ENFERMAGEM DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS. OUTRAS DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS Aula 3. Profª. Tatiane da Silva Campos
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1 ENFERMAGEM DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS Aula 3 Profª. Tatiane da Silva Campos
2 Poliomielite Doença viral aguda; paralisia flácida de início súbito; déficit motor instala-se subitamente e a evolução dessa manifestação, freqüentemente, não ultrapassa 3 dias. Acomete em geral membros inferiores, de forma assimétrica, principal característica flacidez muscular, com sensibilidade conservada. músculos respiratórios e da deglutição implica em risco de vida para o paciente. Encontra-se erradicada no país desde o início dos anos 90 Sinonímia - Paralisia infantil. Agente etiológico: poliovírus; gênero Enterovírus, família Picornaviridae, composto de três sorotipos 1, 2 e 3.
3 transmissão: contato direto pessoa a pessoa, via fecal-oral (principal), objetos, alimentos e água contaminados; via oral-oral, por gotículas de secreções da orofaringe ao falar, tossir ou espirrar. Incubação: 7 a 12 dias, podendo variar de 2 a 30 dias. transmissibilidade: Não se conhece com exatidão. Diagnóstico laboratorial: Isolamento do Vírus: amostra de fezes coletada, até o 14º dia do início do déficit motor; PCR genoma viral; Exames inespecíficos avaliação do Liquor Tratamento - Não há tratamento específico, mas todos os casos com manifestações clínicas devem ser internados para tratamento de suporte.
4 Notificação: obrigatória e investigação imediata dos casos de paralisias flácidas agudas (PFA) em <15 anos ou suspeita de Poliomielite em pessoas de qualquer idade. MEDIDAS DE CONTROLE Vacinação: eficaz manter erradicação - rotina nos serviços de saúde e campanhas anuais de vacinação; Brasil adota esquema vacinal básico: vacina antipólio oral (VPO - Sabin), e vacina inativada antipolio (VIP) esquema: 2 meses; 4 meses; 6 meses; reforço. Em ambas as atividades (vacinação de rotina e campanhas), devem ser alcançadas coberturas vacinais altas (95%) em todos os municípios.
5 Malária Doença infecciosa febril aguda, quadro clínico típico febre alta, acompanhada de calafrios, sudorese e cefaleia. Sinonimos: Paludismo, impaludismo, febre palustre, febre intermitente, febre terçã benigna ou maligna; nomes populares maleita, sezão, tremedeira, batedeira ou febre. Agente etiológico - P. malariae, P. Vivax e P. falciparum. Reservatório: homem (importância epidemiológica). Vetores: mosquito Diptera, infraordem Culi-comorpha, família Culicidae, gênero Anopheles espécies mundo; 60 no Brasil. Popularmente conhecidos por carapanã, muriçoca, sovela, mosquito-prego e bicuda.
6 Transmissão: Picada fêmea mosquito Anopheles, infectada pelo Plasmodium. Não há transmissão pessoa a pessoa incubação e transmissibilidade: Varia com espécie de plasmódio. Diagnóstico: certeza demonstração do parasito ou de antígenos relacionados, no sangue periférico do paciente, Gota espessa (padronizado no Brasil); Tratamento: atingir parasito em pontos-chave de seu ciclo evolutivo; Ministério da Saúde, orienta a terapêutica e disponibiliza gratuitamente os medicamentos antimaláricos utilizados em todo o território nacional, em unidades do Sistema Único de Saúde (SUS).
7 Notificação - todo caso suspeito deve ser notificado MEDIDAS DE CONTROLE A SEREM ADOTADAS Tratamento precoce dos doentes para evitar disseminação; Controle vetorial; Ações de educação em saúde; Estratégia de prevenção (uso de mosquiteiros, inseticidas, roupas que protejam pernas e braços, telas em portas e janelas, uso de repelentes).
8 Leishmaniose Tegumentar Americana não contagiosa. acomete pele e mucosas = classicamente pápulas, que evoluem para úlceras com fundo granuloso e bordas infiltradas em moldura. Pode ser únicas ou múltiplas, e indolores. Sinonimo: Úlcera Bauru, nariz de tapir, botão do Oriente. Agente etiológico: várias espécies leishmanias = América são 11 espécies e Brasil 7 espécies. As mais importantes são Leishmania (Viannia) braziliensis, L. (L.) amazonensis e L. (V.) guyanensis.
9 Transmissão: picada fêmea de insetos flebotomíneos. São conhecidos popularmente como mosquito palha, tatuquira, birigui, entre outros. incubação: 2 a 3 meses; pode períodos + curtos (2 semanas) e + longos (2 anos). transmissibilidade - Desconhecido. Diagnóstico: suspeita clínico-epidemiológica associada à intradermorreação positiva e/ou demonstração do parasito no exame parasitológico direto em esfregaço de raspado da borda da lesão. Tratamento: 1 escolha = antimonial pentavalente (N-metil glucamina e o stibogluconato de sódio). 2 escolha = anfotericina B e o isotionato de pentamidina
10 Notificação compulsória nacional. MEDIDAS PREVENTIVAS: uso de repelentes, mosquiteiros de malha fina, telas em portas e janelas; Para vetor: limpeza de quintais e terrenos, limpeza periódica de abrigo de animais domésticos, mantendo-os afastados do domicilio, eliminação de resíduos sólidos orgânicos e destino adequado dos mesmos, poda de árvores para redução da umidade e, consequentemente, redução da proliferação do vetor.
11 Leishmaniose Visceral Doença crônica, sistêmica, caracterizada por febre de longa duração, perda de peso, astenia, adinamia e anemia. Quando não tratada, pode evoluir para óbito em mais de 90% dos casos. Fase inicial: aguda, início dos sintomas, maioria dos casos inclui febre com duração inferior 4 semanas, palidez cutâneo-mucosa e hepatoesplenomegalia. Período de estado: febre irregular, associada emagrecimento progressivo, palidez cutâneo-mucosa e aumento da hepatoesplenomegalia.
12 Período Final: evolui período final, febre contínua e comprometimento intenso do estado geral. Instala-se a desnutrição, (cabelos quebradiços cílios alongados e pele seca) e edema dos membros inferiores, que pode evoluir para anasarca. Nesses pacientes, o óbito geralmente é determinado por infecções bacterianas e/ou sangramentos. Sinonimo: Calazar, esplenomegalia tropical, febre dundun, doença do cachorro. Agente etiológico: Protozoário tripanosomatídeos do gênero Leishmania, espécie Leishmania chagasi, parasita intracelular obrigatório sob forma flagelada ou amastigota das células do sistema fagocítico mononuclear.
13 Dentro do tubo digestivo do vetor, as formas amastigotas se diferenciam em promastigotas (flageladas). Reservatórios: área urbana cão. transmissão: fêmea de insetos flebotomíneos das espécies de Lutzomyia longipal-pis e L. cruzi, infectados. incubação: variável para o homem, como para o cão. transmissibilidade: vetor se infecta enquanto persistir o parasitismo na pele ou sangue dos animais reservatórios. Diagnóstico: Clínico-epidemiológico e laboratorial (exames imunológicos e parasitológicos). Tratamento: Brasil = Antimonial Pentavalente e a Anfotericina B.
14 Notificação compulsória e investigação epidemiológica. Vigilância em humanos: em todos os casos. indicada para definir local provável de infecção, verificar se área é endêmica, conhecer características epidemiológicas dos casos e orientar medidas de prevenção e controle conforme a situação epidemiológica e a classificação da área. Vigilância canina: investigação do foco; busca ativa de cães sintomáticos; MEDIDAS PREVENTIVAS: Homem: medidas de proteção individual=uso de repelentes e de mosquiteiros de malha fina. Vetor: Saneamento ambiental. Cães: Nas doações de animais, o exame sorológico deverá ser previamente realizado.
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