VALIDADE INTERNA E EXTERNA

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1 VALIDADE INTERNA E EXTERNA

2 Validade Ausência relativa de erro sistemático. Precisão Ausência relativa de erro aleatório

3 VALIDADE INTERNA: Grau com que um estudo é livre de erro sistemático

4 VALIDADE INTERNA: Depende da metodologia e do conhecimento. Método: Depende do método utilizado para selecionar os indivíduos, coletar as informações e conduzir as análises. Conhecimento: escolha do tempo adequado de seguimento, planejamento de intervalos corretos, procedimentos para detecção do evento, etc

5 VALIDADE INTERNA: Responde às perguntas: As conclusões da pesquisa são corretas para as pessoas da amostra? Quão bem a pesquisa foi bem delineada, conduzida e analisada?

6 VALIDADE EXTERNA: Depende da amostragem, conhecimento sobre causa e efeito, etc. Só pode ser considerada para estudos com validade interna.

7 VALIDADE EXTERNA: Determina quanto os resultados de um estudo podem ser generalizados para outras populações ou uma população mais ampla.

8 Fase de conclusões Verdade no universo Inferência Verdade no estudo Inferência Achados no estudo Fase de delineamento e implementação Pergunta da pesquisa Delineamento Plano de pesquisa Implementação Pesquisa Validade Externa Validade interna

9 POPULAÇÃO A POPULAÇÃO B POPULAÇÃO F inferência: validade externa POPULAÇÃO ALVO AMOSTRA inferência: validade interna POPULAÇÃO E POPULAÇÃO C POPULAÇÃO D

10 ASSOCIAÇÃO E CAUSALIDADE

11 ASSOCIAÇÃO E CAUSALIDADE: Estudos: Procuram gerar ou testar hipóteses sobre associação entre uma determinada exposição e a ocorrência de doença.

12 ASSOCIAÇÃO: dependênciaestatísticaentre variáveis. pormaisforte queseja, não implicaemrelaçãode causae efeito.

13 Associações Causais Tabagismo e câncer de pulmão (CP); Vibrião do cólera e cólera Não causais Consumo de café ou mancha amarela nos dedos e CP; Altitude e cólera

14 ASSOCIAÇÃO E CAUSALIDADE: Em epidemiologia, o objetivo principal é julgar se a associação encontrada é, de fato, causal, com base na totalidade de evidências

15 CAUSALIDADE: Uma associação pode ocorrer porque: A exposição causa doença Exposição e doença tem causa comum Doença causa exposição

16 CAUSALIDADE: Causa suficiente: Quando inevitavelmente produz ou inicia uma doença Causa necessária: Doença não se desenvolve na sua ausência

17 Teoria dos germes Bacteriologia: Agente Hospedeiro Conceito da unicausalidade

18 Fase da causalidade múltipla Agravos à saúde Natureza multifatorial Agente Hospedeiro Meio ambiente Físico Biológico Social Redes multicausais

19 CAUSALIDADE: Em geral: Multicausalidade das doenças Um fator pode causar muitas doenças

20 Causalidade REDE DE CAUSAS MÚLTIPLAS agravo à saúde Fumo Bronquite crônica Gases de veículos a motor Exposição ocupacional a asbetos Neoplasias

21 Um único agente pode afetar diferentes órgãos: Fumo câncer de pulmão bexiga laringe bronquite crônica enfizema doença coronariana nascimento de baixo peso muitas outras condições.

22 Rede de Causas Múltiplas levando ao agravo à saúde Distais Causas socioeconômicas Proximais Resultado Causas Fisiológicas e Fisiopatológicas Incapacidades D 1 P 1 F 1 R 1 I 1 D 2 P 2 F 2 R 2...n I 2 D 3...n P 3...n F 3...n I 3...n Renda Educação Ocupação etc Dieta Sedentarismo Tabaco Álcool etc Níveis de PA, Colesterol, Metabolismo glicose, etc DCV (AVC, doença crônica etc) Morte Incapacidade (angina, Hemiplegia, Etc)

23

24 Modelos de causalidade Modelo de causas suficiente e componente (Rothman) D E G H I J C A F A F A B B C Causa suficiente Causa componente Causa necessária

25 Modelo de causas suficientes e Implicações: componentes Multicausalidade: cada mecanismo causal envolve a ação conjunta de várias causas componentes Força da associação: depende da prevalência das causas componentes Períodos de indução: para cada causa componente e não é específico para a doença Controle de doenças: pode se basear em causas componentes isoladas

26 Exemplo Doença: tuberculose pulmonar Exposição ao bacilo de Kock: causa necessária, mas não suficiente Alcoolimo, desnutrição: podem ser causas componentes não necessária e não específica (podem ser causa componente em outra causa suficiente)

27 CAUSALIDADE: Julgando a evidência: Como muitas linhas de evidência levam à conclusão? Inferência causal Em geral não é definitiva.

28 CAUSALIDADE: Exposição causa doença? Depende de relação assimétrica entre a exposição e a doença.

29 CAUSALIDADE: Para o julgamento de causalidade: Existem alguns princípios ou critérios que devem ser considerados A presença destes critérios reforça a possibilidade de causalidade, mas sua ausência não enfraquece essa possibilidade.

30 CAUSALIDADE: Considerar o delineamento do estudo: A evidência está baseada em um delineamento de estudo forte?

31 CAUSALIDADE: Critérios de Sir Bradford Hill:

32 CAUSALIDADE: 1. Relação temporal A causa deve sempre preceder o efeito consensual 2. Evidência por experimento estudos experimentais são de difícil realização em populações humanas

33 CAUSALIDADE: 3. Plausabilidade biológica: A associação é consistente com outros conhecimentos? depende do conhecimento acumulado até o momento

34 CAUSALIDADE: 4. Consistência: Foram mostrados resultados semelhantes em outros estudos? ex: diferentes desenhos de estudo e populações: estudo caso-controle de base hospitalar e de coorte população = médicos do Reino Unido Entretanto, as associações não causais podem ser consistentes, depende do contexto do estudo (população, métodos etc)

35 CAUSALIDADE: 5. Força de associação: Qual é a força de associação entre a causa e efeito? ex: Estudo Caso-Controle: OR= 9,1 e no Estudo de Coorte: Risco Relativo = 18,1 6. Relação dose-resposta (gradiente biológico) O aumento da exposição para uma possível causa está associada com aumento do efeito?

36 CAUSALIDADE: 7. Especificidade - A diferença não aparece se o fator não estiver presente 8. Coerência ausência de conflitos entre os achados e o conhecimento sobre a história natural da doença conservador

37 CAUSALIDADE: 9. Analogia A associação encontrada entre o fator e a doença é análoga a outra relação previamente descrita? serve mais para quebrar a resistência a um novo conhecimento

38 Hill, 1965: None of my nine viewpoints [criteria] can bring indisputable evidence for or against the cause-and-effect hypothesis, and none can be required as a sine que non

39 Também considerado: Reversibilidade: A remoção de uma possível causa leva à redução no risco de doença?

40 Os critérios simplesmente auxiliam a responder a questão fundamental, que está na base do raciocínio causal: Haverá outra explicação para a associação encontrada entre dois eventos, que represente melhor a verdade do que a de relação do tipo causa e efeito?

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