LEGALE FELIPE SAMPAIO

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1 FELIPE SAMPAIO Advogado, Consultor e Professor de Direito Material e Processual do Trabalho Instagram:@proffesampaio Facebook: Felipe Sampaio Linkedin: Felipe Sampaio professorfelipesampaio@hotmail.com

2 DIREITO COLETIVO 1

3 O direito coletivo do trabalho destina-se a analisar as interações entre trabalhadores organizados em sindicatos e seus respectivos empregadores, que podem ou não estar organizados em sindicatos. Tratase de ramo do direito do trabalho que enfoca o aspecto subjetivo das relações de trabalho. O direito coletivo tem marcante relevância história, podendo-se afirmar que muitas normas do direito individual do trabalho dele decorreram.

4 SUJEITOS DO DIREITO COLETIVO Os sujeitos do Direito Coletivo são, essencialmente, os sindicatos, embora também os empregadores possam ocupar essa posição, mesmo que agindo de modo isolado. Tal diferenciação ocorre porque os trabalhadores somente ganham corpo, estrutura e potência de ser coletivo por intermédio de suas organizações associativas de caráter profissional, no caso, os sindicatos.

5 É claro que existem ordens jurídicas que não circunscrevem todos os atos próprios à seara coletiva apenas à participação dos sindicatos obreiros, permitindo, assim, que surjam outros sujeitos juscoletivos distintos dessas entidades e da figura do empregador. São comissões de empresas, delegados representativos do pessoal de certo estabelecimento ou empresa, a par de fórmulas organizativas congêneres. É o que se passa, por exemplo, na Grã-Bretanha (delegados de empresas shop stewards), na Itália (comissões de empresas) * Descrição de experimentos correlatos de representação não sindical em distintos países está definida por Amauri Mascaro Nascimento. Compêndio de Direito Sindical, cit., p

6 ATENÇÃO! A Lei da Reforma Trabalhista institucionalizou as comissões de representação dos empregados em empresas com mais de 200 empregados (novo Título IV-A da CLT, composto pelos novos arts. 510-A até 510-D), mediante inserção feita pela Lei n , vigorante desde Contudo, tal comissão obreira interna não ostenta os poderes de negociação coletiva trabalhista, que são peculiares aos sindicatos (art. 8º, III e VI, CF/88; novo art. 510-E, CLT).

7 SINDICATO: RETROSPECTIVA HISTÓRICA O sindicato e o movimento social que lhe é próprio, o sindicalismo, são produtos da sociedade capitalista, assim como todo o Direito do Trabalho. Todos eles somente se compreendem no quadro contextual dessa sociedade. É que somente surgiram e justificam-se em face da diferenciação econômica, de poder e de funções entre os seres que formam a principal relação socioeconômica de trabalho situada no sistema de produção, circulação e reprodução de riquezas dessa mesma sociedade respectivamente, a relação de emprego e o sistema capitalista.

8 A partir de meados da Idade Média na Europa Ocidental (após o ressurgimento do comércio e das cidades, em seguida ao século XI), até fins da Idade Moderna, as corporações de ofícios tornaram-se formas associativas notáveis, de longa duração e influência nos séculos anteriores ao advento do capitalismo industrial. Entretanto, eram, em certa medida, associações de produtores ou, até mesmo, forma de organização da produção incrustada nas cidades europeias do período. Elas integravam-se, hierarquicamente, por três segmentos de indivíduos: aprendizes, companheiros e mestres o que, por si só, já demarca sua grande distância do moderno sindicalismo.

9 Produto da sociedade capitalista, o sindicalismo dá seus primeiros sinais claros de existência no berço primitivo desse sistema: a Grã-Bretanha. Russomano aponta que, no ano remoto de 1720, os mestres-alfaiates se dirigiram ao Parlamento Britânico, através de uma associação que reunia mais de sete mil trabalhadores, pleiteando a obtenção de maior salário e a redução de uma hora na jornada diária de trabalho. Considera o autor ser este o ponto de partida das trade unions britânicas, propagando-se seu exemplo pelo país.

10 O ano e o país escolhidos por M. V. Russomano (1720) para demarcar o ponto inicial do sindicalismo têm, certamente, algo de significativo e emblemático, uma vez que esse movimento social e sua estrutura organizativa, os sindicatos, encontramse, de fato, organicamente atados à Revolução Industrial e suas consequências econômicas, sociais e políticas. E esta revolução industrial tem seu marco tecnológico na criação da máquina a vapor, poucos anos antes, em 1712, por Thomas Newcomen, que seria, tempos depois, em fins do século XVIII, aperfeiçoada por James Watt (estendendo-se por todo o século XVIII aquilo que seria, posteriormente, conhecido como a primeira revolução tecnológica do capitalismo).

11 Mas ainda que se discorde quanto à data precisa do marco inicial de existência do sindicato (situando-o, mais à frente, na evolução sócio-histórica do capitalismo britânico), ele está, sem dúvida, fixado na Grã-Bretanha, no contexto de desenvolvimento da revolução industrial e da sociedade capitalista, daí espalhando-se para o restante da Europa Ocidental, norte dos Estados Unidos e, tempos depois, para outras partes do mundo.

12 A primeira fase de desenvolvimento das associações sindicais foi extremamente difícil, porque não reconhecida sua validade pelas ordens jurídicas da época. Trata-se da fase da proibição sindical, eventualmente acoplada com a própria criminalização da prática de atos sindicais. Na França, em 1791, foram abolidas as corporações de ofício, pela conhecida Lei Le Chapelier, assegurando-se, em decorrência, plena liberdade de trabalho (registre-se que, em virtude de assegurar o fim das corporações e da vinculação do indivíduo aos instrumentos de produção, institucionalizando a figura jurídica do trabalhador livre, essa lei passou a ser, eventualmente, considerada um dos marcos de florescimento do sindicalismo).

13 Entretanto, o mesmo diploma legal poderia ser interpretado como proibitivo de associações sindicais, uma vez que entendidas conspiratórias da noção do trabalho efetivamente livre. Pouco tempo depois, na esteira dessa ideologia político-jurídica, foram as coalizões operárias criminalizadas na França, por meio do Código Penal Napoleônico, de 1810.

14 Na Inglaterra (Grã-Bretanha), o Combination Act, de 1799, interditou as associações sindicais de trabalhadores livres. Em seguida, o Sedition Meeting Act, de 1817, recrudesceu o combate ao sindicalismo, enquadrando-o entre os crimes de sedição ou conspiração.

15 A segunda fase do sindicalismo no Ocidente correspondeu à tolerância jurídica com os sindicatos e sua descriminalização. Trata-se, na verdade, de fase de transição, em direção ao pleno reconhecimento do direito de livre associação e de auto-organização dos sindicatos. A Grã-Bretanha, uma vez mais, foi pioneira, nesse processo, extinguindo o delito de coalização de trabalhadores na década de 1820.

16 A terceira fase do sindicalismo, ultrapassada a transição anterior, é a do reconhecimento do direito de coalização e livre organização sindical. Esta fase de liberdade e autonomia sindicais firma-se, como regra geral, na segunda metade do século XIX, atingindo diversos países europeus (é evidente, que não se pode deixar de demarcar o pioneirismo das leis inglesas de 1824/25). Não é por simples coincidência, a propósito, que o estágio denominado de sistematização e consolidação do Direito do Trabalho, nos planos individual e coletivo, que se demarca entre 1848 e 1919, estabelece-se exatamente em torno desse período de maior afirmação sindical.

17 Ilustra esta fase a experiência jurídica de distintos países. Por exemplo, em conformidade com Orlando Gomes e Elson Gottschalk, em 1874 o direito de livre associação sindical é regulado na Dinamarca (editando-se, nesse ano, nova lei a respeito também na Inglaterra); na França, tal direito consolida-se em 1884; na Espanha e Portugal, em 1887; na Bélgica, em Segundo Amauri Mascaro Nascimento, na Alemanha, em 1869, e na Itália, em 1889, as coalizões de trabalhadores deixaram de ser delito.

18 Por fim, algumas décadas após, em 1919, com o Tratado de Versalhes e a fundação da Organização Internacional do Trabalho, a par do fenômeno da constitucionalização do Direito do Trabalho (Constituições do México e Alemanha, de 1917 e 1919, respectivamente), os direitos de livre e autonômica associação e sindicalização tornam-se sedimentados na cultura jurídica ocidental.

19 Tempos depois, ultrapassada a fase regressiva das experiências autocráticas nazifascistas e corporativistas, no entreguerras (décadas de 1920 até 1945), tais direitos transformaram-se em verdadeiros princípios democráticos, incrustando-se até mesmo nas Constituições mais recentes, editadas após as traumáticas experiências ditatoriais então vivenciadas (Constituições de França, Alemanha e Itália, da segunda metade da década de 1940, e de Portugal e Espanha, da década de 1970, por exemplo).

20 A consolidação do livre e autonômico sindicalismo combina-se com a fase de sistematização e consolidação de todo o Direito do Trabalho, que se estende de 1848 a Esse longo período caracterizou-se, é claro, por avanços e recuos entre a ação do movimento operário, do movimento sindical, do próprio movimento socialista e, ao mesmo tempo, a estratégia de atuação do Estado. Processo em que a ação vinda de baixo (sociedade civil) e a atuação oriunda de cima (Estado) interagem-se reciprocamente, dinamicamente, dando origem a um ramo jurídico específico, Direito do Trabalho, que tanto incorpora a visão própria ao Estado, como assimila um amplo espaço de atuação para a pressão trabalhista vinda de baixo.

21 EVOLUÇÃO SINDICAL NO BRASIL Os dois marcos principais da evolução sindical no Brasil são os mesmos do Direito do Trabalho: 1930 e Período Inicial do Sindicalismo Brasileiro Antes de 1930, o ramo justrabalhista ainda se encontrava em fase de manifestações incipientes e esparsas, sem alcançar a complexidade de regras, práticas, institutos e princípios aptos a lhe conferirem autonomia no plano do Direito.

22 As primeiras associações de trabalhadores livres mas assalariados, mesmo que não se intitulando sindicatos, surgiram nas décadas finais do século XIX, ampliandose a experiência associativa ao longo do início do século XX. Tratava-se de ligas operárias, sociedades de socorro mútuo, sociedades cooperativas de obreiros, enfim, diversos tipos de entidades associativas que agregavam trabalhadores por critérios diferenciados. Teve importância crucial a presença da imigração europeia, que trouxe ideias e concepções plasmadas nas lutas operárias do velho continente.

23 1930: implantação e reprodução de modelo sindical O modelo trabalhista brasileiro preponderante no século XX construiu-se, como se sabe, nas décadas de 1930 e 40, no desenrolar do Governo Getúlio Vargas. O mais importante pilar desse modelo era o sistema sindical, que se entrelaçava com seus demais sustentáculos.

24 O Estado largamente intervencionista que se forma estende sua atuação também à área da chamada questão social. Nesta área implementa vasto e profundo conjunto de ações diversificadas mas nitidamente combinadas: de um lado, através de profunda repressão sobre quaisquer manifestações autonomistas do movimento operário; de outro lado, por meio de minuciosa legislação instaurando um abrangente novo modelo de organização do sistema justrabalhista, estreitamente controlado pelo Estado.

25 O conjunto do modelo justrabalhista oriundo entre 1930 e 1945 se manteve quase intocado. À exceção do sistema previdenciário que, na década de 1960, foi afastado da estrutura corporativa sindical e dissociado desse tradicional modelo justrabalhista, não se assiste, quer na fase democrático-desenvolvimentista de , quer na fase do regime militar implantado em 1964, à implementação de modificações substantivas no modelo justrabalhista imperante no País.

26 Constituição de 1988: deflagração e aprofundamento de mudanças A Constituição de 1988 é o mais relevante ponto de mudança no modelo trabalhista e sindical brasileiro, desde 1930/45. A parte mais importante dessas modificações foi deflagrada pelo próprio texto original da Constituição.

27 A Constituição franqueou a ampla atuação coletiva das entidades sindicais por intermédio da substituição processual firmemente reconhecida em seu art. 8º, III. A par disso, a Lei Magna determinou a generalização da estrutura da Justiça do Trabalho por todo o território brasileiro, de maneira a garantir a presença do instrumento de solução de conflitos e de efetivação do Direito do Trabalho em todos os segmentos econômicos e profissionais do Brasil.

28 Tempos após 1988, o poder reformador constitucional modificou dois outros pilares do antigo modelo trabalhista brasileiro: inicialmente, extinguiu a representação corporativa classista na Justiça do Trabalho, tornando-a instituição mais técnica e eficiente (EC n. 24, de dezembro de 1999); noutro passo, restringiu a anterior amplitude do poder normativo judicial trabalhista, mediante a inserção de pressuposto processual de difícil cumprimento prático para a propositura de dissídio coletivo de natureza econômica o prévio comum acordo entre as partes coletivas (EC n. 45, de dezembro de 2004).

29 DEFINIÇÃO Sindicatos são entidades associativas permanentes, que representam trabalhadores vinculados por laços profissionais e laborativos comuns, visando tratar de problemas coletivos das respectivas bases representadas, defendendo seus interesses trabalhistas e conexos, com o objetivo de lhes alcançar melhores condições de labor e vida. Definição esta se levássemos em conta apenas os representantes da categoria dos empregados.

30 Numa definição mais ampla, abrangendo empregados, empregadores, profissionais liberais e trabalhadores avulsos, poderíamos definir sindicatos como sendo entidades associativas permanentes, que representam, respectivamente, trabalhadores, lato sensu, e empregadores, visando a defesa de seus correspondentes interesses coletivos.

31 A legislação define sindicato como uma associação para fins de estudo, defesa e coordenação de interesses econômicos ou profissionais de todos os que, como empregadores, empregados, agentes ou trabalhadores autônomos, ou profissionais liberais, exerçam, respectivamente, a mesma atividade ou profissão ou atividades ou profissões similares ou conexas (art. 511, caput, CLT).

32 PRINCÍPIOS ESPECIAIS DO DIREITO COLETIVO O Direito Coletivo do Trabalho, enquanto segmento jurídico especializado, constitui um todo unitário, um sistema, composto de princípios, categorias e regras organicamente integradas entre si. Sua unidade como em qualquer sistema sela-se em função de um elemento básico, sem o qual seria impensável a existência do próprio sistema. Neste ramo jurídico a categoria básica centra-se na noção de relação jurídica coletiva, a que se acopla a de ser coletivo, presente em qualquer dos polos da relação jurídica nuclear deste Direito. Ser coletivo empresarial (com ou sem representação pelo respectivo sindicato) e ser coletivo obreiro, mediante as organizações coletivas da classe trabalhadora especialmente os sindicatos.

33 Os princípios do Direito Coletivo do Trabalho podem ser classificados em três grandes grupos, segundo a matéria e objetivos neles enfocados:

34 Em primeiro lugar, o rol de princípios assecuratórios das condições de emergência e afirmação da figura do ser coletivo obreiro. Trata-se de princípios cuja observância viabiliza o florescimento das organizações coletivas dos trabalhadores, a partir das quais serão tecidas as relações grupais que caracterizam esse segmento jurídico específico. Neste rol, estão os princípios da liberdade associativa e sindical e da autonomia sindical.

35 Após, destacam-se os princípios que tratam das relações entre os seres coletivos obreiros e empresariais, no contexto da negociação coletiva. São princípios que regem as relações grupais características do Direito Coletivo, iluminando o status, poderes e parâmetros de conduta dos seres coletivos trabalhistas. Citam-se neste segmento o princípio da interveniência sindical na normatização coletiva, o da equivalência dos contratantes coletivos e, finalmente, o da lealdade e transparência nas negociações coletivas.

36 Há, por fim, o conjunto de princípios que tratam das relações e efeitos perante o universo e comunidade jurídicas das normas produzidas pelos contratantes coletivos. Este grupo de princípios ilumina, em síntese, as relações e efeitos entre as normas produzidas pelo Direito Coletivo, por meio da negociação coletiva, e as normas heterônomas tradicionais do próprio Direito Individual do Trabalho. Neste rol, encontram-se princípios como o da criatividade jurídica da negociação coletiva e o princípio da adequação setorial negociada.

37 PRINCÍPIOS ASSECURATÓRIOS DA EXISTÊNCIA DO SER COLETIVO OBREIRO O enfoque aqui centra-se no ser coletivo obreiro, isto é, na criação e fortalecimento de organizações de trabalhadores que possam exprimir uma real vontade coletiva desse segmento social.

38 Princípio da Liberdade Associativa e Sindical exprime a ampla prerrogativa obreira de associação e, por consequência, sindicalização. O princípio pode ser desdobrado em dois: liberdade de associação, mais abrangente; e liberdade sindical.

39 O princípio da liberdade de associação assegura consequência jurídico- institucional a qualquer iniciativa de agregação estável e pacífica entre pessoas, independentemente de seu segmento social ou dos temas causadores da aproximação. Não se restringe, portanto, à área e temáticas econômicoprofissionais (onde se situa a ideia de liberdade sindical). Por reunião entende-se a agregação episódica de pessoas em face de problemas e objetivos comuns; por associação, a agregação permanente (ou, pelo menos, de largo prazo) de pessoas em face de problemas e objetivos comuns.

40 Já o princípio da liberdade sindical, mais abrangente, engloba as dimensões positivas e negativas (reunir-se ou não), concentradas no universo da realidade do sindicalismo. Abrange, desse modo, a liberdade de criação de sindicatos e de sua autoextinção (com a garantia de extinção externa somente por intermédio de sentença judicial regularmente formulada). Abrange, ainda, a prerrogativa de livre vinculação a um sindicato assim como a livre desfiliação de seus quadros (o art. 8º, V, da Constituição especifica o comando já lançado genericamente em seu art. 5º, XX: ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato ).

41 Princípio da Autonomia Sindical - Tal princípio sustenta a garantia de autogestão às organizações associativas e sindicais dos trabalhadores, sem interferências empresariais ou do Estado. Trata o princípio, dessa maneira, da livre atuação externa, sua sustentação econômico-financeira e sua desvinculação de controles administrativos estatais ou em face do empregador.

42 PRINCÍPIOS REGENTES DAS RELAÇÕES ENTRE OS SERES COLETIVOS TRABALHISTAS O segundo grupo de princípios do Direito Coletivo do Trabalho reporta-se às próprias relações entre os sujeitos coletivos e aos processos consubstanciadores dessas relações.

43 Princípio da Interveniência Sindical na Normatização Coletiva - O princípio da interveniência sindical na normatização coletiva propõe que a validade do processo negocial coletivo submeta-se à necessária intervenção do ser coletivo institucionalizado obreiro no caso brasileiro, o sindicato. Neste quadro, qualquer ajuste feito informalmente entre empregador e empregado terá caráter de mera cláusula contratual, sem o condão de instituir norma jurídica coletiva negociada. Na qualidade jurídica de mera cláusula contratual, este ajuste informal submete-se a todas as restrições postas pelo Direito do trabalho às alterações do contrato de trabalho, inclusive o rigoroso princípio da inalterabilidade contratual lesiva (art. 468, CLT), exceto naquilo em que for possível a negociação individual.

44 Princípio da Equivalência entre os Contratantes Coletivos - O princípio da equivalência entre os contratantes coletivos postula pelo reconhecimento de um estatuto sociojurídico semelhante a ambos os contratantes coletivos (o obreiro e o empresarial). Tal equivalência resulta de dois aspectos fundamentais: a natureza e os processos característicos aos seres coletivos trabalhistas.

45 Princípio da Lealdade e Transparência na Negociação Coletiva - O princípio da lealdade e transparência nas negociações coletivas vincula-se ao anteriormente examinado. Visa a assegurar, inclusive, condições efetivas de concretização prática da equivalência teoricamente assumida entre os sujeitos do Direito Coletivo do Trabalho. Há duas faces no princípio: lealdade e transparência. Ambas são premissas essenciais ao desenvolvimento democrático e eficaz do próprio processo negocial coletivo. Afinal, o Direito Coletivo objetiva formular normas jurídicas e não apenas cláusulas obrigacionais, razão por que a lealdade e o acesso a informações inscrevem-se no núcleo de sua dinâmica de evolução.

46 PRINCÍPIOS REGENTES DAS RELAÇÕES ENTRE NORMAS COLETIVAS NEGOCIADAS E NORMAS ESTATAIS O terceiro grupo de princípios do Direito Coletivo dirige-se às relações e efeitos das normas coletivas negociadas perante a comunidade e universo jurídicos em que atuam. Ou seja, o potencial criativo das normas provindas da negociação coletiva e seu relacionamento hierárquico com o estuário heterônomo do Direito do Trabalho. São princípios que informam, portanto, os resultados normativos do processo negocial coletivo, fixando diretrizes quanto à sua validade e extensão.

47 Princípio da Criatividade Jurídica da Negociação Coletiva - O princípio da criatividade jurídica da negociação coletiva traduz a noção de que os processos negociais coletivos e seus instrumentos (contrato coletivo, acordo coletivo e convenção coletiva do trabalho) têm real poder de criar norma jurídica (com qualidades, prerrogativas e efeitos próprios a estas), em harmonia com a normatividade heterônoma estatal. Tal princípio, na verdade, consubstancia a própria justificativa de existência do Direito Coletivo do Trabalho.

48 A regra coletiva negociada que instituir vantagem trabalhista efetivamente nova, não tipificada ou regulada por regra heterônoma estatal, pode moldar e reger a estrutura e os efeitos jurídicos da parcela instituída, ainda que restringindo suas potenciais repercussões nos contratos de trabalho.

49 Princípio da Adequação Setorial Negociada - Este princípio trata das possibilidades e limites jurídicos da negociação coletiva. Ou seja, os critérios de harmonização entre as normas jurídicas oriundas da negociação coletiva (mediante a consumação do princípio de sua criatividade jurídica) e as normas jurídicas provenientes da legislação heterônoma estatal.

50 Pelo princípio da adequação setorial negociada as normas autônomas juscoletivas construídas para incidirem sobre certa comunidade econômicoprofissional podem prevalecer sobre o padrão geral heterônomo justrabalhista desde que respeitados certos critérios objetivamente fixados. São dois esses critérios autorizativos: a) quando as normas autônomas juscoletivas implementam um padrão setorial de direitos superior ao padrão geral oriundo da legislação heterônoma aplicável; b) quando as normas autônomas juscoletivas transacionam setorialmente parcelas justrabalhistas de indisponibilidade apenas relativa (e não de indisponibilidade absoluta).

51 Impactos da Lei da Reforma Trabalhista A alteração da legislação trabalhista, por meio da Lei n (vigorante desde ), buscou reduzir a extensão da imperatividade de distintas regras justrabalhistas, de maneira a permitir à negociação coletiva trabalhista flexibilizar e restringir direitos e garantias individuais e sociais asseguradas aos trabalhadores no universo das relações empregatícias.

52 SISTEMAS SINDICAIS Critérios de Agregação dos Trabalhadores no Sindicato Existem, basicamente, quatro padrões de agregação de trabalhadores a seus respectivos sindicatos. Esses padrões não são, necessariamente, todos eles, excludentes entre si; alguns deles, pelo menos, podem se combinar em uma certa realidade sociojurídica.

53 A) Sindicatos por Ofício ou Profissão Nesse quadro, há os sindicatos que agregam trabalhadores em virtude de seu ofício ou profissão. Trata-se de modelo sindical prestigiado nos primeiros momentos do sindicalismo, com perda de densidade nos períodos subsequentes, ao menos nos países capitalistas centrais. Contudo, sempre preservou grande influência no berço do movimento operário ocidental, a Grã-Bretanha.

54 São sindicatos que agregam trabalhadores em vista de sua profissão, no Brasil, ilustrativamente, os chamados sindicatos de categoria diferenciada, como professores, motoristas, aeronautas, aeroviários, jornalistas profissionais, músicos profissionais, etc. A CLT arrola, em seu final, no quadro a que se refere seu art. 577, um grupo de categorias diferenciadas. Esclarece a Consolidação que categoria diferenciada é a que se forma dos empregados que exerçam profissões ou funções diferenciadas por força de estatuto profissional especial ou em consequência de condições de vida singulares (art. 511, 3º)

55 Esse tipo de associação tem recebido o epíteto de sindicatos horizontais, porque se estendem no mercado de trabalho em meio a várias e distintas empresas, atingindo apenas certos trabalhadores dessas entidades econômicas, exatamente aqueles que guardam e exercem a mesma profissão.

56 B) Sindicatos por Categoria Profissional Em segundo lugar, há os sindicatos que agregam trabalhadores em virtude de sua categoria profissional. Formam, por exemplo, no Brasil, o conjunto mais significativo dos sindicatos, segundo o modelo jurídico oriundo dos anos de 1930 e 40. A CLT (art. 511, 2º) concebe categoria profissional como uma expressão social elementar. E estabelece que ela é composta pela similitude de condições de vida oriunda da profissão ou trabalho em comum, em situação de emprego na mesma atividade econômica ou em atividades econômicas similares ou conexas (art. 511, 2º, CLT)

57 A categoria profissional, regra geral, identifica-se, pois, não pelo preciso tipo de labor ou atividade que exerce o obreiro (e nem por sua exata profissão), mas pela vinculação a certo tipo de empregador. Se o empregado de indústria metalúrgica labora como porteiro na planta empresarial (e não em efetivas atividades metalúrgicas), é, ainda assim, representado, legalmente, pelo sindicato de metalúrgicos, uma vez que seu ofício de porteiro não o enquadra como categoria diferenciada.

58 Esse tipo de associação é chamado de sindicato vertical. Efetivamente, ele se estende no mercado de trabalho abrangendo, regra geral, a ampla maioria dos empregados das várias empresas, na respectiva base territorial da entidade, que tenham similitude de atividades econômicas. Portanto, ele atinge, verticalmente, as empresas economicamente afins (empresas bancárias, comerciais, metalúrgicas etc.).

59 C) Sindicato por Empresa Em terceiro lugar, há os sindicatos que se agregam em vista da empresa a que se vinculam os trabalhadores. Trata-se dos sindicatos por empresa. Tais sindicatos são relevantes especialmente no sistema norte-americano. Na Europa ocidental eles não têm sido forma importante de organização do sindicalismo, o qual se estrutura a partir de noções mais amplas, como a de categoria, ou a ainda mais larga, de ramo de atividade empresarial.

60 No Brasil, são juridicamente inviáveis, hoje, os sindicatos por empresa. É que a Constituição fixa o critério de categoria profissional para a estruturação dos sindicatos; além disso, também estabelece o município como base territorial mínima para a organização dessas entidades (art. 8º, II).

61 D) Sindicatos por Ramo Empresarial de Atividades Finalmente, há os sindicatos de trabalhadores que se agregam em função do ramo ou segmento empresarial de atividades. Ilustrativamente, sindicatos dos trabalhadores do segmento industrial, dos trabalhadores do segmento financeiro, do segmento comercial, do setor agropecuário, etc. Este critério de agregação sindical favorece a criação de grandes sindicatos, que tendem a ser fortes, dotados de grande abrangência territorial, seja regional ou até mesmo nacional, com sensível poder de negociação coletiva, em qualquer âmbito geográfico que se considere, perante qualquer empresa ou entidade representativa empresarial.

62 Da liberdade sindical A liberdade sindical é conceito consagrado pela Convenção nº 87 da OIT, de 1948, não ratificada pelo Brasil ideia de que os sindicatos não estão sujeitos a qualquer tipo de controle por parte do Estado. A CLT, por razões históricas, é centrada na figura de um sindicato ligado e sujeito ao controle do Estado (modelo corporativista). Lembre-se, por exemplo, nos antigos juízes classistas sindicalistas pelegos ou no próprio financiamento dos sindicatos, exteriorizado no imposto sindical.

63 A Com a CF/88, há ruptura parcial desse modelo, pois assegurada a liberdade sindical no art. 8º (vedada a associação paramilitar). Entretanto, por jamais ter ocorrido a ratificação da Convenção 87, nosso modelo sindical é contraditório, não sendo a liberdade assegurada de maneira plena e podendo ser verificados resquícios do antigo sistema corporativista.

64 A liberdade sindical contempla os seguintes desdobramentos: liberdade de criação de sindicatos; proibição de dissolução administrativa de sindicatos; proibição de interferência ou intervenção nos sindicatos; liberdade de regulamentação interna ou organização interna dos sindicatos; liberdade de organização em geral dos sindicatos; liberdade de filiação ou não filiação ao sindicato; proibição de interferência dos empregadores na sindicalização dos empregados.

65 Liberdade de criação dos sindicatos Liberdade que têm todos os empregados e empregadores de criar sindicatos (também os funcionários públicos), independentemente de autorização. No Brasil, até 1988, essa liberdade não existia, pois a criação do sindicato dependia de uma autorização dada pelo Ministério do Trabalho - art. 520 da CLT. Com a CF/88, o regime foi alterado, para exigir-se tão somente o registro do sindicato no MTE (o que não fere a liberdade sindical, pois tem mera finalidade cadastral e de publicidade):

66 Art. 8º. É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte: I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o registro no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na organização sindical;

67 Ressalte-se que, segundo o art. 8º, VI, é obrigatória a participação do sindicato em negociações coletivas de trabalho. Art. 8º, CF/88 (...) VI - é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho;

68 Proibição de dissolução administrativa de sindicato Apenas o Poder Judiciário tem prerrogativa de dissolver o sindicato se este se desviar de suas finalidade e ameaçar a ordem jurídica (art. 5º, XIX, CF/88). Art. 5º, CF/88 (...) XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado

69 Proibição de interferência e intervenção Em termos gerais, o Estado não pode se imiscuir nas questões sindicais (art. 8º, I, CF/88). Interferência tem caráter genérico, enquanto intervenção é algo mais drástico. Intervenção é, por exemplo, a nomeação de novos dirigentes aos sindicatos. A interferência, ao contrário, pode se dar das maneiras mais sutis e mais diversas (assim, por exemplo, o financiamento de um sindicato para enfraquecer outro). Entretanto, a proibição de intervenção e interferência não concede ao sindicato liberdade absoluta de atuação, podendo seus atos ser controlados pelo Poder Judiciário.

70 Organização interna do sindicato O sindicato tem liberdade para organizar-se por óbvio, também não se trata de liberdade ilimitada (por exemplo, o estatuto não pode promover discriminações ou violar direitos fundamentais). Como limitação a tal aspecto da liberdade, a legislação, acertadamente, limita o número de dirigentes do sindicato, evitando que um grande número de trabalhadores faça jus à estabilidade: Art. 522, CLT. A administração do sindicato será exercida por uma diretoria constituída no máximo de sete e no mínimo de três membros e de um Conselho Fiscal composto de três membros, eleitos esses órgãos pela Assembléia Geral.

71 Organização externa do sindicato Trata-se da maior limitação encontrada no sistema brasileiro. No regime de liberdade sindical, os próprios trabalhadores escolhem como se dará seu agrupamento em sindicatos (área do trabalho, profissão, empregador, etc). No Brasil, entretanto, há três limites: O legislador, em primeiro lugar, impõe a organização em categoria; O legislador limita territorialmente o sindicato, estabelecendo que este não poderá ser inferior à área de um Município. O legislador estabelece que só poderá haver um sindicato de cada categoria em um determinado local - é a chamada unicidade sindical (em contraposição à pluralidade sindical, vigente em outros países).

72 Veja-se, a respeito, o quanto disposto pelo art. 8º, II da CF/88: Art. 8º, CF/88 (...) II - é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, representativa de categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial, que será definida pelos trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo ser inferior à área de um Município;

73 A unicidade é vista pela doutrina como o maior entrave para a ratificação da Convenção nº 87 da OIT e consagração da plena liberdade sindical. OBS: como o Ministério do Trabalho não pode recusar o registro de determinada entidade sindical, o controle da unicidade cabe ao Judiciário. Problemas práticos surgem, entretanto, enquanto não resolvida a representatividade de entidades sindicais: assim, com qual sindicato deve ser firmada a CCT? A quem devem ser pagas as contribuições?

74 OBS 2: A unicidade impede a criação de mais de um sindicato por categoria, mas não o agrupamento de mais de uma categoria em um sindicato, nos termos do art. 570, par. un., da CLT: Art. 570, CLT. (...) Parágrafo único - Quando os exercentes de quaisquer atividades ou profissões se constituírem, seja pelo número reduzido, seja pela natureza mesma dessas atividades ou profissões, seja pelas afinidades existentes entre elas, em condições tais que não se possam sindicalizar eficientemente pelo critério de especificidade de categoria, é-lhes permitido sindicalizar-se pelo critério de categorias similares ou conexas, entendendo-se como tais as que se acham compreendidas nos limites de cada grupo constante do Quadro de Atividades e Profissões.

75 O sistema da liberdade sindical, seja com pluralismo, seja com unidade prática de sindicatos, prepondera na maioria dos países ocidentais desenvolvidos (França, Inglaterra, Alemanha, EUA, etc.). Nos países em que há unidade prática de sindicatos (caso da Alemanha), ela resulta da experiência histórica do sindicalismo, e não de determinação legal

76 É necessário, porém, distinguir-se entre unicidade e unidade sindicais. A primeira expressão (unicidade) traduz o sistema pelo qual a lei impõe a presença na sociedade do sindicato único. A segunda expressão (unidade) traduz a estruturação ou operação unitárias dos sindicatos, em sua prática, fruto de sua maturidade, e não de imposição legal. Isso significa que o sistema de liberdade sindical plena (Convenção 87, OIT, por exemplo) não sustenta que a lei deva impor a pluralidade sindical. De modo algum: ele sustenta, apenas, que não cabe à lei regular a estruturação e organização internas aos sindicatos, cabendo a estes eleger, sozinhos, a melhor forma de se instituírem (podendo, em consequência, firmar a unidade organizacional e prática, como já mencionado).

77 Liberdade de filiação e não filiação Prevista no art. 8º, CF/88, estabelece que ninguém pode ser obrigado a se sindicalizar e nem a deixar de se sindicalizar. Art. 8º (...) V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato; Ademais, ninguém pode ser impedido ilegitimamente de se filiar a sindicato. Nesse sentido, a OJ-SDC n 20 proíbe o estabelecimento de preferência para admissão para trabalhadores sindicalizados (também é vedado pagamento maior para os sindicalizados por vezes previsto em CCT):

78 OJ-SDC-20 EMPREGADOS SINDICALIZADOS. ADMISSÃO PREFERENCIAL. CONDIÇÃO VIOLADORA DO ART. 8º, V, DA CF/88. (inserido dispositivo) - DEJT divulgado em 16, 17 e Viola o art. 8º, V, da CF/1988 cláusula de instrumento normativo que estabelece a preferência, na contratação de mão de obra, do trabalhador sindicalizado sobre os demais.

79 Proibição de interferência dos empregadores nos sindicatos de empregados Proibição da prática, pelo empregador, de atos antisindicais, tais como aqueles que dificultem o exercício do direito sindical (especificamente previstos pela Convenção nº 98 da OIT, ratificada pelo Brasil). Uma medida de proteção, aqui, é a estabilidade do dirigente sindical (artigo 8º, VIII, CF + 543, CLT + Súmula 369, TST).

80 Liberdade Individual e Liberdade Coletiva É preciso se atentar para o fato de que se tem enfatizado, no Direito, o cunho individual da ideia de liberdade, negligenciando-se, em certa medida, a sua também importante dimensão coletiva (dimensão coletiva que é bastante decisiva no plano da liberdade e autonomia sindicais). De maneira geral, a ideia de liberdade tem traduzido o conjunto de prerrogativas abertas à pessoa humana para praticar atos e escolhas, em sua vida pessoal, familiar, comunitária e cívica, nos limites do respeito à liberdade dos outros e dos demais mandamentos explicitados pela ordem jurídica ou por ela reconhecidos como válidos.

81 Essa noção coletiva de liberdade deve estar associada à noção também individual da liberdade, no contexto do exame dos atos coletivos dos trabalhadores e de suas entidades sindicais. É o que se passa, ilustrativamente, com a análise de movimento tipicamente coletivo, como a greve. Ora, a interpretação estritamente individualista da liberdade, se exacerbada e desproporcional, pode comprometer a própria ideia de liberdade coletiva, de atos coletivos, de organização coletiva, em síntese, a própria ideia estruturante de Direito Coletivo do Trabalho.

82 A) Cláusulas de Sindicalização Forçada Há sistemáticas de incentivos à sindicalização (apelidadas de cláusulas de segurança sindical ou de sindicalização forçada) que são controvertidas no que tange à sua compatibilidade com o princípio da liberdade sindical. Trata-se, por exemplo, das cláusulas negociais coletivas denominadas closed shop, union shop, preferencial shop e, por fim, maintenance of membership.

83 Pela closed shop (empresa fechada), o empregador se obriga perante o sindicato obreiro a somente contratar trabalhadores a este fi liados. Nos EUA, tal dispositivo foi considerado ilegal pela Lei Taft-Hartley, de 1947.

84 Pela union shop (empresa sindicalizada), o empregador se compromete a manter apenas empregados que, após prazo razoável de sua admissão, se filiem ao respectivo sindicato obreiro. Não se obstrui o ingresso de trabalhador não sindicalizado, mas inviabiliza-se sua continuidade no emprego caso não proceda, em certo período, à sua filiação sindical

85 A cláusula preferencial shop (empresa preferencial), favorece a contratação de obreiros filiados ao respectivo sindicato.

86 Já a cláusula maintenance of membership (manutenção de filiação), significa que o empregado inscrito em certo sindicato deve preservar sua filiação durante o prazo de vigência da respectiva convenção coletiva, sob pena de perda do emprego

87 Tais dispositivos de sindicalização forçada colocam em confronto, inegavelmente, liberdade individual obreira de filiação e/ou desfiliação e reforço da organização coletiva dos próprios trabalhadores em suma, liberdade individual versus fortalecimento sindical. No Brasil, tem prevalecido o entendimento denegatório de validade às citadas cláusulas de sindicalização forçada ao menos como regra geral.

88 B) Práticas Antissindicais Há, por outro lado, sistemáticas de desestímulo à sindicalização e desgaste à atuação dos sindicatos (denominadas de práticas antissindicais) que entram em claro choque com o princípio da liberdade sindical. Trata-se, por exemplo, dos chamados yellow dog contracts, das company unions e, ainda, da prática mise à l index.

89 No primeiro caso (contratos de cães amarelos), o trabalhador firma com seu empregador compromisso de não filiação a seu sindicato como critério de admissão e manutenção do emprego. A expressão inglesa (yellow dog contracts), sugere uma crítica ao trabalhador que subscreve essa cláusula de não filiação sindical. Na experiência histórica de outros países, contudo (inclusive o Brasil), sabe-se que os fatos tendem a se passar de maneira diversa: é comum ouvir-se falar em práticas meramente informais, inviabilizando, pela pressão surda no ambiente laborativo, a efetiva possibilidade de adesão de empregados a seu respectivo sindicato.

90 No segundo caso (sindicatos de empresa no Brasil, sindicatos amarelos), o próprio empregador estimula e controla (mesmo que indiretamente) a organização e ações do respectivo sindicato obreiro.

91 No terceiro caso (colocar no index no Brasil, lista suja), as empresas divulgariam entre si os nomes dos trabalhadores com significativa atuação sindical, de modo a praticamente excluí-los do respectivo mercado de trabalho.

92 Tais cláusulas ou práticas (e outras congêneres) são inválidas por agredirem o princípio da liberdade sindical, constitucionalmente assegurado.

93 CATEGORIA O conceito de categoria vem previsto no art. 511 da CLT: Art É lícita a associação para fins de estudo, defesa e coordenação dos seus interesses econômicos ou profissionais de todos os que, como empregadores, empregados, agentes ou trabalhadores autônomos ou profissionais liberais exerçam, respectivamente, a mesma atividade ou profissão ou atividades ou profissões similares ou conexas. 1º A solidariedade de interesses econômicos dos que empreendem atividades idênticas, similares ou conexas, constitui o vínculo social básico que se denomina categoria econômica. 2º A similitude de condições de vida oriunda da profissão ou trabalho em comum, em situação de emprego na mesma atividade econômica ou em atividades econômicas similares ou conexas, compõe a expressão social elementar compreendida como categoria profissional. 3º Categoria profissional diferenciada é a que se forma dos empregados que exerçam profissões ou funções diferenciadas por força de estatuto profissional especial ou em consequência de condições de vida singulares. 4º Os limites de identidade, similaridade ou conexidade fixam as dimensões dentro das quais a categoria econômica ou profissional é homogênea e a associação é natural.

94 A categoria, profissional ou econômica, é determinada por um interesse profissional comum (fato social). Para definir a categoria, tanto do empregado quanto do empregador, o legislador considera, precipuamente, a atividade exercida, que deve ser idêntica, similar ou conexa.

95 Categoria econômica: elemento essencial é a solidariedade de interesses econômicos. A categoria econômica é determinada a partir da atividade preponderante da empresa (se a empresa não tiver atividade preponderante, é cindida). Art. 581, CLT. (...) 1º Quando a empresa realizar diversas atividades econômicas, sem que nenhuma delas seja preponderante, cada uma dessas atividades será incorporada à respectiva categoria econômica, sendo a contribuição sindical devida à entidade sindical representativa da mesma categoria, procedendo-se, em relação às correspondentes sucursais, agências ou filiais, na forma do presente artigo. 2º Entende-se por atividade preponderante a que caracterizar a unidade de produto, operação ou objetivo final, para cuja obtenção todas as demais atividades convirjam, exclusivamente em regime de conexão funcional.

96 Categoria profissional: elemento essencial é a similitude das condições de vida oriundas de trabalho em comum. A distribuição das categorias está contida no Plano Básico de Enquadramento Sindical quadro formado por duas colunas, em que, a partir da categoria econômica, identifica-se a categoria profissional. Até 1988, esse quadro era atualizado periodicamente pelo MTE com a vedação à interferência e intervenção, este nunca mais foi atualizado. Cabe ao Judiciário, portanto, resolver problemas envolvendo criação ou desmembramento de categorias. ATENÇÃO: a identificação da categoria é essencial para determinar-se a abrangência de acordos e convenções coletivas de trabalho.

97 Como regra geral, todos os empregados de uma empresa enquadram-se na categoria profissional correspondente à categoria econômica dessa empresa. Porém, há uma exceção, prevista no 3º do art. 511: a categoria profissional diferenciada. A justificativa para esta categoria é o fato de que, em determinadas profissões, o trabalhador tem condições de vida muito diferentes, que impedem sua comparação com os demais trabalhadores daquela empresa. Assim, ele terá um sindicato separado, independentemente da empresa onde atua.

98 Atenção para a previsão da Súmula 374 do TST: SUM-374 NORMA COLETIVA. CATEGORIA DIFERENCIADA. ABRANGÊNCIA Empregado integrante de categoria profissional diferenciada não tem o direito de haver de seu empregador vantagens previstas em instrumento coletivo no qual a empresa não foi representada por órgão de classe de sua categoria.

99 ORGANIZAÇÃO SINDICAL NO BRASIL Na organização sindical, há três níveis diversos: Sindicatos Federações, formadas pela união de 5 sindicatos (534, CLT) Confederações, de âmbito nacional, são formadas pela união de 3 Federações (535, CLT) Caso inexista sindicato a representar determinada categoria, essa será representada pela respectiva Federação ou, na inexistência dessa, pela Confederação.

100 Existe na base do sistema um sindicato único, organizado por categoria profissional ou categoria diferenciada, em se tratando de trabalhadores, ou por categoria econômica, em se tratando de empregadores. A base territorial mínima dos sindicatos brasileiros é o município (art. 8º, II, CF/88). Neste aspecto, a Constituição não recepcionou regra da CLT, que permitia base mais acanhada, o distrito municipal (art. 517, CLT). É possível base territorial mais larga, inclusive até mesmo o próprio território nacional (sindicatos nacionais).

101 Centrais Sindicais As centrais sindicais não compõem o modelo corporativista. De certo modo, representam até mesmo o seu contraponto, a tentativa de sua superação. Porém constituem, do ponto de vista social, político e ideológico, entidades líderes do movimento sindical, que atuam e influem em toda a pirâmide regulada pela ordem jurídica.

102 No plano interno de suas atividades, não apenas fixam linhas gerais de atuação para o sindicalismo em contextos geográficos e sociais mais amplos, como podem erigir instrumentos culturais e logísticos de grande significado para as respectivas bases envolvidas. No plano externo de suas atividades, participam da fundamental dinâmica democrática ao dialogarem com as grandes forças institucionais do País, quer as de natureza pública, quer as de natureza privada

103 Não obstante não integre o modelo corporativista, possui lei própria que reconhece sua existência jurídica (Lei n /08, art. 1º, caput e parágrafo único, combinado com art. 2º), a qual considera central sindical a entidade de representação dos trabalhadores, constituída em âmbito nacional, como ente associativo privado, composto por organizações sindicais de trabalhadores e que atenda os requisitos de filiação mínimos legalmente estabelecidos.

104 Esses requisitos mínimos legalmente fixados correspondem a: I filiação de, pelo menos, 100 sindicatos distribuídos nas cinco regiões do país; II filiação em pelo menos três regiões do país de, no mínimo, 20 sindicatos em cada uma; III filiação de sindicatos em, no mínimo, cinco setores de atividade econômica; IV filiação de sindicatos que representem, no mínimo, sete por cento do total de empregados sindicalizados em âmbito nacional (art. 2º, incisos I a IV, Lei n /08). Note-se que a aferição desses requisitos mínimos de representatividade será feita pelo Ministério do Trabalho (art. 4º, Lei n /08).

105 Prevê o diploma normativo as seguintes atribuições e prerrogativas para a central sindical: I coordenar a representação dos trabalhadores por meio das organizações sindicais a ela filiadas; II participar de negociações em fóruns, colegiados de órgãos públicos e demais espaços de diálogo social que possuam composição tripartite, nos quais estejam em discussão assuntos de interesse geral dos trabalhadores (art. 1º, I e II, Lei n /2008).

106 Estrutura e Funcionamento Internos das Entidades Sindicais A estipulação pelo Título V da CLT dos órgãos internos dos sindicatos determina um dos mais significativos pontos de conflito acerca da validade do preceito legal em face da Constituição.

107 De fato, a lei da década de 1940 fixa que a administração do sindicato será exercida por uma diretoria (não acolhe, em princípio, outras modalidades de direção). Segue dispondo que sua composição será, no máximo, de sete e, no mínimo, de três membros. Termina concluindo pela existência de um conselho fiscal, composto de três membros. Todos esses órgãos serão eleitos pela assembleia geral (art. 522, CLT). Refere-se ainda o diploma celetista aos delegados sindicais, que não são eleitos pela assembleia, mas designados pela diretoria (art. 523, CLT).

108 Parece que há uma inconstitucionalidade entre o disposto no artigo 522 da CLT e o quanto disposto no artigo 8º da Constituição Federal, não?

109 Todavia, o TST entende que houve recepção: Súmula nº 369 do TST DIRIGENTE SINDICAL. ESTABILIDADE PROVISÓRIA (redação do item I alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em ) - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e I - É assegurada a estabilidade provisória ao empregado dirigente sindical, ainda que a comunicação do registro da candidatura ou da eleição e da posse seja realizada fora do prazo previsto no art. 543, 5º, da CLT, desde que a ciência ao empregador, por qualquer meio, ocorra na vigência do contrato de trabalho. II - O art. 522 da CLT foi recepcionado pela Constituição Federal de Fica limitada, assim, a estabilidade a que alude o art. 543, 3.º, da CLT a sete dirigentes sindicais e igual número de suplentes. III - O empregado de categoria diferenciada eleito dirigente sindical só goza de estabilidade se exercer na empresa atividade pertinente à categoria profissional do sindicato para o qual foi eleito dirigente. IV - Havendo extinção da atividade empresarial no âmbito da base territorial do sindicato, não há razão para subsistir a estabilidade. V - O registro da candidatura do empregado a cargo de dirigente sindical durante o período de aviso prévio, ainda que indenizado, não lhe assegura a estabilidade, visto que inaplicável a regra do 3º do art. 543 da Consolidação das Leis do Trabalho.

110 Funções e Prerrogativas dos Sindicatos A principal função (e prerrogativa) dos sindicatos é a de representação, no sentido amplo, de suas bases trabalhistas. O sindicato organiza-se para falar e agir em nome de sua categoria; para defender seus interesses no plano da relação de trabalho e, até mesmo, em plano social mais largo. Nessa linha é que a própria Constituição enfatiza a função representativa dos sindicatos (art. 8º, III), pela qual lhes cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas.

111 A atuação administrativa é aquela em que o sindicato busca relacionar-se com o Estado, visando a solução de problemas trabalhistas em sua área de atuação. A pública, em que ele tenta dialogar com a sociedade civil, na procura de suporte para suas ações e teses laborativas. A judicial, em que atua o sindicato também na defesa dos interesses da categoria ou de seus fi liados.

112 No tocante à atuação judicial, ela se faz pelos meios processuais existentes. O mais importante caminho é o da atuação direta em favor dos membros da categoria, ainda que não associados, como sujeito coletivo próprio, tal como se passa nos dissídios coletivos e casos de substituição processual (esta, alargada também pela Constituição art. 8º, III). Não obstante, é também relevante a atuação judicial por representação no sentido estrito, pela qual a entidade age, sob mandato, em favor dos trabalhadores.

113 Outra função importante dos sindicatos é a negocial. Por meio dela, esses entes buscam diálogo com os empregadores e/ou sindicatos empresariais com vistas à celebração dos diplomas negociais coletivos, compostos por regras jurídicas que irão reger os contratos de trabalho das respectivas bases representadas. A função negocial coletiva, do ponto de vista dos trabalhadores, é exclusiva das entidades sindicais, no sistema jurídico brasileiro (art. 8º, VI, CF/88).

114 O fato de a função negocial gerar regras jurídicas, dando origem a importante universo de fontes justrabalhistas (os diplomas coletivos negociados), confere especial destaque ao presente papel dos sindicatos.

115 A função assistencial consiste na prestação de serviços a seus associados ou, de modo extensivo, em alguns casos, a todos os membros da categoria. Tratase, ilustrativamente, de serviços educacionais, médicos, jurídicos e diversos outros. Na mesma linha assistencial, há a homologação sindical (ou administrativa) de rescisões contratuais trabalhistas (art. 477, 1º, 3º e 7º, CLT, em sua antiga redação). Porém, a negociação coletiva trabalhista pode, em determinada categoria, manter essa obrigatoriedade, relativamente aos respectivos sindicatos e categorias profissionais.

116 Além dessas funções reconhecidas pelo Direito Coletivo do Trabalho, há duas outras a respeito das quais há certa controvérsia. Trata-se das funções econômicas e das funções políticas. Vejam-se, a propósito, o art. 564 da CLT, proibindo atividade econômica e, a seu lado, os arts. 511 e 521, d, vedando atividades políticas. E como ficam essas vedações ante a CF/88?

117 Não há como, na vigência efetiva dos princípios de liberdade de associação e de autonomia sindical, assegurados pela Constituição, restringir, nessa extensão, as atividades sindicais. Meras razões de conveniência do legislador infraconstitucional não são sufi cientes para inibir a força de tais princípios constitucionais. A circunstância de o sindicato exercer atividades econômicas para melhor prover suas funções sindicais melhor se combina, inclusive, com a noção de sindicato livre, pessoa jurídica de direito privado.

118 A mesma reflexão aplica-se às atividades políticas. O fato de não ser recomendável a vinculação de sindicatos a partidos políticos e sua subordinação a linhas políticopartidárias, pelo desgaste que isso pode trazer à própria instituição sindical, não se confunde com a ideia de proibição normativa de exercício eventual de ações políticas. A propósito, inúmeras questões aparentemente de cunho apenas político podem, sem dúvida, influenciar, de modo relevante, a vida dos trabalhadores e de seus sindicatos. Ilustrativamente, é o que se passa com a política econômica oficial de certo Estado, que pode alterar, de maneira importante, a curva de emprego/desemprego na respectiva sociedade.

119 Receitas Sindicais A ordem justrabalhista brasileira faz menção a quatro tipos de contribuições dos trabalhadores para sua respectiva entidade sindical.

120 1. Contribuição sindical strictu sensu (arts. 578 e ss). Anteriormente denominada "imposto sindical", obrigatória a todos os integrantes da categoria, consiste num dia de salário por ano, retido pelo próprio empregador. O empregador paga tal contribuição com base no capital social da empresa. Com a Reforma Trabalhista, no entanto, a contribuição passou a ser devida apenas por aqueles empregados e empregadores que expressamente anuírem, ou seja, se não deixarem claro que querem contribuir, a contribuição resta indevida.

121 Nesse sentido, destacam-se os artigos 578, 579, 582, 583, 587 e 602, todos da CLT, os quais trazem a ideia de recolhimento apenas no caso de anuência expressa do empregado ou do empregador.

122 Sobre a constitucionalidade ou não dessas alterações importantes de (des)obrigatoriedade do recolhimento do imposto sindical, exceto se as partes expressamente anuírem, várias Ações Declaratórias de Inconstitucionalidade foram ajuizadas. Assim, em 29/06/2018, o STF julgou 18 ADI s (apensadas à nº 5794 leading case, totalizando 19, pois), além da ADC nº 55 e decidiu pela CONSTITUCIONALIDADE dessas alterações.

123 O quê os Sindicatos tem feito, então?

124 Intensificaram a cobrança das chamadas Contribuições Confederativas (com amparo no artigo 8º, IV da CF). Assim, os empregados e empregadores teriam que recolher a contribuição, salvo se houver expressa recusa (o texto da CLT, no entanto, diz que apenas haverá o recolhimento se expressamente houver a concordância artigos 578, 579, 582, 583, 587 e 602 da CLT)

125 O quê o Ministério Público do Trabalho diz a respeito? Por meio da Nota Técnica nº 1º, de 27 de abril de 2018, aprovada pela Coordenadoria Nacional de Promoção da Liberdade Sindical (Conalis), o Ministério Público do Trabalho (MPT) afirma que a contribuição sindical tratada nos artigos 578 a 610 da CLT tem natureza jurídica tributária. E que, por isso, as mudanças promovidas pela reforma trabalhista apresentam inconstitucionalidade formal e material.

126 Após, por meio da Nota Técnica nº 2, de 26 de outubro de 2018, passou a entender (de forma não vinculante) que A autorização prévia e expressa para desconto em folha da contribuição devida ao sindicato poderá ser tanto coletiva, quanto individual, nos termos deliberados em assembleia convocada pelo sindicato, assegurada a participação de todos os integrantes da categoria, associados ou não associados (CF, art. 8º, III e VI, e CLT, art. 462 e 611).

127 "A assembleia de trabalhadores regularmente convocada é fonte legítima não só para a estipulação de novas condições de trabalho (art. 611), como também para fixar a contribuição destinada ao custeio das atividades sindicais, podendo dispor sobre o valor, a forma do desconto, a finalidade e a destinação da contribuição (CLT, art. 513, e), em conformidade com o art. 2º da Convenção 154 da OIT, ratificada pelo Brasil, que trata das medidas de incentivo à negociação coletiva."

128 Diretrizes editadas pelo MPT para fins de fixação e arrecadação das Contribuições Sindicais A estipulação de contribuição em acordo ou convenção coletiva de trabalho deverá ser aprovada em assembleia legítima, representativa, democrática e regularmente convocada, assegurada a ampla participação de todos os integrantes da categoria, associados ou não ao sindicato, nos termos definidos pelo estatuto.

129 Deverá, ainda, ser fixada em valor razoável e assegurar aos não filiados o direito de oposição ao desconto. O exercício do direito de oposição deverá ocorrer em prazo razoável à manifestação de vontade do trabalhador não associado. Os valores auferidos pelos sindicatos serão objeto de prestação de contas periódicas, devendo ser observado amplamente o princípio da transparência.

130 ATENÇÃO! Foi editada a Medida Provisória 873/19, a qual estabeleceu o boleto bancário em vez do desconto em folha de pagamento para a contribuição sindical. Perdeu sua eficácia, eis que não convertida em lei. Para a Coordenadoria Nacional de Promoção da Liberdade Sindical (Conalis) do MPT, a regra do boleto bancário é inconstitucional por contrariar a literalidade do inciso IV do art. 8º, que autoriza expressamente o desconto em folha.

131 Na Nota Técnica nº 03/2019, a Conalis afirma que a medida atenta contra a autonomia privada coletiva, a liberdade sindical e a livre negociação. A Medida Provisória 873 não é alvo de críticas apenas no MPT. No Supremo Tribunal Federal (STF) ao menos 12 ações diretas de inconstitucionalidade contestam a norma. As ações foram ajuizadas por confederações de classe, pela Ordem dos Advogados do Brasil e por partidos políticos. Nenhuma delas teve decisão ainda. Desde que foi editada, porém, diversos magistrados de 1ª e 2ª instâncias pelo país já concederam liminares permitindo o desconto em folha.

132 Nessa Nota Técnica nº 3, a Conalis defende: Os acordos e convenções coletivas de trabalho firmados antes da publicação da MP 873 não podem ser por ela atingidos, em respeito ao direito adquirido e ato jurídico perfeito (inc. 36 do art. 5º CF/88), bem como as cláusulas acordadas na vigência da MP, por força da autonomia privada coletiva e do contido no art. 611-A, da CLT.

133 A negociação coletiva e a liberdade sindical integram os quatro princípios da Declaração da Organização Internacional do Trabalho (OIT) sobre os Princípios e Direitos Fundamentais no Trabalho (1998), documento de grande importância para a consolidação do trabalho decente em todo mundo, um dos 17 objetivos de desenvolvimento sustentável da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas.

134 A assembleia de trabalhadores regularmente convocada é fonte legitima não só para a estipulação de novas condições de trabalho (art. 611), como também para fixar a contribuição destinada ao custeio das atividades sindicais, podendo dispor sobre o valor, a forma do desconto, a finalidade e a destinação da contribuição (CLT, art. 513, e), em conformidade com o art. 2º da Convenção 154 da OIT, ratificada pelo Brasil, que trata das medidas de incentivo à negociação coletiva.

135 As cláusulas de segurança sindical closed shop e maintenance of membership são expressamente vedadas pela Constituição (art. 8º, V). Em outras palavras, o trabalhador não pode ser obrigado a filiar-se ou manter-se filiado ao sindicato, para conseguir ou garantir um emprego.

136 Diferentemente, a Constituição não veda a cláusula agency shop, entendida como aquela que estabelece o desconto de contribuição dos trabalhadores não filiados, desde que tenham sido abrangidos pela negociação, nos termos do entendimento consolidado perante o Comitê de Liberdade Sindical da OIT ( ).

137 Os trabalhadores abrangidos pela negociação coletiva devem participar do financiamento desse processo, sob pena de inviabilizar e fragilizar a atuação sindical, bem como desincentivar novas filiações. A cobrança do não associado abrangido pela negociação coletiva não viola a liberdade sindical negativa, pois não resulta em necessária ou obrigatória filiação ao sindicato, assegurado o direito de oposição.

138 O regramento do boleto bancário (CLT, 582), em substituição ao desconto em folha, tem o potencial de inviabilizar a atuação sindical, e de fragilizar o sistema de financiamento dos sindicatos, cuja missão é coletiva e não individual.

139 A regra do boleto bancário é inconstitucional por contrariar a literalidade do inciso 4 do art. 8º, que autoriza expressamente o desconto em folha da contribuição confederativa, fixada por assembleia sindical, e por ferir o princípio da isonomia de tratamento (CF, art. 5º, caput) das pessoas jurídicas, na medida em que cria regra que dificulta o recolhimento das contribuições tão somente para as entidades sindicais, mantendo outras sistemáticas do desconto em folha, a exemplo dos empréstimos e financiamentos bancários, contratados pelos trabalhadores junto às instituições financeiras.

140 As referidas alterações da MP 873 atentam contra a autonomia privada coletiva, a liberdade sindical e à livre negociação (CF, art. 8º, caput, 1 e 6 e Convenções n. 87, 98 e 154 da OIT), pois impedem que os sindicatos estabeleçam livremente em seus Estatutos, ou negociem e regulem formas de financiamento e de desconto em acordos e convenções coletivas de trabalho, configurando grave e vedada interferência e intervenção do Estado na organização sindical, razão pela qual não pode prevalecer ante a sua flagrante inconstitucionalidade e inconvencionalidade.

141 Os Sindicatos tem adotado uma postura de cobrança por previsão em normas coletivas, denominando essa cláusula como agency shop. Agency shop é o imposto sindical nos Estados Unidos, um cobrado de todos, filiados ou não. Ao usar o termo em inglês, parece que a intenção é evitar associações com a "contribuição sindical". Nos parece, no entanto, que exigir a cobrança de contribuição do trabalhador não filiado, ou mesmo do empregador, independentemente de sua autorização individual, prévia e expressa, somente deixando de cobrar mediante expressa oposição, viola o direito constitucional de não sindicalização e deturpa o instituto. O que você acha?

142 Nesse sentido, destacamos: Art. 8, V, CF: ninguém será obrigado a filiar-se ou a manterse filiado a sindicato

143 Súmula 666, STF: A contribuição confederativa de que trata o art. 8º, IV, da Constituição, só é exigível dos filiados ao sindicato respectivo.

144 OJ 17, SDC, TST: CONTRIBUIÇÕES PARA ENTIDADES SINDICAIS. INCONSTITUCIONALIDADE DE SUA EXTENSÃO A NÃO ASSOCIADOS. (mantida) - DEJT divulgado em As cláusulas coletivas que estabeleçam contribuição em favor de entidade sindical, a qualquer título, obrigando trabalhadores não sindicalizados, são ofensivas ao direito de livre associação e sindicalização, constitucionalmente assegurado, e, portanto, nulas, sendo passíveis de devolução, por via própria, os respectivos valores eventualmente descontados.

145 PN 119, TST: CONTRIBUIÇÕES SINDICAIS - INOBSERVÂNCIA DE PRECEITOS CONSTITUCIONAIS (mantido) - DEJT divulgado em "A Constituição da República, em seus arts. 5º, XX e 8º, V, assegura o direito de livre associação e sindicalização. É ofensiva a essa modalidade de liberdade cláusula constante de acordo, convenção coletiva ou sentença normativa estabelecendo contribuição em favor de entidade sindical a título de taxa para custeio do sistema confederativo, assistencial, revigoramento ou fortalecimento sindical e outras da mesma espécie, obrigando trabalhadores não sindicalizados. Sendo nulas as estipulações que inobservem tal restrição, tornam-se passíveis de devolução os valores irregularmente descontados."

146 Se houver recolhimento, a distribuição dessa contribuição vem prevista no art. 589 da CLT: Art. 589, CLT. Da importância da arrecadação da contribuição sindical serão feitos os seguintes créditos pela Caixa Econômica Federal, na forma das instruções que forem expedidas pelo Ministro do Trabalho: I - para os empregadores: (Redação dada pela Lei nº , de 2008) a) 5% (cinco por cento) para a confederação correspondente; b) 15% (quinze por cento) para a federação; c) 60% (sessenta por cento) para o sindicato respectivo; e d) 20% (vinte por cento) para a Conta Especial Emprego e Salário ; II - para os trabalhadores: (Redação dada pela Lei nº , de 2008) a) 5% (cinco por cento) para a confederação correspondente; b) 10% (dez por cento) para a central sindical; c) 15% (quinze por cento) para a federação; d) 60% (sessenta por cento) para o sindicato respectivo; e e) 10% (dez por cento) para a Conta Especial Emprego e Salário

147 2. Mensalidade sindical - Fixada pelo próprio sindicato, decorre da associação à entidade portanto só é exigida de filiados.

148 3. Contribuição assistencial - É decorrência da atividade do sindicato por meio da negociação coletiva portanto, fixada nas convenções e nos acordos coletivos de trabalho. Problema: âmbito de abrangência. Sindicatos querem que seja cobrada de toda a categoria; TST nega, afirmando que nãoassociados têm direito de oposição a essa contribuição. Vide o já citado Precedente Normativo nº 119, TST

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