Módulo: Nível Superior Dezembro/2014 GVDATA
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2 Módulo: Nível Superior Dezembro/2014 GVDATA
3 Classificada no grupo de doenças extremamente negligenciadas Leishmanioses
4 Volta Redonda Barra Mansa Rio de Janeiro Niterói
5 Definição de Caso suspeito Todo individuo proveniente de área com ocorrência de transmissão, com febre e esplenomegalia ou todo individuo de área sem ocorrência de transmissão, com febre e esplenomegalia, desde que descartados os diagnósticos diferenciais mais frequentes na região. No município do Rio de Janeiro, bairro do Caju com foco de leishmaniose Visceral desde 2011 Até o momento ainda é feito o teste em cães com alto índice de positividade. Janeiro de 2013: Notificado primeiro caso humano no Caju. Paciente sem histórico de viagem 1º caso autóctones em humano. Fevereiro de Notificação de Leishmaniose em idosa moradora do Asilo localizado no Caju, porém com manifestação tegumentar. Paciente sem histórico de viagem. O Município do Rio de janeiro é considerado na Classificação para vigilância e controle de LV como município com transmissão recente de LV humana
6 Ciclo de vida da Leishmaniose Visceral
7 Cães com resultados de Leishmaniose Reagente de Fonte GAL Bairro positivos Bangu 45 Barra de Guaratiba 11 Caju 88 Camorim 2 Campo Grande 84 Curicica 8 Engenho de Dentro 2 Guaratiba 30 Ilha do Governador 1 Jacarepaguá 5 Rio das Pedras 4 Santa Cruz 11 Vargem Grande 5 Total 296
8 Reservatórios O cão (Canis familiaris) é a principal fonte de infecção. A enzootia canina tem precedido a ocorrência de casos humanos e a infecção em cães tem sido mais prevalente que no homem. Vetores Lutzomyia longipalpis e Lutzomyia cruzi. A primeira é considerada a principal espécie transmissora da L. (L.) chagasi. A L. longipalpis adapta-se facilmente ao peridomicílio e a variadas temperaturas: Pode ser encontrada no interior dos domicílios e em abrigos de animais domésticos. A atividade dos flebotomíneos é crepuscular e noturna. Durante o dia ficam em repouso, em lugares sombreados e úmidos.
9 Suscetibilidade e imunidade Crianças e idosos são mais suscetíveis. Principalmente com desnutrição ou imunodeprimidas. A suspeita clínica da LV deve ser levantada quando o paciente apresentar febre e esplenomegalia associada ou não à hepatomegalia. Modo de transmissão A transmissão ocorre pela picada dos vetores infectados pela Leishmania (L.) chagasi. Não ocorre transmissão de pessoa a pessoa. Período de incubação No homem, é de 10 dias a 24 meses, com média entre 2 e 6 meses. Diagnóstico diferencial Realizar diagnóstico diferencial com enterobacteriose de curso prolongado (associação de esquistossomose com salmonela ou outra enterobactéria), malária, brucelose, febre tifoide, esquistossomose hepatoesplênica, forma aguda da doença de Chagas, linfoma, mieloma múltiplo, anemia falciforme, entre outras.
10 Quadro Clínico Infecção crônica e sistêmica, caracterizada por febre de longa duração, aumento de fígado e baço, perda de peso, fraqueza, anemia e outras manifestações
11 EVOLUÇÃO CLÍNICA DA LEISHMANIOSE VISCERAL MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS PERÍODO INICIAL PERÍODO DE ESTADO PERÍODO FINAL Febre Presente Presente Emagrecimento Ausente Moderado Palidez Discreta Moderada Hepatomegalia Discreta Moderada Esplenomegalia Discreta Moderada Presente Acentuado Acentuada Acentuada Acentuada Manifestações hemorrágicas Ausente Incomum Frequente
12 EVOLUÇÃO LABORATORIAL DA LEISHMANIOSE VISCERAL RESULTADO DE EXAME COMPLEMENTAR PERÍODO INICIAL PERÍODO DE ESTADO PERÍODO FINAL Anemia Discreta Moderada Acentuada Leucopenia com neutropenia Ausente Presente Acentuada Plaquetopenia Ausente Presente Acentuada Hiperglobulinemia Discreta Elevada Elevada
13 Oferecer o teste de HIV a todo paciente com diagnóstico de LV (doença oportunista em pessoas imunodeprimidas).
14 Diagnóstico imunológico Pesquisa de anticorpos contra Leishmania Imunofluorescência indireta (RIFI) consideram-se como positivas as amostras reagentes a partir da diluição de 1:80. Nos títulos iguais a 1:40, com clínica sugestiva de LV, recomenda-se a solicitação de nova amostra em 30 dias. Testes rápidos imunocromatográficos são considerados positivos quando a linha controle e a linha teste aparecem na fita ou plataforma (conforme nota técnica nº 45 UVR/CGDT/DEVEP/SVS/MS). Ensaio imunoenzimático (ELISA) Este teste não está disponível na rede pública de saúde, no entanto, algumas unidades de saúde da rede privada utilizam kits de ELISA registrados e comercializados no Brasil. Diagnóstico parasitológico Exame direto formas amastigotas do parasito podem ser visualizadas aspirado de medula, punção aspirativa esplênica Títulos variáveis dos exames sorológicos podem persistir positivos por longo período, mesmo após o tratamento. Assim, o resultado de um teste positivo, na ausência de manifestações clínicas, não autoriza a instituição de terapêutica.
15 CASO CONFIRMADO DE LEISHMANIOSE VISCERAL Critério clínico laboratorial (no mínimo um critério): parasito nos exames parasitológicos direto ou cultura reação de imunofluorescência 1:80 testes imunocromatográficos (= teste rápido ) Critério clínico epidemiológico: Pacientes clinicamente suspeitos, sem confirmação laboratorial, provenientes de área com transmissão de LV, com resposta favorável ao teste terapêutico.
16 Ficha Sinan
17 Ficha Sinan
18 Ficha Sinan
19 Caso Clínico 1º Caso Clínico Paciente sexo feminino, 29 anos, moradora do Caju, com início dos sintomas em setembro de 2012, com febre, náuseas, mialgia, vômitos e inapetência. Procurou atendimento em unidade hospitalar sendo realizado hemograma e o diagnóstico de Dengue. Não havendo melhora do quadro, procurou atendimento médico onde realizou hemograma completo e, devido às alterações, foi referenciada ao HEMORIO com suspeita de Anemia. Durante os meses de Outubro e Novembro de 2012 iniciou tratamento no HEMORIO apresentou melhora do quadro, porém ainda apresentava febre intermitente e inapetência. No mês de Dezembro de 2012 procurou atendimento em unidade de emergência apresentando febre, dor, fraqueza, emagrecimento, vômito, diarreia, icterícia, aumento do baço e fígado, edema em membros inferiores. Transferida para o HEMORIO, onde ficou internada com suspeita de Anemia Falciforme e Pancitopenia.
20 Caso Clínico Em 03/01/2013 realizado aspirado de medula óssea, sendo evidenciada a presença de Leishmania em monócitos e macrófagos Tempo entre início dos sintomas e diagnóstico: 4 meses A paciente residente próximo ao cemitério do Caju, nunca ter saído do Estado do Rio de Janeiro. Trabalha como autônoma no cemitério há cerca de seis anos e não participou do inquérito sorológico de 2011.
21 Caso Clínico 2º Caso Clínico Paciente sexo feminino, 81 anos moradora do asilo localizado no bairro do Caju. Apresentou lesão em face e membro superior, sem outra sintomatologia. Atendimento em médico particular que realizou biópsia da lesão sendo encontradas leishmanias.
22 Caso Clínico 2º Caso Clínico Laudo de L. chagasi feito no IPEC Apresentação atípica da doença agente causador da Leishmaniose visceral, causando forma clínica de Leishmaniose tegumentar Caso confirmado para Leishmaniose tegumentar Deve ser dado atenção para esta forma de apresentação da doença na localidade, sendo poucos casos descritos na literatura necessidade de mais estudos para identificar quais fatores envolvidos para tal mudança.
23 Caso Clínico
24 OBRIGADA S/SUBPAV/SVS/Coordenação de Vigilância Epidemiológica / Telefones: / / Fax: (21) Plantão CIEVS
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