os vários bens e serviços. E mostra-se como o mercado, por sua livre atuação, atinge o grau de eficiência econômica.

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1 1 INTRODUÇÃO A disciplina Economia de Mercado objetiva apresentar as relações econômicas que balizam as decisões dos agentes econômicos (pessoas, empresas, governo e não-residentes no país). Os assuntos são tratados em cinco ítens fundamentais, além deste. No segundo, nossa preocupação é voltada à análise do que se denomina problema econômico, representado pelo confronto entre as necessidades dos agentes e a capacidade da economia de atendê-los, dada a escassez dos recursos de que dispomos, qualquer que seja o nível de riqueza da sociedade. Procuramos entender como a economia se organiza para resolver as suas questões básicas de produção, circulação e designação de quem terá direito aos diferentes bens e serviços. No ítem três, procuramos compreender a sociedade de mercado em que vivemos, identificando, inclusive, aspectos históricos que apontem de que maneira novas orientações, como, por exemplo, as relacionadas com os lucros das operações e a concessão de maior liberdade às atividades comerciais e, posteriormente, industriais determinaram o crescimento econômico de várias nações. O ítem quatro, complementado com uma visão histórica, contém as diferentes estruturas do mercado e dos modos de produção adotados pela sociedade e pelas forças produtivas para o atingimento de seus objetivos econômicos, isto é, para a solução do problema econômico. No ítem cinco, abordamos o funcionamento básico dos mercados e da interação entre os agentes, através da conhecida Lei da oferta e da procura. É aí que tratamos de mostrar como o sistema se mantém em equilíbrio, direcionado não de forma central, mas pelos preços que assumem

2 os vários bens e serviços. E mostra-se como o mercado, por sua livre atuação, atinge o grau de eficiência econômica. O último ítem apresenta argumentos que contrapõem os modelos baseados em planejamento e controle centrais aos da liberdade dos mercados, mencionando que existem também vários problemas que não podem ou são insuficientemente resolvidos com a estrutura baseada no funcionamento dos livres mercados, notadamente quando a preocupação é a distribuição equitativa dos bens e serviços criados na economia. Finalmente, incluímos uma lista das obras referenciadas ou consultadas, para a elaboração deste texto. O conteúdo programático da disciplina é composto de: 1 Introdução 2 A natureza do problema econômico 2.1 A escassez dos recursos disponíveis na economia 2.2 As necessidades ilimitadas dos agentes econômicos 2.3 O provimento de bens e serviços 2.4 Os fluxos fundamentais 2.5 As questões centrais da economia 2.6 As alternativas de sistemas econômicos 3 A evolução para a sociedade de mercado 3.1 As mudanças 3.2 A configuração dos fatores de produção trabalho, terra e capital 3.3 Ascensão do motivo de lucro, filosofia do comércio e o mecanismo de mercado 4 A estrutura do mercado 4.1 Os modelos de estrutura de mercado 4.2 Uma visão histórica 5 A oferta, a demanda e o equilíbrio de mercado 5.1 O equilíbrio de mercado 5.2 O excedente do consumidor 5.3 O excedente do produtor

3 5.4 A eficiência de mercado 5.5 As elasticidades da demanda 6 Desafios e perspectivas da sociedade de mercado 6.1 Economia centralizada x economia de mercado 6.2 O capitalismo e a economia de mercado A disciplina Economia de Mercado é um importante suporte para o desenvolvimento das atividades do administrador, já que estamos inseridos num sistema econômico baseado na livre atuação dos mercados, que determina as diferentes políticas adotadas pelos governos. O estudo da economia pode ser dividido basicamente em: microeconomia: estuda os aspectos e influências sobre a atuação das unidades econômicas individuais, como as pessoas (famílias), as empresas, o governo e mesmo os agentes não-residentes. Esse é o foco fundamental do presente texto; macroeconomia: tem a sua preocupação voltada para a mensuração dos agregados econômicos, tais como consumo, poupança, investimento e produto total gerados pela sociedade num determinado período de tempo; desenvolvimento econômico: objetiva a compreensão das razões que levam ao crescimento econômico sustentável e não apenas no curto prazo. A economia é, acima de tudo, uma ciência social, e os seus assuntos estão presentes no dia a dia de todos nós, fartamente demonstrados na mídia e no próprio contato entre as pessoas e em presas. Naturalmente, estamos sempre preocupados com os assuntos a ela relacionados, como, por exemplo: aumentos dos preços dos produtos; pouco crescimento das atividades econômicas; maior ou menor participação das entidades governa-mentais nessas atividades; dívidas contraídas pelo governo com os habitantes do próprio país ou do exterior; má distribuição dos frutos do crescimento econômico, entre os indivíduos e as organizações. São variadas as correlações com outras disciplinas, dado que, afinal, estudam uma mesma realidade.

4 Conceitos econômicos originaram-se de estudos em física e biologia. Os primeiros pensadores econômicos foram, também, bastante influenciados pela filosofia, pela moral e pela justiça. Aspectos religiosos também determinavam certas condutas dos indivíduos. A matemática e a estatística auxiliam na constituição de modelos de trabalho para uma melhor análise dos fenômenos econômicos. Economia e política são fortemente inter-relacionadas. Com a segunda, temos as instituições sobre as quais serão desenvolvidas as atividades econômicas. Mas decisões e fatos econômicos conduzem a mudanças na estrutura política das nações. Podem ser constatados vários exemplos do inter-relacionamento com a política, lembrando, como fazem Vasconcellos e Garcia (2003, p. 11), a política do café com leite, antes de 1930, dividindo o poder federal entre São Paulo e Minas Gerais. Enumeram, também, práticas e políticas visando combater latifúndios, oligopólios e monopólios e tentando aliviar o poder das grandes corporações, mesmo estatais. Mencionamos como importante relação a que se dá com a história, dado que muitas ocorrências históricas podem ser mais bem compreendidas quando se levam em conta as questões econômicas, em cada uma das épocas estudadas. E, claro, não pode ser olvidada a interação com o direito, considerando que a economia depende do estabelecimento de normas jurídicas, como, por exemplo, leis que combatam os entraves ao livre funcionamento dos mercados e que também permitam a resolução dos problemas e ineficiências deste último (as imperfeições de mercado).

5 É, pois, bem significativo o efeito trazido pelas normas jurídicas sobre a atuação dos diferentes agentes econômicos. Como indicam Vasconcellos e Garcia (2003, p. 25): No texto constitucional de 1988 encontra-se que a competência para a execução da política monetária, de crédito, cambial e de comércio exterior é da União. Esta tem a competência para emitir moeda e para legislar sobre o sistema monetário e de medidas, títulos e garantias de metais; a respeito da política de crédito, câmbio, seguros e transferências de valores; e sobre o comércio exterior. Porém, cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, dispor sobre a moeda, seus limites de emissão e montante da dívida mobiliária federal, conforme estipula o art. 48 da Constituição Federal. A economia é reconhecida como uma ciência jovem, surgida na segunda metade do século XVIII, com o reconhecimento mais ou menos geral de que a obra seminal de Adam Smith, publicada em 1776 (Uma investigação sobre a natureza e a causa da riqueza das nações) é a sua certidão de nascimento. Anteriormente, mesmo na Antiguidade e na Idade Média, existiram preocupações econômicas, mas não de forma sistematizada e organizada, e fortemente determinadas por aspectos morais e religiosos. Entre os mais imediatos precursores de Smith, destacaram-se os mercantilistas (a partir do século XVI), que incentivavam o crescimento do comércio e a acumulação de riquezas, sob a forma de ouro e prata, propugnando a não-intervenção do governo nos assuntos econômicos. É atribuído a esse movimento o estímulo às guerras entre as nações e o exacerbado desenvolvimento do espírito nacionalista. Os fisiocratas, que, na verdade, representavam uma reação ao mercantilismo, acreditavam que o mundo era comandado por leis naturais e universais que contribuíam para a felicidade da humanidade. Para eles, a agricultura deveria ser privilegiada, dado que a terra era a fonte fundamental da riqueza, em relação a outras atividades, como o comércio e as finanças. Smith ( ) e outros economistas clássicos, como David Ricardo

6 ( ), Thomaz Robert Malthus ( ) e John Stuart Mills ( ), apesar de divergirem em alguns aspectos, tinham como premissa básica a crença no livre funcionamento dos mercados, fundamentados na propriedade privada dos meios de produção. A situação social extremamente difícil (subnutrição, jornada de trabalho de mais de quatorze horas por dia, utilização acentuada de mulheres e crianças nas manufaturas e fábricas, más condições de higiene) dos primeiros momentos (1770/1830) da Revolução Industrial conduziu ao surgimento de ideias socialistas, traduzidas pelos trabalhos de Karl Marx (com destaque para O capital, cujos primeiros volumes foram publicados no final do século XIX ) e Friedrich Engels. Outras escolas surgiram, como a neoclássica, que procura se abstrair dos aspectos relacionados às diferentes classes sociais e concentrar sua atenção na formulação de leis e princípios que mostram, muitas vezes com o auxílio da matemática, como a economia chega, naturalmente, ao seu ponto de equilíbrio e que este é eficiente. No século XX, com o término da Segunda Guerra Mundial, tivemos o predomínio do chamado consenso keynesiano, alicerçado nas ideias e teorias propugnadas por John Maynard Keynes e expressas na obra Teoria geral do emprego, da moeda e dos juros, publicada em 1936, que procura justificar a necessidade de maior participação do governo na economia, quando o mundo enfrentava aquela que, até hoje, é considerada a maior recessão econômica, surgida a partir do final dos anos As ideias e proposições clássicas e neoclássicas não foram eficientes para explicar a grave recessão da época (afinal, para elas, a economia sempre se equilibrava em condições de pleno emprego voluntário), ficando essa tarefa para Keynes. Os acontecimentos da década de 1970 (alta e generalizada inflação, crise do fornecimento de petróleo, etc.) fizeram com que as ideias liberais fossem fortemente retomadas, voltando a proposição de uma drástica diminuição

7 da intervenção do Estado nas atividades econômicas. Ao tempo em que estamos escrevendo este texto, admite-se que novo ciclo de mudanças e orientações básicas poderá ocorrer, como reflexo da crise financeira mundial, aguçada a partir do segundo semestre de 2008 e que muitos debitam à excessiva desregulamentação das atividades econômicas. Para a complementação das informações e dos conceitos apresentados neste texto, sugerimos a consulta às obras constantes ao final, nas referências bibliográficas. Acreditamos, também, que é de muita importância a leitura de jornais e revistas relacionadas com economia e negócios, tendo em vista a apreensão da realidade dos agentes e dos fatores de natureza econômica, política e social que os influenciam. 2 A NATUREZA DO PROBLEMA ECONÔMICO Objetivo Neste ítem, demonstramos o que é o problema econômico fundamental a ser tratado pela economia; é o equacionamento das necessidades ilimitadas dos agentes econômicos e sua ânsia pela obtenção de mais bens e serviços. Tal questão deve ser analisada considerando-se que toda sociedade dispõe de recursos escassos, necessários para o provimento das necessidades, sob a forma de bens e serviços que são colocados nos mercados. Considerações iniciais Cada indivíduo desempenha diferentes papéis na sociedade e, em particular, no sistema econômico em que está inserido. Muitas vezes, somos responsáveis pela própria produção (nos variados setores da economia) dos bens e serviços destinados à coletividade. Mas também vários de nós nos envolvemos com os processos de comercialização e distribuição desses bens. Queremos sempre melhorar a produtividade e reduzir os custos de nosso trabalho. E, afinal, consumimos ou poupamos a renda que auferimos, sob as mais

8 diferentes formas, na condição de proprietários dos recursos, isto é, dos fatores de produção necessários para que se criem os produtos e serviços que almejamos. A sociedade em que vivemos é baseada na liberdade de atuação dos agentes econômicos nos vários mercados (de bens ou financeiros), os quais, agindo em nome dos seus interesses individuais, devem conduzir ao bemestar geral à organização. Essa organização, porém, está fundamentada nas trocas que são feitas entre os vários agentes econômicos. Quem detém os fatores de produção os vende a quem é encarregado de produzir os diversos bens e serviços, que, por sua vez, os comercializa com aqueles que estão interessados em suas aquisições. Passos e Nogami (2005, p. 5) mencionam a definição de Paul A. Samuelson, um dos maiores economistas do século XX (SAMUELSON, Paul Anthony; NORDHAUS, William D. Economia. 12. ed. Portugal: McGraw Hill, 1988): A Economia é o estudo de como as pessoas e a sociedade decidem empregar recursos escassos, que poderiam ter utilizações alternativas, para produzir bens variados e para distribuí-los para o consumo, agora ou no futuro, entre várias pessoas e grupos da sociedade. Síntese do módulo Ao final deste ítem, você terá visto alguns conceitos fundamentais, refletidos sobre o problema econômico e sobre as formas de organização da sociedade para a solução das questões relacionadas à produção, à circulação e à distribuição dos bens, requeridas para o atendimento às ilimitadas necessidades humanas. 2.1 A escassez dos recursos disponíveis na economia Ficamos maravilhados com o que a natureza nos oferece, sem que precisemos nos esforçar muito para obter os benefícios.também nos surpreendemos quando constatamos as grandes mudanças, propiciadas pelo próprio homem, em função do desenvolvimento científico notada mente dos

9 dois últimos séculos. Porém, continuamos carentes, comparativamente aos bens que desejamos, objetivando melhorias em nosso bem-estar. E sabemos que os recursos, ou, melhor dizendo, os fatores de produção que podemos empregar para que consigam os obter esses bens estão ficando cada vez mais difíceis de ser conseguidos. Mas, afinal, quais são esses fatores de produção? O capital Referimo-nos, aqui, a todo bem que se destina à produção de outro, destinado ao consumo da sociedade. Por isso, eles são denominados, também, bens de produção. Podemos classificar os recursos de capital em: físico: representado pelos instrumentos utilizados na produção (máquinas, ferramentas), as instalações e as fontes de energia (elétrica, eólica, solar, nuclear, etc.); financeiro: capital, sob a forma de dinheiro, utilizado para os pagamentos dos investimentos empresariais; humano: identificado nos talentos e habilidades, fruto das experiências e conhecimentos adquiridos pelos indivíduos. O capital é constituído ou acumulado a cada período de atividades econômicas, à medida que a sociedade dirige parte de seus esforços para a produção de bens não destinados diretamente ao consumo presente da coletividade, mas, sim, para poder manter ou, melhor ainda, fazer crescer as possibilidades de desenvolvimento de novos produtos ou serviços que serão utilizados no futuro. A remuneração pelo emprego desse fator de produção é denominada lucro, que é a diferença entre as receitas e as despesas de uma organização, já deduzidos os pagamentos de taxas, impostos e da parcela que ficou retida para uso futuro. Para a formação de capital, a economia pode se valer da própria poupança interna de seus agentes (sejam os indivíduos ou as empresas). Os primeiros quando optam por não consumir, de imediato, a renda que lhes é devida, e os outros quando retêm, para quaisquer necessidades futuras, parte de seus lucros, obtidos em suas atividades durante certo período. Sendo essa poupança insuficiente, como ocorre na maioria das vezes, principalmente nos países menos desenvolvidos, procura-se complementar as necessidades de investimentos através da poupança externa (dos agentes não-residentes no país) e do próprio governo. A própria poupança individual não é somente decidida de forma

10 voluntária, mas pode ser induzida ou imposta pelas próprias políticas e práticas governamentais. O fator terra ou recursos naturais Neste caso, enquadramos os bens fornecidos diretamente pela natureza (recursos naturais), que podem constituir a base em que se empregará o capital físico. Esses bens (vegetais ou animais) podem ser renováveis ou nãorenováveis (como é o caso dos minerais), sob a forma natural ou transformados pela ação humana. No passado, os primeiros economistas indicavam ser esse o fator de produção mais importante e, algumas vezes, o único que poderia fazer crescer a riqueza de uma nação. Os fisiocratas, na França de meados do século XVIII, advogavam que as atividades agrícolas eram as únicas capazes de produzir excedentes econômicos (excesso de produção, em relação às necessidades de uma coletividade), enquanto as demais classes, apesar de necessárias, seriam consideradas estéreis (como os funcionários públicos, sacerdotes, comerciantes, soldados, etc.). O fator trabalho Considerado pelos economistas clássicos e pelos socialistas como o principal fator, responsável pelo crescimento do país, o trabalho humano é combinado com os outros fatores, como a terra e o capital. Os clássicos desenvolveram, desde Adam Smith e com o maior detalhamento elaborado por David Ricardo, a teoria do valor-trabalho, segundo a qual poderiam ser mensurados os valores de todos os bens. Os socialistas, sobretudo Marx, refinaram as ideias de Ricardo e as utilizaram em seus argumentos, para comentar sobre os interesses divergentes entre as necessidades capitalistas e dos trabalhadores. Para a escola neoclássica, porém, esses valores só podem ser encontrados quando há a colaboração de diferentes fatores de produção e não apenas do trabalho humano, desenvolvendo a teoria do valor-utilidade.

11 Vasconcellos (2007, p. 32) indica que: Pode-se dizer que a Teoria do Valor-Utilidade veio complementar a Teoria do Valor-Trabalho, pois já não era possível predizer o comportamento dos preços dos bens apenas com base nos custos, sem considerar o lado da demanda (padrão de gostos, hábitos, renda, etc.). Ademais, a teoria do valor-utilidade permitiu distinguir claramente o que vem a ser o valor de uso e o valor de troca de um bem. A tecnologia De forma geral, a tecnologia pode ser entendida como todo o conjunto de conhecimentos humanos aplicado para os mais diferentes objetivos. Pode ser conceituada, de forma mais estrita, como sendo as inovações nas técnicas que alteram o modo de trabalho, contribuindo para o aumento de sua produtividade. O maior crescimento do trabalho e de produção ocorreu a partir do advento da Revolução Industrial. Como as demais mercadorias, os economistas entendem que a tecnologia tem um preço e pode, portanto, ser negociada no mercado. Verifica-se um acentuado desnível em termos de dotação de tecnologia, conforme o status de desenvolvimento das nações, fazendo com que sua importação ocorra, com mais frequência, pelos países menos desenvolvidos, muitas vezes incentivando a instalação de empresas estrangeiras no país, o que, em contrapartida, fará com que aumentem, no futuro, suas despesas com pagamentos de licenças, royalties e lucros. Mudanças tecnológicas podem transformar bastante, às vezes de forma radical, as características e a divisão do trabalho numa sociedade, pois, apesar de contribuírem para a redução dos esforços na produção de bens e serviços, podem levar ao desemprego de fatores que não consigam se adaptar à nova realidade econômica; são, muitas vezes, combatidas pelos grupos cujas atividades e cujos interesses foram por ela afetados. De qualquer forma, é com elas que se obtém maior crescimento econômico, mediante uma combinação mais vantajosa do emprego dos diferentes fatores de produção. A inovação tecnológica pode ser: de processo: caracterizada pela diminuição do tempo e/ou do número de operações/etapas do processo produtivo; de produto: relativa às características de produção e de distribuição do produto. A capacidade empresarial Cada vez mais tem sido reconhecida a importância da inclusão desse

12 fator entre os que mais contribuem para o desenvolvimento da produção e da nação como um todo. Por certo, o empresário desempenha um papel de extrema relevância no contexto do sistema capitalista, baseado no livre funcionamento dos mercados, à medida que emprega novos métodos e técnicas nos seus procedimentos e na geração de seus produtos e serviços em atividades: industriais; comerciais; administrativas; financeiras; de pesquisa e desenvolvimento. Os empreendedores são responsáveis pela geração de novos produtos e serviços, à medida que organizam e coordenam as operações de forma eficiente. Schumpter, um dos maiores economistas do século XX, admite ser esse o fator mais significativo para o crescimento do investimento do país. O empresário é responsável pela otimização dos outros fatores de produção, os quais são direcionados às funções industriais, comerciais, administrativas, financeiras e de pesquisa e desenvolvimento, cruciais para o sucesso de um novo projeto ou investimento. Jorge e Silva (1999, p. 31) esclarecem que: Síntese do tema Ao conjugar capital, terra, trabalho e tecnologia, o empreendedor estará reunindo os elementos que possibilitarão, sob sua orientação, uma participação no processo produtivo, que será tanto mais eficaz e duradoura quanto mais eficiente forem suas ações de planejamento, organização, produção, comercialização, administração financeira, administração do fator humano e outras. Os recursos de produção aqui referenciados capital, terra, trabalho, tecnologia e capacidade empresarial têm como principal identidade o fato de serem limitados para a produção dos bens voltados ao atendimento das necessidades dos agentes econômicos. Questões para revisão 1. Aponte as diferenças, se houver, entre capital físico e financeiro. 2. Quais são as diferenças fundamentais entre objetos e meios de trabalho? 3. O que você entende por poupança compulsória? Cite um exemplo.

13 4. Você pretende iniciar um empreendimento na área de prestação de serviços de manutenção de computadores. De quais recursos de produção você necessitará? 5. Como se origina o capital? Qualquer nação, em qualquer época, tem possibilidade de aumentar permanentemente o seu estoque de capital? 6. A escassez é um fenômeno que surgiu com o advento da moderna sociedade de mercado? Justifique sua resposta. 7. Como se dividem os recursos naturais? Apresente exemplos. 8. Alguns dirigentes têm comentado que dispensam a contribuição da empresa estrangeira para a formação de seu capital. Concorda com esse argumento? Exemplifique. 9. Aponte como, inicialmente, era vista a riqueza de uma nação. 10. Conseguir que as coisas sejam feitas resume um predicado do fator capital, de forma genérica? Justifique sua resposta. 11. O que diferencia as tecnologias de produto e de processo? 12. Qual é a origem do valor dos bens, no entendimento dos economistas neoclássicos? Eles pensavam diferentemente dos clássicos quanto a esse aspecto? 13. O que você entende por tecnologia? 14. Por que o Brasil necessita de poupança externa para atender às suas necessidades de investimento? Quais são as outras alternativas para a ampliação dos recursos destinados ao investimento nas atividades produtivas geradoras de emprego? 15. Qual, dentre os fatores de produção, é o que constitui a fonte única de todo o progresso humano na visão de alguns pensadores? 16. O capital, um dos fatores de produção, representa: a) A infra-estrutura produtiva representada pelas máquinas, ferramentas, edifícios, equipamentos, etc. b) A técnica de aumentar a produtividade dentro da economia. c) A força produtiva representada pelos operários na indústria. d) A quantidade de dinheiro à disposição do sistema econômico. e) As alternativas a e c estão corretas. Resposta correta: alternativa a. Isso porque a alternativa b diz respeito à tecnologia, ou seja, o como produzir. Por sua vez, a alternativa c se refere ao fator de produção trabalho. A alternativa d aborda tão somente o capital

14 financeiro. A alternativa e está errada porque somente a a está correta. 2.2 As necessidades ilimitadas dos agentes econômicos Na verdade, o objetivo fundamental da atividade econômica é o de poder criar bens que satisfaçam essas necessidades. Isso é a própria razão de ser dessa ciência, cujo conhecimento e cujo desenvolvimento não seriam necessários se pudéssemos, sempre, contar com todos os bens e serviços de que precisamos ou que desejamos. Mas elas são inesgotáveis e tendem a diversificar e até aumentar com o próprio desenvolvimento da civilização. Essa realidade pode ser observada nas visitas a mercados e centros de consumo. Os desejos se multiplicam, enquanto os recursos não conseguem acompanhar essa evolução. É certo que essas necessidades variam de pessoa para pessoa e conforme a região onde habitam. Podemos classificar essas necessidades humanas em: a) coletivas: enquadram-se nesta categoria as necessidades relacionadas com segurança, defesa, educação, saneamento básico, saúde, etc. Muitas delas não conseguem ser supridas pela própria iniciativa privada, produzidos sob a égide do Estado, que discutiremos posteriormente; b) individuais: neste grupo, estão incluídas as necessidades básicas (absolutas ou biológicas), como dormir, respirar, comer, habitar, procriar, vestir etc., por sinal, nem sempre atendidas por processos econômicos. Aspectos ambientais, como a preservação das áreas verdes e o controle da poluição do ar, quase sempre dependem de ações e políticas econômicas. Também podemos incluir nesse conjunto as chamadas necessidades relativas ou sociais, isto é, as que não são as mesmas para todos os indivíduos (hábitos, normas, costumes e valores uso de talheres e pratos, cama para dormir, hábito da leitura e outros). No quadro 1 a seguir estão resumidas as categorias que refletem as várias necessidades dos indivíduos. Abraham Maslow, psicólogo norte-americano ( ), desenvolveu

15 uma teoria em que as necessidades humanas são hierarquizadas, indo das mais básicas (biológicas) às mais específicas, como as de valorização individual e cultural. Esse cientista demonstrou a sua teoria sob a forma de uma pirâmide. Resolvidas as necessidades da base (iniciais/básicas), o indivíduo procura segurança, na sua própria residência e no seu emprego e coletividade. Satisfeito esse nível de necessidades, ganha força o sentimento de viver em comunidade, ser aceito pelo grupo, de relacionar-se com outros. Depois, procura objetivos que satisfaçam sua procura por reconhecimento, status, poder. Finalmente, aumentam as necessidades relacionadas com a sua autorrealização, oferecendo-se para participar de projetos arrojados ou sofisticados, como a exploração de regiões ou variadas experimentações e aventuras. Os grupos de necessidades só serão atendidos após o atendimento das necessidades anteriores, devendo ser considerado que o indivíduo ocupa diferentes degraus nessa pirâmide, ao longo do tempo. O atendimento dessas necessidades, porém, muitas vezes, somente será conseguido com a aplicação dos escassos fatores de produção, que irão gerar os necessários bens e serviços. Síntese do tema Nesse tema, foram abordadas as necessidades, ordenadas em coletivas e individuais e hierarquizadas, cujo atendimento depende da eficiência na produção dos bens destinados à coletividade. Questões para revisão

16 1. Explique sucintamente o entendimento do conceito de necessidades coletivas. Cite um exemplo. 2. Cite duas das necessidades hierarquizadas por Maslow, explicando-as e localizando-as em sua própria vida. 3. A preservação das áreas verdes pode ser classificada em qual tipo de necessidade humana? Justifique a sua resposta. 4. Imagine-se num supermercado. Quais as necessidades que você verá despertadas em si mesmo? E numa criança? 5. Como se conceitua a hierarquia de necessidades do ser humano, segundo Maslow? 6. Cite um exemplo de necessidade de segurança e a sua forma de satisfação em sua região. 7. Qual é o significado de uma necessidade como associação? Como se materializa a satisfação dessa necessidade? 8. Aponte alguns exemplos de necessidades básicas. 9. Como se dividem as necessidades coletivas? 10. O indivíduo pode suprir uma necessidade superior na hierarquia de Maslow, sem ter solucionado outra, inferior? Por quê? 11. Dê um exemplo de necessidade diferente daquelas que constam do quadro Tipos de necessidades. 12. Cite um exemplo de necessidade de segurança que não consta das atividades listadas no quadro Tipos de necessidades. 13. Qual é a definição de necessidades absolutas? O descumprimento das leis por todos os cidadãos é, por si só, uma forma de suprimento de necessidades individuais? Por quê? 14. Uma necessidade de associação com base na hierarquia das necessidades de Maslow reflete uma situação em que: a) O indivíduo se sente atraído por um desejo de se associar a um empresário para abrir um negócio. b) O indivíduo carece de sentimentos por si mesmo. c) Nenhuma outra necessidade pode ser suprida se esta não for satisfeita. d) Todas as demais necessidades já foram supridas pelo indivíduo. e) O indivíduo já satisfez suas necessidades fisiológicas e de segurança e agora sente necessidade de ser aceito pelo grupo.

17 Resposta correta: alternativa e. Isso porque, no caso da alternativa a, a referência a uma associação em um empreendimento foge aos conceitos de Maslow no caso particular da necessidade de associação. Também o fato de sentir necessidade de associação não quer dizer que o indivíduo não goste de si mesmo e, portanto, a alternativa b também não se aplica. Quanto à alternativa c, é fato que existe uma hierarquia nas necessidades, mas a necessidade de associação está no meio dessa hierarquia. Assim sendo, outras necessidades foram, sim, supridas, antes de se chegar a esta. Mas nem todas as outras necessidades foram supridas, o que também implica que a alternativa d está incorreta. Então, a alternativa e complementa adequadamente a assertiva. 2.3 O provimento de bens e serviços Os bens, voltados à satisfação das necessidades humanas e obtidos com a utilização dos variados e escassos fatores de produção, são denominados econômicos, em contraposição aos livres, para os quais não há a formação de preços pelos mercados. Dois dos exemplos mais notórios de bens livres são o ar que respiramos e a energia do sol, que, pela sua abundância e disponibilidade, não precisam ser providos pelos homens e, como tal, não são tratados pela análise econômica. Portanto, é dos bens econômicos que cuidaremos, por existirem em quantidade limitada. Eles se diferenciam entre si em função de sua natureza física, mas têm em comum o fato de serem: escassos; úteis; exclusivos: só podem ser adquiridos por quem consegue pagar o seu preço, estabelecido no mercado. De pronto, podemos classificá-los em duas grandes categorias: bens tangíveis, representados pelos materiais e bens físicos em geral; bens intangíveis, compreendendo o conjunto de serviços, gerados numa economia em um determinado período. Podemos, outrossim, classificar os bens econômicos tangíveis a) Bens finais Englobam os bens de consumo, que já foram completamente transformados pelo processo de produção e que, por sua vez, se subdividem em: bens de consumo não-duráveis: aqueles que são consumidos num período curto de tempo, desaparecendo após satisfazer uma

18 determinada necessidade, como é o caso dos produtos alimentícios; bens de consumo duráveis: permitem o uso por um tempo maior, não sendo destruídos de imediato, como é o caso dos eletrodomésticos, automóveis, etc. São muito importantes para o desenvolvimento da economia, já que se valem de produtos intermediários, máquinas, fornecimentos de terceiros e um grande número de pessoas, ocupadas direta ou indiretamente, cujas rendas serão utilizadas no consumo de outros bens econômicos. Devem ser mencionados, entre os bens finais, os bens de capital ou de produção, que se prestam à produção de novos bens, como é o caso das máquinas e outros utensílios. Por suas características e diversidade, os bens econômicos podem ser a razão de existência de uma economia complexa. Como argumenta Riani (1998, p. 23), Aquelas economias com sua base produtiva nos bens de consumo não-duráveis seguramente têm complexo produtivo muito menor do que outra cujo peso econômico se pauta pelos bens de consumo duráveis ou pelos bens de capital. b) Bens intermediários Trata-se dos bens que ainda não completaram o seu processo de transformação e conversão em bens de consumo ou de capital e que são incapazes de atender às necessidades dos agentes econômicos, entre os quais podemos citar, por exemplo, o cimento, o ferro e o aço. O quadro 2, a seguir, sintetiza os diversos tipos de bens: Síntese do tema Nesse tema, abordamos os diferentes tipos de bens e suas condições

19 de atendimento às necessidades dos agentes econômicos. Questões para revisão 1. O que caracteriza a natureza do bem econômico? 2. O ser humano poderia viver unicamente de bens econômicos? 3. Aponte e exemplifique as diferenças entre bens livres e econômicos. 4. Quando os bens de consumo duráveis podem ser classificados como sendo de capital? 5. Cite um exemplo de bem intangível. Você se dedica a este tipo de atividade? 6. O que representam os bens intermediários? Essa denominação é apropriada para a maioria dos bens que você consome no seu dia a dia? 7. Quando foi sua última aquisição de um bem de consumo durável? O que você fez com ele? 8. Qual ou quais os tipos de bens finais que dão mais impulso à atividade econômica? Por quê? 9. Você está utilizando um bem de consumo não-durável neste exato momento? Qual é ele? 10. O automóvel utilizado por sua empresa em visita a clientes é um bem de consumo durável ou um bem de capital? Por quê? 11. O que são bens de produção? Como também são conhecidos esses bens? Cite um exemplo. 12. O trator que o agricultor utiliza na sua lavoura é um bem de capital? E quando ele o utiliza para levar a família à cidade? 13. Quando você utiliza o seu computador pessoal para uma atividade de lazer, a qual categoria de bem econômico ele pertence? E se você o utilizasse para entregar seu produto a um cliente? 14. Apenas uma das alternativas abaixo pode ser considerada correta: a) Bem de capital representa a soma dos recursos financeiros de que o indivíduo dispõe para a satisfação de suas necessidades. b) Bens finais são aqueles que chegam ao consumidor final, ou seja, uma empresa ou um indivíduo que os utilizará para satisfação de uma necessidade. c) Os bens de consumo duráveis constituem aqueles produtos que a indústria utiliza para a produção de eletrodomésticos em geral.

20 d) Bem intermediário significa aquele que é adquirido no comércio em geral, porque o comerciante é um intermediário entre a indústria e o consumidor. e) Os bens de consumo não-duráveis são bens intermediários utilizados para a produção dos bens assalariados. Resposta correta: alternativa b. A alternativa a se refere ao capital financeiro tão somente. Por sua vez, a alternativa c leva à falsa ideia de que se trata de um bem intermediário. A alternativa d confunde a classificação do bem com a relação envolvida na sua comercialização. A alternativa e trata os bens de consumo que são finais como sendo intermediários. 2.4 Os fluxos fundamentais da economia Podemos identificar a existência de dois mercados globais na economia. O primeiro, comumente chamado de real, é aquele no qual são feitas as trocas para a obtenção dos fatores de produção e em que ocorrem a produção e a distribuição dos bens e serviços finais da economia. Esse mercado real é, pois, subdividido em: mercado de fatores de produção; mercado de bens e produtos finais. Os indivíduos que são, de fato, os proprietários dos fatores de produção e que chamaremos de famílias, oferecem-nos às empresas, que têm a responsabilidade pela produção dos bens e serviços finais. De outra parte, com a remuneração paga pelas empresas, sob a forma de salários (trabalho), juros (capital financeiro), lucros (resultados de participações no capital das empresas) ou aluguéis (pela utilização de imóvel, terreno ou mesmo máquinas na atividade empresarial), os indivíduos adquirem os bens e serviços finais que procuram. Esses fluxos constituem o lado monetário da economia. A figura 1, a seguir, mostra esses fluxos real e monetário, onde pode ser observada a interdependência entre os diferentes mercados.

21 A linha cheia, demonstrando o suprimento de fatores de produção e de bens e serviços finais, caracteriza o chamado fluxo real. A linha pontilhada mostra os pagamentos feitos pelos agentes econômicos, revelando o fluxo monetário. Vazamentos e injeções no fluxo circular da renda Uma parte dos rendimentos das famílias é retida sob a forma de poupança (S, do inglês saving), identificando um vazamento da renda gerada pela economia num determinado período e, portanto, produção que não será adquirida. As empresas também podem poupar, na medida em que não utilizam todo o seu lucro para a aquisição de novos fatores de produção. Por outro lado, nem toda produção de bens e serviços finais é destinada às famílias. Estamos tratando, aqui, dos bens de capital que irão compor os ativos totais da empresa, que compreendem o ativo imobilizado e os investimentos sob diversas formas. Podemos, pois, observar a existência de fluxos que caracterizam entrada (injeções) no fluxo circular da renda. Diz-se que o sistema econômico está equilibrado quando os vazamentos são iguais às injeções, ou seja, quando a poupança S é igual ao investimento:

22 Na figura 2, a seguir, estão incorporados esses vazamentos e injeções. Síntese do tema Tratamos do fluxo circular da renda em sua mais simples versão, com a participação das empresas e das famílias que interagem na produção e na

23 distribuição de fatores de produção e bens e serviços finais. A inclusão do governo e dos agentes econômicos externos (denominados resto do mundo) completa esses fluxos da economia. Questões para revisão 1. O que caracteriza um mercado real na economia? 2. O fornecimento de fatores de produção pelos seus proprietários e a aquisição dos mesmos pelas empresas revela uma demanda de produtos e serviços? Justifique sua resposta. 3. Quais são as características de um mercado de fatores de produção na interpretação do fluxo circular da renda? 4. E quando a empresa fornece bens e serviços aos indivíduos, este também constitui um ato de demanda? Por quê? 5. O que se convencionou chamar de atividade monetária da economia? 6. Os movimentos de mercadorias são caracterizados por qual dos fluxos? Explique-os. 7. O que é fluxo monetário, no contexto do fluxo circular da renda? 8. Segundo os conceitos compreendidos no fluxo circular da renda, o que é fluxo real? 9. As empresas também adquirem bens e serviços finais. Como se chama esse processo, no contexto do fluxo circular da renda? 10. Quando um capitalista injeta capital financeiro numa empresa, ele está agindo em qual dos dois tipos de mercados: de fatores ou monetário? Por quê? 11. O que mantém o sistema econômico em equilíbrio, na abordagem do fluxo real e monetário? 12. Qual é a contrapartida em termos monetários ao fornecimento de capital físico? 13. Como se denomina a renda auferida por um indivíduo que alugou as instalações para uso de uma determinada empresa? 14. E o que representa a remuneração para quem emprestou dinheiro para o início de atividades de uma empresa? Qual é a diferença de sua remuneração, em relação aos sócios do empreendimento? 15. No tocante ao funcionamento do sistema econômico, o fluxo monetário descreve: a) A quantidade de fatores de produção que são vitais para o suprimento de bens e serviços de que a sociedade necessita.

24 b) A entrada de fatores e a saída de materiais do estoque das empresas. c) As relações entre os proprietários de recursos e as unidades mobilizadoras destes recursos. d) Os movimentos de dinheiro e sua destinação e uso. e) O fornecimento de fatores de produção. Resposta correta: alternativa d. A alternativa a está incorreta visto que o fluxo monetário não aponta quantidade de fatores. A alternativa b é relacionada ao estoque das empresas, e não ao fluxo de suas atividades. As alternativas c e e referem-se ao fluxo real. 2.5 As questões centrais da economia O problema econômico determinado pela impossibilidade dos recursos escassos de atenderem às necessidades humanas limitadas nos conduz a questões fundamentais, que demandam soluções através dos processos econômicos: O quê e quanto produzir? Como produzir? Para quem produzir? À ciência econômica cabe reunir informações e orientar processos que possibilitem o tratamento de cada um desses problemas. A aplicação das soluções propostas pela economia é de responsabilidade da própria coletividade, observados os aspectos de natureza social, política, histórica, física, tecnológica, etc. O quê e quanto produzir? A produção de determinado bem, em função da escassez de recursos, implica a não-produção de outro. Como exemplo, o fato de que a terra usada na produção de álcool, visando gerar combustível para os automóveis, não poderá ser utilizada na produção de alimentos. A fronteira de possibilidades de produção é um instrumental simples, mas que auxilia a explicar a questão relacionada com o quê e quanto produzir. A tabela 1 a seguir revela algumas alternativas de produção para dois bens (alfa e beta) ditadas pelos recursos disponíveis capital, terra, trabalho, tecnologia e capacidade empresarial e pelo estágio da tecnologia de uma determinada economia.

25 A representação gráfica em duas dimensões um eixo dos x, considerada a primeira variável e um eixo dos y, a segunda variável, utilizando dados econômicos observados ou idealizados, é um instrumento de apoio de fundamental importância na apresentação das questões econômicas. Podemos apresentar os dados da tabela 1 num gráfico de duas dimensões (denominado plano cartesiano) tal que as quantidades do bem beta sejam demonstradas no eixo dos y (das ordenadas) e as do bem alfa, no eixo dos x (abscissas). Desta forma, utilizando este sistema de coordenadas cartesianas, poderemos posicionar as alternativas A, B, C, D, E e F: O gráfico 2 une os pontos A a F, que constituem a fronteira ou curva de possibilidades de produção (CPP) e representam as alternativas apresentadas na tabela 1. Pode ser observado um decréscimo na produção do bem beta, à medida que aumenta a produção do alfa. No ponto A,

26 todos os fatores são utilizados para a produção de beta. Em F, os recursos são alocados, exclusiva mente, para a produção de alfa. Entre esses dois extremos, há pontos intermediários (B a E) que revelam a escassez dos recursos e o sacrifício de unidades de produção de um bem quando se aumenta a produção do outro. Todo ponto da CPP representa, pois, uma alternativa que utiliza com a máxima eficiência, dada a tecnologia disponível, as alternativas de escolhas de produção dos dois bens. Eventualmente, a produção pode ficar num ponto aquém dessa fronteira, como se observa com U no gráfico 3, em função de problemas econômicos, políticos ou sociais, como crises financeiras, guerras, epidemias, etc. Nesse caso, não estamos empregando os fatores de produção com a máxima eficiência, ou seja, não estão sendo empregados todos os recursos disponíveis com a máxima eficiência, havendo, portanto, desemprego de fatores. Poderíamos, então, expandir a produção de um ou mesmo dos dois bens até chegarmos aos limites das possibilidades de produção (CPP).

27 Não podemos, entretanto, produzir além da CPP, isto é, acima da curva. A CPP, porém, pode ser deslocada para cima e à direita, como demonstra o gráfico 4, a seguir, possibilitando o crescimento da produção em função de novas e melhores combinações de utilização dos fatores de produção, que pode ocorrer devido a um aumento na quantidade do fator capital, uma melhoria qualitativa na força de trabalho e, ainda, do progresso tecnológico, responsável por novos métodos de produção. Inversamente, uma diminuição de fatores de produção pode levar a um deslocamento da CPP para a esquerda, e pelo mau funcionamento da economia, devido a fatores internos ou externos.

28 A análise da CPP conduz à discussão sobre o conceito de custo de oportunidade, entendido como a renúncia ou sacrifício de produção ou obtenção de um bem quando outro é escolhido. Assim, o custo de oportunidade para a obtenção da primeira unidade do bem alfa é uma unidade de beta, conforme pode ser verificado na tabela 2. A segunda unidade de alfa demanda a desistência da produção de mais duas unidades de beta; a terceira unidade de alfa exige um custo de oportunidade de mais quatro unidades de beta, e assim por diante. Ao final, para a produção da quinta unidade de alfa, deverão ser sacrificadas mais oito unidades de beta. Esse custo de oportunidade, no caso específico de opções entre cada alternativa de produção de alfa e beta, está demonstrado no gráfico 5.

29 A análise da CPP traz, também, o conceito conhecido com Lei dos rendimentos decrescentes ou, ainda, Lei da produtividade marginal decrescente. Vimos que o aumento da utilização dos fatores de produção ocasiona deslocamentos positivos da CPP. Ampliando-se a quantidade de um fator variável e fixando a dos demais fatores, a produção aumentará, inicialmente, mas as taxas serão decrescentes. Se mantivermos essa situação, atingiremos um ponto a partir do qual teremos decréscimo da própria produção. Suponhamos, num primeiro momento, que, como resultado da utilização de

30 100 unidades do fator terra 300 unidades do fator capital 50 unidades do fator trabalho obtém-se 30 unidades do bem alfa e 40 unidades do bem beta. Num segundo instante, mantendo-se constante a quantidade do fator terra e aumentando-se o capital e a mão-de-obra para 360 e 60 unidades, respectivamente, a produção passaria para 35 e 45 unidades de alfa e beta. Assim, para um aumento de 20% nos fatores, a produção cresceria em torno de 1 7%. Num terceiro momento, utilizando-se 100 unidades do fator terra 430 unidades do fator capital 70 unidades do fator trabalho a possibilidade de produção atinge 38 unidades do bem alfa e 48 unidades do bem beta. Percebe-se, nessa simulação, que a cada novo aumento de 20% nos fatores capital e trabalho, mantendo constante a terra, as possibilidades de produção aumentam menos de 9%. Como produzir? Esta indagação está relacionada às possibilidades tecnológicas de produção da economia, que devem adotar técnicas e processos de produção que combinem, de forma eficiente, seus recursos humanos e patrimoniais. A absorção de novas tecnologias, todavia, não deve gerar desperdício de capital humano. Para quem produzir? Vasconcellos (2007, p. 5) lembra que essa questão é (...) decidida no mercado de fatores de produção (pelo encontro da demanda e oferta [que estudaremos posteriormente] dos serviços dos fatores de produção. Trata-se de uma questão relacionada com a distribuição da renda entre os vários agentes econômicos, que se almeja que seja a mais justa possível,

31 resolvendo os problemas de grande inequidade entre indivíduos, setores e regiões. Essa desigualdade tem servido de base para as contendas entre as classes sociais. A figura 3, a seguir, apresenta uma combinação entre uma estrutura produtiva eficiente, resolvendo as questões o quê e quanto produzir e como produzir e a justa distribuição da produção, solucionando o problema para quem produzir. A economia de mercado e as questões centrais da economia Numa economia de mercado, com a propriedade privada dos meios de produção, as questões econômicas são resolvidas via mecanismo de preços, verificados nos vários mercados de bens, serviços e financeiros. Os indivíduos procuram pelas alternativas que lhes tragam mais satisfação e vantagens, enquanto as empresas esperam maximizar seus lucros. Nessa liberdade de atuação da oferta e da procura, contrabalançada pela livre concorrência, não é desejável a intervenção do Estado na economia, cabendo-lhe, outrossim, estabelecer leis e contratos que possibilitem o funcionamento do mecanismo dos preços e do mercado. As decisões sobre o quê e quanto produzir seriam tomadas pelos consumidores e produtores. Como produzir seria resolvido pela competição entre os produtores, em busca de condições mais eficientes de alocação dos fatores de produção. A questão para quem produzir dependeria da capacidade de aquisição dos bens produzidos, de acordo com os rendimentos auferidos pelos agentes econômicos. Síntese do tema Abordamos, aqui, os conceitos de fronteira de possibilidades de produção, custos de oportunidade e lei dos rendimentos decrescentes e as questões centrais da economia o quê e quanto produzir, como produzir e para quem produzir e como isso é resolvido por uma economia baseada no funcionamento dos mercados. Questões para revisão

32 1. O que você entende por problema econômico e quais são as questões fundamentais que ele gera para a economia? 2. Qual é o significado da questão como produzir? 3. Qual é o significado da questão para quem produzir? 4. Explique o conceito que é relacionado à questão fundamental da economia o quê e quanto produzir. 5. O que se entende por fronteira de possibilidades de prod ução? 6. Como é feita a representação gráfica da curva de possibilidades de produção (CPP)? 7. O que se entende por uma economia que não esteja operando com a melhor utilização de seus fatores de produção? Como isso é representado na CPP? 8. O que é comum em todos os pontos/alternativas situados na CPP? Qual é o significado da CPP? 9. Há possibilidade de uma economia aumentar suas possibilidades de produção? Como isso ocorreria? 10. O que é custo de oportunidade? 11. As possibilidades de produção de uma economia podem ser reduzidas em algum momento? Que aspectos poderiam justificar essa situação? 12. Mencione algum exemplo, em sua experiência pessoal, em que você teve que arcar com um custo de oportunidade. 13. As curvas de possibilidades de produção mostram: a) A quantidade total de bens existentes na economia. b) Quanto se pode produzir de bens utilizando as quantidades de trabalho. c) Quanto se pode produzir de todos os bens utilizando todos os recursos da economia dada uma tecnologia. d) A ociosidade dos fatores de produção. e) O emprego eficiente dos recursos disponíveis na economia. Resposta correta: alternativa e. A alternativas a e c indicam tudo o que poderia ser produzido na economia. A b indica tudo o que poderia ser produzido na economia utilizando apenas um fator de produção. A alternativa d trata do desemprego de recursos, o que se dá no espaço interno determinado pela fronteira das possibilidades de produção. 2.6 As alternativas de sistemas econômicos

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