Do canteiro de obras aos acampamentos na formação do espaço urbano: Três tempos em três situações

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1 Do canteiro de obras aos acampamentos na formação do espaço urbano: Três tempos em três situações Resumo Entender as particularidades do canteiro de obras em diferentes situações é o objetivo deste trabalho: no caso da construção da ferrovia São Paulo Railway primordial para a afirmação da atividade industrial e conseqüente desenvolvimento urbano de São Paulo; na construção de Brasília, como cidade planejada, mobilizando milhares de operários e por fim, na construção da barragem de Ilha Solteira do acampamento à formação de uma cidade. Tendo a situação específica da construção de Brasília como um referencial para reflexão acerca do processo que demandou dezenas de milhares de trabalhadores, que por sua vez deu origem às primeiras cidades satélites no território do Distrito Federal, trata-se de identificar as formas de trabalho e de moradia de temporários às condições de uma permanência próprias às formações urbanas posteriores.

2 Do canteiro de obras aos acampamentos na formação do espaço urbano: Três tempos em três situações A materialização de grandes obras no território é o resultado do trabalho de milhares de pessoas, mais diretamente, de uma articulação de um processo de produção que se estabelece no espaço, organizando e disciplinando a mão de obra. Da mesma maneira que pouco se fala sobre a condição de vida e da formação de uma realidade própria dos trabalhadores nas grandes cidades, o mesmo se dá quando se reporta às grandes obras de engenharia ou da construção de cidades. Entender as particularidades do canteiro de obras em diferentes situações é o objetivo deste trabalho: no caso da construção da ferrovia São Paulo Railway primordial para a afirmação da atividade industrial e conseqüente desenvolvimento urbano de São Paulo; na construção de Brasília, como cidade planejada, mobilizando milhares de operários e por fim, na construção da barragem de Ilha Solteira do acampamento à formação de uma cidade. Tendo a situação específica da construção de Brasília como um referencial para reflexão acerca do processo que demandou dezenas de milhares de trabalhadores, que por sua vez deu origem às primeiras cidades satélites no território do Distrito Federal, trata-se de identificar as formas de trabalho e de moradia de temporários às condições de uma permanência próprias às formações urbanas posteriores. O traço presente para o sucesso da construção de uma grande obra de engenharia se encontra especialmente no processo de confinamento, de imobilização da força de trabalho, facilitada pelo distanciamento de núcleos urbanos, ou da dificuldade em acessá-los. Construtoras e consórcios responsáveis pela entrega de obras determinadas, responsabilizam-se pela contratação da mão de obra e formação de estrutura do canteiro de obras. Os alojamentos são construídos nas proximidades, e, historicamente verificaram-se situações particulares de formação de acampamentos com equipamentos próprios para abrigar um período mais longo, com a presença de famílias no período de duração da obra. A imobilização da força de trabalho através da moradia está associada ou permanentemente não apenas nos casos da usina de açúcar e da fábrica têxtil, tipicamente analisados por Leite Lopes, mas

3 também na mineração e nas indústrias da construção civil e petrolífera. A presença de um sistema fábrica/vila operária, ou dos seus análogos mina/vila operária, grade projeto/acampamento, tem impactos evidentes na criação de núcleos urbanos e sistemas regionais, como o que acontece, por exemplo, com a configuração espacial do estado do Texas, nos EUA da Patagônica, na Argentina (quando se trata da indústria petrolífera) e do sistema regional da Amazônica, no Brasil (quando se trata de grandes projetos). As célebres company towns, outra forma clássica imobilização da força de trabalho, foram em grande medida responsáveis pela criação de vários sistemas regionais nos Estados Unidos. As diversas formas de imobilização da força de trabalho são, portanto, centrais não apenas para o surgimento de grandes unidades produtivas capitalistas mas também, e com um efeito muito maior em termos da expansão e permanência de sistemas econômicos, para a constituição da malha regional por onde circularão mercadorias, riquezas e força de trabalho. (Ribeiro, 1991: 28) Apesar de diferenças de situações e de diferentes períodos que serão aqui apresentados, trata-se de verificar o alcance das obras em questão com seus desdobramentos além da situação específica do que resultou o acampamento inicial. Paranapiacaba na construção da ferrovia que definiu os espaços da industrialização paulistana Apesar de informações pouco precisas quanto a formação do núcleo de ferroviários destinado aos que trabalhariam na construção da estrada de ferro São Paulo Railway, inaugurada em 1867, sabe-se o porte do desafio em vencer a escarpa da Serra do Mar, por iniciativa da Companhia inglesa e o uso de sistema funicular. A Companhia pôs em operação uma linha férrea singela que partia de Santos até a estação Raiz da Serra. Daí, iniciava a subida da Serra num sistema funicular, onde quatro máquina fixas tracionavam cabos de aço que eram presos aos vagões para permitir a circulação nos quatro planos inclinados, num trecho total de 10 km. A partir do Alto da Serra (atual Paranapiacaba) a linha volta a ser singela de simples aderência até a estação de Jundiaí, completando uma extensão de 139 km. (Passarelli, 1994: 29) A implantação desta estrada de ferro foi de importância determinante para o estabelecimento das indústrias que se beneficiaram de terrenos planos lindeiros à ferrovia e do transporte de mercadorias, dos insumos e do maquinário importado. A continuidade industrial se deu no primeiro momento das áreas mais próximas ao centro de São Paulo em direção ao sudeste, indústrias de bens de consumo não duráveis, no primeiro momento período este em que Paranapiacaba era habitado por um

4 contingente de trabalhadores ferroviários inicialmente significativo, de mais de 3 mil habitantes, a comparar com o número de habitantes da cidade de São Paulo, que chegava em 1886 a cerca de 44mil habitantes. No início do trecho de descida da serra do mar em direção a Santos, a construção da ferrovia demandou a formação de alojamento para os trabalhadores, sendo que a demanda de mão de obra continuou não apenas para a manutenção ferroviária imediatamente, mas também para a contenção de terras em função de intensas chuvas que vieram a causar escorregamentos nas proximidades. As dificuldades provenientes das intensas chuvas numa localidade em que o índice de umidade atmosférica era bastante alta, provocaram freqüentes interrupções do tráfego de trens. Nestes momentos, assim como no período de duplicação da ferrovia, aprimorando o sistema funicular, possibilitaram uma ampliação do transporte de passageiros. O projeto aprovado contou com a duplicação de toda a estrada, construção de novas estações e armazéns e a construção dos Planos Inclinados da Serra Nova, com cinco máquinas fixas que acionavam cabos de aço sem fim que realizavam a circulação de pequenas locomotivas (as Locobreques) e dos vagões. (Passarelli, 1994: 34) Os momentos de alterações e investimentos na estrada de ferro, particularmente nesta localidade em que se requer uma manutenção constante para vencer a altitude, o contingente de trabalhadores que ali habitavam passou por oscilações, caracterizando no entanto a condição de um grande canteiro de obras, numa estrutura de vila operária. Os alojamentos provisórios eram construídos em pau a pique e cobertos sapé, tendo sido substituídas posteriormente por construções em madeira, em etapas. As construções iniciais foram implantadas ao longo de um eixo (Rua Direita) que levava ao conjunto de maquinários. A partir de 1891, com a ferrovia em pleno funcionamento, houve expansão das atividades comerciais na parte alta, ou seja, do outro lado da ferrovia, ocupada após inauguração da mesma. Sobre a elevação, pequenos edifícios térreos foram construídos no alinhamento de caminhos estreitos e tortuosos como era registrado nas demais cidades brasileiras implantadas no período colonial. Eram três caminhos, três ruas em três níveis diferentes na encosta do morro. No local foram construídos edifícios geminados lado a lado, sem recuos que abrigaram residências, pensões, bares, bazares e vários outros negócios para atender aos trabalhadores e suas famílias, todos com abertura principal para o pátio ferroviário. (Passarelli, 2010) Consta que em 1920 habitavam em Paranapiacaba cerca de 3300 pessoas, número este que veio sendo constante. No início do século também se deu a modernização deste acampamento quando houve a substituição das construções provisórias por habitações em madeira, agora com uma

5 estrutura urbana, arruamentos regulares em tabuleiro de xadrez, com construções definidas e diferenciadas conforme hierarquia da ocupação na divisão de trabalho. No alto da Serra do Mar foi, então, construída a Vila Martin Smith em terrenos pertencentes ao Estado que, após a discriminação de terras, passaram a pertencer à companhia inglesa. No conjunto operário foram construídas habitações em madeira sobre base de alvenaria ou pedra, com tipologias previamente definidas, geminadas em grupos de duas, quatro ou até oito unidades. As habitações, destinadas aos empregados da estrada, eram diferenciadas pelo tamanho em função da atividade de cada operário. Havia a rua dos ingleses, [21] com casas amplas e isoladas no lote. Havia a casa dos empregados solteiros, barracões com oito a doze dormitórios e cozinha e banheiros coletivos. Havia a casa dos maquinistas, dos foguistas, dos mecânicos, todas construídas em madeira, todas térreas e recuadas dos lotes formando jardins frontais e, exceção feita às casas dos funcionários mais graduados, em geral ingleses, todas geminadas. (Passarelli: 2010) Após 1910 houve a eletrificação da ferrovia, modernização do conjunto urbano, porém a introdução do modelo rodoviário de transportes fez com que a ferrovia passasse a ter uma importância menor, o que levou à decadência da vila de Paranapiacaba. O reconhecimento como um conjunto ferroviário inglês de interesse histórico veio a partir de seu tombamento pelos três níveis: federal, estadual e municipal, a partir de A sua preservação e recuperação foram empreendidas pela prefeitura do município de Santo André, tendo hoje como parte de um interesse turístico/ cultural e histórico. Brasília e os canteiros de obras numa cidade planejada A construção de Brasília foi realizada num período extremamente curto de apenas 3 anos e 10 meses, levou a uma grande mobilização de mão de obra a nível nacional, passando por um processo de conflitos de diversas naturezas, considerando as dificuldades inerentes à divisão de trabalho na escala em questão: a construção de uma capital. Um empreendimento deste porte foi possibilitado pela condição das terras do Distrito Federal como terras públicas, portanto, constituindo-se num grande banco de terras de cerca de 70% do território. Na construção de Brasília, vamos notar a existência de dois tipos de acampamentos. Alguns são controlados diretamente pelas construtoras e/ou pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) e acampamentos/favelas espontâneos como os citados acima. Mas, o grande canteiro de obras que se formava para a construção do Plano-Piloto bem como os acampamentos das

6 construtoras necessitavam, na realidade, de uma rede urbana que pudesse dar cobertura às demandas de consumo, diversão e serviços que não eram satisfeitas pela estrutura existente. A ausência dessa rede urbana nas proximidades dos canteiros e que fosse capaz de suprir essas demandas acabou criando um fenômeno muito importante que é a Cidade Livre, o que possibilita a compreensão daquilo que posteriormente irá constituir as cidades-satélites. (Quinto Jr. e Iwakami: 1991: 60) O processo de trabalho, portanto, organizados e classificados conforme divisão das necessidades determinados pelo plano/projeto, se vê dentro de uma particularidade da construção civil, atividade produtiva que implica uma imobilização da força de trabalho passível de ser classificada como situação de completa dependência do capital que, contudo, não se realiza através da forma da vila operária (dado o próprio caráter itinerante da construção civil) mas da forma de alojamento provisório, ou sua forma mais agigantada e complexa, o acampamento. (Ribeiro; 1991: 31) A característica marcante da forma de organização do trabalho, na construção civil portanto, numa obra de porte como este, de um Plano Piloto previsto para uma população de até 600 mil habitantes até o ano 2000, inicialmente com previsão para até 350 mil pessoas era de uma setorização dos acampamentos, que somavam 14 núcleos. Conforme o Censo de 1959, os habitantes dos acampamentos se constituíam em 43,5% da população total do território, ou seja de habitantes. No período da inauguração de Brasília, há uma população de 127 mil operárioshabitantes. As diferenças existentes entre um canteiro de obras na construção de um edifício e o de uma cidade inteira é que no primeiro, a manufatura se dá de forma seriada como é próprio da divisão de trabalho na construção civil (Ferro, 2006) e no segundo, várias construções compõem um todo de maneira a realizar o trabalho simultaneamente. Assim, dada a pequena concentração da indústria da construção civil, esta foi obrigada a usar um sistema de consórcio, o que levou à constituição de numerosos acampamentos das construtoras num primeiro momento, tais como vila Planalto ou Vila Paranoá. O primeiro destinado à construção do conjunto da Praça dos Três Poderes e o segundo, para a construção da barragem do lago Paranoá. Com o decorrer das obras, o afluxo de migrantes à procura de trabalho fez com que surgissem acampamentos espontâneos como a Vila Amauri, próxima à Vila Planalto, Vila Sara Kubitscheck, próxima à Cidade Livre, assim como Sacolândia, Lonalândia e outros. (Quinto Jr. e Iwakami: 1991: 60) Totalizando 14 acampamentos iniciais, todos eles estabelecidos em função das principais obras como referenciado acima, vieram a formar núcleos de moradia que mais tarde foram conhecidos como invasões ou favelas. Se os acampamentos eram formas provisórias de moradia, era esperado que

7 eles desaparecessem após a conclusão da construção de Brasília, mas, ao contrário, não apenas houve a manutenção destes núcleos como assentamentos que recebiam um fluxo cada vez mais intenso de migrantes, como eram também criados novas ocupações não previstas. A reação do governo do Distrito Federal foi iniciar a criação de outros núcleos urbanos, cidades satélites, para onde seria transferida essa população. Em contraste com o caráter provisório dos acampamentos e das invasões, as cidades-satélites são uma iniciativa oficial, dirigida, e sua implantação obedece a determinados planos e traçados. (Resende, 1991: 218) Há uma seqüencia de formação de cidades satélites: antes mesmo da inauguração de Brasília, é criada Taguatinga, absorvendo a população que havia formado a Vila Sarah Kbitscheck; em 1959 foi a vez de Sobradinho e em 1960, o Gama. Em 1961 o núcleo Bandeirante, novo nome dado à Cidade Livre, que passa se oficializar como cidade-satélite. Vila Paranoá, originou-se de um acampamento de obra da construção da barragem do lago Paranoá, contando na época com uma infra-estrutura mínima como fornecimento de água, atendimento médico e alojamento. Apesar de um reduzido número de trabalhadores iniciais a comparar com outros núcleos (em 1969 contava com cerca de 1000 habitantes), em 1987 somavam-se cerca de 36mil habitantes. (Iwakami, 1988) Pode-se observar que as condições de permanência dos trabalhadores da construção de Brasília encadearam um processo de migração constante, tendo em vista a perspectiva de emprego e o acesso a serviços. O crescimento ininterrupto deste afluxo hoje determina uma situação em que a população das cidades satélites soma um total de quase 8 vezes o número de habitantes do Plano Piloto, que se resumem a cerca de 300 mil habitantes. Assim, no interior dos limites do Distrito Federal, vivem 2.607mil habitantes conforme estimativas do IBGE para o ano de 2009, sem contar ainda com o fato de haver uma contingente de moradores que residem fora deste limite, portanto, habitando o que é conhecido como entorno do DF, em municípios como Luziânia. Apesar de acusar o maior índice per capita de rendimento médio mensal, em R$ 2.117,00, a primeira no Brasil, o Distrito Federal possui o incide de maior desigualdade, apresentando a realidade de extrema concentração de renda num território formado pela maior concentração de funcionários públicos por habitante (FSP, 2010)

8 Ilha Solteira e o empreendimento em barragem que construiu uma cidade A construção da barragem de Ilha Solteira, foi acompanhada da construção de uma vila operária, dentro da diretriz de promoção de alojamentos para as grandes obras de geração de energia da CESP: Desde sua criação, em 1966, a Companhia Energética de São Paulo (CESP) passou a realizar todos os passos de produção, desde os estudos de viabilidade dos aproveitamentos de recursos naturais para geração de energia, até a distribuição domiciliar da mesma. Assim, durante sua consolidação e para atender suas atividades, a Companhia formou quadros interdisciplinares dirigidos a estudar, analisar, avaliar e aplicar critérios, diretrizes, planos e programas destinados a adequar os territórios atingidos pelas suas atividades. (...) Ao longo do tempo, foram desenvolvidas variadas propostas para partes diferentes dos empreendimentos hidrelétricos, como o alojamento de seus trabalhadores, as edificações comunitárias, as vilas de operadores, os canteiros e escritórios, as casas de força, as casas de comando, o comando de eclusa, as subestações e, mesmo, as intervenções mais amplas visando o reservatório, como os reassentamentos de populações e de atividades, o sistema viário, o tratamento paisagístico, o reflorestamento e a piscicultura. A fixação da mão-de-obra suscitou questões em relação ao projeto da edificação e do planejamento urbano, exigindo soluções que possibilitassem o atendimento das necessidades básicas das populações obreiras que viveriam parte considerável de suas vidas junto aos canteiros de obras e, simultaneamente, o controle do impacto produzido nos núcleos urbanos próximos às obras. ( Vianna, 2006: 2) A construção de um complexo visando a abrigar os trabalhadores, confinando-os sob um controle absoluto não apenas no regime de trabalho, mas de todo o cotidiano de vida em que as atividades de assistência, serviços e lazer são realizados no núcleo, consistia em modelo de execução para a realização de grandes barragens, onde empregavam milhares de trabalhadores. Ainda, procuravamse soluções que reduzissem o trabalho de recuperação da paisagem ao final das obras, como as chamadas áreas de empréstimo e bota-fora, e o sistema viário. As instalações tipicamente transitórias eram concebidas com qualidade que admitia remoção e reaproveitamento, com um mínimo de perda, ao final dos trabalhos (estruturas metálicas ou de madeira desmontáveis) e eram implantadas de forma a evitar grandes volumes de terraplanagem. (Vianna, 2006: 3) A hidrelétrica de Ilha Solteira contou desde o início com a construção de uma cidade com o mesmo nome, em que se atingiu o maior número de habitantes com cerca de 32mil, em A implantação da cidade com a estrutura de alojamento, com função de um acampamento junto ao grande canteiro de obras foi iniciada em 1968, após outros processos de construção de barragem promovidos pela CESP. A própria construção de Ilha Solteira teve como antecedente o núcleo de Jupiá, que serviu de cidade / acampamento que contou em seu momento de maior ocupação, com cerca de15 mil

9 trabalhadores. Localizada na atual região de Mato Grosso do Sul a 2km do canteiro de obras da usina e a 3km do perímetro urbano de Três Lagoas, a Vila Piloto de Jupiá configurou-se como um núcleo fechado administrado pela CESP. Sua construção foi iniciada em 1961, obedecendo um traçado radiocêntrico, e concluída em Com 76 hectares de área urbana e edificações de madeira com pilares de alvenaria e telhas cerâmicas, chegou a abrigar uma população de aproximadamente habitantes. (CPEnergia) É importante observar a qualidade da implantação e a capacidade de desativação de um conjunto nas dimensões como se apresenta um grande núcleo urbano, certamente permitido pela estrutura de sua construção, visto que em 1968 inicia-se o processo de transferência de grande parte dos trabalhadores de Jupiá para Ilha Solteira, até sua completa extinção. núcleo de Jupiá (CPEnergia) construção de Ilha Solteira (CPEnergia)

10 É importante observar a qualidade da implantação e a capacidade de desativação de um conjunto nas dimensões como se apresenta um grande núcleo urbano, certamente permitido pela estrutura de sua construção, visto que em 1968 inicia-se o processo de transferência de grande parte dos trabalhadores de Jupiá para Ilha Solteira, até sua completa extinção. O regime de trabalho durante a construção da barragem era de tempo integral e sem descanso nem mesmo nos finais de semana, tendo como contrapartida, conforme argumentações da CESP, uma estrutura de lazer e serviços de atendimento geral de saúde, educação, etc. Embora tivesse um caráter permanente, foi implantado com uma estrutura construtiva de alojamento temporário, caracterizando-se como um modelo intermediário de organização entre paternalismo do acampamento e a estrutura de uma cidade (...) na qual o cidadão ainda era bastante tutelado pela companhia. Esta foi a primeira experiência de um aglomerado urbano permanente, voltado inicialmente para abrigar a população de operários envolvidos em uma obra, visando transformar-se, posteriormente em município independente. Ao final da década de 1980, Ilha Solteira já possuía uma população de cerca de habitantes e se converteu em um pólo de desenvolvimento regional. (Vianna, 2006: 5) Conclusões Nos três casos expostos no trabalho, procurou-se trazer as diferenças de porte e de importância de uma formação urbana gerada pelas especificidades inerentes ao processo construtivo, em que os trabalhadores são os principais agentes encadeadores. O sentido dos acampamentos, decorrente da formação do canteiro de obras, tem em sua razão de ser como se segue: 1) têm existência obrigatória e em quantidade numerosa num grande rojeto; 2) ao permitirem concentrar os trabalhadores em unidades separadas entre si por cercas de arame farpado ou grandes espaços facilitam o controle da população do território da obra; 3) são um local básico de realização das pequenas parcelas extra-atividade produtiva do cotidiano dos trabalhadores; 4) implicam uma subordinação tal dos trabalhadores à mesma administração que controla o uso de sua força de trabalho que as pequenas parcelas do cotidiano extra-atividade produtiva se vêem penetradas e dominadas pelos interesses da esfera da produção; 5) é visível em suas configurações espaciais a influência relativa de famílias e mulheres; 6) implicam regras de comportamento e divisões sociais do espaço nitidamente vinculadas às especificidades da produção de uma grande obra de construção civil aproximando-os da caracterização de instituição total (Ribeiro, 1991: 50) Passando por um exemplo de uma vila ferroviária que desde o início se viu, pelas circunstâncias próprias da necessidade de manutenção constante, numa localização isolada de aglomeração urbana, constituiu-se um núcleo preservado. Ainda que tenha havido um processo de deterioração

11 pelo abandono e posterior restauro, esta valorização como patrimônio histórico só foi justamente possibilitada pelo isolamento. É sem dúvida uma situação particular em que ao contrário das outras duas situações, não consolidou ou levou em direção ao processo de adensamento urbano. No caso de Brasília, as referências são claras. No interior do cerrado, distante dos grandes centros urbanos, iniciado um grande empreendimento que levava a possibilidade de continuidade desta aglomeração específica que resultou em núcleos de cidades satélites, os extintos acampamentos guardaram também uma perspectiva de futuro. Não apenas se limitando para os que trabalharam diretamente na construção como, a partir da estrutura que passou a ser oficializada (e também institucionalizando a segregação sócio-espacial) as cidades satélites, algumas delas criadas antes da conclusão das obras de Brasília, passaram a ser o destino de milhares de novos migrantes. Ilha Solteira, como o primeiro exemplo de construção de uma cidade-acampamento, com o propósito de se consolidar, desde o início traduziu em sua estrutura urbana que viria a desafiar a resistência aos desmontes como haviam sido observados na construção de outras barragens pela CESP. Assim, no intuito de afirmar-se como polo regional, desde a década de 1980 também foram instalados novos equipamentos culturais e educacionais como foi o caso da instalação de campus da UNESP. Bibliografia FERRO, Sergio. Arquitetura e trabalho livre. São Paulo: CosacNaif, IWAKAMI, Luiza Naomi. Espaço urbano e Brasília e a trajetória da resistência popular na Vila Paranoá. Brasília: UnB. Dissertação de mestrado, PASSARELLI, Silvia. O diálogo entre o trem e a cidade: o caso de Santo André. São Paulo: Fauusp, Dissertação de mestrado, Paranapiacaba: passagens e memórias no alto da Serra do Mar In: QUINTO JR, Luiz Pinedo e IWAKAMI, Luiza Naomi O canteiro de obras da cidade planejada e o fator de aglomeração. In PAVIANI, Aldo. (org) A Conquista da Cidade. Brasília: UnB, 1991.

12 RESENDE. Mara. Movimentos de moradores: a experiência dos inquilinos de Ceilândia. PAVIANI, Aldo. (org) A Conquista da Cidade. Brasília: UnB, RIBEIRO, Gustavo Lins. Acampamento de grande projeto: uma forma de imobilização da força de trabalho pela moradia. In PAVIANI, Aldo. (org) A Conquista da Cidade. Brasília: UnB, VIANNA, Mônica Peixoto. A intervenção em antigos núcleos residenciais operários da Companhia Energética de São Paulo. In XXV Encuentro y X Congreso Arquisur. Tucumã, 2006 CPEnergia. I Ciclo de Palestras e Exposições sobre Energia.

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