CONSELHO NACIONAL DA ÁGUA

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1 ACTA DA 58ª REUNIÃO 22 de março de 2016 (minuta) No dia 22 de março de 2016, às 10h00, teve lugar a quinquagésima oitava reunião do Conselho Nacional da Água (CNA), no Salão Nobre do Ministério do Ambiente, na rua de O Século, que contou com a presença de Sua Excelência o Ministro do Ambiente, Eng.º João Pedro Matos Fernandes, na qualidade de Presidente, e do Secretário de Estado do Ambiente, Eng.º Carlos Martins, para além dos seguintes elementos que integram o Conselho: Secretário-Geral: Joaquim Poças Martins Presidente da Agência Portuguesa do Ambiente: Nuno Lacasta Vice-Presidente da Agência Portuguesa do Ambiente: António Sequeiro Ribeiro Diretor-Geral do Território: Rui Alves Diretor-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos: Miguel Sequeira Diretor-Geral de Energia e Geologia: José Couto (em substituição) Diretor-Geral das Atividades Económicas: Miguel Vaz (em substituição) Diretor-Geral da Agricultura e Desenvolvimento Rural: Pedro Teixeira Diretor-Geral da Saúde: Paulo Diegues (em substituição) Presidente do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas: Paula Sarmento Presidente da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos: Orlando Borges Diretor da Administração de Região Hidrográfica do Alentejo: André Matoso Representante do Ministério da Defesa Nacional: Luís de Castro e Lemos (em substituição) Representante do Ministério dos Negócios Estrangeiros: Rui Lopes Aleixo Representante da Associação Nacional de Municípios Portugueses: Nelson Geada Presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira: Alberto Mesquita Presidente da Associação Portuguesa dos Recursos Hídricos: Francisco Taveira Pinto 1/20

2 Representante do Grupo de Estudos do Ordenamento do Território e Ambiente: João Joanaz de Melo Representante da Liga para a Proteção da Natureza: Paula Chainho Representante da organização não governamental APDA; Associação Portuguesa de Distribuição e Drenagem de Águas: Rui Godinho Representante da organização não governamental APESB, Associação Portuguesa de Engenharia Sanitária e Ambiental: Maria João Rosa Representante do Laboratório Nacional de Engenharia Civil: Helena Alegre Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra: João Pedroso de Lima Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro: Rui Manuel Vítor Cortes Secretário-Geral da Confederação dos Agricultores Portugueses (CAP): Luís Mira Representante da Confederação do Turismo Português: Pedro Rugeroni Presidente da Associação das Empresas Portuguesas para o Setor do Ambiente (AEPSA): Francisco Mariz Machado Vice-Presidente do Grupo Águas de Portugal: Manuel Fernandes Thomaz Membros convidados: Carlos Mineiro Aires (OE) Francisco Nunes Correia (IST) Maria Conceição Cunha (FCTUC) Luís Veiga da Cunha (UNL) João Paulo Lobo Ferreira (LNEC) Maria Teresa Ferreira (ISA) Fernando Veloso Gomes (FEUP) António Eira Leitão (Hidroerg) José Barahona Núncio (FENAREG) António Carmona Rodrigues (UNL) Fernando Santana (UNL) 2/20

3 Carlos Sousa Reis (FCUL) Justificaram a sua ausência, indicando substituto nos termos estabelecidos nos n.º 3 e n.º 7 do artigo 2º do Decreto-Lei n.º 166/97, de 2 de Julho, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 84/2004, de 14 de Abril, o Diretor-Geral de Energia e Geologia, e o Diretor-Geral das Atividades Económicas, o Presidente da APESB e o Presidente AdP. Comunicaram e justificaram a sua ausência, o Representante do Governo da Região Autónoma da Madeira, a representante das Redes Energéticas Nacionais e o representante da Confederação da Indústria Portuguesa. Face à agenda da reunião, estiveram ainda presentes a Dra. Teresa Patrício Gouveia (primeiro Presidente do CNA), os Eng.ºs Pedro Serra e Theo Fernandes, da empresa 2ECO, gestão do ambiente e economia ecológica, bem como os Eng.ºs Ana Proença, Ana Teixeira, Ana Gonçalves, João Sousa, Juliana Sá, Marco Ferreira, Mariana Miranda e Sara Pardilhó, da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. Anteriormente à reunião, foram distribuídos os seguintes documentos 1 : Plano Nacional da Água - PNA, Planos Específicos, Relatório n.º 1 - Caracterização dos Recursos Hídricos e suas Utilizações, Enquadramento Legal dos Planos e Balanço do 1.º Ciclo, e Avaliação Ambiental Estratégica (ponto 1. da OT); Livro CNA 20 Anos da História da Água em Portugal (ponto 2. da OT); e Ata da 57.ª reunião plenária (minuta), Relatório e Programa de Atividades e Orçamento 2016 (ponto 3. da OT). A reunião teve a seguinte: Ordem de Trabalhos 1. Plano Nacional da Água. Apreciação. 2. Apresentação do livro CNA 20 Anos da História da Água em Portugal. 3. Ata da 57.ª reunião do CNA, realizada a 22 de setembro de 2015; Relatório e Programa de Atividades e Orçamento para Sua Exa. o Ministro do Ambiente iniciou a sessão, dando conta da honra sentida em presidir pela primeira vez ao plenário do CNA, numa data que deveria ser festiva por se celebrar o dia mundial da água, embora ensombrada pelos acontecimentos registados em Bruxelas. Convidou todos os conselheiros a estarem presentes numa sessão vespertina a realizar no LNEC, em que seria 3/20

4 apresentada a visão do Governo para os Serviços de Água. O modelo desenhado deveria, de uma vez por todas, por cobro aos desequilíbrios existentes, mas com um olhar completo sobre todo o sistema, solucionando os problemas na alta e na baixa. Seriam também apresentadas durante a sessão da tarde as opções do Governo no domínio das águas pluviais, aspeto da gestão do ciclo urbano da água particularmente relevante num contexto de alterações climáticas. Prosseguiu, salientando a tradição portuguesa no domínio do planeamento de recursos hídricos e a necessidade de garantir a continuidade da capacidade crítica neste domínio, que considerou da maior importância. A esse respeito, referiu a confiança depositada na capacidade técnica da equipa que elaborou a Proposta de Plano Nacional da Água, hoje em apreciação no CNA. Sobre o processo de planeamento, considerou ser indispensável garantir atempadamente a informação necessária quando se elaborar o próximo ciclo de planos, para o que será necessário ter a funcionar um sistema de recolha e tratamento de informação que reduza as incertezas, referindo a aposta que o Ministério fará na monitorização. No que diz respeito à quantidade, referiu estar em curso a revisão e reformulação da rede de monitorização nacional de recursos hídricos, enquanto para o litoral estava em vias de ser aprovada a monitorização da costa (financiada através do POSEUR). Todavia, considerou este esforço insuficiente, pelo que seria produzido um documento de acompanhamento da execução das medidas do PNA, a articular com a conclusão do segundo ciclo de PGRH. Uma outra dimensão da atuação do Ministério relacionava-se com o início rápido de um conjunto de intervenções, particularmente no domínio da adaptação às alterações climáticas (litoral e zonas inundáveis). A esse propósito referiu que as 22 zonas inundáveis identificadas no âmbito da aplicação da Diretiva 2007/60/CE, de 23 de outubro 2, apresentavam diferentes graus de maturidade nas intervenções previstas, umas já com projetos, outras apenas com listas de intenções. Não obstante, iriam ser pragmáticos, decidindo avançar depressa com as intervenções mais maduras/maturas, embora reconhecendo não serem apenas estas as intervenções prioritárias. Referiu que no PNA havia matérias com as quais o Governo se revia e que o Plano discutia bem, mas que necessariamente seriam objeto de abordagens complementares, nomeadamente o Plano Nacional de Barragens com Elevado Potencial Hidroelétrico (PNBEPH) e a Convenção de Albufeira, sendo que sobre as relações com Espanha no domínio dos recursos hídricos apenas de aguardava a formação de um novo Governo para retomar o diálogo bilateral. Ainda sobre este tema, salientou que a abundância de recursos hídricos na época em que a Convenção tinha sido negociada já não seria válida enquanto pressuposto, o que recomendava a revisão dos regimes de caudais então acordados. 1 Disponíveis em 2 transposta para o direito nacional pelo Decreto-Lei n.º 115/2010, de 22 outubro. 4/20

5 Fez ainda um comentário sobre a necessidade de refundar a gestão de albufeiras, nomeadamente para produção de energia hidroelétrica, referindo como exemplo as últimas cheias em Coimbra, em que, apesar de todas as entidades envolvidas terem, aparentemente, seguido os respetivos protocolos, as coisas tinham corrido mal. Considerou ser necessário reanalisar esta questão com um novo grau de conhecimento, que integrasse as modificações entretanto registadas. A finalizar a sua intervenção, começou por afirmar que a gestão de recursos hídricos iria regressar ao coração das preocupações do Ministério do Ambiente. Embora não estivesse posta de parte a discussão sobre a estrutura da administração portuguesa de recursos hídricos, referiu que o principal pilar do Estado seria a sua descentralização, pelo que seriam reforçados sobretudo os meios das ARH, valorizando o conhecimento e a capacidade de intervenção, embora sem omitir a existência de causas nacionais na gestão de recursos hídricos, da responsabilidade da APA, incluindo o seu papel na coordenação e centralização da informação e nas campanhas de monitorização a realizar. Referiu estarem previstas, no âmbito do 1º Ponto da Ordem de Trabalhos, apresentações sobre a Proposta de PNA e sobre a Apreciação feita pelo CNA, a que se seguiria um momento de debate e a votação do Parecer do Conselho. Face à ordem de trabalhos, foi solicitado que este ponto da OT fosse concluído preferencialmente até às 12h00. Na sequência, o Prof. Poças Martins referiu que o acompanhamento próximo da elaboração da Proposta de PNA feito pelo CNA, relatado na Apreciação n.º 01/CNA/2016, tinha permitido que a versão mais recente do Plano incorporasse várias das alterações sugeridas pelos conselheiros, quer durante as três reuniões plenárias antecedentes, quer através de contributos escritos, oportunamente solicitados. Agradeceu ainda os contributos que vários conselheiros tinham dado à Apreciação, manifestando a expectativa de que o seu conteúdo documentasse com precisão o acompanhamento feito pelo Conselho e permitisse sustentar o Parecer a dar à Proposta de PNA. Concluiu, manifestando a esperança de que o terceiro PNA pudesse enformar mais atempadamente o terceiro ciclo de PGRH, que deveria estar concluído em Prosseguindo o 1.º ponto da Ordem de Trabalhos, o Eng.º Pedro Serra fez uma exposição sobre a versão revista da Proposta de PNA 3, onde foram destacadas as alterações face à versão do PNA que esteve em consulta pública e que foi, no essencial, apresentada na 56.ª reunião do CNA. De seguida, 3 Disponível em: 5/20

6 o Prof. Poças Martins realizou uma apresentação com os aspetos essenciais da Apreciação do CNA sobre a proposta de Plano Nacional da Água 4. Iniciando o debate, o Prof. Nunes Correia saudou pela primeira vez os Senhores Ministro e Secretário de Estado do Ambiente, manifestando agrado pela importância atribuída aos recursos hídricos e às ARH na atuação do Ministério. Sobre os documentos em causa, começou por referir não ter dúvidas em aprovar a Apreciação apresentada, clara e bem escrita, e com um conjunto de observações que, não podendo não ser relevantes para o próprio Plano, seriam relevantes no seu acompanhamento. Relembrou o caminho insólito tomado na elaboração da Apreciação, sem a constituição de um Grupo de Trabalho, e embora admitindo o mérito e a qualidade do trabalho, considerou que terá reduzido a dinâmica e a salutar confrontação entre setores. Recordou que a gestão de recursos hídricos devia refletir esta dinâmica, recomendando que se retomasse a prática dos Grupos de Trabalho no futuro. Sobre a proposta de PNA, esclareceu que a mesma nunca lhe mereceu dúvidas, face à mão sábia e segura que coordenou a sua elaboração, e mesmo tendo em conta as exigências iniciais muito difíceis, nomeadamente face aos curtos prazos de elaboração. Referiu mesmo ser urgente a aprovação do PNA, que, embora não fosse exigência comunitária, era um documento importante num país como Portugal. Saudou o cuidado de integrar muitos dos comentário feitos antes pelo CNA na Proposta revista do PNA, tendo referido alguns aspetos que gostaria de ver mais desenvolvidos. Na sua análise, a Proposta de Plano abstinha-se um pouco das dimensões institucionais, aspecto intrínseco à boa governança dos recursos hídricos e matéria não tão distante da engenharia como se poderia supor. A este respeito, referiu ter gostado da referência feita pelo Senhor Ministro às ARH, até pela involução ocorrida na gestão de recursos hídricos nos últimos anos. Gostaria também que o Plano tivesse mais referências ao litoral e à Convenção de Albufeira, já que 50% dos recursos disponíveis em Portugal têm origem na parte espanhola das bacias hidrográficas partilhadas. Referiu ainda partilhar a posição crítica quanto à gestão conjunta dos recursos hídricos nas bacias partilhadas, manifestando alguma apreensão se for Portugal a abrir a discussão sobre o regime de caudais. Com base na experiência obtida durante o processo de elaboração da Convenção de Albufeira e do seu protocolo adicional, considerou perigoso discutir esta questão fora das janelas de oportunidade política, nomeadamente face ao sentimento generalizado dos técnicos espanhóis que acham o acordo generoso para Portugal, recomendando cautela na forma como a questão fosse abordada no âmbito das relações bilaterais. Não obstante, defendeu que Portugal se devia municiar 4 Disponível em: 6/20

7 dos estudos e elementos necessários para quando a discussão fosse aberta, defendendo ainda uma gestão coordenada/articulada dos recursos hídricos partilhados, por oposição à sua gestão conjunta. Sua Exa. o Ministro do Ambiente agradeceu a intervenção e referiu estar ciente dos riscos associados à discussão sobre regimes de caudais nos rios luso-espanhóis. O Prof. Joanaz de Melo deu as boas vindas ao Senhor Ministro e referiu existir na proposta de PNA muita informação, realçando nomeadamente o bom diagnóstico, feito com desassombro. Deu nota do projeto rios Livres do GEOTA e referiu os problemas sérios de governança dos recursos hídricos que considerou existirem em Portugal, em particular na efetiva participação das organizações de defesa do ambiente, que embora consultadas em algumas matérias (nomeadamente no CNA), não integravam mecanismos de participação e concertação mais efetivos. Apesar do conhecimento existente, considerou que este não era implementado no terreno, sendo também necessário aumentar a transparência da informação produzida, garantindo ainda o acesso do público em geral a documentos como o PNA e os PGRH. A governança devia assim ser melhorada através de uma melhor gestão da informação. Aproveitou a ocasião para, ao nível dos conflitos, referir ser o PNBEPH incompatível com os objetivos do PNA, não fazendo sentido gastar dinheiro em paliativos para mitigar os impactes negativos do PNBEPH, quando as barragens eram o maior risco para a biodiversidade das águas portuguesas. A este propósito, referiu existirem também erros na proposta de PNA sobre a valia energética do PNBEPH e, assim, embora valorizando muito do trabalho integrado na Proposta de Plano, referiu que o GEOTA não a poderia aprovar. Sua Exa. o Ministro do Ambiente referiu partilhar por inteiro a importância da informação na gestão dos recursos hídricos, sendo que relativamente ao PNBEPH considerou natural que o PNA tivesse integrado os planos e programas que o precederam e que tiveram as suas formalidades, não os contrariando. O Eng.º João Paulo Lobo Ferreira deu as boas vindas ao Senhor Ministro, salientou a avaliação crua da realidade portuguesa contida no diagnóstico do PNA e relevou a importância das massas de água identificadas a vermelho (qualidade insuficiente) na aplicação de medidas e ações que permitam a sua recuperação. Frisou a dificuldade em ultrapassar os problemas existentes no estado dos nossos recursos hídricos sem a correta inserção dos vários atores e da comunidade científica. Referiu, a título de exemplo, os bons resultados alcançados no projeto em que o LNEC estava envolvido sobre recarga artificial de aquíferos no Algarve. Referiu, em termos de enquadramento, que em 2007 as concentrações de nitratos na Campina de Faro eram cerca de 400 mg/l e que, passados sete anos e 7/20

8 apesar da implementação do PGRH de primeiro ciclo, as concentrações de nitrato, medidas no âmbito do projeto Marsol, eram idênticas. No entanto, registou como aspeto positivo a evolução favorável registada na interação entre o conhecimento obtido nos projetos de investigação e as práticas desenvolvidas pelos agricultores. Esta interação foi aprofundada através de uma medida em que os agricultores podiam pagar uma verba na sua conta de água (até 75 euros/mês) para que fosse possível inserir a tecnologia da recarga de aquíferos que lhes permitiria, nomeadamente, ultrapassar a escassez dos próximos períodos secos. Concluiu, referindo que as dificuldade existentes em melhor perceber a evolução do estado das águas subterrâneas estavam relacionadas com a necessidade de uma governança mais eficaz, que melhor incorporasse os resultados da investigação desenvolvida sobre o tema. O Eng.º Eira Leitão cumprimentou os Senhores Ministro e Secretário de Estado, constatando, com agrado, que as linhas de atuação do Governo no domínio dos recursos hídricos referidas na intervenção de abertura da presente reunião estavam também no centro das preocupações do Conselho. Sobre a Proposta de PNA, referiu que tinha boa intenção, bom conteúdo e bons conhecimentos, indo no sentido certo. Sobre a Apreciação, e apesar da metodologia de elaboração não ser a mais apropriada, acabou por dar resultados muito positivos, evidentes no sumário executivo final. Ainda sobre o Plano, fez um conjunto de observações que poderiam ainda dar um contributo para a sua revisão final, ou ser incorporadas em planos futuros. Começou por notar a ausência de uma estrutura interna da APA/ARH para dar continuidade e seguimento ao processo de planeamento, que era uma ação contínua e que envolvia, não apenas a elaboração, mas também a execução dos planos. Afirmou não serem os planos um fim em si mesmos, devendo os documentos em vigor ser utilizados na preparação dos próximos ciclos de planeamento. Considerou a Proposta de PNA menos atenta à zona costeira e ao litoral e referiu a vantagem em existir uma lógica financeira, até concorrencial, nas medidas propostas em planos de recursos hídricos, que não se restringisse à análise económica prevista na DQA. Só esta abordagem permitiria, inter e intra-setores, definir prioridades e alocar os recursos a utilizar. Sua Exa. o Ministro do Ambiente referiu rever-se em absoluto na necessidade de tornar os planos em instrumentos vivos. Foi aliás isso que quis dizer no início da reunião ao falar da necessidade de robustecer o sistema de informação. O Eng.º Rui Godinho referiu que iria ser sintético e objetivo, até porque tinha apresentado antecipadamente um documento substantivo sobre a Proposta de PNA e verificado que a última versão do plano tinha assimilado algumas das propostas feitas. Referiu rever-se também no 8/20

9 cumprimento à intervenção inicial do Senhor Ministro, quando mencionou o regresso dos recursos hídricos ao coração do Ministério do Ambiente, bem como nas referências ao mérito da equipa que fez a Proposta de PNA. Não obstante, manifestou as maiores dúvidas sobre o atual modelo institucional de gestão dos recursos hídricos, que a Proposta de PNA respeitava, considerando que o mesmo deveria ser revisto pelo pendor centralista que encerrava face ao conceito de gestão integrada por bacias/regiões hidrográficas. Para o efeito, deveria ser reposta a Autoridade Nacional da Água como entidade autónoma face à restantes componentes ambientais da APA, responsável pela implementação do PNA, bem como as Administrações de Região Hidrográfica, numa base territorial tão coincidente quanto possível com as Bacias Hidrográficas, munidas de atribuições e competências descentralizadas, no âmbito das quais se deveriam ultimar dos PGRH de 2ª geração e as respetivas implementações. Quanto aos Planos Específicos integrados na Proposta de PNA, a APDA considerava adequada a adição de um sexto plano dedicado ao tema da Reutilização da Água, dado trata-se de uma matéria em adiantada discussão nas instâncias europeias e na EurEau, havendo a expectativa que a CE e o PE viessem a adotar um documento estratégico sobre a matéria. Salientou também o reduzido relevo dado no PNA ao papel crucial da inovação, sendo que matérias como a melhoria do conhecimento e proteção da massas de água, o uso eficiente dos recursos hídricos, a redução de riscos e adaptação e mitigação dos efeitos das alterações climáticas, e o reforço e operacionalização dos sistemas de monitorização, constituíam algumas das áreas que reclamavam soluções inovadoras. Sobre gestão e governança, realçou a necessidade do PNA ser mais ousado, prevendo a recuperação e valorização dos centros de competências criados em Portugal e promovendo a criação de outros, através do envolvimento das administrações central, regional e local, universidades e politécnicos, associações profissionais e técnico-profissionais e centros de investigação, numa lógica de criação de massa crítica de conhecimento e recursos humanos indispensáveis para recolocar a gestão de recursos hídricos em lugar de relevo nas políticas públicas em Portugal. O modelo de gestão e acompanhamento do Plano implicaria um método de avaliação contínua, devendo dispor de um quadro de indicadores, que não constavam nas versões apresentadas, que permitissem medir a performance de execução das medidas. Foi ainda notada a ausência na Proposta de Plano de formas de accountability, elemento indispensável na aplicação e verificação dos princípios de boa governança adotados pela OCDE. Finalmente e sobre a qualidade das massas de águas, salientou a necessidade de controlar a poluição difusa e os problemas emergentes relacionados, nomeadamente, com os micropoluentes e os disruptores endócrinos. A Prof.ª Conceição Cunha começou por referir rever-se inteiramente no cumprimento à intervenção inicial do Senhor Ministro feito pelo Eng.º Eira Leitão, sublinhando uma vez mais a frase de que a preocupação com os recursos hídricos regressava ao coração do Ministério do Ambiente. Sobre a 9/20

10 Proposta de Plano em análise, referiu não ter dúvidas sobre a qualidade do documento, que lhe merecia aprovação. Relembrou uma intervenção sobre o Plano em reunião anterior, em que tinha salientado que o diagnóstico e os elementos apresentados eram um verdadeiro compêndio de informação, embora reconhecendo que Plano tinha sido feito com alguns condicionalismos de tempo e de informação. Referiu também o problema na hierarquização dos planos de ordenamento, que era constantemente subvertida e que terá constrangido certos aspetos da Proposta de PNA. Sobre a Proposta de Plano, referiu parecer curto que a apresentação do Programa de Medidas elencasse apenas as medidas, com uma única página inicial de introdução. A Proposta de Plano devia também fazer uma melhor ligação entre o diagnóstico, os objetivos e as medidas. O aspeto da interdependência das medidas também não tinha sido considerado na Proposta de PNA, o que limitaria o acompanhamento da sua implementação. Realçou a importância dos cenários prospetivos na elaboração dos planos de recursos hídricos, mas considerou a abordagem do PNA limitada neste domínio, já que o documento os apresentava como visão contributiva, identificação de determinantes e dinâmicas dos diferentes setores económicos que introduzem pressões e impactos sobre os recursos hídricos, percebendo-se pelo texto do plano que os cenários estavam muito mais focados nas pressões do que na utilização dos recursos. Esclareceu que a gestão de recursos hídricos é também a alocação de recursos e os trade-offs que necessariamente têm que ser feitos quando há várias solicitações a competir pelo mesmo recurso, nomeadamente em períodos de escassez. Considerou que a cenarização macro-económica, que partiu de uma análise de funcionamento de mercado agregando o comportamento dos diferentes agentes económicos, deveria possuir uma maior decomposição. Uma maior desagregação permitiria melhor perceber as tendências de evolução na utilização de recursos pelos diferentes setores, nomeadamente face à incorporação de aspetos inovadores na forma como a água estava a ser utilizada (por exemplo na agricultura) e às perspetivas de investimentos estrangeiros. A concluir a sua intervenção, referiu que embora a criação de métricas para acompanhar a aplicação dos planos fosse frequentemente referida no CNA, esta ainda não tinha ocorrido. Sua Exa. o Ministro do Ambiente considerou que a existência de métricas para acompanhar o PNA e os restantes planos era uma necessidade evidente, devendo estas métricas enquadrar a realização de ações concretas e permitir saber o que estava a ser implementado. O Prof. Veloso Gomes saudou os membros da mesa, felicitou o trabalho desenvolvido pela equipa coordenada pelo Eng.º Pedro Serra na elaboração da Proposta de PNA e referiu subscrever a Apreciação do CNA. Não obstante, realçou a omissão das Regiões Autónomas na Proposta de PNA. 10/20

11 Sobre os Planos Específicos previstos, realçou o relativo ao Estuário do Tejo. Relembrou que os Planos de Ordenamento de Estuários (POE) estavam previstos desde a Lei da Água (2005), tendo sido inicialmente escolhidos quatro estuários para elaboração e implementação daqueles planos. O PNA propunha agora avançar com o Tejo, sendo questionada a razão subjacente à não inclusão dos outros estuários. Referiu que na próxima reunião do Conselho de Região Hidrográfica do Norte iria propor que se avançasse com a elaboração do POE do Douro, sendo que a área apresentava agora problemas relacionados, sobretudo, com os conflitos de utilização, que teriam de ser rapidamente resolvidos. As mesmas questões poderiam ser colocadas sobre as zonas costeiras, igualmente referidas nos mapas apresentados na Proposta de PNA. A esse respeito, criticou também a utilização simplificada das cores propostas na DQA (verde/conforme, vermelho/não conforme), realçou a delimitação incongruente das zonas costeiras e referiu a insuficiência da monitorização realizada nestas áreas, aspetos que tinham limitado a classificação do estado das massas de água costeiras apresentado no PNA. Ainda sobre as zonas costeiras, referiu a revisão do Plano de Proteção e Valorização do Litoral ( ) e a sua interação com os PGRH e os POOC, sendo que destes últimos planos só um tinha sido revisto (tendo o trabalho de base de alguns deles 20 anos). Além da estratégia marinha, realçou também a Estratégia para a Gestão Integrada da Zona Costeira (EGIZC), publicada em Resolução de Conselho de Ministros, solicitando uma clarificação sobre a sua aplicação e revisão. Sua Exa. o Ministro do Ambiente considerou não existir espaço para alterar outra vez o regime dos instrumentos de gestão territorial em vigor. Relativamente aos POOC, que passaram com o novo enquadramento legal a Programas que não vinculam diretamente os particulares, referiu estarem por regulamentar, estando o Governo a trabalhar nesse domínio e prevendo-se a conclusão desse processo em setembro. A partir dessa data o Governo esperava avançar com um conjunto de Programas Especiais de Ordenamento do Território, sejam eles na orla costeira, sejam eles nos estuários. A Eng.ª Paula Sarmento felicitou a APA pelo trabalho realizado, nomeadamente na forma como tinham sido integrados os comentários feitos pelo ICNF. Saudou o Plano Específico sobre a continuidade fluvial, referindo que valia a pena dar atenção específica às águas costeiras e de transição, sendo que a aplicação do novo enquadramento legal do ordenamento do território representava um desafio para que o trabalho futuro nestes domínios se pudesse aprofundar. Sobre a Apreciação do CNA, reconheceu que os sistemas de classificação podiam ser melhorados e referiu não se rever na referência à menor relevância dos pequenos cursos de água, por comparação com os grandes rios, já que valor daqueles em termos de biodiversidade é muitas vezes considerável. 11/20

12 A Prof. Teresa Ferreira felicitou também o Eng.º Pedro Serra e a equipa que elaborou a Proposta de PNA. Referiu que apesar do ceticismo inicial, a articulação do PNA com os PGRH tinha sido bem feita, o mesmo acontecendo relativamente à Apreciação do Conselho, que considerou um bom produto final. Referiu não ir falar sobre os índices de desempenho, nem sobre o estado das massas de água, questões e problemas que são transversais na Europa. Salientou que a diminuição genérica do estado das massas de água se deveu à adição de indicadores biológicos no segundo ciclo de PGRH (peixes e macrófitos) e à aplicação do princípio do one out, all out. Outras causas justificariam a evolução menos satisfatória do estado das massas de água entre os dois ciclos de PGRH, nomeadamente relacionadas com o carácter demasiado local de muitas das medidas implementadas (por exemplo a instalação de uma passagem para peixes ou a construção de uma ETAR), quando os problemas eram resultado de pressões que se registavam ao nível da bacia hidrográfica, relevando as ligações da gestão de recursos hídricos com o ordenamento do território. A finalizar, lamentou que o PNA não tivesse ido mais longe em alguns aspetos, incorporando algumas formas visionárias da gestão de recursos hídricos, nomeadamente através da incorporação das externalidades positivas de alguns setores (sobretudo o agrícola). O Prof. Rui Cortes começou por referir rever-se nos cinco objetivos estratégicos definidos no PNA, considerando necessário estabelecer prioridades face às 99 medidas integradas na Proposta de Plano. A esse respeito, salientou a necessidade de focalizar a atuação nos próximos anos na redução dos níveis de desconhecimento sobre o estado das massas de água através da monitorização, já que a informação mais recente disponível era de Olhando para Espanha, referiu ter sido definido um plano de restauro fluvial à cerca de oito anos, considerando que as várias medidas propostas neste âmbito no PNA, como o aumento da conectividade fluvial e o controlo de espécies exóticas, deveriam estar articuladas num único Plano Específico. O Eng.º Luís Mira congratulou-se com as alterações relacionadas com o setor agrícola incorporadas na versão final da Proposta de PNA, que, considerou, espelhava agora melhor a realidade da agricultura portuguesa. Não obstante, a Proposta de PNA refletia em demasia a atividade da APA, considerando necessário que o PNA estabelecesse um desígnio nacional mais amplo para os recursos hídricos. Por último, considerou necessário e importante a elaboração de um estudo económico sobre o impacto dos preços da água na competitividade da agricultura portuguesa. O Prof. Fernando Santana começou por referir que a intervenção inicial do Senhor Ministro tinha sido como um golo no primeiro minuto. Sendo esta a primeira reunião depois do falecimento do Prof. António Carvalho Quintela e em sua memória, relembrou o grande respeito que todos os membros do 12/20

13 CNA tinham pela sua intervenção. Por outro lado e recordando o seu pragmatismo, felicitou a conclusão do Plano, que considerou um documento muito bem elaborado, embora surgisse seis anos depois do prazo estabelecido legalmente. Esta constatação devia levar-nos a questionar como se tinham gerido os recursos hídricos nacionais durante esse período sem um PNA em vigor. Esta reflexão deveria também fazer com que a equipa que elaborou o plano indicasse explicitamente quais os pontos críticos do seu cumprimento e acompanhamento. Sua Exa. o Ministro do Ambiente referiu que face ao falecimento recente do Prof. António Carvalho Quintela, membro do CNA, ficaria registado em ata um voto de pesar, que se anexa no final. Na sequência do fim do período de debate e de acordo com o procedimento usual do Conselho, o Prof. Poças Martins leu uma proposta de Parecer sobre o PNA, baseada na Apreciação 01/CNA/2016, que colocou à votação do plenário. O Parecer, favorável à Proposta de PNA, foi aprovado por larga maioria (duas abstenções 5 e nenhum voto contra). O referido Parecer, bem como a declaração de voto do representante do GEOTA, enviada após a reunião, são anexados à presente ata. Dando início ao 2.º ponto da Ordem de Trabalhos, Sua Exa. o Ministro do Ambiente, começou por agradeceu à Dra. Teresa Patrício Gouveia, enquanto primeiro Presidente do CNA, ter aceite o convite para estar presente na apresentação da publicação CNA, 20 anos da história da água em Portugal. Na sequência, o Prof. Poças Martins fez uma exposição sobre os aspetos essenciais da publicação, que integra dois volumes 6. O primeiro volume contém os testemunhos pessoais de vários dos seus presidentes, secretários-gerais e conselheiros, bem como um conjunto de análises temáticas elaboradas com base nas intervenções realizadas nas reuniões plenárias. Inclui ainda como anexo um capítulo dirigido a alunos do ensino básico e secundário das escolas portuguesas sobre a água no mundo e em Portugal. Este anexo terá vida própria, enquanto publicação autónoma, e será permanentemente atualizado, em articulação com a página da educação para a água do sítio do CNA, por um conjunto diversificado de colaboradores. O segundo volume apresenta todas as atas das reuniões plenárias do Conselho, com os correspondentes índices temáticos, cronológico e documental. No decursos da exposição, dois dos colaboradores da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto ligados à elaboração da publicação e da página da educação para a água, fizeram uma demonstração de algumas das funcionalidades que em breve estarão disponíveis. 5 Abstiveram-se os representantes do GEOTA e da LPN. 6 Disponível em: 13/20

14 A Dra. Teresa Patrício Gouveia agradeceu o convite amigável para participar na sessão, que aceitou com gosto, por ter uma oportunidade de prestar um mútuo reconhecimento a todos com quem teve o privilégio de partilhar os trabalhos do Conselho. Reconheceu no CNA algumas das pessoas com quem teve a oportunidade de partilhar esses trabalhos, revendo-as com gosto renovado. Começou por relembrar o cenário de partida para esta caminhada que dura à vinte anos, tendo sido possível evoluir de uma política da água encarada sobretudo como uma política de Obras Públicas, que considerou esgotada, para, uma política que, no início dos anos 80 do Século passado, incorporou aspetos emergentes de natureza ambiental. Viríamos assim a caminhar de modo integrado para o setor da água, conciliando planeamento e gestão, quantidade e qualidade, e satisfazendo uma procura crescente e diferenciada. Foi então também objetivo introduzir na gestão da água uma componente negocial, confrontando a sociedade com a necessidade de articular as múltiplas perspetivas, por vezes conflituais, consagrando, por outro lado, o valor económico através da abertura do mercado da água, confiando ao Estado o papel de regulador e de garante do interesse público. Por isso, foi promovida em 1993/94 uma iniciativa legislativa abrangente, direcionada para o planeamento, licenciamento e regime económico-financeiro dos recursos hídricos, para a abertura dos sistemas de abastecimento de água e saneamento ao setor privado, para a elaboração de uma lei de bases das concessões e para a criação dos primeiros sistemas multimunicipais, das Águas de Portugal e do esboço da entidade reguladora. Foi neste quadro que se publicou o decreto-lei n.º 45/94, diploma que criou o Conselho Nacional da Água. Recuando a esses anos, constatou a enorme tarefa que o planeamento então significou. Tinham-se realizado nesse ano as primeiras reuniões de todos os Conselhos de Bacia Hidrográfica (CBH) e houve que sentar à mesa todos os utilizadores e a administração. As questões suscitadas na primeira reunião do CNA dão uma ideia das questões e problemas suscitados, que incluíram, entre outros, as orientação para a elaboração dos planos de bacia hidrográfica e do plano nacional da água, os sistemas municipais, a configuração do setor empresarial nos sistemas de abastecimento e saneamento, o projeto de Alqueva, o plano hidrológico espanhol e a negociação em curso com Espanha. Recordando essa primeira reunião do Conselho, realizada em novembro de 1994, começou por dizer que o Plano Nacional da Água, para o qual o Conselho era o principal órgão de consulta, embora tivesse sido cometido ao Ministério do Ambiente, não era um assunto da sua única competência, sendo responsabilidade de todo o Governo, sublinhando a transversalidade das abordagens que o planeamento envolvia e a dimensão da concertação que envolvia as estâncias públicas, com especial destaque para as autarquias, mas também a sociedade em geral, representada no Conselho pela comunidade cientifica, as associações profissionais e ambientais e as personalidades de reconhecido mérito no domínio da água. A própria opção por uma personalidade 14/20

15 não ligada à administração para secretário-geral sublinhava a importância atribuída ao Conselho como órgão de auscultação da sociedade, o que considerou ter sido uma boa decisão face à continuada recondução do Eng.º António Eira Leitão, a que cumprimentou pela tão eficiente condução dos trabalhos quase ao longo de todos estes vinte anos como secretário-geral do Conselho. Relendo as atas das primeiras reuniões e considerando os intervenientes no Conselho Nacional da Água, bem como aqueles com quem partilhou os trabalhos no Ministério do Ambiente e Recursos Naturais, referiu o extraordinário conforto e segurança que sentiu enquanto decisora política, pela qualidade técnica e cientifica de todos, cujos conselhos, dentro e fora do CNA, permitiram sustentar solidamente as políticas ambientais que então foram possíveis de concretizar. Prosseguindo a sua intervenção, considerou esse período como um tempo feliz e, num apontamento pessoal, referiu que, além da satisfação política de poder concretizar em parte, sempre em parte, os projetos considerados mais eficazes ou mais úteis, o que também a entusiasmou foi o genuíno prazer de poder trabalhar de forma cúmplice com as pessoas que julgou serem as mais competentes, as mais sábias, as mais convictas e as mais desinteressadas. Considerou ter sido extremamente privilegiada no domínio dos recursos hídricos já que existia, e continua a existir, um corpo profissional, técnico e académico, altamente competente, uma linhagem que entronca numa cultura institucional e jurídica centenária do nosso país, reconhecida também internacionalmente, um verdadeiro ativo nacional. Em jeito de meditação, referiu que olhando para o terreno hoje, tentando esquecer o quadro de referência de há vinte anos atrás e considerando a realidade ainda insatisfatória, podemos concluir pela perspetiva do copo meio vazio, quando ele afinal está bem mais cheio. Progrediu-se e muito e, se assim aconteceu, houve certamente boas decisões políticas que foram tomadas, com os recursos disponíveis, mas foi sobretudo pela insistência da união do corpo de competências da comunidade da água, quer na administração, quer fora dela, nomeadamente através da atuação do Conselho, que foram reforçadas a autoridade e a aceitação das decisões políticas tomadas. À coragem de algumas dessas políticas nos municípios e o envolvimento precoce daqueles na sua definição (como protagonistas deste novo movimento) conferiu-nos, considerou, sustentabilidade e continuidade. Por outro lado, é certo, constatou com alguma tristeza e deceção uma certa evolução verificada no quadro institucional do setor da água, esse recurso estratégico. Constatou também como lacuna ser difícil assegurar a estabilidade das instituições e das medidas, mesmo que elas pareçam testadas e eficientes. Pese embora o caminho feito, considerou haver em no país um assinalável e histórico défice de instituições fortes e autónomas, próprias das sociedades 15/20

16 avançadas que tomamos como concorrência. E então, olhando de novo para esta comunidade da água, referiu confiar que regresse ao que seja, ao contexto favorável ou possível, reiniciando um trabalho de reconstrução. Na verdade, em política, como na vida, nunca nada está garantido, e é na sustentação do conhecimento e na experiência que podemos garantir que a vida se retoma em patamares pelo menos tão elevados como os que já foram conhecidos. Referiu ter tido essa experiência aqui mesmo, citando como exemplo expressivo a retoma, em 1993/1994, dos contactos com Espanha, interrompidos durante quase três décadas após o Convénio de Foi com as competências não perdidas, essa memória institucional e esse corpo de conhecimento atualizado, dentro e fora da administração, que de um dia para o outro foi possível reunir à mesa negocial e fundamentar solidamente os argumentos portugueses. Finalmente, numa sociedade plural e complexa, considerou serem necessárias instituições de confrontação e concertação, tomadas como exercícios normais em sociedades democráticas que não excluem o entendimento e o compromisso em questões de interesse estratégico, como são as relacionadas com os recursos hídricos. Considerou que o Conselho Nacional da Água valoriza, e muito, o lugar de expressão livre, necessário a divergências, interesses e perspetivas diferenciadas, mas também os entendimentos de interesse nacional. Essa perspetiva foi aliás recorrente na história da política de ambiente no nosso país e continuará a ser, inspirando entendimentos mais abrangentes. Sua Exa. o Ministro do Ambiente agradeceu uma vez mais a participação da Dra. Teresa Patrício Gouveia, bem como o trabalho desenvolvido na elaboração da publicação sobre os 20 anos de atividade do Conselho Nacional da Água. Aproveitou também a oportunidade para, em público, agradecer às pessoas envolvidas na criação do CNA, reconhecendo a complexidade e pluralidade das questões ligadas ao setor da água e a relevância dos consensos neste domínio. Não havendo mais intervenções, a sessão foi encerrada, cerca das 13h00. 16/20

17 Anexos Anexo 1 Anexo 2 Anexo 3...Voto de pesar pelo falecimento do Prof. António de Carvalho Quintela Parecer do CNA sobre a Proposta de Plano Nacional da Água.Declaração de voto do representante do GEOTA 17/20

18 VOTO DE PESAR O Conselho Nacional da Água, na sua 58.ª reunião, efetuada em 22 de março de 2016, manifesta profundo pesar pela morte do Professor Doutor António Carvalho Quintela, membro convidado do CNA desde a constituição do Conselho, em 1994, reconhecendo o carácter e as qualidades profissionais que sempre distinguiram a sua participação no Conselho. Lisboa, Março de /20

19 PARECER O Conselho Nacional da Água, durante a sua 58.ª reunião plenária, efetuada a 22 de março de 2016, analisou e discutiu, com base Apreciação n.º 01/CNA/2016, a Proposta de PNA. Tendo em conta: i) a análise dos documentos integrantes da Proposta de Plano Nacional da Água disponibilizados em fevereiro e julho de 2015, concretizada, quer através das intervenções em plenário registadas nas atas das 55.ª, 56.ª e 57.ª reuniões plenárias, quer através dos contributos escritos recebidos e entregues à equipa que se encontrava a elaborar o Plano, ii) a versão revista da proposta de PNA, de março de 2016, que incorporou várias das sugestões feitas pelos membros do Conselho, iii) o teor da Apreciação 01/CNA/2016, e iv) as opiniões expressas pelos membros do Conselho durante a presente reunião (58.ª), o Conselho Nacional da Água dá, por larga maioria, Parecer favorável à Proposta de Plano Nacional da Água em avaliação. Lisboa, 22 de Março de /20

20 DECLARAÇÃO DE VOTO O GEOTA concorda com a matéria constante no parecer do Conselho Nacional da Água (CNA) sobre o Plano Nacional da Água (PNA). No entanto, o GEOTA entende que um aspecto essencial foi tratado de forma incorrecta no Plano e omitido no parecer do Conselho: trata-se do Programa Nacional de Barragens de Elevado Potencial Hidroeléctrico (PNBEPH). O PNA elogia sem fundamento os supostos benefícios do PNBEPH, e ignora o facto de que o PNBEPH representa uma ameaça significativa ao cumprimento de objectivos do próprio PNA. Isto mesmo foi demonstrado nos contributos do GEOTA, que o parecer do CNA optou por ignorar. Em consequência, o GEOTA abstém-se nesta votação. 20/20

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