A PSICOLOGIA NO CTI ADULTO DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO/ UFJF

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "A PSICOLOGIA NO CTI ADULTO DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO/ UFJF"

Transcrição

1 A PSICOLOGIA NO CTI ADULTO DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO/ UFJF Fernanda Buzzinari Ribeiro de Sá * Resumo: Ao considerar o CTI como um local do hospital em que o desamparo, o inesperado, o acaso e a desestabilização do paciente e da família se manisfestam, o psicanalista neste propõe a realização de um trabalho de escuta das questões levantadas pelos pacientes (conscientes, sedadas ou em coma) e familiares relacionadas ao processo de adoecimento, tratamento e hospitalização. Palavras-chaves: CTI, Psicologia, Psicanálise Abstract If considered CTI a place that unexpected, incidentally and solitary of patient and family appear, the psychoanalyst offer a work that listen the questions of patient (conscious, with sedative or in coma) and family related with sick, treatment and hospitalization. Key-works: CTI, Psychologist, Psychanalyst * Residente de Psicologia Hospitalar e da Saúde do Hospital universitário de Juiz de Fora/ UFJF

2 Introdução Os incessantes avanços científicos recriam a cada dia novas possibilidades diante dos impasses da vida. A busca da eficácia está presente em todos os campos da vida atual, principalmente no hospital. sendo está atingida a qualquer preço, às vezes mesmo sem ética. As tentativas de respostas cientificas racionalizantes, promessas, percentagens, respostas religiosas, respostas familiares não são suficientes para sustentar o desamparo inerente ao ser humano. Do lado da ciência assistimos à sua busca incessante de alcançar a cura para todas as doenças, procurando dar sempre respostas a tudo, na tentativa de eliminar a morte, e assim tamponar a falta, transformando a tecnociência numa panacéia universal, pretensamente capaz de dissolver todos os limites e de transfigurar, até mesmo a condição humana. O homem vem buscando novas formas de revestir a morte, e a medicina, através da tecnociência tem contribuindo para isto, oferecendo recursos para este revestimento. Resta nos questionar quais as conseqüências disso para o homem que vive nesta sociedade moderna. A busca é pela sobrevivência do corpo tal como ele é visto pelo discurso da ciência moderna: corpo-objeto, um ajuntamento de órgãos que possui funções fisiológicas. Um corpo excluído de suas qualidades simbólicas, de seu conteúdo significante. Podemos pensar que na dificuldade do homem de não se deparar com a grande angustia humana, a de que somos sujeitos finitos, o discurso cientifico priorizando salvar o corpo-objeto, pode ter como conseqüência a exclusão da subjetividade, colocando em evidencia o corpo biológico. A Psicanálise diante dessa tecnociência não deve perder sua especificidade visto que ela não tem intenção de responder a demanda tão rápido quanto se exige hoje visto que a dimensão subjetiva deve ser ética e não técnica.

3 1. A Atuação do Psicólogo no CTI Cada vez mais, grandes progressos ocorrem na área hospitalar, permitindo um prolongamento da vida. Maquinas mais sofisticadas, possibilidades técnicas de diagnósticos e tratamento de doenças. A medicina, ao longo do tempo, tomou uma distância do doente. Ocorreu um desvio no olhar do médico que deixa de ver quem o procura e dirige-se apenas à doença e a relatórios de exames e publicações que são em sua essência compêndios estatísticos, tão oscilantes e tão manipuláveis. Não podemos reduzir o corpo humano a um emaranhado de órgãos que se articulam entre si. Esse corpo também diz de si, o corpo fala. A fala prediz significantes. Esse corpo requer seu deciframento simbólico. Então é o corpo que se presta aos cuidados da psicanálise, enquanto uma estrutura significante marcado pela palavra do Outro. É esse corpo causa o sujeito e sua dimensão de enigma que oferecem ao psicanalista instrumentos de trabalho. (MOURA, 1999: p.45) Não há função orgânica que não seja marcada pelo discurso, que não sofra os efeitos da demanda e desejo aos quais é submetida. Não há impulso neuronal que não tenha em sua origem e sobredeterminação progressiva de uma historicidade simbólica. (SCHILLER, 1991) A medicina vai escutar o chamado respondendo também prontamente a este, porém sendo a dimensão do tempo do sujeito eliminada. Trata o corpo do doente dirigindo seus cuidados para os signos e sintomas do paciente. Diferentemente, a psicanálise, ao escutar o chamado na urgência subjetiva, vai articular a pressa exigida pela situação ao tempo do sujeito que precisará advir. (MOURA, 1999) No espaço da UTI, alguns controles são feitos em relação à temperatura ambiente, luminosidade, ruídos e contaminação. Ali a pessoa pode viver de novo. Passa por um ambiente parecido com o útero materno, onde, a princípio, o ambiente provê as

4 necessidades. Mas o (re)nascimento exige que a pessoa-bebê respire por si mesma e que, nas vias do desejo, (re)viva. (MOURA, 1999) Quando uma pessoa é internada num CTI, com freqüência podemos pensar no estado de desamparo vivenciado pelas pessoas quando esta não dispunha no recursos para efetuar a ação específica que aliviaria a tensão provocada pelo estado de necessidade. Nesses casos, o paciente se torna impotente, incapaz muitas vezes de efetuar uma ação específica para o alívio da tensão interna advinda da dor, sede, fome, impossibilidade de andar, movimentar-se na cama, falar e até mesmo respirar. Ele, incluindo o paciente em coma, estará à mercê de um outro que poderá ou não atender sua demanda, ou seja, é este outro quem preservará os procedimentos necessários à vida do paciente (dieta, oxigênio, medicação, posição, exames...). O sujeito sofre, mas o fato de falar ao analista faz com que ele tome uma distância em relação ao seu sofrimento. Essa função do analista, de escutar, por si só pode ser terapêutica proporcionando uma certa contenção, evidenciando que a pessoa não está sozinha na sua dor. Não se trata apenas de escutar, mas sobretudo de levar quem fala a se escutar. À medida que o paciente fala, ele também se ouve, podendo assim surgir o novo, acarretando modificações. Com o paciente em coma, a situação se inverterá, pois nós falaremos por ele, tentando nomear e aliviar sua dor, permitindo que ele se sinta acolhido e compreendido. (MOURA, 1999: p. 45) O doente internado torna-se um paciente, sem trocadilhos, uma pessoa resignada aos cuidados médicos, que deve esperar serenamente a melhora de sua doença. Esse paciente desnudado por uma instituição total, perde sua identidade, torna-se vulnerável, submisso e dependente. Compete ao paciente, se estiver consciente, calar-se. O bom paciente na UTI permanece sedado, quase morto, mesmo que esteja buscando a vida. Muitos dos que sobrevivem à experiência de internação sobreviveram por haver algo mais além de aparelhos e tecnologia. Talvez desejo de continuarem vivos. Por outro lado, há também que se pensar na opção que alguns pacientes fazem pela morte. Não vêem

5 mais sentido para viver, pois continuar vivo chega a ser desagradável e até mesmo doloroso. Pode ser este o motivo de muitos pacientes em coma morrerem. Lógico que existe a questão orgânica, mas junto a esta estão os nossos desejos... (ESSLINGER, 2004) O corpo técnico das instituições de saúde, por meio de diversos membros, faz circular a idéia de um corpo tocável apenas nos procedimentos médicos. O corpo da psicanálise é o corpo erógeno. Um corpo mergulhado no significante, algo recalcado no simbólico retorna no real do corpo uma lesão de órgão. O corpo para cada sujeito é da ordem do particular, tomado como ponto de possível interlocução entre o saber da psicanálise e o saber da medicina. (MOURA, 1999) 2. Alguns aspectos relacionados à morte Embora a morte seja presença constante no cotidiano hospitalar, há um conluiu em torno do silêncio. Este traz como conseqüência a solidão do paciente, da equipe de saúde e da família diante de seus próprios medos e angústias. A solidão a não possibilidade de comunicação, podem ser, para a família, fatores que ocasionem um luto antecipado, e por isso, precisam ser pensados no processo de morrer de cada ser humano. Embora morrer com dignidade seja um conceito altamente subjetivo, a medicina paliativa contribui com alguns aspectos cujo centro da preocupação, não sendo mais a cura de sintomas, passa a ser o alívio de sintomas, tanto físicos quanto emocionais, decorrentes de determinada doença. Dizer que o paciente encontra-se fora das possibilidades terapêuticas é uma agressão, pois pode não haver a cura da doença, mas muito pode ser feito pelo bem estar da pessoa. (ESSLINGER, Ingrid, 2004:44) Muitas vezes, na luta contra a morte, a moderna medicina acaba por esquecer que somos mortais e que, por trás da doença, existe um ser humano que vive em determinado contexto, que traz consigo uma história de vida. Mais: que essa história de vida deveria incluir sua história de morte! Em outras palavras, há na doença e no processo de morrer de

6 cada indivíduo, uma série de fatores biológicos, psicológicos, sociais e espirituais que merecem ser levados em conta. Utilizar todos os recursos para resgatar pessoas é tarefa fundamental das UTIs. Entretanto, prolongar indefinidamente processos nos quais não se sabe se impera a vida ou a morte, nos quais só se fala de funções e sinais, e não mais de um ser humano, com uma vida de relação. Surge assim, um questionamento, pois é possível considerar a morte de alguém quando sua respiração para ou quando sua consciência para? Será que podemos considerar vivos o paciente em coma que está esquecido? O conflito doente-família relaciona-se à família como um sistema e o quanto esta consegue respeitar as decisões que o paciente tomou, quando ainda lúcido, para ele mesmo. Ao mesmo tempo, a morte é um tabu, muitas vezes nem existe a possibilidade de falar abertamente em família sobre essas questões. De um lado, observa-se um desenvolvimento científico e tecnológico enorme, e de outro, uma dificuldade de comunicação entre o doente, seus familiares e a equipe de saúde. Fica evidente a lacuna na formação dos profissionais de saúde no que se refere ao tema da morte. Muitas vezes é com assombro, tristeza e cobranças que para enterrar as emoções esses profissionais associam ser profissional a não demonstrar emoções. O ideal seria permitir a tais profissionais que seus sentimentos emergissem, pudessem ser expressos e elaborados. Assim, quem sabe o relacionamento com os pacientes pudesse modificar e o sujeito passar a ser visto.diante da morte considerada como fracasso, poderiam surgir sentimentos de raiva, impotência, fragilidade, frustração, o que pode dificultar um discernimento na hora das decisões. Falar de morte é falar de vida; é poder pensar numa qualidade de vida durante o processo de morrer. É pensar na morte digna, com controle da dor, dos efeitos colaterais da medicação. É pensar no enfermo como ser humano e participante, quando consciente, de seu processo de doença. E se isso não for possível, pensar numa atitude de respeito com o paciente em coma e com sua família. A qualidade de vida, ainda que subjetiva,pode ser entendida

7 como um processo de morrer sem dor e sofrimento físico. Neste processo a subjetividade e desejos do paciente tendem a ser ignorados a favor da vida. Mas que vida será essa? (ESSLINGER, Ingrid, 2004: 45) 2. A Equipe Multiprofissional do CTI Os seres humanos vêem-se hoje diante da quebra da identidade pessoal, da ruptura dos vínculos e normas sociais, da aceleração, competitividade e premência de tempo, além de flagrantes desequilíbrio sociais como: violência, drogas, desemprego e desigualdades. O mundo parece transformar-se num grande balcão de negócios e o sistema de saúde não foge disso. As pessoas estão atônitas a procura de si mesmas e os profissionais de saúde não fogem disso. O ser humano doente oferece ao profissional de saúde um desafio quase intransponível em muitas situações: diagnosticar a razão da enfermidade e tratá-la eficazmente. Este profissional, no seu cotidiano, vê-se compelido a suportar um conjunto de angustias, de conflitos, de obstáculos diante de cada ato, de cada pessoa com quem defronta na prática. Seus pacientes estão sensíveis, vulneráveis, fragilizados; querem apoio, proteção, segurança;. querem intervenção perfeita e eficaz. Expressam tais sentimentos de forma ruidosa ou velada. Estão ansiosos, inseguros, às vezes em pânico. Estão agressivos, exigentes, querelantes. Lidar com o sofrimento implica, muitas vezes, reviver momentos pessoais de sofrimento. Implica se identificar com a pessoa que sofre e sofrer junto com ela. O profissional de saúde á chamado a intervir em situações de risco de vida. A angustia, nessas circunstâncias, é extrema. Desde o doente, que sente a morte iminente, como todos os que o amam e não querem perdê-lo. Talvez aqui resida o auge da exigência feita a em ser humano: transformar-se em Deus, num ser onipotente, salvador. O resultado pode ser a frustração, a impotência, a sensação de fracasso diante do inexorável que é a morte. Doenças obscuras, de difícil diagnósticos ou de difícil tratamento põem o profissional de saúde constantemente diante do sentimento de incerteza e impotência.

8 Pelo que foi exposto, fica clara a complexidade da relação cuidador-cuidado e a necessidade que têm os profissionais de saúde de encontrarem um ambiente de suporte capaz de lhes sustentar no exercício de suas funções. De lhes propiciar expressar os sentimentos de alguém que também precisa ser cuidado. Afinal, quem cuida do cuidador? Se considerarmos o estresse cotidiano em que vivem tais profissionais no contato direto com o sofrimento e a morte, fácil é imaginar a vulnerabilidades destes. Estes, tanto quanto os pacientes, demandam a necessidade de apoio e suporte. Assim, há a necessidade de se oferecer grupos de suporte aos provedores da saúde além de grupos de reflexão sobre a tarefa desenvolvida. (CAMPOS, 2005) O cuidador também precisa ser cuidado. Precisa de alguém que lhe dê suporte, que lhe ofereça proteção e apoio, facilitando seu desempenho, compartilhando, de algum modo, sua tarefa. O grupo de reflexão da tarefa permite aos participantes a expressão de sentimentos, medos, fantasias, dúvidas, ansiedades, conflitos, vivencias nos hospitais, etc. A dinâmica grupal favorece a discussão entre seus membros, reunidos a partir de uma situação em comum. A identificação de um individuo com outro possibilita compartilhar angustias, ansiedades, limitações, esperanças, sofrimentos, fantasias, fortalecera coesão, entre outros aspectos que surgem com o desenrolar do processo grupal. (CAMPOS, 2005) 3 Objetivos - Promover um espaço para que os pacientes e familiares possam expressar seus desejos, angustias, ansiedades, limitações, esperanças, sofrimentos, fantasias em relação a hospitalização e principalmente ao CTI. - Oferecer a equipe multiprofissional tanto atendimentos individuais quanto a realização de grupos de reflexão da tarefa e de suporte emocional.

9 4 Metodologia O trabalho do psicólogo no CTI tem o referencial teórico da Psicanálise, sendo utilizado outros recursos terapêuticos nos devidos momentos. O aparato teórico unido à demanda norteiam o trabalho a desenvolvido de acordo com as necessidades e possibilidades de atendimento aos pacientes, familiares e equipe do CTI adulto do Hospital Universitário. Conclusão Apesar de todo o avanço tecnológico da UTI, essencial na recuperação da saúde, este é um lugar mobilizador de muita angústia. Enquanto o aprimoramento tecnológico aparece com mais aparelhos, exames, isto é, uma leitura orgânica sofisticada acenando com maiores possibilidades de vida, a subjetividade da pessoa não encontra espaço. E isto é natural, pois naquele momento o que está em jogo é a vida da pessoa. Só que o orgânico porta um sujeito que sofre e que angustia. Percebe-se que o ser humano é constituído para além do corpo por algo que escapa à concretude celular. É obrigado a postular um constructo não localizável pelo olhar, não detectável por instrumentos. Deduz que o psiquismo é alicerçado sobre um substrato orgânico, mas também há um arcabouço formado por símbolos, que determinam modificações daquele substrato e que compõem uma certa linguagem. (SCHILLER, 1991) Qualquer doença é a resultante entre o fenômeno orgânico e seu caráter psíquico. Há um saber inconsciente poderoso e acertado, de que a identificação das razões históricas individuais e sua compreensão terão papel decisivo no estabelecimento e prevenção de recorrências. (SCHILLER, 1991) Passamos nossas vidas procurando nomear, compreender e refletir sobre tudo o que nos acontece. A palavra e a elaboração têm a função de metáforas que modificam a

10 qualidade de nossos atos. Espera-se que chegue um dia o tempo de reconhecer-se à doença como marca, como uma escrita hieroglífica a ser decifrada, inscrita sobre o real concreto do corpo. A identificação da doença como produção do sujeito quando não escuta seu próprio desejo. (MOURA, 1999) Apesar de atuarem com referências diferentes, a medicina e a psicanálise convergem para o objetivo de aliviar o ser humano de seu sofrimento. Diante do saber que nos compete, focalizaremos no sujeito que clama por ser ouvido, deixando aos cuidados da ciência esse corpo em sua pura sintomatologia orgânica. Assim, para nós, a palavra corpo é um lugar que causa o sujeito do inconsciente. (MOURA, 1999) É preciso que alguém diga e aposte que seu corpo pode produzir algo além dele, além do ser vivente, que produza sentido. Concerne a esta aposta, entretanto, considerar aquilo que resiste e resistirá sempre à significância. Esse ponto resistente é o aquém do sentido. (COIMBRA, Maria Lúcia. In: DECAT, Marisa. Psicanálise e hospital a criança e sua dor) Assim, o psicanalista pode escutar pacientes, familiares e profissionais, sabendo que a palavra pode ajudar o ser falante a suportar melhor a condição humana. Afinal de contas, é preciso responder ao chamado e oferecer um espaço para que o sujeito fale e possa ser escutado de um lugar outro onde ele não é só aquele paciente, doente ou o número de um leito, mas sim, possui sua vida, seu corpo, sua história.

11 Referências Bibliográficas - CAMPOS, Eugênio Paes. Quem cuida do cuidador uma proposta para os profissionais de saúde. Petrópolis, RJ: Vozes, DECAT, Marisa de Moura. Psicanálise e Hospital. 2ed. Belo Horizonte: Revinter, DECAT, Marisa de Moura. Psicanálise e Hospital a criança e sua dor. Belo Horizonte: Revinter, ESSLINGER, Ingrid. De quem é a vida, afinal? São Paulo: Casa do psicólogo, SCHILLER, Paulo. O médico, a doença e o inconsciente. Rio de Janeiro: Revinter Ltda, 1991.

12 RESENHA A PSICOLOGIA NO CTI ADULTO DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO/ UFJF A maioria dos casos de internação em um hospital é algo que desestabiliza não só o sujeito internado, mas também seus familiares, já que nunca estiveram preparados para enfrentar a doença, a morte, o imprevisível. Nestes momentos, as respostas que o sujeito sustenta já não são suficientes, pois algo aconteceu que vacilou suas certezas. A surpresa, o imprevisto, o acaso da doença, a possibilidade de morte, podem caracterizar um momento de crise. (MOURA, 1999) Ninguém está preparado para o encontro com o Real, pois o Real nos deixa sem palavras se tornando insuportável. O hospital é um espaço privilegiado onde o psicanalista se depara com pessoas diante de acontecimentos inesperados em suas vidas, acontecimentos estes que, pelo fato de serem inesperados, podem destruir o sujeito do seu ancoramento significante. Pelo fato da destituição aguda que pode ocorrer nessas situações, os acontecimentos se tornam traumáticos e diante da falta de bordeamento significante o sujeito se vê imerso na angústia. Na urgência, o sujeito é lançado no estado inicial de desamparo, estado que pode repetir-se em qualquer momento da vida, revelando a precariedade da condição humana. (MOURA, 1999) O hospital é um espaço privilegiado onde o psicanalista se depara com pessoas diante de acontecimentos inesperados em suas vidas, acontecimentos estes que, pelo fato de serem inesperados, podem destruir o sujeito do seu ancoramento significante, se parti do pressuposto que o sujeito é efeito de significante. Pelo fato da destituição aguda que pode ocorrer nessas situações, os acontecimentos se tornam traumáticos e diante da falta de bordeamento significante o sujeito se vê imerso na angústia. Penso que esta angústia acomete o paciente em coma, diante da falta de significantes para nomear o momento que vive. O sujeito ali esquecido fica imerso num vazio e numa angústia. (MOURA, 1999) Na urgência, o sujeito é lançado no estado inicial de desamparo, estado que pode repetir-se em qualquer momento da vida, revelando a precariedade da condição humana. Estas situações com as quais se depara o psicanalista em um hospital o confrontam com uma práxis atípica, a da urgência, quando o sujeito vai estar assujeitado às situações inesperadas, e deste lugar pode fazer um chamado ao analista. Assim, trabalhar com pacientes em coma seria sustentar a dimensão de sujeito de quem está assujeitado. Diante da clínica da urgência sustentada pelos conceitos da clínica da demanda a ser formulada em palavras, pois se trata de uma aposta no sujeito: a de transformar a urgência do paciente em coma, onde o sujeito não tem palavras, a partir de uma construção do analista, reintroduzindo-o na cadeia significante. A psicanálise nasce para apontar a necessidade de uma escuta. O doente não é sujeito de um corpo apenas. É sujeito de uma linguagem que modela suas formas e atos e tem algo a dizer sobre sua doença. Esta ciência compreende um campo de estudo que é o inconsciente, abrindo-se, assim, uma nova perspectiva à compreensão do sujeito e sua jmplicação na doença. Caberá ao psicanalista iniciar e sustentar um discurso, para que dele resultem não efeitos imediatos e impressionantes, mas que possa, para o sujeito, a doença se tornar uma possibilidade de seu desejo despertar. (MOURA, 1999)

13 A intervenção da Psicanálise no Hospital e no CTI buscaria levar o paciente a um nível de subjetividade produtiva, para a qual o corpo é inexplícito. Ao lidar com alguém inapto à subjetivação, teríamos que sustentar até o último instante, em condições marcadas pela doença,a possibilidade de que algo aconteça; um ínfimo movimento sendo o bastante, pois ele pode fazer surgir o sujeito, raro, pontual e capaz.

UMA TOPOLOGIA POSSÍVEL DA ENTRADA EM ANÁLISE 1

UMA TOPOLOGIA POSSÍVEL DA ENTRADA EM ANÁLISE 1 UMA TOPOLOGIA POSSÍVEL DA ENTRADA EM ANÁLISE 1 Celso Rennó Lima A topologia..., nenhum outro estofo a lhe dar que essa linguagem de puro matema, eu entendo por aí isso que é único a poder se ensinar: isso

Leia mais

Introdução. instituição. 1 Dados publicados no livro Lugar de Palavra (2003) e registro posterior no banco de dados da

Introdução. instituição. 1 Dados publicados no livro Lugar de Palavra (2003) e registro posterior no banco de dados da Introdução O interesse em abordar a complexidade da questão do pai para o sujeito surgiu em minha experiência no Núcleo de Atenção à Violência (NAV), instituição que oferece atendimento psicanalítico a

Leia mais

Atendimento Domiciliar

Atendimento Domiciliar Atendimento Domiciliar Definição da Unimed Porto Alegre sobre Home Care O Home Care é um beneficio de prestação de serviço de assistência à saúde, a ser executado no domicilio do paciente com patologias

Leia mais

ANEXO I AÇÃO EDUCATIVA: CURSO CUIDANDO DO CUIDADOR

ANEXO I AÇÃO EDUCATIVA: CURSO CUIDANDO DO CUIDADOR ANEXO I AÇÃO EDUCATIVA: CURSO CUIDANDO DO CUIDADOR SUMÁRIO 1. identificação da atividade 02 2. Caracterização da atividade 02 3. Resumo das ações 04 4. Justificativa 04 5. Objetivos 05 6. Metodologia 05

Leia mais

TÍTULO: EXPERIÊNCIA COM OS FAMILIARES DOS PORTADORES DE ESQUIZOFRENIA USUÁRIOS DO SERVIÇO CAPS

TÍTULO: EXPERIÊNCIA COM OS FAMILIARES DOS PORTADORES DE ESQUIZOFRENIA USUÁRIOS DO SERVIÇO CAPS TÍTULO: EXPERIÊNCIA COM OS FAMILIARES DOS PORTADORES DE ESQUIZOFRENIA USUÁRIOS DO SERVIÇO CAPS CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: ENFERMAGEM INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE DO

Leia mais

6. Considerações Finais

6. Considerações Finais 6. Considerações Finais O estudo desenvolvido não permite nenhuma afirmação conclusiva sobre o significado da família para o enfrentamento da doença, a partir da fala das pessoas que têm HIV, pois nenhum

Leia mais

CUIDADO PALIATIVO: INTERFACES SOBRE MORTE, MORRER E COMUNICAÇÃO. Sandra Regina Gonzaga Mazutti

CUIDADO PALIATIVO: INTERFACES SOBRE MORTE, MORRER E COMUNICAÇÃO. Sandra Regina Gonzaga Mazutti CUIDADO PALIATIVO: INTERFACES SOBRE MORTE, MORRER E COMUNICAÇÃO. Sandra Regina Gonzaga Mazutti MORTE- ANTIGUIDADE DOMADA Evento público, Social Casa ao lado dos familiares e amigos Espaço para dor e sofrimento,

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DA PSICOLOGIA NO ATENDIMENTO A MÃES E PAIS NA MATERNIDADE

A IMPORTÂNCIA DA PSICOLOGIA NO ATENDIMENTO A MÃES E PAIS NA MATERNIDADE 6 A IMPORTÂNCIA DA PSICOLOGIA NO ATENDIMENTO A MÃES E PAIS NA MATERNIDADE Ana Paula Santos; Camile Haslinger Cássia Ferrazza Alves Elenara Farias Lazzarotto Da Costa Ligia Andrea Rivas Ramirez Cristina

Leia mais

FALANDO DE CORAÇÃO PARA CORAÇÃO

FALANDO DE CORAÇÃO PARA CORAÇÃO FALANDO DE CORAÇÃO PARA CORAÇÃO A criança portadora de doença cardíaca congênita e o adoecer as emoções e dos sentimentos de sua família. Edna G. Levy O coração está associado à vida e à morte. É o primeiro

Leia mais

O TEMPO NO ABRIGO: PRESERVAÇÃO DA HISTÓRIA, GARANTIA DE SINGULARIDADE

O TEMPO NO ABRIGO: PRESERVAÇÃO DA HISTÓRIA, GARANTIA DE SINGULARIDADE Cuidando de quem cuida Instituto de Capacitação e Intervenção Psicossocial pelos Direitos da Criança e Adolescente em Situação de Risco O TEMPO NO ABRIGO: PRESERVAÇÃO DA HISTÓRIA, GARANTIA DE SINGULARIDADE

Leia mais

Adolescência Márcio Peter de Souza Leite (Apresentação feita no Simpósio sobre Adolescência- Rave, EBP, abril de 1999, na Faculdade de Educação da

Adolescência Márcio Peter de Souza Leite (Apresentação feita no Simpósio sobre Adolescência- Rave, EBP, abril de 1999, na Faculdade de Educação da Adolescência 1999 Adolescência Márcio Peter de Souza Leite (Apresentação feita no Simpósio sobre Adolescência- Rave, EBP, abril de 1999, na Faculdade de Educação da USP) O que é um adolescente? O adolescente

Leia mais

O OLHAR DA TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL E DA TEORIA DE BASE PSICANALÍTICA SOBRE PACIENTES HIPERTENSOS NO CONTEXTO HOSPITALAR

O OLHAR DA TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL E DA TEORIA DE BASE PSICANALÍTICA SOBRE PACIENTES HIPERTENSOS NO CONTEXTO HOSPITALAR O OLHAR DA TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL E DA TEORIA DE BASE PSICANALÍTICA SOBRE PACIENTES HIPERTENSOS NO CONTEXTO HOSPITALAR ¹Marcela da Costa Garcia, FADAP/FAP ²José Carlos Scaliante Junior, FADAP/FAP

Leia mais

O COORDENADOR PEDAGÓGICO E AS REUNIÕES PEDAGÓGICAS POSSIBILIDADES E CAMINHOS

O COORDENADOR PEDAGÓGICO E AS REUNIÕES PEDAGÓGICAS POSSIBILIDADES E CAMINHOS 1 O COORDENADOR PEDAGÓGICO E AS REUNIÕES PEDAGÓGICAS POSSIBILIDADES E CAMINHOS AMANDA GONCALVES DOS SANTOS INTRODUÇÃO A idéia que muitos têm do coordenador pedagógico é aquela ainda imbricada em valores

Leia mais

Considerações acerca da transferência em Lacan

Considerações acerca da transferência em Lacan Considerações acerca da transferência em Lacan Introdução Este trabalho é o resultado um projeto de iniciação científica iniciado em agosto de 2013, no Serviço de Psicologia Aplicada do Instituto de Psicologia

Leia mais

O PSICÓLOGO (A) E A INSTITUIÇÃO ESCOLAR ¹ RESUMO

O PSICÓLOGO (A) E A INSTITUIÇÃO ESCOLAR ¹ RESUMO O PSICÓLOGO (A) E A INSTITUIÇÃO ESCOLAR ¹ CORRÊA, D. M. W²; SILVEIRA, J. F²; ABAID, J. L. W³ 1 Trabalho de Pesquisa_UNIFRA 2 Psicóloga, graduada no Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa Maria,

Leia mais

Área temática: Enfermagem CÂNCER NA ADOLESCÊNCIA: SENTIMENTOS DOS PORTADORES E PAPEIS DE FAMILIARES E ENFERMEIROS

Área temática: Enfermagem CÂNCER NA ADOLESCÊNCIA: SENTIMENTOS DOS PORTADORES E PAPEIS DE FAMILIARES E ENFERMEIROS Área temática: Enfermagem CÂNCER NA ADOLESCÊNCIA: SENTIMENTOS DOS PORTADORES E PAPEIS DE FAMILIARES E ENFERMEIROS Graziela Silva do Nascimento Discente do curso de Enfermagem da UFPB. E-mail: graziela_nascimento_@hotmail.com

Leia mais

Apresentação. Cultura, Poder e Decisão na Empresa Familiar no Brasil

Apresentação. Cultura, Poder e Decisão na Empresa Familiar no Brasil Apresentação Cultura, Poder e Decisão na Empresa Familiar no Brasil 2 No Brasil, no final da década de 1990, as questões colocadas pela globalização, tais como o desemprego, a falta de qualificação de

Leia mais

A sua revista eletrônica CONTEMPORANEIDADE E PSICANÁLISE 1

A sua revista eletrônica CONTEMPORANEIDADE E PSICANÁLISE 1 A sua revista eletrônica CONTEMPORANEIDADE E PSICANÁLISE 1 Patrícia Guedes 2 Comemorar 150 anos de Freud nos remete ao exercício de revisão da nossa prática clínica. O legado deixado por ele norteia a

Leia mais

DILMA MARIA DE ANDRADE. Título: A Família, seus valores e Counseling

DILMA MARIA DE ANDRADE. Título: A Família, seus valores e Counseling DILMA MARIA DE ANDRADE Título: A Família, seus valores e Counseling Projeto de pesquisa apresentado como Requisito Para obtenção de nota parcial no módulo de Metodologia científica do Curso Cousenling.

Leia mais

O DESENHO COMO EXPRESSÃO DA SUBJETIVIDADE EM CRIANÇAS HOSPITALIZADAS: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

O DESENHO COMO EXPRESSÃO DA SUBJETIVIDADE EM CRIANÇAS HOSPITALIZADAS: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA O DESENHO COMO EXPRESSÃO DA SUBJETIVIDADE EM CRIANÇAS HOSPITALIZADAS: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Trabalho de curso 2014 Herminia Dias de Freitas Lahana Giacomini de Vasconcellos Luciana Stefano Acadêmica

Leia mais

As crianças adotadas e os atos anti-sociais: uma possibilidade de voltar a confiar na vida em família 1

As crianças adotadas e os atos anti-sociais: uma possibilidade de voltar a confiar na vida em família 1 As crianças adotadas e os atos anti-sociais: uma possibilidade de voltar a confiar na vida em família 1 Resumo: Os atos anti-sociais são para Winnicott, quando ocorrida a perda da confiabilidade no ambiente,

Leia mais

Como lidar com a perda...

Como lidar com a perda... Psicóloga, Chou Im Keng Nascer, envelhecer e morrer, são etapas que fazem parte da vida. O nascimento de uma vida traz alegria e esperança, porém, quando perdermos um familiar ou companheiro, a tristeza

Leia mais

A Alienação (Karl Marx)

A Alienação (Karl Marx) A Alienação (Karl Marx) Joana Roberto FBAUL, 2006 Sumário Introdução... 1 Desenvolvimento... 1 1. A alienação do trabalho... 1 2. O Fenómeno da Materialização / Objectivação... 2 3. Uma terceira deterninação

Leia mais

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO: ELABORAÇÃO E UTILIZAÇÃO DE PROJETOS PEDAGÓGICOS NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO: ELABORAÇÃO E UTILIZAÇÃO DE PROJETOS PEDAGÓGICOS NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO: ELABORAÇÃO E UTILIZAÇÃO DE PROJETOS PEDAGÓGICOS NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM Resumo Gisele Gomes Avelar Bernardes- UEG 1 Compreendendo que a educação é o ponto chave

Leia mais

CAPITAL DE GIRO: ESSÊNCIA DA VIDA EMPRESARIAL

CAPITAL DE GIRO: ESSÊNCIA DA VIDA EMPRESARIAL CAPITAL DE GIRO: ESSÊNCIA DA VIDA EMPRESARIAL Renara Tavares da Silva* RESUMO: Trata-se de maneira ampla da vitalidade da empresa fazer referência ao Capital de Giro, pois é através deste que a mesma pode

Leia mais

Estratégia de escuta psicanalítica aos imigrantes e refugiados: uma oficina de português

Estratégia de escuta psicanalítica aos imigrantes e refugiados: uma oficina de português Estratégia de escuta psicanalítica aos imigrantes e refugiados: uma oficina de português Christian Haritçalde Miriam Debieux Rosa Sandra Letícia Berta Cristiane Izumi Bruno Maya Lindilene Shimabukuro O

Leia mais

mente definidas as motivações do meu estar aqui e agora, como pesquisadora da temática em questão.

mente definidas as motivações do meu estar aqui e agora, como pesquisadora da temática em questão. INTRODUÇÃO i A minha vivência com o doente hanseniano ao longo do meu exercício profissional e a consciência da facticidade do ser Hanseniano enquanto portador de doença estigmatizante influenciaram, de

Leia mais

A PRÁTICA PEDAGÓGICA DO PROFESSOR DE PEDAGOGIA DA FESURV - UNIVERSIDADE DE RIO VERDE

A PRÁTICA PEDAGÓGICA DO PROFESSOR DE PEDAGOGIA DA FESURV - UNIVERSIDADE DE RIO VERDE A PRÁTICA PEDAGÓGICA DO PROFESSOR DE PEDAGOGIA DA FESURV - UNIVERSIDADE DE RIO VERDE Bruna Cardoso Cruz 1 RESUMO: O presente trabalho procura conhecer o desempenho profissional dos professores da faculdade

Leia mais

FILOSOFIA SEM FILÓSOFOS: ANÁLISE DE CONCEITOS COMO MÉTODO E CONTEÚDO PARA O ENSINO MÉDIO 1. Introdução. Daniel+Durante+Pereira+Alves+

FILOSOFIA SEM FILÓSOFOS: ANÁLISE DE CONCEITOS COMO MÉTODO E CONTEÚDO PARA O ENSINO MÉDIO 1. Introdução. Daniel+Durante+Pereira+Alves+ I - A filosofia no currículo escolar FILOSOFIA SEM FILÓSOFOS: ANÁLISE DE CONCEITOS COMO MÉTODO E CONTEÚDO PARA O ENSINO MÉDIO 1 Daniel+Durante+Pereira+Alves+ Introdução O+ ensino+ médio+ não+ profissionalizante,+

Leia mais

Os Quatro Tipos de Solos - Coração

Os Quatro Tipos de Solos - Coração Os Quatro Tipos de Solos - Coração Craig Hill Marcos 4:2-8 Jesus usava parábolas para ensinar muitas coisas. Ele dizia: 3 Escutem! Certo homem saiu para semear. 4 E, quando estava espalhando as sementes,

Leia mais

PACIENTES COM RISCO DE SUICÍDIO: A COMUNICAÇÃO ENTRE EQUIPE, PACIENTES E FAMILIARES NA UNIDADE DE EMERGÊNCIA

PACIENTES COM RISCO DE SUICÍDIO: A COMUNICAÇÃO ENTRE EQUIPE, PACIENTES E FAMILIARES NA UNIDADE DE EMERGÊNCIA PACIENTES COM RISCO DE SUICÍDIO: A COMUNICAÇÃO ENTRE EQUIPE, PACIENTES E FAMILIARES NA UNIDADE DE EMERGÊNCIA Ferreira CLB¹ 1 *, Gabarra LM². Hospital Universitário Profº Polydoro Ernani de São Thiago,

Leia mais

AS INTERFACES ENTRE A PSICOLOGIA E A DIVERSIDADE SEXUAL: UM DESAFIO ATUAL 1

AS INTERFACES ENTRE A PSICOLOGIA E A DIVERSIDADE SEXUAL: UM DESAFIO ATUAL 1 AS INTERFACES ENTRE A PSICOLOGIA E A DIVERSIDADE SEXUAL: UM DESAFIO ATUAL 1 CHRISTO, Aline Estivalet de 2 ; MOTTA, Roberta Fin 3 1 Trabalho de Pesquisa referente ao Projeto de Trabalho Final de Graduação

Leia mais

Cuidados Paliativos em Câncer

Cuidados Paliativos em Câncer Cuidados Paliativos em Câncer Temos assistido nas últimas décadas a um envelhecimento progressivo da população, assim como o aumento da prevalência do câncer. O avanço tecnológico alcançado, associado

Leia mais

A importância da audição e da linguagem

A importância da audição e da linguagem A importância da audição e da linguagem A linguagem não é apenas uma função entre muitas[...] mas uma característica muito difusa do indivíduo, a tal ponto que ele se torna um organismo verbal.(joseph

Leia mais

Clínica Psicanalítica e Ambulatório de Saúde Mental

Clínica Psicanalítica e Ambulatório de Saúde Mental Clínica Psicanalítica e Ambulatório de Saúde Mental Trabalho apresentado na IV Jornada de Saúde Mental e Psicanálise na PUCPR em 21/11/2009. A prática da psicanálise em ambulatório de saúde mental pode

Leia mais

COMO TER TEMPO PARA COMEÇAR MINHA TRANSIÇÃO DE CARREIRA?

COMO TER TEMPO PARA COMEÇAR MINHA TRANSIÇÃO DE CARREIRA? COMO TER TEMPO PARA COMEÇAR MINHA TRANSIÇÃO DE CARREIRA? Um guia de exercícios para você organizar sua vida atual e começar a construir sua vida dos sonhos Existem muitas pessoas que gostariam de fazer

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO PARA OS CURSOS PRÉ-VESTIBULARES

A IMPORTÂNCIA DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO PARA OS CURSOS PRÉ-VESTIBULARES A IMPORTÂNCIA DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO PARA OS CURSOS PRÉ-VESTIBULARES Alexandre do Nascimento Sem a pretensão de responder questões que devem ser debatidas pelo coletivo, este texto pretende instigar

Leia mais

Atividades lúdicas na educação o Caminho de tijolos amarelos do aprendizado.

Atividades lúdicas na educação o Caminho de tijolos amarelos do aprendizado. Atividades lúdicas na educação o Caminho de tijolos amarelos do aprendizado. Vania D'Angelo Dohme (Mackenzie) 1. Considerações iniciais Johan Huizinga foi um importante historiador alemão, que viveu entre

Leia mais

A ILUSÃO NOS ADOECE E A REALIDADE NOS CURA. O ENIGMA DA DOENÇA E DA CURA

A ILUSÃO NOS ADOECE E A REALIDADE NOS CURA. O ENIGMA DA DOENÇA E DA CURA 1 A ILUSÃO NOS ADOECE E A REALIDADE NOS CURA. O ENIGMA DA DOENÇA E DA CURA José Fernando de Freitas RESUMO Os doentes têm uma relação especial com suas doenças. A mente diz que quer se curar, mas, na realidade,

Leia mais

Tratamento da dependência do uso de drogas

Tratamento da dependência do uso de drogas Tratamento da dependência do uso de drogas Daniela Bentes de Freitas 1 O consumo de substâncias psicoativas está relacionado a vários problemas sociais, de saúde e de segurança pública, sendo necessário

Leia mais

A LEITURA NA VOZ DO PROFESSOR: O MOVIMENTO DOS SENTIDOS

A LEITURA NA VOZ DO PROFESSOR: O MOVIMENTO DOS SENTIDOS A LEITURA NA VOZ DO PROFESSOR: O MOVIMENTO DOS SENTIDOS Victória Junqueira Franco do Amaral -FFCLRP-USP Soraya Maria Romano Pacífico - FFCLRP-USP Para nosso trabalho foram coletadas 8 redações produzidas

Leia mais

SERVIÇO DE PROTEÇÃO E ATENDIMENTO INTEGRAL À FAMÍLIA (PAIF)

SERVIÇO DE PROTEÇÃO E ATENDIMENTO INTEGRAL À FAMÍLIA (PAIF) SERVIÇO DE PROTEÇÃO E ATENDIMENTO INTEGRAL À FAMÍLIA (PAIF) TRABALHO SOCIAL COM FAMÍLIAS NA ASSISTÊNCIA SOCIAL NA PERSPECTIVA DA SUPERAÇÃO DO CLIENTELISMO/ASSISTENCIALISMO O Serviço de Proteção e Atendimento

Leia mais

FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES 1

FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES 1 FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES 1 A LDB, no Titulo VI, trata dos Profissionais da Educação, considerando sob essa categoria não só os professores, que são responsáveis pela gestão da sala de aula, mas

Leia mais

O papel do corpo na contemporaneidade, as novas patologias e a escuta analítica.

O papel do corpo na contemporaneidade, as novas patologias e a escuta analítica. O papel do corpo na contemporaneidade, as novas patologias e a escuta analítica. Silvana Maria de Barros Santos Entre o século XVI a XIX, as transformações políticas, sociais, culturais e o advento da

Leia mais

Programa de Palestras de Conscientização e Prevenção de Drogas da Comunidade Nascer de Novo

Programa de Palestras de Conscientização e Prevenção de Drogas da Comunidade Nascer de Novo Programa de Palestras de Conscientização e Prevenção de Drogas da Comunidade Nascer de Novo Programa de Palestras de Conscientização e Prevenção de Drogas da Comunidade Nascer de Novo Olá, você, com certeza,

Leia mais

A escola para todos: uma reflexão necessária

A escola para todos: uma reflexão necessária A escola para todos: uma reflexão necessária Área: Inclusão Selecionador: Maria da Paz de Castro Nunes Pereira Categoria: Professor A escola para todos: uma reflexão necessária A escola é, por excelência,

Leia mais

escrita como condicionante do sucesso escolar num enfoque psicanalítico

escrita como condicionante do sucesso escolar num enfoque psicanalítico escrita como condicionante do sucesso escolar num enfoque psicanalítico Meu objetivo aqui é estabelecer um ponto de convergência entre a apropriação da linguagem escrita, o fracasso escolar e os conceitos

Leia mais

DEPRESSÃO. Tristeza vs Depressão «Será que estou deprimido?» «Depressão?! O que é?»

DEPRESSÃO. Tristeza vs Depressão «Será que estou deprimido?» «Depressão?! O que é?» DEPRESSÃO Tristeza vs Depressão «Será que estou deprimido?» Em determinados momentos da nossa vida é normal experienciar sentimentos de «grande tristeza». Para a maioria das pessoas, tais sentimentos surgem

Leia mais

Viver Melhor com Inteligência Emocional: ADMINISTRANDO SEUS SENTIMENTOS COM EFICIÊNCIA

Viver Melhor com Inteligência Emocional: ADMINISTRANDO SEUS SENTIMENTOS COM EFICIÊNCIA Viver Melhor com Inteligência Emocional: ADMINISTRANDO SEUS SENTIMENTOS COM EFICIÊNCIA Entendendo (de verdade) sobre Inteligência Emocional Muito se fala sobre inteligência emocional, mas pouco se entende

Leia mais

Campus Capivari Análise e Desenvolvimento de Sistemas (ADS) Prof. André Luís Belini E-mail: prof.andre.luis.belini@gmail.com /

Campus Capivari Análise e Desenvolvimento de Sistemas (ADS) Prof. André Luís Belini E-mail: prof.andre.luis.belini@gmail.com / Campus Capivari Análise e Desenvolvimento de Sistemas (ADS) Prof. André Luís Belini E-mail: prof.andre.luis.belini@gmail.com / andre.belini@ifsp.edu.br MATÉRIA: SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO Aula N : 15 Tema:

Leia mais

Profª Iris do Céu Clara Costa - UFRN iris_odontoufrn@yahoo.com.br

Profª Iris do Céu Clara Costa - UFRN iris_odontoufrn@yahoo.com.br HUMANIZAÇÃO NO SERVIÇO ODONTOLÓGICO Profª Iris do Céu Clara Costa - UFRN iris_odontoufrn@yahoo.com.br É a proposta de uma nova relação entre usuário, os profissionais que o atendem e os serviços. Todos

Leia mais

A ENERGIA DO BRINCAR: UMA ABORDAGEM BIOENERGÉTICA

A ENERGIA DO BRINCAR: UMA ABORDAGEM BIOENERGÉTICA 1 A ENERGIA DO BRINCAR: UMA ABORDAGEM BIOENERGÉTICA Dayane Pricila Rausisse Ruon Sandra Mara Volpi* RESUMO O brincar é um tema bastante discutido e de muita importância no desenvolvimento infantil. Esse

Leia mais

PROGRAMA: GRAVIDEZ SAUDÁVEL, PARTO HUMANIZADO

PROGRAMA: GRAVIDEZ SAUDÁVEL, PARTO HUMANIZADO PROGRAMA: GRAVIDEZ SAUDÁVEL, PARTO HUMANIZADO BOM PROGRESSO- RS 2009 PREFEITURA MUNICIPAL DE BOM PROGRESSO Administração: Armindo Heinle CNPJ. 94726353/0001-17 End. Av. Castelo Branco, n 658 Centro CEP:

Leia mais

RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE CAPACITAÇÃO EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA PARA ESTUDANTES E TÉCNICOS DE ENFERMAGEM

RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE CAPACITAÇÃO EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA PARA ESTUDANTES E TÉCNICOS DE ENFERMAGEM RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE CAPACITAÇÃO EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA PARA ESTUDANTES E TÉCNICOS DE ENFERMAGEM MOTA 1, Carla Pimentel; FARIAS 2, Creusa Ferreira; PEDROSA 3, Ivanilda Lacerda 1 Aluno bolsista;

Leia mais

FÓRUM DE HUMANIZAÇÃO HOSPITALAR E VOLUNTARIADO

FÓRUM DE HUMANIZAÇÃO HOSPITALAR E VOLUNTARIADO FÓRUM DE HUMANIZAÇÃO HOSPITALAR E VOLUNTARIADO A IMPORTÂNCIA DO VOLUNTARIADO NO PROCESSO DO HUMANIZAR FERNANDO BASTOS fernandobastosmoura@yahoo.com.br HUMANIZAÇÃO HOSPITALAR E PROFISSIONAIS DE SAÚDE DIAGNÓSTICO

Leia mais

A origem dos filósofos e suas filosofias

A origem dos filósofos e suas filosofias A Grécia e o nascimento da filosofia A origem dos filósofos e suas filosofias Você certamente já ouviu falar de algo chamado Filosofia. Talvez conheça alguém com fama de filósofo, ou quem sabe a expressão

Leia mais

UMC POS Gestão Equipes e Desenvolvimento de Pessoas GEDPB04 Maio / 2013 Professora: Maria Luísa Dias MATERIAL DE APOIO AULA 1. Equipes Dão Certo!

UMC POS Gestão Equipes e Desenvolvimento de Pessoas GEDPB04 Maio / 2013 Professora: Maria Luísa Dias MATERIAL DE APOIO AULA 1. Equipes Dão Certo! Equipes Dão Certo! Um grupo é um conjunto de pessoas que possuem o mesmo objetivo comum ou que compartilham alguma característica. Já uma equipe, é um conjunto de pessoas que se unem para alcançar o mesmo

Leia mais

A FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA À DISTÂNCIA SILVA, Diva Souza UNIVALE GT-19: Educação Matemática

A FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA À DISTÂNCIA SILVA, Diva Souza UNIVALE GT-19: Educação Matemática 1 A FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA À DISTÂNCIA SILVA, Diva Souza UNIVALE GT-19: Educação Matemática Introdução Neste artigo apresenta-se uma pesquisa 1 que tem por tema a formação inicial de professores

Leia mais

RESENHA. Desenvolvimento Sustentável: dimensões e desafios

RESENHA. Desenvolvimento Sustentável: dimensões e desafios RESENHA Desenvolvimento Sustentável: dimensões e desafios Sustainable Development: Dimensions and Challenges Marcos Antônio de Souza Lopes 1 Rogério Antonio Picoli 2 Escrito pela autora Ana Luiza de Brasil

Leia mais

INTEGRAÇÃO DE MÍDIAS E A RECONSTRUÇÃO DA PRÁTICA PEDAGÓGICA

INTEGRAÇÃO DE MÍDIAS E A RECONSTRUÇÃO DA PRÁTICA PEDAGÓGICA Tema debatido na série Integração de tecnologias, linguagens e representações, apresentado no programa Salto para o Futuro/TV Escola, de 2 a 6 de maio de 2005 (Programa 1) INTEGRAÇÃO DE MÍDIAS E A RECONSTRUÇÃO

Leia mais

Este caderno é parte integrante da Revista APM Edição n 561 -Outubro de 2005

Este caderno é parte integrante da Revista APM Edição n 561 -Outubro de 2005 Este caderno é parte integrante da Revista APM Edição n 561 -Outubro de 2005 Cartilha Informativa sobre Drogas (Publicação em fascículos nas edições 557, 558, 559, 560, 561, 562, 563 e 564 da Revista A

Leia mais

A NECESSIDADE DA PESQUISA DO DOCENTE PARA UMA PRÁTICA PEDAGÓGICA INCLUSIVA, PRINCIPALMENTE NA EDUCAÇÃO ESPECIAL E NO TRABALHO COM AUTISTAS

A NECESSIDADE DA PESQUISA DO DOCENTE PARA UMA PRÁTICA PEDAGÓGICA INCLUSIVA, PRINCIPALMENTE NA EDUCAÇÃO ESPECIAL E NO TRABALHO COM AUTISTAS XXII Semana de Educação da Universidade Estadual do Ceará 31 de agosto a 04 de setembro de 2015 A NECESSIDADE DA PESQUISA DO DOCENTE PARA UMA PRÁTICA PEDAGÓGICA INCLUSIVA, PRINCIPALMENTE NA EDUCAÇÃO ESPECIAL

Leia mais

A importância da família no processo de educar

A importância da família no processo de educar A importância da família no processo de educar A mim me dá pena e preocupação quando convivo com famílias que experimentam a tirania da liberdade em que as crianças podem tudo: gritam, riscam as paredes,

Leia mais

O BRINCAR E SUAS IMPLICAÇÕES NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL DENTRO DO PROCESSO GRUPAL (2012) 1

O BRINCAR E SUAS IMPLICAÇÕES NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL DENTRO DO PROCESSO GRUPAL (2012) 1 O BRINCAR E SUAS IMPLICAÇÕES NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL DENTRO DO PROCESSO GRUPAL (2012) 1 FERREIRA, Marilise 2 ; GRASSI, Marilia G. 3 ; OLIVEIRA, Vânia F. 4 1 Trabalho de Pesquisa _UNIFRA 2 Curso de

Leia mais

Módulo 14 Treinamento e Desenvolvimento de Pessoas. 14.1. Treinamento é investimento

Módulo 14 Treinamento e Desenvolvimento de Pessoas. 14.1. Treinamento é investimento Módulo 14 Treinamento e Desenvolvimento de Pessoas 14.1. Treinamento é investimento O subsistema de desenvolver pessoas é uma das áreas estratégicas do Gerenciamento de Pessoas, entretanto em algumas organizações

Leia mais

Revelação Diagnóstica do HIV A arte de comunicar más notícias Tânia Regina C. de Souza, Karina Wolffenbuttel, Márcia T. F.

Revelação Diagnóstica do HIV A arte de comunicar más notícias Tânia Regina C. de Souza, Karina Wolffenbuttel, Márcia T. F. Revelação Diagnóstica do HIV A arte de comunicar más notícias Tânia Regina C. de Souza, Karina Wolffenbuttel, Márcia T. F. dos Santos A aids é ainda uma doença ameaçadora. Apesar de todos os avanços no

Leia mais

O BRINCAR E A CLÍNICA

O BRINCAR E A CLÍNICA O BRINCAR E A CLÍNICA Christine Nunes (psicóloga clínica, candidata da SPRJ) RESUMO: O presente trabalho, propõe a uma breve exposição do que pensa Winnicott sobre o brincar e a sessão analítica estendendo

Leia mais

AULA 17 MEDIUNIDADE NAS CRIANÇAS E NOS ANIMAIS

AULA 17 MEDIUNIDADE NAS CRIANÇAS E NOS ANIMAIS Às vezes, as manifestações mediúnicas que a criança apresenta são por causa das perturbações no ambiente do lar. Neste caso, o recomendável é atende-la com assistência espiritual, passes (para não favorecer

Leia mais

ESPERANÇA E SERVIÇO DA REALIDADE À REALIZAÇÃO

ESPERANÇA E SERVIÇO DA REALIDADE À REALIZAÇÃO ESPERANÇA E SERVIÇO DA REALIDADE À REALIZAÇÃO QUE REALIDADE É ESTA QUE SE DEPARA O PACIENTE QUE TEM UMA DOENÇA GRAVE E INCURÁVEL? A MEDICINA MODERNA TEM MOSTRADO TENDÊNCIA A FOCALIZAR SUA ATENÇÃO APENAS

Leia mais

5 Conclusão. FIGURA 3 Dimensões relativas aos aspectos que inibem ou facilitam a manifestação do intraempreendedorismo. Fonte: Elaborada pelo autor.

5 Conclusão. FIGURA 3 Dimensões relativas aos aspectos que inibem ou facilitam a manifestação do intraempreendedorismo. Fonte: Elaborada pelo autor. 5 Conclusão Este estudo teve como objetivo a análise dos diversos fatores que influenciam tanto de maneira positiva quanto negativa no exercício do papel dos gerentes e também dos elementos que facilitam

Leia mais

PSICOLOGIA E EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: COMPROMISSOS E DESAFIOS

PSICOLOGIA E EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: COMPROMISSOS E DESAFIOS PSICOLOGIA E EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: COMPROMISSOS E DESAFIOS Letícia Luana Claudino da Silva Discente de Psicologia da Universidade Federal de Campina Grande. Bolsista do Programa de Saúde. PET/Redes

Leia mais

Conheça suas opções:

Conheça suas opções: Conheça suas opções: Guia para pacientes com progressão de doenças graves Em Massachusetts, todos os pacientes com progressão de uma doença grave têm o direito legal de ser informados sobre o seu problema

Leia mais

A Sustentabilidade e a Inovação na formação dos Engenheiros Brasileiros. Prof.Dr. Marco Antônio Dias CEETEPS

A Sustentabilidade e a Inovação na formação dos Engenheiros Brasileiros. Prof.Dr. Marco Antônio Dias CEETEPS A Sustentabilidade e a Inovação na formação dos Engenheiros Brasileiros Prof.Dr. Marco Antônio Dias CEETEPS O PAPEL DA FORMAÇÃO ACADÊMICA Segundo diversos autores que dominam e escrevem a respeito do tema,

Leia mais

RELATO DE EXPERIÊNCIA EM ATENDIMENTOS COM IDOSOS NO PROGRAMA MELHOR EM CASA

RELATO DE EXPERIÊNCIA EM ATENDIMENTOS COM IDOSOS NO PROGRAMA MELHOR EM CASA RELATO DE EXPERIÊNCIA EM ATENDIMENTOS COM IDOSOS NO PROGRAMA MELHOR EM CASA Aryostennes Miquéias da Silva Ferreira*; Marcíllia Poncyana Félix Bezerra** *Programa Melhor em Casa Pombal/PB aryostennes@hotmail.com;

Leia mais

O Papel da Educação Patrimonial Carlos Henrique Rangel

O Papel da Educação Patrimonial Carlos Henrique Rangel O Papel da Educação Patrimonial Carlos Henrique Rangel O Patrimônio Cultural pode ser entendido como um conjunto de coisas de seres humanos. Coisas de gente, criadas para facilitar a vivência em grupo

Leia mais

Reconhecida como uma das maiores autoridades no campo da análise infantil na

Reconhecida como uma das maiores autoridades no campo da análise infantil na 48 1.5. Aberastury: o nascimento de um neo-kleinianismo Reconhecida como uma das maiores autoridades no campo da análise infantil na Argentina, Arminda Aberastury fazia parte do grupo de Angel Garma, que

Leia mais

Elaboração de Projetos

Elaboração de Projetos Elaboração de Projetos 2 1. ProjetoS John Dewey (1859-1952) FERRARI, Márcio. John Dewey: o pensador que pôs a prática em foco. Nova Escola, São Paulo, jul. 2008. Edição especial grandes pensadores. Disponível

Leia mais

RELAÇÕES INTERDISCIPLINARES ENTRE EDUCAÇÃO E SUSTENTABILIDADE

RELAÇÕES INTERDISCIPLINARES ENTRE EDUCAÇÃO E SUSTENTABILIDADE RELAÇÕES INTERDISCIPLINARES ENTRE EDUCAÇÃO E SUSTENTABILIDADE Ana Paula Cavalcanti e Renata Cristine de Sá Pedrosa Faculdade de Ciências da Administração de Pernambuco FACP/UPE paulacav@cnen.gov.br Introdução

Leia mais

Curso: Diagnóstico Comunitário Participativo.

Curso: Diagnóstico Comunitário Participativo. Curso: Diagnóstico Comunitário Participativo. Material referente ao texto do Módulo 3: Ações Básicas de Mobilização. O conhecimento da realidade é a base fundamental ao desenvolvimento social, que visa

Leia mais

Núcleo Fé & Cultura PUC-SP. A encíclica. Caritas in veritate. de Bento XVI

Núcleo Fé & Cultura PUC-SP. A encíclica. Caritas in veritate. de Bento XVI Núcleo Fé & Cultura PUC-SP A encíclica Caritas in veritate de Bento XVI Núcleo Fé & Cultura PUC-SP O amor verdadeiro como princípio para a justiça social e o desenvolvimento integral Quando olhamos a nossa

Leia mais

A DOENÇA O REAL PARA O SUJEITO

A DOENÇA O REAL PARA O SUJEITO A DOENÇA O REAL PARA O SUJEITO 2014 Olga Cristina de Oliveira Vieira Graduada em Psicologia pela Universidade Presidente Antônio Carlos. Docente no Centro Técnico de Ensino Profissional (CENTEP). Especialização

Leia mais

PSICODIAGNÓSTICO: FERRAMENTA DE INTERVENÇÃO PSICOLÓGICA¹

PSICODIAGNÓSTICO: FERRAMENTA DE INTERVENÇÃO PSICOLÓGICA¹ PSICODIAGNÓSTICO: FERRAMENTA DE INTERVENÇÃO PSICOLÓGICA¹ OLIVEIRA, Micheli Viera de 2 ; MELLO, Lauren Machado 2 ; OLIVEIRA, Vânia Fortes³. 1 Trabalho de Pesquisa _UNIFRA 2 Psicólogas graduadas pelo Centro

Leia mais

Esta é uma história sobre 4 (quatro) pessoas: TODO MUNDO, ALGUÉM, QUALQUER UM e NINGUÉM.

Esta é uma história sobre 4 (quatro) pessoas: TODO MUNDO, ALGUÉM, QUALQUER UM e NINGUÉM. Faculdade de Enfermagem - Departamento de Enfermagem Básica Disciplina: Administração em Enfermagem I Docente: Bernadete Marinho Bara De Martin Gama Assunto: Métodos de Trabalho em Enfermagem. Objetivos:

Leia mais

Lição 9 - Ansiedade (Parte 02) De pais para filhos

Lição 9 - Ansiedade (Parte 02) De pais para filhos Lição 9 - Ansiedade (Parte 02) Texto Bíblico: Efésios 4.32 Antes sede bondosos uns para com os outros, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo. Não caberia neste

Leia mais

ERRADICAR O ANALFABETISMO FUNCIONAL PARA ACABAR COM A EXTREMA POBREZA E A FOME.

ERRADICAR O ANALFABETISMO FUNCIONAL PARA ACABAR COM A EXTREMA POBREZA E A FOME. ERRADICAR O ANALFABETISMO FUNCIONAL PARA ACABAR COM A EXTREMA POBREZA E A FOME. Adriane Abrantes Lazarotti 1 Gisele Rogelin Prass ¹ Pedrinho Roman 2 RESUMO A educação está buscando soluções para problemas

Leia mais

Universidade do Estado do Rio de Janeiro Vice-Reitoria Curso de Abordagem da Violência na Atenção Domiciliar Unidade 1 Introdução

Universidade do Estado do Rio de Janeiro Vice-Reitoria Curso de Abordagem da Violência na Atenção Domiciliar Unidade 1 Introdução Universidade do Estado do Rio de Janeiro Vice-Reitoria Curso de Abordagem da Violência na Atenção Domiciliar Unidade 1 Introdução Em Introdução, veremos os conceitos gerais referentes à violência, sua

Leia mais

Um caminho para cuidar daqueles que colaboram no cuidado de outros, com mais serenidade.

Um caminho para cuidar daqueles que colaboram no cuidado de outros, com mais serenidade. APHILAV 10 ENCONTRO DE HIGIENIZAÇÃO E LAVANDERIA HOSPITALAR DA REGIÃO SUL Um caminho para cuidar daqueles que colaboram no cuidado de outros, com mais serenidade. Rejania Guido Dias rejania@terra.com.br

Leia mais

Estudo Exploratório. I. Introdução. Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro Pesquisa de Mercado. Paula Rebouças

Estudo Exploratório. I. Introdução. Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro Pesquisa de Mercado. Paula Rebouças Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro Pesquisa de Mercado Paula Rebouças Estudo Exploratório I. Introdução A Dislexia é uma síndrome caracterizada por problemas na leitura: ao ler a pessoa

Leia mais

Disciplina: Alfabetização

Disciplina: Alfabetização Título do artigo: As intervenções didáticas no processo de alfabetização inicial Disciplina: Alfabetização Selecionador: Beatriz Gouveia 1 Categoria: Professor 1 Coordenadora de projetos do Instituto Avisa

Leia mais

Para o XVIII Encontro Latino-americano Winnicott contemporâneo. Desde Winnicott reflexões sobre a dimensão corporal da transferência

Para o XVIII Encontro Latino-americano Winnicott contemporâneo. Desde Winnicott reflexões sobre a dimensão corporal da transferência Para o XVIII Encontro Latino-americano Winnicott contemporâneo Tema Livre: Desde Winnicott reflexões sobre a dimensão corporal da transferência Autora: Ivanise Fontes Cada vez são mais evidentes os aspectos

Leia mais

Coesão e Coerência no Texto Jurídico: Reflexões para uma Comunicação mais eficiente

Coesão e Coerência no Texto Jurídico: Reflexões para uma Comunicação mais eficiente Coesão e Coerência no Texto Jurídico: Reflexões para uma Comunicação mais eficiente Maria Clara Silveira Silva RESUMO: Estas reflexões são uma tentativa de mostrar àqueles que fazem o curso de direito

Leia mais

Transição para a parentalidade após um diagnóstico de anomalia congénita no bebé: Resultados do estudo

Transição para a parentalidade após um diagnóstico de anomalia congénita no bebé: Resultados do estudo 2013 Transição para a parentalidade após um diagnóstico de anomalia congénita no bebé: Resultados do estudo Ana Fonseca, Bárbara Nazaré e Maria Cristina Canavarro Pontos de interesse especiais: Porque

Leia mais

Construção, desconstrução e reconstrução do ídolo: discurso, imaginário e mídia

Construção, desconstrução e reconstrução do ídolo: discurso, imaginário e mídia Construção, desconstrução e reconstrução do ídolo: discurso, imaginário e mídia Hulda Gomides OLIVEIRA. Elza Kioko Nakayama Nenoki do COUTO. Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Letras. huldinha_net@hotmail.com

Leia mais

SIGNIFICADOS ATRIBUÍDOS ÀS AÇÕES DE FORMAÇÃO CONTINUADA DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DO RECIFE/PE

SIGNIFICADOS ATRIBUÍDOS ÀS AÇÕES DE FORMAÇÃO CONTINUADA DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DO RECIFE/PE SIGNIFICADOS ATRIBUÍDOS ÀS AÇÕES DE FORMAÇÃO CONTINUADA DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DO RECIFE/PE Adriele Albertina da Silva Universidade Federal de Pernambuco, adrielealbertina18@gmail.com Nathali Gomes

Leia mais

difusão de idéias A formação do professor como ponto

difusão de idéias A formação do professor como ponto Fundação Carlos Chagas Difusão de Idéias outubro/2008 página 1 A formação do professor como ponto fundamental Lúcia P. S. Villas Bôas: Ainda que generalizações sejam imprudentes, considerando-se as transformações

Leia mais

ESTUDO 1 - ESTE É JESUS

ESTUDO 1 - ESTE É JESUS 11. Já vimos que Jesus Cristo desceu do céu, habitou entre nós, sofreu, morreu, ressuscitou e foi para a presença de Deus. Leia João 17:13 e responda: Onde está Jesus Cristo agora? Lembremo-nos que: Jesus

Leia mais

Desafio para a família

Desafio para a família Desafio para a família Família é ideia de Deus, geradora de personalidade, melhor lugar para a formação do caráter, da ética, da moral e da espiritualidade. O sonho de Deus para a família é que seja um

Leia mais

Cadernos do CNLF, Vol. XVI, Nº 04, t. 3, pág. 2451

Cadernos do CNLF, Vol. XVI, Nº 04, t. 3, pág. 2451 O PLURAL DAS PALAVRAS TERMINADAS EM -ÃO: MUDANÇA OU VARIAÇÃO ESTÁVEL? Miriam Cristina Almeida Severino (UFRJ) cristinasmiriams@yahoo.com.br Christina Abreu Gomes (UFRJ) christina-gomes@uol.com.br 1. Introdução

Leia mais