A ESCOLA NA CIDADE QUE EDUCA. A Geografia Levada a Sério
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- Dalila Andrade
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1 A ESCOLA NA CIDADE QUE EDUCA 1
2 Educar não é ensinar respostas, educar é ensinar a pensar Rubem Alves 2
3 A Cidade que Educa 3
4 O MEIO URBANO REFLETE TUDO! A atenta observação da realidade nos dá elementos para entender a necessidade de uma Educação Urbana.
5 MÍDIA SENSACIONALISTA: excesso de informação e pouco conhecimento
6 A Cidade Educadora As ações tradicionais de urbanismo - no Brasil e no mundo - têm se mostrado como ferramentas insuficientes para modificar o quadro de deterioração urbana e, principalmente, das expectativas e comportamento do cidadão; Surge então uma nova e eficaz alternativa: a Educação Urbana; Será que é querer muito, ou vivemos apenas uma utopia? Há quem defenda que não é uma utopia e que essa cidade que queremos será possível quando ela se tornar uma CIDADE EDUCADORA! Como fazer a cidade respirar educação com mais força?
7 E... PODE A CIDADE EDUCAR? De onde partiu esta ideia? Origem: Início da década de 90, em Barcelona, na Espanha, onde se realizou o I Congresso Internacional das Cidades Educadoras; Teve como principal objetivo trabalhar em conjunto projetos e atividades para melhorar a qualidade de vida dos habitantes destas cidades. Aprovação da Carta de princípios básicos que caracterizam uma cidade que educa. Várias cidades brasileiras se tornaram membros da Associação Internacional de Cidades Educadoras. Nasce o Fórum Social Mundial, que deu lugar ao Movimento das Cidades Educadoras.
8 A cidade dispõe de inúmeras possibilidades educadoras... A vivência na cidade se constitui num espaço cultural de aprendizagem permanente por si só; Mas a cidade pode ser intencionalmente educadora.
9 Como a cidade pode educar?
10 Quando uma cidade pode ser considerada uma cidade que educa??? Quando além de suas funções tradicionais econômica, social, política e de prestação de serviços ela exerce uma nova função cujo objetivo é a formação para e pela cidadania; Nelas, as diferentes políticas, espaços, tempos e atores são compreendidos como agentes pedagógicos, capazes de apoiar o desenvolvimento de todo potencial humano.
11 Mas o que é CIDADANIA?? Pode-se dizer que cidadania é essencialmente: Uma consciência de direitos e deveres e exercício da democracia: direitos civis, como segurança e locomoção; direitos sociais, como trabalho, salário justo, saúde, educação, habitação, etc. direitos políticos, como liberdade de expressão, de voto, de participação em partidos políticos e sindicatos, etc. Mas hoje o conceito de cidadania é mais complexo. Nasce uma concepção mais ampla de cidadania Trata-se de uma concepção plena, que se manifesta: Na mobilização da sociedade para a conquista de novos direitos; Na participação direta da população na gestão da vida pública, através, por exemplo, da discussão democrática do orçamento da cidade.
12 NA CIDADE QUE EDUCA... Todos os seus habitantes usufruem das mesmas oportunidades de formação, desenvolvimento pessoal e de entretenimento que ela oferece.
13 NESSE CONTEXTO RENASCE A IDEIA DA ESCOLA CIDADÃ A comunidade educadora reconquista a escola, integrando-a a esse novo espaço cultural da cidade; A escola cidadã passa então a considerar: suas ruas e praças, suas árvores, seus pássaros, seus cinemas, suas bibliotecas, seus bens e serviços, seus bares e restaurantes, seus teatros e igrejas, suas empresas e lojas... enfim, toda a vida que pulsa na cidade.
14 A RELAÇÃO ENTRE ESCOLA CIDADÃ E CIDADE EDUCADORA Podemos falar de Escola Cidadã e de Cidade Educadora quando existe diálogo entre a escola e a cidade.
15 A RELAÇÃO ENTRE ESCOLA CIDADÃ E CIDADE EDUCADORA Não se pode falar de Escola Cidadã sem compreendê-la como escola participativa, escola apropriada pela população como parte da apropriação da cidade a que pertence. E o que é necessário para uma É necessário que nela exista mecanismos criados pela própria escola que sejam democráticos. Ex: Colegiado escolar; Plenárias pedagógicas; Eleições de diretores, de representantes de alunos, etc. Esses atos levam para dentro da escola os interesses e necessidades da população, que é da cidade.
16 Quando é que podemos falar em cidade que educa? Quando ela busca instaurar, com todas as suas energias, a cidadania plena, ativa; Quando ela estabelece canais permanentes de participação; Quando incentiva a organização das comunidades para que elas tomem em suas mãos, de forma organizada, o controle social da cidade.
17 Qual é o papel da escola na cidade que educa? Numa perspectiva transformadora a escola educa para ouvir e respeitar as diferenças; Contribuir para criar as condições que viabilizem a cidadania, através da socialização da informação, da discussão, da transparência; Possibilitar a geração de uma nova mentalidade, uma nova cultura, em relação ao caráter público do espaço da cidade.
18 A escola na cidade que educa... Ela deixa de ser lecionadora para ser cada vez mais gestora da informação generalizada, construtora e reconstrutora de saberes e conhecimentos socialmente significativos.
19 Qual é papel do professor na cidade que educa? A esperança para o professor encontrar sentido na sua própria missão: a de transformar pessoas; É seu papel, dar nova forma às pessoas, e alimentar a esperança delas para que consigam construir uma realidade diferente, uma cidade nova, mais humana, menos feia, menos malvada.
20 Mensagem final... A educação e a cultura não podem tudo porque existem outros componentes que são os componentes sociais, políticos e, sobretudo, econômicos; Mas ela pode contribuir para a construção de uma sociedade saudável, transformando-se num espaço de formação ético-política de pessoas que se querem bem e por isso têm legitimidade para transformar a vida da cidade. Quando consideramos a história possível e não apenas a história existente, passamos a acreditar que outro mundo é viável (Milton Santos).
A ESCOLA NA CIDADE QUE EDUCA
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