públicas uma contradição entre a grande curiosidade em conhecer novas soluções técnicas (que é promovida pela grande variedade de nacionalidades e origens dos consultores que prestam serviços nesses mercados), e a resiliência em alterar soluções já implantadas há mais tempo e já dominadas pelas entidades que realizam a exploração das infraestruturas. 16 TTI: Troisième Tranche d Irrigation 48

55 Fig 3.23 AHag do Gharb. Canais elevados Para a área a servir por aspersão, o cliente solicitou que se mantivesse a solução com estações de bombagem em que todo o equipamento hidro e eletromecânico (incluindo grupos de bombagem) é instalado a céu aberto, ao tempo, sendo que os edifícios abrigam apenas a sala de comando e os equipamentos elétricos. As estações são comandadas por reservatórios elevados, instalados em torres de betão com alturas entre 50 e 80 m. Este tipo de solução, hoje abandonada para dar lugar a outras formas de regulação com maior eficiência energética, é semelhante à das EB s construídas nos regadios do sul de França nos anos 60 e 70, nomeadamente na Provence e Bas-Rhône Languedoc, e cuja realização deu origem à escola de engenharia hidroagrícola francesa dos anos setenta e oitenta que tanto nos influenciou Cadastros temáticos. Portugal Tive oportunidade de participar na coordenação das equipas que participaram na elaboração de trabalhos ligados aos cadastros temáticos em Portugal com base nos termos dos Regulamentos (CEE) nº 2392/86 (vitivinícola), e nº 154/75 (olivícola) do Conselho, a saber: i- Implementação do Ficheiro Vitivinícola Comunitário em Portugal SIG Vitícola ( Região Demarcada do Douro e Denominações de Origem de Encostas da Nave e Varosa e Regiões do Minho, Trás-os-Montes, Estremadura, Ribatejo e Terras do Sado ii- SIG Olivícola - Zona 2 Tratou-se de um desafio muito interessante porque, sendo contratos de dimensão muito grande, não correspondiam a nenhuma das áreas clássicas da engenharia desenvolvida na empresa até à data da sua realização e obrigaram à mobilização de meios humanos, materiais e financeiros em quantidade raramente vista na empresa, o que conduziu à criação de uma estrutura totalmente independente. Os desafios essenciais postos para a concretização dos objetivos traçados residiram na gestão dos meios usados para os trabalhos de campo e para a aquisição e organização de grande quantidade de informação georreferenciada, com a necessidade de dar formação, fazer a gestão operacional e logística de muitas equipas a funcionar simultaneamente, conceber, implantar e executar procedimentos rigorosos de controlo de qualidade. Foi uma oportunidade para lidar com áreas novas 49

56 do conhecimento e da tecnologia ligadas à cartografia, teledeteção, gestão de bases de dados gráficos e alfanuméricos, e aquisição e tratamento de informação georreferenciada Sistema de Abastecimento de Água à RM de Fortaleza. Brasil O objetivo dos estudos referentes ao Sistema de Abastecimento de Água à Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), no Brasil, foi conceber um sistema que permitisse o transporte das águas do rio Jaguaribe, regularizadas pela Barragem do Castanhão (6.700 hm 3 de capacidade total), para reforço do abastecimento à RMF, beneficiando uma população de cerca de quatro milhões de habitantes, na altura deficitária em água. O empreendimento, designado por Eixo de Integração Castanhão- Fortaleza (ou Eixão ), possibilitou a plena satisfação das demandas hídricas previstas (consumos humanos e industriais da RMF e reforço da alimentação de diversos projetos de irrigação existentes ou a implementar ao longo do traçado do sistema de adução) e inclui a captação de água armazenada no açude Castanhão - 22 m 3 /s -, utilizando a respetiva tomada d água, e a sua derivação por bombeamento para um sistema de adução por gravidade (canais, sifões e túnel), com um desenvolvimento total de cerca de 200 km (conforme vistas das Fig 3.24 e 3.25), terminando, com 19 m 3 /s, no sistema de albufeiras existentes na RMF (incluindo a ampliação desse sistema até à Estação detratamento de Agua que serve a cidade). Os estudos incluíam também o sistema adutor complementar para abastecimento do Complexo Industrial e Portuário do Pecém situados a oeste da RMF, com uma extensão de 55 km. Fig 3.24 Canal Castanhão- RM Fortaleza Fig 3.25 Canal Castanhão RM Fortaleza Vista Geral Os estudos de planeamento, conceção e dimensionamento desta obra, que se realizaram em 2001 e 2002, merecem pessoalmente destaque pela dimensão das infraestruturas projetadas, e pela natureza dos critérios e objetivos do empreendimento que foram traçados pelo dono de obra. Durante a realização dos estudos, que foram realizados em consórcio com duas empresas de consultoria brasileiras, estive pessoalmente envolvido nos contactos permanentes com a comissão de acompanhamento do cliente, para além da participação nas tarefas técnicas de planeamento ligadas à parte hidroagrícola e à conceção geral das alternativas técnicas. Se os objetivos primários de criar uma infraestrutura de adução de água até à RMF constituíam desideratos de ordem técnica em tudo semelhantes a outras obras similares, já os critérios definidos 50

57 para a escolha de traçados e dimensionamento das componentes do sistema se revelaram muito interessantes e de certo modo inovadores. Com efeito, seguindo um conceito defendido pelo então dirigente da Secretaria de Recursos Hídricos, engº H. Macedo 17, obras de natureza semelhante implantadas em regiões semiáridas podem ser verdadeiros eixos de desenvolvimento que, à semelhança de um importante eixo rodoviário, criam condições para fixação de populações, aumento da produção agrícola e industrial nas regiões atravessadas, com o consequente crescimento económico e prosperidade social. Nesse enquadramento, o projetista foi chamado a escolher traçados que atravessassem zonas com boas potencialidades de ordem fisiográfica e edáfica para a produção agrícola de regadio, permitissem o reforço da alimentação de diversos projetos de rega existentes e promovessem a implementação de novos aproveitamentos ao longo da diretriz do sistema de adução. Para melhor atender a este desiderato, a adução foi feita em canal a céu aberto e os caudais de dimensionamento levaram em conta as necessidades para abastecimento público e industrial, tanto da RMF como das regiões sucessivamente atravessadas, assim como as potenciais necessidades para rega. O conceito geral de promover o desenvolvimento económico e social com base na criação de condições para garantir o fornecimento regular de água, assegurando a sua gestão integrada, radica na necessidade de remover o fator limitante imposto pelas condições climáticas e hidrológicas vigentes no semiárido brasileiro. A grande irregularidade pluviométrica gera as estiagens prolongadas que afetam recorrentemente esta região e que, associadas a condições hidrogeológicas desfavoráveis, originam o flagelo da seca. O Ceará criou em 87 uma Secretaria de Recursos Hídricos (equivalente a ministério na estrutura de governo estadual), foi dos primeiros estados do Brasil a preparar, entre 1988 e 91, um plano estadual de recursos hídricos e concebeu e concretizou, a partir de meados de 90, vários programas com o objetivo de ampliar as infraestruturas hídricas (principalmente obras de armazenamento e regularização de afluências) e implementar o modelo de gestão de recursos hídricos preconizado pela lei estadual de recursos hídricos promulgada em 92. Para o efeito foram criados programas específicos, financiados pelo Banco Mundial, para o desenvolvimento urbano e gestão de recursos hídricos, (desenvolvimento esse que a engenharia local provou estar direta e exclusivamente condicionado à garantia de fornecimento de água com regularidade), e para o gerenciamento e integração dos recursos hídricos. Esse conjunto de ações promoveu um crescimento do tecido empresarial ligado à engenharia da água (consultoria, construção, equipamento), um fortalecimento da atividade universitária (ensino, pesquisa) que foi acompanhada pela realização de congressos e reuniões técnicas de âmbito nacional e internacional e que, no seu conjunto, desenvolveram e fortaleceram a carinhosamente apelidada de comunidade de recursos hídricos cearense. O desenvolvimento desse cluster teve efeitos que se estenderam no tempo e no espaço e fez com que as empresas de consultoria, as universidades, os técnicos e professores cearenses alcançassem prestígio a nível 17 O Engº Hypérides Macedo foi professor, consultor, Secretário de Planeamento e de Recursos Hídricos do Estado do Ceará, foi Secretário Nacional de Infraestrutura Hídrica, e fundou a IBI, de que é presidente executivo. É o principal responsável pelo trabalho bem-sucedido que foi desenvolvido no Ceará na gestão dos recursos hídricos. Desde 1993 tive o privilégio de poder trabalhar com o engº H. Macedo e partilhar dos seus vastos conhecimentos e experiencia no campo dos recursos hídricos, com a competência e autoridade que lhe são universalmente reconhecidas no Brasil. 51

58 nacional, que se traduz por exemplo no facto de serem muitos os dirigentes de vários organismos nacionais com responsabilidades na administração de recursos e infraestruturas hídricas a nível nacional (e. g., era cearense o ministro que tutelou esta área nos últimos dois anos), ou no número de empresas de consultoria cearenses que permanecem no mercado nacional de consultoria de engenharia da água 18. Tendo realizados vários trabalhos no Ceará desde 1993, tive o ensejo de ir acompanhando esse processo, que contou com vários serviços de consultoria prestados pela COBA. Em 2014 e 2015, no auge de um período de grave seca que se prolongava desde 2012, estando novamente a trabalhar em Fortaleza tive oportunidade de verificar a eficiência do sistema Castanhão- RMF. Por um lado, e ao invés de outras regiões metropolitanas, Fortaleza via assegurada a garantia das suas necessidades hídricas e por outro a redução drástica da produção agrícola e agropecuária em regime de sequeiro causada pela seca valorizou de sobremaneira a produção em regadio dos milhares de hectares que já se encontram implantados ao longo do Eixão Reabilitação do Perímetro do XaiXai. Moçambique Os estudos e projetos de reabilitação e ampliação dos sistemas de rega e drenagem do vale do rio Limpopo nas proximidades da cidade de Xai-Xai foram muito gratificantes do ponto de vista pessoal, e particularmente estimulantes do ponto de vista técnico. À partida, os estudos foram incluídos num pacote de financiamento destinado no essencial às obras de reabilitação da barragem da Massingir, que se situa a mais de 300 km do local do regadio, para cumprir os desideratos do agente financiador (o Banco Africano de Desenvolvimento) que pretendeu associar ao investimento em obras civis de grande dimensão benefícios sociais associados a criação de estruturas produtivas. O vale do rio Limpopo no seu trecho terminal é frequentemente inundado por cheias de grande porte, com efeitos devastadores para as populações que na altura, como consequência da guerra civil, se tinham juntado em grande número nesta região próxima de uma cidade costeira, servida por grandes eixos de comunicação, com uma extensa área de terras aráveis e férteis. Em resultado das grandes cheias de 2000, que galgaram os diques de defesa construídos no período colonial, as populações foram obrigadas a retirar-se para as colinas circundantes, em que os solos são de natureza arenosa, com muito pouca produtividade e com uma permeabilidade demasiadamente elevada. 18 Existirá alguma semelhança com o processo português, no qual o desenvolvimento de um projeto nacional (a construção de aproveitamentos hidroelétricos ou das infraestruturas para o programa de regadios públicos), levou à criação de uma escola de engenharia, materializada numa instituição de prestígio internacional (caso do LNEC nos anos 50/60) e que por sua vez está na origem do desenvolvimento empresarial e exportação na área da engenharia. 19 A este propósito, e porque o assunto se relaciona de muito perto com os novos paradigmas de gestão referidos no capítulo 4, transcrevo parte de um artigo publicado em setembro de 2015 (OLIVEIRA, 2015): São inegáveis os avanços nos recursos hídricos no Ceará, com estudos de seca, construção de 153 grandes açudes, acumulação de 18 mil milhões de m³ de água, 318 km de canais, 300 km de adutoras, perenização de 81 rios, 30 mil poços, 300 mil cisternas, além da alta competitividade da agricultura irrigada, e da reconhecida liderança em gestão hídrica. Apesar disso, chega outro ciclo de secas e o Ceará encontra-se sem a água suficiente para beber, irrigar e indústria. ( ) O certo é que o consumo cresceu mais do que a oferta. Na última seca, de 1979 a 1983, tínhamos uns 20 mil hectares irrigados e hoje temos 100 mil, além da demanda crescente dos outros setores. (...). Os fatos apontam que os gestores dos recursos hídricos do Nordeste precisam de levar mais em conta a correlação entre a oferta de água, sempre irregular, com o crescimento contínuo da demanda. A gestão hídrica, que hoje prioriza mais as ações na oferta, precisa ter um viés acentuado em relação à demanda, por cadeia produtiva, em função dos interesses socioeconômicos que a sociedade queira desenvolver. 52

59 A situação antes da intervenção projetada era de uma crise socioeconómica em grande parte causada pelas limitações ao uso das terras do vale. A reparação da barragem de Massingir, que tem uma grande capacidade para encaixe e laminação de caudais de cheia do rio dos Elefantes, o principal afluente do Limpopo, permitiria reduzir os riscos de cheia no vale e alimentar regularmente o caudal do rio por forma a disponibilizar água para regadio das planícies aluvionares. Os primeiros reconhecimentos de campo assim como os estudos hidrológicos e hidrogeológicos permitiram uma melhor compreensão das relações água-solo na várzea, a saber: que as colinas circundantes são formações arenosas assentes sobre camadas impermeáveis situadas ao nível dos aluviões do rio, que as infiltrações nas colinas são entregues ao vale em lençóis subsuperficiais, que os volumes dessas escorrências permitirão alimentar a rega da quase totalidade da área do projeto, que as grandes valas de enxugo se encontravam muito assoreadas e invadidas por infestantes aquáticas que impediam o seu funcionamento, daí resultando a inundação permanente de grande parte da área a beneficiar, e que grande parte dos solos são de natureza hidromórfica, férteis se adequadamente drenados. Homens e mulheres andavam quilómetros com água pela cintura para cortar caniço (usado na construção de habitações), única fonte de rendimento. O objetivo principal do projeto foi, portanto, resolver os problemas de drenagem por forma a rebaixar os lençóis freáticos a níveis que permitissem o uso dos solos para culturas de regadio. O dimensionamento das valas foi verificado, as valas foram limpas e reperfiladas, como patente na Fig 3.26, foi projetada uma grande estação elevatória (retratada na Fig ) que funcionará para bombear as águas de drenagem por cima dos diques de proteção quando os níveis no rio estiverem acima das terras do vale e as comportas de maré não podem evacuar os caudais de drenagem, como ilustrado na Fig 3.27, e foi concebido um sistema de drenagem secundária (e terciária), equipado com pequenos esbarros de madeira (como se pode ver na Fig 3.29), de altura regulável por forma a manter os níveis de água adequados para manter a humidade no solo usado em regadio. A implantação deste sistema, simples, sem custos de bombagem (em regime normal), fácil de operar, sem grandes custos de investimento, revelou-se um caso de sucesso, contrariando as perspetivas iniciais, e contribuiu fortemente para o desenvolvimento socioeconómico da região. Fig 3.26 Regadio do Xai- Xai, Vala Principal Fig 3.27 Regadio do Xai- Xai, Comportas de maré nos diques de proteção Fig 3.28 Regadio do Xai- Xai, EB drenagem principal Para o sucesso deste projeto contribuiu grandemente o trabalho da equipa (sul-africana) de apoio à mobilização social e organização cooperativa dos agricultores, de extensão rural e apoio à comercialização, que ao longo dos anos foi trabalhando conjuntamente com a equipa de engenharia 53

60 tendo em vista uma abordagem em várias frentes, coordenadas para criar condições físicas, sociais e económicas para o desenvolvimento da produção agrícola, patente na Fig 3.30, e aumento da qualidade de vida das populações. As soluções de engenharia, por mais adequadas que sejam, não resolvem por si só os problemas do desenvolvimento Sistemas de Abastecimento de Água Potável (Tichy-Haf e Boussiaba). Argélia) Os estudos referentes a estes dois sistemas de abastecimento de água potável merecem destaque por se tratar dos primeiros deste tipo cuja equipa de trabalho luso-espanhola fui chamado a chefiar. Ambos os projetos se situam nas regiões muito montanhosas da Kabilia argelina, integrando sistemas hidráulicos de adução de configuração complexa, com muitos escalões de bombagem e muitas ramificações com traçados sinuosos, sendo que para um deles a altura de elevação entre a captação e os pontos de entrega mais elevados (reservatórios) é superior a 1100 metros. No caso de Tichy-Haf, a definição do esquema de tratamento da água foi objeto de atenção especial dadas as características químicas dos solos da bacia hidrográfica da barragem que alimenta o sistema Projeto de Irrigação do Assentamento Itamarati II. Brasil O regresso à atividade no Brasil ocorreu em 2011, para participação no projeto hidroagrícola para o Assentamento Itamarati II. A Fazenda Itamarati, situada no Estado de Mato Grosso do Sul junto à fronteira com o Paraguai foi, na década de 1980, considerada a maior área contínua de cultivo de soja do mundo, pertencente a uma única empresa agrícola (vide Fig 3.31); Planeada para ser um modelo de empreendimento voltado para a produção agrícola em grande escala, com recurso a tecnologia de ponta, foi durante três décadas um modelo para o chamado agronegócio sendo equipada com várias infraestruturas (armazéns, silos, secadores de grão, indústrias de transformação, laboratório de análises de solo e de variedades de cultivares de soja e trigo, rede elétrica, rede viária, pista de aviação e diversas represas, além de 67 pivots centrais, perfazendo uma área regada de ha). No entanto, sucessivos erros de gestão levaram o empreendimento Itamarati à falência e as terras da fazenda foram adquiridas no início da década de 2000 pelo estado, no âmbito de uma operação de reforma agrária, para nela assentar cerca de 3000 famílias. Uma parte do assentamento foi ocupada segundo um modelo no qual as famílias são instaladas de modo a que a distribuição da propriedade Fig 3.29 Regadio do Xai-Xai, Rede Terciária de drenagem/rega Fig Horticultura no Regadio do Xai-Xai. 54

61 conte com áreas destinadas a produção de alimentos para o autoconsumo e geração de renda em sítios familiares (15%) e a produção de culturas de mercado numa área coletiva (65%), além de áreas destinadas a preservação ambiental de acordo com a legislação ambiental vigente (20%). A região apresenta muito boas condições fisiográficas, de clima, de solos e de disponibilidades hídricas para a produção agrícola. O relevo é suavemente ondulado, favorecendo a drenagem natural dos solos (como ilustrado na Fig 3.32). Fig 3.31 Regadio de Itamarati II Vista Geral O clima é subtropical húmido (classificação de Köppen-Geiger), com temperatura média anual de 20,7 C, precipitação média anual de mm (546 mm para uma probabilidade de ocorrência de 75%), sem estação seca, mas com verões mais húmidos que os invernos. O mês mais chuvoso é janeiro, enquanto o mês mais seco é julho 20. Predominam os Latossolos (80 % da área). O consórcio brasileiro de consultoria que foi contratado para estudar o sistema de rega para a área coletiva solicitou-nos a 20 Apesar dos valores médios de pluviosidade elevados a rega revelou ser necessária, uma vez que em todos os meses do ano os valores de ETo (Penman-Monteith) são superiores à precipitação com 75% de probabilidade de ocorrência: PROJETO ITAMARATI II Valores Médios Mensais de ETo e P (mm), EToMax e P75% 250,00 EToMédia P Média P 75% EToMax 200,00 ETo / P (mm) 150,00 100,00 50,00 0,00 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ MÊS 55

62 preparação do Projeto para Concurso das infraestruturas de rega, drenagem e viária cobrindo uma área total de ha, dos quais ha já se encontravam anteriormente equipados com pivots centrais, sendo, portanto, de ha a área do perímetro a implantar de raiz. Esta situação de base (reabilitação e adaptação de um empreendimento agroindustrial de ponta a uma agricultura coletiva de subsistência e rendimento num quadro de reforma agrária) constituiu um desafio de ordem técnica muito peculiar. Fig 3.32 Regadio de Itamarati II Colheita da soja Depois de analisados os vários estudos de base previamente realizados, da respetiva apresentação aos representantes dos agricultores e da troca de informação daí resultante, propuseram-se algumas linhas para a implementação do projeto, a saber: a) Implantar o projeto em 5 etapas distintas, ao longo de 8 anos, acompanhando aquilo que é o ritmo normal de entrada em funcionamento de um perímetro com estas características; b) Adotar, pelo menos nas etapas iniciais, o pivot central como método de rega, por ser o método de rega que menos depende do manuseamento do regante e que, portanto, melhor se adapta à falta de experiência dos assentados, e por ser também o método que melhor se adapta a culturas extensivas, como soja, milho ou pastagem21; c) Equipar, em cada etapa, apenas uma parte da área de cada sector. Estas propostas basearam-se no facto de que ritmo de entrada em operação de um perímetro regado, que se estende normalmente ao longo de dezena e meia de anos, no caso de empreendimentos bem-sucedidos, aconselha a que, na medida do possível, se adote um faseamento da construção de infraestruturas que acompanhe o ritmo natural de entrada em operação do perímetro. Existe outra circunstância que favorece a adoção desta estratégia de implementação faseada do projeto e que tem a ver com a configuração física da área e com a disponibilidade de água para rega. Com efeito, algumas características físicas desta área conferem-lhe uma vantagem muito importante no que respeita à viabilidade económica e financeira do projeto, uma vez que permite que os investimentos acompanhem de modo diretamente proporcional a entrada em funcionamento das áreas de cada uma das etapas, a saber: 21 Uma vez que já são atualmente praticadas, estas culturas apresentam vantagens no que respeita (i) a sua comercialização, (ii) ao domínio das práticas culturais pelos agricultores locais, e (iii) à sua adaptabilidade ao meio físico largamente comprovada. Por outro lado, por tratar-se de culturas que também são viáveis em regime de sequeiro, se houver um problema na rega (avaria de equipamento, por exemplo), a produção não fica totalmente perdida, mas apenas reduzida (como patente na Fig 3.34). 56

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