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1 ASAMBLEA PARLAMENTARIA EURO-LATINOAMERICANA EURO-LATIN AMERICAN PARLIAMENTARY ASSEMBLY ASSEMBLEIA PARLAMENTAR EURO-LATINO-AMERICANA ASSEMBLÉE PARLEMENTAIRE EURO-LATINO- AMÉRICAINE PARLAMENTARISCHE VERSAMMLUNG EUROPA-LATEINAMERIKA Comissão dos Assuntos Económicos, Financeiros e Comerciais DOCUMENTO DE TRABALHO sobre as relações económico-financeiras com a República Popular da China na perspetiva da Parceria Estratégica Birregional UE-ALC Correlator PE: Ashley Fox (ECR) DT\ doc AP v03-00 Unida na diversidade

2 O presente documento analisa o atual estado das relações económico-financeiras entre a República Popular da China, a América Latina e as Caraíbas (ALC) e a União Europeia (UE). Em primeiro lugar, apresentar-se-á brevemente a situação atual da China e, em segundo lugar, serão abordadas as interações económico-financeiras deste país com a América Latina e as Caraíbas, o impacto dessas relações e as perspetivas para o futuro. Por último, far-se-á, em pormenor, o ponto de situação atual acerca das relações económico-financeiras da China com a UE. República Popular da China: perspetivas internas e externas Com uma população de cerca de 1,4 mil milhões de habitantes 1, taxas de crescimento que continuam a suplantar as de muitos países europeus 2 e um setor industrial em plena expansão, não é de surpreender que a China seja um mercado-alvo tanto para a América Latina como para a União Europeia. Ademais, os projetos de desenvolvimento que leva a cabo em África fazem deste país um ator influente não apenas na Ásia mas também noutras regiões do mundo. É com base nesses pressupostos que os países da UE e da ALC estão interessados nas vantagens económicas que podem ser granjeadas para os três blocos comerciais. Não obstante, as taxas de crescimento da China não são tão elevadas como em anos anteriores, tendo passado de níveis de dois dígitos para cerca de 7,5 % ao ano 3. Prevê-se que as taxas de crescimento nos próximos 10 anos oscilem entre os 6,9 % e os 7,6 %, devendo situar-se, em média, nos 7,27 %, um valor muito inferior ao registado no período entre 1988 e Por enquanto, a China continua a ser a segunda maior economia do mundo e é provável que ultrapasse os EUA nos próximos 10 anos. Do ponto de vista europeu, o aumento dos custos de trabalho, das despesas gerais, dos controlos de qualidade e o problema dos prazos de entrega mais longos para os nossos mercados são, por vezes, referidos como fatores que contribuem para a relocalização de empresas e de postos de trabalho que, anteriormente, eram deslocalizados para a China. Entre 2000 e 2009, as exportações da China aumentaram quase cinco vezes para 1,2 biliões de dólares americanos, aumentando a sua quota mundial de 3,9 % para 9,7 %. Esse país regista níveis de produção significativos numa vasta gama de indústrias, como as que se caracterizam por uma utilização intensiva de mão de obra (têxteis, vestuário, mobiliário), a indústria pesada (navios) e da alta tecnologia (equipamentos de telecomunicações, computadores). No entanto, o aumento dos custos na China, entre outros fatores, tem levado os industriais a deslocarem a produção para locais mais próximos dos seus consumidores, ou seja, a procederem à relocalização. Existe uma pequena, mas crescente tendência para as empresas trazerem de volta parte das suas atividades para a Europa, desde a indústria transformadora aos serviços aos clientes e, de acordo com os estudos realizados, muitas outras empresas fariam o mesmo se a UE se tornasse mais competitiva. 1 Dados do Banco Mundial, em 19 de fevereiro de Dados do Banco Mundial, em «A New Normal, but with Robust Growth: China's Growth Prospects in the Next 10 Years», Yang Yao, National School of Development, Universidade de Pequim. 4 «A New Normal, but with Robust Growth: China's Growth Prospects in the Next 10 Years», Yang Yao, National School of Development, Universidade de Pequim. AP v /10 DT\ doc

3 A China e a região da América Latina e Caraíbas A China tem sido encarada por alguns países da América Latina como uma alternativa à dependência em relação aos EUA. Em novembro de 2004, o então Presidente chinês, Hu Jintao, visitou a Argentina, o Brasil e o Chile, prometendo investir milhões em infraestruturas para permitir a importação de recursos naturais da América Latina 1. Atualmente, as matérias-primas desta região representam 50 % das importações da China 2 e correspondem a uma percentagem significativa das exportações da América Latina para o resto do mundo. No entanto, em paralelo ao crescimento económico chinês, registou-se um aumento dos preços das exportações de produtos de base latino-americanos, que suscitou preocupações. O México e América Central viram que as suas indústrias de montagem tinham de competir com as indústrias chinesas e de se adaptar às novas circunstâncias da economia global 3. O aumento exponencial da população chinesa com ensino secundário e superior contribuiu para o reforço das competências do país o que, por seu turno, se traduziu na acumulação de tecnologia num curto período de tempo. Estes fatores, aos quais se soma a capacidade do país em desenvolver vantagens comparativas, são um desafio para os países e as regiões com os quais tem relações comerciais, em especial os países da América Latina e Caraíbas, onde o desenvolvimento económico com base em matérias-primas desincentivou o estímulo à criação de sociedades baseadas no conhecimento 4. Após um arranque tímido nas relações comerciais, a China passou de parceiro subalterno com montantes relativos às trocas comerciais de 12 mil milhões de dólares em 2000, a um interveniente central na região ALC, com valores estimados em 275 mil milhões de dólares em As relações económicas entre os dois blocos nesse período resumem-se, por parte dos países ALC, à venda de matérias-primas e de recursos energéticos, e por parte da China, ao envio de produtos manufaturados. Neste contexto, a China propõe-se atingir os 500 mil milhões de dólares em trocas comerciais na próxima década. A vontade da China em reforçar a sua presença na região tornou-se um motor determinante para o seu desenvolvimento económico e político. Com este propósito em mente, foi feito um esforço na área dos investimentos bilaterais, uma vez que não registaram um crescimento semelhante ao do comércio 6. Como tal, no primeiro Fórum Ministerial entre a China e a CELAC (Comunidade de Estados da América Latina e das Caraíbas), realizado em 8 e 9 de janeiro de 2015, foi aprovado o Plano de Cooperação entre a China e a CELAC para o período , nos termos do qual a China se comprometeu a investir 250 mil milhões de dólares americanos na região durante a 1 Michael Reid, «Forgotten Continent: The Battle for Latin America s Soul», Yale University Press, 2009, p Resolução do Parlamento Europeu, de 14 de março de 2013, sobre as relações UE-China, n.º 58 (2012/2137(INI). 3 Michael Reid, op. cit, pp OCDE, op. cit, p InfoLatam, «CEPAL: la oportunidad histórica de América Latina y el Caribe y China», InfoLatam, 8 de janeiro de 2015, obtido em 12 de janeiro de 2015, 6 Xavier Fontdeglòria, «China se afianza en América Latina», Diario El País, 7 de janeiro de 2015, obtido em 12 de janeiro de 2015, DT\ doc 3/10 AP v03-00

4 próxima década 1, aumentando os cerca de 10 mil milhões de dólares investidos atualmente por ano para 25 mil milhões de dólares por ano 2. No entanto, resta saber em que medida a CELAC trabalhará no sentido de utilizar os fundos provenientes da cooperação da China para desenvolver projetos nacionais e regionais em setores como a energia, as infraestruturas, os transportes e as comunicações, mas também nos domínios da ciência, da tecnologia e da educação 3. Em suma, os benefícios que a região ALC obteve das matérias-primas no passado não oferecem garantias no atual contexto económico mundial. Importa, portanto, levar a cabo reformas estruturais na região destinadas a desenvolver a educação, as competências e a inovação, e a promover o crescimento 4. Os investimentos público-privados desempenham um papel fundamental nessas reformas, uma vez que a China é um interveniente essencial a nível internacional em termos de infraestruturas, mas também será fundamental a forma como a região ALC utilizará o apoio chinês para investir em projetos concretos que respondam à grande diversidade de necessidades nas sociedades da ALC. A China e a União Europeia i. Trocas comerciais Há duas décadas, as trocas comerciais entre a China e a UE eram muito limitadas. Hoje, a China é um parceiro estratégico importante para a UE, quer em termos de comércio de mercadorias que, em 2013, atingiu 428,1 mil milhões de euros, quer em termos de potencial de crescimento do mercado dos serviços que, só em 2012, ascendeu a 49,9 mil milhões de euros 5. No ano de 2012, em termos de investimento direto estrangeiro (IDE), a China representou 2,6 % do IDE total na UE, ao passo que estes investimentos da UE na China ascendiam a 20 %. O montante total dos investimentos diretos estrangeiros dos 28 Estados-Membros da UE permitiu à UE figurar entre os 5 maiores investidores na China 6. Por último, o défice comercial está a diminuir: ao longo dos últimos cinco anos, as exportações da UE quase duplicaram. Embora a China seja o mais importante fornecedor dos produtos importados pela UE, em particular no setor das telecomunicações, dos têxteis, do calçado, do ferro e do aço, atingindo essas importações 279,9 mil milhões de euros em 2013, o défice da UE em relação à China tem vindo a diminuir de forma gradual. Não obstante, este défice persiste devido a problemas de acesso das empresas europeias ao mercado chinês. Para ilustrar a limitação das exportações europeias para a economia chinesa, refira-se que a UE exporta mais serviços e produtos para a Suíça do que para a China 7. 1 Reuters, loc. cit. 2 Xavier Fontdeglòria, «China acelera sus inversiones en América Latina», Diario El País, 8 de janeiro de 2015, obtido em 12 de janeiro de 2015, 3 EFE/InfoLatam, «Presidencia de CELAC destaca el equilibrio de intereses en acuerdo con China», Diario InfoLatam, 11 de janeiro de 2015, obtido em 12 de janeiro de 2015, 4 OCDE, op. cit., pp Comissão Europeia, DG Comércio, «Facts and figures on EU-China trade», março de 2014, p. 1, obtido em 15 de dezembro de 2014, 6 Ibidem, p Ibidem, p. 1. AP v /10 DT\ doc

5 ii. Relações Após a adesão da China à Organização Mundial do Comércio (OMC) em 2001, as relações económico-financeiras entre os dois blocos comerciais são reguladas pela cláusula da nação mais favorecida, que assegura a não discriminação. Ademais, desde janeiro de 2014, a UE negoceia com a China um acordo em matéria de investimento, que garantirá o seu acesso ao mercado e a sua proteção. Em geral, a UE mantém boas relações com a China, e o número de litígios é considerado razoável. No entanto, do lado europeu, existe a perceção de que a China está a atrasar a aplicação dos seus compromissos no âmbito da OMC, nomeadamente os que dizem respeito a medidas protecionistas que afetam os interesses da UE. Por seu turno, Pequim está insatisfeito com resistência europeia à concessão do estatuto de economia de mercado à China 1. A Declaração Conjunta da 16.ª Cimeira UE-China, realizada em novembro de , onde foi aprovada a Agenda Estratégica para a Cooperação UE-China 2020, reflete claramente a posição comercial da UE face à economia chinesa. Por conseguinte, importa analisar os diversos aspetos abordados para avaliar o estado das relações entre as duas economias. A referida Agenda refere, num dos seus pontos, a vontade de ambas as Partes de encetar negociações sobre um Acordo em matéria de investimento UE-China 3, que assegure a proteção do IDE e o seu acesso ao mercado. Se for alcançado, esse Acordo substituirá os tratados bilaterais de investimento que uma grande maioria dos Estados-Membros mantém com a República Popular da China. Se este país abrisse o seu mercado e eliminasse as barreiras existentes aplicáveis a um grande número de atividades económicas, atrairia mais IDE 4. Além disso, a Agenda refere também um futuro acordo de comércio livre «quando estiverem reunidas as condições adequadas» e com uma «perspetiva de longo prazo». 5 iii. Revindicações da UE a Propriedade intelectual, IDE e indicações geográficas O investimento direto estrangeiro está intrinsecamente ligado à proteção adequada dos direitos de propriedade intelectual. Do ponto de vista da UE, a passividade da China nesta matéria deve-se ao facto de este país pretender proteger as suas indústrias de novas tecnologias e o seu modelo de desenvolvimento sustentável. A este facto juntam-se os persistentes problemas comerciais e de investimento que resultam da imposição da 1 Roberto Bendini, «Relações comerciais e económicas com a China: 2014», Direção-Geral das Políticas Externas, Departamento Temático, maio de 2014, p SEAE Comunicado de imprensa, «Agenda Estratégica para a Cooperação UE-China 2020», Bruxelas, 23 de novembro de 2013, /01, obtido em 15 de dezembro de 2014, 3 SEAE, «Agenda Estratégica para a Cooperação UE-China 2020», I. Comércio e Investimento, n.º 2, p. 5, obtido em 15 de dezembro de 2014, 4 Missão da UE junto da OMC, «EU statement on 5th Trade Policy Review of China: Statement by Ambassador Angelos Pangratis on behalf of the European Union», 1 de julho de 2014, obtido em 12 de dezembro de 2014, 5 SEAE, «Agenda Estratégica para a Cooperação UE-China 2020», op. cit., I. Comércio e Investimento, n.º 3, p. 5. DT\ doc 5/10 AP v03-00

6 transferência de tecnologia para a China e o facto de os segredos comerciais não serem adequadamente protegidos 1. Desde a sua adesão à OMC, a China tem envidado muitos esforços para cumprir os aspetos jurídicos relacionados com os direitos de propriedade intelectual de mercadorias nacionais e estrangeiras. Apesar destes esforços, o sistema jurídico chinês necessita de alterações urgentes para melhorar a proteção e a execução das disposições em determinados domínios como os direitos de autor na Internet ou a execução das sanções em caso de violação de direitos de propriedade intelectual. A título de exemplo, 64 % dos bens de contrafação apreendidos nas fronteiras da UE provêm da China. Por conseguinte, a UE está a intensificar as medidas de fiscalização do mercado e a melhorar a coordenação entre as suas autoridades aduaneiras, mas a China terá de envidar mais esforços no sentido de impedir a entrada e a circulação de produtos de contrafação em todo o mercado único da UE. Além disso, as empresas da UE que operam na China têm comunicado graves violações dos direitos de propriedade intelectual, que prejudicam as suas receitas 2. O emprego e o crescimento na UE estão também fortemente dependentes da proteção da propriedade intelectual, sendo este, por conseguinte, um aspeto muito importante na geração de crescimento. Em resultado, a UE deveria intensificar os seus esforços e o diálogo com a China neste âmbito para lograr mais progressos através de fóruns económicos bilaterais, nomeadamente o diálogo entre a UE e a China sobre propriedade intelectual. Por último, a UE e a China estão a negociar um acordo bilateral sobre a proteção das indicações geográficas para evitar a contrafação dos produtos em questão 3. b- Transparência, ambiente empresarial e contratos públicos Os conceitos de transparência, ambiente empresarial e contratação pública estão intrinsecamente ligados nas relações económico-financeiras de ambas as economias. Em primeiro lugar, a UE considera que a China não respeitou os seus compromissos em matéria de transparência no quadro da OMC pelo facto de não publicar as medidas comerciais ou de não as traduzir para as línguas de trabalho da organização. Os operadores económicos estrangeiros salientam que as administrações locais, regionais ou nacionais aplicam a legislação chinesa de forma incoerente e contraditória. Além disso, a UE sublinha a importância de a China consultar atempadamente as partes interessadas aquando da elaboração de uma nova política ou de um projeto legislativo. Por último, a UE regista igualmente que a China deverá melhorar o seu sistema de notificações sobretudo no que respeita aos subsídios e aos incentivos às empresas estatais 4. Em relação ao ambiente empresarial, a UE considera que há dois aspetos que requerem uma atenção imediata. Em primeiro lugar, melhorar o acesso à justiça por parte dos operadores económicos, sejam eles nacionais ou estrangeiros, e, ao mesmo tempo, lograr a independência do sistema judicial. Em segundo lugar, importa que as regras de concorrência sejam aplicadas 1 Missão da UE junto da OM, loc. cit. 2 Bendini, op. cit., pp SEAE, «Agenda Estratégica para a Cooperação UE-China 2020», op. cit., I. Comércio e Investimento, n.º 17, p Missão da UE junto da OM, op. cit., pp AP v /10 DT\ doc

7 da mesma forma a todas as empresas, a fim de alcançar uma igualdade de condições entre empresas públicas e privadas 1. Por exemplo, as empresas de serviços da UE confrontam-se com dificuldades para aceder ao mercado chinês devido à burocracia e a procedimentos morosos. A República Popular da China investe em setores como a banca, a construção ou as telecomunicações e impõe limites de propriedade nesses setores. No final de 2012, os bancos estrangeiros controlavam apenas 1,82 % do mercado bancário chinês. Além disso, 45 % das empresas da UE que operam no país comunicaram a perda de oportunidades de negócio devido a entraves regulamentares ou de acesso ao mercado 2. À falta de transparência e de eficiência do mercado chinês de contratos públicos junta-se a opacidade cada vez maior das autoridades regionais e locais. Recentemente, a Comissão Europeia exortou a República Popular da China a vincular-se ao Acordo sobre Contratos Públicos com o objetivo de reforçar os compromissos em matéria de acesso ao mercado no que diz respeito às empresas locais e estatais. Em março de 2014, a China apresentou uma proposta revista que está atualmente a ser avaliada pelos EUA e pela UE 3. Um estudo recente realizado pela Câmara de Comércio Europeia na China salientou, de forma inequívoca, que os principais problemas da contratação pública na China são a falta de transparência, uma execução injusta da adjudicação de contratos públicos e procedimentos de recurso insatisfatórios 4. Por conseguinte, é necessário realizar mais progressos. c - Reduzir as distorções comerciais e garantir condições de concorrência equitativas no futuro Para que as relações comerciais sejam equilibradas, gerem crescimento e emprego e beneficiem plenamente da confiança pública e política, é fundamental que decorram em condições de igualdade, no âmbito de um quadro de normas que reduzam o impacto da concorrência desleal e das medidas geradoras de distorções comerciais. Caso o Governo chinês pretenda apoiar os produtores nacionais, em particular em setores estratégicos, através de incentivos ou de outras medidas conexas que lhes conferem uma vantagem competitiva em relação aos produtores de outros países, devem fazê-lo respeitando integralmente os seus compromissos e as suas obrigações ao abrigo da legislação da OMC. Apesar de a percentagem das trocas comerciais afetadas por litígios bilaterais entre a UE e a China ser relativamente reduzida, esses litígios podem ter um impacto importante nos setores em causa. Além disso, é possível que os litígios resultem na perceção de um sentimento de desconfiança entre parceiros, afetando ainda mais os fluxos comerciais bilaterais existentes. No caso da existência comprovada de práticas de dumping ou de subvenções ilegais, a UE adota medidas de defesa comercial para garantir o restabelecimento de uma concorrência livre e leal. Estes instrumentos não foram muito utilizados no passado. No entanto, alguns casos de grande visibilidade tiveram um impacto negativo nas relações entre a UE e a China. 1 Ibidem, p Comissão Europeia, DG Comércio, op. cit., p Bendini, op. cit., pp Comissão Europeia, DG Comércio. loc. cit. DT\ doc 7/10 AP v03-00

8 Existe o risco de, face à redução da competitividade não só em relação à União Europeia mas também a outros países do mundo, as autoridades chinesas caírem na tentação de apoiar os exportadores e os produtores nacionais com medidas que não respeitem a letra nem o espírito das obrigações decorrentes da OMC, a fim de manterem ou aumentarem a sua quota de mercado num setor específico. A falta de um crescimento suficiente ao nível da procura interna poderá levar ao aumento do dumping nos mercados estrangeiros. Este cenário pode conduzir, nos próximos anos, ao aumento e ao agravamento dos litígios comerciais entre a China, a UE e os seus países parceiros e membros da OMC. Importa redobrar os esforços para assegurar que os recentes casos de grande notoriedade não se convertam numa nova e preocupante tendência. As autoridades de ambas as partes terão de reforçar o diálogo e a cooperação quer através de mecanismos existentes quer futuros, para garantir que o comércio e a concorrência continuem a evoluir num ambiente de liberdade e de justiça. iv. Reivindicações da China a - Instrumentos de defesa comercial Os instrumentos de defesa comercial são procedimentos jurídicos reconhecidos por normas internacionais. A UE aplica-os de forma imparcial, sem ter em conta qualquer consideração política. Em março de 2014, a UE tinha em curso 52 medidas antidumping e 3 medidas anti-subvenções contra importações provenientes da China. Todavia, estas medidas afetaram, na totalidade, menos de 2 % das importações provenientes da China 1. Por seu turno, a China considera que a UE utiliza estes instrumentos de defesa comercial de forma excessiva, recorrendo a motivos sanitários, de segurança ou regulamentares para prejudicar a entrada de produtos chineses nos mercados da UE. A China entende, por isso, que esses instrumentos são utilizados com fins protecionistas 2. O caso mais recente e sobejamente conhecido, que envolveu investigações em matéria de antidumping e de direito de compensação, foi iniciado em setembro de 2012 e diz respeito à importação de painéis solares chineses. A República Popular da China produz 65 % dos painéis solares a nível mundial e exporta 80 % dos mesmos. A UE é o destino de 80 % dessas exportações, facto que causou reiteradas denúncias por parte dos produtores da UE, que davam conta de práticas comerciais agressivas. Perante esta situação, em junho de 2013, a Comissão Europeia anunciou medidas antidumping provisórias contra a importação desses produtos. No entanto, em julho de 2013, a Comissão Europeia chegou a um acordo com a China em que os painéis solares provenientes desse país beneficiariam de livre acesso ao mercado europeu, sob a condição de as empresas importadoras aceitarem um compromisso de preços. O acordo alcançado foi bem recebido em Pequim, na medida em que, por sua vez, a China revogou as medidas antidumping impostas aos vinhos europeus 3. b - Estatuto de economia de mercado: 1 Ibidem, p Bendini, op. cit, p Ibidem, pp AP v /10 DT\ doc

9 O protocolo de adesão da China à OMC permite que, até 2016, os outros membros da organização considerem a China como uma «economia não sujeita às leis de mercado». Este estatuto permite que um membro da OMC defina taxas antidumping e direitos aduaneiros mais elevados. Em função do que precede, a passagem do estatuto da China de «economia não sujeita às leis do mercado» para uma «economia de mercado» é um dos principais pontos de desacordo entre este país e a União 1. A UE deu início a uma análise para verificar se o estatuto de economia de mercado podia ser concedido à China antes de De acordo com os requisitos da UE, para ser considerado uma economia de mercado, o país em questão precisa de contar com uma taxa de câmbio flutuante, um mercado livre, a não intrusão do Estado, normas de contabilidade empresarial eficazes, o reconhecimento do direito de propriedade e dispor de legislação relativa à insolvência e/ou falência. Num relatório de 2011, a Comissão Europeia concluiu que não podia conceder à China o estatuto em causa, dado que o país apenas cumpria um dos requisitos mencionados anteriormente. Além disso, desde 2011, a China não fez quaisquer progressos neste sentido 2. A Comissária da UE responsável pelo Comércio, Cecilia Malmström, referiu numa entrevista ao Wall Street Journal, em dezembro de 2014, que, no início do ano seguinte, ia dar início a um debate sobre a possibilidade de conceder à China o estatuto de economia de mercado. «Não podemos dizer hoje que a China preenche todos os critérios», afirmou. «Não existe qualquer automatismo relativamente a esta questão», disse Cecilia Malmström acerca da decisão de atribuir à China o estatuto de economia de mercado. «Teremos de tomar uma decisão formal e apresentar uma legislação em conformidade.» v. Litígios submetidos à apreciação da OMC: A UE mantém com a China vários litígios no âmbito da OMC sobre diversos temas (por exemplo, o processo sobre equipamento de raios X ou o processo sobre a exportação de terras raras, tungsténio e molibdénio). Por seu turno, a China apresentou em 2009, pela primeira vez, um litígio com a UE no processo relativo às medidas antidumping sobre parafusos de ferro ou de aço. Dito isto, o número de litígios entre as duas economias é razoável 6 quando comparado com outros litígios existentes entre os diferentes membros da organização e, além disso, põe em evidência o facto de a China começar a utilizar o sistema de resolução de litígios da OMC para a promoção dos seus interesses comerciais. Conclusão Como demonstrado neste documento de trabalho, tanto a UE como a ALC têm interesses 1 Ibidem, p Ibidem, p OMC, Resolução de litígios 425, «China - Definitive Anti-Dumping Duties on X-Ray Secutiry Inspection Equipment from the European Union», 4 OMC, Resolução de litígios 432, «China - Measures Related to the Exportation of Rare Earths, Tungsten and Molybdenum», 5 OMC, Resolução de litígios 397, «China - Definitive Anti-Dumping Duties on X-Ray Secutiry Inspection Equipment from the European Union», 6 Bendini, op. cit, p. 1. DT\ doc 9/10 AP v03-00

10 económicos e financeiros na China. Ambos tirariam partido da existência de menos barreiras comerciais, do respeito pelo Estado de Direito e da relocalização de postos de trabalho tendo em vista o aumento da prosperidade. De facto, as relações económicas e financeiras com a China são essenciais tanto para a UE como para a região ALC. Apesar de, até agora, as diferenças ao nível das características de produção e dos sistemas de crescimento económico não terem necessariamente contribuído para a cooperação entre a UE e a ALC neste domínio, existem muitos aspetos abordados neste documento que podem ser desenvolvidos. No caso da região da América Latina e Caraíbas, a necessidade de matérias-primas por parte da China foi um dos fatores que contribuiu para o crescimento económico desta região e para a adaptação dos seus setores produtivos às normas internacionais. As economias da União Europeia, dos países ALC e da China estão indissociavelmente ligadas. No entanto, algumas diferenças de caráter económico e financeiro subsistem e devem ser ultrapassadas de forma construtiva, com base na boa-fé e no respeito mútuo. Desde as dúvidas 1 da UE sobre a forma como o novo Banco Asiático de Investimentos em Infraestruturas se articulará com o Banco Asiático de Desenvolvimento e com o Banco Mundial, até aos diversos litígios entre as duas economias no quadro da OMC, existem muitas divergências entre os dois blocos. No entanto, as trocas e as relações económico-financeiras colocam em evidência resultados que explicam o facto de a UE considerar a China um país estratégico e um país onde mercados como o dos serviços podem trazer importantes benefícios para ambas as partes. O setor dos serviços é fundamental para o crescimento, o emprego e a competitividade na UE e, por conseguinte, é importante estimular uma abordagem setorial, centrada em domínios com o maior potencial de crescimento, como o comércio eletrónico, os serviços digitais e os serviços às empresas, para que se possa tirar o máximo proveito dos benefícios daí decorrentes. No entanto, tal só será possível se as reivindicações da UE em matéria de direitos de propriedade intelectual e da respetiva aplicação, de investimentos, de proteção geográfica, de acesso ao mercado, de transparência e de contratos públicos puderem ser conciliadas com as reivindicações da China relativamente aos instrumentos de defesa comercial e ao seu reconhecimento pela OMC como uma economia de mercado. Neste momento, as relações económico-financeiras entre a UE e a América Latina e as Caraíbas e a República Popular da China são apenas um exemplo da forma como o mundo pode evoluir no sentido de assegurar o comércio livre. Além disso, as oportunidades tanto para a UE como para a América Latina de explorar as hipóteses de relocalização de postos de trabalho e de empresas que regressam da China são enormes, devido ao aumento dos custos da mão de obra, aos prazos de entrega e às despesas gerais, que fazem com que as empresas sejam menos encorajadas a deslocalizar as suas atividades para a China do que no passado. Por fim, é extremamente importante salientar que a Parceria Estratégica Birregional UE-ALC pode constituir uma oportunidade única para lograr uma posição comum sobre as relações económico-financeiras de ambas as regiões com a China e criar um acesso livre aos mercados. 1 Harold Thibault, loc. cit. AP v /10 DT\ doc

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