INVESTIGAÇÃO SOBRE AS ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM UTILIZADAS POR ALUNOS DO ENSINO SUPERIOR
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- Isaque Fidalgo
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1 ISBN INVESTIGAÇÃO SOBRE AS ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM UTILIZADAS POR ALUNOS DO ENSINO SUPERIOR Aline Cristina Monteiro Rossi UEL Orientadora: Valquíria Maria Gonçalves Eixo 3: Temas Contemporâneos da Educação Resumo Sabe-se que algumas ações podem otimizar o processo de aprendizagem. Ter acesso a conteúdos, professores capacitados e com métodos que facilitem o processo pode contribuir para a melhor aprendizagem dos alunos. No entanto, ter somente acesso aos conteúdos não é suficiente para otimizar o aprendizado, são necessárias ações por parte dos alunos, que na literatura são nomeadas como estratégias de aprendizado. Estas estratégias são definidas na literatura como ações utilizadas por alunos para facilitar o processo de aprendizagem. Na literatura são classificadas três classes de estratégias de aprendizado, sendo elas cognitivas, metacognitivas e de apoio. O presente estudo tem como objetivo investigar as estratégias de aprendizagem utilizadas por alunos do ensino superior. A metodologia utilizada será a pesquisa bibliográfica em bases de dados de acesso livre. Os resultados serão analisados de forma quanti-qualitativa. Com este estudo, espera-se compreender o panorama brasileiro acerca de estudos sobre as estratégias de aprendizagem, uma vez que entende que estas habilidades são fundamentais para o aluno otimizar o seu processo de aprendizagem, e como professores do ensino superior possibilitar este aprendizado para seus alunos. Palavras-chave: Estratégias de aprendizagem, ensino superior, aprendizagem Introdução 799
2 As estratégias de aprendizagem são investigadas na literatura com o objetivo de compreender como estas são utilizadas pelos alunos, visto que são efetivas no processo de aprendizagem. Quando o estudante fica ciente de seus próprios processos psicológicos (metaconhecimento), pode planejar quais estratégias irá utilizar com mais eficácia (Pozo, 1998 apud Oliveira et.al 2010, p.16). Conforme definição de Nisbett e Shucksmith (1986) e Dansereau (1985) apud Perassinoto et. al. são sequências integradas de procedimentos ou atividades escolhidas com os objetivos de facilitar e tornar mais eficientes a aquisição, o armazenamento e a utilização da informação. (p.351) Lopes da Silva e Sá (1993) apud Souza (2010) afirmam que as estratégias de aprendizagem podem ser definidas como planos formulados pelos estudantes para atingirem seus objetivos de aprendizagem. (p.19). Sendo assim, técnicas ou métodos que os alunos utilizam para adquirir a informação. (Dembor, 1994, apud Burochovitch, 1999, p.01). Observa-se que na literatura não há consenso sobre a classificação das estratégias de aprendizagem, mas observa-se que a divisão entre cognitivas e metacognitivas são mais frequentes. (Souza, 2010). As estratégias cognitivas são definidas como comportamentos e pensamentos que influenciam o processo de aprendizagem de maneira que a informação possa ser armazenada mais eficientemente. (Dembo, 1994 apud Boruchovitch, 1999, p.361). Estratégias metacognitivas são definidas como os procedimentos que o indivíduo usa para planejar, monitorar e regular seu próprio comportamento. (Dembo, 1994 apud Boruchovitch, 1999, p.361). Weinstein e Mayer (1985) apud Boruchovitch (1999) classificou as estratégias de aprendizagem em cinco tipos, que foram posteriormente organizadas por Good e Brophy (1986) como ensaio, elaboração, organização, monitoramento e estratégias afetivas. Como descrito em Boruchovitch (1993), as estratégias de ensaio envolvem repetir ativamente tanto pela fala como pela escrita o material a ser aprendido. As estratégias de elaboração implicam na realização de 800
3 conexões entre o material novo a ser aprendido e o material antigo e familiar (por exemplo, reescrever, resumir, criar analogias, tomar notas que vão além da simples repetição, criar e responder perguntas sobre o material a ser aprendido). As estratégias de organização referem-se à imposição de estrutura ao material a ser aprendido, seja subdividindo-o em partes, seja identificando relações subordinadas ou superordinadas (por exemplo, topificar um texto, criar uma hierarquia ou rede de conceitos, elaborar diagramas mostrando relações entre conceitos). As estratégias de monitoramento da compreensão implicam que o indivíduo esteja constantemente com a consciência realista do quanto ele está sendo capaz de captar e absorver do conteúdo que está sendo ensinado (por exemplo, tomar alguma providência quando se percebe que não entendeu, autoquestionamento para investigar se houve compreensão, usar os objetivos a serem aprendidos como uma forma de guia de estudo, estabelecer metas e acompanhar o progresso em direção à realização dos mesmos, modificar estratégia utilizadas, se necessário). As estratégias afetivas referem-se à eliminação de sentimentos desagradáveis, que não condizem com à aprendizagem (por exemplo, estabelecimento e manutenção da motivação, manutenção da atenção e concentração, controle da ansiedade, planejamento apropriado do tempo e do desempenho). (Boruchovitch, 1999 p.4,) A organização das estratégias de aprendizagem foi novamente organizada na literatura em três grandes grupos. Mckeachie, et.al. (1990 apud Dembo 1994) classificou as estratégias em estratégias cognitivas, estratégias metacognitivas e estratégias de administração de recursos. Sendo a primeira relacionadas a estratégias de ensaio, elaboração e organização do material, a segunda em estratégias que dizem respeito a metacognição e a Terceira em relação a busca de apoio a terceiros. (Burochovitch, 1999). Com o conhecimento das estratégias citadas seria possível que alunos pudessem melhorar a forma de se apropriar do conhecimento, e consequentemente o desempenho escolar como para sanar dúvidas. (Darsie, 1996 apud Oliveira et.al. 2010). Por fim, o interesse do presente trabalho é fruto do percurso acadêmico da autora que possui formação em psicologia, neuropsicologia e psicopedagogia, e entende que as estratégias de aprendizagem são uma forma de prevenção para dificuldades de aprendizagem e, consequentemente promoção da aprendizagem. Este projeto tem como objetivo identificar as contribuições da literatura científica acerca das estratégias de aprendizagem dos alunos do ensino superior no Brasil. 801
4 Os objetivos específicos deste trabalho pretendem caracterizar as pesquisas encontradas em relação ao tema, e descrever o local de pesquisa, formação dos autores e área de conhecimento. Sabe- se que o aluno do ensino superior, principalmente das licenciaturas tem como foco na sua formação acadêmica a possibilidade de ministrar aulas e mediar processos de aprendizagem. Sendo assim, faz necessário investigar como este profissional adquire seu próprio conhecimento, uma vez que ele servirá como mediador de outros processos educacionais. Neves et.al. (2011), identificou uma carência de produções acadêmicas defendidas no período de 2005 a 2009 acerca da temática estratégias de aprendizagens no ensino superior. Sendo assim, a presente pesquisa justifica-se pela pertinência de dar continuidade ao estudo de Neves, et.al. (2011), para analisar a evolução da produção cientifica sobre o tema, e então possibilitar intervenções sobre a temática. A metodologia que será utilizada na presente pesquisa é a pesquisa bibliográfica, que é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. Gil (2008). Este método tem como objetivo identificar as principais contribuições científicas sobre estratégias de aprendizagem no ensino superior, disponíveis no meio eletrônico. Segundo Gil (2008), a principal vantagem da pesquisa bibliográfica reside no fato de permitir ao investigador a cobertura de uma gama de fenômenos mais ampla do que aquele que poderia pesquisar diretamente (p.45). Ainda de acordo com o autor, as pesquisas desta natureza possuem diferentes classificações em relação à fonte bibliográfica. Nesta pesquisa, serão utilizadas as fontes de publicações periódicas de acesso a revistas e artigos, e catálogo de Teses e Dissertações da CAPES. Desenvolvimento As estratégias de aprendizagem são imprescindíveis para que os alunos a utilizem como formas de aprimorar e potencializar o processo de aprendizagem. No 802
5 entanto, é necessário pontuar que o alunado muitas vezes não conhece quais são as estratégias a serem utilizadas. É necessário que professores tenham conhecimento das estratégias para que possam ensinar os alunos a aprender a aprender ; uma vez que pesquisas têm sugerido que é possível ajudar os alunos a exercer mais controle e refletir sobre seu próprio processo de aprendizagem, através do ensino de estratégias de aprendizagem (Brown, 1997; Clark, 1990; Pressley e Levin, 1983 apud Boruchovitch, 1999). O ensino das estratégias de aprendizagem ultrapassa somente o conhecimento sobre elas, é necessário que os alunos saibam usá-las de forma eficaz e personalizada. Conhecer as estratégias não é suficiente Pozo (1996). O professor ao ensinar determinado conhecimento pode analisar se as dificuldades podem ser minimizadas ou sanadas com a utilização das estratégias de aprendizado, e assim, antes de avaliar o conhecimento propriamente dito, poderá analisar se o estudante sabe de fato utilizar meios para facilitar seu aprendizado. Ao ensinar os estudantes a avaliarem seu próprio processo de aprendizagem, os professores estarão ensinando-os a superar dificuldades e vivenciar sua autonomia, uma vez que os estudantes que utilizam a metacognição para refletir sobre o seu conhecimento e buscar novas soluções por meio da análise do caminho já percorrido na aprendizagem, conseguem superar obstáculos. Oliveira et. al. (2010, p.18). Desta forma, o professor tem papel fundamental em mediar o aluno para que consiga desenvolver as estratégias que são eficazes em sua aprendizagem. O ideal seria incentivar o ensino de estratégias em contexto de sala de aula, de modo que os estudantes que apresentassem alguma limitação pudessem, com o tempo, melhorar o seu desempenho escolar. Roe, 1992 (apud Oliveira et.al. 2010, p.16). Por fim, este trabalho irá possibilitar um olhar acerca da formação do aluno do ensino superior, futuro professor, sobre as estratégias de aprendizagem utilizadas por este, uma vez que ele poderá auxiliar positivamente os alunos que tenham contato, para que também façam uso das estratégias de aprendizado e potencializem seu conhecimento. 803
6 Conclusão Como se trata de um projeto de uma pesquisa que será desenvolvida, os resultados ainda não foram identificados, no entanto, sugere-se que se trata de um tema de relevância para a comunidade científica uma vez que são informações que pretendem otimizar o processo de aprendizagem, e podem contribuir com fatores como motivação para o estudo e aprendizado significativo no ensino superior, e por fim, uma contribuição para literatura brasileira sobre a temática. 804
7 Referências Bibliográficas BORUCHOVITCH, Evely. Estratégias de aprendizagem e desempenho escolar: considerações para a prática educacional. Psicologia Reflexão. Crítica, Porto Alegre, v. 12, n. 2, p , OLIVEIRA, Katya Luciane de.,boruchovitch,evely.,santos, Acácia aparecida Angeli,. Escala de Avaliação das Estratégias de Aprendizagem para o Ensino Fundamental - EAVAP EF. São Paulo: Casa do Psicólogo, NEVES, Edna, Rosa Correia., SILVA, Lisliê Lopes Vidal., FREITAS, Eliana Barros de Araújo., Menezes, Elisangela Barros de Araujo., NOVAIS, Renata Lara. Estratégias de aprendizagem de alunos do ensino superior. Acta Científica, Engenheiro Coelho, v.20, n.2, p , maio /ago PERASSINOTO, Maria Gislaine., BORUCHOVITHC, Evely. BZUNECK, José Aloyseo. Estratégias de Aprendizagem e motivação para aprender de alunos do Ensino Fundamental. Avaliação Psicológica,12(3), p , Acesso em agosto Gil, Antônio Carlos, Como elaborar projetos de pesquisa. 4.ed. São Paulo: Atlas,2002. SOUZA, Liliane Ferreira Neves Inglez de. Estratégias de aprendizagem e fatores motivacionais relacionados. Educar em revista, Curitiba, n. 36, p , Available from < access on 03 July
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