Contribuição da FBN para três gramíneas forrageiras crescidas na Zona da Mata de Pernambuco 1

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1 ISSN Empres Brsileir de Pesquis Agropecuári Emrp Agroiologi Ministério d Agricultur, Pecuári e Astecimento Cix Postl CEP Seropédic, RJ Fone (21) Fx (21) E-mil: sc@cnp.emrp.r Nº52, dez./1, p.1-8 COMUNICADO TÉCNICO Contriuição d FBN pr três grmínes forrgeirs crescids n Zon d Mt de Pernmuco 1 Lusimr Lmrte G. Glindo d Silv 2 Hélio A. Burity 3 Márci do Vle Figueiredo 3 Segundo Urquig 4 Bruno J. R. Alves 4 A pecuári rsileir present ixos índices de produtividde devido o mnejo indequdo de sus pstgens, onde se incluem o sorepstejo e flt de reposição de nutrientes como N, P e K (Meirelles, 1993; Mcedo, 1995; Yokoym et l., 1995). A degrdção de pstgens é um fenômeno oservdo em proximdmente 5 % ds pstgens cultivds (5 Mh). Este fenômeno se trduz no declínio d cpcidde produtiv d forrgeir o longo do tempo e result em um cpcidde de suporte niml cd vez menor (Oliveir et l., 1997). A ix fertilidde dos solos, especilmente em nitrogênio e fósforo disponíveis s plnts, tem sido reltd como um ds principis cuss do precoce desencdemento do processo de degrdção ds pstgens (Werner, 1984; Snzonowicz, 1986; Andrde & Leite, 1988; Pulino et l., 1995). A presenç do niml implic em umento ds perds de N do sistem pois lém do N exportdo com os produtos comerciis (crne e leite) fvorece perds de N que é depositdo de form concentrd ns 1 Projeto finncido pelo PADCT III, CNPq e Fperj. 2 Zootecnist, mestrndo UFRPE/CNPq, llgglindoyhoo.com.r 3 Pesquisdores IPA/EMBRAPA 3 Pesquisdores, EMBRAPA-Agroiologi. Ant. estrd Rio S. Pulo, km 47 CP 7455, CEP

2 CT/52, Emrp Agroiologi, dez/1, p.2 poçs de urin, onde o lto ph proporciondo pel hidrólise d uréi fvorece o processo de voltilizção de môni. Este processo explic, em prte, o efeito do superpstejo no processo de degrdção ds pstgens. Mesmo considerndo-se sistems com menores crgs de nimis, s perds de N por voltilizção de môni seguirão ocorrendo. No entnto, qunto menor mgnitude ds perds miores chnces de que o retorno nturl deste elemento sej suficiente pr retrdr ou impedir degrdção (Boddey et l., ). Neste cso, contriuição d fixção iológic de nitrogênio (FBN) ssocid às grmínes é o processo que tem potencil pr contrlnçr s perds de N ocsionds pel presenç do ovino. Boddey & Victori (1986); Mirnd et l. (199) mostrrm que determinds espécies de forrgeirs podem cumulr mis de kg N h -1 em seus tecidos derivdo d FBN. Em sistems so pstejo, onde ocorre redução d áre folir pelo consumo niml, não se se como FBN pode ser fetd. Neste sentido, Foi relizdo um estudo com finlidde de vlir o potencil d FBN em pstgens de B. decumens Stpf., B. humidicol Rendle e P. purpureum Schum. sumetids diferentes intensiddes de corte. Os experimentos de cmpo form instldos em três pstgens já formds de B. humidicol Rendle, B. decumens Stpf. e Pennisetum purpureum Schum., n Estção Experimentl do IPA Empres Pernmucn de Pesquis Agropecuári, loclizd no município de Itmé PE. Como testemunh não fixdor de nitrogênio foi utilizd Solnum pnicultum L.. As pstgens form formds num Argissolo vermelho mrelo em Os ddos de precipitção pluviométric n estção experimentl do IPA em Itmé PE, demonstrm um distriuiçãp de chuvs mis intenss no período de mrço gosto com médi nul de 1.1 mm. Os solos so s pstgens presentrm crcterístics químics contrstntes, conforme presentdo no Qudro 1. Qudro 1. Crcterístics químics dos solos ds pstgens vlids Pstgem Cmol c dm -3 mg dm -3 PH (H 2 O) K Al C Mg P B. decumens 5,4 1,7,2 3,7 1,3 21 P. purpureum 5,5,5, 6,1 1,8 8 B. humidicol 4,8,6 1,3 1,5,8 4 O delinemento experimentl foi inteirmente csulizdo com 5 repetições. Os trtmentos pr simulção de pstejo de B. decumens e B. humidicol form: 5, 15, 25 cm de ltur de corte, crescendo-se um trtmento mnejdo 25 cm de ltur e fertilizdo com 8 kgn h -1. Pr pstgem de P. purpureum s lturs de corte usds form 5 cm, 25 cm, 5 cm, existindo tmém um trtmento 2

3 CT/52, Emrp Agroiologi, dez/1, p.3 com ltur de corte de 5 cm dudo com 8 kg N h -1. Cd prcel ocupou um áre de 4 m 2. O experimento foi inicido em setemro de. As épocs vlids form trnsição secs/águs (fevereiro/1), segundo, terceiro e qurto crescimentos que representrm todo o período ds águs n região (ril/1, julho/1 e gosto/1) respectivmente. Form vlidos produção de mtéri sec, cumulção de N no mteril em ofert e contriuição d FBN pr s pstgens. A determinção dos teores de N form relizds pelo método descrito por Bremner (1965). A contriuição d FBN foi estimd utilizndo-se técnic d undânci nturl de 15 N (Boddey et l., 1994), com uxílio do espectrômetro de msss Finnign Mt, modelo Delt plus d Emrp Agroiologi. De mneir gerl, produção de mtéri sec ds pstgens no período seco foi 25 % d produção encontrd n époc ds águs (Figur 1). A pstgem de P. purpureum destcou-se como mior cumuldor de mtéri sec no mteril em ofert. A flt de respost dição de N fertiliznte e tendênci de mior produção no corte mis rso mostr que os solos em estudo não estvm limitdos pelo N. Com relção o cúmulo de N-totl no mteril em ofert ns pstgens, não houve efeito do trtmento de cortes (Figur 2). Acompnhndo o resultdo pr produção de mtéri sec, pstgem de P. purpureum presentou mior cumulção de N-totl ds pstgens estudds. De modo contrário, pstgem de B. humidicol presentou vlores de mtéri sec e N-totl inferiores o ds demis pstgens. A contriuição d FBN pr s três pstgens não foi influencid pelo trtmento de corte (Figur 3), donde se deduz que produção de compostos energéticos requeridos pr mnter tividde fixdor ds ctéris ssocids às pstgens não foi influencid pels lturs de corte estelecids nos trtmentos. Form oservds contriuições d FBN que chegrm % do N cumuldo pels plnts (Figur 3). Por outro ldo, foi oservdo um tendênci de mior tividde fixdor no início do período ds chuvs, o que pode ser fruto de um mior demnd ds plnts por N pr retomd do crescimento, peculir dest époc do no, e tmém mior produção de exsuddos que fvorecem mior tividde microin. 3

4 CT/52, Emrp Agroiologi, dez/1, p.4 Produção de iomss n mtéri sec em g m CV=36,% CV=41,29% 5 cm de ltur 15 cm de ltur 25 cm de ltur 25 cm + 8 kgn h -1 CV=26,83% CV=39,5% 5cm de ltur 15 cm de ltur 25 cm de ltur 25cm + 8 kgn h -1 CV=51,% CV=33,8% CV=43,66% 5 cm de ltur 25 cm de ltur 5 cm de ltur 5 cm + 8 kgn h -1 CV=5,67% CV=52,28% CV=33,1% CV=42,57% CV=5,67% CV=37,% CV=33,74% CV=23,8% B. decumens P. purpureum B. humidicol FEV/1 ABR/1 JUL/1 Sec/águs Époc ds águs AGO/1 TOTAL ACUMULADO Figur 1. Produção de iomss n mtéri sec ns pstgens mnejds com diferentes intensiddes de corte. Médis seguids de mesm letr por époc de vlição não diferem, entre si, Tukey,,5 (Adptdo de GALINDO DA SILVA, 2). 4

5 CT/52, Emrp Agroiologi, dez/1, p corte 5 cm de ltur corte 15 cm de ltur corte 25 cm de ltur corte 25 cm +8 kgn h -1 CV=5,96% CV=43,41% CV=59,98% CV=5,65% CV=,8% B. decumens N-totl cumuldo em kg h CV=46,% corte 5 cm de ltur corte 25 cm de ltur corte 5 cm de ltur corte 5 cm + 8 kgn h -1 CV=37,39% CV=43,62% CV=66,38% CV=38,67% P. purpureum CV=31,68% corte 5 cm de ltur corte 15 cm de ltur corte 25 cm de ltur corte 25 cm + 8 kgn h -1 CV=42,92% CV=49,65% CV=39,26% CV=21,24% B. humidicol Fev/1 Ar/1 Jul/1 Ago/1 Sec/águs Époc ds águs Totl Figur 2. Acúmulo de N- totl no mteril em ofert de forrgeirs em pstgens mnejds com diferentesintensiddes de corte. Médis seguids de mesm letr por époc de vlição não diferem, entre si, Tukey,,5.(Adptdo de GALINDO DA SILVA, 2). 5

6 CT/52, Emrp Agroiologi, dez/1, p.6 5 CV = 38,17 % CV = 14,67 % corte 5 cm de ltur corte 15 cm de ltur corte 25 cm de ltur CV = 26,7 % 3 1 CV = 67,81 % B. decumens % N derivdo d FBN 35 corte 5 cm corte 25 cm de ltur corte 5 cm de ltur CV = 42,43 % CV = 39,78 % CV = 5,12 % CV = 57,75 % P. purpureum corte 5 cm de ltur corte 15 cm de ltur corte 25 cm de ltur CV = 53,57 % CV = 44,83 % CV = 36,28 % CV = 49,35 % B. humidicol 5 Fev/1 Ar/1 Jul/1 Ago/1 Sec/águs Époc ds águs Figur 3. Contriuição d fixção iológic de nitrogênio em pstgens mnejds com diferentes intensiddes de corte. Médis seguids de mesm letr por époc de vlição não diferem, entre si,tukey,,5. (Adptdo de GALINDO DA SILVA, 2) 6

7 CT/52, Emrp Agroiologi, dez/1, p.7 5- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANDRADE, R. P.; LEITE, G. G. Pstgens n região dos Cerrdos. Informe Agropecuário, Belo Horizonte, v. 13, nº , p , BODDEY, R. M.; RESENDE, C. de P.; PEREIRA, J. M.; CANTARUTI, R.; ALVES, B. J. R.; FERREIRA, E.; RICHTER, M.; CADISCH, G.; URQUIAGA, S. Nitrogen cycle in pure grss nd grss/legume pstures Evlution of psture sustinility. In: FAO. Nucler Techniques in Soil-Plnt Studies for Sustinle Agriculture nd Environmentl Preservtion. Vienn, p BREMNER J. M. Inorgnic nitrogen. In: STEWART, D. P., (Ed.). Nitrogen fixtion y free-living microrgnisms. Cmridge: Cmridge University, p (Interntionl Biologicl Progrmme, 6). GALINDO DA SILVA, L. L. G. Fixção iológic de nitrogênio e croidrtos de reserv em pstgens mnejds com diferentes intensiddes de corte n Zon d Mt de Pernmuco. Tese de mestrdo n Universidde Federl Rurl de Pernmuco. 2. MACEDO, M. C. M. Pstgens no ecossistem Cerrdos: Pesquiss pr o desenvolvimento sustentável. In: SIMPÓSIO SOBRE PASTAGENS NOS ECOSSISTEMAS BRASILEIROS, 1995, Brsíli. Anis... Brsíli: SBZ, p MEIRELLES, N. M. F. Degrdção de Pstgens - Critérios de vlição. In: ENCONTRO SOBRE RECUPERAÇÃO DE PASTAGENS DEGRADADAS, 1993, Nov dess. Anis... p OLIVEIRA, O. C; OLIVEIRA, I. P; FERREIRA, E.; ALVES, B. J. R.; CADISCH, G.; MIRANDA, C. H.; VILELA, L.; BODDEY, R. M.; URQUIAGA, S. A ix disponiilidde de nutrientes do solo como um cus potencil d degrdção de pstgens no Cerrdo rsileiro. In: SIMPÓSIO NACIONAL DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS SINRAD, 3., Ouro Preto, Anis... p SANZONOWICZ, C. Recomendção e prátic de dução e clgem n região Centro-oeste do Brsil. In: MATTOS, H. B.; WERNER, J. C.; YAMADA, T.; MALAVOLTA, E., (Ed.). Clgem e dução 7

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