Arquitetura e Participação do Usuário. Antonio Pedro Alves de Carvalho
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- Mariana Maria Vitória Lancastre Amaro
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1 Arquitetura e Participação do Usuário Antonio Pedro Alves de Carvalho
2 Arquitetura e Participação O tema da participação do usuário no projeto de arquitetura é recorrente. A formação dos arquitetos, no entanto, concede pouca importância ao assunto. Como maiores dificuldades para o aumento da participação, pode ser apontado: Comunicação difícil (linguagem) Tempo e custos Opacidade do processo de projeto
3 Arquitetura e Participação Defende-se, no entanto, que a participação plena do usuário pode conceder uma usabilidade sustentável ao edifício, que, desta forma, atenderá melhor sua função. Na década de 1960, Kevin Linch e Christopher Alexander deram importante contribuição ao debate.
4 O MÉTODO DE ALEXANDER O criador: arquiteto e matemático austríaco, naturalizado americano, com interesses no processo de comunicação entre o proprietário (e suas necessidades) e o projetista. Processo idealizado em 1964, com a publicação da tese de doutorado: Ensaio sobre a Síntese da Forma Tese: a complexidade do sistema constituinte de um projeto está fora do alcance cognitivo humano e é trabalho que usa a forma intuitiva do conhecimento Modo tradicional de solução: análise do Contexto e criação da Forma Contexto: dados constantes Forma: parte variável ou manipulável Proposta: processo de criação antecedido por uma determinação de subsistemas, cujas variáveis formam um número de inter-conexões estritamente necessários para que o sistema se adapte em tempo hábil Criação de uma Autonomia Ativa no processo
5 O MÉTODO DE ALEXANDER Deve seguir seis princípios: 1. Ordem orgânica: permite o todo emergir gradualmente a partir de atos locais 2. Participação: todas as decisões sobre o que há de construir, e sobre como, nas mãos dos usuários 3. Crescimento em pequenas doses: a construção empreendida dentro de etapas pressuporia projetos os menores possíveis 4. Padrões: a construção e projeto devem guiar-se através de uma coleção de princípios de planificação comunitária, chamados padrões 5. Diagnosis: o bem estar do todo deve ser garantido por um diagnóstico anual, expressando com detalhes o papel de cada espaço na história da comunidade 6. Coordenação: a emergência de uma ordem orgânica deve estar garantida por um processo único Uma ordem orgânica autêntica unicamente pode encontrar-se através de uma anarquia responsável
6 Ordem Orgânica Um plano geral não pode criar um todo. Pode criar uma totalidade, mas não um todo. Um plano geral indica espaços em branco a serem ocupados uma ordem totalitária (é impossível fixar hoje o que o meio ambiente há de ser no futuro) A comunidade deve eleger sua ordem não a partir de um mapa que fixe seu futuro, mas a partir de uma linguagem comum A ordem orgânica equilibra as partes individuais e o todo.
7 Ordem Orgânica RUA EM CANTERBURY, INGLATERRA
8 Participação Menor participação: mero cliente do arquiteto Maior participação: construção do seu próprio meio O tempo que o grupo de usuários necessita para projetar é legítimo e essencial ao seu trabalho diário Esse tipo de participação não pode funcionar quando os projetos são muito grandes
9 Participação
10 Crescimento em pequenas doses O crescimento por grandes etapas depende de uma visão descontínua e estática do meio ambiente O crescimento em pequenas doses depende de uma visão dinâmica e contínua Em grandes projetos os erros são manifestos nos primeiros anos de uso Recursos devem ser distribuídos durante o tempo
11 Crescimento em pequenas doses PALÁCIO EM SIENA, ITÁLIA
12 Padrões Fixar regras e tipologias Intermediação entre contexto e forma Formas abstratas mas entendidas por todos cada projeto tem a sua eleição de um vocabulário básico que ajude a comunicação entre os usuários e entre os usuários e arquitetos
13 PROCESSO TRADICIONAL PARA SÍNTESE DA FORMA
14 PAPEL DE INTERMEDIAÇÃO DOS PADRÕES
15 PAPEL DE INTERMEDIAÇÃO DOS PADRÕES
16 PAPEL DE INTERMEDIAÇÃO DOS PADRÕES
17 Diagnóstico Mapa diagnóstico anual Exposição pública e discussão coletiva Aprovação formal Junta de planificação permanente Um modo intemporal de construir
18 Coordenação Projetos ordenados por prioridades Junta de planificação Decisões públicas Transparência no planejamento Ordem subjacente vinda dos padrões
19 Sugestões Práticas Eleger um comitê de planificação com representantes da administração e usuários (determinar uma proporção) Projetos devem ser iniciados pelos usuários Ex: Comitê da Universidade do Oregon: 9 estudantes, 5 professores, 4 funcionários O ideal, no entanto, é de 8 participantes Minimizar o número de padrões
20 Referências Básicas de Alexander Ensaio sobre a síntese da forma (1964) Uma linguagem de padrões (1977) O modo intemporal de construir (1979) Urbanismo e participação (1987)
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