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Izabel Felgueiras
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3 ÍNDICE INTRODUÇÃO...04 MEIOS OCULTOS DE INVESTIGAÇÃO...06 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...11 IMAGENS

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5 INTRODUÇÃO O Centro de Estudos de Investigação Criminal - CEICRIM, oferece ao público interessado cursos diferenciados e qualificados sobre investigação criminal, tanto no tocante aos fundamentos científicos básicos quanto no tocante às casuísticas criminais, como o presente conteúdo Meios Ocultos de Investigação, estudado no curso de Investigação de Crime Organizado. Os conteúdos levam em conta a produção científica, mas também a pragmática sobre a matéria, oferecendo subsídios para compreender e enfrentar as questões polêmicas, técnicas e complexas, pelo operador ou estudante da investigação criminal. Os cursos são oferecidos em plataforma de ensino a distância, de manejo intuitivo e fácil, com preço acessível, emissão de certificado e acompanhamento de tutor para facilitar os estudos. 04

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7 MEIOS OCULTOS DE INVESTIGAÇÃO Os meios ocultos, encobertos ou secretos de investigação criminal se tornaram o porto seguro para a investigação criminal, a haver quase um consenso (às vezes perigoso) no seu emprego na criminalidade organizada, apesar da alta invasividade às esferas de liberdade dos cidadãos. Seu emprego exige a conjugação de vetores criteriosos de excepcionalidade e indispensabilidade nestes meios de obtenção de prova. Estes meios ocultos correspondem às provas de 3ª geração estudadas por Danilo Knijnik (2015, p. 82): É nesse panorama que se inserem as chamadas provas de terceira geração, a que se poderia associar, igualmente, um direito probatório de terceira geração, a ser, ainda, melhor pensado e definido. Provisoriamente, trata-se de provas invasivas, altamente tecnológicas, que permitem alcançar conhecimentos e resultados inatingíveis pelos sentidos e pelas técnicas tradicionais até então adotadas. Podem ser elencadas as seguintes técnicas ocultas: A B C D E F Interceptação telefônica e telemática, que evolui para as diversas formas de acesso as telecomunicações: a comunicação por internet e depois por smartphone, quando se tornou possível obter dados de localização do usuário de telefonia celular. Acesso e análise de Estação Rádio Base (ERBs). Acesso a dados de smartphone: s, aplicativos de troca de mensagens rápidas, fotografias, dados de navegação, agenda telefônica, dados bancários, hábitos. Ações encobertas, para captação e registro de imagem e som em ambientes. Coleta oculta de tecidos para exame de DNA. Uso de informantes. 06

8 MEIOS OCULTOS DE INVESTIGAÇÃO G Vigilância oculta (observação). N Empresa de fachada (empresa sob cobertura ou operações front-store). H Vigilância eletrônica, infiltração virtual e busca informática. O Emprego de drones para vigilância e captação de imagens com câmeras de alta precisão. I Vigilância eletrônica, infiltração virtual e busca informática. P Análises químicas e toxicológicas. J K L M Entrega controlada. Estória cobertura e disfarce. Entrada controlada ou exploração de local. Acesso autorizado judicialmente a dados bancários, fiscais e financeiros e outros dados armazenados em bancos de dados públicos e privados. Q R S T Método espetrográfico de reconhecimento vocal por voiceprint. A estilometria ou análise semântica. Captação e análise de emanação de calor de ambientes por termografia de radiação infravermelha. Emprego de testemunho oculto e anônimo. 07

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MEIOS OCULTOS DE INVESTIGAÇÃO A natureza tecnológica de alguns meios ocultos de investigação permite ao investigador ver e ouvir sem ser notado, assistir sem estar no cenário.

10 MEIOS OCULTOS DE INVESTIGAÇÃO A natureza tecnológica de alguns meios ocultos de investigação permite ao investigador ver e ouvir sem ser notado, assistir sem estar no cenário. Mas o investigador pode interagir com os investigados e seu ambiente por meios ocultos, sem identificar sua condição, ou, por intermédio de colaboradores, por procedimento simulado ou mascarado. O investigador desenvolve, então, a representação de um personagem no contexto investigado, ou, a pessoa do ambiente investigado passa a colaborar com a investigação. Imagem 04 09

11 Os métodos ocultos de investigação sofrem severas críticas de parcela da doutrina, como vemos em Malan (2015, p. 294 ss), devido a sua invasividade, amplitude, segredo e ausência de âmbitos-tabu, que cria uma assimetria e hipertrofia da acusação em relação à defesa. A captação de dados do mundo exterior se procede através dos órgãos do sentido, possibilitando a mediação de fótons em imagens, de vibrações em sons e reações químicas em estímulos gustativo e olfativo. Esta capacidade sensoperceptiva é otimizada por recursos tecnológicos baseados em sensores que incrementam os estímulos do mundo físico: imagem, som, calor. As tecnologias digitais e equipamentos minúsculos permitem a captação e transmissão das informações para outro suporte, onde pode ser investigada a modalidade, intensidade, tempo e localização de coisas e pessoas. Os sensores associados à dimensão profundidade permitem empregar meios tecnológicos que aproximam ou distanciam dos alvos, possibilitam a visualização de ambientes e coisas distantes, incluindo a penetração no corpo de objetos e organismos e possibilitam a exibição e, a consequente, exploração de interiores dos mesmos, fundamentais para a investigação de propriedades e alterações físicas de interesse criminal. 10

12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS GEORGE VIGNAUX. As Ciências Cognitivas. Lisboa: Instituto Piaget, 1995 KNIJNIK, Danilo. A trilogia Olmstead-Katz-Kyllo: o art. 5º da Constituição Federal do século XXI. In: Revista da Escola da Magistratura do TRF da 4ª Região. Nº 4 Vol. 1, n.1 (out. 2014). Porto Alegre: Tribunal Regional Federal da 4ª Região, MACIEL, Alexandre Rorato. Crime organizado: persecução penal e política criminal. Curitiba: Juruá, MALAN, Diogo. Processo penal aplicado à criminalidade econômicofinanceira. In: Revista Brasileira de Ciências Criminais. vol ano 23. p São Paulo: Ed. RT, maio-jun PERAZZONI, Franco. Da investigação e dos meios de prova. Porto Alegre: Núria Fabris, 2015.PEREIRA, Eliomar da Silva. Teoria da investigação criminal. São Paulo: Almedina, SANTOS, Célio Jacinto dos. Investigação criminal especial: seu regime no estado democrático de direito. Porto Alegre: Núria Fabris, IMAGENS 1: Disponivel em < 2: Disponivel em < 3: Disponivel em < woman-typing-writing-windows.jpg> 4: Disponivel em < 11

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