BRASIL SALOMÃO E MATTHES ADVOCACIA

Transcrição

1 BRASIL SALOMÃO E MATTHES ADVOCACIA Fundação anos Thiago Pena Advogado com atuação em contratos, societário e contencioso cível.

2 2º Panorama Econômico e Jurídico Painel Jurídico I Módulo: Impactos Jurídicos Lei nº A popular lei anticorrupção e seu impacto jurídico e econômico

3 Lei nº de 1º de agosto de 2013 (em vigor desde 29/1/2014) Conhecida popularmente como Lei Anticorrupção. Forte influência internacional USA (Foreing Corrupt Practices Act FCPA/1977) e UK (Bribery Act) O Brasil se comprometeu a aprovar uma lei contra a corrupção ao se tornar signatário da Convenção da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) contra o Suborno Transnacional, no ano A OCDE é um órgão de desenvolvimento formado por 34 países, a maioria ricos da Europa e da América do Norte.

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8 LEI ANTICORRUPÇÃO aspectos mais relevantes Abrangência bastante ampla; sociedades empresárias e simples, fundações, associações de entidades ou pessoas. Responsabilização objetiva (administrativa e civil) de pessoas jurídicas (ex. direito do consumidor, direito ambiental). Operações societárias subsiste a responsabilidade em sucessão; Penalidades - multa de até 20% de seu faturamento e publicação da decisão condenatória (veículo de grande circulação);

9 Atos lesivos à adm. Pública (tipificação): aqueles que atentam contra o patrimônio público, contra princípios da adm. pública, contra compromissos internacionais assumidos pelo Brasil*. * Como prometer, oferecer ou dar vantagem a agente público, custear prática ilícita, frustar, fraudar ou impedir licitações, criar PJ para fins fraudulentos, dificultar investigação ou fiscalização de órgãos, entidades ou agentes públicos. Acordo de leniência; Cadastro nacional;

10 Lei severa e de fácil aplicação prática pelo poder público. Caracterizada pela responsabilidade objetiva da empresa independe da aferição de culpa, ou de gradação de envolvimento, ou do agente causador do dano empresas serão responsabilizadas mesmo sem ter envolvimento direto com o crime; a companhia responderá por qualquer ato que beneficie a empresa, mesmo sem o consentimento dos responsáveis (art 1º). Preocupação com controle interno, desde diretores aos demais empregados, com manuais de boa práticas (ex. contratos de clientes em que constam manuais contra corrupção, trabalho de menores, trabalho escravo, etc.)

11 Responsabilidade solidária entre empresas controladoras e controladas, coligadas ou consorciadas, no que tange a obrigação de pagamento de multa e reparação integral do dano causado (art 4º 2º). Não descaracteriza a responsabilização também dos indivíduos eventualmente envolvidos na prática, sejam dirigentes, administradores, empregados, que deverão se defender também como pessoa física, cabendo a empresa decidir se dará supor te jurídico ou não (art. 3º). Subsiste a responsabilidade da PJ na ocasião de sucessão de empresas alteração contratual, transformação, incorporação, fusão ou cisão societária due diligence (art. 4º).

12 Pena - A punição mais prática é a multa, que pode variar de 0,1% a 20% do faturamento bruto do ano anterior. A multa deve ser paga logo que ela é aplicada pela Justiça (com um intervalo de cinco a dez dias). Se a empresa aceitar cumprir com a determinação, poderá contestar a multa no Poder Judiciário. Para tentar evitar que a penalidade seja contestada, a Lei prevê um acordo de leniência, em que a companhia poderá ter uma redução de até dois terços da multa. Para este acordo seja efetivo, a empresa terá de reconhecer o ato de corrupção e cooperar com as investigações. Entre outras penalidades, o limite pode ir até a interdição do funcionamento da empresa (art. 6º).

13 Acordo de leniência poderá ser celebrado com a empresa responsável pela prática dos atos que venham a colaborar com as investigações e com o processo administrativo, desde que haja: i) Identificação dos envolvidos; ii) Obtenção célere de informações e documentos. Mecanismo visto como benefício para as empresas por parte dos juristas da área. (art. 16)

14 Controles internos: As empresas terão que adotar mecanismos de controle e políticas internas anticorrupção, em que se contempla um código de ética, treinar a equipe em relação à Lei Anticorrupção e ter um canal de denúncia. Muitas empresas presentes no Brasil já aderiram a essa prática, pois seguem códigos de conduta de seus países de origem como Eua, Alemanha, Reino Unido, onde as regras são avançadas. Empresas que tiverem programas anticorrupção, poderão ter uma redução da pena, caso venham a ser autuadas por práticas ilícitas.

15 Compliance - O termo compliance tem origem no verbo em inglês to comply, que significa agir de acordo com uma regra, uma instrução interna, um comando ou um pedido, ou seja, estar em compliance é estar em conformidade com leis e regulamentos externos e internos. Portanto, manter a empresa em conformidade significa atender aos normativos dos órgãos reguladores, de acordo com as atividades desenvolvidas pela sua empresa, bem como dos regulamentos internos, principalmente aqueles inerentes ao seu controle interno.

16 Due diligence - A due diligence é um processo de investigação e auditoria nas informações de empresas fundamental para confirmar os dados disponibilizados aos potenciais compradores ou investidores.refere-se, sobretudo, a questões de ordem financeira, contábil e fiscal, além de aspectos jurídicos societários, trabalhistas, ambientais, imobiliários, de propriedade intelectual e tecnológica.

17 Responsabilização judicial: Não é afastada mesmo se houver responsabilização na esfera administrativa, estando a empresa sujeita a : i) Perda de bens, direitos e valores, ii) Suspensão ou interdição parcial de suas atividades; iii) Dissolução compulsória de pessoa jurídica; iv) Proibição de receber incentivos, subsídios, doações ou empréstimos de órgão públicos e instituições financeiras públicas entre 1 e 5 anos; Neste particular, atuam a União, Estados, Municípios e Distrito Federal. (Art. 18 a 21)

18 Criação do Cadastro Nacional de Empresas Punidas CNEP, visando dar publicidade às sanções aplicadas em todas as esferas (art. 22 e ss.); Beneficia quem tem um programa de compliance (boas práticas, anticorrupção, ética), que é tendência global; Coloca a empresa como protagonista no combate à corrupção; Fortalecimento do poder Estatal para punir empresas que agem de forma ilícita, corrupta e antiética mudanças na mentalidade empresarial.

19 Pontos críticos: * Responsabilidade objetiva; * Sanções pesadas; * Aumento de custos; Conclusão: *A empresa passa a ser a maior interessada em prevenir/descobrir desvios e violações. *A lei apresenta benefícios para a empresa com programas de controle interno e que cooperam com a adm. Pública na apuração dos fatos.

20 BRASIL SALOMÃO E MATTHES ADVOCACIA Al. Cel. Eugênio Jardim, n.º 153 Setor Marista Goiânia-GO Thiago Pena (62) (62)