APOSTILA TEORIA GERAL DOS TÍTULOS DE CRÉDITO
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- Paula Furtado Lopes
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1 APOSTILA DE TEORIA GERAL DOS TÍTULOS DE CRÉDITO Material de apoio para a disciplina Direito Comercial, ministrada no 4 o semestre do curso de graduação em direito Elaborado por : Denis Domingues Hermida
2 ÍNDICE I INTRODUÇÃO...1 II- CONCEITO DE TÍTULO DE CRÉDITO...5 III- OS PRINCÍPIOS DO DIREITO CAMBIÁRIO...11 IV- CLASSIFICAÇÃO DOS TÍTULOS DE CRÉDITO...18 V- OS TÍTULOS DE CRÉDITO E O CÓDIGO CIVIL...21 VI- A TRANSFERÊNCIA (CIRCULAÇÃO DOS TÍTULOS...23 VII O AVAL...29 VIII- O PROTESTO...33 IX- AS ESPÉCIES DE TÍTULOS DE CRÉDITO...35
3 CAPÍTULO I INTRODUÇÃO MARTINS 1 : Iniciamos o estudo dos títulos de crédito citando FRAN O crédito, ou seja, a confiança que uma pessoa inspira a outra de cumprir, no futuro, obrigação atualmente assumida, veio facilitar grandemente as operações comerciais, marcando um passo avantajado para o desenvolvimento das mesmas. De fato, no que diz respeito às obrigações de ordem pecuniária, com a utilização do crédito as transações se tornaram mais rápidas e mais amplas, principalmente pela possibilidade de uma pessoa gozar, hoje, de dinheiro cujo pagamento será feito posteriormente (dinheiro presente por dinheiro futuro). Isso, melhor explicado, significa que, com a utilização do crédito, pode alguém, hoje, ser suprido de determinada importância, emprega-la no seu interesse, faze-la produzir em proveito próprio desde que tenha assumido a obrigação de em época futura, retornar a quem lhe forneceu a importância de que se utilizou. Inegavelmente, nas atividades comerciais, em que o capital é sempre necessário para que os comerciantes possam realizar operações lucrativas com maior amplitude, a utilização do crédito veio aumentar consideravelmente essas transações, trazendo benefícios para o comércio e maiores possibilidades de desenvolvimento do mesmo. Até no que diz respeito a operações não comerciais, o crédito, de modo indiscutível, serve para facilita-las, dando maiores oportunidade aos que, em certas ocasiões, não dispõem de recursos pecuniários suficientes para as suas necessidades presentes, muito embora possam contar com os mesmos em época futura. Surgiu, assim, o crédito como elemento novo a facilitar a vida dos indivíduos e, conseqüentemente, o progresso dos povos. Mas, desde o início foi evidenciado um problema relativo à circulação dos direitos creditórios, problema que, de fato, só veio a ser solucionado com o aparecimento dos títulos de crédito. Isso em virtude de, sendo a utilização do crédito a assunção de uma obrigação, deveria esta, em tempos passados, ser cumprida apenas pela própria pessoa obrigada. Assim, se alguém contraía uma dívida, o seu patrimônio não respondia pela mesma, já que patrimônio e pessoa eram inseparáveis, sendo os bens tidos como um acessório da pessoa. Foi, 1 MARTINS, Fran. Título de Crédito. Rio de Janeiro, Editora Forense, 11 a edição, 1995
4 inquestionavelmente, o aparecimento da lei Paetelia Papira, em 429, que fez a distinção entre patrimônio e pessoa, podendo, a partir daí, o credor acionar os bens do devedor para que esses, e não a própria pessoa do devedor solvessem a dívida. Trouxe, desse modo, a lei Paetelia Papiria, inegável progresso na garantia do crédito, mas, ainda assim, os direitos de crédito que alguém tinha contra outrem não eram facilmente transmitidos pelo credor a terceiros, permanecendo o princípio do crédito individual. Só depois do aparecimento dos títulos de crédito, isto é, de papéis em que estavam incorporados os direitos do credor contra o devedor, foi que o problema da circulação dos direitos creditórios começou a marchar para uma solução. Surgiram os títulos de crédito, com algumas das características que hoje possuem, na Idade Média, e esse fato foi mais o fruto de necessidades momentâneas de caráter mercantil do que um procedimento visando especialmente à solução de um problema jurídico. Foi realmente naquela época que começaram a aparecer, de maneira mais freqüente e mais completa, documentos que representavam direitos de crédito, a princípio direitos que poderiam ser utilizados apenas pelos que figuravam nos documentos como seus titulares (credores) e que posteriormente passaram a ser transferidos por esses titulares a outras pessoas que, de posse dos documentos podiam exercer, como proprietários, os direitos mencionados nos papéis. A chamada cláusula a ordem, que nada mais é que a faculdade que tem o titular de um direito de crédito (credor) de transferir esse direito a outra pessoa, juntamente com o documento que o incorpora, marcou, realmente, o início de uma fase importantíssima para a economia dos povos, que é a circulação do crédito. Daí por diante, novos meios foram adotados para dar melhor forma aos títulos de crédito, novas regras surgiram garantido os direitos que os títulos incorporavam. De modo que, hoje, facilitando grandemente as atividades dos indivíduos e dos povos, temos nos títulos de crédito documentos que representam certos e determinados direitos e, mais que isso, que dão possibilidade a que esses direitos incorporados nos documentos circulem, se transfiram facilmente de pessoa a pessoa, revestidos de inúmeras garantias para os credores e todos quantos figurem nesses papéis. Com o aparecimento dos títulos de crédito e a possibilidade de circulação fácil dos direitos neles incorporados, o mundo na verdade ganhou um dos mais decisivos instrumentos para o desenvolvimento e o progresso. Da leitura do texto acima, alguns pontos merecem relevo, quais sejam: O que significa crédito? Qual o papel dos títulos de crédito na relação de crédito?
5 a) O Conceito de crédito Quanto ao conceito de crédito, Fran Martins afirma ser a confiança que uma pessoa inspira a outra de cumprir, no futuro, obrigação atualmente assumida. Parece-nos, entretanto, que tal conceito merece ser melhor explorado. De Plácido e Silva 2 aponta que derivado do latim creditum, de credere (confiar, emprestar dinheiro), possui o vocábulo uma ampla significação econômica e um estreito sentido jurídico. Em sua acepção econômica significa a confiança que uma pessoa deposita em outra, a quem entrega coisa sua, para que, em futuro, receba dela coisa equivalente. Juridicamente, significa o direito que tem a pessoa de exigir de outra o cumprimento da obrigação contraída. Pedro Nunes 3 também apresenta o crédito em sua acepção econômica e jurídica. Do ponto de vista econômico, crédito é a força propulsora na circulação e aplicação do capital, faculdade de utilizar o capital alheio, com a obrigação de o restituir no prazo, e sob as condições convencionadas. Juridicamente, é o direito de exigir de outrem o inadimplemento de determinada prestação de qualquer natureza, ou a satisfação de certa soma de direito. Verdadeiro é que para o nosso estudo sobre títulos de crédito, tanto o conceito econômico quanto o conceito jurídico de crédito nos são importantes, vez que o primeiro nos traz a idéia da relevância do crédito para a vida das empresas e o segundo nos fornece a representação do crédito no direito, ajudando-nos no momento de conceituar o instituto jurídico título de crédito. Concluímos assim que, para o direito, crédito pode ser visto como relação jurídica de natureza obrigacional que envolve como partes um Credor e um Devedor e como objeto uma prestação pecuniária (restituição de valores) advinda da entrega pelo credor de determinado valor para o devedor. Analisando-se o crédito do ponto de vista do Credor, temos o dever de entregar ao Devedor prestação presente para ser paga no futuro, bem como o direito subjetivo de receber determinada prestação das mãos do devedor como forma de restituição (com ou seu majoração) de valores entregues anteriormente ao devedor. Já do ponto de vista do devedor, temos o direito subjetivo de receber determinada prestação a fim de gozar hoje de dinheiro cujo pagamento será feito posteriormente, e o dever de proceder o pagamento (com ou sem majoração), na data estipulada, ao Credor do dinheiro que lhe fora entregue. 2 DE PLÁCIDO E SILVA. Vocabulário Jurídico. Tomo I. Rio de Janeiro : Forense, 4 a edição, NUNES, Pedro. Dicionário de tecnologia jurídica. São Paulo : Livraria Freitas Bastos, 8 a edição, 1974
6 b) O papel dos títulos de crédito na relação de crédito A grande utilidade dos títulos de crédito (que provisoriamente podemos conceituar como papéis em que estão incorporados os direitos do credor contra o devedor) para as relações jurídicas de crédito está sediada em vários aspectos, quais sejam: - o caráter probatório do título de crédito (trata-se de um documento que prova a existência de um crédito) - permite a circulação do crédito, isto é, que o direito subjetivo ao crédito possa ser repassado (transferido) para terceira pessoa que não fez parte da relação jurídica original (que deu origem ao crédito) - tem natureza jurídica de título executivo extrajudicial, conforme artigo 585 do Código de Processo Civil, dando ensejo à propositura de ação de execução (que tem como rito, resumidamente, a citação do Devedor para o pagamento da dívida constante do título no prazo de 24(vinte e quatro) horas, sob pena de penhora de bens. Caso não houvesse um título executivo judicial, deveria se utilizar o Credor de ação de conhecimento (em que seria discutida a existência ou não do crédito, o que seria determinado por uma sentença judicial) para, após, propor a execução.
7 CAPÍTULO II CONCEITO DE TÍTULO DE CRÉDITO É clássico o conceito de título de crédito apresentado por Cesare Vivante, para quem o título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito literal e autônomo nele mencionado. Amador Paes de Almeida 4, a seu turno, apresenta título de crédito como um instrumento formal que contém obrigação, instrumento esse a que a lei confere direito literal e autônomo. Fábio Ulhoa Coelho 5, partindo o conceito apresentado por Cesare Vivante ensina que : Proponho um caminho algo diferente, que parte do conceito, que parte do conceito apresentado acima (conceito de Cesare Vivante): o título de crédito é um documento. Como documento, ele reporta um fato, ele diz que alguma coisa existe. Em outros termos, o título prova a existência de uma relação jurídica, especificamente duma relação de crédito; ele constitui a prova de que certa pessoa e credora de outra; ou de que duas ou mais pessoas são credoras de outras. Se alguém assina um cheque e o entrega a mim, o título documenta que sou credor daquela pessoa. A nota promissória, letra de câmbio, duplicata ou qualquer outro título de crédito também possuem o mesmo significado, também representam obrigação creditícia. O título de crédito não é o único documento disciplinado pelo direito. Há outros, que também reportam fatos, que provam que certo sujeito é titular de um direito perante outro, ou perante qualquer um. O instrumento escrito de contrato de locução documenta, entre outras obrigações, que o locador é credor dos aluguéis devidos pelo locatário. A escritura pública de compra e venda de imóvel prova a existência do negócio de aquisição do bem e discrimina as obrigações assumidas pelas partes. A notirifação de lançamento fiscal relata que o contribuinte é obrigado a pagar o tributo ao estado. A sentença judicial condenatória representa o dever imposto à parte vencida de satisfazer o direito reconhecido à vencedora. Além desses, muitos outros documentos têm a sua elaboração e seus efeitos 4 ALMEIDA, Amador Paes. Teoria e Prática dos Títulos de Crédito. São Paulo:Saraiva, 24 a edição, COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de Direito Comercial. 1 o volume. São Paulo: Saraiva, 8 a edição, revista e atualizada, 2004
8 dispostos na lei ou em regulamentos; livros mercantis, nota fiscal, fatura, certificado de registro de marca, apólice de seguro, diploma de curso superior etc. O título de crédito se distingue dos demais documentos representativos de direitos e obrigações em três aspectos. Em primeiro lugar, ele se refere unicamente a relações creditícias. Não se documenta num título de crédito nenhuma outra obrigação, de dar, fazer ou não fazer. Apenas o crédito titularizado por um ou mais sujeitos, perante outro ou outros, consta de um instrumento cambial. O contrato de locação empresarial, por exemplo, além de assegurar o crédito do aluguel, representa o dever de o locador respeitar a posse do locatário sobre o imóvel, ou de suportar a renovação compulsória do vínculo, na forma da lei. Alguns dos títulos de crédito impróprios asseguram direitos não creditícios ao seu portador: o warrant e conhecimento de depósito, por exemplo, unidos, representam a propriedade de mercadorias depositadas em Armazéns Gerais. A característica de representar exclusivamente direitos creditórios, por si só, não é suficiente para distinguir os títulos de crédito dos demais documentos representativos de obrigação. A apólice de seguro, por exemplo, também representa apenas o crédito eventual do segurado ou do terceiro beneficiário, perante a seguradora e não se pode considerar título de crédito. A segunda diferença entre o título de crédito e muitos dos demais documentos representativos de obrigação está ligada à facilidade na cobrança do crédito em juízo. Ele é definido pela lei processual como título executivo extrajudicial (CPC, art. 585, I); possui executividade, quer dizer, dá ao credor o direito de promover a execução judicial do seu direito. Nem todos os instrumentos escritos que documentam obrigações creditícias apresentam essa característica. Se o credor não dispuser de documento a que a lei processual atribua natureza executória, a cobrança do seu crédito representado deverá ser feita através de ação de conhecimento (ou monitória), normalmente mais morosa que a execução. Esse atributo dos títulos de crédito convém ressaltar também não pe exclusivo;m diversos outros documentos representativos de obrigação são também títulos executivos (sentença judicial, contrato revestido de certas formalidades, apólices de seguro de vida etc.). Em terceiro lugar, o título de crédito ostenta o atributo da negociabilidade, ou seja, está sujeito a certa disciplina jurídica,
9 que torna mais fácil a circulação do crédito, a negociação do direito nele mencionado. A fundamental diferença entre o regime cambiário e a disciplina dos demais documentos representativos de obrigação(que será chamada, aqui, de civil) é relacionada aos preceitos que facilitam, ao credor, encontrar terceiros interessados em antecipar-lhe o valor da obrigação (ou parte deste), em troca da titularidade do crédito. Em outros termos, se o credor tem o seu direito representado por um título de crédito (por exemplo, uma nota promissória, duplicada ou cheque pós-datado), ele pode facilmente desconta-lo junto ao banco de que é cliente. Na operação de desconto bancário, o credor do título de crédito (descontário) transfere a titularidade do seu direito ao banco (descontador) e recebe deste, adiantado, uma parte do valor do crédito. No vencimento, o banco irá cobrar o devedor, lucrando com a diferença entre o valor facial do título e o montante antecipado ao credor originário. Nem todos os documentos representativos de obrigação, contudo, são descontáveis pelos bancos. Documentos sujeitos ao regime civil de circulação não despertam o mesmo interesse de instituições financeiras, porque elas ficam em situação mais vulnerável quanto ao recebimento do crédito. A negociabilidade dos títulos de crédito é decorrência do regime jurídico-cambial, que estabelece regras que dão à pessoa para quem o crédito é transferido maiores garantias do que as do regime civil.. Waldirio Bulgarelli 6 a despeito de reiterar os termos do conceito apresentado por Cesare Vivante (título de crédito como documento necessário para o exercício do direito literal e autônomo nele mencionado), destaca entre os requisitos essenciais dos títulos de crédito a tipicidade, apontando que a legalidade ou tipicidade consiste na impossibilidade estabelecida pela Lei, de se emitirem títulos de crédito que não estejam previamente definidos e disciplinados por lei (numerus clausus). Sem embargo de toda a doutrina citada, importante é destacarmos que o código civil de 2002, em seu artigo 887, conceitua título de crédito, apresentando-o como: O título de crédito, documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele contido, somente produz efeito quando preencha os requisitos da lei. Quanto aos requisitos essenciais dos títulos de crédito, os apresentamos agora de forma sucinta tão somente com o objetivo de obter elementos para apontar o nosso conceito de título de crédito. 6 BULGARELLI, Waldirio. Títulos de crédito. São Paulo: Atlas, 1995, 11 a edição atualizada
10 Waldírio Bulgarelli 7 apresenta os requisitos essenciais dos títulos de crédito como sendo: a CARTULARIDADE, a AUTONOMIA e a LITERALIDADE. Apresenta o Autor como cartularidade (também chamada de incorporação) como sendo a materialização do direito no documento, motivo pelo qual se diz que o direito se incorpora ao documento. A expressão carturalidade ou direito cartular (de chartula, do baixo latim) é empregada para significar tanto a incorporação do direito ao documento, como o direito decorrente do título em relação ao negócio fundamental, chamado por isso mesmo, o negócio subjacente, de relação extracartular. Portnato, em decorrência da incorporação do direito no título: - quem detenha o título, legitimamente, pode exigir a prestação; - sem o documento, o devedor não está obrigado, em princípio, a cumprir a obrigação Ainda quanto à cartularidade, Fábio Ulhoa Coelho 8 afirma que pelo princípio da cartularidade, o credor do título de crédito deve provar que se encontra na posse do documento para exercer o direito nele mencionado. Já a literalidade é, conforme magistério de Amador Paes de Almeida 9, caracterizada como a situação de que os títulos são literais porque valem exatamente a medida neles declarada. Caracterizam-se tais títulos, como bem lembra Carvalho de Mendonça, pela existência de uma obrigação literal, isto é, independente da relação fundamental, atendendo-se exclusivamente ao que eles expressam e diretamente mencionam. A Autonomia, na forma dos ensinamentos de Waldírio Bulgarelli 10 é requisito fundamental para a circulação dos títulos de crédito. Por ele, o seu adquirente passa a ser titular de direito autônomo, independente da relação anterior entre os possuidores. Fábio Ulhoa Coelho 11 complementa que pelo princípio da autonomia das obrigações cambiais, os vícios que comprometem a validade de uma relação jurídica, documentada em título de crédito, não se estendem às demais relações abrangidas no mesmo documento, apresentando o seguinte exemplo: imagine-se um negócio qualquer, de que tenha originado crédito, documentado numa nota promissória: Antonio vende a Benedito o seu automóvel usado, consentindo receber metade do prezo no prazo de 60(sessenta) dias. Nesse caso, a nota representa a obrigação do comprador, na compra e venda do automóvel. O ato de compra será chamado de relação fundamental ou negócio 7 Idem, pp. 57 a 60 8 Op. Cit. p Op. Cit. p. 3 e 4 10 Op. Cit. p Op. Cit. p. 375
11 originário, porque o título foi emitido com o propósito inicial de o documentar. Imagine-se, então, que Antonio é devedor de Carlos, em importância próxima ao valor facial da nota promissória. Se Carlos concordar, o débito de Antonio poderá ser satisfeito com a transferência do crédito que titulariza em razão da nota (esse ato de transferência denomina-se endosso). Nessa hipótese, o título que representava, originalmente, apenas a obrigação de Benedito pagar a Antonio o saldo devedor do valor do automóvel, passou a representar duas outras relações jurídicas: a de Antonio satisfazendo sua dívida junto Carlos; e a de Benedito devedor do título agora em mãos de Carlos. São três relações jurídicas documentadas numa única nota promissória. Como as obrigações correspondentes são autônomas, umas das outras, eventuais vícios que venham a comprometer qualquer delas não contagiam as demais. Quer dizer, se o automóvel adquirido por Benedito possui vício redibitório, isso não o exonera de satisfazer a obrigação cambial perante Carlos. Os problemas relacionados com a compra e venda do automóvel usado podem influir na relação jurídica entre os participantes da relação originária do título (isto é, Antonio e Benedito), mas não interferem minimamente com dos direitos de terceiros de boa-fé para quem o mesmo título foi transferido. Por fim, após analisar os principais requisitos do título de crédito, podemos afirmar que: - é um documento. Valendo esclarecer que documento é todo objeto do qual se extraem fatos em virtude da existência de símbolos, ou sinais gráficos, mecânicos, eletromagnéticos etc. É documento, portanto uma pedra sobre a qual estejam impressos caracteres, símbolos ou letras; é documento a fita magnética para reprodução por meio do aparelho próprio, o filme fotográfico etc 12 - o direito subjetivo do credor de receber o seu crédito está diretamente relacionado à apresentação do documento (cartularidade) - é formal, isto é, precisa conter forma determinada pela lei, sendo que a afronta à forma imposta por lei é capaz de levar à invalidade do título - tem rol taxativo determinado por lei. Conforme o princípio da legalidade ou tipicidade, aplicado aos títulos de crédito, o artigo 887 do Código Civil, impossibilita a emissão de títulos de crédito que não estejam previamente definidos e disciplinados por lei. Não há, assim, como se cogitar da invenção de título de crédito não previsto legalmente. - é literal, isto é, valem exatamente a medida neles declarada. Fran Martins, citado por Amador Paes de Almeida 13, afirma que por literalidade entende-se o 12 GRECCO FIL-HO, Vicente. Direito Processual Civil Brasileiro. Volume 2. São Paulo: Saraiva, 6 a edição, atualizada, Ob. Cit. p.4
12 fato de só valer no título o que nele está escrito. Nem mais nem menos do mencionado no título constitui direito a ser exigido pelo portador. - tem natureza jurídica de título executivo extrajudicial, conforme artigo 585, I, do CPC, dando ao credor o direito de promover a execução judicial do seu direito - referem-se unicamente a relações creditícias. Não se documenta num título de crédito nenhuma outra obrigação, de dar, fazer ou não fazer, à exceção dos títulos executivos impróprios (warrant e conhecimento de transporte) - o título de crédito ostenta o atributo da negociabilidade, ou seja, está sujeito a certa disciplina jurídica, que torna mais fácil a circulação do crédito, a negociação do direito nele mencionado. - possui autonomia em relação ao negócio jurídico que lhe deu origem. A Autonomia é requisito fundamental para a circulação dos títulos de crédito. Por ele, o seu adquirente passa a ser titular de direito autônomo, independente da relação anterior entre os possuidores.
13 CAPÍTULO III OS PRINCÍPIOS DO DIREITO CAMBIÁRIO Introdução Fábio Ulhoa Coelho aponta a existência de princípios do direito cambiário, que são, em realidade, características do tratamento jurídico dado aos títulos de crédito. O citado Autor entende pela existência de 3(três) princípios do direito cambiário - a) Princípio da Cartularidade; b) Princípio da Literalidade e c) Princípio da autonomia das obrigações cambiais além da existência de 2(dois) subprincípios oriundos da autonomia das obrigações cambiais, quais sejam: c.1) Subprincípio da abstração e c.2) Subprincípio da inoponibilidade das exceções pessoais a terceiros de boa-fé. PRINCÍPIOS CARTULARIDADE LITERALIDADE AUTONOMIA Abstração Inoponibilidade de exceções pessoais Valdírio Bulgarelli 14, por sua vez, estuda a cartularidade, a literalidade e a autonomia como requisitos essenciais dos títulos de crédito, não tratando tais institutos como princípios. Entendemos melhor o tratamento dado por Ulhoa Coelho à matérias, vez que alguns princípios podem não ser totalmente aplicáveis a algumas espécies de títulos de crédito (como o princípio da cartularidade que não se aplica integralmente à duplicata mercantil ou de prestação de serviços). 14 Op. Cit. pp
14 a) O princípio da cartularidade Valdírio Bulgarelli 15 apresenta a cartularidade (também chamada de incorporação) como sendo a materialização do direito no documento, motivo pelo qual se diz que o direito se incorpora ao documento. A expressão carturalidade ou direito cartular (de chartula, do baixo latim) é empregada para significar tanto a incorporação do direito ao documento, como o direito decorrente do título em relação ao negócio fundamental, chamado por isso mesmo, o negócio subjacente, de relação extracartular. Portanto, em decorrência da incorporação do direito no título: - quem detenha o título, legitimamente, pode exigir a prestação; - sem o documento, o devedor não está obrigado, em princípio, a cumprir a obrigação Ainda quanto à cartularidade, Fábio Ulhoa Coelho 16 afirma que pelo princípio da cartularidade, o credor do título de crédito deve provar que se encontra na posse do documento para exercer o direito nele mencionado. Amador Paes de Almeida 17 afirma que em razão da cartularidade, título e direito se confundem, tornando imprescindível o documento para o exercício do direito que nele se contém, pois, na clássica definição de Vivante, título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito literal e autônomo nele mencionado. O próprio código civil de 2002, em seu artigo 887, ao conceituar título de crédito, destaca a cartularidade como requisito : O título de crédito, documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele contido, somente produz efeito quando preencha os requisitos da lei. b) O Princípio da Literalidade A literalidade é, conforme magistério de Amador Paes de Almeida 18, caracterizada como a situação de que os títulos são literais porque valem exatamente a medida neles declarada. Caracterizam-se tais títulos, como bem lembra Carvalho de Mendonça, pela existência de uma obrigação literal, isto é, independente da relação fundamental, atendendo-se exclusivamente ao que eles expressam e diretamente mencionam. 15 Op. Cit. Pp Op. Cit. p Op. Cit. pp Op. Cit. p. 3 e 4
15 Valdírio Bulgarelli 19 ensina que a literalidade é a medida do direito contido no título. Vale assim, o documento pelo que nele se contém, exprimindo, portanto, a sua existência, o seu conteúdo, a sua extensão e a modalidade do direito nele mencionado. Em conseqüência, a literalidade atua tanto em favor do credor, que pode exigir o que nele está mencionado, insuscetível de discussão, assim, o valor, o prazo etc., como também em favor do devedor, pois o credor não poderá pedir mais do que está estabelecido no título. Daí se dizer que o que não está no título não está no mundo. Resumindo a função da literalidade, Ascarelli assinala que ela: - torna o direito cartular distinto da relação fundamental, tendo, assim valor constitutivo; - Atribui à declaração cartular, como declaração de vontade, condição de fonte de direito autônomo, cujo exercício e transmissão estão em função, respectivamente, da apresentação e transferência do título. Reafirma Fábio Ulhoa Coelho 20 que título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito, literal e autônomo, nele mencionado. Nessa passagem, o conceito de Vivante se refere ao princípio da literalidade, segundo o qual somente produzem efeitos jurídicos-cambias os atos lançados no próprio título de crédito. Atos documentados em instrumentos apartados, ainda que válidos e eficazes entre os sujeitos diretamente envolvidos, não produzirão efeitos perante o portador do título. O exemplo mais apropriado de observância do princípio (Fábio Ulhoa entende que cartularidade, autonomia e literalidade são princípios e não requisitos) está na quitação dada em recibo separado. Quem paga parcialmente um título de crédito deve pedir a quitação na própria cártula, pois não poderá se exonerar de pagar o valor total, se ela vier a ser transferida para terceiro de boa-fé. Outro exemplo de aplicação da literalidade encontra-se na inexistência do aval, quando o pretenso avalista apenas se obrigou em instrumento apartado. Se do título não consta a assinatura da pessoa de quem se pretendia o aval, a garantia simplesmente não existe, em razão do princípio da literalidade. O direito decorrente do título é literal no sentido de que, quanto ao conteúdo, à extensão e às modalidades desse direito, é decisivo exclusivamente o teor do título (Messineo). Há uma exceção à aplicação desse requisito à disciplina do título de crédito denominado duplicata, cuja quitação pode ser dada, pelo legítimo portador do título, em documento em separado (LD, art. 9 o, par. 1 o ). 19 Op. Cit. p Op. Cit. P. 374
16 c) O princípio da autonomia Consta do magistério de Fábio Ulhoa Coelho 21 que o título de crédito é documento necessário para o exercício do direito, literal e autônomo, nele mencionado. Agora a referência do conceito de Vivante (título de crédito como documento necessário para o exercício do direito literal e autônomo nele mencionado) alcança o mais importante dos princípios do direito cambial, que é o da autonomia das obrigações documentadas no título de crédito. Segundo esse princípio, quando um único título documenta mais de uma obrigação, a eventual invalidade de qualquer delas não prejudica as demais. Pela autonomia das obrigações cambiais, os vícios que comprometem a validade de uma relação jurídica, documentada em título de crédito, não se estendem às demais relações abrangidas no mesmo documento. Para compreensão da autonomia, citemos exemplo apresentado pelo mesmo Fábio Ulhoa : Antonio vende a Benedito o seu automóvel usado, consentindo receber metade do prezo no prazo de 60(sessenta) dias. Nesse caso, a nota representa a obrigação do comprador, na compra e venda do automóvel. O ato de compra será chamado de relação fundamental ou negócio originário, porque o título foi emitido com o propósito inicial de o documentar. Imagine-se, então, que Antonio é devedor de Carlos, em importância próxima ao valor facial da nota promissória. Se Carlos concordar, o débito de Antonio poderá ser satisfeito com a transferência do crédito que titulariza em razão da nota (esse ato de transferência denomina-se endosso). Nessa hipótese, o título que representava, originalmente, apenas a obrigação de Benedito pagar a Antonio o saldo devedor do valor do automóvel, passou a representar duas outras relações jurídicas: a de Antonio satisfazendo sua dívida junto Carlos; e a de Benedito devedor do título agora em mãos de Carlos. São três relações jurídicas documentadas numa única nota promissória. Como as obrigações correspondentes são autônomas, umas das outras, eventuais vícios que venham a comprometer qualquer delas não contagiam as demais. Quer dizer, se o automóvel adquirido por Benedito possui vício redibitório, isso não o exonera de satisfazer a obrigação cambial perante Carlos. Os problemas relacionados com a compra e venda do automóvel usado podem influir na relação jurídica entre os participantes da relação originária do título (isto é, Antonio e Benedito), mas não interferem minimamente com dos direitos de terceiros de boa-fé para quem o mesmo título foi transferido. Na realidade, o princípio da autonomia tem a utilidade de garantir a efetiva circulabilidade (possibilidade de circulação) dos títulos de crédito, vez que terceiro que receba o título não precisa investigar as condições em que o crédito transacionado teve origem, pois ainda que haja irregularidade, invalidade ou ineficácia na relação fundamental (extracartular), ele não terá o seu direito prejudicado. 21 Op. Cit. p
17 d) O subprincípio da abstração O subprincípio da abstração determina que o título de crédito, quando colocado em circulação, desvincula-se da relação fundamental que lhe originou. Para exemplificar, ratificamos a ilustração apontada na letra c. A abstração ocorre tão somente quando o título circula, isto é, quando é transferido para terceiro (que não participou da relação jurídica fundamental que deu origem à emissão do título) de boa-fé, momento em que ocorre o desligamento entre o título de crédito e a relação que lhe deu origem. Como conseqüência dessa desvinculação entre o título e o negócio jurídico que lhe deu origem temos a impossibilidade do devedor exonerar-se de suas obrigações cambiárias, perante terceiros de boa-fé, em razão de irregularidades, nulidades ou vícios de qualquer ordem que contaminem a relação jurídica fundamental 22. A circulação é condição necessária para a abstração. A denominação abstração é ambígua, podendo significar: - a característica oriunda do princípio da autonomia, segundo a qual quando o título circula, isto é, quando é transferido para terceiro (que não participou da relação jurídica fundamental que deu origem à emissão do título) de boa-fé, ocorre o desligamento entre o título de crédito e a relação que lhe deu origem. - a condição de alguns títulos que, no momento de sua emissão, se desvinculam instantaneamente do negócio jurídico que lhe deu origem. Sobre esse segundo significado da abstração, citamos o magistério de Valdirio Bulgarelli: Todos os títulos de crédito são emitidos por alguma razão; tem por isso uma causa, a qual, na generalidade dos casos, decorre de um negócio, como compra e venda, mútuo etc. Em alguns casos ela não é mencionada no título de crédito (...), tornando-o completamente abstrato em relação ao negócio fundamental que lhe deu origem. Exemplo típico são as letras de câmbio e a nota promissória, nas quais não é necessário mencionar-se a razão, a causa da sua emissão ou criação, não podendo, por isso mesmo, serem opostas exceções ao credor, com base nelas. Não obstante, a abstração (...) não é essencial aos títulos de crédito, contrapondo-se os chamados títulos causais aos títulos abstratos, estes, basicamente, a letra de câmbio e a nota promissória. 22 COELHO, Fábio Ulhoa. Op. cit., p. 377
18 Em nosso direito são considerados títulos abstratos a cambial (nas suas duas variantes, a letra de câmbio e a nota promissória), em que é dispensável a enunciação da causa, e como títulos causais, uma série grande, como a duplicata (que só pode ser emitida em decorrência de uma entrega efetiva de mercadorias, ou de um efetivo serviço prestado, de acordo com a Lei 5.474, de 18 de julho de 1968), e outros. 23 c.2) O subprincípio da inoponibilidade das exceções pessoais A inoponibilidade das exceções pessoais a terceiro de boa-fé é também decorrência do princípio da autonomia das obrigações cambiárias. Por esse subprincípio (que também é denominado, por Fran Martins, de regra da inoponibilidade das exceções), o obrigado(devedor) de um título de crédito não pode recusar o pagamento ao seu portador alegando suas relações pessoais com o sacador ou outros obrigados anteriores do título. Tais exceções ou defesas são inoponíveis ao portador do título, que fica sempre assegurado quanto ao cumprimento da obrigação pelo obrigado (emitente do título) 24. Exemplifiquemos: um negócio jurídico de venda e compra feito entre A e B dá origem à emissão de um determinado título de crédito. B, comprador, emitiu referido título a A como forma de pagamento. A, por sua vez, transferiu referido título a C. O negócio jurídico de venda e compra possui um vício que leva à sua nulidade absoluta. Na data do vencimento do título, C dirige-se a A para recebimento do valor constante do título, sendo que, com base no subprincípio da inoponibilidade de exceções pessoais a terceiro de boa-fé, A não poderá negarse a pagar o título a C sob o fundamento de que o negócio jurídico que originou o título é nulo. Esse princípio consta expressamente da Lei Uniforme relativa às Letras de Câmbio e Notas Promissórias (Convenção de Genebra, recepcionada pelo ordenamento jurídico brasileiro através do Decreto no , de 24/01/1966), conforme seu artigo 17, in verbis: As pessoas acionadas em virtude de uma letra não podem opor ao portador exceções fundadas sobre as relações pessoais delas com o sacador ou com os portadores anteriores, a menos que o portador ao adquirir a letra tenha procedido conscientemente em detrimento do devedor. 23 BULGARELLI, Waldirio. Op. cit. pp MARTINS, Fran. Op. cit. pp
19 Destaque-se a importância, para a aplicação do subprincípio em exame, da boa-fé do terceiro adquirente do título. O simples conhecimento, pelo terceiro, no momento da aquisição do título, da existência de fato oponível ao credor anterior do título já é suficiente para caracterizar a má-fé 25. Assim, no exemplo acima, se C, quando recebeu o título de B, já sabia da nulidade do negócio jurídico que deu origem ao título, então é terceiro de má-fé, não sendo aplicável a inoponibilidade de exceções pessoais. d) O princípio da Legalidade Waldirio Bulgarelli também enfatiza a existência do princípio da legalidade ou tipicidade, com as seguintes características: A legalidade ou tipicidade consiste na impossibilidade estabelecida pela Lei, de se emitirem títulos de crédito que não estejam previamente definidos e disciplinados por lei (numerus clausus) legalidade: A parte final do artigo 887 do Código Civil de 2002 impõe essa O título de crédito, documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele contido, somente produz efeito quando preencha os requisitos da lei. (grifos nossos) 25 COELHO, Fabio Ulhoa. Op. cit. pp Op. cit. p. 66
20 CAPÍTULO IV CLASSIFICAÇÃO DOS TÍTULOS DE CRÉDITO Classificar significa agrupar indivíduos que possuam determinadas características em comum, possibilitando, dessa forma, um melhor estudo dos mesmos. Assim, não há como se cogitar em classificações certas ou erradas. Todas as classificações têm o seu valor. Optamos pela classificação dos títulos de crédito a) quanto ao modelo; b) quanto à estrutura; c) quanto às hipóteses de emissão; d) quanto à circulação, e) quanto à relação fundamental e f) títulos de crédito propriamente e impropriamente ditos a) Classificação quanto ao modelo Em relação ao modelo, os títulos de crédito podem ser vinculados ou livres. Vinculados são aqueles títulos que só produzem efeitos cambiais quando atendem ao padrão exigido por lei. E livres são os títulos que não possuem padrão de utilização obrigatória, desde atendidos os requisitos legais. b) Classificação quanto à estrutura Quanto à estrutura, os títulos de crédito podem ser ordem de pagamento ou promessa de pagamento. - por ordem de pagamento entendem-se os títulos que, quando de sua emissão, envolvem, 3(três) sujeitos (sacador, sacado e beneficiário). O sacador ordena que o sacado pague ao beneficiário determinada importância em determinada data. Atentemo-nos para o fato de que não é o sacador (que emite o título) que entrega o valor ao beneficiário, mas sim o sacado. Um exemplo de título que se classifica como ordem de pagamento é o cheque, em que o emitente do cheque determina ao banco sacado que pague ao beneficiário do cheque determinada quantia. - por promessa de pagamento entendem-se os títulos que, quando de sua emissão, envolvem 2(dois) sujeitos: o promitente e o beneficiário. O promitente promete entregar ao beneficiário, em certa data, determinada importância. Veja que, nessa classe de títulos de crédito, quem entrega a importância ao beneficiário é o próprio promitente (que emitiu o título).
Literalidade o título valerá pelo que nele estiver escrito. Formalismo - a forma do título de crédito é prescrita lei.
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