Brasil sustentável Crescimento econômico e potencial de consumo

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1 A Brasil sustentável Crescimento econômico e potencial de consumo

2 A BRASIL SUSTENTÁVEL CRESCIMENTO ECONÔMICO E POTENCIAL DE CONSUMO Índice Apresentação 3 Uma visão do percurso até Sob o signo da sustentabilidade 10 Mapa de oportunidades de consumo 20 O papel utilizado nesta publicação é procedente de florestas gerenciadas de maneira socialmente justa, ambientalmente correta e economicamente viável. Reforçamos assim o nosso comprometimento com o desenvolvimento sustentável do planeta e com o futuro das comunidades nas quais atuamos.

3 Apresentação Esta é a segunda de uma série de cinco publicações que analisam os horizontes da economia brasileira para as próximas décadas, com atenção especial para os seus setores mais estratégicos, examinados tanto pela sua importância na geração da renda nacional como pelas oportunidades de negócios que representam ao longo do tempo. A abordagem dos temas leva em conta as potencialidades do Brasil em sua interação com o mercado mundial, delineando cenários até o ano de Os temas abordados são os seguintes: Potencialidades do mercado habitacional; Crescimento econômico e potencial de consumo; Desafios do mercado de energia; Perspectivas do Brasil na agroindústria; Horizontes da competitividade industrial. Neste trabalho, são apresentados os principais resultados do modelo de cenários desenvolvido pela Fundação Getulio Vargas, a fim de permitir uma discussão fundamentada sobre as perspectivas da economia mundial. Trata-se de um conjunto de dados que abrange um universo de cem países, analisados não apenas em seu aspecto econômico, mas também em sua dinâmica demográfica, de qualidade de vida e de recursos humanos e naturais. Uma visão aprofundada do comportamento dos principais fatores condicionantes do cenário global é requisito para projeções válidas do crescimento brasileiro. Este modelo é uma ferramenta capaz de fornecer informações que vão muito além dos dados gerais da economia, como o crescimento populacional e o do PIB. Com ele, é possível estimar, por exemplo, a configuração das classes de renda e suas necessidades de consumo ao longo do tempo informações fundamentais para o planejamento das empresas que atuam ou pretendem atuar no País. Este trabalho, um esforço conjunto da Ernst & Young e da Fundação Getulio Vargas, procura também qualificar a concepção de desenvolvimento do Brasil para as próximas décadas. Mais importante do que questionar se o País crescerá muito ou pouco, é indagar se crescerá bem, ou seja, explorando ao máximo as suas possibilidades, numa trajetória sustentável de expansão de mercados e de negócios. Crescer bem significa não só a ruptura com um passado ciclotímico de picos e retrocessos, mas também progressos significativos no desenvolvimento humano e no equacionamento das questões energética e ambiental. A intensidade em que esses avanços se darão envolve obviamente uma imponderabilidade que é própria do futuro e, por esse motivo, são apresentadas análises de fatores que podem favorecer ou retardar o processo. Por fim, a modelagem estatística desenvolvida para este estudo traz uma feliz constatação. O Brasil já percorre a trilha estreita do crescimento equilibrado, e não é irrealista antever sua participação progressivamente qualificada no contexto global. Mais do que um desejo, é uma conseqüência de conquistas verificadas desde os anos O otimismo em relação ao País, portanto, transcende os limites da retórica e se apóia em fundamentos sólidos.

4 4 BRASIL SUSTENTÁVEL CRESCIMENTO ECONÔMICO E POTENCIAL DE CONSUMO Uma visão do percurso até 2030 O que esperar de um cenário Ao apresentar um cenário mundial para as próximas duas décadas, é necessário dar uma noção clara da perspectiva analítica adotada e da finalidade a que ela se dedica. As previsões econômicas são famosas por suas fragilidades, particularmente num horizonte de tempo sujeito a uma série de fatores imponderáveis, não só no plano estritamente econômico, mas também no comportamental, tecnológico, político, geopolítico. Há 20 anos, o conceito de internet soava quase como ficção científica e quem hoje concebe a vida sem ela? Qual empreendedor, naquela época, teria uma nítida percepção das grandes oportunidades de negócio que surgiriam da conjunção de informática e entretenimento? E o que dizer da ampla disseminação da telefonia celular no Brasil? Quem imaginaria? No final da década de 1980, causou alguma polêmica a idéia de fim da história. De acordo com os defensores dessa teoria, a história acabaria porque a dinâmica de conflitos entre atores sociais teria chegado ao fim e, num futuro próximo, não existiriam mais guerras nem grandes disputas. Qual pessimista, numa perspectiva tão cor-de-rosa, arriscaria o prognóstico de que o século 21 começaria sob a nuvem pesada do terrorismo global? Uma pergunta então se impõe. Para um lapso de tempo em que podem ocorrer tantas transformações, qual a validade de construir um cenário ou num trabalho de composição de premissas e hipóteses um conjunto de cenários? A primeira consideração a ser feita é justamente a de que o cenário nos fornece elementos para pensar o futuro independentemente de fatores que não podemos prever. Assim, partindo de premissas razoáveis, pode-se afirmar com determinado grau de certeza que as coisas serão de tal maneira em tal ano. Essa confiabilidade é conferida pela capacidade explicativa do modelo estatístico adotado e pela validade dos seus pressupostos. Em outras palavras, com base em séries históricas de variáveis interdependentes e de um conjunto de premissas, pode-se antever

5 Desenvolvimento sustentável pressupõe, por definição, o uso racional de recursos, em detrimento de tecnologias e formas de produção menos custosas, porém mais poluidoras. A de que maneira se comportarão elementos importantes da realidade se nenhuma grande alteração inesperada ocorrer. A modelagem estatística é concebida como uma usina de projeções. Adicionalmente, considera os fatores críticos que interferem nessas projeções e, portanto, traz implícita uma noção de riscos e potencialidades. Exemplo: a evolução do PIB está condicionada às tendências demográficas, às premissas de comportamento do investimento, ao histórico de desempenho da economia e à perspectiva de evolução da produtividade. Ao mesmo tempo, a expansão da renda sofre a restrição do que a sociedade entende por utilização aceitável dos recursos naturais não admitir o desmatamento indiscriminado para a expansão da fronteira agrícola ilustra essa idéia. O modelo de cenários simula como a interação desses fatores determinará a evolução dos salários, dos lucros, dos investimentos, do consumo e da distribuição de renda. Neste trabalho, foram considerados os históricos de indicadores de cem países nos últimos 57 anos. Se o desempenho passado de uma economia não reflete obrigatoriamente sua performance futura, o registro de seus números descredencia, por exemplo, que se projete um crescimento da renda muito acima ou muito abaixo da média histórica, se não houver uma razão forte para isso. Complementarmente, a observação da história de outros países, de fatos relevantes que marcaram a evolução de suas economias, permite formular premissas que orientam o desenho do cenário futuro para um dado país, ou de um conjunto de países. Um aspecto fundamental da questão é que o modelo delineia a trajetória que dado país terá num horizonte de tempo mais amplo. Nesse aspecto, menos importante do que acertar na mosca qual será o PIB do país em 2030, é entender por que a economia tomará um rumo e não outro. É justamente pela capacidade de indicar tendências que os cenários se constituem em uma ferramenta valiosa para o planejamento. A dupla sustentabilidade A distinção entre crescimento e desenvolvimento é uma referência consagrada para qualificar a produção econômica de uma sociedade. Há décadas, o desenvolvimento é visto como o crescimento que se reflete em avanços proporcionais na qualidade de vida da população, o que implica um bom nível de distribuição de renda e de oportunidades de ascensão social. Mais recentemente, o uso não-predatório dos recursos naturais passou a integrar o conjunto de fatores que caracterizam o desenvolvimento. Surgiu então o conceito de sustentabilidade. Trata-se de um termo com dupla leitura. Desenvolvimento sustentável pressupõe, por definição, o uso racional de recursos, em detrimento de tecnologias e formas de produção menos custosas, porém mais poluidoras. Nesse aspecto, restringe as potencialidades de crescimento de um país. A China, por exemplo, não ostentaria os números de produção industrial que possui se tivesse uma política restritiva de emissões de gases. Ao mesmo tempo, o conceito expressa o crescimento que se sustenta no tempo, ou seja, uma trajetória sem percalços, capaz de assegurar certo ritmo de aumento do bem-estar ao longo dos anos,

6 6 BRASIL SUSTENTÁVEL CRESCIMENTO ECONÔMICO E POTENCIAL DE CONSUMO no contexto de uma sociedade equilibrada e comedida no consumo de recursos naturais. O cenário de referência pressupõe um mundo em que haverá cada vez mais pressões por políticas sustentáveis, no duplo sentido descrito acima. Para o Brasil, esse contexto de sustentabilidade exige a não-adoção de políticas que podem gerar um crescimento maior, mas que implicam desequilíbrios econômicos e retrocessos no plano ambiental. Dessa maneira, não é factível imaginar que o País volte a ter os números verificados na época do milagre econômico. No início dos anos 1970, os ganhos adicionais de produtividade eram significativamente maiores e, paralelamente, a indústria e a fronteira agrícola se expandiam sem restrição. Hoje, para a economia crescer 7% ao ano, como ocorreu no milagre, seria necessário um investimento de 38% do PIB e o nível atual é de 21%. Uma vez que a estrutura previdenciária brasileira não prioriza a formação de poupança de longo prazo, um adicional tão expressivo de investimento só seria possível com um aumento sem precedentes das despesas do governo ou com um volume improvável de investimento estrangeiro. Vale observar que a expansão de gastos públicos teria como conseqüência um forte desequilíbrio fiscal, que causaria, além de pressões inflacionárias, grande grau de incerteza na economia. Um crescimento econômico de 7% ao ano representaria um aumento do consumo de energia elétrica de igual magnitude, mas não haveria capacidade para atender a essa demanda. No mercado de trabalho, a procura por mão-de-obra traria ganhos reais de salários de 6% ao ano, taxa muito superior à elevação da produtividade, ocasionando aumento da inflação. A aceleração acima dos limites teria como resultado desarranjos que comprometeriam a sustentabilidade do crescimento do País por anos, e, no balanço final, haveria muito mais perdas do que ganhos. O exemplo acima procurou mostrar uma situação extrema. Porém, de forma geral, medidas que ignoram os fundamentos da gestão eficiente e equilibrada da economia têm como conseqüência desvios na rota do desenvolvimento. O cenário de referência aqui adotado pressupõe que o Brasil atingiu determinado nível de maturidade e não terá grandes problemas nesse aspecto. Sem excessos, PIB crescerá 150% O cenário de sustentabilidade da economia brasileira mostra a tendência de obtenção de resultados significativos no longo prazo, independentemente de reformas estruturais que potencializem o seu crescimento. O aperfeiçoamento do sistema tributário e a reforma da previdência, por exemplo, ampliariam a capacidade de geração de renda, mas, mesmo sem esses fatores, o País conta com um alto potencial de evoluir em sua posição em relação ao contexto mundial, tanto pelo seu nível de renda, como pela expansão de seu mercado consumidor. O desempenho e o aperfeiçoamento dos fundamentos econômicos dos últimos anos mostram que é possível sustentar uma taxa média de crescimento de 4% ao ano entre 2007 e A trajetória respeitaria uma média de 4,3% ao ano nos próximos dez anos e de 3,8% a partir de Assim, nesse período, o PIB brasileiro passará de US$ 963 bilhões para US$ 2,4 trilhões, um crescimento superior a 150%. As condições para esse resultado são factíveis: taxa média de investimento de 22,7%; expansão da força de trabalho a 0,95% ao ano, índice equivalente ao padrão mundial, porém superior ao dos países desenvolvidos, de 0,1% ao ano; aumento da escolaridade da mão-de-obra, que passará de 7,8 anos de instrução formal, em 2007, para 11,3 anos em 2030; aumento médio da produtividade de 0,93% ao ano número próximo aos dos países desenvolvidos (1,05% ao ano), mas inferior ao ritmo da China (1,37% ao ano), por exemplo.

7 7 Um mercado promissor O cenário de referência da economia brasileira projeta uma ampliação significativa do mercado de consumo no País, conseqüência de avanços importantes nos seguintes indicadores: aumento da renda per capita de 3,1% ao ano, superior à taxa dos últimos 17 anos (1,3% ao ano), mas próxima da média dos anos mais recentes; crescimento de 3,5% ao ano da massa salarial, levando o Brasil, em 2030, à oitava posição entre as economias que mais pagam salários hoje o País é a décima primeira; crescimento do consumo de 3,8% ao ano, o que levará o Brasil a ter o quinto maior mercado consumidor do mundo. O crescimento e a distribuição de renda no período possibilitarão uma gradativa ascensão social das famílias com nível de renda mais baixo. É importante notar que a mobilidade é uma conseqüência da universalização da educação, das novas oportunidades de emprego, do aumento da produtividade da mão-de-obra e da maturação da estrutura etária e familiar. Os 20 maiores mercados consumidores 2007 US$ bilhões* 2030 US$ bilhões* 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º 13º 14º 15º 16º 17º 18º 19º 20º Estados Unidos China Índia Japão Alemanha Grã-Bretanha França Brasil Itália Rússia México Espanha Canadá Coréia do Sul Indonésia Turquia Austrália Argentina Filipinas Tailândia 3.862, , , , , , , ,76 823,28 820,21 723,65 626,76 618,77 602,14 458,89 400,60 373,76 373,15 353, ,00 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º 13º 14º 15º 16º 17º 18º 19º 20º Estados Unidos China Índia Japão Brasil Grã-Bretanha México Alemanha França Itália Indonésia Rússia Coréia do Sul Espanha Canadá Turquia Filipinas Paquistão África do Sul Austrália 5.265, , , , , , , , , , , ,66 989,68 974,73 966,16 734,93 729,95 721, , ,94 Fonte: FGV (*) US$ de 2005 ajustados à Paridade do Poder de Compra.

8 8 BRASIL SUSTENTÁVEL CRESCIMENTO ECONÔMICO E POTENCIAL DE CONSUMO Distribuição de renda Por classes de renda e por famílias Renda total Famílias 22,8% 22,1% 5,0% 18,2% 1,3% 11,7% AAA mais de R$ AA de R$ a R$ A de R$ a R$ B de R$ a R$ C de R$ a R$ D de R$ a R$ ,7% 10,6% 17,6% 15,0% 18,8% E 6,5% até R$ ,7% 23,0% 0,0% 0,4% 1,7% 5,2% 12,9% 24,5% 55,3% AAA mais de R$ AA de R$ a R$ A de R$ a R$ B de R$ a R$ C de R$ a R$ D de R$ a R$ E até R$ ,3% 1,4% 4,5% 11,6% 22,9% 28,9% 30,5% 942,5 676,0 Mercado consumidor por ramos de produto R$ bilhões Total ,6 Total ,3 Variação ao ano 3,8% ,2 296,7 195,5 378,7 140,2 376,8 116,2 249,1 119,1 283,4 163,7 397,8 Habitação Serviços Alimentos Saúde, educação (%) ao ano Bens de consumo não-duráveis Bens de consumo duráveis Outros produtos e serviços 4,0% 3,6% 2,9% 4,4% 3,4% 3,8% 3,9% Fonte: FGV

9 9 A base da pirâmide de renda terá um grande estreitamento. As famílias com recebimentos mensais até R$ 1.000, que representavam 55,3% da população em 2007, serão 30,5% em 2030 a grande parte delas irá migrar para a faixa de renda entre R$ a R$ Mas a faixa que terá o maior crescimento no número de famílias é a imediatamente superior, de R$ a R$ Em 2007, 12,9% dos lares brasileiros tinham rendimentos nessa faixa e, em 2030, esse percentual saltará para 22,9%. Haverá também uma proporção maior de famílias nos segmentos mais altos de renda, o que significa um alargamento do topo da pirâmide. Ao longo desse processo, será verificado um incremento importante no volume total de renda das faixas superiores a R$ de 36,2%, em 2007, para 55,6%, em Esses movimentos se consolidarão ao longo dos próximos 23 anos e terão como efeito uma relativamente rápida sofisticação da demanda das famílias brasileiras. Oportunidades à vista o crescimento da classe média acarretará uma correspondente expansão dos serviços. Nos próximos 23 anos, haverá também um forte aumento dos gastos com habitação, que envolvem construção, reformas e despesas de condomínio. Esse mercado, que hoje movimenta R$ 379,2 bilhões por ano, chegará a R$ 942,5 bilhões em 2030, principalmente em razão do aumento de demanda das classes média e média alta. As classes de renda mais baixa, por sua vez, vão sustentar em grande parte o crescimento de 2,9% ao ano do mercado de alimentos. Esse mesmo segmento social também capitaneará o crescimento das vendas de bens não-duráveis, que duplicarão até O cenário de referência possibilita obter um mapeamento detalhado da demanda de diversos ramos de atividade por classes de renda, como será mostrado mais detalhadamente no Mapa de Oportunidades (página 22). Na próxima parte serão apresentadas as condições gerais de desenvolvimento sustentável, para o mundo e para o Brasil. O processo de qualificação do mercado consumidor traz consigo um novo leque de oportunidades nos segmentos de negócio. As áreas de educação e saúde, por exemplo, terão uma taxa de crescimento anual de 4,4% até De maneira geral,

10 10 BRASIL SUSTENTÁVEL CRESCIMENTO ECONÔMICO E POTENCIAL DE CONSUMO Sob o signo da sustentabilidade Globalização e incertezas Para a elaboração do cenário de referência, adotou-se uma premissa conservadora em relação à globalização, um elemento determinante na análise das relações econômicas, tanto mundial quanto localmente. São raros os mercados que Fluxos mundiais de mercadorias, serviços e capitais US$ bilhões* 3.459,3 Mercadorias e serviços 8.602,4 683, ,8 Capitais (IDE e portfólio) Expansão (Variação ao ano) 6,3% 12,7% Fonte: FGV (*) A preços de IDE: Investimento Direto Estrangeiro, aquisições de participações em empresas superiores a 10% do capital. Portfólio: Investimentos em ações, inferiores a 10% do capital das empresas não têm hoje alguma espécie de interdependência global, e seria cômodo supor um aprofundamento contínuo das inter-relações em âmbito mundial. Contudo, preferiu-se adotar uma linha de análise que prevê não necessariamente uma expansão acentuada, mas a consolidação em um nível elevado de interdependência. Essa perspectiva é orientada pela constatação de que se trata de um processo sujeito a marchas e contramarchas. Do ponto de vista estritamente econômico, a globalização nada mais é que um movimento de especialização e de divisão do trabalho além das fronteiras nacionais. Dessa perspectiva, é algo muito positivo, em benefício da produtividade e das vantagens comparativas. A história econômica após a Segunda Guerra Mundial, em particular a partir da década de 1990, mostra que os movimentos dos fluxos de comércio cresceram a uma taxa significativamente superior ao incremento do PIB mundial 6,3% ao ano contra 2,8% ao ano, respectivamente. Essa diferença é ainda maior se considerados os fluxos de capital, que expandiram

11 A globalização tende a favorecer os países que têm uma parcela significativa de seu vigor econômico condicionada pelo comércio exterior, caso do Brasil e de seus principais parceiros. A a uma velocidade muito superior (12,7% ao ano). O avanço alémfronteiras dos mercados financeiros aumentou a eficiência alocativa das poupanças mundiais, que se tornaram livres para buscar as melhores oportunidades no mercado por conseqüência, o livre trânsito de fundos aumentou a produtividade do capital em escala global. Embora a globalização siga em ritmo forte, há fatores capazes de contê-la e mesmo promover retrocessos. É importante considerar que: ao mesmo tempo em que premia a eficiência, a globalização provoca uma concentração de renda e afeta profundamente mercados locais, gerando resistências e tensões permanentes. Os impasses nas negociações sobre os acordos mundiais de comércio são um exemplo emblemático disso; no contexto de mercados altamente interligados. Feitas as ressalvas acima, não parece exagero supor que o atual estágio de globalização é relativamente estável e, caso não se aprofunde, deverá no mínimo permanecer como está. As considerações sobre a economia global são importantes para o cenário de referência porque: a expansão do comércio e o livre trânsito de recursos são fatores determinantes do crescimento econômico em escala mundial; a interdependência econômica ocasiona uma permeabilidade de valores, ou seja, o trânsito comercial e de serviços tem implícita uma dimensão cultural que fomenta o consenso do que são procedimentos internacionalmente corretos; conflitos, mesmo em escala regional, podem comprometer substancialmente importantes fluxos de comércio e de capitais; não se pode avaliar com segurança os efeitos de uma profunda crise financeira mundial a globalização tende a favorecer os países que têm uma parcela significativa de seu vigor econômico condicionada pelo comércio exterior, caso do Brasil e de seus principais parceiros, como os Estados Unidos e a China.

12 12 BRASIL SUSTENTÁVEL CRESCIMENTO ECONÔMICO E POTENCIAL DE CONSUMO Fontes de progresso e conflito As dimensões geopolítica e demográfica são essenciais para qualificar o processo de globalização e as perspectivas de crescimento e sustentabilidade. Dentro dos limites desta análise, é importante destacar algumas grandes tendências: a Ásia e a Oceania, em grande medida alavancadas pelo desempenho econômico chinês, aumentarão expressivamente sua importância mundial, ostentando um crescimento médio da renda de 4,8% ao ano, superior ao verificado na América do Sul (3,5%), nos Estados Unidos (2,7%) e, sobretudo, na Europa (1,7%). A população asiática crescerá menos do que a média mundial; os Estados Unidos, mesmo com um crescimento do PIB comparativamente menor, continuarão sendo a maior e uma das mais pujantes economias do mundo, com altas taxas de produtividade e de remuneração do capital; o Oriente Médio preservará sua condição de região estratégica, merecedora de particular atenção em razão de suas reservas de petróleo e do alto potencial de conflitos entre países e grupos religiosos ou étnicos; a América do Sul ganhará importância relativa em razão de seu crescimento econômico maior que o da média mundial, em especial o brasileiro, e da valorização de suas reservas energéticas (petróleo, gás, biodiesel e etanol); a África Subsaariana terá a mais alta taxa de crescimento populacional do planeta (2,1%). Nesse contexto, o crescimento econômico acima da média mundial (3,8% contra 3,5%) não será suficiente para obter avanços superlativos de qualidade de vida; o crescimento econômico vigoroso de países em desenvolvimento com grande peso populacional como o Brasil, o México e a Índia será elemento importante de diminuição dos fluxos migratórios para as áreas mais desenvolvidas; das cem economias analisadas, o número de países com alto Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) chegará a 59 em 2030, contra 37 em A melhora do indicador reflete a elevação da renda per capita, dos níveis educacionais e também da expectativa de vida em nível mundial. Desenvolvimento qualificado O crescimento global nos próximos 23 anos está em grande medida condicionado ao desempenho dos Estados

13 13 Unidos e dos países em desenvolvimento, sobretudo a China, a Índia e o Brasil. Em razão disso, o PIB mundial deverá sofrer uma expansão mais forte no período , a uma taxa de 3,9% ao ano. No período posterior, sofrerá uma desaceleração pela perda de ímpeto da China, que sairá de uma média de 7,9%, no primeiro período, para 5,5%, entre 2017 e A Índia sofrerá uma diminuição de ritmo proporcionalmente maior, de 4,4% para 2,6%. Os Estados Unidos, em contrapartida, sofrerão uma aceleração, de 2,5% para 2,8%. A Europa apresentará taxas de crescimento menores, de 2,1% e 1,4%, respectivamente. Os melhores desempenhos serão de Grã-Bretanha (1,9% e 1,5%) e Espanha (2,2% e 1,5%). A Rússia sofrerá uma forte queda em seu ritmo de desenvolvimento (de 3,2% para 0,7%) em conseqüência da queda progressiva de produtividade e da diminuição significativa de sua força de trabalho, ocasionadas por um processo de redução populacional observado desde os anos Os fatores gerais que condicionam o crescimento são os mesmos consagrados pela teoria econômica: respeito à propriedade e um ambiente de confiança para realizar negócios; competição nos mercados e integração econômica mundial; qualidade das instituições ligadas ao funcionamento da economia; aplicação de políticas econômicas eficientes e estabilizadoras. Um elemento que se agrega aos princípios gerais mencionados acima é a questão ambiental, que se expressa por uma demanda crescente por sistemas produtivos que contemplem a sustentabilidade, mesmo que isso implique perda de eficiência. Nesse contexto, a utilização de insumos proporcionalmente mais caros papel reciclado, por exemplo justifica-se por expressar um posicionamento ambientalmente responsável da companhia que o adota. A despesa adicional, que acarreta uma perda imediata de eficiência ao aumentar os custos, é justificada por uma política mais ampla de relacionamento com clientes e parceiros. A implantação de tecnologias mais eficientes e sustentáveis, de acordo com o histórico de desenvolvimento capitalista, deve se dar primeiramente nos países desenvolvidos, que dispõem de alto investimento em pesquisa e desenvolvimento e sofrem uma pressão mais intensa por avanços nessa área. Esse processo seguirá com considerável defasagem nos países em desenvolvimento, em especial na China. No horizonte das próximas duas décadas, é previsível o aumento da pressão por processos ambientalmente corretos, num mundo que assiste à crescente escassez de água e terras agriculturáveis. Entre os elementos que desenham os projetos de sustentabilidade, o padrão de consumo energético ocupa um papel central, pois condiciona fortemente tanto a intensidade do crescimento econômico como a interação da sociedade com o ambiente.

14 A BRASIL SUSTENTÁVEL CRESCIMENTO ECONÔMICO E POTENCIAL DE CONSUMO Mapa-múndi do CRESCIMENTO 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º 13º 14º 15º 16º 17º 18º 19º 20º As 20 maiores economias em 2030 PIB (bilhões**) População (milhões de habitantes) Estados Unidos ,02 366,46 China , ,42 Japão 5.662,94 118,48 Alemanha 3.627,78 79,56 Grã-Bretanha 3.416,00 66,21 França 3.209,14 66,71 Itália 2.531,08 57,63 Brasil 2.398,35 233,56 México 2.068,97 128,09 Índia 2.004, ,09 Canadá 1.916,46 39,15 Espanha 1.813,15 46,89 Coréia do Sul 1.600,74 48,51 Austrália 1.497,22 25,31 Rússia 1.271,19 124,42 Turquia 922,43 92,56 Holanda 872,01 17,17 África do Sul 612,83 53,33 Indonésia 605,27 280,00 Suécia 570,93 10,02 Mundo* , ,50 Fonte: FGV (*) Os valores de Mundo referem-se à soma do PIB das cem economias consideradas neste estudo. (**) Em US$ de País Estados Unidos ,7% 0,5% México ,0% 1,0% País Argentina ,8% 0,9% Chile ,5% 0,6% Venezuela ,1% 1,4% Nafta ,7% 0,6% América do Sul ,5% 1,1% América Central e Caribe ,9% 1,7% Brasil ,0% 0,9%

15 A Mundo ,5% 0,9% PIB per capita em 2030* Crescimento econômico entre 2007 e 2030 (variação ao ano) Crescimento da força de trabalho entre 2007 e 2030 (variação ao ano) País Grã-Bretanha ,7% 0,1% França ,6% 0,0% Portugal ,1% -0,3% Espanha ,8% -0,1% Alemanha ,0% -0,6% Rússia ,8% -0,9% Europa ,7% -0,2% Ásia e Oceania ,8% 0,8% Oriente Médio e norte da África ,4% 1,4% África Subsaariana ,8% 2,6% O envelhecimento da população mundial Em anos Expectativa de vida Idade média 73,6 País Japão ,8% -0,8% China ,5% 0,1% Coréia ,7% -0,4% Índia ,4% 1,5% Austrália ,9% 0,5% 44 47, , Fonte: Nações Unidas 35, Fonte: FGV (*) US$ de 2005 ajustados à Paridade do Poder de Compra.

16 16 BRASIL SUSTENTÁVEL CRESCIMENTO ECONÔMICO E POTENCIAL DE CONSUMO Um novo mix energético O cenário de referência pressupõe que a oferta internacional de energia sofrerá transformações substanciais em médio e longo prazos. A elevação dos preços do petróleo viabilizará novas áreas de produção, a extração de combustíveis líquidos de recursos petrolíferos nãoconvencionais e a implementação de alternativas energéticas. Os países em desenvolvimento aumentarão sua participação no consumo energético global, e a oferta de energia deverá incluir uma parcela importante de biocombustíveis e de energia nuclear. Um cenário energético sustentável encontra-se em uma posição de equilíbrio entre um cenário restritivo, mais fechado às trocas internacionais e limitado no acesso à diversidade energética, e um cenário de abertura, com uma posição mais agressiva perante a concorrência internacional, até mesmo aceitando alternativas descoladas do compromisso ambiental. No cenário de referência, haverá uma reordenação nas proporções das fontes de energia disponíveis na matriz global e na do Brasil, considerando a sustentabilidade das escolhas em termos de competitividade econômica, disponibilidade física de recursos e impactos ambientais. A evolução da demanda de energia estará relacionada à composição de uma oferta que atenda a critérios de segurança, restrição gradual de emissões e introdução de medidas de eficiência energética. A projeção do player Brasil As projeções para a economia mundial mostram um significativo aumento de importância do Brasil, fruto de uma trajetória No entanto é preciso levar em conta um amplo leque de fatores que introduzem incertezas a respeito do comportamento dos mercados energéticos no percurso até O cenário baseou-se em dois fatores críticos para o mercado de energia: a) a proporção dos fluxos internacionais de energia e b) a introdução competitiva de fontes alternativas. A oferta e a demanda futuras resultam de hipóteses sobre a evolução e a articulação desses fatores. É preciso considerar que a obtenção de um mix competitivo de fontes energéticas possibilita maior segurança de disponibilidade do insumo e contribui para a sustentabilidade de escolhas. Paralelamente, a ampliação dos fluxos de comércio e a concorrência mundial ensejam a redução dos custos energéticos, uma maior pressão para reduzir a emissão de gases causadores do efeito estufa e a introdução de novas tecnologias para a produção de energia. O retorno do capital das 20 maiores economias em º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º 13º 14º 15º 16º 17º 18º 19º 20º País* Estados Unidos China Japão Alemanha Grã-Bretanha França Itália Brasil México Índia Canadá Espanha Coréia do Sul Austrália Rússia Turquia Holanda África do Sul Indonésia Suécia Mundo** Estoque de capital*** , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , ,46 Retorno do capital 28,1% 19,9% 16,0% 19,1% 29,1% 24,4% 20,7% 24,2% 23,6% 22,5% 24,7% 19,2% 14,1% 18,6% 14,3% 22,2% 22,5% 24,8% 20,9% 26,4% 22,2% Fonte: FGV (*) Ordenados pelo PIB em (**) Os valores de Mundo referem-se à soma do PIB das cem economias consideradas neste estudo. (***) US$ bilhões de 2005.

17 17 de crescimento constante e da estabilidade. O País terá um crescimento de 4% ao ano entre 2007 e 2030, levando-o a saltar da décima para a oitava posição entre as maiores economias do mundo. A evolução da escolaridade no Brasil Anos de instrução formal População economicamente ativa População total 9,6 10,4 11,3 Na evolução dos países emergentes, é importante pontuar que a China se tornará a segunda maior economia já em 2017 e que, nas próximas duas décadas, o México e a Índia ultrapassarão a Espanha e o Canadá, situando-se logo abaixo do Brasil. 8,9 8,2 7,5 6,2 5,6 5,1 4,6 6,8 7,5 O crescimento da renda per capita brasileira, de 3% ao ano entre 2007 e 2030, será bem acima da média mundial de 1,7%, o que levará esse indicador a dobrar em 23 anos. O volume da massa de salários chegará a US$ 880,3 bilhões em 2030, em razão de seu crescimento à taxa de 3,5% ao ano, tornando-se o oitavo maior do mundo. Crescimento semelhante ao da massa de salários brasileira será verificado no México tal ritmo deve ser superado somente pelo ímpeto sem compromisso com a sustentabilidade da economia chinesa. As vantagens do Brasil, do México e da China estão diretamente relacionadas ao nível de produtividade dessas economias. Elas fazem parte do pequeno grupo de países que acompanhará a evolução de produtividade dos desenvolvidos. Nesse aspecto, é relevante o aumento da escolaridade da mãode-obra brasileira, que, em 2030, chegará ao patamar de instrução atual dos trabalhadores de países desenvolvidos, superando os 11 anos completos de estudo. Trata-se Fonte: FGV de um indicador semelhante ao da Coréia do Sul atual, porém inferior ao norte-americano, que é hoje de 12,5 anos. Os níveis educacionais tendem a convergir mundialmente, mas, mesmo considerando esse aspecto, a evolução do Brasil denota um grande progresso. As mudanças de perfil socioeconômico ocorrerão num contexto de queda do investimento médio mundial, decorrente em grande medida do envelhecimento da população fator que leva a uma queda do nível geral de poupança em razão dos gastos crescentes de previdência e de assistência médica. Isso ocorrerá de maneira mais pronunciada nos países da Europa e do Nafta, o que mudará significativamente a distribuição do estoque de capital instalado no mundo, com aumento da participação dos países em desenvolvimento. Hoje, os países da União Européia e os Estados Unidos detêm 60% de todo o capital instalado no globo, entendido como máquinas, equipamentos e edificações em geral, inclusive residenciais. Esse percentual irá se reduzir a 49% em 2030, em razão de um ritmo mais forte de acumulação dos países em desenvolvimento. O Brasil, por exemplo, detém hoje 2% dos estoques de ativos reais do mundo, mas até 2030 essa participação chegará a aproximadamente 3%. Um dado promissor para o País é que o retorno dos investimentos de capital se manterá mais elevado em comparação com os demais emergentes. O alto nível de investimentos na China e na Índia estreitará o horizonte de oportunidades de negócios nesses países até 2030, enquanto o Brasil e o México oferecerão melhores possibilidades de retorno.

18 18 BRASIL SUSTENTÁVEL CRESCIMENTO ECONÔMICO E POTENCIAL DE CONSUMO Premissas para um país melhor As conquistas de política econômica desde os anos 1990 possibilitaram a criação de fundamentos que dão sustentação a um crescimento relativamente elevado para os próximos 23 anos. Porém, há um potencial de crescimento econômico bem maior, cuja realização está condicionada à adoção de algumas políticas específicas e factíveis nos próximos anos. Elas teriam forte influência sobre o investimento, a produtividade e o conseqüente crescimento econômico. Em linhas gerais, os fatores que podem melhorar o desempenho brasileiro são: Trabalho e previdência: dois aspectos merecem atenção. Primeiro, a desoneração da folha de pagamentos das empresas, que, além de reduzir o custo trabalhista, com reflexos sobre a produtividade, teria impacto direto na redução da informalidade. Segundo, o tratamento adequado das questões previdenciárias. Hoje, o Brasil gasta aproximadamente 13% do PIB em aposentadorias e pensões, carga equivalente à de países como a França e a Áustria. O crescimento dos gastos previdenciários nos próximos anos restringirá a formação de poupança e, portanto, o investimento. Carga e reforma tributária: de maneira geral, não se trata de reduzir a arrecadação tributária em termos absolutos, tendo em vista que, para voltar a investir em infra-estrutura e ampliar a educação, os governos necessitarão de recursos. Tratase de aumentá-la a um ritmo mais lento, abaixo do crescimento do produto, de tal sorte que a carga tributária regrida de forma gradativa, ao contrário do que vem ocorrendo. Nesse contexto, uma estrutura mais simplificada de impostos tornaria o ambiente mais propício para os negócios, o que é fator determinante para os investimentos. Infra-estrutura: a recuperação do investimento no País passa pelo avanço da regulação no setor e pela retomada dos investimentos públicos. O instrumento das Parcerias Público-Privadas (PPPs) abriu uma porta para a entrada de recursos no setor. O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) aponta para a disponibilidade de um volume maior de recursos para as áreas de infra-estrutura até Contudo, vários aspectos da regulação como o ambiental e a dificuldade de mobilização dos recursos públicos retardam os investimentos. Habitação: o investimento em moradias ainda representa uma parcela pequena do PIB comparativamente ao de outros países, apesar dos avanços recentes no setor. O Brasil se ressente da falta de uma política habitacional, sobretudo para a população de baixa renda. A retomada mais vigorosa do crédito imobiliário, por sua vez, depende da redução gradativa das taxas de juros, de aprimoramentos nos mecanismos de financiamento e da redução dos riscos de crédito. Desburocratização e simplificação: uma Justiça mais ágil e a diminuição da malha burocrática nos três níveis de governo operariam, de forma geral, a favor do crescimento econômico, ao estabelecer um contexto mais favorável e seguro para os negócios. Educação: alcançada a universalização no ensino fundamental, o País tem condições de avançar de forma gradativa na busca do atendimento de metas mais ousadas para o ensino médio e para a qualidade da educação em geral. Isso elevaria o nível de eficiência da economia brasileira e ampliaria a mobilidade social. Tecnologia: outro fator que restringe o crescimento brasileiro é a baixa produtividade, que está diretamente associada à política tecnológica. Os gastos em P&D ainda são incipientes no Brasil, e o aumento do orçamento público para pesquisa básica e aplicada seria um caminho natural. Uma estratégia complementar consiste na adoção de incentivos à internalização de tecnologias por meio do investimento estrangeiro. Avanços nas áreas listadas acima possibilitariam um horizonte mais promissor de crescimento sustentado para o País nos próximos 23 anos. Estima-se que um conjunto realista de mudanças

19 19 aumentaria consideravelmente o investimento nas áreas de energia, transportes, saneamento e habitação, com reflexos em toda a economia. A taxa média de investimento alcançaria 24% do PIB no percurso até 2030, 1,3 ponto percentual acima da taxa considerada no cenário de referência e 3 pontos percentuais superior à taxa de investimento de Além disso, um avanço mais acentuado na educação, elevando a projeção de escolaridade média da força de trabalho de 11,3 para 12,5 anos em 2030, teria efeitos diretos sobre a eficiência da economia brasileira, diminuindo a distância que hoje existe em relação à fronteira tecnológica mundial. A expansão mais acentuada do investimento e da produtividade eleva as projeções de crescimento. A taxa média de expansão do PIB, entre 2007 e 2030, passaria de 4,0% para 4,6%, com efeitos significativos sobre a evolução da renda per capita, cujo crescimento seria de 3,8% ao ano, valor superior aos projetados para as economias sul-coreana e chilena. Nesse cenário, o Brasil ultrapassaria o Uruguai em termos de desenvolvimento humano, aproximando-se dos patamares que serão alcançados por Chile, Argentina e México. A taxa de crescimento do consumo se elevaria para 4% ao ano, levando o Brasil a se aproximar mais rapidamente do Japão, o quarto maior mercado consumidor em O Brasil em dois cenários 2007 a 2030 Indicadores Cenário de referência Cenário com avanços Investimento (%) PIB 19,0% 22,7% 24,0% Aumento da produtividade 0,1% 0,9% 1,1% Crescimento econômico (%) ao ano 2,8% 4,0% 4,6% Expansão do mercado consumidor (%) ao ano 2,5% 3,8% 4,0% Indicadores 2007 Cenário de referência 2030 Cenário com avanços PIB em US$ bilhões* 962, , ,2 PIB per capita em US$* Fonte: FGV (*) Valores a preço de 2005.

20 20 BRASIL SUSTENTÁVEL CRESCIMENTO ECONÔMICO E POTENCIAL DE CONSUMO Mapa de oportunidades de consumo O cenário de referência, como foi mostrado ao longo deste trabalho, fica no meio-termo entre o otimismo e o pessimismo e procura a cada passo aceitar como válida a proposição mais provável, escolhida em grande medida pelo histórico de cada variável. Esse modelo indica uma mudança profunda do perfil da sociedade brasileira, que verá o estreitamento de sua pirâmide social, com o crescimento das classes de renda intermediária. Isso significa que as empresas que atuam ou pretendem atuar no mercado brasileiro têm de se amoldar a um horizonte de negócios em transformação. Esse dinamismo se expressa em uma taxa de crescimento médio do mercado consumidor de 3,8% até Em valores absolutos, esse mercado saltará de um total de vendas de R$ 1,41 trilhão em 2007 para R$ 3,30 trilhões em 2030 ou seja, mais que dobrará no período. Em razão do crescimento econômico e da mobilidade social, as taxas de crescimento do consumo são maiores nas classes de maior poder aquisitivo, justamente as com maior expansão nos próximos 23 anos. A participação das despesas de consumo das famílias com mais de R$ 8 mil de renda mensal no total do consumo passará de 22,4%, em 2007, para 37,2% em A participação das famílias com renda mensal até R$ 2 mil no volume total diminuirá 15 pontos percentuais nos próximos anos em virtude da migração para as classes de renda mais elevada. A maturação do mercado consumidor brasileiro ocasionará mudanças significativas no perfil do consumo. Cairá a parcela da despesa familiar com bens de consumo não-duráveis, como alimentos, fumo e bebidas, combustíveis e transportes em geral. Em contrapartida, crescem de forma expressiva as despesas com habitação, saúde e educação. Tomando como referência as famílias com renda entre R$ 4 mil e R$ 8 mil, notase que a evolução da renda total dessa classe terá efeitos maiores no consumo de produtos do segmento de higiene pessoal e limpeza e de serviços de saúde, do que na demanda por mercadorias dos ramos de vestuário e bebidas. A visualização das mudanças do perfil de consumo fica mais O consumo por classes de renda Classes de renda familiar até R$ de R$ a R$ de R$ a R$ de R$ a R$ de R$ a R$ de R$ a R$ mais de R$ Total R$ bilhões* % 200,4 286,7 326,6 281,3 192,5 101,1 21, ,5 14,2% 20,3% 23,2% 19,9% 13,6% 7,2% 1,6% 100,0% R$ bilhões* % 193,1 440,0 693,4 749,7 620,9 451,9 155, ,2 5,8% 13,3% 21,0% 22,7% 18,8% 13,7% 4,7% 100,0% % ao ano -0,2% 1,9% 3,3% 4,4% 5,2% 6,7% 8,9% 3,8% Fonte: FGV (*) A preços de 2007.

21 A As alterações no perfil da sociedade brasileira serão profundas. O País verá o estreitamento da pirâmide social, com o crescimento das classes de renda intermediária. O consumo por ramo de produto Ramos de produtos Alimentos in natura Alimentos beneficiados Bebidas Fumo Vestuário Materiais de construção Energia, gás, saneamento e lixo Combustíveis Habitação Utilidades domésticas Veículos Higiene pessoal e limpeza Saúde Educação e cultura Alojamento e alimentação Comunicações Transportes Serviços financeiros Serviços gerais Serviços associativos e domésticos Total R$ bilhões* % 28,5 2,0% 134,4 9,5% 16,8 1,2% 15,8 1,1% 69,9 5,0% 55,9 4,0% 163,8 11,7% 30,2 2,1% 323,4 22,9% 61,3 4,3% 57,7 4,1% 16,0 1,1% 81,7 5,8% 58,5 4,1% 80,1 5,7% 3,2 0,2% 90,5 6,4% 48,8 3,5% 9,8 0,7% 64,2 4,6% 1.410,5 100,0% R$ bilhões* % 50,5 1,5% 269,9 8,2% 30,3 0,9% 28,0 0,8% 138,0 4,2% 113,4 3,4% 397,8 12,0% 63,5 1,9% 829,2 25,2% 143,1 4,3% 140,3 4,2% 47,6 1,4% 221,3 6,7% 155,5 4,7% 180,1 5,5% 6,5 0,2% 186,0 5,6% 131,3 4,0% 24,8 0,8% 147,1 4,5% 3.304,2 100,0% % ao ano 2,5% 3,1% 2,6% 2,5% 3,0% 3,1% 3,9% 3,3% 4,2% 3,8% 3,9% 4,8% 4,4% 4,3% 3,6% 3,1% 3,2% 4,4% 4,1% 3,7% 3,8% Fonte: FGV (*) A preços de fácil com a comparação da configuração atual em contraste com as projeções para 2030, conforme Mapa de Oportunidades (página 22). As diferenças nos dois períodos do consumo, em cada linha de produto e classe social, mapeiam as possibilidades de novos negócios na economia brasileira. Em linhas gerais, é importante destacar os seguintes pontos: uma nova parcela do mercado consumidor, no montante de R$ 1,893 trilhão, surgirá até Esse valor se somará ao R$ 1,41 trilhão atual; as classes de renda familiar entre R$ 4 mil e R$ 16 mil serão responsáveis por 47,5% desse adicional, ou R$ 896,8 bilhões a mais de consumo; 26,7% do acréscimo de consumo virá com o aumento das despesas com habitação e 12,4%, com serviços de utilidade pública; o aumento da renda e a mobilidade social no país redefinirão o mercado de alimentos, com altas contribuições de comida industrializada e de alimentação fora de casa; será muito pequena a participação do mercado de alimentos in natura no crescimento do mercado consumidor; os mercados de veículos e combustíveis contribuirão com 6,1% do incremento de consumo, participação menor do que a verificada nos últimos dez anos, de 8,5%.

22 A BRASIL SUSTENTÁVEL CRESCIMENTO ECONÔMICO E POTENCIAL DE CONSUMO Mapa de oportunidades: a expansão do mercado até 2030 Será muito pequena a participação do mercado de alimentos in natura no crescimento do mercado consumidor $ % R$* Contribuição** Ramos de produtos Alimentos in natura Alimentos beneficiados Bebidas Fumo Classes de renda familiar Até R$ ,27-1,29-0,13-0,13-1,2% -1,0% -0,9% -1,0% de R$ a R$ ,06 20,09 2,16 2,45 18,5% 14,8% 16,0% 20,1% de R$ a R$ $ % $ % $ % 6,86 37,21 3,97 3,78 31,2% 27,5% 29,3% 31,0% Vestuário -0,37-0,5% 8,44 12,4% 18,58 27,3% Materiais de construção -0,26-0,4% 6,18 10,8% 14,72 25,6% 26,7% do acréscimo de consumo virá com o aumento das despesas com habitação e Energia, gás, saneamento e lixo Combustíveis Habitação Utilidades domésticas Veículos -0,75-0,33-1,63-0,41-0,22-0,3% -1,0% -0,3% -0,5% -0,3% 17,98 4,92 33,27 8,03 4,17 7,7% 14,8% 6,6% 9,8% 5,1% 35,56 9,04 81,65 18,95 15,48 15,2% 27,1% 16,1% 23,2% 18,7% 12,4%, com serviços de utilidade pública Higiene pessoal e limpeza Saúde -0,16-0,45-0,5% -0,3% 3,05 9,57 9,7% 6,9% 7,17 26,14 22,7% 18,7% Educação e cultura -0,09-0,1% 3,29 3,4% 15,32 15,8% Alojamento e alimentação -0,30-0,3% 7,80 7,8% 20,11 20,1% Comunicações -0,03-0,9% 0,51 15,4% 0,99 29,9% Transportes -0,29-0,3% 9,36 9,8% 23,63 24,7% Serviços financeiros -0,12-0,1% 3,10 3,8% 11,71 14,2% Serviços gerais -0,04-0,3% 1,13 7,6% 2,80 18,7% Serviços associativos e domésticos -0,05-0,1% 3,71 4,5% 13,14 15,8% Total -7,32-0,4% 153,27 8,1% 366,81 19,4% Fonte: FGV. (*) Em R$ milhões a preços de (**) Contribuição para o crescimento de cada ramo de produto. (***) Contribuição de cada ramo de produto para o crescimento do consumo total.

23 Uma nova parcela do mercado consumidor, no montante de R$ 1,893 trilhão, surgirá até Esse valor se somará ao R$ 1,41 trilhão atual 23 As classes de renda familiar entre R$ 4 mil e R$ 16 mil serão responsáveis por 47,5% desse adicional, ou R$ 896,8 bilhões a mais de consumo de R$ a R$ ,64 34,36 3,51 3,39 18,58 25,7% 25,4% 25,9% 27,8% 27,3% de R$ a R$ ,63 25,11 2,42 1,90 13,31 16,5% 18,5% 17,9% 15,6% 19,6% de R$ a R$ ,91 16,27 1,31 0,75 7,84 8,7% 12,0% 9,6% 6,2% 11,5% mais de R$ $ % $ % $ % $ % $ % *** 0,15 3,76 0,31 0,04 1,68 0,7% 2,8% 2,3% 0,3% 2,5% 22,0 135,5 13,6 12,2 68,1 Total 1,2% 7,2% 0,7% 0,6% 3,6% O aumento da renda e a mobilidade social no país redefinirão o mercado de alimentos, com altas contribuições de comida industrializada e de alimentação fora de casa 15,18 26,4% 14,57 25,4% 6,50 11,3% 0,58 1,0% 57,5 3,0% 47,92 8,41 105,20 21,49 24,54 8,43 36,00 30,83 26,98 20,5% 25,3% 20,8% 26,3% 29,7% 26,7% 25,8% 31,8% 27,0% 44,96 6,15 121,51 15,80 20,61 6,70 31,06 24,96 24,44 19,2% 18,5% 24,0% 19,3% 24,9% 21,2% 22,2% 25,7% 24,4% 56,91 4,08 110,06 12,42 13,93 4,62 32,02 17,04 16,81 24,3% 12,2% 21,8% 15,2% 16,9% 14,6% 22,9% 17,6% 16,8% 31,41 1,04 55,73 5,45 4,08 1,78 5,30 5,61 4,14 13,4% 3,1% 11,0% 6,7% 4,9% 5,6% 3,8% 5,8% 4,1% 234,0 33,3 505,8 81,7 82,6 31,6 139,6 97,0 100,0 12,4% 1,8% 26,7% 4,3% 4,4% 1,7% 7,4% 5,1% 5,3% Os mercados de veículos e combustíveis contribuirão juntos com 6,1% do incremento de consumo, participação menor do que a verificada nos últimos dez anos, de 8,5% 0,76 23,1% 0,45 13,8% 0,58 17,7% 0,03 1,0% 3,3 0,2% 28,49 29,8% 22,18 23,2% 9,67 10,1% 2,44 2,6% 95,5 5,0% 19,88 24,1% 23,60 28,6% 18,82 22,8% 5,56 6,7% 82,5 4,4% 3,93 26,2% 3,36 22,4% 2,84 18,9% 0,98 6,5% 15,0 0,8% 24,88 30,0% 21,70 26,1% 16,40 19,7% 3,27 3,9% 83,1 4,4% 468,40 24,7% 428,42 22,6% 350,78 18,5% 133,34 7,0% 1.893,9 100,0%

24 24 BRASIL SUSTENTÁVEL CRESCIMENTO ECONÔMICO E POTENCIAL DE CONSUMO A evolução da distribuição de renda e a dinâmica demográfica nos próximos 23 anos também trarão mudanças na composição regional do mercado consumidor. As despesas com consumo nas regiões Sul e Sudeste, que hoje representam respectivamente 16,4% e 53,3% do consumo nacional, crescerão a taxas menores que a média nacional. Como conseqüência, haverá um aumento da participação das demais regiões. Pode-se dizer que o esperado crescimento da renda e do consumo nas regiões menos desenvolvidas em âmbito global até 2030 também deve se reproduzir no plano nacional. O consumo por região Regiões R$ bilhões* % R$ bilhões* % % ao ano Norte 81,7 5,8% 216,0 6,5% 4,3% Nordeste 231,5 16,4% 576,8 17,5% 4,0% Sudeste 751,5 53,3 % 1.733,8 52,5% 3,7% Sul 231,7 16,4% 507,4 15,4% 3,5% Centro-Oeste 114,3 8,1% 270,3 8,2% 3,8% Brasil 1.410,7 100,0% 3.304,3 100,0% 3,8% Fonte: FGV (*) A preços de 2007.

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