Aula 4. Princípios da relação jurídica

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1 Página1 Curso/Disciplina: Direito Constitucional Aula: Direito Constitucional - 04 Professor (a): Samuel Côrtes Monitor (a): Caroline Gama Aula 4 Princípios da relação jurídica A elaboração do Código de Defesa do Consumidor decorreu de uma determinação constitucional, a qual erigiu a defesa do consumidor como um direito fundamental vinculado a uma política de Estado. A partir da necessidade de implementar esse direito fundamental, o art. 4º do CDC dispõe sobre o que o Estado (sentido amplo) deve adotar como atitude de política de proteção e defesa do consumidor: Art. 4º A Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo o atendimento das necessidades dos consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bem como a transparência e harmonia das relações de consumo, atendidos os seguintes princípios [...] Todo consumidor tem o direito básico à segurança, à informação, de praticar o consumo consciente e de ser ouvido, ou seja, ter canais de comunicação adequados disponíveis para efetivar reclamações junto aos fornecedores, órgãos públicos de proteção e defesa do consumidor. O rol de princípios que informa a política nacional das relações jurídicas de consumo está disposto nos incisos do art. 4º e é exemplificativo. Os princípios do direito do consumidor funcionam como vetores de interpretação das demais normas do sistema. Ora eles são reconhecidos como princípios gerais, ora são princípios setoriais. Princípios gerais: 1. Princípio do protecionismo O art. 1º do CDC resume o intuito constitucional de se proteger o vulnerável, harmonizando os interesses entre consumidor e fornecedor, a fim de que haja equilíbrio nas relações jurídicas entre eles. Art. 1 O presente código estabelece normas de proteção e defesa do consumidor, de ordem pública e interesse social, nos termos dos arts. 5, inciso XXXII, 170, inciso V, da Constituição Federal e art. 48 de suas Disposições Transitórias.

2 Página2 O reconhecimento do CDC como norma de ordem pública traz como consequências práticas relevantes: A indisponibilidade do direito do consumidor; A inalienabilidade do direito do consumidor. O juiz deve conhecer e aplicar as normas de proteção e defesa do consumidor de ofício, ou seja, ainda que não haja provocação das partes nesse sentido. Não é cabível, portanto, a renúncia prévia do direito do consumidor. Há crítica da doutrina sobre a súmula 381 do STJ, pois ela dispõe em sentido contrário à possibilidade de julgamento de ofício sobre contratos bancários nos seguintes termos: Súmula Nos contratos bancários, é vedado ao julgador conhecer, de ofício, da abusividade das cláusulas. (Súmula 381, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 22/04/2009, DJe 05/05/2009) Há julgamento, pendente de recurso especial no STJ, que diz respeito à discussão sobre até que ponto as cláusulas contratuais abusivas nas relações de consumo podem ser conhecidas de ofício pelos magistrados, tendo em vista a égide de recursos repetitivos sobre essas demandas Instrumentos da política nacional nas relações de consumo: A política nacional nas relações de consumo é baseada no princípio do protecionismo que leva em consideração a vulnerabilidade do consumidor. Os instrumentos necessários para a execução dessa política são elencados nos incisos do art. 5º do CDC de maneira exemplificativa, pois o CDC é eminentemente principiológico 1. Art. 5 Para a execução da Política Nacional das Relações de Consumo, contará o poder público com os seguintes instrumentos, entre outros: I - manutenção de assistência jurídica, integral e gratuita para o consumidor carente; II - instituição de Promotorias de Justiça de Defesa do Consumidor, no âmbito do Ministério Público; III - criação de delegacias de polícia especializadas no atendimento de consumidores vítimas de infrações penais de consumo; IV - criação de Juizados Especiais de Pequenas Causas e Varas Especializadas para a solução de litígios de consumo; V - concessão de estímulos à criação e desenvolvimento das Associações de Defesa do Consumidor. 1 O Código de Defesa do Consumidor brasileiro é considerado um dos mais modernos do mundo, apresenta a sua essência principiológica que decorre da técnica de legislar aberta, a qual traz padrões éticos e comportamentais, o que propicia a interpretação e a aplicação dos princípios nos casos concretos, tendo em mente o direito constitucional de defesa do consumidor.

3 Página3 Exemplos: Art. 5º, I do CDC Instalação de defensorias públicas especializada (no Rio de Janeiro existe o NUNDECON Núcleo de Defesa do Consumidor 2, cuja atuação ocorre nas demandas individuais e coletivas). Art. 5º, II do CDC O Ministério Público atuará nas demandas de direitos coletivas dos consumidores. Art. 5º, III do CDC A partir do art. 63, o CDC dispõe sobre os tipos penais cujo bem jurídico tutelado é a relação jurídica de consumo. Ressalta-se que os crimes contra as relações jurídicas de consumo não se esgotam no CDC. Art. 5º, IV do CDC No Rio de Janeiro, não existem varas especializadas em direito do consumidor, mas há câmaras cíveis especializadas sobre essa matéria. Exemplo: determinada sentença é encaminhada ao Tribunal de Justiça por meio do recurso de apelação. O desembargador relator analisará incialmente se a matéria aduzida no recurso é de competência da câmara especializada, que nesse caso, será verificada diante da existência da relação jurídica de consumo. Caso contrário, o recurso será remetido ao juízo do órgão competente, a câmara cível regular. Por isso é importante conhecer as teorias sobre a relação jurídica de consumo. Art. 5º, V do CDC Visa à ampliação da proteção da sociedade de consumo. A associação é um dos legitimados na tutela coletiva sobre os direitos dos consumidores. 2. Princípio da vulnerabilidade O princípio da vulnerabilidade tem a seguinte previsão no art. 4º, I do CDC: Art. 4º, I - reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no mercado de consumo. O consumidor é presumidamente considerado vulnerável, seja pessoa física ou pessoa jurídica. Ressalta-se que essa presunção é absoluta, ou seja, não admite prova em contrário. 2 NUDECON. Disponível em: < Acesso: 17 abr

4 Página4 Excepcionalmente, aplica-se a Teoria Finalista Mitigada, a qual, conforme estudamos na aula anterior, compreende que é necessária a demonstração da vulnerabilidade no caso concreto. Observação: é necessário ter em mente a noção de que nem todo consumidor, por ser presumidamente vulnerável, é hipossuficiente. A hipossuficiência é um conceito fático. Ela é voltada para o âmbito processual e deve ser comprovada no caso concreto, tendo em vista a inversão judicial do ônus da prova como direito básico da facilitação de defesa do consumidor, nos termos do art. 6º, VIII do CDC transcrito a seguir: Art. 6º, VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências. Para o reconhecimento da hipossuficiência, é levado em consideração o grau de dificuldade em relação à produção da prova para que o julgamento se desenvolva de maneira justa e adequada. É justamente a hipossuficiência técnica e a econômica, em alguns casos, que vai justificar a inversão judicial do ônus da prova, nos termos do art. 373, 1º e 2º do CPC/2015. Art O ônus da prova incumbe: 1º Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído. 2º A decisão prevista no 1o deste artigo não pode gerar situação em que a desincumbência do encargo pela parte seja impossível ou excessivamente difícil. Em regra, a inversão do ônus da prova no direito do consumidor não é obrigatória, nem é automática, pois ela depende do preenchimento de certos requisitos legais e de uma decisão judicial que a determine. consumidor: Há três situações em que a inversão do ônus da prova decorre da previsão legal no direito Fato do produto (art. 12, 3º do CDC); Art. 12, 3 O fabricante, o construtor, o produtor ou importador só não será responsabilizado quando provar: I - que não colocou o produto no mercado; II - que, embora haja colocado o produto no mercado, o defeito inexiste; III - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.

5 Página5 Fato do serviço (art. 14, 3º do CDC); Art. 14, 3 O fornecedor de serviços só não será responsabilizado quando provar: I - que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste; II - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro. Publicidade enganosa (art. 38 do CDC) Art. 38. O ônus da prova da veracidade e correção da informação ou comunicação publicitária cabe a quem as patrocina. Somente nas três situações supracitadas é prevista a a inversão legal do ônus da prova, pois nas demais hipóteses ela dependerá de reconhecimento judicial. A distinção entre a vulnerabilidade e a hipossuficiência é concebida pela razão de que a primeira é presumida e a segunda deve ser comprovada no caso concreto. Logo, é correto dizer que todo consumidor é vulnerável, mas nem todo consumidor é hipossuficiente. Classificações da vulnerabilidade: Técnica Ocorre quando não há o conhecimento específico acerca das características e peculiaridades de determinado produto ou serviço. A necessidade de informação adequada para o consumidor decorre dessa vulnerabilidade. Nesse sentido, o consumidor tem o direito de ser informado, ao passo que o fornecedor tem a obrigação, ou seja, o dever de informar, sob pena de ter que responder criminalmente pela ausência ou deficiência de informações quanto às características, ao modo de utilização, ao preço e quanto aos riscos que determinado produto ou serviço possa acarretar à saúde e à segurança do consumidor. Jurídica Apesar dessa denominação, significa a ausência de conhecimento específico do consumidor em relação a uma determinada área do conhecimento, a qual pode ser do âmbito do Direito ou não. Fática (social) fornecedor. Leva em consideração a posição que o consumidor ocupa na sociedade em relação ao Exemplo: no caso de monopólio, o fornecedor ocupa uma posição de superioridade, já o consumidor ocupa uma posição de vulnerabilidade. Ou o ele contrata com o consumidor, ou não terá a prestação do serviço.

6 Página6 por exemplo. Essa vulnerabilidade pode ser reconhecida em relação aos serviços de natureza essencial, 3. Princípio da boa-fé objetiva O direito do consumidor não se desenvolve sem a boa-fé objetiva. Por essa razão, o princípio da boa-fé objetiva está previsto na parte final do art. 4º, III do CDC: Art. 4º, III - harmonização dos interesses dos participantes das relações de consumo e compatibilização da proteção do consumidor com a necessidade de desenvolvimento econômico e tecnológico, de modo a viabilizar os princípios nos quais se funda a ordem econômica (art. 170, da Constituição Federal), sempre com base na boa-fé e equilíbrio nas relações entre consumidores e fornecedores. A boa-fé objetiva corresponde a uma norma de conduta baseada no padrão ético de comportamento, legitimamente esperado dos contratantes, que leva em consideração as características do negócio jurídico, das partes, o tempo e o espaço em que se firma o contrato. Esse princípio deve ser respeitado em todas as fases que envolvem o negócio jurídico, ou seja, ele deve existir tanto nas fases pré-contratual (oferta e publicidade) e contratual (durante a vigência do negócio jurídico) como na fase pós-contratual. O consumidor confia e tem a legítima expectativa de que o fornecedor pautará a sua conduta de acordo com o que se pode esperar de um padrão ético-comportamental que decorre do princípio da boa-fé objetiva. As partes da relação jurídica de consumo, quais sejam o fornecedor e o consumidor, devem observar esse princípio, agindo de modo transparente e leal. Dessa forma, o princípio da boa-fé objetiva é compreendido como uma cláusula contratual implícita nos contratos de consumo. Caso ele seja violado, pode acarretar desde a rescisão contratual até o dever de indenizar. do contrato. A doutrina reconhece que a violação da boa-fé objetiva acarreta o inadimplemento positivo Funções da boa-fé objetiva: Interpretar o negócio jurídico (art. 47 do CDC) Art. 47. As cláusulas contratuais serão interpretadas de maneira mais favorável ao consumidor. Limitar o abuso de direito (art. 187 do CC/2002) Art Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.

7 Página7 O abuso de direito é equiparado ao ato ilícito no ordenamento jurídico brasileiro. Se constatado, acarreta a responsabilidade civil objetiva, pois ele viola o padrão ético de comportamento legitimamente esperado nas relações jurídicas de consumo. As condutas abusivas desvirtuam a finalidade social e econômica no ordenamento jurídico. Por essa razão, o CDC prevê no art. 39 do CDC algumas condutas que devem ser encaradas como abusivas nas relações jurídicas de consumo. Ressalta-se que função limitadora do abuso de direito é identificada no rol exemplificativo do art. 39 do CDC disposto a seguir: Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras práticas abusivas: I - condicionar o fornecimento de produto ou de serviço ao fornecimento de outro produto ou serviço, bem como, sem justa causa, a limites quantitativos; II - recusar atendimento às demandas dos consumidores, na exata medida de suas disponibilidades de estoque, e, ainda, de conformidade com os usos e costumes; III - enviar ou entregar ao consumidor, sem solicitação prévia, qualquer produto, ou fornecer qualquer serviço; IV - prevalecer-se da fraqueza ou ignorância do consumidor, tendo em vista sua idade, saúde, conhecimento ou condição social, para impingir-lhe seus produtos ou serviços; V - exigir do consumidor vantagem manifestamente excessiva; VI - executar serviços sem a prévia elaboração de orçamento e autorização expressa do consumidor, ressalvadas as decorrentes de práticas anteriores entre as partes; VII - repassar informação depreciativa, referente a ato praticado pelo consumidor no exercício de seus direitos; VIII - colocar, no mercado de consumo, qualquer produto ou serviço em desacordo com as normas expedidas pelos órgãos oficiais competentes ou, se normas específicas não existirem, pela Associação Brasileira de Normas Técnicas ou outra entidade credenciada pelo Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Conmetro); IX - recusar a venda de bens ou a prestação de serviços, diretamente a quem se disponha a adquiri-los mediante pronto pagamento, ressalvados os casos de intermediação regulados em leis especiais; X - elevar sem justa causa o preço de produtos ou serviços. XII - deixar de estipular prazo para o cumprimento de sua obrigação ou deixar a fixação de seu termo inicial a seu exclusivo critério. XIII - aplicar fórmula ou índice de reajuste diverso do legal ou contratualmente estabelecido.

8 Página8 Criação de deveres anexos A violação dos deveres anexos que integram o negócio jurídico nas relações de consumo ocasiona o inadimplemento positivo. Ainda que as cláusulas contratuais propriamente ditas não sejam violadas, se houver a violação de algum dos deveres inerentes à boa-fé, o consumidor poderá buscar a rescisão do negócio jurídico e a indenização devida pelo fornecedor. Deveres anexos decorrentes da boa-fé objetiva: I. Transparência nos atos do fornecedor e do consumidor; II. Cooperação em prol do adimplemento contratual; III. Informação A informação é um direito básico que decorre do princípio da boa-fé objetiva e está disposto nos seguintes termos do art. 6º, III do CDC: Art. 6º, III - a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade, tributos incidentes e preço, bem como sobre os riscos que apresentem. Parte da doutrina entende que nesse artigo foi positivado o princípio da confiança, o qual é uma decorrência lógica do dever anexo de informação oriundo do padrão ético-comportamental tutelado pela boa-fé objetiva. A ausência ou a deficiência de informação para o consumidor acarreta uma série de consequências na esfera jurídica do fornecedor, além de ser considerado crime nas relações jurídicas de consumo. O direito do consumidor prevê como crime o fato de o fornecedor deixar de informar previamente o consumidor acerca dos riscos e perigos que o produto possa acarretar à sua saúde e segurança. O modo de utilização equivocado do consumidor, decorrente da ausência de informação do fornecedor, configura o defeito de comercialização, o qual pode ocasionar um acidente de consumo e o consequente dever de indenizar. O risco decorrente da ausência de uma informação clara, adequada e precisa quanto às características do produto, ao modo de utilização e ao seu preço recai totalmente sobre o fornecedor. Não se admite a ideia de que cabe ao consumidor a busca pela informação, pois ela é um direito básico conferido a ele pelo CDC.

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