CONGRESSO APAMT Maringá, 28 de novembro de 2015
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- Diana Amaro Monsanto
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1 CONGRESSO APAMT Maringá, 28 de novembro de 2015 Médico psiquiatra Prof. Adjunto Aposentado de Psiquiatria do DMFP da UFPR Membro Aposentado da Junta Médica da PROGEPE UFPR Gerente Médico - Clínica UNIICA - Grupo Marista
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3 TRABALHO: Problema ou solução
4 TRABALHO Problema: O ABSENTEÍSMO EM SAÚDE MENTAL: Doenças psiquiátricas representam a principal causa de absenteísmo (40% do total). Estas doenças pertencem a dois grupos: Doenças mentais graves: % Doenças mentais comuns, em especial a depressão e a ansiedade
5 TRABALHO Problema: Ambos os grupos convivem com problemas relacionados ao emprego: ESTIGMA DISCRIMINAÇÃO SISTEMA DE BENEFÍCIOS COM PERVERSOS INCENTIVOS A PERMANECER FORA DO TRABALHO
6 Ambiente valorizando respeito, dignidade, credibilidade e competência Comunicação positiva, respeitosa, benevolente e liberal. Comunicação franca e direta Relacionamento interpessoal de boa qualidade e sem agressões mesmo que sutís. Adaptado de Davenport et alii, 1999
7 Visão positiva e receptiva das pessoas. Relacionamento respeitoso dos superiores. Ambiente acolhedor. Superiores tendentes a rejeitar atitudes de assédio. Adaptado de Davenport et alii, 1999
8 O ESTIGMA DA DOENÇA MENTAL suas origens, apresentações e reforços e tendência a desconsiderar. A REALIDADE: é hoje a causa maior de afastamentos por longo prazo do trabalho; nos países da OECD (Organização pela Cooperação Economica e Desenvolvimento), um terço dos benefícios por invalidez são por transtornos psiquiátricos.
9 O PROCESSO DO ADOECER 1. Paciente sintomático (presenteismo) 2. Busca de ajuda 3. Diagnóstico em atenção primária 4. Encaminhamento à atenção secundária 5. Internação NÍVEIS DE AFASTAMENTO 1. Presenteismo 2. Afastamento temporário 3. Afastamento prolongado 4. Retorno ao trabalho
10 DEPRESSÃO (Transtornos do Humor) O quadro clínico de difícil compreensão? Diagnóstico raro em atenção primária TRANSTORNOS DE ANSIEDADE SINTOMAS SOMÁTICOS TRANSTORNO DO ESTRESSE POS TRAUMÁTICO EPISÓDIOS PSICOTICOS BREVES (SINTOMAS PARANÓICOS ELEMENTOS FÓBICOS) ALCOOLISMO E ABUSO DE DROGAS
11 DSM-5 DIAGNÓSTICO DA DEPRESSÃO Cinco ou mais dos seguintes sintomas estão presentes durante 2 semanas: NOTA: dos 5 sintomas, pelo menos 1 de ser humor depressivo ou anedonia ; os sintomas devem representar uma mudança a partir de uma base, e ser acompanhado de comprometimento da função social ou ocupacional Sentir-se deprimido, triste, or desesperançado na maior parte do tempo (humor depressivo) Desinteresse em atividades prazeirosas (anedonia) Alterações do apetite (para mais ou para menos) e/ou alteração de 5% ou mais do peso Dormir mais ou menos do costumeiro. Sentimentos freqüentes de desvalia ou culpa excessiva ou inapropriada Fadiga freqüente Inquietude física (agitação psicomotora) ou movimentos lentificados (retardo psicomotor) Indecisão ou diminuição da concentração Pensamentos recorrentes de morte ou de suicidio
12 Elementos do diagnóstico da depressão - 1 TRÊS GRAUS DE DEPRESSÃO: O número e a gravidade dos sintomas permitem determinar três graus de um episódio depressivo: leve, moderado ou grave, rebaixamento do humor, redução da energia e diminuição da atividade. Existe alteração da capacidade de experimentar o prazer, perda de interesse, diminuição da capacidade de concentração, associadas em geral à fadiga importante, mesmo após um esforço mínimo.
13 Elementos do diagnóstico da depressão - 2 problemas do sono e diminuição do apetite diminuição da auto-estima e da autoconfiança idéias de culpabilidade e ou de indignidade, mesmo nas formas leves. O humor depressivo varia pouco de dia para dia ou segundo as circunstâncias e pode se acompanhar de sintomas ditos somáticos, por exemplo perda de interesse ou prazer, despertar matinal precoce, várias horas antes da hora habitual de despertar, agravamento matinal da depressão, lentidão psicomotora importante, agitação, perda de apetite, perda de peso e perda da libido.
14 F32.0 Episódio depressivo leve Geralmente estão presentes ao menos dois ou três dos sintomas citados anteriormente. O paciente usualmente sofre com a presença destes sintomas mas provavelmente será capaz de desempenhar a maior parte das atividades. F32.1 Episódio depressivo moderado Geralmente estão presentes quatro ou mais dos sintomas citados anteriormente e o paciente aparentemente tem muita dificuldade para continuar a desempenhar as atividades de rotina.
15 F32.2 Episódio depressivo grave sem sintomas psicóticos Episódio depressivo onde vários dos sintomas são marcantes e angustiantes, tipicamente a perda da auto-estima e idéias de desvalia ou culpa. As idéias e os atos suicidas são comuns e observase em geral uma série de sintomas somáticos.
16 F32.3 Episódio depressivo grave com sintomas psicóticos Episódio depressivo correspondente á descrição de um episódio depressivo grave (F32.2) mas acompanhado de alucinações, idéias delirantes (delírios) de uma lentidão psicomotora ou de estupor de uma gravidade tal que todas as atividades sociais normais tornam-se impossíveis; pode existir o risco de morte por suicídio, desidratação ou desnutrição. As alucinações e os delírios podem não corresponder ao caráter dominante do distúrbio afetivo.
17 FATORES DE RISCO PARA DEPRESSÃO 1. Historia familiar de depressão 2. Sexo feminino 3. Suporte social pobre 4. Abuso de substâncias 5. Episódio depressivo prévio 6. Trauma na infância 7. Parto recente 8. Demência 9. Eventos vitais estressantes 10. Situação socioeconômica baixa 11. Situação médica complexa 12. Certas características de personalidade, como baixa auto estima ou excessivo pessimismo
18 O SUICÍDIO Depressão e suicídio Emprego e suicídio Situação econômica e suicídio
19 SUICIDIO FATORES de RISCO FATORES PROTETIVOS SEXO MASCULINO TENTATIVAS ANTS. IDEAÇÃO SUICIDA DOENÇA MENTAL CAUCASIA ISOLAMENTO SOCIAL SEXO FEMININO (+ TENTATIVAS) APOIO FAM/SOC ESPERANÇOSO ACESSO A Tto. CRENÇAS E RELIG. PROIBITIVAS POUCO ACESSO A MEIOS LETAIS
20 SUICIDIO - 2 FATORES de RISCO FATORES PROTETIVOS PERDA RECENTE (emprego, divorcio) ALCOOL, DROGAS IMPULSIVIDADE ACESSO A MORIAEIO LETAL DESESPERANÇA HISTÓRIA FAMILIAR DE SUIC. HIST de ABUSO NA INFANCIA EPIDEMIA de SUICÍDIOI INACESSIBILIDADE A Tto MENTAL DOENÇA FÍSICA/DOR
21 Estado de stress pós-traumático Este transtorno constitui uma resposta retardada ou protraída a uma situação ou evento estressante (de curta ou longa duração), de natureza excepcionalmente ameaçadora ou catastrófica, e que provocaria sintomas evidentes de perturbação na maioria dos indivíduos. Fatores predisponentes, tais como certos traços de personalidade (por exemplo compulsiva, astênica) ou antecedentes do tipo neurótico, podem diminuir o limiar para a ocorrência da síndrome ou agravar sua evolução; tais fatores, contudo, não são necessários ou suficientes para explicar a ocorrência da síndrome. Os sintomas típicos incluem a revivescência repetida do evento traumático sob a forma de lembranças invasivas ( flashbacks ), de sonhos ou de pesadelos; ocorrem num contexto durável de anestesia psíquica e de embotamento emocional, de retraimento com relação aos outros, insensibilidade ao ambiente, anedonia, e de evitação de atividades ou de situações que possam despertar a lembrança do traumatismo. Os sintomas precedentes se acompanham habitualmente de uma hiperatividade neurovegetativa, com hipervigilância, estado de alerta e insônia, associadas freqüentemente a uma ansiedade, depressão ou ideação suicida. O período que separa a ocorrência do traumatismo do transtorno pode variar de algumas semanas a alguns meses. A evolução é flutuante, mas se faz para a cura na maioria dos casos.
22 F43.2 Transtornos de adaptação - 1 Estado de sofrimento e de perturbação emocional subjetivos, que entravam usualmente o funcionamento e o desempenho sociais. ocorrendo no curso de um período de adaptação a uma mudança existencial importante ou a um acontecimento estressante. O fator de stress : do ambiente social do sujeito (luto, experiências de separação) sistema global de suporte social e de valor social (imigração, estado de refugiado); etapa da vida ou por uma crise do desenvolvimento (escolarização, nascimento de um filho, derrota em atingir um objetivo pessoal importante, aposentadoria).
23 F43.2 Transtornos de adaptação - 1 Estado de sofrimento e de perturbação emocional subjetivos, que entravam usualmente o funcionamento e o desempenho sociais. ocorrendo no curso de um período de adaptação a uma mudança existencial importante ou a um acontecimento estressante. O fator de stress : do ambiente social do sujeito (luto, experiências de separação) sistema global de suporte social e de valor social (imigração, estado de refugiado); etapa da vida ou por uma crise do desenvolvimento (escolarização, nascimento de um filho, derrota em atingir um objetivo pessoal importante, aposentadoria).
24 F43.2 Transtornos de adaptação - 2 A predisposição e a vulnerabilidade individuais desempenham um papel importante na ocorrência e na sintomatologia de um transtorno de adaptação; admite-se, contudo, que o transtorno não teria ocorrido na ausência do fator de stress considerado. As manifestações, variáveis, compreendem: humor depressivo, ansiedade, inquietude, sentimento de incapacidade de enfrentar, fazer projetos ou a continuar na situação atual, assim como certa alteração do funcionamento cotidiano. Transtornos de conduta podem estar associados, em particular nos adolescentes. A característica essencial deste transtorno pode consistir de uma reação depressiva, ou de uma outra perturbação das emoções e das condutas, de curta ou longa duração
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26 BIBLIOGRAFIA BÁSICA. 1. Henderson et alii WORK AND COMMOM PSYCHIATRIC DISORDERS J R Soc Med : Lancman e Barros, SAÚDE MENTAL NO TRABALHO cap 136 Clínica Psiquiátrica Instituto de Psiquiatria USP 3. Gilbody, Bower, Rick BETTER CARE FOR DEPRESSION IN THE WORKPLACE: INTEGRA- TING OCCUPATIONAL AND MENTHAL HEALTH SERVICES British J Psych ( 2012)
27 BIBLIOGRAFIA BÁSICA. 4. Giovanni Nolfe et alii Work-related psychopathology: Rates in different work activities and relationship betweesubjective perception of work distress and psychiatric disturbances Work 47 (2014) D. 5. Edward Deneke et alii Screening for Depression in the Primary Care Population Psychiatr Clin N Am 38 (2015) D. Hillier et alii. Wellness at work: Enhancing the quality of our working lives International Review of Psychiatry, October 2005
28 Muito obrigado pela atenção
29 CLINICAL IMPLICATIONS & Men andwomenwho perceive their jobs as high in demands and lowin social support, andmen perceiving their jobs as lowin decision latitude, aremore at risk of developing depressive symptoms. & High hostility and lowself-esteemare associatedwith a higher risk of depressive symptoms in both genders. & The effects of psychosocial factors atwork on increase in depressive symptoms are independent of personality traits.
30 IMPLEMENTANDO O BEM ESTAR NO TRABALHO Recommendations (1) Organizations should conduct a review of thegeneral wellness of the organization; strengthening it to encourage individuals and managers toadopt a more responsible attitude towards wellness. This includes the preparedness of managersto support and enhance a wellness culture. (2) Funds should be created to distribute grants for research into the social and health impact of wellness among employees and the organization to ensure that the information provided to the employees remains accurate and that organizational policy relating to wellness remains effective. (3) An understanding of wellness needs to begin at a much earlier stage, therefore, a muchgreater focus should be put on education about wellness in schools. All schools, colleges and universities should have staff trained indiscussing wellness with students, and the family members.
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