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1 Arquivos Catarinenses de Medicina ISSN (impresso) ISSN (online) ARTIGO ORIGINAL Grau de conhecimento sobre HIV/Aids e adesão às medidas preventivas entre alunos de uma Universidade no sul do Brasil Level of knowledge about HIV/Aids and accession to preventive measures among university students in southern Brazil Renan Cardoso Candemil 1, Viviane Ivani Martins Coelho 2, Rosemeri Maurici da Silva 3 Resumo Introdução: A transmissão do HIV pode ser evitada através do conhecimento sobre a doença, associado às práticas preventivas. Objetivo: Mensurar o grau de conhecimento sobre HIV/Aids, e o grau de adesão às medidas preventivas entre alunos de uma Universidade no Sul do Brasil. Métodos: Foi realizado um estudo observacional, com delineamento transversal, por amostragem sistemática aleatória na coleta de dados. Foi aplicado um questionário aos participantes após a assinatura de um termo de consentimento livre e esclarecido. Resultados: Foram avaliados 229 alunos, com média de idade de 22 anos, e 67,2% do gênero feminino. Entre os participantes, 37,1% pertenciam à área da Saúde. Quase a totalidade dos participantes (93,4%) acreditava possuir os conhecimentos suficientes para a prevenção da Aids. Sexo vaginal sem preservativo foi apontado como fator de risco por 99,6% dos participantes, porém 19,2% acreditavam que o sexo anal e 41% que sexo oral sem preservativo não transmite o HIV. Apesar do conhecimento sobre os fatores de risco, 78,2% dos participantes não usaram preservativo em todas as vezes que tiveram relações sexuais com penetração. Usar camisinha com parceiros casuais, mas não com parceiros de confiança foi mais comum em homens. Apenas 23,1% dos entrevistados já fizeram o teste de HIV, sendo que 49,1% o fizeram por indicação médica. Conclusão: Apesar de conhecer as principais formas de transmissão e prevenção da doença, a maioria dos participantes não se previne adequadamente, justificando a necessidade de maior esclarecimento neste sentido. Abstract Introduction: The HIV transmission can be prevented through knowledge about the disease, associated with preventive practices. Objective: To measure the degree of knowledge about HIV/AIDS, and the degree of adherence to preventive measures among students of a university in southern Brazil. Methods: We conducted an observational, cross-sectional, and random sample systematic data collection. A questionnaire was given to participants after the signing of a term of informed consent. Results: 229 students were consecutively evaluated, the average age was 22 years old, and 67.2% were female. Among the participants, 37.1% belonged to the Health area. Almost all participants (93.4%) believed they have sufficient knowledge for the prevention of AIDS. Vaginal sex without a condom was appointed as a risk factor for 99.6% of participants, but 19.2% believed that anal sex and 41% that oral sex without a condom do not transmits the HIV. Despite the knowledge about risk factors, 78.2% of participants did not use condoms at all times they had sex with penetration. Using condoms with casual partners but not with trusted partners was more common in men. Not using condoms was more prevalent in women. Only 23.1% of participants have already been tested for HIV, while 49.1% did so under a doctor orientation. Conclusion: Despite knowing the main forms of transmission and prevention of the disease, most participants don t adequately prevented, justifying the need for further clarification in this regard. Descritores: Prevenção. HIV. AIDS. Keywords: Prevention. HIV. AIDS. 1. Médico. Hospital Santa Isabel. 2. Mestra em Ciências da Saúde. Universidade do Sul de Santa Catarina. 3. Doutora em Ciências Pneumológicas. Universidade do Sul de Santa Catarina. 60

2 Introdução A infecção pelo HIV/Aids constitui uma crise na saúde global de magnitude sem precedentes (1). Quase todos os países relatam casos da doença, e pode-se afirmar que as comunidades ainda não atingidas, um dia a enfrentarão, pois a Aids até agora não encontrou barreiras que detivessem sua disseminação (2). Desde os primeiros casos descritos em 1981, o HIV infectou aproximadamente 67 milhões de pessoas com 25 milhões de mortes, ofuscando a peste negra do século XIV na Europa, e a pandemia de influenza em 1918 e 1919, como a pandemia mais letal da história da humanidade (1). Os números fornecidos pela UNAIDS (Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids), indicam que, em dezembro de 2006, viviam 39,5 milhões de pessoas infectadas pelo HIV em todo o mundo. Dessas, 4,3 milhões adquiriram o vírus em No Brasil estão 1/3 dos infectados de toda a América Latina, sendo que apenas 1 de cada 3 infectados conhece seu estado sorológico (3). No Brasil, desde a identificação do primeiro caso de Aids, em 1980, até junho de 2006, já foram identificados cerca de 433 mil casos da doença. Em 2004, uma pesquisa de abrangência nacional estimou que no Brasil, cerca de 593 mil pessoas, entre 15 a 49 anos de idade, viviam com HIV/Aids (0,61% de toda a população desta faixa etária). Deste número, cerca de 208 mil eram mulheres (0,42% das mulheres desta idade), e 385 mil eram homens (0,8% dos homens desta idade) (4). Em Santa Catarina, foram identificados casos de Aids de 1982 a junho de 2006 (5). A transmissão do HIV ocorre sob condições que facilitem a troca de sangue ou líquidos corporais contendo o vírus ou células infectadas pelo vírus. Dessa forma, as principais vias de transmissão são o contato sexual, a inoculação parenteral e a passagem do vírus das mães infectadas para os recém-nascidos. Todas as formas de transmissão sexual de HIV são potencializadas pela coexistência de doenças sexualmente transmissíveis, principalmente aquelas associadas a ulcerações genitais (6). Os modos de transmissão da Aids tornaram-se conhecidos antes da identificação de seu agente etiológico. Ao se associar a Aids a um determinado estilo de vida, impôs-se a noção de grupo de risco, com o intuito de facilitar a compreensão da distribuição dos casos, e também de auxiliar o monitoramento da nova doença. Essa conceituação, no entanto, trouxe mais problemas do que soluções ao intento do controle da epidemia, e propiciou um pesado estigma para os portadores da doença. Em vários países onde se divulgou a noção dos grupos de risco, inclusive o Brasil, a população não identificada com esses grupos tem subestimado seu verdadeiro risco de infectar-se com o HIV (2). Atualmente, essa expressão entrou em desuso, falando-se, modernamente, em comportamento de risco. Alguns aspectos se tornam decisivos para fazer com que uma pessoa se mantenha livre do HIV: conhecimento, prevenção, atitude e adesão. Existem várias razões para a ocorrência de comportamentos de risco. Um dos fatores levados em consideração é a desinformação, na medida em que os adolescentes parecem desconhecer fatores de risco para o HIV e os métodos de prevenção (7,8). O presente estudo propõe-se a descrever, entre os universitários de uma instituição no sul do Brasil, não só o conhecimento geral sobre HIV/Aids, seu modo de prevenção e de transmissão, mas também se eles os colocam em prática. A identificação prévia desses conhecimentos é importante para que no desenvolvimento de programas educativos específicos a esta comunidade, possa-se reforçar os aspectos positivos e trabalhar intensivamente com os negativos, de forma a prepará-los para o autocuidado e, no caso de profissionais da saúde, prestar assistência e orientação aos seus clientes (9). Métodos Foi realizado um estudo observacional, com delineamento transversal, por amostragem na coleta de dados. A população-alvo foi constituída por acadêmicos da Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), do Campus Tubarão SC. Os acadêmicos foram identificados a partir dos dados fornecidos pela administração da Instituição. O número total de acadêmicos era de 7652, sendo que a amostra estudada foi de 229 indivíduos, considerada satisfatória para detectar uma prevalência de acadêmicos com bom conhecimento sobre HIV/Aids estimada em 50%, com um erro de ± 5%, no nível de confiança estatística de 95% (p < 0,05). Foi feita amostragem sistemática aleatória, onde o número total da população foi distribuído proporcionalmente entre as quatro Unidades Acadêmicas (UnAs ) em que a Unisul agrupa os cursos oferecidos. Quando a casa decimal do número encontrado foi menor do que 5, o mesmo foi convertido para anterior, e quando foi igual ou maior do que cinco, para posterior. A UnA Educação, Comunicação e Expressão EECO tem 1345 acadêmicos, que corresponde a 17,57%, onde foram entrevistadas 64 pessoas. A UnA Gestão e Jurídicas tem 2298 acadêmicos, que corresponde a 30,03%, onde foram entrevistadas 109 pessoas. A UnA Saúde tem 2478 acadêmicos, que corresponde a 61

3 32,38%, onde foram entrevistadas 117 pessoas. A UnA Tecnológicas UNITEC tem 1531 acadêmicos, que corresponde a 20%, onde foram entrevistadas 72 pessoas. Em cada UnA, a amostra foi dividida igualitariamente entre os cursos que a compõe. Os acadêmicos participantes da pesquisa foram sorteados a partir da lista de matrícula total de cada curso. Os questionários auto-aplicáveis foram distribuídos aos acadêmicos no horário de intervalo das aulas, e foram preenchidos sob supervisão dos pesquisadores. Todos os participantes foram informados sobre os objetivos e métodos que seriam utilizados no estudo, concordando em participar por assinatura de termo de consentimento livre e esclarecido. Seriam excluídos do estudo aqueles que não preenchessem corretamente o questionário e os que não concordassem em participar. Todos os excluídos seriam substituídos por novos participantes que preenchessem os critérios de inclusão, respeitando a área de estudo e o critério de aleatoriedade. Os dados foram sumarizados como percentagem ou média e testes de significância estatística foram aplicados de acordo com os grupos de interesse em um nível de significância de 95%. A análise dos dados foi realizada com o auxílio do software SPSS O projeto de pesquisa foi submetido ao Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul) e aprovado sob o código III. Resultados A amostra foi composta de 229 acadêmicos da Unisul, sendo 67,2% do sexo feminino (Tabela 1). A média de idade foi de 22 anos (DP±4). 93,4% dos participantes referiram ter os conhecimentos suficientes para a prevenção da Aids, e 23,6% afirmaram ter vida sexual ativa. A Tabela 2 demonstra a distribuição dos participantes de acordo com as respostas à pergunta Como se pode pegar Aids?. Todos os participantes demonstraram saber que usar camisinha nas relações sexuais evita o contágio pelo HIV. Quando perguntados se a prática de coito interrompido é um método de prevenção, 97,8% dos alunos responderam não, e 17,5%, acham que limpando seringas antes de compartilhá-las evita Aids. A Tabela 3 demonstra a distribuição dos participantes que assinalaram como verdadeiras as assertivas referentes à pergunta Com relação à camisinha. A afirmação de que presença de outras DST s influencia na transmissão do HIV, foi apontada como verdade por 48,5% dos indivíduos, e 37,6% acreditam que o vírus HIV é muito resistente e pode sobreviver por muito tempo fora do hospedeiro facilitando a contaminação. Uma boa parte dos acadêmicos 43,7% acredita que uma vez contraindo o vírus, a pessoa já tem Aids, e 87,3% sabe que casais soropositivos devem usar camisinha nas relações sexuais. Apenas 23,1% dos entrevistados já fizeram o teste de HIV. O motivo da realização do teste foi ter praticado sexo sem camisinha (26,4%), porque a camisinha já rompeu (13,2%), porque já tiveram comportamento de risco (17%), porque achavam importante mesmo não tendo um comportamento de risco (32,1%), porque o (a) parceiro (a) exigiu (5,7%), e porque já entraram em contato com sangue de outra pessoa, ou sofreram acidente perfurocortante (17%). Aproximadamente a metade (49,1%) fez o teste porque o médico indicou. A maioria dos participantes (76,9%) nunca fez o teste de HIV, sendo os motivos assinalados: 37,5% nunca ter pensado no assunto (37,5%), já pensaram em fazer o teste, mas sabem que jamais pegariam Aids (2,8%). nunca fizeram nada que os levasse a ter dúvida do resultado negativo (47,7%), já fizeram algo que os levasse a ter dúvida e tem receio do resultado (2,8%), forem soropositivos, preferem não saber no momento (5,7%), acham que não há nenhuma vantagem de saber o resultado positivo com antecedência (1,7%), 14,8% têm certeza que são soronegativos (14,8%), e tem medo de sua própria reação se o resultado for positivo (6,2%). Apesar dos resultados acima descritos, 99,6% acha que é importante que as pessoas façam o teste de HIV. A Tabela 4 demonstra a distribuição dos participantes que assinalaram como verdadeiras as assertivas referentes à pergunta O que você entende por janela imunológica. Ao se comparar as respostas de alunos da área da Saúde com os de outras áreas, os primeiros afirmam com maior frequência que sexo oral sem camisinha transmite o HIV (p=0,037), que sexo anal sem camisinha transmite o HIV (p=0,045), e que compartilhar seringas transmite o HIV (p=0,037). Pode-se pegar Aids através da transmissão vertical (de mãe para filho durante a gravidez, parto ou aleitamento), por outro lado, foi mais assinalado por representantes das outras áreas (p=0,048). Pode-se pegar Aids durante a confecção de tatuagens em ambientes suspeitos, foi mais apontado por alunos da área da Saúde (p=0,019), da mesma forma, acertaram mais ao responder que se pode pegar Aids em transplantes de órgãos (p=0,048). Os alunos da saúde sabem mais que os outros que a 62

4 presença de outras DST`s influencia na transmissão do HIV (p=0,023), e também acertaram mais o que é janela imunológica (p=0,018). Ao se fazer a comparação das respostas dos entrevistados por gênero, o feminino afirma mais que se pode pegar Aids em transfusão de sangue (p=0,039). Os homens afirmam mais que se pode evitar a Aids não fazendo sexo (p<0,000). A prevalência de homens com vida sexual ativa é maior (p=0,040), e é mais prevalente em homens o fato de ter usado camisinha em todas as relações sexuais, mas ela já ter estourado alguma vez (p=0,002). Usar camisinha com parceiros casuais, mas não com parceiros de confiança, é mais comum em homens (p<0,000). Uma vez contraindo o vírus o teste de HIV já resulta positivo, é mais assinalado por mulheres (p=0,037). Discussão O presente estudo foi realizado em estudantes de uma universidade pública de direito privado, isto sugere que, além de terem um alto grau de instrução, os participantes tenham uma boa condição financeira. Tais características são altamente relacionadas a um bom conhecimento sobre HIV/Aids, uma maior atitude de prevenção, e uma menor prevalência de soropositividade (10,11). Com relação ao conhecimento sobre os métodos de transmissão do HIV, os acadêmicos demonstraram ter um conhecimento aquém do ideal, pois embora 99,6% saibam que relação sexual genital sem preservativo pode transmitir o HIV, esse número cai para 80,8% no sexo anal, e para 59% no sexo oral. Esses resultados concordam com estudos feitos em adolescentes, como o estudo de Camargo et al. (12) onde a transmissão nas relações sexuais foi apontada por 99,8%; e o de Romero et al. (13), onde ao se estudar o conhecimento sobre formas de transmissão da Aids em adolescentes femininas, encontraram que sexo vaginal é mais citado que sexo anal, que é mais citado que sexo oral. Segundo Trani et al. (14), apenas 14,2% dos entrevistados sabiam da infecção sexualmente transmissível e que esta pode ser transmitida através de relações sexuais com parceiros soropositivos para o HIV, este conhecimento foi significativamente maior entre os adolescentes que tiveram um maior número de parceiros sexuais em sua vida, e que tinham recebido informações dos médicos sobre doenças sexualmente transmissíveis (DST). Com relação à transmissão pela via sanguínea, os acadêmicos também não demonstraram bom conhecimento, pois embora 96,9% saibam que se pode pegar Aids compartilhando seringas e 86,5% recebendo sangue; 27,5% equivocadamente acham que se pode adquirir o HIV doando sangue. Números semelhantes foram encontrados num estudo realizado em adolescentes escolares de Santa Catarina: compartilhando seringas 99,4%; 89,2% recebendo sangue, e 34% doando sangue (12). Também era pouco esperado que 17,5% não soubessem que a mãe pode transmitir o HIV para seu feto, ou durante o parto e amamentação. Menos ainda, que os acadêmicos da área da saúde soubessem menos, quando comparados com os de outras áreas (p=0,048). Não obstante, quase a totalidade dos entrevistados sabia da importância do uso de preservativo para se proteger do HIV, a frequência do uso é muito baixa. O uso de preservativo foi apontado como método de prevenção para a Aids em 95,6% (9). Com relação ao estudo de Camargo et al. (12), a conduta de risco para transmissão sexual do HIV (relação desprotegida) foi muito comum entre os adolescentes (58,5% dos casos tiveram uma relação sexual nos últimos 12 meses). Quanto mais experiências sexuais com penetração, maior a proporção daqueles que assumiram ter praticado sexo sem preservativo. No estudo de Gubert et al. (15), o não uso de camisinha não esteve relacionado com a falta de conhecimento sobre os benefícios do mesmo, o mesmo observado no presente estudo. Apenas 21% dos entrevistados referiram utilizar preservativo em todas as vezes em que praticaram sexo com penetração. No estudo de Camargo et al. (12), mais de metade dos participantes (51,1%) declarou pelo menos uma experiência sexual arriscada. Apenas 49,1% das universitárias da área da saúde praticavam sexo seguro de acordo com Moser et al. (16). No estudo de Trani et al. (14), a prevalência do uso de preservativos durante a relação sexual foi de 51,8%, e esse comportamento era mais provável em adolescentes mais jovens e do sexo masculino. No presente estudo, 44,1% usam preservativos normalmente, mas já fizeram sexo sem camisinha; 9,6% usam com parceiros casuais, mas não com os de confiança, sendo este comportamento mais comum em homens (p<0,000); 10,9% usam somente fora de relações estáveis, e 8,7% usaram camisinha em todas as relações sexuais, mas ela já rompeu alguma vez, o que também é mais comum entre os homens (p=0,002). Para Berquó et al. (17), dentre os sexualmente ativos no último ano, 81,5% estavam em relações estáveis, 6,0% apenas em relações eventuais, e 12,5% em ambas. Para os homens, 30,3% não se encontravam em relações só estáveis, o que para as mulheres esta situação ocorreu em apenas 5% dos casos. É no grupo dos jovens de 16 a 25 anos que a presença de relações eventuais ou ambas, assume o maior valor (35,9%), ascendendo a 56,7% para os homens. 63

5 No estudo de Roupa et al. (18), 80% responderam que o uso de preservativos é uma forma de proteção, e que não há perigo de contrair a doença por aperto de mão. No estudo de Berquó et al. (17), o uso do preservativo na primeira relação sexual foi observado em 48% da população estudada, valor que ascendeu a 57% nos estratos sócio-econômicos mais altos, e a 71% nos níveis mais altos de instrução. Os homens se baseiam em algumas características para determinar se uma mulher é de confiança, como o número de parceiros que ela já teve, a performance sexual dela, a timidez, e a desenvoltura na cama, o que o faz dispensar o uso de preservativo (19). Muitos homens se protegem nas relações extra- -conjugais para evitar a gravidez e não contaminar a esposa, com quem não usam preservativo (19). Dentre as explicações para o não uso de camisinha por homens, estão a falta dela no momento do ato sexual (falta de planejamento sexo ocasional), o desconforto causado, e a diminuição da sensibilidade e do prazer (15,19). Entre jovens é comum a dispensa do preservativo quando esses se julgam saudáveis e confiam no parceiro (20). Embora 99,6% dos entrevistados achem importante que as pessoas façam o teste de HIV, a maioria dos participantes (76,9%) nunca o fez. O principal motivo porque ele não é realizado por este grupo (47%) é o fato de afirmarem nunca terem feito nada que o levassem a ter dúvidas do resultado negativo, o que contrasta com fato de a grande maioria já ter realizado sexo desprotegido. No estudo de Berquó et al. (17), 98% dos entrevistados disseram que informariam seu (sua) parceiro(a) caso fossem HIV positivos, e o mesmo percentual declarou que deveriam ser informados caso seu(sua) parceiro(a) fosse HIV positivo. Oito de cada dez pessoas entrevistadas consideram que todas as pessoas deveriam ser obrigadas a fazer o teste do HIV. Esta posição encontra mais força nas regiões Norte e Nordeste, onde este percentual atinge 90,3%, e entre as mulheres 86,7%. Apenas 23,1% dos entrevistados já fizeram o teste de HIV. Os principais motivos da realização do teste foi ter praticado sexo sem camisinha, porque a camisinha já estourou, e porque já teve comportamento de risco e se sentia como se tivesse um peso nas costas. Esses motivos são interessantes, pois revelam que ao ter um comportamento de risco, uma parte dos acadêmicos procurou saber se houve contaminação com o HIV. Para Berquó et al. (17), de cada 100 pessoas entrevistadas, 20 já haviam feito o teste do HIV. Esta percentagem é maior para homens (26,1%) do que para mulheres (14,8%). Ela atinge o valor de 25,0% na região Sul contrastando com 9,6% nas regiões Norte e Nordeste. Entre os jovens de 16 a 25 anos, 10,7% já fizeram o teste, proporção que cresce para 29,6% no grupo etário de 26 a 40 anos. No estudo de Camargo et al. (12) foi demonstrado que o sentimento de vulnerabilidade esteve diretamente associado ao sentimento de medo da Aids, e à intenção em fazer um teste sorológico para HIV. Segundo Berquó et al. (17), a razão mais apontada pelos homens para fazer o teste foi doação de sangue (40,8%), seguida da iniciativa própria (26,2%), e por motivos de trabalho (15,2%). Para as mulheres, a consulta pré-natal levou 27,2% a fazerem o teste, e 33,8% deram outras razões de saúde. As pessoas que fizeram o teste para o HIV apresentaram um valor médio maior do indicador de conhecimento sobre as formas de transmissão do HIV. Com relação à janela imunológica, apenas 26,6% acertaram ao responder que é o tempo em que o paciente já está contaminado, mas o teste ainda não resulta positivo (3 a 6 meses). Os alunos da área da saúde sabem mais do que os de outras áreas o que é janela imunológica (p=0,018). Ter esse conhecimento é importante, uma vez que se deve saber que se uma pessoa tem um teste de HIV negativo, não quer dizer que ela não tenha o vírus. Devido a esse desconhecimento de janela imunológica, 35,4 % acha que uma vez contraindo o vírus o teste de HIV já resulta positivo. Os alunos da Saúde demonstraram um maior conhecimento sobre HIV e Aids em relação aos de outras áreas, principalmente com relação aos métodos de transmissão e janela imunológica. Porém não se encontrou nenhuma significância estatística com relação à maior adesão às medidas preventivas, ou à realização do teste anti-hiv. No estudo de Moser et al. (16) foi descrito que o fato de serem universitários da área da saúde não garante uma conduta sexual segura. O sexo sem uso do preservativo, mesmo que estes adolescentes declarem intenção em utilizá-lo, o desconhecimento dos riscos, a desinformação, e a falta de programas de prevenção na maioria das escolas brasileiras, constituem-se em fatores promotores do aumento de adolescentes portadores de HIV (12). Para Trani et al. (14), há evidência para desenvolver e implementar estratégias com a esperança de melhorar o nível do conhecimento dos adolescentes e reduzir práticas sexuais inseguras. Para Sabone et al. (21), há uma necessidade de abordar as questões mais amplas relativas ao HIV e Aids. Alunos e alunas precisam de oportunidades para ensaiar a tomada de decisão e negociação para sexo seguro. A equipe de ensino pode ser uma abordagem ideal para o curso, de modo que um conjunto de pontos fortes de cada professor e conhecimento podem aumentar a sua eficácia. Este estudo observou que o curso sobre HIV e Aids deveria ser obrigatório para todos os alunos. Os resultados do presente estudo mostram que 64

6 o fato de ser universitário e ter uma boa condição financeira não garantem que o indivíduo tenha um bom conhecimento sobre uma doença, mesmo que ela seja a doença infecciosa mais importante da atualidade, tampouco que saibam se proteger devidamente. Este estudo demonstrou, ainda, que conhecer métodos de prevenção não significa colocá-los em prática, ou seja, a informação é fundamental, mas por si só parece que não garantirá a controle sobre a pandemia da Aids. Gir et al. (9) também concluíram em seu estudo que o conhecimento dos universitários estudados é precário. Diante de todo esse conhecimento sobre a doença, observou-se a necessidade de uma proposta educativa dos formuladores de políticas de saúde, que norteie a atuação desses alunos e de toda a população, que contemple as estratégias necessárias para a prevenção à saúde. Somente através do conhecimento é que as pessoas tomarão consciência de seu papel na sociedade e a execução desses conhecimentos para convertê-las em práticas de segurança de saúde. Ao vislumbrar todo esse contexto, precisamos atentar para a importância da conscientização de toda a população diante dos riscos à saúde que todos nós estamos susceptíveis. Necessita-se de um maior enfoque através da existência de novas pesquisas e sensibilização das instituições de saúde e educacionais, para introdução de disciplinas voltadas a essa temática, evitando assim, o desconhecimento da população sobre uma doença que está atingindo cada vez mais a nossa sociedade. Dentre outras coisas, precisamos ansiar por uma mudança do comportamento, e adotar condutas preventivas e de adesão na mudança de atitudes sobre a saúde, contribuindo assim com medidas capazes de diminuir/prevenir riscos à saúde, visando uma melhor proteção da população, garantindo uma prática saudável e segura. Diante dos dados obtidos e analisados neste estudo, a maioria dos participantes não se previne adequadamente, apesar de conhecer as principais formas de transmissão e prevenção da doença, justificando a necessidade de maior esclarecimento neste sentido. O conhecimento sobre o HIV/Aids e a adesão às medidas preventivas, continua sendo o primeiro passo para a prevenção da síndrome. Portanto, a educação em saúde é um item que precisa ser enfatizado. Acredita- -se que assim, a transformação de conceitos e condutas passa pela educação. Educar para aprender, deve passar a ser o objetivo para que ocorram mudanças de comportamento e de atitudes, a fim de despertar a população para a importância da disseminação do HIV/Aids. Concluímos que precisamos reforçar a necessidade de programas de estratégias na prevenção da epidemia do HIV/Aids na prática cotidiana, para a redução e controle da doença. É preciso que a população se apodere do conhecimento para possibilitar a transformação, a sensibilização e o envolvimento com o outro, para a disseminação de ações imprescindíveis para a saúde de toda a sociedade. Referências 1. Goldman L, Ausiello D (editores). Cecil, tratado de medicina interna. 22ª ed. Rio de Janeiro (RJ): Elsevier; Focaccia R (editor). Veronesi: tratado de infectologia. 3ª ed. São Paulo (SP): Atheneu; WHO. UNAIDS. Aids epidemic update: december Genebra: ONUAIDS; BRASIL. Ministério da Saúde. Aids no Brasil. Disponível em: 13F4BF21ITEMID61A4A499808A4774BA4BB32A- 19F36450PTBRIE.htm [acessado em 18/11/2013]. 5. BRASIL. Disponível em: tabcgi.exe.tabnet/sc.def [acessado em 18/11/2013]. 6. Kumar V, Abbas A, Fausto N (editores). Robbins e Cotran Patologia - Bases patológicas das doenças. 7ªed. Rio de Janeiro (RJ): Elsevier; Camargo BV, Bárbara A. Efeito de panfletos informativos sobre a Aids em adolescentes. Psicologia: Teoria e Pesquisa 2004; 20(3): BRASIL. Ministério da Saúde. Disponível em: asp[acessado em 18/11/2013]. 9. Gir E, Moriya TM, Hayashida M, Duarte G, Machado AA. Medidas preventivas contra a AIDS e outras doenças sexualmente transmissíveis conhecidas por universitários da área de saúde. Rev Lat Am Enf 1999;7(1): Villela WV, Doreto DT. Sobre a experiência sexual dos jovens. Cad Saúde Pública 2006; 22(11): Cardoso AJC, Griep RH, Carvalho HB, Barros A, Silva SB, Remien RH. Infecção pelo HIV entre gestantes atendidas nos centros de testagem e aconselhamento em Aids. Rev Saúde Pública 2007; 41(Supl. 2): Camargo BV, Botelho LJ. Aids, sexualidade e atitudes de adolescentes sobre proteção contra o HIV. Rev Saúde Pública 2007; 41(1): Romero KT, Medeiros EHGR, Vitalle MSS, Wehba J. O conhecimento das adolescentes sobre questões relacionadas ao sexo. Rev Assoc Med Bras 2007; 53(1):

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