RECURSOS PROCESSUAIS

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1 CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO. Prof. Pedro Bonifácio AULA 71 06/12/2017 Direito Tributário RECURSOS PROCESSUAIS LIVRO: DIÁLOGOS SOBRE O NOVO CPC AUTOR MOZART BORBA Art. 994 CPC. São cabíveis os seguintes recursos: I - Apelação; II - Agravo de instrumento; III - agravo interno; IV - Embargos de declaração; V - Recurso ordinário; VI - Recurso especial; VII - recurso extraordinário; VIII - agravo em recurso especial ou extraordinário; IX - Embargos de divergência. Dentro do Direito Tributário tem um benefício chamado REMESSA NECESSÁRIA recurso de ofício, trata-se de uma forma de que toda condenação contra a fazenda pública dependa de uma reanálise. Agora está REMESSA NECESSÁRIA foi fracionada com os entes públicos art. 496 CPC: UNIÃO 1000 ESTADOS 500 MUNICÍPIOS Capital: 500 Demais Municípios 100

2 Pressupostos é o que se avalia antes do recurso. Pressupostos Subjetivos: Legitimidade: Interesse processual Pressupostos Objetivos: Cabimento (Princípio da Fungibilidade) Tempestividade Preparo NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EXISTE CONTRADITÓRIO? Os embargos não serves para modificar nada, apenas para esclarecer uma omissão, contrariedade e obscuridade. Se o juiz modificar a sentença, acórdão, ou qualquer outra decisão, o juiz deve abrir o contraditório. Veja o Art. 1023, 2º CPC: Art. 1023, 2º CPC. O juiz intimará o embargado para, querendo, manifestar-se, no prazo de 5 (cinco) dias, sobre os embargos opostos, caso seu eventual acolhimento implique a modificação da decisão embargada

3 Flávio ao ser informado a respeito da mudança jurisprudencial a respeito do regime de substituição tributária do ICMS, decide ingressar com ação para se ver garantido a possibilidade de restituir os valores das operações tributadas com base na BC presumida, que apresentaram modificação no momento da circulação de fato da mercadoria. Em 1ª instância o juízo ao receber a ação a julgou improcedente manifestando entendimento que a matéria não merece guarida, em razão do pagamento ter sido efetuado, portanto, representando confissão de dívida ato jurídico perfeito, coisa julgada. Não há na sentença, qualquer informação no que diz respeito a violações constitucionais. Pretende agora apresentar recurso para que a análise, se necessária seja analisada pelo Supremo Tribunal Federal. A Qual o recurso cabível da decisão? B Se houver necessidade de realizar o Recurso ao STF, como solucionar a possível ausência de citação na decisão a respeito da violação constitucional? Embargos de Declaração referente a omissão do art º CF. APELAÇÃO, porém, cuidado na questão do prequestionamento: Se o juiz não aceitou a questão da omissão, na Apelação fazer constar no prequestionamento: as folhas da Petição Inicial; e constar que nos Embargos de Declaração constar as folhas da Sentença que ocorreu a omissão; e reforça a questão constitucional. Art CPC. Consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda que os embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão, contradição ou obscuridade. Súmula 356 STF. O ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento.

4 Determinado contribuinte ingressa com ação de Repetição de Indébito para restituir a cobrança feita indevidamente pelo município da chamada Taxa de Incêndio, julgada em âmbito do STF como inconstitucional. Em sentença procedente em 1ª instância o juiz reconhece o direito a devolução, com a inclusão de correção monetária a partir do pagamento, sem mencionar sobre os juros de mora. Contribuinte, decide, então ingressar com a Apelação para que seja realizada a aplicação do entendimento do STJ a respeito da matéria. O relator do tribunal recebe o recurso, porém em 1ª instância a Fazenda Municipal ingressa com Embargos de Declaração para que o juiz esclareça a legalidade a respeito de se permitir a correção monetária a partir do pagamento, e por isso, o juízo corrige sua decisão para que o termo seja a partir do trânsito em julgado. O correto é fazer a APELAÇÃO e se no prazo da FAZENDA ela entrar com os Embargos de Declaração, aí é possível complementar as razões da Apelação quanto a modificação gerada pelos Embargos, veja o art º CPC: Art. 1024, 4º CPC. Caso o acolhimento dos embargos de declaração implique modificação da decisão embargada, o embargado que já tiver interposto outro recurso contra a decisão originária tem o direito de complementar ou alterar suas razões, nos exatos limites da modificação, no prazo de 15 (quinze) dias, contado da intimação da decisão dos embargos de declaração. Quais os efeitos da apelação? Suspensivo Devolutivo Retratação Art. 1012, 1º CPC. Além de outras hipóteses previstas em lei, começa a produzir efeitos imediatamente após a sua publicação a sentença que: III - extingue sem resolução do mérito ou julga improcedentes os embargos do executado; V - Confirma, concede ou revoga tutela provisória;

5 VI - Decreta a interdição. Sentença = decisão que promove o término do processo. Exceção de Pré-Executividade cabe Agravo de Instrumento A empresa ZDX Ltda ingressa com uma ação anulatória para se reconhecer a decadência tributária a respeito do IPVA do ano de 2011, em que a fazenda estadual notificou a todos os proprietários em agosto do mesmo ano (2011) que em razão de suposta fraude, os carnês serão enviados após a fiscalização ser concluída. Ciente dos fatos, a empresa não mais procurou a fazenda estadual, recebendo o boleto em Além disso, na ação ordinária que um dos seus veículos foi apurado com o valor venal indevido, e por isso, precisa ser modificado para que venha a pagar nos próximos anos com valor correto. O Juiz ao receber a inicial e após a contestação, julgou improcedente o pedido de decadência, contudo sem se manifestar ainda a respeito do cálculo do tributo, requerendo a fazenda que se pronuncie. A - É possível já recorrer da decisão do juiz a respeito da decadência? De que forma? O art. 1015, II CPC sobre o mérito do processo, pode recorrer com Agravo de Instrumento. B Está correta a alegação do contribuinte? Sim, pois, a Fazenda deveria ter feito o lançamento até ago/2016, sendo que o lançamento ocorreu em out/2016. C Se o juiz não reconhecesse a decadência antes mesmo de ofertar a Fazenda para se manifestar, é possível a retratação? Sim, pois, não houve sentença, não pondo fim a fase cognitiva. CONTAGEM DA DECADÊNCIA: Art º CTN: homologação (declarou e pagou) = 5 anos Art. 173, I CTN: Ofício ou Declaração, Homologação sem Declaração, Homologação com Pagamento com fraude ou dolo = 5 anos do próximo exercício financeiro Art. 173, II CTN: anulação do 1º lançamento por vício formal = 5 anos da data da decisão que anulou o lançamento Art. 173 PU CTN: antecipação da contagem da decadência em razão de uma fiscalização no mesmo exercício financeiro do FG = 5 anos da comunicação do início da fiscalização.

6 Art. 203, 1 o CPC. Os pronunciamentos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e despachos. Ressalvadas as disposições expressas dos procedimentos especiais, sentença é o pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 e 487, põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução. Renato da Silva, possui diversos imóveis em seu patrimônio, e por isso, decide criar uma Holding Familiar chamada Holding RS, cujo objetivo é a organização patrimonial, sendo os sócios seus 2 filhos, e também sua esposa. Por não ser muito organizado, antes da criação da Holding, Renato não havia realizado o pagamento do IPTU de uma de suas propriedades. Identificada a inadimplência a Fazenda Municipal realiza um auto de infração e imposição de multa no valor R$ ,00 em face da de Renato. A inércia no pagamento, faz com que o município promova em uma Execução Fiscal. Ao ser citado, Renato alega dentro do prazo previsto não ter bens para garantir o pagamento da dívida, o que faz com que o juiz decida pela suspensão da execução fiscal conforme determina a Sumula 314 do STJ. A Fazenda ao saber de tal decisão, requer ao juízo a desconsideração inversa da personalidade jurídica de Renato, conforme determina o artigo 133 do CPC, sob a alegação que o ato da criação da Holding Familiar teria como único objetivo fraudar a execução fiscal, protegendo ilegalmente seu patrimônio. Deferido pelo juízo o pedido de desconsideração da personalidade. A Qual o recurso cabível contra decisão do juízo que autorizou a desconsideração da personalidade jurídica? O art. 1015, IV CPC é recorrível por AGRAVO DE INSTRUMENTO, sendo só pode ter efeito devolutivo, contudo, é possível pedir a antecipação de tutela recursal. Art. 1015, IV CPC: Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre: IV - Incidente de desconsideração da personalidade jurídica; B No mesmo caso, considerando que a decisão foi tomada por relator em processo de Apelação ainda pendente de julgamento, qual seria o recurso para reverter a decisão? AGRAVO INTERNO ART. 136 PU CPC: Se a decisão for proferida pelo relator, cabe agravo interno. C - Considerando que a criação da Holding RS se deu em , e o contribuinte, foi inscrito em Dívida Ativa em , com a respectiva Certidão de Dívida Ativa

7 emitida em , qual o argumento pode ser apresentado em favor do contribuinte, com o objetivo de proteger o patrimônio da Pessoa Jurídica? O Instituto da Redirecionamento aos sócios no Direito tributário, só se aplica nos casos previstos no Art. 135 CTN, fora dessas situações, não pode redirecionar a dívida ativa aos sócios. Em relação a holding só se consideraria fraude a partir do momento que a mesma for citada da execução. ART. 185 CTN a fraude é presumida no momento de inscrição em dívida ativa. Presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, por crédito tributário regularmente inscrito como dívida ativa. BONS ESTUDOS!!! MONITORIA: CRISTINA CASARES