LEI DE ESCUTA TELEFÔNICA
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- Yago Cunha Carlos
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1 Aulas 05 a 08 LEI DE ESCUTA TELEFÔNICA Alcance Lei nº 9.296/1996 (Escuta telefônica) Interceptação de comunicações telefônicas (sistemas de informática e telemática), de qualquer natureza, para prova em investigação criminal e em instrução processual penal (art. 1.º).
2 LEI DE ESCUTA TELEFÔNICA Requisitos 1. Indícios razoáveis da autoria ou participação em infração penal (art. 2.º, I); 2. Impossibilidade de outros meios de prova (art. 2.º, II); 3. Fato apenado com reclusão (art. 2.º, III); 4. Decisão do juiz competente (deve descrever com clareza a situação objeto da investigação, inclusive com a indicação e qualificação dos investigados, salvo impossibilidade manifesta, devidamente justificada - art. 1.º c/c art. 2.º, parágr. único).
3 LEI DE ESCUTA TELEFÔNICA Iniciativa (art. 3.º) A interceptação pode ser determinada pelo juiz, de ofício, ou a requerimento da autoridade policial (investigação criminal) ou do MP (investigação e instrução processual penal). Se houver requerimento, este deve ser fundamentado, tanto quanto à sua necessidade, quanto com relação aos meios que serão utilizados. Exceção: pedido verbal, que será reduzido a termo (art. 4.º, 1.º). Prazo para decisão: 24 horas.
4 LEI DE ESCUTA TELEFÔNICA Prazo da interceptação (art. 5.º) Prazo da interceptação: 15 dias, prorrogável por igual período. Tanto a concessão do requerimento quanto a renovação precisam ser fundamentadas. É possível prorrogar por mais de uma vez? Há divergência. O STF já decidiu no sentido da possibilidade, desde que seja de forma fundamentada (RHC / SP, Min. Rel. Joaquim Barbosa).
5 LEI DE ESCUTA TELEFÔNICA Interceptação autorizada Caso seja deferido a pedido da autoridade policial, o MP será cientificado e poderá acompanhar (art. 6.º); Se for possível a gravação de conversas, estas serão transcritas (art. 6.º, 1.º); Ao término, a diligência é encaminhada ao juiz, com auto circunstanciado. Ao término, a diligência que correu em sigilo será apensada em apartado aos autos de IP ou Processo Crime.
6 LEI DE ESCUTA TELEFÔNICA Cooperação Para realizar as diligências, é possível requisitar serviços e técnicos especializados às concessionárias de serviço público (art. 7.º).
7 LEI DE ESCUTA TELEFÔNICA Gravações irrelevantes Serão inutilizadas, com a presença do MP, FACULTADA a presença do acusado s/ou seu representante legal.
8 CRIME LEI DE ESCUTA TELEFÔNICA Art. 10. Constitui crime realizar interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática, ou quebrar segredo da Justiça, sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei. Pena: reclusão, de dois a quatro anos, e multa.
9 ESTATUTO DO IDOSO - LEI /2003 Quem é idoso? Pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos.
10 ESTATUTO DO IDOSO Doutrina da proteção integral Também houve adoção da doutrina da proteção integral, bem como do princípio da absoluta prioridade; Todo cidadão tem o dever de comunicar à autoridade competente qualquer forma de violação ao Estatuto que tenha testemunhado ou de que tenha conhecimento (art. 6.º).
11 ESTATUTO DO IDOSO Medidas específicas de proteção I encaminhamento à família ou curador, mediante termo de responsabilidade; II orientação, apoio e acompanhamento temporários; III requisição para tratamento de sua saúde, em regime ambulatorial, hospitalar ou domiciliar;
12 ESTATUTO DO IDOSO Medidas específicas de proteção IV inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento a usuários dependentes de drogas lícitas ou ilícitas, ao próprio idoso ou à pessoa de sua convivência que lhe cause perturbação; V abrigo em entidade; VI abrigo temporário.
13 ESTATUTO DO IDOSO CUIDADO!! Art. 94. Aos crimes previstos nesta Lei, cuja pena máxima privativa de liberdade não ultrapasse 4 (quatro) anos, aplica-se o procedimento previsto na Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995, e, subsidiariamente, no que couber, as disposições do Código Penal e do Código de Processo Penal. A lei 9099/95 é aplicada somente no tocante ao procedimento!!!
14 ESTATUTO DO IDOSO CRIMES Todos os crimes são de ação penal pública incondicionada! Não se aplicam as regras dos arts. 181 e 182 do Código Penal (isenção de pena nos crimes contra o patrimônio por conta do grau de parentesco).
15 ESTATUTO DO IDOSO CRIMES Art. 96 a art. 109.
16 ESTATUTO DO IDOSO Questões CESPE TJ-DF O Estatuto do Idoso impõe a todo cidadão que tenha testemunhado violações aos preceitos estabelecidos nesse estatuto ou que delas tenha tomado conhecimento o dever da delatio criminis perante a autoridade competente. ( ) Certo ( ) Errado
17 Questões ESTATUTO DO IDOSO ACAFE PC-SC: Crácio encontrou o ancião Mévio, 80 anos de idade e inválido, ferido em conseqüência de um desabamento, sem condições de socorrer-se por suas próprias forças. Dolosamente, deixou de prestar-lhe assistência, embora fosse possível fazê-lo sem risco pessoal, na expectativa de que outrem o socorresse. Da omissão resultou a morte de Mévio. Crácio responderá por:
18 Questões ESTATUTO DO IDOSO a) modalidade especial de omissão de socorro prevista no Estatuto do Idoso (Lei n /03), qualificada pelo resultado morte (preterdolo). b) crime de omissão de socorro, qualificado pelo resultado morte (preterdolo), previsto no Código Penal. c) crime de abandono de incapaz, qualificado pelo resultado morte (preterdolo), previsto no Código Penal. d) crime de homicídio culposo, com aumento de pena, pois a vítima era maior de 60 (sessenta) anos.
19 Questões ESTATUTO DO IDOSO CESPE DPE-BA. Aos crimes previstos no Estatuto do Idoso são vedadas a aplicação das medidas despenalizadoras da composição civil dos danos e da transação, bem como a incidência das imunidades penais absolutas ou escusas absolutórias. ( ) Certo ( ) Errado
20 Definição de org. criminosa: Art. 1.º, 1.º: associação de 4 (quatro) ou mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter transnacional.
21 Tipo penal Art. 2.º: Promover, constituir, financiar ou integrar, pessoalmente ou por interposta pessoa, organização criminosa. 1.º: Equiparação: pessoa que impede ou embaraça investigação; 2.º: Arma de fogo (pena aumenta da metade); 3.º: Agravante pela posição de comando.
22 Tipo penal Art. 2.º, 4.º: Aumento de 1/6 a 2/3, envolvendo: a)criança ou adolescente; b)concurso de funcionário público; c)conexão com outras org. criminosas; d)produto ou proveito encaminhado para o exterior; e)transnacionalidade da org. criminosa.
23 Tipo penal Art. 2.º, 5.º: Havendo indícios de que Func. Públ. Integra a org. criminosa: afastamento, s/ prejuízo da remuneração. 6.º: Se condenado o Func. Público, este perde a função, cargo, emprego ou mandato eletivo e ficará inabilitado pelos 8 anos subsequentes ao cumprimento da pena. 7.º: Policial envolvido: Corregedoria instaura IP e comunica o MP.
24 Investigação e meios de prova I - colaboração premiada; II - captação ambiental de sinais eletromagnéticos, ópticos ou acústicos; III - ação controlada; IV - acesso a registros de ligações telefônicas e telemáticas, a dados cadastrais constantes de bancos de dados públicos ou privados e a informações eleitorais ou comerciais;
25 Investigação e meios de prova Art. 3.º: Investigação e meios de prova V - interceptação de comunicações telefônicas e telemáticas, nos termos da legislação específica; VI - afastamento dos sigilos financeiro, bancário e fiscal, nos termos da legislação específica; VII - infiltração, por policiais, em atividade de investigação, na forma do art. 11;
26 Investigação e meios de prova VIII - cooperação entre instituições e órgãos federais, distritais, estaduais e municipais na busca de provas e informações de interesse da investigação ou da instrução criminal.
27 Colaboração Premiada (Delação) Juiz pode: a)conceder perdão judicial; b)reduzir a pena em até 2/3; c)substituir a PPL por PRD.
28 Colaboração Premiada (Delação) Delação de ser voluntária e efetiva, desde que tenha um ou mais dos seguintes resultados: I - a identificação dos demais coautores e partícipes da organização criminosa e das infrações penais por eles praticadas; II - a revelação da estrutura hierárquica e da divisão de tarefas da organização criminosa; III - a prevenção de infrações penais decorrentes das atividades da organização criminosa; IV - a recuperação total ou parcial do produto ou do proveito das infrações penais praticadas pela organização criminosa;
29 Colaboração Premiada (Delação) Delação de ser voluntária e efetiva, desde que tenha um ou mais dos seguintes resultados: V - a localização de eventual vítima com a sua integridade física preservada. Ainda que do acordo não conste, o MP e a Autoridade Policial podem requerer ou representar pelo perdão judicial.
30 Colaboração Premiada (Delação) Até o término das medidas de colaboração, o prazo para oferec. da denúncia pode ser suspenso por até 6 meses, prorrogáveis por igual período. MP pode deixar de oferecer a denúncia quando: a)o colaborador não for o líder; b)este for o 1.º a colaborar.
31 Colaboração Premiada (Delação) Quando a colaboração ocorrer após a sentença, esta pode levar à: a)redução da pena; b)progressão de regime.
32 Colaboração Premiada (Delação) IMPORTANTE: O juiz não participa da homologação, apenas a homologa se não houver qualquer irregularidade. Atentar ainda para o 10.º, que traz a previsão da retratação da proposta. Neste caso, as provas não podem ser utilizadas exclusivamente em desfavor do colaborador.
33 Colaboração Premiada (Delação) Quando ouvido, o colaborador renunciará ao direito ao silêncio e fará compromisso legal de dizer a verdade. A sentença condenatória não poderá utilizar unicamente fundamentos do colaborador.
34 Colaboração Premiada (Delação) Direitos do colaborador: I - usufruir das medidas de proteção previstas na legislação específica; II - ter nome, qualificação, imagem e demais informações pessoais preservados; III - ser conduzido, em juízo, separadamente dos demais coautores e partícipes; IV - participar das audiências sem contato visual com os outros acusados; V - não ter sua identidade revelada pelos meios de comunicação, nem ser fotografado ou filmado, sem sua prévia autorização por escrito;
35 Colaboração Premiada (Delação) Direitos do colaborador: VI - cumprir pena em estabelecimento penal diverso dos demais corréus ou condenados.
36 Ação controlada Art. 8.º Trata-se de hipótese de flagrante protelado ou retardado. Necessita de prévia comunicação ao juiz, com todas as circunstâncias que envolvem o fato.
37 Infiltração de agentes Art. 10.º Necessita de autorização do juiz; Sempre deverá ser ouvido o MP; Prevalece o critério da excepcionalidade: só será considerada caso nenhum outro meio de prova seja suficiente.
38 Infiltração de agentes Art. 13! Importantíssimo! O agente será punido apenas pelos excessos! No entanto, não será punido pela prática de crime, quando for inexigível conduta diversa.
39 Infiltração de agentes Direitos do agente: I - recusar ou fazer cessar a atuação infiltrada; II - ter sua identidade alterada [...], bem como usufruir das medidas de proteção a testemunhas; III - ter seu nome, sua qualificação, sua imagem, sua voz e demais informações pessoais preservadas durante a investigação e o processo criminal, salvo se houver decisão judicial em contrário; IV - não ter sua identidade revelada, nem ser fotografado ou filmado pelos meios de comunicação, sem sua prévia autorização por escrito.
40 Crimes específicos Arts. 18 a 21. Art. 22: Prazo para encerramento da instrução: 120 dias, prorrogável por até igual período, quando o caso for complexo ou a defesa tenha protelado o andamento do feito. Alteração do crime de quadrilha do Código Penal Art. 288, CP.
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