Psicologia da Educação D I S C I P L I N A. A Psicologia da adolescência. Autora. Vera Lúcia do Amaral. aula

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1 D I S C I P L I N A Psicologia da Educação A Psicologia da adolescência Autora Vera Lúcia do Amaral aula 05

2 Governo Federal Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva Ministro da Educação Fernando Haddad Secretário de Educação a Distância SEED Carlos Eduardo Bielschowsky Universidade Federal do Rio Grande do Norte Reitor José Ivonildo do Rêgo Vice-Reitora Ângela Maria Paiva Cruz Secretária de Educação a Distância Vera Lúcia do Amaral Secretaria de Educação a Distância- SEDIS Coordenadora da Produção dos Materiais Marta Maria Castanho Almeida Pernambuco Coordenador de Edição Ary Sergio Braga Olinisky Projeto Gráfico Ivana Lima Revisores de Estrutura e Linguagem Eugenio Tavares Borges Jânio Gustavo Barbosa Thalyta Mabel Nobre Barbosa Revisoras de Língua Portuguesa Janaina Tomaz Capistrano Sandra Cristinne Xavier da Câmara Revisora Tipográfica Nouraide Queiroz Ilustradora Carolina Costa Editoração de Imagens Adauto Harley Carolina Costa Diagramadores Bruno de Souza Melo Dimetrius de Carvalho Ferreira Ivana Lima Johann Jean Evangelista de Melo Adaptação para Módulo Matemático André Quintiliano Bezerra da Silva Kalinne Rayana Cavalcanti Pereira Thaísa Maria Simplício Lemos Imagens Utilizadas Banco de Imagens Sedis (Secretaria de Educação a Distância) - UFRN Fotografias - Adauto Harley Stock.XCHG - Revisora das Normas da ABNT Verônica Pinheiro da Silva Divisão de Serviços Técnicos Catalogação da publicação na Fonte. UFRN/Biblioteca Central Zila Mamede Amaral, Vera Lúcia do. Psicologia da educação / Vera Lúcia do Amaral. - Natal, RN: EDUFRN, p.: il. Conteúdo: A psicologia e sua importância para a educação A inteligência A vida afetiva: emoções e sentimentos Crescimento e desenvolvimento A psicologia da adolescência A formação da identidade: alteridade e estigma Como se aprende: o papel do cérebro Como se aprende: a visão dos teóricos da educação Estratégias e estilos de aprendizagem: a aprendizagem no adulto A dinâmica dos grupos e o processo grupal A família A escola como espaço de socialização Sexualidade A questão das drogas Os meios de comunicação de massa. 1. Psicologia. 2. Psicologia educacional. 3. Didática. I. Título. ISBN: CDU RN/UF/BCZM 2007/49 CDD 150 Copyright 2007 Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste material pode ser utilizada ou reproduzida sem a autorização expressa da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

3 Apresentação D ando continuidade à discussão sobre o desenvolvimento humano, nesta aula, vamos observar o indivíduo no estágio em que geralmente o encontramos no Ensino Médio: a adolescência. Vamos fazer um breve passeio pela história para ver como surge esse conceito e vamos conhecer suas características físicas e comportamentais. Objetivos 1 Conhecer o conceito de adolescência, diferenciando-o de puberdade. 2 Conhecer as características psicológicas da adolescência. 3 Discutir a adolescência enquanto fenômeno universal. Aula 05 Psicologia da Educação

4 Adolescência, como surge? Na aula 4 (Crescimento e desenvolvimento), vimos que Piaget propõe como a última das fases do desenvolvimento, o período das operações formais, que se inicia por volta dos 12 anos de idade. Nesta fase, o pensamento atingiu a maturidade do seu desenvolvimento, o indivíduo torna-se capaz de operar a partir de conceitos abstratos, sendo, assim, capaz de abstrair e generalizar idéias. Concomitantemente a esse desenvolvimento no plano mental, há também um crescimento orgânico acentuado, com modificações fisiológicas, sobretudo dos órgãos da reprodução e dos caracteres sexuais secundários. Pela idade, pelas características físicas e mentais, fica claro para nós que estamos nos referindo a uma fase do desenvolvimento que costumamos chamar adolescência. Mas, será que a adolescência é somente isso? Atividade Para você, o que é o adolescente? Cite a seguir 5 características que você considera típicas do adolescente. Você considera que essas características são comuns a todos os adolescentes? Justifique. sua resposta Aula 05 Psicologia da Educação

5 Discutindo um pouco da História No início dos anos 60 do século XX, Phillippe Ariès, historiador francês, lança na França o livro A história social da infância e da família, um marco no estudo do conceito de infância e adolescência. Para ele, até o final do século XVIII não havia uma concepção de infância como uma etapa distinta na evolução das pessoas; uma criança era apenas um adulto em miniatura. Assim, elas participavam normalmente de todas as atividades familiares, fosse o nascimento de uma criança, a morte de um parente, fossem as atividades cotidianas. A partir do início do século XIV, com todas as mudanças sociais trazidas pela Revolução Industrial, começa também a ocorrer uma mudança nessa concepção. A instituição de leis que reguladoras do trabalho e a responsabilização dos pais pela escolarização dos filhos foram fatores importantes para a constituição de uma nova mentalidade sobre a família. As crianças passaram a ser excluídas do mundo do trabalho e das responsabilidades e, com isso, foram se separando do mundo dos adultos, surgindo o conceito de infância como um período do desenvolvimento com características próprias. A distinção entre crianças e adultos faz surgir a percepção de que há um período intermediário, com características também particulares: a adolescência. Segundo Ariès, por volta de 1890 há um enorme interesse por essa fase da vida, que se torna tema literário e tema de preocupação dos educadores e políticos. De acordo com o autor, a adolescência passa a ser caracterizada como um emaranhado de fatores de ordem individual, por estar associada à maturidade biológica, e de ordem histórica e social, por estar relacionada às condições específicas da cultura na qual o adolescente está inserido. Assim, para Ariès, os conceitos de infância e de adolescência são invenções da sociedade industrial. Mas, a partir daí, entendidos como fases da vida, esses temas passam a ser objeto de estudos dos especialistas, provocando o aparecimento de políticas sociais e educacionais e a consolidação da psicologia do desenvolvimento como área de conhecimento. Os conceitos de adolescência e puberdade Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a adolescência é um período da vida no qual acontecem diversas mudanças físicas, psicológicas e comportamentais, que começa aos 10 e vai até os 19 anos. No Brasil, para o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), ela começa aos 12 e vai até os 18 anos, provavelmente para coincidir com a maioridade penal brasileira. Mas, que mudanças físicas, psicológicas e comportamentais seriam essas? Aula 05 Psicologia da Educação 3

6 A primeira mudança observada, geralmente, diz respeito às mudanças físicas. É o período de um acelerado crescimento da estatura. O corpo do adolescente muda tão rápido e tão radicalmente que não dá tempo para que ele se acostume com as modificações. O mais comum é encontrarmos adolescentes com posturas desengonçadas, movimentos pouco harmoniosos dos braços e pernas, resultando num caminhar fora do ritmo. Figura 1 Gráfico mostra o crescimento que ocorre na adolescência Ao lado desse crescimento, uma série de outras modificações orgânicas começa a acontecer, com características que variam entre meninas e meninos. Começam a aparecer os chamados caracteres sexuais secundários: nas meninas, o surgimento das mamas; nos meninos, o aumento dos testículos; em ambos, o desenvolvimento dos pelos pubianos. A partir dessas modificações orgânicas, começa uma fase chamada puberdade. A puberdade, então, não é o mesmo do que adolescência, mas ocorre dentro da adolescência, e marca, organicamente, o início da preparação do sujeito para a procriação. A idade do início da puberdade também varia em função do sexo: nos meninos, ocorre em torno dos 12 aos 14 anos; nas meninas, entre os 10 e os 13 anos. Assim, a puberdade é marcada pelas características físicas descritas a seguir. 1. Nos meninos: modificação no timbre da voz; aumento da largura dos ombros; aparecimento de pelos no rosto, axilas e região pubiana; crescimento do pênis e testículos; e o surgimento da primeira ejaculação. 2. Nas meninas: desenvolvimento das glândulas mamárias; aumento dos quadris; aparecimento de pelos na região pubiana; e o surgimento da primeira menstruação, chamada menarca. Essas características, apesar de serem universais e de acontecerem em todos os seres humanos, podem sofrer variações, sendo aceleradas, retardadas e até interrompidas, Aula 05 Psicologia da Educação

7 dependendo de fatores ambientais, estresse, má nutrição, atividade física intensa. Por exemplo, a desnutrição pode retardar a menarca em meninas e a prática de atividade física intensa, como o trabalho infantil, pode acelerar esse processo. São conhecidos os estudos que mostram o surgimento da menarca aos 9 anos de idade em meninas habitantes de regiões de clima quente e, por outro lado, aos 15 anos em meninas que habitam regiões de clima frio. Todas essas mudanças na anatomia e na fisiologia são, geralmente, acompanhadas de mudanças comportamentais. A puberdade, como marca orgânica, é identificada pelo mundo dos adultos como o momento em que o adolescente precisa começar a assumir outro papel social, o que implica novas responsabilidades e posturas frente à vida. Como essas mudanças ocorrem de uma forma muito rápida, o adolescente pode se sentir bastante confuso, cheio de dúvidas e ansiedades com relação ao que a sociedade espera dele. Essa pode ser, então, uma fase marcada por perdas: ele perde seu corpo infantil e tem que passar a conviver com um corpo novo que ele ainda não sabe manejar muito bem; perde dos pais a proteção e o amparo dispensados na infância; perde a identidade e o papel dentro da família na qual mantinha uma relação de dependência natural. Essas perdas, dependendo do suporte dado pela estrutura social e familiar, podem ser vivenciadas como uma grande crise, que os autores costumam chamar de crise da adolescência. As características psicológicas da adolescência Mauricio Knobel é um dos estudiosos dessa questão. Ele definiu uma síndrome normal da adolescência, como uma representação esquemática do fenômeno. A definição de uma normal anormalidade, para ele, não significa que está identificando algo patológico, mas serve somente para facilitar a compreensão desse período da vida. Vamos analisar agora as suas características psicológicas. Síndrome Síndrome é um termo usado na Medicina para definir um conjunto de sintomas que caracterizam uma doença. O contraditório na definição de Knobel é ele usar o termo para caracterizar algo normal e não patológico. Aula 05 Psicologia da Educação 5

8 1. Busca de si mesmo e da identidade Todas as modificações corporais e as expectativas da sociedade com relação ao jovem levam-no a perceber que está vivenciando uma situação nova, a qual muitas vezes é vivida com ansiedade pelo desconhecimento de que rumo tomar. A experiência de ter um corpo em mutação leva a conflitos com a auto-imagem, fazendo com que ora sinta orgulho ora sinta vergonha do próprio corpo. Apesar de todas essas modificações, o adolescente precisa dar uma continuidade a sua personalidade, ou seja, precisa saber quem ele é, em que está se transformando, para assim reconstruir sua identidade. Os jovens passam horas e horas em frente ao espelho e comparam-se uns aos outros, buscando um padrão de normalidade e aceitação. Tais situações requerem momentos de isolamento e a assunção de identidades transitórias, ocasionais ou circunstanciais, no sentido de entender a sua intimidade e, assim, desenhar a sua própria identidade. Sobre a complexidade desse processo de identificação estudaremos mais detidamente na próxima aula. 2. Tendência grupal A busca da identidade no adolescente faz com que ele recorra, como comportamento defensivo, à busca pela uniformidade, que pode lhe fornecer segurança e auto-estima. A partir daí surge o espírito de grupo. No grupo, há um processo massivo de identificação coletiva. Basta olhar para um grupo de adolescentes: as vestimentas são semelhantes, o modo de falar (às vezes, criando um idioma próprio), os lugares freqüentados, os interesses, tudo é absolutamente semelhante. Neste momento, o jovem se identifica muito mais com seu grupo do que com os familiares. No grupo, ele sente-se reforçado e apoiado em suas ansiedades. Daí porque a vivência grupal é de fundamental importância. O grupo se constitui na transição necessária entre o mundo familiar e o mundo adulto. Figura 2 a tendência grupal é próprio da adolescência 3. Necessidade de intelectualizar e fantasiar A realidade impõe ao adolescente a necessidade de renunciar ao corpo infantil e à proteção familiar. Isso pode ser vivido como uma experiência de enorme desamparo e impotência, que o obriga a recorrer ao pensamento para compensar essas perdas. O adolescente, então, tende a fugir para seu mundo interior, como uma forma de buscar um reajuste emocional, e nessa tentativa de encontro consigo mesmo começa a demonstrar preocupações de ordem ética, moral, social. Neste momento, pode desenvolver grandes teorias sobre o mundo, nas quais vai misturar justificativas concretas com idéias fantasiosas infantis. Aula 05 Psicologia da Educação

9 4. Crises religiosas A conduta do jovem pode ir do total ateísmo até comportamentos religiosos tão engajados que podem cursar do misticismo até o fanatismo. Entre essas condutas, há uma grande variedade de posições religiosas e mudanças muito freqüentes, tudo isso concordando com as mudanças e flutuações do seu próprio mundo interno. A questão da religiosidade emerge como decorrência dos questionamentos do adolescente sobre sua identidade, em uma tentativa de responder questões como quem sou, o que estou fazendo aqui, qual o meu papel na vida. 5. Deslocamento temporal A vivência temporal dos adolescentes pode ser observada em situações que provavelmente já presenciamos: há um trabalho escolar para ser feito e ele se envolve em outro tipo de atividade; a mãe insiste com a urgência do tempo e ele responde que dá tempo, o trabalho é pra... amanhã. Outra situação seria uma festa marcada para um mês depois, para a qual ele insiste em providenciar uma roupa porque está em cima da hora. As urgências do adolescente são tão grandes quanto o deixar para depois. Predomina uma visão sincrética do mundo, ou seja, uma visão indiferenciada dos aspectos que constituem a realidade que se quer compreender, a percepção do todo sem, porém, se compreender os seus aspectos constitutivos. O adolescente não possui ainda as características adultas de delimitar e discriminar, o que só vai adquirindo lentamente ao longo do seu desenvolvimento. À medida que vai elaborando suas perdas, começa a surgir o conceito de tempo, que implica as noções de passado, presente e futuro. 6. Evolução sexual do auto-erotismo à heterossexualidade Observa-se no adolescente uma oscilação entre a atividade do tipo masturbatória e o começo dos exercícios genitais, que se inicia se forma basicamente exploratória até evoluir para a verdadeira genitalidade procriativa. Ao aceitar a sua genitalidade, o adolescente começa a busca por um par. É a fase das grandes e definitivas paixões, que representa todos os aspectos dos vínculos intensos e frágeis das relações interpessoais do adolescente. A curiosidade sexual pode se manifestar pelo interesse por revistas pornográficas e mesmo por experiências de ordem homossexual. O exibicionismo e o voyerismo se manifestam nas vestimentas, nas maquiagens das meninas, nas atitudes durante jogos e festas. Começam os contatos superficiais, depois profundos e mais íntimos, que preenchem a sua vida sexual. 7. Atitude social reivindicatória Tais atitudes muitas vezes se configuram em respostas às restrições impostas pela sociedade. Elas são a consolidação do que vem ocorrendo no pensamento. As intelectualizações e fantasias conscientes que se reforçam nos grupos fazem com que essas atitudes se transformem em pensamento ativo, em uma verdadeira ação social, política, cultural. Muitas vezes, as perdas são vividas como não sendo deles, mas da sociedade, dos seus pais, de sua família. O resultado é que descarregam toda sua revolta nessas figuras e podem vir a desenvolver atitudes destrutivas, quando as perdas não são bem elaboradas. Essa particular característica do adolescente é aproveitada, em muitos casos, por certas seitas e grupos políticos ou religiosos para arregimentar seguidores. Exibicionismo e Voyerismo Exibicionismo e voyerismo são manifestações da sexualidade caracterizadas por obtenção de prazer sexual pela exibição dos órgãos sexuais ou pela observação de outras pessoas, respectivamente. São consideradas patológicas quando essas são as únicas maneiras de se obter prazer sexual. Aula 05 Psicologia da Educação

10 8. Contradições sucessivas em todas as manifestações de conduta A conduta do adolescente está dominada pela ação, sendo esta a sua forma mais típica de expressão. Mas, o adolescente não pode manter uma linha de conduta rígida, permanente, mesmo que tente. Ele tem uma personalidade, no dizer de Spiegel, esponjosa, ou seja, permeável, absorvente, que recebe e também projeta tudo enormemente. Isso faz com que não possa ter uma conduta linear, o que só é observado em situações patológicas, como no autismo e nas neuroses. Na verdade, é o mundo adulto que não suporta as contradições dos adolescentes, não aceita suas identidades transitórias e exige deles uma atitude adulta para a qual ainda não estão capacitados. 9. Separação progressiva dos pais Esta é uma das perdas fundamentais que o adolescente necessita assumir internamente e que pode gerar uma ansiedade muito intensa. Muitas vezes, os pais não aceitam e negam o crescimento dos filhos, dificultando mais ainda a resolução dessa ansiedade. Daí a importância da internalização por parte dos adolescentes de boas imagens parentais, com papéis bem definidos, sem ambigüidades ou encobrimentos. Algumas vezes, os pais transmitem uma imagem de personalidades pouco consistentes, forçando o adolescente a buscar identificação com outras imagens adultas, como ídolos do esporte ou do cinema, ou mesmo com figuras negativas que prejudicam mais ainda sua formação. Um exemplo disso é a organização criminosa do tráfico de drogas, que alicia jovens e até crianças para o mundo da criminalidade. 10. Constantes flutuações do humor Além das modificações hormonais que já influenciariam as modificações do humor, o sentimento básico de ansiedade e depressão acompanha a adolescência, sobretudo devido às perdas que sofre. A maneira como o adolescente as elaborar determinará a maior ou menor intensidade dessas flutuações. A realidade nem sempre satisfaz suas aspirações, resultando em sentimentos de frustração e solidão. Mas, da mesma maneira que se sente isolado do mundo, um gesto simples pode fazer com que se sinta a mais feliz das criaturas. Figura 3 As flutuações de humor são outra característica desta fase Aula 05 Psicologia da Educação

11 A adolescência é um acontecimento universal? Na atividade 1 perguntamos se você considerava as características que citou como comuns a todos os adolescentes. O que estávamos querendo saber era a sua opinião sobre a universalidade do acontecer adolescente. Agora que você leu sobre a caracterização da adolescência feita por Mauricio Knobel, sua opinião continua a mesma? Atividade 2 1 Reflita um pouco sobre os adolescentes que você conhece, observeos por alguns dias, converse com alguns deles. Em seguida, tente listar quais das características descritas por Knobel você conseguiu observar nesses adolescentes. 2 Se você puder, observe e converse com adolescentes de diferentes classes sociais. Anote a seguir que características você pôde observar, diferenciando pelas classes sociais sua resposta Aula 05 Psicologia da Educação

12 No início desta aula, quando discutimos o conceito de puberdade, dissemos que esse era um fenômeno universal, apesar de ter sofrido variações. Ou seja, as modificações na estrutura corporal, a explosão hormonal, o surgimento dos caracteres sexuais secundários podem variar conforme a idade em que surgem, mas vão acontecer em todos os seres humanos, marcando organicamente a transição entre a infância e a vida adulta. No entanto, quando se discute o conceito de adolescência, sobretudo, se a entendemos como uma época caracterizada pelos aspectos descritos anteriormente, as divergências entre os autores aparecem. De uma maneira geral, a Psicologia tem, em suas teorias, naturalizado o fenômeno psíquico, ou seja, apresenta-nos como se fizesse parte da natureza humana, como se fosse algo de que somos dotados desde o nascimento. Observe como Knobel descreve a adolescência, sem nenhuma preocupação em contextualizá-la no seu tempo histórico, na sua cultura, nas relações com a sociedade. Seria possível imaginar um adolescente que desde a sua infância já assume responsabilidades designadas para adultos por exemplo, aqueles que ajudam seus pais no roçado passar por toda essa crise à qual nos referimos? Ana Bock (1999) realizou um estudo interessante com psicólogos da cidade de São Paulo, observando o significado que eles dão ao fenômeno psicológico de uma maneira geral. Para ela, a visão desses psicólogos sobre o homem é a seguinte: O homem, colocado na visão liberal, é pensado de forma descontextualizada, cabendo a ele a responsabilidade por seu crescimento [...] Um homem que é dotado de capacidades e possibilidades que lhe são inerentes, naturais. Um homem dotado de uma natureza humana que lhe garante, se desenvolvida adequadamente, ricas e variadas possibilidades. A sociedade é apenas o lócus de desenvolvimento do homem. É vista como algo que contribui ou impede o desenvolvimento dos aspectos naturais do homem. Cabe a cada um o esforço necessário para que a sociedade seja um espaço de incentivo ao seu desenvolvimento. As condições estão dadas, cabe a cada um aproveitá-las. (BOCK, 1999, p. 27). Com relação à adolescência, Bock (2004) fez um outro estudo observando textos publicados sobre esse tema, os quais visavam orientar pais e professores na difícil tarefa de educar os jovens. O objetivo era analisar o conceito de adolescência subjacente a essas publicações. Ela conclui que a adolescência, tal como apresentado nesses textos, não tem gênese social, ou seja, nenhuma de suas características é constituída nas relações sociais e culturais. Assim, ao se pensar a problemática da adolescência não se toma qualquer questão social como referência. A falta de políticas para a juventude em nossa sociedade, a desqualificação e inadequação das atividades escolares para a cultura jovem, o sentimento de apropriação que os pais têm, em nossa sociedade, com relação aos filhos, as contradições vividas, a distância entre o mundo adulto e o mundo jovem, a impossibilidade de autonomia financeira dos jovens que ou não trabalham ou sustentam a família, nenhuma destas questões é tomada como elemento importante para compreender a forma como se apresenta a adolescência em nossa sociedade. As relações familiares são as únicas que aparecem nos textos e são fator de influência sobre a adolescência, mas não a constituem. (BOCK, 2004, p.38). 10 Aula 05 Psicologia da Educação

13 Temos defendido nesta disciplina a visão do homem enquanto um ser sócio-histórico, ou seja, como aquele que pela sua atuação no mundo o transforma e é por ele transformado. Nessa perspectiva, a adolescência é vista como uma construção social que tem repercussões na subjetividade do sujeito, e não como um período natural do desenvolvimento. A compreensão é que a adolescência é uma criação do homem. Os fatos sociais vão surgindo nas relações sociais e com isso vão apresentando repercussões psicológicas. Assim, começa-se a dar significados sociais a esses fatos. A adolescência é um desses fatos sociais que ganharam significado social. Para compreendê-la, é preciso, então, que retomemos seu processo social, para depois compreendê-la na forma como acontece para os jovens. Concluímos com um trecho do trabalho de Bock (2004): Não há nada de patológico; não há nada de natural. A adolescência é social e histórica. Pode existir hoje e não existir mais amanhã, em uma nova formação social; pode existir aqui e não existir ali; pode existir mais evidenciada em um determinado grupo social, em uma mesma sociedade (aquele grupo que fica mais afastado do trabalho), e não tão clara em outros grupos (os que se engajam no trabalho desde cedo e adquirem autonomia financeira mais cedo). Não há uma adolescência como possibilidade de ser; há uma adolescência como significado social, mas suas possibilidades de expressão são muitas. (BOCK, 2004, p.42). Atividade 3 Baseando-se na sua resposta à atividade 1, que tipo de comparação você pode fazer entre o que você entendia por adolescência e o que você passou a entender acerca desse período da vida, destacando os diversos aspectos envolvidos no crescimento do ser humano, como o meio ambiente, a família e as questões biológicas do indivíduo? sua resposta Aula 05 Psicologia da Educação 11

14 Resumo Nesta aula, discutimos os conceitos de puberdade e adolescência, aprendendo a diferenciá-los. Vimos também as características psicológicas da adolescência, na visão de um dos seus teóricos. Finalizamos com a discussão sobre a existência da adolescência como um fenômeno universal. Auto-avaliação Retome a atividade 2 e, à luz das concepções apresentadas por Ana Bock, faça uma análise das observações dessa autora sobre a universalidade do conceito de adolescência. Referências ARIÈS, P. História social da infância e da família. Rio de Janeiro: Guanabara, BOCK, A. M. B. Aventuras do Barão de Munchhausen na psicologia. São Paulo: Cortez; EDUC, BOCK, Ana Mercês Bahia. A perspectiva sócio-histórica de Leontiev e a crítica à naturalização da formação do ser humano: a adolescência em questão. Cad. CEDES, v. 24, n. 62, p , abr Disponível em: < Acesso em: 20 jul KNOBEL, M. El sindrome de la adolescencia normal. In: ABERASTURY, A.; KNOBEL, M. La adolescencia normal. Buenos Aires: Paidos, Aula 05 Psicologia da Educação

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