CONHECIMENTO DOS PROFISSIONAIS DE SERVIÇOS DE ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE SOBRE DOENÇA DE CHAGAS EM MUNICIPIOS DO MÉDIO ARAGUAIA MATOGROSSENSE

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA BACHARELADO EM ENFERMAGEM LARISSA VALVERDE BARROSO CONHECIMENTO DOS PROFISSIONAIS DE SERVIÇOS DE ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE SOBRE DOENÇA DE CHAGAS EM MUNICIPIOS DO MÉDIO ARAGUAIA MATOGROSSENSE Barra do Garças - MT 2018

2 2 LARISSA VALVERDE BARROSO CONHECIMENTO DOS PROFISSIONAIS DE SERVIÇOS DE ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE SOBRE DOENÇA DE CHAGAS EM MUNICIPIOS DO MÉDIO ARAGUAIA MATOGROSSENSE Monografia apresentada ao Curso de Enfermagem do Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde do Campus Universitário do Araguaia como requisito parcial para cumprimento da disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso. Orientadora: Profa. Dra. Rosaline Rocha Lunardi Barra do Garças - MT 2018

3 LARISSA VALVERDE BARROSO CONHECIMENTO DOS PROFISSIONAIS DE SERVIÇOS DE ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE SOBRE DOENÇA DE CHAGAS EM MUNICIPIOS DO MÉDIO ARAGUAIA MATOGROSSENSE Monografia julgada para obtenção de grau Bacharelado em Enfermagem no Campus Universitário do Araguaia UFMT. Barra do Garças, MT, 16 de setembro de BANCA EXAMINADORA Profa. Dra. Rosaline Rocha Lunardi Profa. Dra.Paula Cristina Souza Souto Profa Me. Raquel Santos Brito _

4 Dedico este trabalho primeiramente а Deus, pоr ser essencial еm minha vida, autor dе mеυ destino, mеυ guia, socorro presente nа hora dа angústia. Aos meus familiares por todo apoio dado durante a minha vida, e a Profa. Dra. Rosaline Rocha Lunardi, por toda paciência, orientação е incentivo qυе tornaram possível а conclusão desta monografia. 4

5 AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente à Deus, por me conceder saúde, força e disposição. Sem ele, nada disso seria possível. A Universidade Federal de Mato Grosso- Campus Araguaia, seu corpo docente direção e administração que tornaram possível a minha capacitação profissional, eivado pela acendrada confiança no mérito e ética aqui presentes. Sou grata a todos os professores que contribuíram com a minha trajetória acadêmica, especialmente a Profa. Dra. Rosaline Rocha Lunardi, responsável pela orientação do meu projeto. Obrigada, mestre, por exigir de mim exigir de mim mais do que eu imaginava ser capaz de fazer. Manifesto aqui minha gratidão eterna por compartilhar sua sabedoria, o seu tempo e sua experiência. Agradeço a Profa. Alissélia Guimarães que desde o inicio me acolheu em seu projeto e me ajudou em toda minha graduação, agradeço a todos que auxiliaram no projeto juntamente. Aos meus amigos e colegas, em especial a Lorhany Almeida, Katiuscia Lobo e Leandro Rosa, agradeço por todo amor, força, incentivo e apoio incondicional. Agradeço a minha mãe Maria Valverde, e ao meu pai Claudiney Barroso, aos quais encheram meu coração de amor e esperança, me proporcionando tranquilidade e conforto necessário para vencer esta etapa. Sem a força de vocês eu não seria possível seguir em frente. Agradeço ao meu namorado Silvio José, que jamais me negou apoio, carinho e incentivo. Obrigada, por aguentar tantas crises de estresse e ansiedade. Sem você do meu lado esse trabalho não seria possível. Agradeço a minha sogra por seu coração genuíno, carinho e conselhos. Agradeço por abrir a porta de sua casa e me receber como filha. Agradeço a minha avó Dalva Valverde (in memoriam), por sempre me fazer feliz e me apoiar em todos os momentos de minha vida, inclusive quando entrei na faculdade. Seus ensinamentos e valores alimentaram minha alma e conduziram meus passos até aqui. Saudades eternas! Agradeço a todos os profissionais participantes da pesquisa. Obrigada pelo tempo, paciência e compreensão.

6 6 RESUMO A doença de Chagas (DC) é causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi, sendo considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) uma das doenças tropicais mais negligenciadas em todo o mundo. O protozoário tem como hospedeiros invertebrados os triatomíneos, conhecidos popularmente como barbeiros, e como hospedeiros vertebrados, os mamíferos. Em humanos a DC induz quadros clínicos com diversas manifestações. Na fase aguda é possível a intervenção terapêutica medicamentosa com erradicação da infecção parasitárias, já na fase crônica, há apenas tratamento sintomatológico das complicações da doença, podendo-se apresentar com quadros graves de cardiopatias, e alterações no trato digestório. Como a fase aguda tem sintomas que podem ser comumente associados a outras doenças e, até o momento, não há tratamento para a infecção na fase crônica, é essencial que hajam medidas profiláticas de controle dos vetores, por meio das ações de setores públicos de vigilância entomológica e epidemiológica, bem como da orientação da população exposta aos triatomíneos e, ainda, dos profissionais de saúde. Este trabalho teve como finalidade verificar o conhecimento de profissionais dos serviços atenção primária à saúde, sobre a doença de chagas e seus vetores e, ainda, de como deve ser o controle da Doença de Chagas. Trata-se de uma pesquisa quantitativa, exploratória e descritiva. O estudo contemplou 18 Unidades de Saúde da Família, nos municípios de Pontal do Araguaia-MT e Barra do Garças-MT. Houve a participação de 127 profissionais, entre enfermeiros, médicos, odontólogos, técnicos de enfermagem, agentes comunitários de saúde, auxiliar de saúde bucal, e técnicos em administração. Observou-se que os conhecimentos dos profissionais em geral não são suficientes para a execução de medidas de controle vetorial e manejo da infecção por T. Cruzi preconizadas pelo Programa de Controle da Doença de Chagas, do Ministério da Saúde. Dado ao risco de áreas endêmicas de triatomíneos, faz-se necessário o fomento de ações de capacitação dos profissionais da atenção primária a saúde, para que atuem com eficiência no controle vetorial e epidemiológico no diagnóstico precoce e no manejo dos casos de Doença de Chagas. Palavras-chave: Doença de Chaga; Epidemiologia; Controle; Educação em saúde.

7 6 ABSTRACT The Chagas disease (DC) is caused by the protozoan Trypanosoma cruzi, being considered by the World Health Organization (OMS) one of the most neglected tropical diseases throughout the world. The protozoan has as invertebrate hosts the triatomines (Barber) and vertebrate hosts, the mammals. In humans induces with various clinical manifestations. In the acute phase and possible speech therapy with the eradication of parasitic infection, already in the chronic phase, there are only treatment of complications of the disease, which may present with severe heart diseases, and changes in the digestive tract. As the acute phase has symptoms that can be commonly associated to other diseases and, until now, there is no treatment for infection in the chronic phase, it is essential that have prophylactic measures for control of vectors, by means of the actions of public sectors of entomological surveillance and epidemiological surveillance, as well as the orientation of the population exposed to the triatomines and, even, of health professional. Purpose of this study was to verify the knowledge of professionals of primary health care services, on the Chagas Disease and its vectors and, still, as must be the control of Chagas disease. It is a quantitative, exploratory and descriptive research. The study included 18 Family Health Units in the municipalities of Pontal do Araguaia-MT and Barra do Garças-MT. It was attended by 127 professionals, including nurses, doctors, dentists, nursing technicians, community health agents, oral health aides, and administrative technicians. We observed that the knowledge of professionals in general are not sufficient for the implementation of measures for vector control and management of infection by T. cruzi recommended by the program for the Control of Chagas Disease, the Ministry of Health. Given the risk of endemic areas of triatomines, it is necessary to promote the actions of capacitation of professionals in primary health care, to act with efficiency in vector control and epidemiological in early diagnosis and management of cases of Chagas Disease. Keywords: Disease of Chaga; Epidemiology; Control; Health Education.

8 6 LISTA DE ABREVIATURAS ACS Agente Comunitário de Saúde ASB Auxiliar de Saúde Bucal APA Area de Preservação Ambiental DC Doença de chagas Humana DCA Doença de Chagas Aguda DNA Ácido desoxirribonucleico EFI Ensino fundamental incompleto EFC Ensino fundamental Completo EMI - Ensino Médio Incompleto EMC - Ensino Médio Completo ESI Ensino Superior incompleto ESC Ensino Superior Completo FUNASA - Fundação Nacional de Saúde HAI - Hemaglutinação Indireta IFI - Imunofluorescência Indireta OMS Organização Mundo de Saúde SINAN Sistema de Informação de Agravos de Notificação Téc. Enf. Técnico em Enfermagem Téc. Adm. Técnico em Administração TCLE Termo de Consentimento Livre Esclarecido UBS Unidade Básica de Saúde

9 9 LISTA DE TABELA Tabela 1 Tabela 2 Tabela 3 Tabela 4 Tabela 5 Tabela 6 Tabela 7 Tabela 8 Tabela 9 Tabela 10 Tabela 11 Tabela 12 Tabela 13 Caracterização da área de atuação/formação dos profissionais dos serviços de atenção primária à saúde em percentil, Barra do Garças (MT), Fontes de informações sobre DCH citadas pelos profissionais de Unidades de Saúde da Família, de acordo com a profissão, em percentil, Barra do Garças (MT), Agente causador da DCH citado pelos profissionais de Unidades de Saúde da Família, de acordo com a profissão, em percentil, Barra do Garças (MT), Forma de transmissão da DCH o segundo os profissionais dos serviços de saúde, Barra do Garças (MT), Local de desenvolvimento do vetor da DCH ditados pelos profissionais de Unidades de Saúde da Família, em percentil Barra do Garças (MT), Conhecimento sobre a Notificação Compulsória dos casos agudos de DCH, segundo os profissionais da Unidade de Saúde da Família, em percentil, Barra do Garças (MT), Conhecimento em relação aos sintomas das fases aguda e crônica da DCH, segundo profissão, em percentil, Barra do Garças (MT), Avaliação das condutas preventivas da DCH relatadas pelos profissionais dos serviços de saúde, segundo profissão, em percentil, Barra do Garças (MT), Conhecimento sobre a existência de casos de DCH no território adstrito à unidade de saúde, segundo profissão, em percentil, Barra do Garças (MT), Tratamento que deve ser dado ao caso de DCH, segundo o profissional do serviço de saúde, em percentil, Barra do Garças (MT), Medicamentos indicados pelos profissionais para o tratamento da DCH, segundo a profissão, em percentil, Barra do Garças (MT), Exames para o diagnóstico de DCH indicados pelos profissionais, segundo a profissão, em percentil, Barra do Garças (MT), Conhecimento do profissional sobre a cura da DCH, segundo profissão, em percentil, Barra do Garças (MT),

10 10 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO EPIDEMIOLGIA AGENTE ETIOLOGICO E CICLO EVOLUTIVO TRANSMISSÃO MANIFESTAÇÕES CLINICAS MANIFESTAÇÃO CLINICA AGUDA MANIFESTAÇÃO CLINICA CRÔNICA MEDIDAS PREVENTIVAS OBJETIVOS OBJETIVO GERAL OBJETIVOS ESPECIFICOS METODOLOGIA RESULTADOS DISCUSSÃO CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS APÊNDICE A QUESTIONÁRIO AOS PROFISSIONAIS DE SERVIÇOS DE SAÚDE SOBRE A DOENÇA DE CHAGAS APÊNDICE B TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO... 55

11 11 1. INTRODUÇÃO Um dos acontecimentos médicos mais importantes ocorridos nas Américas foi a descoberta da Tripanossomíase Americana, ou doença de Chagas humana (DCH), está identificação enfatizou a liderança e o profissionalismo do seu descobridor, Carlos Chagas (DIAS; COURA, 1997). Chagas em 1909, com o objetivo de combater a malária que acometia trabalhadores envolvidos na construção dos ramais da estrada de ferro Central do Brasil, utilizou como moradia, laboratório e consultório, o vagão de um trem, onde examinava animais e pessoas, permanecendo em contato direto com as doenças e a fauna daquela região, de modo que sua dedicação levou a descobrir o Trypanosoma minasense (FITARELLI; HORN, 2008; NEVES et al, 2005). Após mais estudos, identificou um tripanossoma no tubo digestivo de barbeiros diferente do anterior, este por sua vez com cinetoplasto, extremamente denso e movimentação intensa (FITARELLI; HORN, 2008; NEVES et al, 2005). Amostras de barbeiros infectados foram enviadas ao laboratório de Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro e ao infectar micos com o parasito, comprovou-se a suspeita de que este deveria ser uma espécie que poderia atingir mamíferos e até humanos e, a partir de então, começou a procura incessante por aquele protozoário no sangue de pessoas residentes em casas infestadas por barbeiros. A esta nova espécie e em homenagem a Oswaldo Cruz, Chagas a denominou de Trypanosoma cruzi. Desta forma descobriu-se uma nova doença humana, a tripanossomíase americana ou doença de Chagas (CIMERMAN; CIMERMAN, 2008; KROPF; AZEVEDO; FERREIRA, 2000). O protozoário T. cruzi é um parasita intracelular obrigatório, transmitido aos hospedeiros vertebrados por insetos, conhecidos popularmente como barbeiros (DE SOUZA; DE CARVALHO, 2010). Segundo Coura (2003), o protozoário circula no sangue e sofre multiplicação nos tecidos dos vertebrados. Nos barbeiros, multiplica-se no tubo digestivo e as formas infectantes são, portanto, eliminadas com suas fezes e urina. A infecção ocorre pela deposição de fezes do vetor sobre os tecidos cutâneos e mucosas do homem. Outros meios de infecção são conhecidos como a via transfusional, congênita, oral, transplante de órgãos e a forma acidental, mais frequente pela manipulação de material contaminado em laboratório (MACHINER, 2012) Entre 2000 e 2013 houve um total de casos de Doença de Chagas Aguda (DCA) registrados, com quase 70% dos casos tendo origem na forma de transmissão oral, que aumentou expressivamente após o surto de transmissão oral pela cana de açúcar em Santa Catarina, em 2005 (RAMOS; CUBIDES; OLIVEIRA, 2018).

12 12 Os triatomíneos são insetos muito comuns no Brasil, tanto em zonas rurais como em domicílios urbanos, são fáceis de serem reconhecidos, são insetos noturnos, afeitos à lugares escuros, quentes e úmidos (GUERRA et al., 2008). Os triatomíneos encontram abrigo em ninhos, tocas e cavernas ocupadas pelos seus hospedeiros vertebrados, assim como na própria habitação humana. Não tem sido muito estudada a forma em que estes insetos localizam seus habitats potenciais, no entanto, é provável que os odores emanados pelos hospedeiros naturais possam guiá-los até seus habitats (GALVÃO, p. 65, 2014). No caso das habitações humanas, as fontes de luz artificiais parecem desempenhar um papel importante no aparecimento dos barbeiros ao entardecer. Segundo Galvão (2014, p.65) uma vez que os insetos estão dentro da habitação, estes tendem a encontrar um lugar para que se sintam protegidos dos hospedeiros ativos e predadores, como pequenos espaços em rachaduras de paredes e telhados, fornecendo proteção e um microclima estável. As deformidades econômicas têm forte influência na distribuição social da parasitose, na medida em que ocorrem deficiências na qualidade de vida da sociedade. A qualidade de vida da população na América Latina já se encontra profundamente comprometida, especialmente em relação às condições de moradia e, bem como, à saúde e à educação, perpetuando inexoráveis ciclos de pobreza/enfermidade (VINHAES; DIAS, 2000). A Doença de Chagas apresenta difícil diagnóstico, podendo facilmente passar despercebida ou confundida com outras patologias. Isso ocorre devido a sua sintomatologia pouco especifica, onde a fase aguda tem como sinais e sintomas cefaleia, edema de face e febre prolongada, muito comum em outras patologias (MONTEIRO et al., 2015). EPIDEMIOLOGIA A situação epidemiológica tem se alterado com o decorrer do tempo, não apenas como resultado das atividades de controle, mas também de mudanças estruturais havidas no país, desenvolvimento sócio econômico, com melhoria das condições de habitação; urbanização crescente, com migração das populações rurais para o meio urbano; além de outras condições influentes (SILVEIRA & MARTINS, 2014). Em um levantamento teórico realizado sobre a Doença de Chagas verificou que, a mesma está entre as dezessete doenças tropicais negligenciadas, atingindo cerca de 2 milhões de indivíduos somente no Brasil (SILVA; SANTOS, 2017).

13 13 A OMS estima em aproximadamente 6 a 7 milhões o número de pessoas infectadas em todo o mundo, a maioria na América Latina. Estimativas recentes para 21 países latinoamericanos, com base em dados de 2010, indicavam pessoas infectadas por Trypanosoma cruzi, das quais (62,4%) eram residentes em nações da Iniciativa dos Países do Cone Sul, destacando-se a Argentina ( ), o Brasil ( ) e o México ( ), seguidos da Bolivia (DIAS et al., 2016). O órgão responsável pelo registro de casos da doença é o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) com finalidade de facilitar a formulação e avaliação das políticas, planos e programas de saúde, subsidiando o processo de tomada de decisões, contribuindo para uma melhora na saúde da população (RODRIGUES et al., 2013). Devendo ainda, notificar às Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde (SES e SMS) em, no máximo, 24 (vinte e quatro) horas a partir da suspeita inicial, e às SES e às SMS que também deverão informar imediatamente à SVS/MS (BRASIL, 2011). AGENTE ETIOLÓGICO E CICLO EVOLUTIVO Os tripanossomatídeos são protozoários flagelados da ordem Kinetoplastida, a qual é caracterizada pela presença do cinetoplasto, uma organela modificada próxima ao corpo basal do flagelo, que contém DNA mitocondrial formando círculos de DNA interligados (ALMEIDA et al., 2017). Pertencente à família Trypanosomatidae caracteristicamente formada por zoomastigoforas que, dependendo de seu estádio, podem se apresentar de forma arredondada ou mais tipicamente foliácea. Esses protozoários são de ciclo heteróxeno, parasitam vertebrados e têm como vetores insetos triatomíneos popularmente conhecidos como barbeiros. O gênero Trypanosoma possui apenas um núcleo, uma única mitocôndria e um flagelo na margem da membrana ondulante, e se reproduz por divisão binária por cissiparidade simples, e em algumas ocasiões, múltipla (COELHO, 2013; FORTES, 2004; TEIXEIRA et al., 2007). Segundo Furtado (2015) o protozoário flagelado pode ser diferenciado de acordo com o seu tamanho, forma e posicionamento do cinetoplasto e flagelo. De acordo com o ciclo biológico e a fase do desenvolvimento, o protozoário apresenta as formas a seguir: Amastigota: Se trata da forma circular, sem flagelo livre, com núcleo grande e cinetoplasto bem visível ao lado do núcleo. Esta forma é intracelular e se multiplica por divisão binária nos tecidos do hospedeiro vertebrado (FURTADO, 2015).

14 14 Epimastigota: forma fusiforme com cinetoplasto e bolso flagelar na parte anterior e justaposta ao núcleo. Esta forma possui flagelo e membrana ondulante, sendo encontrada apenas no vetor (tubo digestivo) e não é infectante para os vertebrados (FURTADO, 2015). Tripomastigota: forma fusiforme, fina e delgada, com cinetoplasto e bolso flagelar na parte posterior e distante do núcleo. Esta forma apresenta flagelo e membrana ondulante ao longo da extensão do parasito. Pode ser encontrada no hospedeiro vertebrado (tripomastigotas sanguíneos), sendo abundante na fase aguda da doença de Chagas e no reto dos triatomíneos (tripomastigota metacíclico) sendo esta a fase infectante para os vertebrados (FURTADO, 2015). O gênero Trypanosoma geralmente se constitui de espécies de ciclo biológico heteróxeno, aos quais são transmitidos por insetos hematófagos e realizam seu ciclo evolutivo em hospedeiros vertebrados (ALMEIDA et al., 2017). Os transmissores do T.cruzi são insetos que se alimentam de sangue, considerados hematófagos. O T.cruzi passa por uma sequência irreversível de transformações ao longo do tubo digestivo do inseto. Assim, as formas sanguíneas ingeridas transformam-se em formas arredondadas e em epimastigotas; passando ao intestino médio, processa-se a multiplicação dos epimastigotas, que em sua maioria perpetua-se por toda a existência do vetor; finalmente, os epimastigotas atingem o reto, aos quais se diferenciam em tripomastigotas metacíclicos, que sendo eliminados com as dejeções do inseto (DIAS; COURA, 1997) na forma de metacíclicas que penetram em células do hospedeiro vertebrado, por meio da mucosa ou abrasões na pele (MAÇANEIRO, 2008). No organismo do hospedeiro vertebrado, os tripomastigotas penetram as células onde se diferenciam em amastigotas, que se multiplicam (ocorrem em torno de nove divisões), fazendo com que as células fiquem repletas de parasitos, em seguida, as amastigotas diferenciam-se em tripomastigotas que são liberadas na corrente sanguínea e podem ser ingeridas por barbeiros, perpetuando o ciclo (MAÇANEIRO, 2008). TRANSMISSÃO Há diversas formas de transmissão do T.cruzi, no entanto, para que a transmissão se complete, o tripomastigota deve necessariamente penetrar a uma celular para então cumprir o seu ciclo evolutivo. (DIAS; COURA, 1997), sendo a principal forma de transmissão a vetorial (ALMEIDA, 2007). A forma básica e principal de transmissão da doença de Chagas faz-se pelo contato de excretas do vetor contaminado com pele lesada ou mucosa de indivíduo suscetível

15 15 (MATSUDAet al., 2014). No entanto, mecanismos alternativos de transmissão são observados, destacando- se a transmissão transfusional, a congênita (mãe a filho, durante a gestação), a acidental (ambiente de trabalho), transplante de órgãos e via oral por meio da ingestão de alimentos contaminados (MAÇANEIRO, 2008). A transmissão da doença de chagas pela via vetorial é considerada o mecanismo de transmissão de maior relevância epidemiológica, correspondendo a 80% dos casos da doença (COSTA et al., 2013). Estudos realizados demonstram que no Brasil e em vários países da América Latina a principal via de transmissão da infecção chagásica em áreas urbanas atualmente é a via transfusional (SAÚDE-GUIMARÃES, 2007). MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Diversos fatores atuam de forma direta ou indiretamente no aparecimento das lesões produzidas pelo parasita T. cruzi, fatores estes devido ao parasito (eventos iniciais na relação parasito-hospedeiro dependentes de mecanismos ligantes específicos, polimorfismo, tropismo celular, virulência do clone, cepa ou raça do parasita, reinfecção, infecções mistas, seleção clonal etc.) outros são inerentes ao hospedeiro (constituição genética, sexo, idade, raça, resposta imunitária, nutrição, tipos de células que interagem com o parasito, como macrófagos profissionais e células não permissíveis, células musculares, neuroglia central e periférica, fibroblasto, mastócitos e outros (NEVES, 2011). A Doença de Chagas pode ser dividida em fases, quanto as suas formas clínicas, e com a seguinte frequência no Brasil: (1) Fase aguda assintomática (90 a 98%) e sintomática (2 a 10%); e (2) Fase crônica de forma indeterminada ou assintomática (50 a 69%), forma cardíaca (13%), forma digestiva (10%) e formas mistas (8%) (NEVES, 2005; PISSETI et al., 2009, ). MANIFESTAÇÃO CLÍNICA AGUDA A fase aguda tem-se início a partir das manifestações locais, quando o T. cruzi penetra na conjuntiva (sinal de Romana) ou na pele (chagoma de inoculação), tais lesões aparecem em 50% dos casos agudos dentro de 4-10 dias após a picada do barbeiro, regredindo em um ou dois meses (NEVES, 2011). Podendo esta ser assintomática, ou com leves sintomas que geralmente não são percebidos. Dentre os sintomas estão o sinal de Romanã ou chagoma de inoculação, febre, malestar, fraqueza, cefaleia, anorexia, edema, hepatomegalia, esplenomegalia, diarreia e adenopatia. Essa fase é caracterizada pela presença da forma tripomastigota em leucócitos e células de tecido

16 16 subcutâneo. A fase aguda sintomática ocorre geralmente em crianças durante os primeiros dez anos de vida, e pode causar a morte por complicações cerebrais ou cardíacas (RIBEIRO, 2017). A forma aguda da doença pode apresentar características clinicas de uma infecção generalizada, tendo o diagnóstico sugerido pela presença dos sinais de porta de entrada (sinal de Romaña, chagoma cutâneo) e comprovado pelo encontro dos parasitas no sangue periférico (exame a fresco ou gota espessa) (BRASIL, 2012). O edema bi palpebral e unilateral, que marca o começo da doença (sinal de Romanã), não ocorrem em todos os casos, pois é função da penetração do parasito pela região ocular ou suas imediações, instalando-se rapidamente, é elástico, de coloração vermelho-violácea e indolor, acompanhando-se de conjuntivite e lacrimejamento (COSTA, 2014). Os casos fatais costumam exibir nas necropsias intensa miocardite e\ou meningoencefalite, por vezes com grave broncopneumonia bacteriana como complicação. Os parasitos intracelulares são encontrados em vários órgãos, principalmente no interior do miocárdio, os testes de imuno-histoquímica facilitando o reconhecimento da intensidade do parasitismo (BRASIL, 2012). MANIFESTAÇÃO CLINICA CRÔNICA Segundo Galvão e Jurberg (2014) existe três fases distintas da doença: a aguda, a indeterminada e a crônica, no entanto alguns autores consideram apenas duas fases, a aguda e a crônica, esta última subdividida na forma sem sintomas ou indeterminada e na determinada que apresenta manifestações cardíacas e/ou digestivas. A fase crônica pode ser de forma assintomática, ou indeterminada, onde o paciente chagásico pode viver de 20 a 30 anos, levando uma vida normal sem apresentar nenhum sintoma. No entanto, esta forma pode evoluir para a fase crônica sintomática, na qual a parasitemia tornase muito baixa, acarretando alterações relacionadas principalmente ao aparelho cardiocirculatório e digestivo (ALMEIDA, 2017). Esta fase é caracterizada pela parasitemia baixa e elevado número de anticorpos circulantes. As manifestações observadas são decorrentes do curso intracelular do parasitismo. Ela pode ser dividida em diferentes formas clínicas denominadas: cardíaca, digestiva ou mista. Entre as fases aguda e crônica, existe a fase intermediaria, na qual o indivíduo é assintomático, apesar de possuir sorologia positiva para T. cruzi e a pequena presença na circulação (MAÇANEIRO, 2008).

17 17 Assim, a fase crônica da doença é subdivida de acordo com o Ministério de Saúde: Forma indeterminada paciente assintomático e sem sinais de comprometimento do aparelhocirculatório (clínica, eletrocardiograma e radiografia de tórax normais) e do aparelho digestivo (avaliação clínica e radiológica normais de esôfago e cólon). Esse quadro poderá perdurar por toda a vida da pessoa infectada ou pode evoluir tardiamente para a forma cardíaca, digestiva ou associada (cardiodigestiva) (BRASIL, 2017). Forma cardíaca evidências de acometimento cardíaco que, frequentemente, evolui para quadros de miocardiopatia dilatada e insuficiência cardíaca congestiva (ICC). Essa forma ocorre em cerca de 30% dos casos crônicos e é a maior responsável pela mortalidade na doença de Chagas crônica (BRASIL, 2017). Forma digestiva evidências de acometimento do aparelho digestivo que, frequentemente, evolui para megacólon ou megaesôfago. Ocorre em cerca de 10% dos casos (BRASIL, 2017). Forma associada (cardiodigestiva) ocorrência concomitante de lesões compatíveis com as formas cardíacas e digestivas (BRASIL, 2017). MEDIDAS PREVENTIVAS As medidas preventivas quanto a doença de chagas está inteiramente ligada a melhoria das condições de vida, bem como a modificação do hábito secular de destruição da fauna e da flora (NEVES, 2011). Assim, deve-se ter em vista a interrupção dos ciclos parasitários domésticos e para domésticos, bem como a transmissão por transfusões de sangue (COSTA, 2014). Segundo Costa (2014): A solução definitiva da transmissão vetorial domiciliar da Doença de Chagas depende da melhoria das condições de vida de grande parte da população do continente, sobretudo no meio rural, mas é igualmente certo que há hoje acumulação técnica suficiente para impedir a produção de novos casos da enfermidade. Desta forma, medidas associadas, controle de insetos e melhorias habitacionais, são apontadas como as mais eficazes desde a década de O Conselho Brasileiro em Doença de Chagas menciona que a vigilância epidemiológica é representada por um conjunto de ações estratégicas que visam promover o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer alteração nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com fins de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças e agravos (DIAS et al., 2016). As ações para a doença de chagas são necessariamente

18 18 integradas que envolvem a abordagem de casos humanos, de vetores e reservatórios, com interconexão estreita com a rede de atenção à saúde, com destaque à atenção básica ou de atenção primária à saúde (DIAS et al., 2016). Dias et al (2016) listam seis objetivos das ações de vigilância epidemiológica da DC no Brasil, seguem: (1)Detectar os casos de doença de chagas aguda precocemente, bem como realizar o tratamento oportuno e empregar medidas de prevenção de novos casos; (2) Atuar na investigação epidemiológica de todos os casos agudos, identificando assim sua forma de transmissão e aderir à medidas adequadas de controle; (3) Monitorar a infecção por T. cruzi na população humana, por meio de averiguações sorológicas periódicos em populações estratégicas e analise nacional do processo de triagem de candidatos à doação de sangue; (4) Monitorar a morbimortalidade da doença de Chagas no país, esboçando cenários para Fortalecimento da rede de atenção à saúde às pessoas infectadas; (5) Conservar a eliminação da transmissão vetorial por T. infestans e sob monitoramento/controle as outras espécies importantes na transmissão humana da doença; (6) Introduzir ações de vigilância sanitária, ambiental, de vetores e reservatórios de forma integrada com as ações de vigilância epidemiológica. As capacitações são ações intencionais e programadas para fortalecer conhecimentos, habilidades, atitudes e práticas A elaboração de programas de capacitação contínua dos profissionais de saúde se faz necessária, principalmente para o desenvolvimento de trabalhos diferenciados (SILVA; MATO; DIAS, 2017). De acordo com o Ministério de saúde: Algumas medidas envolvendo a participação popular como as ações de prevenção e controle se tornam medidas efetivas, essas por sua vez aumentam o conhecimento das pessoas e a demanda das mesmas pela procura da prevenção nas áreas do município onde possam existir riscos de infestações. Fica a cargo das equipes que trabalham no programa de atenção básica do município realizar treinamentos, capacitações, assim como atualizações sempre que necessário aos profissionais para a implementação e consolidações de ações voltadas a vigilância e controle deste agravo. (BRASIL, 2017). A Educação Permanente é de extrema importância para os trabalhadores do Sistema Único de Saúde, por garantir qualidade e resolubilidade da atenção à saúde prestada à população, bem como espaços de capacitação e reflexão crítica positiva, diante dos problemas e desafios da Saúde Pública nos municípios e regiões. Está por sua vez, promove o aperfeiçoamento dos

19 19 profissionais da saúde em relação ao exercício de seu trabalho cotidiano, a valorização deste como fonte de conhecimento e o reconhecimento de que as práticas são definidas por múltiplos fatores (BATISTA e GONÇALVES, 2011; SANTOS et al., 2017). Trata-se de um recurso indispensável para reorganização das práticas de saúde a partir das lacunas existentes entre o cenário real e as ideologias do sistema de saúde vigente no país. Portanto, uma formação continuada, além de ser necessária, é determinada pelo Ministério da Saúde (SANTOS et al., 2017). Assim, o Ministério da Saúde, as secretarias estaduais e municipais de saúde são responsáveis pela formação e qualificação permanente dos trabalhadores da saúde, apontando o desenvolvimento de ações de educação em saúde com a população a partir da realidade local e regional. (SARRETA, 2009). A Doença de Chagas é considerada uma das patologias de mais ampla distribuição no continente americano, por não haver vacina e tratamento eficaz para curar a fase crônica da infecção, a estratégia principal é a prevenção da transmissão vetorial, por meio da redução e/ou eliminação de triatomíneos domiciliados, com o auxílio de inseticidas e vigilância entomológica (COURA; VIÑAS, 2010). Dentre as doenças endêmicas, a doença de Chagas representa importante problema médico e social nos países afetados, seja pelo grau de morbidade e letalidade, seja pelo alto custo social que representa (COLOSIO et al., 2007). No período de 2000 a 2011, foram registrados no Brasil casos de doença de Chagas aguda, no período de 2000 a 2011, destes, 70% foram por transmissão oral, 7% por transmissão vetorial e em 22% não foi identificada a forma de transmissão (DUARTE et al., 2017). A DC, por ser de evolução crônica, com percentual importante dos pacientes na forma indeterminada, faz com que seus portadores procurem assistência médica pelas queixas referidas à doença ou mesmo a outras queixas não relacionadas, sendo essencial o adequado preparo dos profissionais de saúde de toda a área endêmica para a identificação dos sinais, sintomas e tratamento da sintomatologia (COLOSIO, 2007). As modificações ambientais introduzidas pela antropização de ambientes silvestres têm propiciado o aparecimento e domiciliação de triatomíneos autóctones no Brasil. Vários estudos relatam a presença de triatomíneos em habitações humanas, em visitação ou domiciliados (GOMES & SILVA, 2000; Neto et al., 2011). No município de Barra do Garças já foi relatada a presença de triatomíneos infectados por T. cruzi, em ecótopos natural e artificial, com possível sinantropia vetorial (Andrade-Neto et al., 2012), Assim, é imperativo que as pessoas expostas e os profissionais de saúde que as

20 20 assistem estejam preparados para atuar numa situação com potencial endêmico para DC, na prevenção e no efetivo controle e manejo da DC. Dessa forma, este trabalho tem por finalidade, avaliar o controle da DC através dos conhecimentos dos profissionais de serviços de atenção primária à saúde.

21 21 2 OBJETIVOS OBJETIVO GERAL Avaliar o controle da DC através dos conhecimentos dos profissionais de serviços de atenção primária à saúde. OBJETIVOS ESPECIFICOS Avaliar os conhecimentos sobre as formas de transmissão da Doença de Chagas; Identificar se os profissionais conhecem a etiologia da Doença de Chagas; Analisar as condutas relatadas para diagnóstico e manejo de casos de Doença de Chagas.

22 22 3 METODOLOGIA Tipo de estudo Trata-se de um estudo exploratório quantitativo, realizado durante o período de 12 de março a 21 de março com o apoio de instrumento, um questionário constituído de 22 questões sobre os conhecimentos dos profissionais de serviço de saúde em unidades de atenção primária à saúde. Local do estudo Os locais de estudo escolhidos para a realização da pesquisa foram as UBS das cidades de Barra das Garças e Pontal do Araguaia. Os dois municípios são vizinhos a áreas de preservação ambiental (SANTOS; MARTINS, 2015) e tem relatos de presença de triatomíneos. Participantes do Estudo Os participantes da pesquisa foram os profissionais dos serviços de atenção primária à saúde sendo: Médicos, Enfermeiros, Auxiliares de saúde bucal, Dentistas, Técnicos de enfermagem, Limpeza e Agentes comunitários. Os critérios de inclusão foram: ser profissional vinculado à unidade de saúde, ser maior de idade, estar na unidade de saúde no momento em que a pesquisadora visitou o estabelecimento, assentir a participação, concordar e assinar o Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE). Os critérios de exclusão foram: ter menos de 18 anos de idade, não assentir com a pesquisa, não assinar o TCLE e o não preenchimento correto dos questionários. Aplicação do questionário Os questionários foram aplicados individualmente, eram entregues aos participantes juntamente com o TCLE, sob supervisão da aplicadora. Inicialmente a pesquisadora explicava os objetivos da pesquisa e assegurava o sigilo dos participantes, em seguida apresentava o instrumento de pesquisa e o TCLE, para que fosse assinado pelos anuentes.

23 23 Análise dos dados Para registro das variáveis do formulário, foi criado um banco de dados no programa MS Access Os dados foram avaliados com estatística descritiva e os resultados expostos em tabelas com o auxílio do programa MS Excel Procedimentos éticos para pesquisa Para realização da pesquisa os sujeitos convidados a participar do estudo foram esclarecidos sobre a natureza da pesquisa, seus objetivos e métodos, de acordo com a Resolução nº466, de 12 de dezembro de 2012, do Conselho Nacional de Saúde Ministério da Saúde, que trata das diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. Ao participante foi solicitada a leitura e, em caso de concordância, sua assinatura no TCLE, que dá esclarecimentos sobre o estudo, a garantia de que os procedimentos éticos serão seguidos e assegura o sigilo com relação a identificação dos participantes. Apenas algum desconforto postural ao longo das respostas ao questionário foi associado como risco aos participantes da pesquisa. A participação dos profissionais na pesquisa não implicou em nenhum benefício direto para o mesmo, porém são esperados benefícios indiretos da pesquisa, como a ampliação do conhecimento relacionado ao tema e a autorreflexão sobre os assuntos tratados, além do acesso aos dados e resultados a o que poderá acarretar otimização das práticas em relação a DC. Os resultados deste trabalho serão apresentados aos participantes do estudo como forma de fomentar o conhecimento e as práticas assistenciais em relação à DCh e seus vetores.

24 24 4 RESULTADOS Houve a participação de 127 profissionais das unidades de saúde da família das cidades de Pontal do Araguaia-MT e Barra do Garças-MT. A idade dos participantes variou entre 19 a 68 anos, com média de 43,5 anos. A tabela 1 traz informações acerca da área de atuação e de formação dos participantes, onde vê-se quatro áreas formação especificas da área da saúde, sendo Técnico de Enfermagem (18%), Enfermeiro (10%), Médico (6%) e Odontólogo (6%). Contudo, é possível notar que em sua maioria foi composta de Agentes Comunitários de Saúde (ACS) representando 37% dos participantes, e de técnicos de enfermagem (18%). Tabela 1. Caracterização da área de atuação/formação dos profissionais dos serviços de atenção primária à saúde. Barra do Garças (MT), Área de atuação Quantidade Percentual (n) (%) Enfermeiro Médico 8 6 Odontólogo 8 6 Técnico em Enfermagem ASB 12 9 ACS Limpeza 12 9 Técnico em Administração 4 3 TOTAL % Os entrevistados apontaram como fontes mais utilizadas para busca de informação sobre DCH, os meios de rádio, televisão e vizinhos e familiares (75,6%). Nota-se que apesar da maioria de profissionais da saúde com ensino superior terem também citado estas fontes, todos enfermeiros e médicos também indicaram a faculdade como fonte de informação.

25 Enfermeiro (n=13) Médico (n=8) Odontólogo (n=8) T. Enfermagem (n=23) ASB (n=12) ACS (n=47) Limpeza (n=12) Administrativo (n=3) Total (n=127) 25 Tabela 2. Fontes de informações sobre DCH citadas pelos profissionais de Unidades de Saúde da Família, de acordo com a profissão, em percentil. Barra do Garças (MT), Rádio, Televisão Vizinhos e Familiares Palestras e outros Escola/ Faculdade Obs: o participante tinha a possibilidade de escolher mais de uma fonte de informação. A Tabela 3 traz o conhecimento dos profissionais quanto ao agente etiológico da DCH e nesta pode-se observar que há confusão entre o agente etiológico e o vetor da DCH, pois quase um terço dos profissionais relatam que é o triatomíneo, outro terço associa ao T. cruzi. Tão importante quanto a identificação do agente etiológico, é a proporção de profissionais com formação em saúde que afirmaram não saber quem era o agente etiológico da DCH (31,7%).

26 Enfermeiro (n=13) Médico (n=8) Odontólogo (n=8) T. Enfermagem (n=23) ASB (n=12) ACS (n=47) Limpeza (n=12) Administrativo (n=3) Total (n=127) 26 Tabela 3. Agente causador da DCH citado pelos profissionais de Unidades de Saúde da Família, de acordo com a profissão, em percentil, Barra do Garças (MT), Triatomíneo Inseto NE Protozoário T. cruzi Mosquito Outros Não sabe Total Os meios de transmissão da DCH citados pela maioria dos profissionais foram a picada e o contato com as fezes do vetor infectado, seguido pela ingestão de alimentos contaminados com as fezes de insetos infectados (33, 31 e 27%, respectivamente). Apenas 1% dos profissionais não soube relatar a forma infecção, sendo estes dois auxiliares de saúde bucal e um técnico de administração. Tabela 4. Forma de transmissão da DCH o segundo os profissionais dos serviços de saúde, Barra do Garças (MT), FORMAS DE INFECÇÃO N % Contato com sangue de pessoas infectadas 12 5 Ingestão de alimentos contaminados com as fez de insetos infectados Contato com as fezes do vetor infectado Picada do vetor infectado Contato com sangue do vetor infectado 5 2 Outros - - Não sei 3 1 TOTAL % Obs: o participante tinha a possibilidade de escolher mais de uma forma de transmissão.

27 27 A Tabela 5 mostra o local de desenvolvimento do vetor da DCH. A maioria dos profissionais associou acertadamente o triatomíneo aos locais onde comumente se desenvolve (79%). Entre os que associaram o desenvolvimento dos triatomíneos a locais não apropriados, 13 (9%) relataram ambiente urbano com proliferação de lixo doméstico, procriação de vermes e larvas como local de desenvolvimento do vetor, destes 6 eram agentes comunitários de saúde, 1 auxiliar de saúde bucal, 3 profissionais de limpeza, 1 médico, 1 técnico em administração e 1 técnico em enfermagem, e 9 (6%) participantes associaram ambiente com grande volume de água e umidade elevada como lagos, pântanos, manguezais, que possuem propensão a desenvolver larvas como local de desenvolvimento, dos quais, 5 eram agentes comunitários de saúde, 1 profissional da limpeza, 1 técnico em enfermagem, 1 auxiliar de saúde bucal e 1 técnico em administração. Quanto aos profissionais que não souberam responder ao local de desenvolvimento do vetor, estes por sua vez correspondiam a 1 técnico em administração e 1 técnico em enfermagem. Tabela 5. Local de desenvolvimento do vetor da DCH ditados pelos profissionais de Unidades de Saúde da Família, em percentil, Barra do Garças (MT), Local de desenvolvimento do vetor n % Habitações rurais, casas de pau-a pique, taipas ou de sapé e presença de inúmeras frestas e rachaduras perfeitas para o albergue e procriação de insetos % Ambiente urbano, com proliferação de lixo doméstico, procriação de vermes e larvas 13 9% Locais escuros 5 3,5% Ambiente com grande volume de água e umidade elevada como lagos, pântanos, manguezais, que possuem propensão a desenvolver larvas. 9 6% Outros locais 1 1% Não sei 2 1,5% Total % Obs: o participante tinha a possibilidade de escolher mais de um local.

28 Enfermeiro (n=13) Médico (n=8) Odontólogo (n=8) T. Enfermagem (n=23) ASB (n=12) ACS (n=47) Limpeza (n=12) Administrativo (n=3) Total (n=127) 28 Na Tabela 6 pode-se identificar o conhecimento dos profissionais sobre a notificação compulsória da DC. A conduta correta, como notificar a doença em sua fase aguda, foi citada por apenas 1,6% dos profissionais, todos estes eram enfermeiros. Mais da metade dos profissionais de saúde de nível superior não sabem quando notifica ou afirmam que não deve haver notificação. Dentre os profissionais que afirmaram que deve haver a notificação compulsória de casos da DCH, porém associaram a notificação a situações incorretas (18,9%), tais como: A partir do momento que sentir os sintomas, Quando haver problema no coração. Tabela 6. Conhecimento sobre a Notificação Compulsória dos casos agudos de DCH, segundo os profissionais da Unidade de Saúde da Família, em percentil, Barra do Garças (MT), Notifica - conduta correta Notifica - conduta incorreta Não notifica Não sabe Total O conhecimento dos profissionais sobre os sintomas associados às fases aguda e crônica da DCH mostrou-se impreciso (Tabela 7). Apenas 6,3% dos profissionais associou corretamente a sintomatologia às fases da DCH. Os demais confundiram os sintomas ou citaram sintomas não associados a quaisquer das fases da DCH, tais como: sonolência, náuseas e confusão mental.

29 Enfermeiro (n=13) Médico (n=8) Odontólogo (n=8) T. Enfermagem (n=23) ASB (n=12) ACS (n=47) Limpeza (n=12) Administrativo (n=3) Total (n=127) 29 Tabela 7. Conhecimento em relação aos sintomas das fases aguda e crônica da DCH, segundo profissão, em percentil, Barra do Garças (MT), Definiu sintomas agudos e crônicos Definiu apenas sintomas agudos Definiu apenas sintomas crônicos Confundiu sintomas Sintomas não associados a DCH Não sabe Total As respostas dadas sobre o conhecimento das medidas preventivas da DCH (Tabela 8) foram classificadas em corretas (uso de inseticida, utilização de telas em portas e janelas e incorretas ou insuficientes (uso de carrapaticida, higienização de animais domésticos, normas básicas de higiene e saneamento básico e manutenção de galinhas nos quintais). Apenas 26% dos profissionais soube apontar as condutas profiláticas corretas para a DCH e dentre estes os profissionais que mais citaram foram os Técnicos de Enfermagem. Observa-se a alta frequência de profissionais que citaram condutas incorretas, quase 40% do total.

30 Enfermeiro (n=13) Médico (n=8) Odontólogo (n=8) T. Enfermagem (n=23) ASB (n=12) ACS (n=47) Limpeza (n=12) Administrativo (n=3) Total (n=127) Enfermeiro (n=13) Médico (n=8) Odontólogo (n=8) T. Enfermagem (n=23) ASB (n=12) ACS (n=47) Limpeza (n=12) Administrativo (n=3) Total (n=127) 30 Tabela 8. Avaliação das condutas preventivas da DCH relatadas pelos profissionais dos serviços de saúde, segundo profissão, em percentil, Barra do Garças (MT), CONDUTAS Corretas Corretas e outras inócuas Corretas mais incorretas ou insuficientes Incorretas Total Em relação ao conhecimento dos profissionais sobre a existência de casos de DCH no território adstrito à unidade de saúde, não se avaliou se houve divergência de informações entre os diversos profissionais, mas observa-se que 25% dos profissionais afirma ter casos de DCH em seu território enquanto outros 22,8 % não sabem se há casos de DCH. Tabela 9. Conhecimento sobre a existência de casos de DCH no território adstrito à unidade de saúde, segundo profissão, em percentil, Barra do Garças (MT), Casos de DCH Tem casos de DCH Não tem casos de DCH Não sabe se tem casos de DCH Total

31 Enfermeiro (n=13) Médico (n=8) Odontólogo (n=8) T. Enfermagem (n=23) ASB (n=12) ACS (n=47) Limpeza (n=12) Administrativo (n=3) Total (n=127) 31 Os profissionais, em geral, mostraram dúvidas quanto ao tratamento de casos de DCH, tanto aqueles com formação superior em saúde, como os com formação técnica, como pode ser visto na Tabela 10. Apenas 90 profissionais responderam quando questionados sobre o tratamento de casos de DCH, destes, 57% não souberam responder, como um dos médicos. O tratamento por meio de medicamentos foi citado por 8,9%, em sua maioria (6%) afirmaram ser o benzonidazol a escolha ideal. Tabela 10. Tratamento que deve ser dado ao caso de DCH, segundo o profissional do serviço de saúde, em percentil, Barra do Garças (MT), Tratamento Medicamento Assistência Médica Cardiologia Unidade ESF Sintomático Não sabe/não lembra Outros Total O tratamento medicamentoso foi citado por 37,8% dos profissionais, cerca de 8% referiu que a DCH não é tratável por medicamentos e 33% não sabem se existe medicamento para DCH (23.1% dos enfermeiros, 37,5% dos médicos e 50% dos odontólogos). Quando avaliado qual o medicamento deveria ser indicado, o benzonidazol foi citado com maior frequência (24.4%), seguido de paromomicina e metronidazol e amiodarona, estes dois últimos foram citados por profissionais que não tem atribuição de prescrever medicamentos.

32 Enfermeiro (n=13) Médico (n=8) Odontólogo (n=8) T. Enfermagem (n=23) ASB (n=12) ACS (n=47) Limpeza (n=12) Administrativo (n=3) Total (n=127) 32 Tabela 11. Medicamentos indicados pelos profissionais para o tratamento da DCH, segundo a profissão, em percentil, Barra do Garças (MT), Tratamento Benzonidazol Paromomicina Metronidazol Amiodarona Não lembra Não é tratável Não sabe Total A maioria dos profissionais entre todas as categorias (72,1%), exceto os médicos, relataram não saber ou não lembrar quais eram os exames diagnósticos para DCH. O exame Machado Guerreiro foi o mais citado entre os profissionais e os exames sorológicos e Elisa foram citados por apenas 55.5% dos médicos.

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