UM ESTUDO SOCIOLINGÜÍSTICO SOBRE A CONCORDÂNCIA VERBAL: PRIMEIRA TENTATIVA DE CONHECER A FALA DE MENORES CARENTES DA CIDADE DE MACEIÓ

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1 4156 UM ESTUDO SOCIOLINGÜÍSTICO SOBRE A CONCORDÂNCIA VERBAL: PRIMEIRA TENTATIVA DE CONHECER A FALA DE MENORES CARENTES DA CIDADE DE MACEIÓ Renata Lívia de Araújo Santos ( UFAL) 1. APRESENTAÇÃO Sabe-se que, desde Aristóteles, o ser humano é um ser social e que, portanto, a comunicação entre os homens é imprescindível para viver e sobreviver. Dessa forma, a língua, por ser um tipo de comportamento social, surge como um sistema heterogêneo. A Sociolingüística, cujo principal representante é o lingüista americano William Labov (1983) [1972], se propõe a estudar essa heterogeneidade. Essa ciência permite ao pesquisador analisar a língua em uso, na sua forma concreta de empregar elementos lingüísticos. Essa subárea da lingüística surgiu a partir do momento em que outras subáreas não conseguiam dar conta dos fatores extralingüísticos que influenciam a fala. Desde então, inúmeras pesquisas vêm sendo realizadas com o objetivo de comprovar a heterogeneidade da língua e analisar os limites dessa heterogeneidade. Um dos vários fenômenos que vem sendo freqüentemente analisado pela perspectiva Sociolingüística Variacionista é a concordância verbal (Naro, 1981; Scherre & Naro 1991, 1993; Naro & Scherre, 1996, 1999; e outros). Sabe-se que estudiosos sociolingüísticos estão longe de aceitarem as regras prescritivas de concordância, tendo em vista que essas regras não são aplicadas durante a fala em situações informais. Para a realização de pesquisas nessa área, as comunidades de fala grupo de pessoas que interagem verbalmente e que possuem regras de usos lingüísticos (ALKMIM, 2001: 31) são analisadas. Dessa forma, a fala de muitas comunidades vem sendo investigada. Porém, observa-se que há poucos trabalhos sobre a fala de comunidades mais desassistidas da sociedade como, menores carentes que vivem em entidades filantrópicas de Maceió. Haja vista que um membro dessa comunidade fala a língua que essa comunidade utiliza e que o seu contato com outras comunidades é, de certa forma, restrito, podemos afirmar que a fala de menores carentes que vivem em entidades filantrópicas de Maceió caracteriza essa comunidade, distinguindo-a das demais. Menores carentes são oriundos das classes socialmente marginalizadas e muitos deles acabam morando nas ruas, tendo que trabalhar desde criança para ajudar seus familiares, outros são abandonados e não têm uma base familiar necessária para uma boa educação. Desse modo, as instituições filantrópicas surgem como uma oportunidade para uma vida mais digna. Por outro lado, essas crianças e adolescentes perdem sua liberdade, passam a viver em uma instituição que possui regras e deveres que devem ser cumpridos a fim de preparar e inserir esses adolescentes na sociedade. Assim, essas entidades procuram desenvolver ações de cunho assistencial, voltadas para o desenvolvimento do cidadão, através de um processo de formação de crianças e jovens desintegrados das políticas públicas. Logo, atividades de caráter sócio-pedagógico, profissional e cultural surgem como métodos alternativos para alcançar os objetivos esperados. Dessa forma, pretendemos realizar um estudo sobre a concordância verbal na fala de crianças e adolescentes que vivem em entidades filantrópicas de Maceió a fim de compreender melhor esse comportamento lingüístico e identificar os fatores internos e externos ao sistema lingüístico que podem estar influenciando a escolha de uma variante em detrimento da outra (concordância ou nãoconcordância), contribuindo, assim, para conhecer a realidade lingüística dessa comunidade de fala. Vale ressaltar que essa pesquisa encontra-se em estágio inicial de desenvolvimento e que, portanto, não iremos apresentar aqui resultados e análises, mas os procedimentos que foram feitos até então.

2 OBJETIVOS E HIPÓTESES Para o desenvolvimento dessa pesquisa, temos como objetivo geral fazer um quadro descritivo de como as variações de concordância verbal são realizadas na fala de menores carentes que vivem em regime de internato na cidade de Maceió, descrevendo quais os condicionantes lingüísticos e extralingüísticos podem estar influenciando na escolha da variante considerada estigmatizada (não concordância) e não estigmatizada (concordância). A fim de alcançarmos o objetivo geral pretendido, nós observaremos se a natureza do verbo, a posição do sujeito na sentença e o distanciamento do verbo do seu sujeito condicionam a variação entre a concordância verbal e a não concordância verbal na fala desses menores. E observaremos também se os fatores sociais sexo, idade e tempo de permanência na entidade filantrópica são determinantes na realização ou não da concordância verbal. Quanto às hipóteses, partimos do pressuposto, conforme os estudos já realizados sobre concordância verbal, de que há variação entre concordância e não concordância verbal na fala dessa comunidade e que essa alternância é condicionada por fatores lingüísticos e extralingüísticos, especialmente os citados anteriormente. 3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 3.1 pressupostos do modelo sociolingüístico variacionista Devido ao reconhecimento da importância de trabalhos quantitativos que utilizam dados que refletem o uso da língua em um contexto social heterogêneo, esta pesquisa tem como instrumento teórico a Sociolingüística Variacionista, cuja concepção de língua se orienta como sistema socialmente determinado, ou seja, um sistema heterogêneo, cuja variação estrutural está relacionada às alterações das normas culturais e ideológicas de uma comunidade de fala. Quando assumimos que a língua é heterogênea, estamos afirmando que há mais de uma maneira de se dizer uma mesma coisa. É justamente no contato com os membros da comunidade lingüística em que o falante está inserido que ele encontrará seus limites para a heterogeneidade particular. Essa diversidade no modo de falar de cada comunidade constitui o objeto de estudo da Sociolingüística. Dessa forma, a Teoria Variacionista se opõe à concepção de língua como sistema homogêneo e autônomo que se impõe de uma única forma a todos os falantes de uma comunidade lingüística. De acordo com essa teoria, as diferenças no modo de falar de cada comunidade não ocorrem de forma aleatória, pois se assim fosse, existiria um caos lingüístico e a comunicação estaria comprometida. A língua passa por um processo de variação e/ou mudança, sistemático e contextualizado. Isso ocorre devido à existência de fatores lingüísticos e extralingüísticos que influenciam simultaneamente o sistema lingüístico, ou seja, a língua é influenciada não só por fatores estruturais, mas também por fatores sociais, políticos, econômicos e culturais que cercam a comunidade lingüística em que ela está inserida. Logo, pressupõe-se que a partir de um contato lingüístico e sócio-cultural com outras comunidades de fala o repertório lingüístico do falante vai alterando-se e, algumas vezes, modificando-se, e é justamente essa descoberta de uma realidade nova que impulsiona esse processo de variação. Segundo Alkmin o contato cultural com outros povos, o conhecimento de novos conteúdos ou de realidades até então desconhecidas são o motor da elaboração de novos conceitos e da produção de novas palavras (2001, p. 41). Assim, em meio a essa heterogeneidade lingüística, há preferências por uma ou outra forma de falar, que são consideradas dentro da sociedade formas certa/errada, não estigmatizada/estigmatizada, de prestígio/desprestigiada. Esses conceitos acabam por provocar o preconceito lingüístico e as classes lingüisticamente marginalizadas, que sofrem com esse preconceito, muitas vezes encontram-se obrigadas,

3 4158 conscientemente ou não, a falar de uma outra forma, a mais aceita, para, assim, serem aceitos pela sociedade. Dessa forma, levando em consideração que a língua varia conforme o contexto em que ela é enunciada, e, assim, que ela sofre influências não só internas ao seu sistema, mas também externas a ele, e por acreditarmos que fatores lingüísticos e extralingüísticos pertencentes a um conjunto total que podem refletir numa amostra representativa da fala de uma comunidade, realizaremos um estudo sincrônico e quantitativo sobre a língua falada por menores carentes que vivem em regime de internato em entidades filantrópicas de Maceió a fim de contribuir para a sistematização da variação lingüística Estudos sobre a concordância verbal no português brasileiro Muitas pesquisas vêm sendo desenvolvidas a respeito da concordância sujeito-verbo no PB (Naro, 1981; Scherre & Naro 1991, 1993; Naro & Scherre, 1996, 1999; e outros) Esse fenômeno chama a atenção devido à grande quantidade de regras de concordância verbal, encontradas nas Gramáticas Tradicionais, que não são aplicadas na língua falada no cotidiano. Conforme Moura (2007) segundo a ordem Sujeito-Verbo-Objeto (SVO) no português brasileiro, a concordância é estabelecida entre o sujeito e o verbo (p.20). Lapa (1973) apud Moura (2007) levanta três motivos que influenciam situações de ausência de concordância verbal: um, que consiste em concordar as palavras não segundo a letra mas segundo a idéia: outro, segundo o qual a concordância varia conforme a posição dos termos do discurso; e um terceiro que traduz o propósito de fazer a concordância com o termo que mais interessa acentuar ou valorizar (p. 20). Moura (2007) reconhece que a concordância verbal pode ser considerada uma regra variável, mesmo em se tratando da norma culta da língua (p.20). Bechara também destaca essa flexibilidade é preciso estar atento a liberdade de concordância que a língua portuguesa muitas vezes oferece (2004, p. 544). Porém fica clara a diferença entre as duas falas, em que Bechara faz o ressalvo a fim de que se tenha cuidado com essa liberdade para não prejudicar a clareza da mensagem e a harmonia do estilo (BECHARA, 2004, p. 544), enquanto Moura (2007) procura destacar a variação a fim de que se aborde esse fenômeno de maneira adequada, segundo os pressupostos sociolingüísticos, nas escolas. Interessa-nos, a primeiro momento, os trabalhos realizados sobre concordância verbal na fala de alagoanos (Moura, 1988; Tavares Silva, 1999, e outros), tendo em vista o objetivo de fazer uma comparação do fenômeno em estudo na comunidade de fala selecionada com as outras comunidades de falantes alagoanos Estudos sobre menores carentes Poucos são os estudos realizados sobre a fala de menores carentes. Machado (2000) realizou uma pesquisa sobre as falas de meninos e meninas de rua de Salvador, suas relações com a sociedade, a família, o governo, a polícia e com instituições como a escola e a igreja. Esta pesquisa configurou-se dentro de um paradigma metodológico que considera dado válido aquele que se diz ser um dado de qualidade e tem como concepção de língua(gem) que não se atêm aos limites aceitos pela disciplina lingüística tradicional, que preconiza e impõe fronteiras do que pode ser examinado, analisado (Cf. MACHADO, op. cit.). Este estudo revela-se importante para nossa pesquisa uma vez que nele foi traçado um perfil de crianças moradoras de rua de Salvador, ou seja, de uma comunidade lingüisticamente marginalizada. Outra pesquisa que poderá dar contribuições valiosas para estudos sobre menores carentes, uma vez que poderá contribuir para uma melhor compreensão de vida desta classe social, é um levantamento que será feito pela SNAS (Secretaria Nacional de Assistência Social). Esse levantamento consiste em uma

4 4159 contagem a fim de verificar o número de moradores de rua de 60 cidades brasileiras com mais de 300 mil habitantes. Esta contagem pretende apurar as condições de vida deste segmento saúde, existência de registro civil, nível de escolaridade, origem, entre outras informações e tem como objetivo formular políticas públicas para a inclusão social da população em situação de rua. Vale destacar que esta contagem vai abranger todos os 27 estados e mais o Distrito Federal (Cf. MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME). 4. MENORES CARENTES É fato que as políticas sócio-econômicas brasileiras não apresentam resultados efetivos na condição de vida da população. Com a globalização e a prática de políticas neoliberais, tem aumentado a desigualdade social, mesmo nos países desenvolvidos (MOREIRA, 2002, p. 369). Devido às exigências da globalização mundial, o processo de exclusão social vem se intensificando nos últimos tempos. O que se observa é que esses fatores, que constituem a situação atual, provocam um quadro cruel em que não há mais lugar para todos na sociedade. Essa classe excluída é formada por pessoas comuns, porém impedidas pelo sistema capitalista de viver dignamente e de usufruir seus direitos. Nesse contexto, insere-se a população em situação de rua, grupo populacional heterogêneo, composto por pessoas com diferentes realidades, mas que têm em comum a condição de pobreza absoluta e a falta de pertencimento à sociedade formal (COSTA, 2005, p. 3). Esse mundo social não é criado ou escolhido pelas pessoas que vivem nas ruas, pelo menos inicialmente, mas para o qual foram empurradas por circunstâncias alheias ao seu controle. Partilham, contudo, do mesmo destino, o de sobreviver nas ruas e becos das grandes cidades (Idem, p. 4). Em meio a essa classe, uma se revela com maior urgência: a de crianças que já nascem nesse contexto, que são acostumadas desde muito cedo a conviver com situações degradantes. Menores carentes são crianças e adolescentes oriundos das classes baixas da população. Muitos deles moram nas ruas, tendo que trabalhar desde criança para ajudar seus familiares; outros são abandonados e não têm uma base familiar necessária para uma boa educação. Desse modo, os orfanatos surgem como uma oportunidade para uma vida mais digna. Por outro lado, essas crianças e adolescentes perdem no quesito liberdade, passando a viver em uma instituição que possui regras e deveres que devem ser cumpridos a fim de preparar e inserir esses adolescentes na sociedade. Assim, as entidades filantrópicas procuram desenvolver ações de cunho assistencial, voltadas para o desenvolvimento do cidadão, através de um processo de formação de crianças e jovens desassistidos de políticas públicas. Logo, atividades de caráter sócio-pedagógico, profissional e cultural surgem como métodos alternativos para alcançar os objetivos esperados. As crianças institucionalizadas são privadas, cronicamente, de vínculo afetivo, de privacidade e de um convívio direto com a sociedade. A institucionalização de crianças é um dispositivo jurídico que pretende proteger a infância, mas que deve ser recorrido em caso extremo, uma vez que todo cidadão tem direito ao convívio familiar e social. 5. ENTIDADES FILANTRÓPICAS A realidade que cerca a vida do povo brasileiro não é nada agradável. A pobreza e a degradação são evidentes, mas há, ao mesmo tempo, riqueza e poder. Este cenário nos revela dois mundos

5 4160 dicotômicos. Por questão de recorte e, sem dúvida, de preocupação, iremos nos deter na realidade cruel que cerca o mundo economicamente carente. Segundo uma pesquisa realizada em 2008 pela Secretaria Nacional de Assistência Social (SNAS), que tem como meta o cumprimento da tarefa histórica de consolidar o direito à Assistência Social em todo o território nacional (Cf. MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME), há adultos vivendo em situação de rua nos 71 municípios pesquisados. Essa pesquisa, de abrangência nacional, foi desenvolvida no período de agosto de 2007 a março de 2008 e teve como público-alvo pessoas com 18 anos completos ou mais vivendo em situação de rua. O levantamento abrangeu um conjunto de 71 cidades brasileiras. Desse total, fizeram parte 48 municípios com mais de 300 mil habitantes e 23 capitais, independentemente de seu porte populacional. Entre as capitais brasileiras não foram pesquisadas São Paulo, Belo Horizonte e Recife, que haviam realizado pesquisas semelhantes em anos recentes, e nem Porto Alegre que solicitou sua exclusão da amostra por estar conduzindo uma pesquisa de iniciativa municipal simultaneamente ao estudo contratado pelo MDS (Idem, 2008). Assim, embora expressivos, os resultados dessa pesquisa não devem ser tomados como o número total e real de população vivendo em situação de rua no país, já que a mesma foi conduzida em um conjunto de municípios brasileiros, e não em sua totalidade. Contudo, como já foi frisado, os números da pesquisa revelam-se significativos. Na tentativa de diminuir, de alguma forma, esse elevado número de moradores de rua, surgem as entidades filantrópicas. Entendemos por entidade beneficente aquela que se destina, conforme indicado em seu objeto, a atividades com conotação de: assistência e caridade; ajuda espontânea oferecida por sentimento de solidariedade particular (Cf. CASTRO) e por filantropia, amor à humanidade (...) caridade (FERREIRA, 1975, p. 627). O conceito de Entidade Filantrópica é relativamente antigo e foi consolidado na Lei Orgânica da Assistência Social LOAS. Resumidamente uma Entidade é considerada Filantrópica quando não tem finalidade lucrativa, presta serviços à sociedade, não cobra os serviços prestados a beneficiários carentes (Cf. DIAGNÓSTICO GRATUÍTO). No Brasil, há aproximadamente 250 mil entidades que prestam algum tipo de serviço à comunidade, conhecidas pelo termo genérico de Organização Não Governamental (ONG) (Idem). As ONGs têm desempenhado um importante papel na mobilização da sociedade civil tanto em escala local e nacional como mundial (MOREIRA, 2002, p.439). Em Maceió, não há essa contagem, porém, o número deve ser expressivo, tendo em vista que Alagoas tem o mais alto índice de crianças e adolescentes pobres do país 78,4%, enquanto que o índice do Brasil é de 50,3% (...) É em Alagoas que crianças têm as piores chances de vida (RODRIGUES, 2008). Haja vista o exposto, selecionamos duas entidades filantrópicas para a presente investigação: Lar Batista Marcolina Magalhães e Lar Evangélico Masculino Pastor Boyd O neal, cujos trabalhos se baseiam no apoio a meninos e meninas carentes, respectivamente, que eram moradores de rua ou cuja família não tinha condições dignas para sustentá-los. Essas duas entidades filantrópicas têm como principal desafio preparar e inserir esses adolescentes na sociedade. Para tanto, buscam ensinar uma profissão e ofertam reforço escolar para que seus membros, que chegam na instituição a partir dos 7 anos, possam se manter ao deixarem os orfanatos, o que ocorre quando a criança atinge os 18 anos de idade. Além disso, essas entidades são de base evangélica, assim, seus membros freqüentam a igreja uma vez por semana e todas as atividades desenvolvidas giram em torno dos princípios dessa religião.

6 4161 Essas duas instituições foram selecionadas pelo fato de corresponderem às características previamente estabelecidas: entidade filantrópica que abrigasse meninos e meninas carentes e que seus membros vivessem nesses lares integralmente. Como não foi possível encontrar uma só entidade que trabalhasse com ambos os sexos, tivemos que selecionar dois ambientes para a análise. 6. METODOLOGIA Tendo em vista que há procedimentos metodológicos que guiam e interferem em uma observação para que essa seja de qualidade e confiabilidade, temos como fundamentação metodológica a Sociolingüística Variacionista. Essa metodologia será utilizada basicamente para a coleta e análise de dados. Para o desenvolvimento dessa pesquisa estamos realizamos um breve levantamento das condições sociais que cercam a vida desses menores a fim de traçar um perfil dessa comunidade de fala, uma vez que acreditamos esse quadro social poderá facilitar a compreensão da situação dessa comunidade. Para se obter uma amostra representativa da comunidade de fala estudada, os colaboradores selecionados para a montagem do corpus desta pesquisa são crianças e adolescentes que vivem em entidades filantrópicas da cidade de Maceió. O número de colaboradores é dezesseis, uma vez que o número de falantes para cada célula foi de dois falantes, tendo em vista os fatores sociais e a extensão da comunidade em estudo, cerca de quarenta membros. A escolha dos colaboradores deu-se de forma aleatória estratificada, dividindo os indivíduos por célula. Dessa forma, temos como ambiente de análise o Lar Evangélico Masculino Pastor Boyd O Neal e o Lar Batista Marcolina Magalhães, cujos trabalhos se baseiam no apoio a meninos e meninas carentes, respectivamente, que eram moradores de rua ou cuja família não tinha condições dignas para sustentá-los. Essas duas entidades filantrópicas têm como principal desafio preparar e inserir esses adolescentes na sociedade. Os fatores extralingüísticos postos em análise foram o sexo, a faixa etária (7 a 12 anos e 13 a 18 anos) e a quantidade de tempo de permanência nos internatos (- de 5 anos e + de 5 anos). Esses fatores foram estabelecidos de acordo com o que consideramos relevante dentre as características da comunidade e que, possivelmente, são fatores que podem estar influenciando na fala. Nessa escolha, os fatores internos também foram levados em consideração, da mesma forma que para a seleção dos fatores internos, os externos não foram descartados. As hipóteses da pesquisa foram levantadas a partir de estudos já realizados sobre a concordância verbal. Já os objetivos foram definidos a fim de respondermos satisfatoriamente as questões que norteiam a pesquisa e de confirmamos ou não as hipóteses levantadas. Os dados de fala foram coletados através de entrevistas gravadas em um aparelho MP4. Os tópicos da entrevista consistem em perguntas sobre o cotidiano da comunidade e serviram para que os colaboradores se habituassem com a situação. Para facilitar a execução dessa etapa, foi elaborado um roteiro-guia. Vale ressaltar que o tempo de duração de cada entrevista foi de, no máximo, dez minutos. Todos esses cuidados foram tomados com a finalidade de coletarmos uma fala natural, para que, assim, o sucesso pretendido fosse alcançado. Após as gravações, foi realizada a transcrição dos dados e, em seguida, a montagem do corpus. A próxima etapa constituirá a análise dos dados com o intuito de observar quais os condicionantes lingüísticos e extralingüísticos que podem estar influenciando na escolha da variante considerada estigmatizada (não concordância) e não estigmatizada (concordância) a fim de alcançar os objetivos específicos pretendidos e verificar se as hipóteses levantadas serão confirmadas. Para a realização do estudo comparativo, utilizaremos os dados do LUAL, banco de dados da Língua Usada em Alagoas. É importante ressaltar que não será utilizado nenhum tipo de corpus levantado e transcrito, uma vez que não há estudos em Alagoas referentes à língua falada de menores carentes que vivem em entidades filantrópicas.

7 4162 CONSIDERAÇÕES O estudo sobre a concordância verbal foi selecionado como uma primeira tentativa de compreender melhor a realidade lingüística local desse grupo social. Contudo, tendo em vista que a Sociolingüística Variacionista é um estudo de campo, em que os dados, quando ainda não são conhecidos, devem surgir a partir do contato com a comunidade de fala, ou seja, a partir de como essa fala se revela. Como dissemos, a fala de menores carentes que vivem em entidades filantrópicas de Maceió ainda não foi estudada em Alagoas através de uma perspectiva variacionista. Realizamos, então, a coleta de dados para conhecermos essa fala. Ao analisá-la, percebemos que há alguns fenômenos específicos da concordância verbal e/ou, todavia, há outros que se relevam, digamos, característicos dessa comunidade de fala. Continuaremos investigando essa fala para que possamos selecionar de fato um fenômeno de estudo que se revele importante dentro da mesma. REFERÊNCIAS ALKIMIN, T. M. (2001). Sociolingüística: parte 1. In MUSSALIN, F. e BENTES, A. C. Introdução à Lingüística 1. Domínios e Fronteiras. BECHARA, E. (2004). Moderna gramática portuguesa. Rio de Janeiro: Lucerna. CASTRO, L. A. Entidades filantrópicas. Disponível em Acesso em 27 de jan. de COSTA, A. P. M. (2005). População em situação de rua: contextualização e caracterização. Revista Virtual Textos & Contextos. Disponível em Acesso em 27 de jan. de DIAGNÓSTICO GRATUÍTO. Capacitação na Gestão de Entidades do TERCEIRO SETOR. Disponível em Acesso em 13 de nov. de FERREIRA, A. B. de H. (1975). Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Nova Fronteira, Rio de Janeiro. p LABOV, W. (1983). Modelos Sociolingüísticos. Madrid: Cátedra. MACHADO, R. H. B. (2000). Instituições caras nas vozes e silêncios de meninos e meninas de rua. Universidade Federal de Alagoas. Maceió. MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME. Snas inicia processo de contagem de população em situação de rua. Disponível em Acesso em 24 de out. de Desenvolvimento social. Disponível em Acesso em 27 de jan. de (2008). Pesquisa nacional sobre a população em situação de rua. Acesso em 27 de jan. de MOLLICA, M. C. & BRAGA, M. L. (Orgs.) (2003). Introdução à Sociolingüística: o tratamento da variação. São Paulo: Contexto. MOREIRA, J. C. (2002). Geografia para o ensino médio: geografia geral e do Brasil. São Paulo: Scipione.

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