APLICAÇÃO DAS TÉCNICAS DE ANÁLISE DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM UMA EMPRESA VAREJISTA DE PEQUENO PORTE

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "APLICAÇÃO DAS TÉCNICAS DE ANÁLISE DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM UMA EMPRESA VAREJISTA DE PEQUENO PORTE"

Transcrição

1 1 UNIJUÍ - UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS, CONTÁBEIS, ECONÔMICAS E DA COMUNICAÇÃO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS CLÁUDIA LETÍCIA DARONCO APLICAÇÃO DAS TÉCNICAS DE ANÁLISE DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM UMA EMPRESA VAREJISTA DE PEQUENO PORTE Ijuí (RS), Novembro de 2014

2 2 CLÁUDIA LETÍCIA DARONCO APLICAÇÃO DAS TÉCNICAS DE ANÁLISE DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM UMA EMPRESA VAREJISTA DE PEQUENO PORTE Trabalho de Conclusão de Curso apresentado no Curso de Ciências Contábeis, Departamento de Ciências Administrativas, Contábeis, Econômicas e da Comunicação (DACEC) da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUI), requisito parcial para a obtenção do Grau de Bacharel em Ciências Contábeis. Orientador: Prof. Irani Paulo Basso Ijuí (RS), Novembro de 2014.

3 3 AGRADECIMENTOS Primeiramente agradeço à Deus, me concedendo a vida, por ter me permitido e capacitado chegar até aqui, sem desistir em meio a caminhada, conquistando mais um sonho. Aos meus incansáveis pais, Vilmar José Daronco e Célia Lourdes Daronco, que nunca deixaram de acreditar em mim, mesmo quando tudo parecia desabar, e tenho a plena certeza de que fariam o impossível para me ver feliz. Quando precisei chorar estavam ali chorando comigo, quando precisei sorrir estavam ali sorrindo comigo. A eles quero dizer que são a razão do meu viver. À minha amada irmã Paloma Sabrina Daronco, que esteve comigo em todos os momentos, acalmando-me e insistindo que tudo iria dar certo. Aos meus colegas e amigos, em especial a Cátia Sparemberger, Lenice Zambra, Sinara dos Santos e Valéria Braida, que estiveram comigo lado a lado nessa caminhada, pela grande amizade que se fortalece a cada dia. Aos proprietários da empresa varejista, que abriram as portas de seu estabelecimento, permitindo a realização deste trabalho. A todos os professores que estiveram sempre dispostos a dividir suas experiências e seus conhecimentos, em especial ao professor Irani, pelo acompanhamento e orientação, para que este estudo chegasse ao término com certeza e segurança. Meu Muito Obrigado!

4 4 RESUMO O atual estudo tem como foco principal a Análise de Demonstrações Contábeis básicas de uma empresa do comércio varejista de pequeno porte, situada no Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul. Esse tema desenvolvido visa mostrar a importância dessa ferramenta de gestão, para obter a verdadeira e real situação econômica e financeira de determinada entidade, sendo possível identificar e prevenir desnecessários acontecimentos. Apresenta uma breve caracterização conceitual sobre Contabilidade e em especial sobre a técnica contábil de Análise de Balanços, a Metodologia do Trabalho, culminando com a aplicação das técnicas de análise de Demonstrações Contábeis sobre a realidade da empresa objeto da atividade prática do estudo, envolvendo os últimos cinco anos, ou seja, de 2009 a No trabalho prático, após a atualização de valores das demonstrações contábeis para o último ano da série em estudo, foram exercitadas as técnicas de Análise de Balanços em Valores Absolutos e Relativos; a de Análise de Balanço em Valores Relativos, composta da Análise Horizontal, Vertical e Análise de Balanço de Fundos; de Análise de Balanço por Indicadores Econômicos e Financeiros, com indicadores de Liquidez, de Endividamento, de Solvência, de Lucratividade, de Rentabilidade, de Atividade, Giro e Ciclometria. Complementa o estudo, as conclusões da análise, contendo observações e contribuições à empresa para tornar-se cada vez mais crescente e competitiva no mercado e nos negócios que pratica. Palavras-chave: Contabilidade. Demonstrações Contábeis. Análise de Balanços. Índices Econômicos e Financeiros. Decisões.

5 5 LISTA DE QUADROS Quadro 01- Balanço Patrimonial em Valores Absolutos Originais da Empresa do 55 Comércio Varejista R$ 1,00... Quadro 02- Demonstração do Resultado do Exercício em Valores Absolutos 56 Originais da Empresa do Comércio Varejista R$ 1,00... Quadro 03- Cálculo do Fator de Atualização pelos Índices Médios do IGPM- 56 FGV/RJ... Quadro 04- Balanço Patrimonial em Valores Absolutos Atualizados da Empresa 57 do Comércio Varejista R$ 1,00... Quadro 05- Demonstração do Resultado do Exercício em Valores Absolutos 60 Atualizados da Empresa do Comércio Varejista R$ 1,00... Quadro 06- Balanços Patrimoniais da Empresa do Comércio Varejista R$ 1, Quadro 07- Resumo de Dados Ativo Circulante Quadro 08- Resumo de Dados Ativo Não Circulante Quadro 09- Resumo de Dados Ativo Realizável a Longo Prazo Quadro 10- Resumo de Dados Ativo Permanente Quadro 11- Resumo de Dados Passivo Circulante Quadro 12- Resumo de Dados Patrimônio Líquido Quadro 13- Demonstração do Resultado do Exercício da Empresa do Comércio 70 Varejista... Quadro 14- Resumo de Dados Receita Operacional Bruta Quadro 15- Resumo de Dados Deduções da Receita Bruta Quadro 16- Resumo de Dados Lucro Operacional Bruto Quadro 17- Resumo de Dados Lucro Operacional Líquido Quadro 18- Resumo de Dados Lucro Líquido do Exercício Quadro 19- Balanço Patrimonial em Números Índices da Empresa do Comércio 77 Varejista... Quadro 20- Resumo de Dados Evolução do Ativo Circulante Quadro 21- Resumo de Dados Evolução do Ativo Não Circulante Quadro 22- Resumo de Dados Evolução do Ativo Realizável a Longo Prazo Quadro 23- Resumo de Dados Evolução do Ativo Permanente Quadro 24- Resumo de Dados Evolução do Passivo Circulante Quadro 25- Resumo de Dados Evolução do Passivo Não Circulante Quadro 26- Resumo de Dados Evolução do Patrimônio Líquido Quadro 27- Demonstração do Resultado do Exercício da Empresa do Comércio 86 Varejista em Números Índices... Quadro 28- Resumo de Dados Evolução da Receita Operacional Líquida Quadro 29- Resumo de Dados Evolução das Deduções da ROB... 87

6 6 Quadro 30- Resumo de Dados Evolução da Receita Operacional Líquida Quadro 31- Resumo de Dados Evolução do Lucro Operacional Bruto Quadro 32- Resumo de Dados Evolução do Lucro Operacional Líquido Quadro 33- Resumo de Dados Evolução do Lucro Líquido do Exercício Quadro 34- Balanço de Fundos Valores Circulantes Capital Circulante 92 Líquido... Quadro 35- Balanço de Fundos Variações do Capital Circulante Líquido Quadro 36- Balanço de Fundos Valores Não Circulantes Quadro 37- Resumo do Balanço de Fundos 2009/ Quadro 38- Resumo do Balanço de Fundos 2010/ Quadro 39- Resumo do Balanço de Fundos 2011/ Quadro 40- Resumo do Balanço de Fundos 2012/ Quadro 41- Resumo dos Valores do Capital Circulante Líquido Quadro 42- Resumo do Índice de Liquidez Geral ILG Quadro 43- Resumo do Índice de Liquidez Corrente ILC Quadro 44- Resumo do Índice de Liquidez Seca ILS Quadro 45- Resumo do Coeficiente de Dívidas Circulantes CDC Quadro 46- Resumo do Coeficiente de Dívidas Totais CDT Quadro 47- Resumo do Coeficiente de Dívidas de Longo Prazo CDLP Quadro 48- Resumo do Coeficiente de Segurança Máxima CSM Quadro 49- Resumo do Coeficiente de Participação de Capitais de Terceiros 111 CPCT... Quadro 50- Resumo do Coeficiente de Participação de Dívidas de Curto Prazo 112 CPDCP... Quadro 51- Resumo do Coeficiente de Overtrading CoVer Quadro 52- Resumo do Índice de Solvência de Kanitz Quadro 53- Resumo das Taxas de Margem do Lucro Bruto TMLB Quadro 54- Resumo da Taxa de Margem de Lucro Operacional Líquido -TMLOL 117 e Taxa de Margem do Lucro Líquido do Exercício TMLLE... Quadro 55- Resumo das Taxas de Remuneração do Capital Social TRCS Quadro 56- Resumo das Taxas de Remuneração do Patrimônio Líquido - TRPL Quadro 57- Resumo das Taxas de Remuneração do Ativo Total TRAT Quadro 58- Resumo de Dados da Taxa de Retorno dos Investimentos 122 Operacionais TRIO... Quadro 59- Tempo Médio de Retorno dos Investimentos Operacionais Quadro 60- Resumo do Grau de Imobilização do Patrimônio Líquido GIPL

7 7 Quadro 61- Resumo dos Indicadores do Exame de Rotação dos Estoques em 125 Número de Vezes ERE... Quadro 62- Resumo dos Indicadores do Exame de Rotação dos Estoques em Dias 125 ERE... Quadro 63- Resumo do Ponto Médio de Cobrança de Duplicatas PMCD Quadro 64- Resumo do Ponto Médio de Pagamento de Duplicatas PMPD Quadro 65- Resumo do Prazo Relativo das Duplicatas PRD

8 8 LISTA DE FIGURAS Figura 01- Participação Percentual do Ativo Circulante na Composição do Ativo 64 Figura 02- Participação Percentual do Ativo Não Circulante na Composição do 65 Ativo... Figura 03- Participação Percentual do Atiro Realizável a Longo Prazo na 66 Composição do Ativo... Figura 04- Participação Percentual do Ativo Permanente na Composição do 67 Ativo... Figura 05- Participação Percentual do Passivo Circulante nas Fontes Totais Figura 06- Participação Percentual do Patrimônio Líquido na Composição das 69 Fontes... Figura 07- Participação Percentual da Receita Operacional Bruta na Composição 71 da Receita Operacional Líquida... Figura 08- Participação Percentual das Deduções da Receita Bruta na 72 Composição da Receita Operacional Líquida... Figura 09- Participação Percentual do Lucro Operacional Bruto em Relação a 73 Receita Operacional Líquida... Figura10- Participação Percentual do Lucro Operacional Líquido em Relação a 74 Receita Operacional Líquida... Figura 11- Participação Percentual do Lucro Líquido do Exercício em Relação a 75 Receita Operacional Líquida... Figura 12- Evolução do Ativo Circulante Figura 13- Evolução do Ativo Não Circulante Figura 14- Evolução do Ativo Realizável a Longo Prazo Figura 15- Evolução do Ativo Permanente Figura 16- Evolução do Passivo Circulante Figura 17- Evolução do Passivo Não Circulante (PELP) Figura 18- Evolução do Patrimônio Líquido Figura 19- Evolução da Receita Operacional Bruta Figura 20- Evolução das Deduções da Receita Operacional Bruta Figura 21- Evolução da Receita Operacional Líquida Figura 22- Evolução do Lucro Operacional Bruto Figura 23- Evolução do Lucro Operacional Líquido Figura 24- Evolução do Lucro Líquido do Exercício Figura 25- Variação do Capital Circulante Líquido no Balanço de Fundos 93 Valores Circulantes... Figura 26- Resumo do Balanço de Fundos de 2009 Total das Fontes Figura 27- Resumo do Balanço de Fundos de 2009/2010 Total das Aplicações. 95 Figura 28- Resumo do Balanço de Fundos de 2010/2011 Total das Fontes... 96

9 9 Figura 29- Resumo do Balanço de Fundos de 2010/2011 Total das Aplicações. 96 Figura 30- Resumo do Balanço de Fundos de 2011/2012 Total das Fontes Figura 31- Resumo do Balanço de Fundos de 2011/2012 Total das Aplicações. 98 Figura 32- Resumo do Balanço de Fundos de 2012/2013 Total das Fontes Figura 33- Resumo do Balanço de Fundos de 2012/2013 Total das Aplicações. 99 Figura 34- Capital Circulante Líquido Figura 35- Índice de Liquidez Geral Figura 36- Índice de Liquidez Corrente Figura 37- Índice de Liquidez Seca Figura 38- Coeficiente de Dívidas Circulantes Figura 39- Coeficiente de Dívidas Totais Figura 40- Coeficiente de Dívidas a Longo Prazo Figura 41- Coeficiente de Segurança Máxima Figura 42- Resultado do Coeficiente de Participação de Capitais de Terceiros Figura 43- Resultado do Coeficiente de Participação de Dívidas de Curto Prazo Figura 44- Coeficiente de Overtrading Figura 45- Índice de Solvência de Kanitz Figura 46- Resumo das Taxas de Margem de Lucro Bruto Figura 47- Resumo das Taxa de Margem do Lucro Operacional Líquido e 118 Margem do Lucro Líquido do Exercício... Figura 48- Taxa de Rentabilidade do Capital Social Figura 49- Taxa de Rentabilidade do Patrimônio Líquido Figura 50- Taxa de Remuneração do Ativo Total Figura 51- Taxa de Retorno do Investimento Operacional Figura 52- Tempo Médio de Retorno do Investimento Figura 53- Grau de Imobilização do Patrimônio Líquido Figura 54- Exame de Rotação dos Estoques em Numero de Vezes Figura 55- Exame de Rotação Estoques em Numero de Dias Figura 56- Exame do Prazo Médio de Cobrança de Duplicatas PMCD Figura 57- Exame do Prazo Médio de Pagamento de Duplicatas PMPD Figura 58- Prazo Relativo das Duplicatas PRD

10 10 LISTA DE SIGLAS ABREVIATURAS A Aplicação AC Ativo Circulante AH Análise Horizontal ANC Ativo Não Circulantes AP Ativo Permanente ARLP Ativo Realizável a Longo Prazo BP Balanço Patrimonial CCL Capital Circulante Líquido CDC Coeficiente de Dívidas Circulantes CDLP Coeficientes de Dívidas de Longo Prazo CDT Coeficiente de Dívidas Totais CFC Conselho Federal de Contabilidade CMLB Coeficiente de Margem de Lucro Bruto CMLLE Coeficiente de Margem do Lucro Líquido do Exercício CMLOL Coeficiente de Margem do Lucro Operacional Líquido CMLOP Coeficiente de Margem do Lucro Operacional Próprio CMV Custo das Mercadorias Vendidas CSM Coeficiente de Segurança Máxima COVER Coeficiente de Overtrading CPCT Coeficiente de Participação de Capitais de Terceiros CPDCP Coeficiente de Participação das Dívidas de Curto Prazo sobre as Dívidas Totais CPV Custo dos Produtos Vendidos CRAT Coeficiente de Remuneração do Ativo Total CRCS Coeficiente de Rentabilidade do Capital Social CRPL Coeficiente de Rentabilidade do Patrimônio Líquido DF Despesas Financeiras DFC Demonstração do Fluxo de Caixa DLPA Demonstração dos Lucros ou prejuízos Acumulados DMPL Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido DOAR Demonstração das Origens e Aplicação de Recursos

11 11 DRB Deduções da Receita Bruta DRE Demonstração do Resultado do Exercício DVA Demonstração do Valor Adicionado EBITDA Lucro Antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortização ECA Efeito Combinado de Alavancagem ERE Exame de Rotação de Estoques EVA Valor Econômico Agregado F Fontes GAF Grau de Alavancagem Financeira GAO Grau de Alavancagem Operacional GIPL Grau de Imobilização do Patrimônio Líquido ILC Índice de Liquidez Corrente ILG Índice de Liquidez Geral ILS Índice de Liquidez Seca LOB Lucro Operacional Bruto LOL Lucro Operacional Líquido MPE Micro e Pequenas Empresas PC Passivo Circulantes PELP Passivo Exigível a Longo Prazo PL Patrimônio Líquido PMCD Prazo Médio de Cobrança de Duplicatas PMPD Prazo Médio de Pagamento de Duplicatas PNC Passivo Não Circulante ROB Receita Operacional Bruta ROL Receita Operacional Líquida TCC Trabalho de Conclusão de Curso TMLB Taxa de Margem de Lucro Bruto TMLLE Taxa do Lucro Líquido do Exercício TMLOL Taxa de Lucro Operacional Líquida TRAT Taxa de Remuneração do Ativo Total TRCS Taxa de Rentabilidade do Capital Social TRIO Taxa de Retorno do Investimento Operacional TRPL Taxa de Rentabilidade do Patrimônio Líquido

12 12 SUMÁRIO INTRODUÇÃO CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO ÁREA CONTEMPLADA CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA OBJETIVOS Objetivo geral Objetivos específicos JUSTIFICATIVA REFERENCIAL TEÓRICO CARACTERISTICA GERAL DA CONTABILIDADE Conceituação Objetivo Finalidades Funções e objetivos Princípios da contabilidade Técnicas contábeis básicas Demonstrações contábeis ANÁLISE DE BALANÇOS Finalidades e objetivos da análise de balanços Reestruturação de Demonstrações Contábeis para Análise de Balanços Atualização de valores para análise comparativa de balanços Análise de balanços em valores absolutos ANÁLISE DE BALANÇO EM VALORES RELATIVOS Análise horizontal de balanços Análise vertical de balanços Balanço de fundos ANÁLISE DE BALANÇOS POR INDICADORES ECONOMICOS E 34 FINANCEIROS Indicadores de liquidez Capital Circulante Líquido CCL Índice de Liquidez Geral ILG Índice de Liquidez Corrente ILC Índice de Liquidez Seca ILS Indicadores de endividamento Coeficiente de Dívidas Circulantes CDC Coeficiente de Dívidas Totais CDT Coeficiente de Dívidas de Longo Prazo CDLP Coeficiente de Segurança Máxima CSM Indicadores de Solvência e Insolvência Coeficiente de Overtrading COVER Índice de Solvência de Kanitz Indicadores de lucratividade Coeficiente de Margem de Lucro Operacional Bruto- CMLOB Coeficiente de Margem de Lucro Operacional Líquido CMLOL Coeficiente de Margem de Lucro Líquido do Exercício CMLLE... 42

13 Coeficiente de Margem de Lucro Operacional Próprio CMLOP Indicadores de rentabilidade Coeficiente de Rentabilidade do Capital Social CRCS Coeficiente de Rentabilidade do Patrimônio Líquido CRPL Coeficiente de Remuneração do Ativo Total CRAT Taxa de Retorno do Investimento Operacional TRIO Indicadores de atividade, giro ou ciclometria Grau de Imobilização do Patrimônio Líquido GIPL Exame de Rotação de Estoques ERE Exame de Prazo Médio de Duplicatas a Receber ou Cobrança de Duplicata Exame do Prazo Médio de Duplicatas a Pagar ou de Pagamento de Duplicata Outros Indicadores econômicos e financeiros Alavancagem financeira e operacional EBITDA e outros indicadores de mercado de capitais EVA METODOLOGIA DO ESTUDO CLASSIFICAÇÃO DO ESTUDO Quanto a natureza Quanto aos objetivos Quanto a forma de abordagem do problema Quanto aos procedimentos técnicos COLETA DE DADOS Instrumento de coleta de dados ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS ANÁLISE DOS RESULTADOS APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM VALORES 54 ABSOLUTOS Balanço Patrimonial em valores absolutos originais Demonstração do Resultado do Exercício em valores absolutos originais ATUALIZAÇÃO DOS VALORES DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 56 PARA ANÁLISE COMPARATIVA DE BALANÇOS Balanço Patrimonial em valores absolutos originais Análise e interpretação do Balanço Patrimonial em valores absolutos 58 atualizados Demonstração do Resultado do Exercício em valores absolutos atualizados Análise e interpretação da Demonstração do Resultado do Exercício em 61 valores absolutos atualizados ANÁLISE DE BALANÇO EM VALORES RELATIVOS Análise vertical de Balanço da empresa do comércio varejista Análise vertical do Balanço Patrimonial da empresa do comércio varejista Interpretação e análise do Balanço Patrimonial da empresa do comércio 64 varejista Análise vertical da Demonstração do Resultado do Exercício da empresa do 70 comércio varejista Interpretação e análise vertical da Demonstração do Resultado do Exercício 71 da empresa do comércio varejista Análise horizontal de Balanços da empresa do comércio varejista... 76

14 Balanço Patrimonial da empresa do comércio varejista em valores relativos Interpretação e análise horizontal do Balanço Patrimonial da empresa do 78 comércio varejista Análise horizontal da Demonstração do Resultado do Exercício da empresa do 85 comércio varejista Interpretação e análise horizontal da Demonstração do Resultado do Exercício 87 da empresa do comércio varejista ANÁLISE DO BALANÇO DE FUNDOS ANÁLISE DE BALANÇOS POR ÍNDICES ECONOMICOS E 100 FINANCEIROS Análise de indicadores de liquidez Capital Circulante Líquido CCL Índice de Liquidez Geral ILG Índice de Liquidez Corrente ILC Índice de Liquidez Seca ILS Análise de indicadores de endividamento Coeficiente de Dívidas Circulantes CDC Coeficiente de Dívidas Totais CDT Coeficiente de Dívidas de Longo Prazo CDLP Coeficiente de Segurança Máxima CSM Coeficiente de Participação de Capitais de Terceiros CPCT Coeficiente de Participação das Dívidas de Curto Prazo sobre as Dívidas 112 Totais CPDCP Análise de indicadores de solvência e insolvência Coeficiente de Overtrading CoVer Índice de Insolvência de Kanitz Análise de indicadores de lucratividade Taxa de Margem de Lucro Bruto TMLB Taxa de Margem de Lucro Operacional Bruto e Margem do Lucro Exercício Análise de indicadores de rentabilidade Taxa de Rentabilidade do Capital Social TRCS Taxa de Rentabilidade do Patrimônio Líquido TRPL Taxa de Rentabilidade do Ativo Total TRAT Taxa de Retorno do Investimento Operacional TRIO Indicadores de atividade, giro ou ciclometria Grau do Investimento do Patrimônio Líquido GIPL Exame de Rotação de Estoques ERE Exame do Prazo Médio de Cobrança de Duplicatas PMCD Exame do Prazo Médio do Pagamento de Duplicatas PMPD Prazo Relativo das Duplicatas PRD CONCLUSÃO DA ANÁLISE DE BALANÇO PARA DECISÕES NA MPME CONCLUSÃO REFERÊNCIAS

15 15 INTRODUÇÃO Muitas entidades, em sua maioria, ainda não sabem da importância de se realizar uma análise de situação patrimonial, passada e presente, tendo por base suas próprias demonstrações contábeis, tanto de aumentos como diminuições. Através deste tema, busca-se desenvolver um processo de interpretação e análise da situação patrimonial, econômica e financeira de uma empresa, tendo como foco a importância da informação contábil para o conhecimento próprio das organizações e em especial para que seus gestores possam estar melhor instrumentalizados para suas decisões no dia a dia dos negócios. A técnica contábil de Análise de Demonstrações Contábeis evidencia, de maneira explícita e decomposta, as informações expostas nos demonstrativos financeiros e econômicos, comparando as mesmas, para então se ter um dimensionamento de sua posição, evolução e possibilidades futuras, tendo por base a realidade passada, a conjuntura presente e a projeção em cenários futuros, na busca de resultados satisfatórios aos interesses sociais, independentemente do seu ramo de atuação. Esse estudo é simples e ao mesmo tempo de grande importância, no momento em que os gestores da empresa forem tomar decisões gerenciais, comparando indicadores e projetando a situação patrimonial e econômica da empresa, estudando sua realidade e projetando tendências, terá, com certeza, maior probabilidade de acertos em seus negócios. Com base nas mais variadas possibilidades de informações que a contabilidade pode oferecer aos seus diferentes usuários, são apresentadas aqui as principais etapas do trabalho de conclusão de curso da acadêmica proponente. Ao dar inicio aos estudos, é apresentada a contextualização, mediante a definição da área de estudo, a caracterização da problemática, a definição de objetivos a serem atingidos e a apresentação da justificativa da autora para a realização do seu trabalho de conclusão de curso na área escolhida, passando ainda por uma breve caracterização da empresa que oferecerá os dados contábeis para a realização do último capítulo, parte prática do trabalho. No capítulo dois, é relatado o produto da pesquisa teórica, envolvendo a Contabilidade e a técnica contábil da Análise de Balanços, com vistas ao embasamento teórico da proponente, como instrumentalização técnica para a realização da parte prática deste estudo, tendo por base as obras dos principais autores da área, disponíveis na Biblioteca Central da Unijuí e indicada pelos professores do curso, bem como revistas especializadas e mesmo artigos disponibilizados na rede internacional de computadores - internet.

16 16 No terceiro capítulo, é apresentada a metodologia utilizada na parte teórica do trabalho e na condução das ações práticas com vista a realização dos objetivos propostos. Na quarta parte deste estudo, ou no último capítulo, é apresentado o resultado prático do tema desenvolvido, as análises exigidas das demonstrações básicas: Balanço Patrimonial e Demonstração do Resultado do Exercício da empresa em estudo, e as respectivas conclusões e recomendações retiradas e propostas das análises realizadas. E por término, as considerações finais e as referências que deram suporte à realização do estudo.

17 17 1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO Contextualizar o estudo tem por finalidade apresentar as características básicas que identificam o trabalho a que se propõe a concluinte do Curso de Ciências Contábeis.Nesta dimensão, são apresentados elementos que identificam a área de conhecimento contemplada pelo estudo ou a indicação do tema a ser abordado, seguido da caracterização da organização onde a parte prática do trabalho será realizada, da apresentação dos elementos da problematização do tema que as ações posteriores procurarão dar respostas, seguida da apresentação dos objetivos gerais e específicos a serem alcançados, bem como da apresentação de argumentos que embasam a justificativa da acadêmica para a realização da tarefa de conclusão de curso na área escolhida. 1.1 ÁREA CONTEMPLADA A formação contábil oferece inúmeras possibilidades de atuação ao futuro profissional, dado que, com certeza, nenhuma empresa subsiste sem os conhecimentos patrimoniais que a Ciência Contábil proporciona a seus gestores, tanto que a Contabilidade é um dos ramos do conhecimento humano mais antigo. Dentre essa diversidade instrumental está a técnica contábil da Analise de Balanços, que através das demonstrações contábeis evidencia o patrimônio e suas variações, toda a movimentação ocorrida no dia a dia da empresa, também apresenta dados patrimoniais, econômicos e financeiros momentâneos, de períodos em períodos, de onde podem ser retirados dados, indicadores e informações. Percebe-se daí, a grande importância que assume a área de análise de demonstrações contábeis, tanto para o futuro profissional como para as empresas em geral, o que por si só já justifica a opção da proponente em optar por essa área de estudo para a elaboração do seu trabalho de conclusão de curso. 1.2 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO A empresa em que é realizado o estudo do trabalho de conclusão de curso está localizada em uma das cidades que integram a região noroeste colonial do estado do Rio Grande do Sul, considerada de pequeno porte e que atua no ramo de comércio varejista de gêneros alimentícios, higiene e limpeza. Conta com 5 sócios proprietários, todos com atuação na empresa e com 33 funcionários devidamente registrados. É enquadrada tributariamente na

18 18 modalidade do lucro real, sendo sua contabilidade realizada por um escritório de serviços contábeis. O estudo abrange os períodos contábeis de 2009 a 2013, com seus valores absolutos de poder aquisitivo da moeda da época de sua respectiva elaboração e que para fins de análise comparativa necessitaram ser atualizados pela variação do poder aquisitivo da moeda nacional para o último ano da série em estudo. 1.3 PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA A Análise de Demonstrações Contábeis pode não apresentar uma influência representativa na organização diante dos conceitos de quem não a realiza freqüentemente, mas é de indispensável realização. O uso dessa técnica contábil pode evitar grandes transtornos no longo prazo, mostrando suas delimitações, é ela quem influencia diretamente na tomada de decisão e no gerenciamento das organizações. É um estudo envolvendo vários anos de movimentação, com seus indicadores de situações passadas e presentes e possibilidades futuras, apresentando indicativos de estabilidade, continuidade ou de mudanças para o rumo dos negócios. Esse trabalho dentro da organização mostra uma série de fatores que auxiliam diariamente, em suas estratégias de gerência, seus índices de posição e resultado. A análise de suas principais demonstrações será realizada processada em valores absolutos revelados em seu balanço patrimonial e sua demonstração do resultado de cada exercício social, bem como através de trabalhos de transformação de tais dados em valores relativos, representados pelas técnicas da análise vertical e horizontal e pela obtenção de índices econômicos e financeiros, de forma a proporcionar amplas condições de revelar a real situação patrimonial, econômica e financeira da empresa em estudo. Diante os argumentos expostos, a pergunta geral a que a realização do trabalho de conclusão de curso desenvolvido na área objeto de estudo, procurou dar respostas, é assim delineada: Como se apresenta a real situação patrimonial, financeira e econômica da empresa objeto de estudo, apontada pela aplicação das principais técnicas de análise de demonstrações contábeis no período de 2009 a 2013?

19 OBJETIVOS Os objetivos apontam o que se quer atingir com a realização do trabalho, tanto na dimensão da proponente, como na dimensão da expectativa da empresa que disponibilizará os dados para estudo, e se dividem em objetivo geral e objetivos específicos Objetivo geral Demonstrar, através de cálculos, interpretações e análises, a posição e evolução patrimonial, econômica e financeira da empresa em estudo Objetivos específicos Revisar a base teórica que fundamenta as técnicas de análise de demonstrações contábeis, com vistas a aprofundar conhecimentos orientadores das atividades práticas a serem implementadas pela proponente. Preparar as demonstrações contábeis da empresa em estudo para adequá-las às necessidades técnicas de análise de balanços. Aplicar as principais técnicas de análise de demonstrações contábeis sobre os demonstrativos contábeis básicos de 2009 a 2013, obtendo indicadores que evidenciem a posição patrimonial e evolução econômica e financeira da empresa em estudo. Interpretar os indicadores obtidos, analisar e apresentar as sugestões de melhoria aos proprietários da empresa, nas ocasiões em que os resultados obtidos assim o demandarem. 1.5 JUSTIFICATIVA Diante as várias divisões aplicativas que contemplam a contabilidade, das respostas que geram aos seus usuários, está a Análise de Balanços. A análise de demonstrações contábeis será tratada neste trabalho, especificamente na dimensão técnica de evidenciação e de resolução de questões patrimoniais, objeto de estudo da Contabilidade, pois é ela, entre outras, que demonstrará a situação ou posição do andamento da empresa, em termos monetários, em períodos históricos, permitindo assim, gerar uma gama de indicativos,

20 20 permitindo uma base de maior segurança aos empresários no momento de suas decisões de ordem patrimonial. Toda e qualquer empresa necessita de um gerenciamento controlado, seja ele específico ou não. A análise de demonstrações contábeis de uma empresa ajuda a rever os números financeiros, a análise do comportamento de clientes, concorrentes, fornecedores e outros integrantes do complexo mercado empresarial, tornando-se hoje indispensável ferramenta gerencial, proporcionando a oportunidade de identificar o que precisa ser alterado ou mantido, ou seja, o rumo certo a ser seguido. A Unijuí - Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul oferece aos seus alunos uma ampla abertura de conhecimentos, pesquisas e aprendizados, é por isso que ao final de qualquer curso, entre eles o de Ciências Contábeis, os alunos formulam um trabalho de conclusão, estudo que proporcionará ao concluinte um espaço de revisão, ampliação e experimentação prática de conhecimentos, e que poderá se constituir em mais um meio de estudo para qualquer pessoa que tiver interesse na área de conhecimento estudada, especialmente os alunos deste curso e empresários em geral, contribuindo para o desenvolvimento profissional de cada um. Na condição de concluinte do Curso de Ciências Contábeis e futuro profissional da Contabilidade, busco através deste estudo aplicado na área de análise de balanços, ampliar conhecimentos e colocar em prática o meu aprendizado, abrindo horizontes profissionais. Este estudo é por mim considerado importante, pois permite mostrar na prática o quanto de informações podem ser obtidas para a compreensão da empresa e especialmente para orientar os empresários no dia a dia de suas decisões, dimensão especial que passa a assumir a Contabilidade no mundo dos negócios no mundo contemporâneo, onde a informação é elemento de fundamental importância.

21 21 2 REFERENCIAL TEÓRICO Neste capítulo é apresentado o produto da pesquisa bibliográfica realizada pela acadêmica, com vista à revisão e ampliação de conhecimentos, base teórica para melhor desempenho na realização das tarefas práticas do trabalho de conclusão de curso, envolvendo conteúdos de Contabilidade e Análise de Balanços, área de estudo selecionada para a presente pesquisa. 2.1 CARACTERIZAÇÃO GERAL DA CONTABILIDADE A Contabilidade é uma das principais tecnologias gerenciais utilizadas pelos gestores para o controle gerencial da empresa. Mathioni (2004, p.75), afirma que: A Contabilidade tem como objetivo maior fornecer informações atualizadas, úteis e confortáveis de forma a satisfazer os mais diversos usuários para que possam ter uma base segura nas tomadas de decisão, e para controlar o patrimônio da empresa, bem como suas contas. A Ciência Contábil é considerada como conhecimento ligado às Ciências Sociais e tem por objeto de estudo o patrimônio e suas variações enquanto as dimensões qualitativas e quantitativas Conceituação A contabilidade surgiu muito antes do que se imagina e desde os primórdios a técnica contábil fez parte do cotidiano do ser humano. Iudícibus (2000, p.31), diz que: [...] a Contabilidade é tão antiga quanto o homem que pensa. Entendemos que Contabilidade, como conjunto ordenado de conhecimentos, leis, princípios e método de evidenciação próprios, é a ciência que estuda, controla e observa o patrimônio das entidades nos seus aspectos quantitativo (monetário) e qualitativo (físico) e que, como conjunto de normas, preceitos e regras gerais, se constitui na técnica de coletar, catalogar e registrar os fatos que nele ocorrem, bem como de acumular, resumir e revelar informações de suas variações e situação, especialmente de natureza econômico-financeira. (BASSO, 2005, p.22). Conforme Barros (2005, p.17), A Contabilidade é uma ciência social que estuda a prática e as funções de controle e de registros relativos aos atos e fatos da Administração e da

22 22 Economia. Basso (2005), explica que a contabilidade é considerada também uma arte, pois registra as transações ocorridas em uma companhia, expressadas em termos monetários, informando o reflexo que essas atividades irão impactar na situação financeira e econômica da entidade. Entende-se que a contabilidade, nada mais é, que uma ciência que estuda o patrimônio e suas variações, controla sua movimentação e evidencia sua posição e variações através de relatórios legais e gerenciais. A contabilidade demonstra a situação da entidade em seu aspecto monetário e físico, possibilitando, através de seus relatórios, registros, análises, demonstrações, pareceres e assim por diante, se ter uma dimensão da situação atualizada do ponto de vista financeiro da entidade Objeto Nenhuma entidade existe sem seu principal objeto de estudo, ou seja, o Patrimônio. Segundo Basso (2005, p.23), O objeto da Contabilidade é o patrimônio, geralmente constituído por um conjunto de bens, direitos e obrigações pertencentes a uma determinada entidade. Para Barros (2005, p.17) [...] o objeto é sempre o patrimônio da entidade, ou seja, o conjunto de bens, direitos e obrigações para com terceiros, pertencentes a essa entidade. O patrimônio é enfocado pela contabilidade em dois aspectos: o qualitativo e o quantitativo, sendo que o primeiro leva em conta a composição física e jurídica individual de cada elemento patrimonial e o outro leva em conta o seu valor monetário ou econômico Finalidade A finalidade da ciência contábil, nada mais é do que a geração de informações seja em forma de índice, percentual, ou qualquer outro indicador que venha a mostrar sua real situação. Conforme Basso (2005, p.24), A finalidade fundamental da contabilidade é gerar informações de ordem física, econômica e financeira sobre o patrimônio, com ênfase para o controle e o planejamento.

23 23 Essas informações possibilitam aos interessados ter conhecimento da verdadeira situação monetária da entidade em seus aspectos qualitativos e quantitativos Funções e objetivos As funções podem ser assim destacadas, segundo Basso (2005, p. 25): - coletar os documentos comprobatórios dos atos e fatos administrativos e econômicos que ocorrem na entidade; - classificar os documentos comprobatórios de acordo com as alterações que provocam no patrimônio da entidade; - registrar os fatos contábeis decorrentes das alterações patrimoniais nos livros de escrituração contábil da entidade; - acumular informações quantitativas e qualitativas do patrimônio e suas variações, ao longo do tempo; - resumir informações do patrimônio e suas variações, em demonstrativos contábeis; - revelar a situação patrimonial, econômica e financeira da entidade. A caracterização dos objetivos é apresentada a seguir, segundo Basso (2005, p. 25): - controlar (física e monetariamente) o patrimônio da entidade; - apurar os resultados decorrentes das variações ocorridas no patrimônio da entidade; - evidenciar a situação patrimonial, econômica e financeira da entidade, bem como suas tendências; - atentar para o cumprimento de normas, leis e demais dispositivos emergentes da legislação aplicável aos negócios da entidade; - fornecer informações sobre o patrimônio aos seus usuários, de acordo com suas necessidades. A contabilidade, não só no Brasil, é de indispensável e incontestável importância, pois não é possível a abertura de um estabelecimento, negócio, seja qual for o ramo de atividade, sem usar a prática contábil. Seus documentos, escriturações, relatórios simples ou complexos, mostram o quanto é necessária à gerência dos negócios, o controle de cada ato e fato ocorrido na entidade é que permite um gerenciamento responsável e eficiente do empreendimento. Comprovadamente, a Contabilidade tem se constituído em fonte incomum de geração de informações para seus diferentes usuários, tanto internos como externos Princípios de contabilidade Em 1994 o CFC publicou a resolução nº 774/94, que trouxe os princípios fundamentais de contabilidade em vigor em todo o país de forma amplamente analítica, proporcionando ao leitor perfeitas condições de dimensão e significado dos mesmos.

24 24 Basso (2005), diz que em 1981, o Conselho Federal de Contabilidade decidiu rever os princípios da contabilidade, formando uma comissão dos mais ilustres nomes da Contabilidade, que resultou na publicação da Resolução CFC nº 530/81, a partir daí se instituiu os princípios fundamentais da contabilidade. Em 28 de dezembro de 2007, foi criada a lei /07 (Lei das Sociedades por Ações), que altera e revoga dispositivos da Lei n o 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e da Lei n o 6.385, de 7 de dezembro de 1976, que deu um novo parecer referente aos Princípios da Contabilidade. Os Princípios de Contabilidade vigentes são: Principio da Entidade; Principio da Continuidade; Principio da Oportunidade; Principio do Registro pelo Valor Original; Principio da Competência; Principio da Prudência. Conforme Iudícibus (2000), o princípio da entidade detém a autonomia patrimonial, ou seja, o patrimônio da entidade nunca pode ser confundido com patrimônio particular dos sócios. Greco e Arend (2001, p.24), explicitam que: A vida da entidade é continuada, por consequência, como as demonstrações contábeis são estáticas, não podem ser desvinculadas dos períodos anteriores e subsequentes. Pode-se entender que a entidade dará continuidade as suas atividades futuramente. Conforme Basso (2005, p.317), O princípio da oportunidade exige a apreensão, o registro e o relato de todas as variações sofridas pelo patrimônio de uma entidade, no momento em que elas ocorrem. Ainda para Basso (1999, p.49), O Princípio da Oportunidade refere-se, simultaneamente, á tempestividade e á integralidade do registro do patrimônio e das suas variações, determinando que este seja feito de imediato e com a extensão correta, independentemente das causas que as originam. Barros (2005), afirma que o princípio do registro pelo valor original determina que os componentes do patrimônio devem ser registrados pelo seu valor original no momento da transação, ou seja, seu valor de aquisição, sem ter seus valores alterados enquanto o bem fizer parte do patrimônio.

25 25 Já para Basso (1998, p.19), ao enfocar o princípio do registro pelo valor original, diz que Fica claro, na leitura do Principio, que os elementos patrimoniais devem ser registrados pelo seu valor de origem, isto é, aquele estabelecido, preferencialmente, pelo agente externo da entidade, no documento de origem do elemento ou de sua variação [...]. O princípio da competência, explicado por Basso (2011), ordena que cada fato ocorrido, ou cada transação, sejam reconhecidos no mesmo período, independente de seu pagamento ou recebimento. Segundo Greco; Arend (2001), o princípio da prudência rege sempre a adoção do menor valor para o ativo e do maior para o passivo. Isso previne a empresa de algum dano futuro diante de uma incerteza monetária a receber ou a pagar. Os princípios de contabilidade regem as regras gerais na atuação de qualquer contador ético. Suas aplicações irão oferecer a base adequada a qualquer fato ocorrido dentro da empresa. O propósito principal é oferecer à contabilidade um padrão justo na formação profissional de cada contador Técnicas contábeis básicas Para Basso (2005), as funções da contabilidade são estruturadas em quatro grandes grupos: Escrituração; Demonstrativos Contábeis; Auditoria; Análise de Balanços. As escriturações são apenas os registros contábeis, que toda empresa deve fazer, nos livros Diários e Razão, e nos demais livros auxiliares. Os acontecimentos e relatos financeiros e econômicos da empresa, como por exemplo, Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício, entre outros, são denominados de Demonstrativos Contábeis. A Auditoria consiste no exame dos procedimentos administrativos, operacionais e das praticas contábeis, servindo de certificação de sua lisura e clareza, legalidade, correção e fidedignidade. Para Sá (2004, p. 3), Analisar é dividir em partes alguma coisa, objetivando conhecer como esta se comporta em seu universo próprio.

26 26 A Análise de Balanço, objeto de estudo deste trabalho, são as informações extraídas das demonstrações, para serem analisadas. Seu resultado nos dará uma situação econômica e financeira da empresa Demonstrações contábeis As demonstrações contábeis são obrigatórias e são a representação monetária da posição patrimonial, financeira ou econômica em determinada data, e das transações realizadas por uma entidade no período findo. As demonstrações básicas obrigatórias são: Balanço Patrimonial; Demonstração do Resultado do Exercício; Demonstração dos Fluxos de Caixa; Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido; Demonstração do Valor Adicionado (não sendo obrigatórias para companhias de pequeno e médio porte); Notas Explicativas. No Balanço Patrimonial é possível ver claramente a situação financeira da empresa. Segundo Arend; Greco e Gartner (2009, p.83), O Balanço Patrimonial é a demonstração contábil destinada a evidenciar, quantitativa e qualitativamente, a posição patrimonial e financeira da entidade em determinada data. Para Basso (2011, p. 294), O demonstrativo contábil Balanço Patrimonial pode ser entendido como uma representação quantitativa e sintética dos elementos que compõem o patrimônio de uma entidade numa determinada data, revelando a sua posição financeira e patrimonial estática, isto é, na data do seu levantamento. O Balanço Patrimonial é dividido em três grandes grupos: Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido. O Ativo representa todos os valores positivos da entidade, ou seus bens e direitos. O Passivo representa todos os valores negativos de uma entidade, ou seja, todas as suas obrigações. O Patrimônio Líquido é a soma algébrica do Ativo e do Passivo de uma entidade, podendo ela ser negativa ou positiva.

27 27 Cabe ao Ativo, os grupos de Circulante e Não-Circulante, este, dividido em Realizável a Longo Prazo e Investimentos, Imobilizado e Intangível. O Passivo também é dividido em Circulante e Não Circulante, este representado pelo Exigível a Longo Prazo, já o Patrimônio Liquido é dividido em seis grupos de contas: Capital Social, Reservas de Capital, Reservas de Lucros, Ajuste de Avaliações Patrimoniais, Ações em Tesouraria e Prejuízos Acumulados, sendo esses últimos, retificativos do grupo. Para Arend; Greco, Gartner (2009, p.84), Serão classificados no Ativo Circulante as contas que representarem disponibilidades, diretos realizáveis no curso do exercício social seguinte e as aplicações de recursos em despesas do exercício social seguinte. O grupo de contas do Ativo Circulante divide-se em: Disponível, Crédito de Clientes, Outros Valores a Receber, Estoques e as Despesas Antecipadas. Sobre o Ativo Não Circulante, para Arend, Greco, Gartner (2009, p.85), São incluídos nesse grupo todos os bens de permanência duradoura, destinados ao funcionamento normal da sociedade e do seu empreendimento, assim como os direitos exercidos com essa finalidade. Esse subgrupo do Balanço Patrimonial tem como contas patrimoniais o Realizável a Longo Prazo, Investimentos, Imobilizado e Intangível (acrescido do Diferido quando houver). O Passivo Circulante, segundo Basso (2011), agrupa as contas de obrigações conhecidas e os encargos estimados. Esse subgrupo pode se dividido em: Obrigações de Funcionamento, Obrigações de Financiamento. E o passivo Não Circulante é composto pelo Exigível a Longo Prazo, dividido nos mesmos grupos do Passivo Circulante. A Demonstração do Resultado do Exercício, segundo Basso (2005, p. 275), [...] é o relatório contábil que sintetiza as operações que deram origem ao resultado de um determinado exercício social. Essa demonstração é destinada a formar o resultado líquido num certo período de tempo da entidade. É formada pela diferença da Receita Operacional Bruta e as deduções da Receita Operacional Bruta, a partir dessas duas contas obtém-se a Receita Operacional Liquida. Essa mesma receita deduzindo os Custos das Mercadorias e dos Produtos ou Serviços Vendidos, obtém-se então o Lucro Operacional Bruto. Em seguida têm-se as Despesas Operacionais, como as Vendas, Receitas e Despesas Financeiras gerais e administrativas. As outras receitas e despesas operacionais ocupam o próximo item.

28 28 O Resultado Operacional Líquido é formado pelo Lucro Operacional Bruto menos as Despesas Operacionais e as outras Receitas ou Despesas Operacionais. O resultado líquido do exercício, que é a finalidade da demonstração do resultado do exercício, é obtido através da diminuição entre o resultado antes do imposto de renda e da provisão para o imposto de renda e contribuição social e as participações e contribuições. Iudícibus (2009), diz que os impostos e taxas são aqueles gerados no momento das vendas, os mais cobrados são: IPI Imposto sobre Produtos Industrializados; ICMS Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços; ISS Imposto Sobre Serviço (governo municipal); PIS Programa de Integração Social (governo federal); COFINS Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (governo federal). A Demonstração dos Fluxos de Caixa passou a ser obrigatória a partir do dia primeiro de janeiro de dois mil e oito, através da publicação da Lei nº /2007, sendo considerado um dos principais relatórios para as empresas. É obrigatória para as entidades de capital aberto ou com patrimônio liquido superior a dois milhões de reais. Esta demonstração indica a origem de todo o dinheiro que entrou no caixa em determinado período da empresa ou o resultado do fluxo financeiro. Assim como a demonstração de resultado de exercício, a demonstração do fluxo de caixa é uma demonstração que também está contida no balanço patrimonial. Segundo Azevedo (2008, p. 18), A principal função da DFC é controlar os fluxos de entradas e saídas de dinheiro e seu equivalente de uma entidade, proporcionando uma melhor gestão de recursos obtidos, adequada transparência das operações, e ainda evitando os desvios financeiros. Essa demonstração evidencia onde os recursos são aplicados, lembra o principio da entidade, ou seja, não confundir a vida financeira particular com a da entidade. A DFC está basicamente dividida em três grandes áreas de informações: Atividades Operacionais; Atividades de Investimento; Atividades de Financiamento.

29 29 As atividades operacionais são as receitas e gastos decorrentes da industrialização, comercialização ou prestação de serviços da empresa. As atividades de investimento são os gastos efetuados no realizável a longo prazo. As atividades de financiamento são os recursos obtidos do passivo não circulante e do patrimônio líquido. O principal objetivo da DRE é apresentar o resultado líquido, através das receitas, despesas e resultados obtidos, num determinado período, geralmente de 12 meses, ajudando seus gestores na tomada de decisão. A Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido pode servir de substituição a Demonstrações dos Lucros ou Prejuízos Acumulados, pois é mais abrangente, incluindo todas as contas de Patrimônio Líquido, inclusive a DLPA. Segundo Basso (2011), é aquela que demonstra as mudanças de natureza e valor, contidas somente no Patrimônio Líquido da entidade, em certo período, geralmente de um ano, seu exercício social. A Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido é uma das mais completas, diante das outras exigidas pelas normas contábeis, como o próprio nome já diz, ela relata todas as contas do Patrimônio Líquido, num determinado exercício social, incluindo as reservas não oriundas dos lucros. Para a formação da DMPL, deve-se representar, coordenadamente, a movimentação que ocorre nas contas do PL, como por exemplo: Capital Social; Reserva de Capital; Reserva de Lucro; Reserva de Reavaliação; (-) Ações em Tesouraria; (-) Prejuízos Acumulados. A DMPL evidencia claramente a movimentação de uma conta para outra, com suas detalhadas origens. Mostra como é importante ter conhecimento de cada conta, a compreensão de cada reserva, dividendos e assim por diante, facilitando a visão de negócio, permitindo uma menor complexidade quanto a análise de resultados e seu controle. A Demonstração do Valor Adicionado demonstra sinteticamente, o que a entidade agregou, em certo período, na movimentação de suas atividades. Apresenta a formação do valor através do resumo das receitas geradas, da exclusão dos insumos adquiridos para a

30 30 geração dessa receita e retenções de bens de capital, sob formas de depreciações, exaustões e amortizações. Segundo Azevedo (2008, p.119), A Demonstração do Valor Adicionado é a demonstração contábil destinada a evidenciar, de forma concisa, os dados e as informações do valor da riqueza gerada pela entidade em determinado período e sua distribuição. A DVA é uma demonstração muito útil, em relação a valores monetários, servindo também para gerar informações de natureza social, já que integra o balanço social, de determinada empresa. É representada basicamente pelas vendas menos os consumos de materiais e serviços, em determinado período. As Notas Explicativas fornecem as informações necessárias para esclarecimento da situação patrimonial, ou seja, de determinada conta, saldo ou transação, ou de valores relativos aos resultados do exercício, ou fatos que podem alterar futuramente tal situação patrimonial. As demonstrações contábeis serão complementadas por notas explicativas, necessárias para esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do exercício. Explica algo que é encontrado nos outros demonstrativos. Ações em Tesouraria, Ágio ou Deságio, Arrendamento Mercantil, Debêntures, Variação Cambial e Seguros, são algumas das principais notas explicativas, recomendadas para as sociedades por ações de capital aberto. 2.2 ANÁLISE DE BALANÇOS O foco principal de estudo do presente trabalho de conclusão de curso é a técnica contábil análise de balanços, que tem como meta retirar das demonstrações contábeis informações para a compreensão do passado patrimonial, da situação presente e das perspectivas futuras que dele se pode esperar, num determinado contexto sócio-econômico. Este tema em estudo acompanha a Contabilidade das organizações como uma de suas utilidades práticas de geração de dados e informações que auxiliaram os gestores em suas tarefas administrativas e como tal, continua contribuindo com a função de ser útil para os diferentes usuários da informação contábil nas mais diferentes maneiras de tomadas de decisões de ordem econômico-financeira.

31 Finalidades e objetivos da análise de balanço O objetivo da Análise de Balanço é oferecer um relatório sobre a real situação econômica e financeira da organização, utilizando relatórios gerados pela Contabilidade e outras informações necessárias. Para Iudícibus (2010), é a expressão resumida dos principais fatos registrados pela contabilidade, em determinado período de tempo. Segundo Matarazzo (2010, p.3), As demonstrações financeiras fornecem uma série de dados para a empresa, de acordo com regras contábeis. A Análise de Balanços transforma esses dados em informações e será tanto mais eficiente quanto melhores informações produzir. A Análise de Demonstrações Contábeis visa fornecer informações numéricas ou monetárias de um determinado período de tempo, como no caso desse trabalho que envolve cinco anos, de modo a oferecer uma base aos administradores e acionistas, entre outros, que estejam interessados em conhecer a situação patrimonial, econômica e financeira da empresa para que possam tomar decisões baseadas em dados consistentes. Esse instrumento de análise oferece uma ampla visão da situação da empresa aos usuários internos e também externos interessados, de uma ou outra forma, com vistas a um processo decisório Reestruturação de demonstrações contábeis para análise de balanços A contabilidade segue um modelo padrão de apresentação das demonstrações contábeis. Segundo Bruni (2011, p.1), Muitas das informações trabalhadas em finanças são registradas e armazenadas na contabilidade. Conforme Iudícibus (2010, p.5), Existe um conjunto de informações e conhecimentos básicos necessários para um entendimento mais profundo das vantagens e limitações da análise de balanços. A contabilidade oferece um padrão geral de contas que facilita o entendimento para os interessados e ele deve ser o mais simples e resumido possível. Quando isso não ocorre, há necessidade de proceder-se uma revisão e reorganização das informações expostas nas demonstrações contábeis, visando a obter-se esse padrão mínimo compreensível para a maioria dos usuários da análise de balanço. Esse processo consiste em organizar e padronizar

32 32 contas na estrutura patrimonial e de resultados de forma a obter-se uma compreensão homogênea em todos os anos que compõem o período de estudo, resultando em dados que permitam a comparabilidade entre ambos Atualização de valores para análise comparativa de balanços É necessária a atualização das demonstrações contábeis, mantendo um padrão uniforme, melhorando o entendimento de quem as interpreta. Iudícibus (2010) diz que, para se ter uma ampla análise dos balanços é suficiente colocar o mesmo em moeda da mesma data, ou seja, se um balanço foi finalizado no devido exercício social, com o passar do tempo, sua moeda fica desvalorizada, perdendo valor diante do mercado. Faz-se, então, a correção dessa moeda, para o último ano em que está sendo comparada, para evitar a perda de valor, impedindo que isso influencie no resultado esperado da análise da empresa Análise de balanços em valores absolutos A maioria das empresas trabalha em um sistema constante, cada uma a seu ritmo, mas todas com o mesmo intuito, obter o máximo de lucro possível, com o equilíbrio de suas entradas e saídas. Proceder a análise de balanços em valores absolutos nada mais é do que o analista fazer os números mostrarem resultados aos seus diferentes usuários. Essa técnica consiste, portanto, na tarefa de expressar aos leitores os números representativos das aplicações e origens dos recursos expressos no balanço patrimonial e da formação das receitas, custos e despesas e desses, as diversas fases do resultado, expressas na demonstração do resultado do exercício da empresa, bem como nas suas demonstrações complementares. 2.3 ANÁLISE DE BALANÇOS EM VALORES RELATIVOS A análise em valores relativos é a transformação dos valores absolutos em valores relativos percentuais e números índices, a partir daí é aplicada a técnica de análise horizontal e vertical de balanços.

33 Analise horizontal de balanços A análise horizontal tem por finalidade, verificar o comportamento do patrimônio e do resultado da entidade, sempre com base em no mínimo dois períodos bases. Calculam-se os chamados números, estabelecendo o exercício social mais antigo como índice-base 100. Iudícibus (2010 p.83), afirma que: A finalidade principal da análise horizontal é apontar o crescimento de itens dos Balanços e das Demonstrações de Resultado (bem como de outros demonstrativos) através dos períodos, a fim de caracterizar tendências. Matarazzo (2010, p.172), afirma que a análise horizontal, Baseia-se na evolução de cada conta de uma série de demonstrações financeiras em relação a demonstração anterior e/ou em relação a uma demonstração financeira básica, geralmente a mais antiga da série. No Balanço Patrimonial, para a empresa ter uma constante situação favorável é importante que seus bens, direitos e o patrimônio líquido estejam sempre em crescimento e suas obrigações com terceiros, até mesmo as dívidas se mantenham constantes ou em diminuição, nunca aumentar, consequentemente terá resultados satisfatórios. Na Demonstração do Resultado do Exercício, é necessário que as receitas superem as despesas no período desejado Análise vertical de balanços A Análise Vertical tem como índice representativo a porcentagem. Esse tipo de análise é comparado entre os valores das contas de cada grupo, com o montante desse grupo. Do mesmo modo o total desse grupo é comparado ao total dos valores encontrados no Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido. Na Demonstração do Resultado do Exercício o total é comparado a cada conta ou grupo de contas, como as receitas e despesas, ambos em determinado período de tempo estipulado ao estudo. Segundo Iudícibus (2010, p.86), Esse tipo de análise é importante para avaliar a estrutura de composição de itens e sua evolução no tempo. Bruni (2011, p.74), afirma que: Busca verificar os percentuais associados aos valores de determinado ano assumindo o total deste ano como sendo igual a 100%. A partir daí, todos os demais valores do ano são convertidos em percentuais do total. Desta forma, percebemos que para a entidade obter uma situação financeira cômoda é necessário que no Balanço Patrimonial, o Ativo Circulante esteja em maior número possível, ou no mínimo de 50%. O Passivo, quanto menor for sua participação total, maior será a

34 34 situação da empresa. O Patrimônio Líquido também deve corresponder por 50% ou mais das fontes. Só assim pode-se dizer que a empresa tem uma situação monetária estável. Na Demonstração do Resultado do Exercício, quanto maior os percentuais de resultado do lucro e menor os percentuais de custos e despesas, melhor é a situação econômica da empresa, pois como o próprio nome já diz, as despesas tendem a causar resultados negativos Balanço de fundos O Balanço de Fundos é constituído por todas as contas patrimoniais, incluindo Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido, tendo seus saldos finais e inicias comparados em um determinado período de tempo. Se o resultado for credor, tem-se uma origem de recursos e se for devedor tem-se uma aplicação de recursos. Conforme Clebsch (1998, p.69), O Balanço de Fundos se constitui, pela sua relativa facilidade de elaboração e pela visão de conjunto que proporciona do fluxo de recursos financeiros, entre o Circulante e o Não-Circulante, num valioso instrumento didático. O Capital Circulante Líquido (CCL) é identificado através da diferença do ativo e do passivo circulante. Os valores do Não Circulante representam as aplicações e origens de recursos a longo prazo, incluído aqui o imobilizado no ativo e o patrimônio líquido nas fontes. Para a empresa obter um bom resultado em seu Balanço de Fundos é necessário estar em boas condições financeiras, tendo gerado lucros em seu período comparado, ou ao menos sem ocorrer prejuízos. 2.4 ANÁLISE DE BALANÇOS POR INDICADORES ECONOMICOS E FINANCEIROS A Análise de Balanços por indicadores pode ser representada por coeficiente, quociente, índice ou taxa. Um coeficiente é resultado da divisão de um número por outro, de natureza diferenciada. Determinado resultado fornece indicadores que são números relativos. O uso de quociente permite extrair tendências, ao comparar os quocientes padrões préestabelecidos pelos estudiosos do assunto. Os índices relacionam grupos de contas ou contas, para extrair conclusões sobre a situação econômica e financeira da empresa.

35 35 Os principais indicadores são os seguintes: Indicadores de Liquidez, de Endividamento, de Solvência/Insolvência, de Lucratividade, de Rentabilidade, de Atividade (Giro ou Ciclometria), entre outros Indicadores de liquidez O estudo aprofundado da liquidez é o mesmo que verificar a capacidade que a empresa tem de honrar seus compromissos, em dia. Bruni (2011, p.122), diz que: Indicadores de Liquidez: estudam a solvência ou a capacidade de honrar as obrigações assumidas pela entidade. Já para Braga (1999, p.141), A análise interna de liquidez constitui-se num dos mais valiosos instrumentos de controle financeiro, especialmente quando realizada em períodos curtos (semanais, quinzenais, mensais). Os índices mais utilizados dentro de uma empresa são: Capital Circulante Líquido, Índice de Liquidez Geral, Índice e Liquidez Corrente e Índice de Liquidez Seca Capital circulante líquido CCL O Capital Circulante Líquido é o que a empresa possui de vantagem ou prejuízo no Circulante. Segundo Matarazzo (2010, p.194), O Capital Circulante Líquido é a folga financeira da empresa. O Capital Circulante Líquido demonstra em valores aquilo que sobra ou falta no Ativo Circulante após a quitação hipotética do Passivo Circulante, ou de suas dívidas de curto prazo. Conforme Matarazzo (2010), para encontrar o CCL, utiliza-se a seguinte fórmula: CCL = Ativo Circulante (-) Passivo Circulante Índice de liquidez geral ILG Mostra a probabilidade da empresa de quitar todas as suas obrigações. Para Braga (1999, p.143), Este quociente indica a capacidade financeira da empresa para solver todos os compromissos para com seus credores de curto e longo prazos (Passivo).

36 36 O índice de liquidez geral (ILG) possui o propósito de estudar a saúde financeira da empresa no longo prazo. Basicamente, compara todas as possibilidades de realizações de ativos da empresa, sem incluir aqueles essencialmente necessários para a manutenção da entidade, com todas as obrigações de fato existentes da empresa. (BRUNI, 2011, p.125). Segundo Bruni (2011), encontra-se o ILG através da seguinte fórmula: A tranquilidade financeira da empresa, o Índice de Liquidez Geral não pode ser inferior a 1,5, ou seja, necessita-se possuir no mínimo uma vez e meia em disponibilidades, estoques e valores a receber de curto e longo prazos, para cada uma vez de dívidas que a empresa possuir de curto e longo prazos Índice de liquidez corrente ILC O ILC representa a proporção entre o Ativo Circulante e o Passivo Circulante, ambos encontrados no Balanço Patrimonial. Para Iudícibus (2010, p.94), Este quociente relaciona quantos reais dispomos, imediatamente disponíveis e conversíveis em curto prazo em dinheiro, com relação as dívidas de curto prazo. Já para Matarazzo (2010, p.201), [...] um índice de Liquidez inferior a 1,00 significa uma situação de incapacidade de pagamento de dívidas. Conforme Matarazzo (2010), para encontrar o ILC utiliza-se a seguinte fórmula: Onde o índice de liquidez for menor de 1,00 não se tem uma situação favorável à empresa, então, espera-se um bom desempenho do financeiro onde, os índices forem superiores a esse valor, ou seja, maiores que 1,00. Porém, para uma maior tranqüilidade financeira, é bom que esse indicador seja sempre superior ou no mínimo muito próximo de 2,00, ou seja, que a empresa apresente para cada um de Passivo Circulante, dois de Ativo

37 37 Circulante, pois é certo de que os passivos serão, um dia exigidos pelos credores enquanto que a conversão em disponibilidades dos ativos é uma variável um pouco mais complexa Índice de liquidez seca ILS Esse índice demonstra a capacidade que a empresa tem de liquidar suas obrigações de curto prazo, ou o Passivo Circulante, sem precisar vender e modificar a situação de seus estoques. Segundo Bruni (2011, p.131), Representa o quanto a empresa possui a realizar no curto prazo, sem considerar a venda dos estoques, para cada real registrado a pagar. Conforme Braga (1999, p.143), Portanto, este índice mede a capacidade da empresa para pagar suas obrigações sem ser forçada a vender seus estoques, mas com o quociente de liquidez imediata, ele deve ser interpretado com bastante prudência. Conforme Bruni (2011), calcula-se o ILS, através da seguinte fórmula: O Índice de Liquidez Seca jamais poderá ser inferior a 1,00, se isso acontecer é porque a empresa não está em boas condições financeiras, consequentemente não possui montante para liquidar suas dividas de curto prazo sem se desfazer de seus estoques ou outros ativos não circulantes Indicadores de endividamento Esses indicadores demonstram aos credores, administradores e aos demais interessados, os níveis de endividamento e as garantias que a empresa possui para solver suas dívidas, seja no curto ou longo prazo. As principais contas a serem analisadas nesse estudo de endividamentos são as do Passivo e do Patrimônio Líquido, ou seja, as contas que representam as fontes de recursos da empresa. Para Bruni (2011, p.142), Os indicadores de endividamento ou de estrutura de capital buscam analisar os efeitos da alavancagem financeira sobre os resultados e, principalmente, sob o risco da empresa.

38 38 Conforme Iudícibus (2010, p.97), São quocientes de muita importância, pois indicam a relação de dependência da empresa com relação a capital de terceiros. Já para Marion (2010, p.93), Também são os indicadores de endividamento que nos informam se a empresa se utiliza de recursos de terceiros ou de recursos de proprietários. São quatro, os índices principais que compõem o endividamento: Coeficiente de Dívidas Circulantes, Coeficiente de Dívidas Totais, Coeficiente de Dívidas de Longo Prazo e Coeficiente de Segurança Máxima Coeficiente de dívidas circulantes CDC Esse coeficiente estabelece uma relação entre as dívidas de curto prazo que a empresa possui, para cada um real de Patrimônio Líquido da entidade. O limite máximo desse coeficiente é de 1,00, pois quanto menor, melhor é a garantia que a empresa possui de arcar com suas obrigações. Caso a empresa possua esse coeficiente em seu Máximo, pode-se dizer que a mesma já esgotou sua capacidade de endividamento. Calcula-se o CDC, pela seguinte fórmula, segundo Basso (2010): Coeficiente de dívidas totais CDT Esse coeficiente mostra a capacidade que a empresa possui de quitação das suas dívidas de curto e longo prazo, ou seja, suas dívidas totais. Encontra-se esse coeficiente pela fórmula, conforme Basso (2010): Coeficiente de dívidas de longo prazo CDLP Esse coeficiente avalia o endividamento de longo prazo da empresa. Compara o Capital Circulante Líquido somente com as dívidas de longo prazo, ou seja, as dívidas que irão vencer depois do exercício social seguinte.

39 39 Em determinado dia essas dívidas se tornarão de curto prazo e precisarão ser liquidadas. Também não deve ultrapassar o coeficiente 1,00, caso contrário, a empresa mostra que não possui condições de quitação das dívidas de longo prazo. Encontra-se o CDLP pela seguinte fórmula, conforme Basso (2010): Coeficiente de segurança máxima CSM É a segurança máxima que a empresa pode oferecer a seus credores, caso tenha que vender todo o seu ativo para liquidar seu passivo. Este coeficiente não pode ultrapassar 0,50, ou seja, o total de suas dívidas deve permanecer em no máximo 50% do valor do ativo da entidade. É encontrado pela fórmula, conforme Basso (2010): Dois outros indicadores podem vir a ser utilizados, com a finalidade de facilitar na hora da caracterização financeira da empresa. São eles: Coeficiente de Participação de Capitais de Terceiros confronta as fontes de terceiros com o próprio Patrimônio Líquido. Coeficiente de Participação das Dívidas de Curto Prazo sobre as Dívidas Totais- mostra a composição do endividamento no curto prazo. São calculadas pelas seguintes fórmulas, respectivamente, conforme Basso (2010):

40 Indicadores de solvência e insolvência Os indicadores de solvência e insolvência enfocados nesse estudo são os dois mais comumente utilizados, segundo Basso (2010), o Coeficiente de Overtrading e o Termômetro de Insolvência de Kanitz Coeficiente de overtrading Esse coeficiente analisa como a empresa está comercializando suas vendas, a maneira com que ela opera em relação a sua capacidade financeira. Compara o valor das vendas totais com o seu Capital Circulante Líquido. A empresa deve ter um capital de giro líquido vantajoso para não precisar usufruir de capitais de terceiros para sustentar suas vendas, caso isso ocorra ela pode entrar em processo de Overtrading. Outros fatores podem levar ao overtrading, como uma forte política de imobilização de capital próprio e de terceiros, forçando a redução do Capital Circulante Líquido; as depreciações aceleradas de bens superados por inovações tecnológicas, a amortização de bens materiais e de ativos diferidos em valores volumosos, que provocaram reduções nas margens de lucratividade com forte impacto da redução do capital próprio, entre outros, são fatores que contribuem para o surgimento e/ou agravamento do overtrading. (BASSO, 2010, p.24). Quanto menor o indicador, ou quanto mais estável ele se encontrar, melhor é a situação financeira em que se encontra a empresa. Calculam-se os indicadores de Overtrading através da seguinte fórmula, conforme Basso (2010): Índice de Solvência de Kanitz Este indicador visa demonstrar se a entidade está indo rumo a uma possível fase de insolvência, desse modo, agrupa e utiliza outros indicadores financeiros, como: Coeficiente de Rentabilidade de Capital Próprio (CRCP), Coeficiente de Liquidez Geral (CLG), Coeficiente

41 41 de Liquidez Seca (CLS), Coeficiente de Liquidez Circulante (CLC) e Coeficiente de Dívidas Totais (CDT). São definidos na seguinte fórmula, conforme Basso (2010): X = (CRCP x 0,05 + CLG x 1,65 + CLS x 3,55) (CLC x 1,06 + CDT x 0,33) Aplica-se a fórmula com as multiplicações e em seguida faz-se a diminuição de ambos os produtos, obtendo-se o indicador de solvência/insolvência; se o mesmo for: Acima de zero, significa que a empresa está solvente; Entre zero e menos três, significa que está em estado critico (indefinida - penumbra); Menor que menos três, significa que está insolvente, propicio a falência Indicadores de lucratividade Compara os diversos estágios ou fases de resultado da empresa, num determinado período. Segundo Bruni (2011, p.165), É preciso compreender o lucro, analisado de diferentes formas como o Lucro Bruto, o Lucro Operacional Próprio ou o Lucro Líquido. Esse indicador deve ser positivo, isto é, a empresa deve ter obtido lucro no período analisado, caso contrário fica difícil o estudo da lucratividade. Os indicadores que compõem a lucratividade são: Coeficiente de Margem de Lucro Operacional Bruto; Coeficiente de Margem de Lucro Operacional Líquido e Coeficiente de Margem de Lucro Líquido do Exercício, podendo ainda intermediar esses indicadores, ser apresentado o Coeficiente de Margem de Lucro Operacional Próprio Coeficiente de margem de lucro operacional bruto CMLB Quanto maior for esse índice, melhor é a situação em termos financeiros para a empresa. Conforme Bruni, (2011, p.167), O índice de margem bruta (IMB) representa a percentagem de cada unidade monetária de venda que sobrou, após a empresa ter pago o custo dos seus produtos ou das suas mercadorias.

42 42 Conforme Basso (2010) encontra-se o CMLB através da seguinte fórmula e se multiplicado por cem, tem-se a taxa de lucro operacional bruto: Coeficiente de margem de lucro operacional líquido CMLOL Esse coeficiente demonstra a margem de lucro que a entidade opera, após liquidar todos os seus custos e despesas. É encontrado pela fórmula, conforme Basso (2010): líquida: Quando o CMLOL for multiplicado por cem, tem-se a taxa de lucro operacional Coeficiente de margem de lucro líquido do exercício - CMLLE É a relação do lucro liquido final, com a receita operacional liquida do exercício, com o intuito de demonstrar o seu desempenho monetário, ou o que sobrou para a entidade naquele período. É encontrado através da seguinte fórmula, conforme Basso (2010):

43 43 exercício: Quando o CMLLE for multiplicado por cem, tem-se a taxa de lucro liquido do Coeficiente de margem de lucro operacional próprio CMLOP Este coeficiente apresenta a margem de lucro operacional sem considerar o impacto do resultado financeiro, ou seja, procura evidenciar a margem de lucro operacional apenas através do esforço das receitas, custos e despesas operacionais próprias da entidade, que segundo Basso (2010), é obtido mediante a seguinte fórmula, e que quando multiplicado por cem, obtém-se a taxa de margem de lucro operacional próprio: Indicadores de rentabilidade A rentabilidade mostra os percentuais de remuneração de seus diversos tipos de capitais e ou outros fatores de remuneração da empresa. Conforme Iudícibus (2010, p.105), [...] devemos relacionar um lucro de um empreendimento com algum valor que expresse a dimensão relativa do mesmo, para analisar quão bem se saiu a empresa em determinado período. Já para Marion (2010, p.129), O objetivo, então, é calcular a taxa de lucro, isto é, comparar o lucro em valores absolutos com valores que guardam alguma relação com o mesmo. Os indicadores de rentabilidade utilizados e estudados são: Coeficiente de Rentabilidade do Capital Social; Coeficiente de Rentabilidade do Patrimônio Líquido; Coeficiente de Remuneração do Ativo Total e Taxa de Retorno do Investimento Operacional.

44 Coeficiente de rentabilidade do capital social CRCS O coeficiente de rentabilidade do capital social demonstra quanto a empresa está remunerando o capital investido pelos seus sócios. Segundo Basso (2010), deve-se utilizar a seguinte fórmula: capital social: Se o coeficiente for multiplicado por cem, encontra-se a taxa de rentabilidade do Coeficiente de rentabilidade do patrimônio líquido CRPL Esse indicador evidencia em quanto a empresa teve de remuneração sobre seu capital próprio, ou seja, quanto de retorno os acionistas ou proprietários estão tendo sobre o capital investido. Encontra-se o CRPL, segundo Basso (2010), pela seguinte fórmula: Se o coeficiente for multiplicado por cem, encontra-se a taxa de rentabilidade do patrimônio líquido:

45 Coeficiente de remuneração do ativo total CRAT Esse indicador evidencia em quanto os ativos da entidade foram remunerados. Para encontrar o CRAT, utiliza-se a seguinte fórmula, conforme Basso (2010): total: Se o coeficiente for multiplicado por cem, encontra-se a taxa de remuneração do ativo Quanto maior o coeficiente de remuneração do ativo total, melhor é o desempenho econômico e financeiro da entidade Taxa de retorno do investimento operacional TRIO Verifica o tempo médio de cem por cento de retorno, que o lucro operacional líquido levaria sobre o investimento ou resultado operacional da entidade. Para encontrar o TRIO, utiliza-se a seguinte fórmula, conforme Basso (2010): Indicadores de atividade, giro ou ciclometria As atividades de uma empresa envolvem financiamentos próprios ou de terceiros, com esse investimento, ou proprietários ou demais interessados esperam ter um retorno. Segundo Silva (2001, p.323), Os índices de rotação têm grande contribuição na interpretação da liquidez e da rentabilidade da empresa.... Entre os mais variados indicadores de Atividade, Giro ou Ciclometria, estão os seguintes: Grau de Imobilização do Patrimônio Líquido; Exame de Rotação de Estoques;

46 46 Exame de prazo Médio de Cobrança de Duplicatas e Exame do Prazo Médio de Pagamento de Duplicatas Grau de imobilização do patrimônio líquido GIPL Esse índice se refere ao montante em que o Ativo Permanente possui de direitos sobre o Capital Próprio, ou seja, quanto deste se aplica àquele. Segundo Silva (2001), encontra-se este indicador pela seguinte fórmula: Quanto menor for o percentual, melhor é a situação da empresa, pois significa que utiliza o mínimo possível de recursos próprios da entidade, sobrando mais recursos próprios para o giro de seus negócio Exame de rotação dos estoques ERE Esse indicador evidencia quantas vezes o estoque foi renovado em função de suas vendas. Conforme Silva (2001, p.324), O prazo médio de rotação dos estoques indica quantos dias, em média, os produtos ficam armazenados na empresa antes de serem vendidos. Encontra-se o giro de rotação dos estoques, pela seguinte fórmula: Multiplicando o resultado da fórmula acima, tem-se a quantidade de dias que as mercadorias permaneceram na empresa, quanto menos tempo as mercadorias permaneceram nos estoques melhor é a situação financeira da mesma, pois sua saída foi mais rápida, ponto favorável a empresa.

47 Exame do prazo médio de duplicatas a receber ou cobrança de duplicatas PMC É, em média, o período em que a empresa leva para receber as vendas. Para encontrar esse índice, utiliza-se a fórmula: Quanto mais tempo levar para a empresa receber seus direitos, pior fica a situação financeira da empresa Exame do prazo médio de duplicatas a pagar ou de pagamento de duplicatas - PMPD Indica o tempo em média, em que a empresa leva para quitar suas dividas. Encontra-se o PMPD pela seguinte fórmula: da empresa. Quanto mais rápido a empresa quitar suas dividas, melhor fica o andamento financeiro Outros indicadores econômicos e financeiros Qualquer que seja o indicador financeiro, será sempre de grande relevância para a análise das demonstrações; abaixo são demonstrados alguns menos usuais, mas também importantes para os estudos financeiros das empresas Alavancagem financeira e operacional A Alavancagem Operacional é a variação percentual nos lucros operacionais, relacionada com determinada variação no volume das vendas. Segundo Silva (2001), pode ser encontrado pela seguinte fórmula:

48 48 A Alavancagem Financeira, segundo Iudícibus (2010), é a variação percentual dos lucros disponíveis para os acionistas, associados com a variação dos lucros antes dos juros e do imposto de renda. Pode ser assim encontrada: Juntando as duas alavancagens, a financeira e a operacional, tem-se a seguinte combinação de fórmula, segundo Iudícibus (2010): EBITDA e outros indicadores de mercado de capitais EBITDA é uma sigla em inglês que significa Lucro Antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortização. Para Iudícibus (2010, p.247), O EBITDA é uma medida essencialmente operacional, desconsidera os efeitos dos resultados financeiros, assim revelando o potencial da empresa para a geração de caixa operacional. Já para Matarazzo (2010, p.256), Melhor seria se fosse definido apenas o lucro somado as despesas que não provocarem saídas de caixa como a depreciação, amortização, perdas de equivalência patrimonial, provisões para perda no ativo permanente, juros de longo prazo, impostos definidos e outros. É considerado, por Matarazzo (2010), o único indicador financeiro de avaliação que pode medir a capacidade financeira de determinada entidade, servindo também de instrumento de avaliação da capacidade que a empresa possui de gerar caixa e cobrir as dividas adquiridas.

49 EVA EVA significa Valor Econômico Agregado. Iudícibus (2010, p.237), [...] considera que o investimento efetuado pelo acionista deve ser remunerado a uma taxa mínima; assim, uma empresa, além do lucro operacional, deve haver lucro suficiente para cobrir, pelo menos, a remuneração mínima esperada pelo acionista. É a receita residual, ou os lucros operacionais, menos o custo pelo uso do capital ou a diferença entre a taxa de retorno sobre o capital e o custo do capital.

50 50 3 METODOLOGIA DO ESTUDO No decorrer deste capítulo, são apresentadas as informações úteis para o delineamento das etapas e dos procedimentos metodológicos do próprio estudo, bem como das partes que compõem a elaboração prática do trabalho de conclusão de curso. Segundo Silva, Menezes (2005, p. 20), A Metodologia tem como função mostrar a você como andar no caminho das pedras da pesquisa, ajudá-lo a refletir e instigar um novo olhar sobre o mundo: um olhar curioso, indagador e criativo. A metodologia apresenta estudos sobre a entidade, seus dados buscados e analisados, os resultados obtidos, seus devidos problemas e sugestões para solucioná-los. Diante isso, seguem os indicativos básicos da metodologia do trabalho realizado na entidade, objeto de estudo. 3.1 CLASSIFICAÇÃO DO ESTUDO Em qualquer trabalho de formação, a pesquisa tem o objetivo de subsidiar e ampliar informações na busca da solução de um determinado problema. A elaboração de um projeto de pesquisa e o desenvolvimento da própria pesquisa, seja ela uma dissertação ou tese, necessita estar baseado em planejamento cuidadoso, reflexões conceituais sólidas e alicerçados em conhecimentos já existentes. (SILVA, MENEZES, 2005 p.9). Segundo Selltiz, et all (1965, citado por MARCONI, LAKATOS, 1996 p. 48), A finalidade da pesquisa é descobrir respostas para questões, mediante a aplicação de métodos científicos. Pode-se definir pesquisa como o procedimento racional e sistemático que tem como objetivo proporcionar respostas aos problemas que são propostos. (GIL, 2010, p.01). São quatro as classificações das formas de pesquisa: quanto a sua natureza, quanto os seus objetivos, quanto a forma de abordagem do problema e quanto aos procedimentos técnicos Quanto a natureza O aperfeiçoamento do estudo de análise contábil é considerado de natureza aplicada.

51 51 Para Vergara (2000, p.47), A pesquisa aplicada é fundamentalmente motivada pela necessidade de resolver problemas concretos, mais imediatos, ou não. Tem, portanto, finalidade prática [...]. Como o próprio nome indica, caracteriza-se por seu interesse prático, isto é, que os resultados sejam aplicados ou utilizados, imediatamente, na solução de problemas que ocorrem na realidade. (MARCONI, LAKATOS, 1996, p.19). Portanto este estudo é aplicado, pois serão analisados os dados monetários da empresa em um determinado período de tempo Quanto aos objetivos Quanto aos objetivos, os estudos são classificados como uma pesquisa descritiva, exploratória e explicativa. Segundo Gil (2010, p.27), As pesquisas descritivas têm como objetivo a descrição das características de determinada população. Podem ser elaboradas também com a finalidade de identificar possíveis relações entre variáveis. Gil (2010, p.27) segue explicando que: As pesquisas exploratórias têm como propósito proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explicito ou a construir hipóteses. Já para Vergara (2000, p.47), A investigação explicativa tem como principal objetivo tornar algo inteligível justificar-lhes os motivos. Esse trabalho é classificado como pesquisa descritiva e explicativa Quanto a forma de abordagem do problema A forma de abordagem pode ser classificada em uma pesquisa Quali Quanti, ou seja, pesquisa qualitativa e pesquisa quantitativa. Qualitativos: baseados na presença ou ausência de alguma qualidade ou característica, e também na classificação de tipos diferentes de dada propriedade. (MARCONI, LAKATOS, 1996, p.126). Segundo Vergara (2000, p.59), Os dados podem ser tratados de forma quantitativa, isto é, utilizando-se procedimentos estatísticos, como a tese de hipóteses.

52 52 A presente análise, o estudo e a interpretação de demonstrações contábeis, é classificada em pesquisa qualitativa e quantitativa, ou seja, são apresentados os dados e feitas as análises decorrentes das interpretações feitas pela autora Quanto aos procedimentos técnicos No que diz respeito aos procedimentos técnicos, esse estudo utiliza inicialmente a pesquisa bibliográfica, a pesquisa documental e o estudo de caso. Para Vergara (2000, p.48), Pesquisa bibliográfica é o estudo sistematizado desenvolvido com base em material publicado em livros, revistas, jornais, redes eletrônicas, isto é, material acessível ao publico em geral. Para Gil (1991, citado por SILVA, MENEZES, 2005 p.21), Pesquisa documental: quando elaborada a partir de materiais que não receberam tratamento analítico. Ainda para Gil (1991, citado por SILVA, MENEZES, 2005 p.21), Estudo de caso: quando envolve o estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos de maneira que se permita o seu amplo e detalhado conhecimento. Os procedimentos técnicos são compostos estudos bibliográficos, pois são utilizadas várias fontes de pesquisas como livros, revistas, jornais, artigos, estudo de caso já que a ênfase se dá a uma empresa específica, e documental, pois serão analisadas as demonstrações contábeis da definida entidade. 3.2 COLETA DOS DADOS A coleta de dados é processada, principalmente, através das demonstrações contábeis fornecidas pela empresa em estudo. Segundo Silva, Menezes (2005, p.35), Nesta etapa você fará a pesquisa de campo propriamente dita. Para obter êxito neste processo, duas qualidades são fundamentais: a paciência e a persistência. Essa coleta de dados tem o intuito de selecionar elementos para a facilidade do acesso ao resultado que se espera obter na realização de um determinado estudo, neste caso, análises das demonstrações contábeis.

53 Instrumento de coleta de dados Os dados fornecidos pela contabilidade são analisados comparativamente, possibilitando uma análise e interpretação, mostrando seus resultados, sendo estes satisfatórios ou não, e até mesmo sugestões para abrir caminhos a um favorável crescimento na atuação de mercado da entidade. Gil (2010, p.120) afirma que: Na maioria dos estudos de caso bem conduzidos, a coleta de dados é feita mediante entrevistas, observação e análise de documentos. A análise dos dados buscados e fornecidos pela empresa é uma técnica contábil que permite uma visão mais ampla da verdadeira situação econômica e financeira da mesma. São analisados os demonstrativos financeiros do período de 2009 a ANALISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS Nessa fase inicial do trabalho, espera-se primeiramente entender a empresa, suas principais demonstrações, no período dos últimos 5 anos. A partir daí tem-se a oportunidade de fazer as análises esperadas. Com o estudo são obtidos todos e resultados, com seus devidos indicadores, índices de situação, interpretações e análises comparativas e as conclusões e recomendações, se necessárias.

54 54 4 ANÁLISE DOS RESULTADOS No presente capítulo são abordados aspectos que demonstram na prática da realidade de uma empresa de médio porte da região noroeste do estado do Rio Grande do Sul que evidenciam a importância das técnicas de Análise de Demonstrações Contábeis na tomada de decisões de seus gestores e proprietários. O resultado ou o produto das análises é encontrado através do estudo das demonstrações contábeis básicas, como o Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício da empresa em estudo que atua no ramo de comércio varejista. Diante os dados fornecidos, foram apurados os índices econômicos e financeiros, que dão suporte a determinada situação empresarial. O estudo abrange os exercícios de 2009 a 2013, mediante o uso das técnicas de Análise de Balanço em Valores Absolutos; Análise de Balanço em Valores Relativos Vertical e Horizontal; Análise do Balanço de Fundos; Análise de Balanços por Indicadores Econômicos e Financeiros índices de Liquidez, de Endividamento, de Solvência ou Insolvência, de Lucratividade, de Rentabilidade, de Atividade, Giro ou Ciclometria. 4.1 APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Quanto a apresentação das Demonstrações Contábeis, efetuou-se um resumo nos seus grupos de contas do Ativo, Passivo, Patrimônio Líquido e das contas de Resultado, referentes aos valores que permitiram o agrupamento nos principais grupos de contas, facilitando o entendimento da real situação patrimonial e variações, evidenciando a situação anual e a evolução em que se encontra a entidade em relação a seus aspectos financeiros e econômicos. 4.2 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM VALORES ABSOLUTOS Com base nos dados fornecidos pela empresa e trabalhados pela autora, apresenta-se uma série de valores em sequencia anual, mostrando a evolução econômica e financeira da empresa, expondo situações e projetando tendências.

55 Balanço Patrimonial em valores absolutos originais O Balanço Patrimonial é uma das principais demonstrações contábeis obrigatórias, acatadas por todas as empresas, demonstrando todos os seus bens, direitos, obrigações e patrimônio líquido do ponto de vista quantitativo num dado momento. Quadro 1 - Balanço Patrimonial em valores absolutos originais da empresa do comércio varejista (R$ 1,00) ESPECIFICAÇÃO DAS CONTAS I - ATIVO CIRCULANTE , , , , ,13 01 DISPONIBILIDADES , , , , ,27 02 CLIENTES , , , , ,99 04 ESTOQUES , , , , ,87 II - ATIVO NÃO CIRCULANTE , , , , ,05 05 ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO , , , , , Investimentos Temporários , , , , ,09 06 ATIVO PERMANENTE , , , , , Imobilizado , , , , ,96 TOTAL DO ATIVO , , , , ,18 III - PASSIVO CIRCULANTE , , , , ,86 07 OBRIGAÇÕES DE FUNCIONAMENTO , , , , , Fornecedores/Contas a Pagar , , , , , Obrigações/Outras Contas a Pagar , , , , ,25 IV - PASSIVO NÃO CIRCULANTE , , , ,49 0,00 08 PASSIVO EXIGIVEL A LONGO PRAZO , , , ,49 0, OBRIGAÇÕES DE FUNCIONAMENTO , , , ,49 0, Parcelamentos , ,72 832,93 482,64 0, Lucros Acumulados a Distribuir , , ,85 0,00 TOTAL DO PASSIVO , , , , ,86 V- PATRIMONIO LÍQUIDO , , , , ,32 09 CAPITAL SOCIAL , , , , ,00 10 RESERVA DE LUCROS , , , , ,48 11 LUCROS OU PREJUIZOS ACUMULADOS , , , , ,84 TOTAL DO PASSIVO E PATR. LÍQUIDO , , , , ,18 Fonte - Elaborado pela autora com base nas demonstrações contábeis fornecidas pela empresa (2014) Demonstração do Resultado do Exercício em valores absolutos originais Essa demonstração, também obrigatória, visa mostrar o resultado obtido pela empresa no período, geralmente de um exercício social, em função do confronto de suas receitas, custos e despesas, podendo esse, ser positivo, nulo ou negativo.

56 56 Quadro 2 - Demonstração do Resultado do Exercício em valores absolutos originais da empresa do comércio varejista (R$ 1,00) ESPECIFICAÇÃO DAS CONTAS RECEITA OPERACIONAL BRUTA , , , , ,66 02 VENDAS DE MERCADORIAS , , , , ,66 03 (-) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA , , , , ,18 I (=) RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA , , , , ,48 04 (-) CUSTO DAS MERC. VENDIDAS , , , , ,39 II (=) LUCRO OPERACIONAL BRUTO , , , , ,09 05 (-) DESPESAS OPERACIONAIS , , , , ,20 III - LUCRO OPERACIONAL PRÓPRIO 6.515, , , , ,89 (-) Despesas Financeiras , , , , ,46 Receitas Financeiras 2.436, , , , ,26 IV (=) LUCRO OPERACIONAL LÍQUIDO 6.515, , , , ,89 V (=) RESULTADO ANTES DO IR E CS 6.515, , , , ,89 06 (-) PROVISÕES 0, , , , ,28 VI (=) LUCRO (PREJUÍZO) DO EXERCICIO 6.515, , , , ,61 Fonte - Elaborado pela autora com base nas demonstrações contábeis fornecidos pela empresa (2014). 4.3 ATUALIZAÇÃO DOS VALORES DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS PARA ANÁLISE COMPARATIVA DE BALANÇOS Na busca de obter uma análise atualizada e valor real, é necessária a atualização dos valores declarados pela empresa para o poder aquisitivo da moeda para o último ano da série em estudo. Nesse estudo foram utilizados cinco exercícios sociais, isto é, do ano de 2009 ao ano de 2013, com os seus valores trazidos ao poder aquisitivo da moeda nacional de 2013, de acordo com acessado às 22 horas de 01/08/2014. Quadro 3 - Cálculo do fator de atualização pelos índices médios do IGPM (FGV/RJ) Anos Valores Médios Índice de atualização De 2009 para 2013 R$ 978,0021 R$ 1,2852 De 2010 para 2013 R$ 1.030,6095 R$ 1,2195 De 2011 para 2013 R$ 1.119,7932 R$ 1,1224 De 2012 para 2013 R$ 1.184,3957 R$ 1,0612 Em 2013 R$ 1.256,9417 R$ 1,0000 Fonte - elaborado pela autora conforme informações obtidas no acessado às 22 hs de 01/08/2014.

57 Balanço Patrimonial em Valores Absolutos Atualizados Quadro 4 - Balanço Patrimonial em valores absolutos atualizados da empresa do comércio varejista (R$1,00) ESPECIFICAÇÃO DAS CONTAS (-) (-) (-) (-) 2012 I - ATIVO CIRCULANTE , , , , , , , , ,54 01 DISPONIBILIDADES , , , , , , , , ,71 02 CLIENTES , , , , ,99-984, , , ,43 04 ESTOQUES , , , , , , , , ,27 II - ATIVO NÃO CIRCULANTE , , , , , , , , ,96 05 ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO , , , , , , , , , Investimentos Temporários , , , , , , , , ,52 06 ATIVO PERMANENTE , , , , , , , , , Imobilizado , , , , , , , , ,44 TOTAL DO ATIVO , , , , , , , , ,42 III - PASSIVO CIRCULANTE , , , , , , , , ,70 07 OBRIGAÇÕES DE FUNCIONAMENTO , , , , , , , , , Fornecedores/Contas a Pagar , , , , , , , , , Obrigações/Outras Contas a Pagar , , , , , , , , ,82 IV - PASSIVO NÃO CIRCULANTE , , , ,33 0, , , , ,33 08 PASSIVO EXIGIVEL A LONGO PRAZO , , , ,33 0, , , , , OBRIGAÇÕES DE FUNCIONAMENTO , , , ,33 0, , , , , Parcelamentos , ,99 934,88 512,18 0, ,34-511,10-422,70-512, Lucros Acumulados a Distribuir 0, , , ,15 0, , , , ,15 TOTAL DO PASSIVO , , , , , , , , ,37 V- PATRIMONIO LÍQUIDO , , , , , , , , ,05 09 CAPITAL SOCIAL , , , , , , , , ,20 10 RESERVA DE LUCROS , , , , , , , , ,76 11 LUCROS OU PREJUIZOS ACUMULADOS , , , , , , , , ,49 TOTAL DO PASSIVO E PATR. LÍQUIDO , , , , , , , , ,42 Fonte - Elaborado pela autora com base nas demonstrações contábeis fornecidos pela empresa (2014).

58 Análise e interpretação do Balanço Patrimonial em valores absolutos atualizados De 2009 para 2010 constata-se que o Ativo Circulante aumentou em R$ ,10, sendo que a conta que mais cresceu foi Disponibilidades e a que mais diminuiu foi a de Clientes. O Ativo Permanente aumentou em R$ ,20. O Passivo Circulante aumentou em R$ ,66 sendo que a conta que mais cresceu foi a de Fornecedores e a que mais diminuiu foi a conta Obrigações/Outras Contas a Pagar. O Patrimônio Líquido diminuiu em R$ ,88 e todas as contas que o integram: Capital Social, Reserva de Lucros e Lucros ou Prejuízos Acumulados. O Total do Ativo e do Passivo e Patrimônio Líquido tiveram um aumento de R$ ,73 durante esse intervalo de tempo. Percebe-se então que essa variação de valores entre as aplicações e as origens de recursos, trouxe uma situação positiva para a empresa, pois à medida que o Ativo Circulante aumentou, as suas obrigações de curto prazo aumentam em menos proporção. Do ano de 2010 para 2011 o Ativo Circulante aumentou em R$ ,84, sendo que a conta que mais teve aumento foi a de Disponibilidades e a que mais diminuição sofreu foi a conta Clientes. O Passivo Circulante também cresceu de forma significativa, porém, em menor proporção que o crescimento ocorrido no Ativo Circulante, ampliando as Obrigações de Funcionamento em R$ ,89 representado pelas contas Fornecedores e Outras Obrigações. O Ativo Permanente mostrou novamente uma redução de R$ ,86, sendo que o Patrimônio Líquido, nesse período, apresentou um importante aumento de R$ ,80, ocasionando decréscimo somente na conta de Capital Social de R$ 4.952,10. A empresa obteve um crescimento no Ativo e nas Fontes Totais de R$ ,68. Do ano de 2011 para 2012 o Ativo Circulante aumentou em R$ ,46, a única conta que teve aumento foi a de Disponibilidades, sendo que Clientes e Estoques tiveram redução no período. O Passivo Circulante aumentou em R$ ,78, em maior proporção que o aumento ocorrido no Ativo Circulante; a conta Fornecedores foi a principal responsável por esse acréscimo. O Patrimônio Líquido teve uma diminuição de R$ ,88, fator negativo para o período. No período, tanto as aplicações como as fontes de recursos no período apresentaram crescimento de R$ ,98, crescimento menor em relação ao ocorrido no período anterior provocado pela redução ocorrida no Patrimônio Líquido Do ano de 2012 para o ano de 2013, o Ativo Circulante teve um decréscimo de R$ ,54, devido à diminuição das Disponibilidades e dos Estoques, somente a conta de Clientes é que apresentou crescimento em seu saldo. O Ativo Realizável a Longo Prazo

59 59 apresentou um crescimento de R$ 5.094,52, já o Passivo Exigível a Longo Prazo teve uma diminuição de R$ ,33, devido à diminuição dos saldos das contas Parcelamentos e Lucros a Distribuir. O Passivo Circulante teve um aumento de R$ ,70, devido ao crescimento dos saldos das contas de Fornecedores e Outras Contas a Pagar. O Patrimônio Líquido obteve um crescimento de R$ ,05, fator positivo pára as finanças da empresa, recuperando as perdas nos primeiros anos de estudo onde apresentou quedas significativas em sua representatividade nas fontes de recursos.

60 Demonstração do Resultado do Exercício em valores absolutos atualizados Quadro 5 - Demonstração do Resultado do Exercício em valores absolutos atualizados da empresa do comércio varejista (R$ 1,00. ESPECIFICAÇÃO DAS CONTAS (-) (-) (-) (-) RECEITA OPERACIONAL BRUTA , , , , , , , , ,67 02 VENDAS DE MERCADORIAS , , , , , , , , ,67 03 (-) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA , , , , , , , , ,51 I (=) RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA , , , , , , , , ,18 04 (-) CUSTO DAS MERC. VENDIDAS , , , , , , , , ,72 II (=) LUCRO OPERACIONAL BRUTO , , , , , , , , ,46 05 (-) DESPESAS OPERACIONAIS , , , , , , , , ,58 III - LUCRO OPERACIONAL PRÓPRIO 8.374, , , , , , , , ,88 (-) Despesas Financeiras , , , , , , , , ,54 Receitas Financeiras 3.131, , , , , , , ,55 747,96 IV (=) LUCRO OPERACIONAL LÍQUIDO 8.374, , , , , , , , ,88 V (=) RESULTADO ANTES DO IR E CS 8.374, , , , , , , , ,88 06 (-) PROVISÕES 0, , , , , , , , ,62 VI (=) LUCRO (PREJUÍZO) DO EXERCICIO 8.374, , , , , , , , ,26 Fonte - Elaborado pela autora com base nas demonstrações contábeis fornecidos pela empresa (2014).

61 Análise e interpretação da Demonstração do Resultado do Exercício em valores absolutos atualizados Na demonstração do Resultado do Exercício, no período de 2009 para 2010, observase que há um crescimento muito significativo de R$ ,85 na Receita Operacional Líquida, de um crescimento de R$ ,31 no Lucro Operacional Bruto e de um crescimento no Lucro Líquido do Exercício de R$ ,14. Percebe-se que há um alto valor acrescido na Receita Bruta, fator preponderante para o crescimento dos resultados obtidos e ainda pelo crescimento proporcionalmente menor do Custo das Mercadorias, Despesas Operacionais e também das provisões, redundando num ótimo crescimento do Lucro Líquido do Exercício. No ano de 2010 para 2011, observa-se que a empresa obteve lucro, porém, em menor proporção que no período anterior, isso provém do baixo crescimento no valor da Receita Operacional Líquida que foi de R$ ,93, bem menor que o ocorrido no período anterior. Já o Custo das Mercadorias Vendidas aumentou em R$ ,88, o que ocasionou uma redução de R$ ,94 no Lucro Operacional Bruto do período. Com o crescimento das Receitas Financeiras ocorreu um aumento no Lucro Operacional Líquido de R$ ,64 e garantindo ainda um crescimento no Lucro Líquido do Exercício de R$ ,78, aumento esse bem menor que o ocorrido no período anterior. No ano de 2011 para 2012 a Receita Operacional Líquida apresentou um crescimento de R$ ,91, aumento um pouco maior que o ocorrido com os Custos das Mercadorias Vendidas que foi de R$ ,75, resultando então num aumento de R$ ,16 no Lucro Operacional Bruto. Já o crescimento do Lucro Operacional Líquido foi de apenas R$17.390,04 em função do crescimento das despesas operacionais e das despesas financeiras. O Lucro Líquido do Exercício teve um crescimento de apenas R$ ,34 no período, bem menor que os aumentos ocorridos nos períodos anteriores, evidenciando maiores dificuldades no gerenciamento de suas despesas. Do ano de 2012 para 2013 a Receita Operacional Líquida apresentou um crescimento de R$ ,18 e os Custos das Mercadorias Vendidas de apenas R$ ,72, resultando em um aumento de R$ ,46 no Lucro Operacional Bruto. As despesas operacionais e financeiras apresentaram significativos aumentos, o que redundou numa diminuição no aumento do Lucro Operacional Líquido que foi de R$ ,88, mesmo assim, com desempenho bem melhor que o ocorrido no ano anterior. Já as Provisões tiveram também um

62 62 aumento significativo o que redundou na redução do Lucro Líquido do Exercício que mesmo assim, apresentou um crescimento de R$ ,26 no período, recuperando em boa parte a queda ocorrida no crescimento apresentado no período anterior. 4.4 ANÁLISE DE BALANÇOS EM VALORES RELATIVOS Essa técnica transforma os valores absolutos atualizados do Balanço Patrimonial e da Demonstração do Resultado do Exercício em valores relativos, reduzindo o impacto dos valores monetários e dando lugar à expressões representativas como percentuais e números índices, utilizados na análise Vertical e Horizontal Analise vertical de Balanços da empresa do comércio varejista Nesse processo de análise, são preparadas todas as contas do Balanço Patrimonial, tendo como índice base 100% o total do ativo da empresa, ou seja, o total de suas aplicações de recursos no respectivo ano, o total da soma do passivo com o patrimônio liquido, representado 100% das fontes (ou origens) de recursos, também do respectivo ano Análise vertical do Balanço Patrimonial da empresa comércio varejista Do Quadro 6, são retiradas as informações para a análise vertical dos Balanços Patrimoniais da Empresa Comércio Varejista no período 2009 a 2013, como segue.

63 63 Quadro 6 - Balanços Patrimoniais da empresa do comércio varejista (R$ 1,00) ESPECIFICAÇÃO DAS CONTAS (-) (-) (-) (-) 2012 I - ATIVO CIRCULANTE 35,27% 45,11% 56,40% 60,55% 41,70% 9,84% 11,28% 4,15% -18,85% 01 DISPONIBILIDADES 2,58% 11,42% 20,76% 33,79% 12,51% 8,83% 9,34% 13,03% -21,27% 02 CLIENTES 1,33% 1,13% 0,83% 0,62% 14,91% -0,20% -0,29% -0,21% 14,28% 04 ESTOQUES 31,36% 32,57% 34,81% 26,14% 14,28% 1,21% 2,24% -8,67% -11,86% II - ATIVO NÃO CIRCULANTE 64,73% 54,89% 43,60% 39,45% 58,30% -9,84% -11,28% -4,15% 18,85% 05 ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 4,98% 6,19% 6,40% 6,58% 5,47% 1,22% 0,21% 0,18% -1,11% 5.1 Investimentos Temporários 4,98% 6,19% 6,40% 6,58% 5,47% 1,22% 0,21% 0,18% -1,11% 06 ATIVO PERMANENTE 59,75% 48,69% 37,20% 32,87% 52,83% -11,05% -11,49% -4,33% 19,96% 6.1 Imobilizado 59,75% 48,69% 37,20% 32,87% 52,83% -11,05% -11,49% -4,33% 19,96% TOTAL DO ATIVO 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% III - PASSIVO CIRCULANTE 13,95% 25,69% 35,11% 41,11% 47,44% 11,73% 9,42% 6,00% 6,34% 07 OBRIGAÇÕES DE FUNCIONAMENTO 13,95% 25,69% 35,11% 41,11% 47,44% 11,73% 9,42% 6,00% 6,34% 7.1 Fornecedores/Contas a Pagar 11,31% 22,51% 31,93% 36,67% 43,50% 11,20% 9,42% 4,73% 6,83% 7.2 Obrigações/Outras Contas a Pagar 2,64% 3,18% 3,18% 4,44% 3,95% 0,53% 0,00% 1,27% -0,49% IV - PASSIVO NÃO CIRCULANTE 2,23% 14,23% 10,51% 15,71% 0,00% 11,99% -3,72% 5,20% -15,71% 08 PASSIVO EXIGIVEL A LONGO PRAZO 2,23% 14,23% 10,51% 15,71% 0,00% 11,99% -3,72% 5,20% -15,71% 8.1 OBRIGAÇÕES DE FUNCIONAMENTO 2,23% 14,23% 10,51% 15,71% 0,00% 11,99% -3,72% 5,20% -15,71% 8.1 Parcelamentos 2,23% 0,09% 0,05% 0,02% 0,00% -2,15% -0,04% -0,02% -0,02% 8.2 Lucros Acumulados a Distribuir 0,00% 14,14% 10,46% 15,68% 0,00% 14,14% -3,68% 5,22% -15,68% TOTAL DO PASSIVO 16,19% 39,91% 45,62% 56,81% 47,44% 23,73% 5,70% 11,20% -9,37% V- PATRIMONIO LÍQUIDO 83,81% 60,09% 54,38% 43,19% 52,56% -23,73% -5,70% -11,20% 9,37% 09 CAPITAL SOCIAL 4,52% 3,83% 2,84% 2,56% 1,93% -0,69% -1,00% -0,28% -0,62% 10 RESERVA DE LUCROS 65,42% 45,50% 41,63% 30,68% 35,34% -19,92% -3,87% -10,95% 4,66% 11 LUCROS OU PREJUIZOS ACUMULADOS 13,87% 10,75% 9,92% 9,95% 15,29% -3,12% -0,83% 0,04% 5,33% TOTAL DO PASSIVO E PATR. LÍQUIDO 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 0,00% 0,00% 0,00% Fonte - elaborado pela autora com base nas demonstrações contábeis fornecidas pela empresa (2014). 0,00%

64 Interpretação e análise vertical de Balanço Patrimonial da empresa do comércio varejista O primeiro grupo analisado é o Ativo Circulante, componente do grupo de contas do Balanço Patrimonial, e quanto maior for sua representação no conjunto dos ativos, melhor é a situação financeira da empresa. Quadro 7 - Resumo de dados Ativo Circulante ,27% 45,11% 56,40% 60,55% 41,70% Fonte - dados do quadro nº. 6. Figura 1 - Participação Percentual do AC na composição do Ativo Fonte - elaborado pela autora com base nos dados do Quadro 7. O gráfico da figura 1 evidencia que o Ativo Circulante da Empresa Comércio Varejista no ano de 2009 representava 35,27% do total do ativo, aumentando para 45,11% no ano de 2010, seguindo aumentando para 56,40% no ano de 2011, atingindo 60,55% no ano de 2012 e caindo para 41,70% no ano de O Ativo Circulante deveria manter-se com percentuais acima de 50,00%, que é o mínimo desejado para as aplicações de recursos em ativos de rápida conversão monetária para fazer frente às obrigações de curto prazo; neste caso, somente nos anos de 2011 e 2012 a empresa alcança o índice esperado. A posição financeira da empresa, portanto, é considerada boa nos anos intermediários, com melhor desempenho em 2012, passando para uma situação declinante no último ano de estudo, pois seu AC ficou abaixo dos 50% desejados.

65 65 Quadro 8 - Resumo de dados Ativo Não Circulante ,73% 54,89% 43,60% 39,45% 58,30% Fonte - dados do quadro nº. 6. Figura 2 - Participação Percentual do ANC na composição do ativo Fonte - elaborado pela autora com base no Quadro 8. Nesse período, observa-se que o Ativo Não Circulante, no ano de 2009 representava 64,73% do Ativo Total da empresa, caindo para 54,89% no ano de 2010, mantendo a queda em 2011 e 2012 com 43,60% e 39,45% respectivamente; agregando um aumento no ano de 2013 para 58,30%. Como o limite para uma situação financeira é de 50%, nota-se que a empresa não está em boas condições em três de sues cinco anos, ficando aceitável somente em 2011 e Quadro 9 - Resumo de dados Ativo Realizável a Longo Prazo ,98% 6,19% 6,40% 6,58% 5,47% Fonte - dados do quadro nº. 6.

66 66 Figura 3 - Participação Percentual do ARLP na composição do Ativo Fonte - elaborado pela autora com base no Quadro 9. O Ativo Realizável a Longo Prazo cresceu de 4,98% em 2009 para 6,19% em 2010, aumentando para 6,40% em 2011 e 6,58% em 2012, somente no último ano da série é que esse índice cai para 5,47%. Percebe-se que a participação dos valores a receber de longo prazo da empresa é pouco representativo, dando maior espaço para valores do Ativo Permanente e para o Ativo Circulante. Quadro 10 - Resumo de dados Ativo Permanente ,75% 48,69% 37,20% 32,87% 52,83% Fonte - dados do quadro nº. 6.

67 67 Figura 4 - Participação Percentual do AP na Composição do Ativo Fonte - elaborado pela autora com base no Quadro 10. O Ativo Permanente, no ano de 2009 representa 59,75% do total do ativo, caindo para 48,69% em 2010, para 37,20% em 2011, seguindo cindo ainda mais para 32,87% em 2012 e subindo para 52,83% em Nos anos de 2010, 2011 e 2012, observa-se que fica para o Ativo Circulante o maior volume de aplicações de recursos, pois são nesses anos que o Permanente mantem-se decrescente e em percentuais baixos, permitindo maior participação do ARLP e do AC. Quadro 11 - Resumo de dados Passivo Circulante ,95% 25,69% 35,11% 41,11% 47,44% Fonte - dados do quadro nº. 6.

68 68 Figura 5 - Participação Percentual do PC nas Fontes Totais Fonte - elaborado pela autora com base no Quadro 11. Na figura 5, percebe-se uma escada seqüencial de elevação percentual de participação do Passivo Circulante sobre as fontes totais no período em estudo, pois em 2009 representou 13,95%, subindo para 25,69% em 2010, para 35,11% em 2011, para 41,11% em 2012 e por fim, alcançando o índice de 47,44% em Diante Dos resultados, pode-se perceber a boa situação financeira da empresa, especialmente nos três primeiros anos, pois seus índices foram bem baixos e menores que aqueles verificados no Ativo Circulante, sendo que os dois últimos anos atingiu percentuais mais altos, elevando-se muito próximos dos 50% máximo aceitável. A empresa do comércio varejista em análise não ultrapassa em nenhum dos anos o limite esperado para uma situação positiva no mercado, porém, apresenta significativa elevação de endividamento de curto prazo ao longo do período em estudo. Quadro 12 - Resumo de dados Patrimônio Líquido ,81% 60,09% 54,38% 43,19% 52,56% Fonte - dados do quadro n.º 6.

69 69 Figura 6 - Participação Percentual do PL na composição das Fontes Totais Fonte - elaborado pela autora com base no Quadro 12. Ao analisar-se o gráfico da figura 6, o Patrimônio Líquido apresenta uma ótima participação na composição das fontes totais nos dois primeiros anos, passando a reduzir sua representação percentual de forma drástica, especialmente no ano de 2012 onde ficou abaixo dos 50% que é o limite de sua representação, aumentando um pouco e recuperando-se no último ano da série em estudo. Observa-se que o PL cai de 83,81% das fontes totais do ano de 2009 para 60,09% em 2010, mantem-se em declínio em 2011 com 54,38%, atinge sua maior queda em 2012, ficando com apenas 43,19% de participação e aumentando para 52,56% no ano de Pode-se dizer que a empresa possui uma situação financeira favorável, pois é somente no ano de 2012 que não alcança o índice esperado, ou seja, 50% do capital próprio a composição das fontes de recursos, porém, fica como fator negativo do ponto de vista financeiro. Essa significativa queda do início para o final dos períodos em estudo, evidenciando que a participação dos capitais de terceiros foram crescendo ao longo do tempo, o que deve ser frequentemente analisado pelos seus administradores, pois apresenta tendência de volatilidade de seus capitais próprios no conjunto das fontes de recursos da empresa, aumentando gradativamente seu grau de endividamento.

70 Análise vertical da Demonstração do Resultado do Exercício da empresa do comércio varejista Quadro13 - Demonstração do Resultado do Exercício da Empresa do Comércio Varejista em Percentagem ESPECIFICAÇÃO DAS CONTAS (-) (-) (-) (-) RECEITA OPERACIONAL BRUTA 111,22% 103,47% 108,33% 108,79% 106,86% -7,75% 4,87% 0,46% -1,94% 02 VENDAS DE MERCADORIAS 111,22% 103,47% 108,33% 108,79% 106,86% -7,75% 4,87% 0,46% -1,94% 03 (-) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA 11,22% 3,47% 8,33% 8,79% 6,86% -7,75% 4,87% 0,46% -1,94% I (=) RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 04 (-) CUSTO DAS MERC. VENDIDAS 84,55% 74,82% 77,27% 79,65% 75,98% -9,74% 2,45% 2,38% -3,67% II (=) LUCRO OPERACIONAL BRUTO 15,45% 25,18% 22,73% 20,35% 24,02% 9,74% -2,45% -2,38% 3,67% 05 (-) DESPESAS OPERACIONAIS 15,18% 19,99% 17,22% 15,59% 15,55% 4,81% -2,77% -1,63% -0,04% III - LUCRO OPERACIONAL PRÓPRIO 0,27% 5,19% 5,51% 4,76% 8,47% 4,92% 0,32% -0,75% 3,71% (-) Despesas Financeiras 15,28% 20,49% 18,44% 16,69% 16,50% 5,21% -2,05% -1,75% -0,19% Receitas Financeiras 0,10% 0,50% 1,22% 1,10% 0,95% 0,40% 0,72% -0,12% -0,14% IV (=) LUCRO OPERACIONAL LÍQUIDO 0,27% 5,19% 5,51% 4,76% 8,47% 4,92% 0,32% -0,75% 3,71% V (=) RESULTADO ANTES DO IR E CS 0,27% 5,19% 5,51% 4,76% 8,47% 4,92% 0,32% -0,75% 3,71% 06 (-) PROVISÕES 0,00% 1,25% 1,32% 1,19% 2,50% 1,25% 0,08% -0,14% 1,31% VI (=) LUCRO (PREJUÍZO) DO EXERCICIO 0,27% 3,94% 4,19% 3,57% 5,97% 3,68% 0,24% -0,62% 2,40% Fonte - elaborado pela autora com base nas demonstrações contábeis fornecidas pela empresa (2014).

71 Interpretação e análise vertical da Demonstração do Resultado do Exercício da empresa do comércio varejista Quadro 14 - Resumo de dados Receita Operacional Bruta ,22% 103,47% 108,33% 108,79% 106,86% Fonte - dados do quadro n.º 13. Figura 7- Participação Percentual da ROB na composição da ROL Fonte - elaborado pela autora com base no Quadro 14. Ao analisar a figura acima, observa-se que no ano de 2009, a Receita Operacional Bruta representa 111,22% em relação a Receita Operacional Líquida, em 2010 caiu para 103,47%, aumentando para 108,33% em 2011, em 2012 representa 108,79% e em ,86%. Do ano de 2009 para o ano de 2013, percebe-se uma queda de 4,36% nas deduções da receita operacional bruta, o que é sem dúvida, uma situação favorável economicamente para a empresa. Quadro 15 - Resumo de dados Deduções da Receita Bruta ,22% 3,47% 8,33% 8,79% 6,86% Fonte - dados do quadro n.º 13.

72 72 Figura 8 - Participação Percentual das DRB na composição da ROL Fonte - elaborado pela autora com base no Quadro 15. As Deduções da Receita Bruta em 2009 representava 11,22% da Receita Operacional Líquida, caindo para 3,47% em 2010, aumentando para 8,33% em 2011, mantendo quase constante em 2012 com 8,79% e caindo novamente para 6,86% no na ode Ocorreu uma redução de 4,36% de 2009 a 2013, como dito anteriormente. Quadro 16 - Resumo de dados Lucro Operacional Bruto ,45% 25,18% 22,73% 20,35% 24,02% Fonte - dados do quadro n.º 13.

73 73 Figura 9 - Participação Percentual do LOB em relação à ROL Fonte - elaborado pela autora com base no Quadro 16. Após a exclusão dos valores das Deduções da Receita Bruta chega-se ao Lucro Operacional Bruto, que em 2009 representava 15,45% da Receita Operacional Líquida, aumentando em 2010 para 25,18%, caindo para 22,73% em 2011, mais ainda em 2012 para 20,35% e voltando crescer em 2013 para 24,02%. Comparando o ano de 2009 para 2013 temse um aumento de 8,57% no Lucro Operacional Bruto da empresa, o que evidencia uma ótima situação, embora não tenha atingindo o seu melhor percentual que ocorreu no ano de Quadro 17 - Resumo de dados Lucro Operacional Líquido ,27% 5,19% 5,51% 4,76% 8,47% Fonte - dados do quadro n.º 13.

74 74 Figura 10 - Participação Percentual do LOL em relação à ROL Fonte - elaborado pela autora com base no Quadro 17. A participação do Lucro Operacional Líquido da empresa em estudo sobre a Receita Operacional Líquida em 2009 é de apenas 0,27%, aumentando para 5,19% em 2010, em 2011 para 5,51%, caindo para 4,76% em 2012, voltando a crescer para 8,47% em Com esses índices, percebe-se que em todos os períodos a empresa se mantém em percentuais muito baixos, fruto do impacto das despesas operacionais. Em relação 2009/2013, tem-se um aumento de 8,20%, mais pelo baixo percentual apresentado em 2009 do que pelas elevações que ocorreram no período, mas mesmo assim, evidenciando sensível evolução positiva no período estudado. Quadro 18 - Resumo de dados LLE ,27% 3,94% 4,19% 3,57% 5,97% Fonte - dados do quadro n.º 13.

75 75 Figura 11 - Participação percentual do LLE em relação a ROL Fonte - elaborado pela autora com base no Quadro 17. Com base no quadro anterior, observa-se que o Lucro Líquido do Exercício aumenta de 0,27% em 2009 para 3,49% em Em 2011 representa 4,19% sobre o ROL, melhorando um pouco em relação ao ano anterior, caindo novamente em 2012 para 3,57%, sendo que em 2013 passou a representar 5,97% da Receita Operacional Líquido, não atingiu a melhor taxa de lucro líquido no período estudado. Embora os percentuais ainda estejam baixos em relação à menor remuneração de mercado que é a caderneta de poupança, percebese uma grande evolução ao longo dos cinco anos analisados, com uma pequena queda de 2011 para 2012, mas recuperando-se muito bem no último ano da série em estudo Análise Horizontal de Balanços da empresa comércio varejista Essa análise é aplicada ao Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício e tem por finalidade principal a técnica de comparar e avaliar a evolução da situação patrimonial, financeira e econômica da empresa com relação a um ano base, ou ao período anterior, chamado de período base de comparação. O primeiro ano da série do período analisado tem seus valores trazidos ao número índice 100,00 e os demais anos calculados e comparados a ele. A obtenção dos números índices dos períodos seguintes é encontrada mediante a divisão dos seus valores em reais atualizados, pelos respectivos valores do ano base, multiplicando-se por 100, demonstrando se a entidade teve um aumento ou uma diminuição em relação ao ano base, ou seja, se o número índice do ano seguinte é maior que

76 do ano base, apresenta um crescimento e se for menor, apresenta um decréscimo ou redução percentual.

77 Balanço Patrimonial da empresa do comércio varejista em valores relativos números índices Quadro 19 - Balanço Patrimonial em Números Índices da Empresa Comércio Varejista ESPECIFICAÇÃO DAS CONTAS (-) (-) (-) (-) 2009 I - ATIVO CIRCULANTE 100,00 143,29 222,78 250,96 215,45 43,29 122,78 150,96 115,45 01 DISPONIBILIDADES 100,00 495, , ,80 882,54 395, , ,80 782,54 02 CLIENTES 100,00 94,89 87,33 68, ,79-5,11-12,67-31, ,79 04 ESTOQUES 100,00 116,35 154,65 121,86 83,00 16,35 54,65 21,86-17,00 II - ATIVO NÃO CIRCULANTE 100,00 95,01 93,86 89,10 164,14-4,99-6,14-10,90 64,14 05 ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 100,00 139,39 179,21 193,20 200,26 39,39 79,21 93,20 100, Investimentos Temporários 100,00 139,39 179,21 193,20 200,26 39,39 79,21 93,20 100,26 06 ATIVO PERMANENTE 100,00 91,31 86,75 80,43 161,13-8,69-13,25-19,57 61, Imobilizado 100,00 91,31 86,75 80,43 161,13-8,69-13,25-19,57 61,13 TOTAL DO ATIVO 100,00 112,04 139,34 146,19 182,24 12,04 39,34 46,19 82,24 III - PASSIVO CIRCULANTE 100,00 206,27 350,61 430,72 619,69 106,27 250,61 330,72 519,69 07 OBRIGAÇÕES DE FUNCIONAMENTO 100,00 206,27 350,61 430,72 619,69 106,27 250,61 330,72 519, Fornecedores/Contas a Pagar 100,00 223,01 393,44 473,98 700,94 123,01 293,44 373,98 600, Obrigações/Outras Contas a Pagar 100,00 134,61 167,37 245,63 272,07 34,61 67,37 145,63 172,07 IV - PASSIVO NÃO CIRCULANTE 100,00 713,33 655, ,75 0,00 613,33 555,31 927,75-100,00 08 PASSIVO EXIGIVEL A LONGO PRAZO 100,00 713,33 655, ,75 0,00 613,33 555,31 927,75-100, OBRIGAÇÕES DE FUNCIONAMENTO 100,00 713,33 655, ,75 0,00 613,33 555,31 927,75-100, Parcelamentos 100,00 4,47 2,89 1,58 0,00-95,53-97,11-98,42-100, Lucros Acumulados a Distribuir 100,00 0,00 0,00 0,00 0,00-100,00-100,00-100,00-100,00 TOTAL DO PASSIVO 100,00 276,26 392,67 513,13 534,15 176,26 292,67 413,13 434,15 V- PATRIMONIO LÍQUIDO 100,00 80,32 90,41 75,33 114,28-19,68-9,59-24,67 14,28 09 CAPITAL SOCIAL 100,00 94,89 87,33 82,57 77,81-5,11-12,67-17,43-22,19 10 RESERVA DE LUCROS 100,00 77,93 88,67 68,55 98,45-22,07-11,33-31,45-1,55 11 LUCROS OU PREJUIZOS ACUMULADOS 100,00 86,84 99,63 104,90 200,84-13,16-0,37 4,90 100,84 TOTAL DO PASSIVO E PATR. LÍQUIDO 100,00 112,04 139,34 146,19 182,24 12,04 39,34 46,19 82,24 Fonte - elaborado pela autora com base nas demonstrações contábeis fornecidas pela empresa (2014).

78 Interpretação e análise horizontal do Balanço Patrimonial da empresa comércio varejista Quadro 20 - Resumo de dados Evolução do Ativo Circulante ,00 143,29 222,78 250,96 215,45 Fonte - dados do quadro nº. 18. Figura 12 - Evolução do Ativo Circulante Fonte - elaborado pela autora com base no Quadro 20. O gráfico acima mostra que no ano de 2010, o Ativo Circulante aumentou 43,29% em relação ao ano base (2009), aumentando para 122,78% de 2009 para 2011, em 2012 teve um aumento de 150,96% comparado ao ano base de 2009, e caindo um pouco para 115,45% no ano de 2013 em relação a Esses índices mostram que a empresa teve uma evolução positiva em relação ao ano base, com pequenas oscilação para menos no último ano da série em estudo, mas mesmo assim num percentual mais do que o dobro dos valores que compunham o Ativo Circulante cinco anos atrás. Quadro 21 - Resumo de dados Evolução do Ativo Não Circulante ,00 95,01 93,86 89,10 164,14 Fonte - dados do quadro nº. 18.

79 79 Figura 13 - Evolução do Ativo Não Circulante Fonte - elaborado pela autora com base no Quadro 21. O Ativo Não Circulante em 2010 caiu em 4,99% comparado aos 100,00 do ano base (2009), mantendo-se em queda em 2011 e 2012, de 6,14% e 10,90% respectivamente, somente em 2013 a empresa apresentou um crescimento do seu Ativo Não Circulante de 64,14% em relação ao ano base de 2009, recuperando as perdas ocorridas nos anos anteriores. Quadro 22 - Resumo de dados Evolução do ARLP ,00 139,39 179,21 193,20 200,26 Fonte - dados do quadro nº. 18.

80 80 Figura 14 - Evolução do ARLP Fonte - elaborado pela autora com base no Quadro 22. O Ativo Realizável a Longo Prazo, subiu de 100,00 para 139,39 de 2009 (ano base) para 2010, com um crescimento de 39,39%, mantendo a elevação nos três anos seguintes da série em 79,21%, 93,20% e 100,26%, respectivamente; evolução positiva que evidencia um fortalecimento, embora pouco expressivo, dos valores a receber de longo prazo da empresa, que irão ser importantes no fortalecimento do Ativo Circulante no futuro. Quadro 23 - Resumo de dados Evolução do Ativo Permanente ,00 91,31 86,75 80,43 161,13 Fonte: dados do quadro nº. 18.

81 81 Figura 15 - Evolução do Ativo Permanente Fonte - elaborado pela autora com base no Quadro 23. O Ativo Permanente caiu em 8,69% do ano base (2009) para o ano de 2010, com índice. Em 2011 caiu novamente em 13,25%, mais ainda em 2012 com 19,57%. Já no ano de 2013 ocorre uma boa recuperação, aumentando em 61,13% em relação ao ano base de Observa-se que a situação patrimonial mantém-se ameaçada até o ano de 2012, devido aos altos investimentos que a empresa fez nesse período, voltando a gerar situação de crescimento em seus ativos permanentes apenas no ano de 2013, período em que já se anularam as dívidas dos investimentos feitas nos anos anteriores. Quadro 24 - Resumo de dados Evolução do Passivo Circulante ,00 206,27 350,61 430,72 619,69 Fonte - dados do quadro nº. 18.

82 82 Figura 16 - Evolução do Passivo Circulante Fonte - elaborado pela autora com base no Quadro 24. Em relação a análise do Passivo Circulante, observa-se o brusco crescimento de seus índice, subindo de 100,00 em 2009 (ano base) para 206,27 em 2010, com um crescimento de 106,27%, mantendo-se em crescimento nos anos seguintes, ou seja, em 2011 cresceu 250,61%, em 2012 cresceu 330,72% e em 2013 cresceu em 519,69%, em relação ao ano base de Esse crescimento significativo do Passivo Circulante representa o crescimento do endividamento de curto prazo da empresa ao longo do período, o que não é bom do ponto de vista da análise financeira isolada desse componente das fontes de recursos, pois nesse período houve uma boa parte do financiamento do Ativo Permanente. Quadro 25 - Resumo de dados Evolução do Passivo Não Circulante (PELP) ,00 713,33 655, ,75 0,00 Fonte - dados do quadro nº. 18.

83 83 Figura 17 - Evolução do Passivo Não Circulante (PELP) Fonte - elaborado pela autora com base no Quadro 25. Comparado com o ano base, ou seja, ano de 2009, observa-se que há uma movimentação de alto valor em relação ao PELP que aumenta gradativamente em 2010, para 713,33, com um aumento de 613,33%; em 2011 atingiu o índice de 655,31, com um crescimento de 555,31% em relação ao ano base. Já em 2012 apresenta novamente um índice bem elevado de 1027,75 com um aumento de 927,75% em relação ao ano base; no ano de 2013 esse índice é zero, ou seja, o Passivo Exigível a Longo Prazo deixou de existir no ano de 2013, sendo seus valores agora integrantes do Passivo Circulante. Quadro 26 - Resumo de dados Evolução do PL ,00 80,32 90,41 75,33 114,28 Fonte - dados do quadro nº. 18.

84 84 Figura 18 - Evolução do Patrimônio Líquido Fonte - elaborado pela autora com base no Quadro 26. O Patrimônio Líquido representado por 100,00 no ano base de 2009 caiu para 80,32 em 2010, com uma redução de 19,68%, aumentando para 90,41 em 2011, representando uma diminuição de 9,59% em relação ao ano base, caindo mais ainda para 75,33 em 2012, representando uma redução de 24,67% em relação ao ano base, recuperando-se em 2013 para 114,28 representando então um aumento de 14,28% em relação ao ano base. Comparando-se com o ano de 2009, constata-se que apenas no último ano da série em estudo a empresa tem seu PL aumentado em relação ao ano base e isso em apenas 14,28%. Essas variações negativas que aconteceu nos ano de 2010, 2011 e 2012 no capital próprio da empresa evidencia que o seu crescimento em termos de ativo ocorreu exclusivamente com recursos de terceiros

85 Análise horizontal da Demonstração do Resultado do Exercício da empresa comércio varejista A análise horizontal, que evidencia a evolução dos itens que compõem a Demonstração do Resultado do Exercício do ano de 2009 a 2013 da empresa varejista tem por base os dados apresentados no Quadro 27 e é processada em números índices, tendo por base o ano de 2009, sendo que nas colunas diferenças, os dados são expressos em termos percentuais.

86 86 Quadro 27 - Demonstração do Resultado do Exercício da Empresa do Comércio Varejista Em Números Índices ESPECIFICAÇÃO DAS CONTAS (-) (-) (-) (-) RECEITA OPERACIONAL BRUTA 100,00 132,48 149,85 185,85 212,49 32,48 49,85 85,85 112,49 02 VENDAS DE MERCADORIAS 100,00 132,48 149,85 185,85 212,49 32,48 49,85 85,85 112,49 03 (-) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA 100,00 44,05 114,32 148,95 135,19-55,95 14,32 48,95 35,19 I (=) RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 100,00 142,40 153,83 189,99 221,16 42,40 53,83 89,99 121,16 04 (-) CUSTO DAS MERC. VENDIDAS 100,00 126,01 140,57 178,97 198,75 26,01 40,57 78,97 98,75 II (=) LUCRO OPERACIONAL BRUTO 100,00 232,16 226,40 250,33 343,88 132,16 126,40 150,33 243,88 05 (-) DESPESAS OPERACIONAIS 100,00 187,58 174,54 195,21 226,60 87,58 74,54 95,21 126,60 III - LUCRO OPERACIONAL PRÓPRIO 100, , , , , , , , ,82 (-) Despesas Financeiras 100,00 190,97 185,66 207,55 238,89 90,97 85,66 107,55 138,89 Receitas Financeiras 100,00 701, , , ,08 601, , , ,08 IV (=) LUCRO OPERACIONAL LÍQUIDO 100, , , , , , , , ,82 V (=) RESULTADO ANTES DO IR E CS 100, , , , , , , , ,82 06 (-) PROVISÕES 100,00 0,00 0,00 0,00 0,00-100,00-100,00-100,00-100,00 VI (=) LUCRO (PREJUÍZO) DO EXERCICIO 100, , , , , , , , ,28 Fonte - elaborado pela autora com base nas demonstrações contábeis fornecidas pela empresa (2014).

87 Interpretação e análise horizontal da Demonstração do Resultado do Exercício da empresa comércio varejista Quadro 28 - Resumo de dados Evolução da Receita Operacional Bruta ,00 132,48 149,85 185,85 212,49 Fonte - dados do quadro nº 27.. Figura 19 - Evolução da Receita Operacional Bruta Fonte - elaborado pela autora com base no Quadro 29. Em relação a Receita Operacional Bruta de 2009 (ano base) para 2010 tem-se um aumento de 32,48%, de 2009 para 2011 o aumento foi de 49,85%, aumentando em 85,85% de 2009 para 2012 e em 112,49% de 2009 para 2013, evidenciando uma ótima evolução do seu faturamento ao longo dos anos que compõem a série em estudo. Quadro 29 - Resumo de dados Evolução das Deduções da Receita Operacional Bruta ,00 44,05 114,32 148,95 135,19 Fonte - dados do quadro nº 27.

88 88 Figura 20 - Evolução das Deduções da Receita Operacional Bruta Fonte - elaborado pela autora com base no Quadro 30. As Deduções da Receita Bruta, somente foi favorável à empresa no ano de 2010, que em relação a 2009 caiu em 55,95%. Já no ano de 2011 aumentou em 14,32% em relação ao ano base; em 2012 aumentou em 48,95% e em 2013 aumentou em 35, 19% em relação a Esses aumentos mostram que é preciso rever, descontos e devoluções de vendas, que apresentaram crescimento em relação ao ano base, muito embora tenha ocorrido também um ótimo crescimento das vendas como visto no quadro e figura anterior. Quadro 30 - Resumo de dados Evolução da Receita Operacional Líquida ,00 142,40 153,83 189,99 221,16 Fonte - dados do quadro nº 27.

89 89 Figura 21 - Evolução da Receita Operacional Líquida Fonte - elaborado pela autora com base no Quadro 31. A Receita Operacional Líquida da empresa esteve em todos os anos em ótima evolução, ou seja, do ano base 2009 cresceu 42,40% em 2010, já em 2011 aumentou em 53,83%, 89,99% em 2012 e 121,16% no ano de 2013em relação ao ano base de Quadro 31 - Resumo de dados Evolução do Lucro Operacional Bruto ,00 232,16 226,40 250,33 343,88 Fonte - dados do quadro nº 26. Figura 22 - Evolução do Lucro Operacional Bruto Fonte - elaborado pela autora com base no Quadro 32.

90 90 O Lucro Operacional Bruto superou, em todos os anos, o índice base do ano de 2009 de 100,00, ou seja, em 2010 aumentou 132,16%, em 2011 teve uma pequena queda comparado a 2010, mas mantendo-se em elevação de 126,40% em relação a 2009; já em 2011 aumenta em 150,33% e em 2013 encontra seu melhor desempenho, com um aumento de 243,88% em relação ao ano base de Quadro 32 - Resumo de dados Evolução do Lucro Operacional Líquido , , , , ,82 Fonte - dados do quadro nº 26. Figura 23 - Evolução do Lucro Operacional Líquido Fonte - elaborado pela autora com base nas demonstrações contábeis fornecidas pela empresa (2014). A evolução do Lucro Operacional Líquido é significativamente favorável à empresa em todos os anos da série em estudo. Em 2010 seu aumento foi de 2.642,09% comparado ao ano base de Em 2011 aumenta em 3.045,76%, em 2012 continua aumentando em 3.253,43% e em 2013 tem um salto muito elevado positivamente aumentando em 6.846,82% em relação ao ano de É evidente que o valor absoluto do Lucro Operacional Bruto do ano base de 2009 foi muito baixo em relação aos anos seguintes, mas por outro lado, evidencia que a empresa efetivamente teve um significativo crescimento neste item de lucro nos anos seguintes, o que é muito bom do ponto de vista econômico.

91 91 Quadro 33 - Resumo de dados Evolução do Lucro Líquido do Exercício , , , , ,28 Fonte - dados do quadro nº 26. Figura 24 - Evolução do Lucro Líquido do Exercício Fonte - elaborado pela autora com base no Quadro 34. O Lucro Líquido do Exercício, depois de deduzidos os impostos sobre a renda e provisões, pois a empresa é tributada pelo sistema de Lucro Real, apresenta também nesse aspecto uma evolução positiva ao longo dos anos que integram a série em estudo. Em 2010 apresenta um aumento de 1.983,99% em relação ao ano base de 2009, aumentando esse crescimento para 2.290,78% em 2011 e de 2.417,40% de 2009 para 2012, culminando com um crescimento de 4.798,28% no ano de 2009 para o ano de Resultados esses que mostram o quanto o Lucro Líquido do Exercício cresceu ao longo do período, pelas mesmas rações já apontadas na análise do item anterior. O crescimento dos indicadores de lucro líquido são bem superiores ao crescimento ocorrido na receita operacional bruta da empresa, evidenciando que a empresa foi também muito eficiente no gerenciamento de suas despesas ao longo do período estudado. 4.5 ANÁLISE DO BALANÇO DE FUNDOS O Balanço de Fundos é constituído por todas as contas patrimoniais, incluindo Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido, tendo seus saldos finais e inicias comparados em um

92 92 determinado período de tempo. Se o resultado for credor, tem-se uma origem de recursos e se for devedor tem-se uma aplicação de recursos. Quadro 34 - Balanço de Fundos Valores Circulantes Capital Circulante Líquido CONTAS Ativo Circulante , , , , ,13 (-) (-) (-) (-) (-) (-) Passivo Circulante , , , , ,86 CCL , , , , ,73 Fonte - dados do Quadro 4. Quadro 35 - Balanço de Fundos Variações do Capital Circulante Líquido CONTAS 2010 (-) 2009 CONTAS 2011 (-) 2010 Variação no CCL ,88 Variação no CCL ,84 Variação no CCL ,45 Variação no CCL ,88 (+) Aplicação (-) Fonte 6.401,44 A (+) Aplicação (-) Fonte ,95 A CONTAS 2012 (-) 2011 CONTAS 2013 (-) 2012 Variação no CCL ,51 Variação no CCL ,73 Variação no CCL ,84 Variação no CCL ,51 (+) Aplicação (-) Fonte ,32 F (+) Aplicação (-) Fonte ,24 F Fonte - dados do Quadro 4.

93 93 Figura 25 - Variação do CCL no Balanço de Fundos valores circulantes Fonte - elaborado pela autora com base no Quadro 36. Na figura 25, observa-se que o CCL de 2009 para 2010 apresenta uma variação positiva de R$ 6.401,44; do ano 2010 para 2011 também apresenta uma variação positiva de R$ ,95, constituindo-se assim em aplicação de recursos nos dois períodos. Já a variação do CCL de 2011 para 2012 ocorre uma diminuição de R$ ,32 e uma diminuição de R$ ,24 de 2012 para 2013, constituindo-se o CCL em fonte de recursos nos dois últimos períodos da série em estudo, provocado pelo maior crescimento ocorrido nos valores do Passivo Circulante em relação aos valores do Ativo Circulante, o que é uma variável negativa para as finanças da empresa, pois sempre se espera que essa parte do ativo sempre se constitua em aplicação de recursos para o fortalecimento dos seus meios de pagamento circulantes e na empresa em estudo ocorreu o contrário. No ano de 2013 a variação é negativa em função do CCL da empresa ser negativo também. Quadro 36 - Balanço de Fundos valores não circulantes CONTAS 2010 (-) 2009 ARLP , ,65 = ,83 A AP , ,46 = ,20 F PELP , ,32 = ,94 F PL , ,23 = ,88 A CONTAS 2011 (-) 2010 ARLP , ,48 = ,70 A AP , ,25 = ,86 F PELP , ,26 = ,01 A PL , ,36 = ,80 F

94 94 CONTAS 2012 (-) 2011 ARLP , ,18 = ,39 A AP , ,39 = ,87 F PELP , ,25 = ,08 F PL , ,16 = ,88 A NTAS 2009 (-) (-) CONTAS 2013 (-) 2012 ARLP , ,57 = 5.094,52 A AP , ,52 = ,44 A PELP 0, ,33 = ,33 A PL , ,27 = ,05 F Fonte - dados do quadro nº 4. Quadro 37 - Resumo do Balanço de Fundos 2009/2010 FONTES VALORES % APLICAÇÕES VALORES % Aumento do PELP ,94 73% Aumento do ARLP ,83 10% Diminuição do AP 75253,21 27% Aumento do CCL 6.401,44 2% Diminuição do PL ,88 88% Total das Fontes ,15 100% Total das Aplicações ,15 100% Fonte - dados do quadro nº 36. Figura26 - Resumo do Balanço de Fundos de 2009 Total das Fontes Fonte - elaborado pela autora com base nas demonstrações contábeis fornecidas pela empresa (2014). As fontes de recursos da empresa em estudo no período de 2009 a 2010 são representadas por 73%, ou seja, R$ ,94 do aumento no grupo de contas do Passivo

95 95 Exigível a Longo Prazo (Passivo Não Circulante) e por uma diminuição no Ativo Permanente R$ ,21, representando 27% das fontes de recursos no período. Figura 27 - Resumo do Balanço de Fundos de 2009/2010 Total das Aplicações Fonte - elaborado pela autora com base nas demonstrações contábeis fornecidas pela empresa (2014). No período 2009 a 2010, observa-se que as aplicações de recursos ocorrem em 10% no aumento do Ativo Realizável a Longo Prazo e apenas 2% foram aplicados no seu Capital Circulante Líquido, sendo que a maior aplicação é representada pela diminuição relativa do seu capital próprio, atingindo 88% das aplicações dos recursos no período. Pode-se observar então, que nesse período as aplicações de recursos não corresponderam ao esperado, pois a maior parcela correspondeu à diminuição representativa do capital próprio da empresa e apenas 12% delas foram investimentos em seus ativos circulantes e realizáveis a longo prazo. Quadro 38 - Resumo do Balanço de Fundos 2010/2011 FONTES VALORES % APLICAÇÕES VALORES % Aumento no PL ,80 76% Aumento do ARLP ,70 18% Diminuição do AP ,86 24% Aumento do CCL ,95 71% Diminuição no PELP ,01 11% Total das Fontes ,66 100% Total das Aplicações ,66 100% Fonte - dados do quadro nº 36.

96 96 Figura 28 - Resumo do Balanço de Fundos de 2010/2011 Total das Fontes Fonte - elaborado pela autora com base nas demonstrações contábeis fornecidas pela empresa (2014). As fontes são representadas, no período 2010/2011, pelo aumento PL, corresponde a 76% do seu total e 24% pela diminuição do seu Ativo Permanente. Nesse período houve uma política de captação de recursos mais favorável às finanças da empresa, pois a maior parcela teve origem no seu patrimônio líquido e apenas secundariamente a empresa necessitou diminuir os valores do seu ativo permanente. Figura 29 - Resumo do Balanço de Fundos de 2010/2011 Total das Aplicações Fonte - elaborado pela autora com base nas demonstrações contábeis fornecidas pela empresa (2014). Observa-se que a maior parte das aplicações de recursos no período 2010/2011 concentrou-se no aumento do Capital Circulante Líquido, com 71%, em seguida pelo aumento

97 97 no Ativo Realizável a Longo Prazo, representando 18% das aplicações e, por fim, pela diminuição do Passivo Exigível a Longo Prazo, significando 11% das aplicações de recursos no período. Situação que favorece as finanças da empresa devido a sua significativa movimentação positiva de seu Capital e a sua pequena queda no Passivo a Longo Prazo. Quadro 39 - Resumo do Balanço de Fundos 2011/2012 FONTES VALORES % APLICAÇÕES VALORES % Diminuição no AP ,87 28% Aumento do ARLP ,39 5% Diminuição do CCL ,32 9% Diminuição no PL ,88 95% Aumento no PELP ,08 63% Total das Fontes ,27 100% Total das Aplicações ,27 100% Fonte - dados do quadro nº 36. Figura 30 - Resumo do Balanço de Fundos de 2011/2012 Total das Fontes Fonte - elaborado pela autora com base nas demonstrações contábeis fornecidas pela empresa (2014). De 2011 para 2012 o maior percentual das fontes de recursos foi o aumento na conta do Passivo Exigível a Longo Prazo, com 63% delas, o Ativo Permanente sofreu uma diminuição e representou 28% das origens de recursos no período, ficando uma parcela de 9% para a diminuição do CCL. Isso mostra que a empresa sofre moderadamente o impacto dessas diminuições, situação que a empresa deve reverter para manter-se estável. Como não houve aporte em seu capital próprio, necessitou ampliar seu endividamento de longo prazo no período.

98 98 Figura 31 - Resumo do Balanço de Fundos de 2011/2012 Total das Aplicações Fonte - elaborado pela autora com base nas demonstrações contábeis fornecidas pela empresa (2014). A maior parcela de aplicação dos recursos decorreu da diminuição do PL em 95% deles e ainda no aumento do Ativo Realizável a Longo Prazo com apenas 5%. Observa-se que mais uma vez a empresa não consegui aplicar recursos em seus ativos circulantes e permanentes, pois ocorreu uma diminuição relativa de participação do seu capital próprio, significando uma política inversa aos interesses financeiros da empresa, pois deveria ocorrer o contrário, ou seja, via aumento de capital próprio, efetuar investimentos em seus ativos. Quadro 40 - Resumo do Balanço de Fundos 2012/2013 FONTES VALORES % APLICAÇÕES VALORES % Aumento no PL ,05 46% Aumento do ARLP 5.094,52 1% Diminuição do CCL ,24 54% Aumento do AP ,44 67% Diminuição do PELP ,33 32% Total das Fontes ,29 100% Total das Aplicações ,29 100% Fonte - dados do quadro nº 36.

99 99 Figura 32 - Resumo do Balanço de Fundos de 2012/2013 Total das Fontes Fonte - elaborado pela autora com base nas demonstrações contábeis fornecidas pela empresa (2014). No período de 2012/2013 a maior parte das fontes de recursos decorreu da diminuição do CCL, seguida do aumento do PL em 46%. Do ponto de vista financeiro a empresa adotou política correta ao ampliar a participação do seu capital próprio nas fontes de recursos, porém, foi necessário a diminuição do seu ativo circulante que diminuiu o seu CCL, situação negativa para as suas finanças, mas já evidencia medidas adequadas através da recuperação parcial da participação do seu capital próprio na composição das fontes de recursos da empresa em relação ao período anterior. Figura 33 - Resumo do Balanço de Fundos de 2012/2013 Total das Aplicações Fonte - elaborado pela autora com base nas demonstrações contábeis fornecidas pela empresa (2014).

100 100 Do ano de 2012 para 2013 a maior parcela de aplicação de recursos foi encontrada no aumento do Ativo Permanente com 67%, seguida da redução do Passivo Exigível a Longo Prazo com 32%, complementada pelo aumento do Ativo Realizável a Longo Prazo em 1% das aplicações de recursos no período. Observa-se que a empresa encerra o período com números a seu favor, pois seu AP foi crescente e seu PELP é decrescente, fruto do aumento do PL, revertendo em parte situações negativas de períodos anteriores em termos financeiros. 4.6 ANÁLISE DE BALANÇOS POR ÍNDICES ECONÔMICOS E FINANCEIROS A Análise de Balanço é uma técnica contábil que evidencia e demonstra, através de índices econômicos e financeiros dos valores retirados de suas demonstrações, a posição financeira e econômica. Os indicadores são obtidos através de cálculos matemáticos, sendo denominados de coeficientes, quocientes ou taxas quando multiplicados por 100. A seguir é apresentada a análise econômico-financeira da entidade em estudo pelo método de uso de índices, complementando os estudos realizados até o momento Análise de indicadores de liquidez Esse indicador apresenta a capacidade que a empresa tem de honrar, e quitar, seus compromissos em dia, seja qual for o momento. São apresentados em sequência os seguintes indicadores de liquidez: Capital Circulante Líquido, Índice de Liquidez Geral, Índice de Liquidez Corrente e Índice de Liquidez Seca Capital Circulante Líquido - CCL O Capital Circulante Líquido, seria o mesmo que dizer que a empresa possui tal capacidade em Ativos, ou seja, certo valor financeiro em seus bens e direitos, depois de quitados suas obrigações, em uma situação pouco provável, hipoteticamente. Encontra-se o CCL através da seguinte fórmula: CCL = Ativo Circulante (-) Passivo Circulante

101 101 Quadro 41- Resumo dos valores do Capital Circulante Líquido Período em estudo Ativo Circulante , , , , ,13 (-) (-) (-) (-) (-) Passivo Circulante , , , , ,86 CCL , , , , ,73 Fonte - dados do quadro nº 4. Figura 34 - Capital Circulante Líquido Fonte - elaborado pela autora com base nas demonstrações contábeis fornecidas pela empresa (2014). Apesar de empresa ter apresentado uma queda significativa no ano de 2013 em seu CCL, com valor negativo de R$ ,73, pode-se dizer que a situação é favorável, pois nos quatro anos anteriores a empresa obteve saldos a seu favor, após a liquidação hipotética das dívidas de curto prazo, sobram-lhe R$ ,45 em 2009, em 2010 essa diferença aumenta para R$ ,88, passando para R$ ,84 em 2011 e tendo uma leve queda, reduzindo para R$ ,51 em Já em 2013, seu Capital Circulante Líquido fica negativo em R$ ,73, em decorrência de ter suas dívidas de longo prazo passado para o curto prazo, avolumando-se significativamente o seu Passivo Circulante Índice de Liquidez Geral ILG O ILG não pode ser inferior a 1,5, ou seja, é necessário possuir, no mínimo, uma vez e meia o seu Ativo Circulante e Ativo Realizável a Longo Prazo para cada uma vez de Passivo Circulante e Passivo Exigível a Longo Prazo. Este índice visa a liquidez total da empresa, envolvendo as contas a receber e a pagar de curto e longo prazos.

102 102 O ILC é encontrado por intermédio da seguinte fórmula: Quadro 42 - Resumo do Índice de Liquidez Geral ILG eríestudo Período em estudo Ativo Circulante , , , , ,13 (+) (+) (+) (+) (+) (+) Ativo Realizavel a Longo Prazo , , , , ,09 ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) Passivo Circulante , , , , ,86 (+) (+) (+) (+) (+) (+) Passivo Exigivel a Longo Prazo , , , ,33 0,00 = = = = = = ILG 2,49 1,29 1,38 1,18 0,99 Fonte - dados do quadro nº 4. Figura 35 - Índice de Liquidez Geral Fonte - elaborado pela autora com base nas demonstrações contábeis fornecidas pela empresa (2014). Como demonstrado no gráfico acima, o ano de melhor índice de liquidez geral é o de 2009 com 2,49, que se encontra acima do mínimo, ou seja, acima de 1,5, evidenciando que para cada 1,59 de dívidas totais a empresa apresenta 2,49 de ativos circulantes e realizáveis de longo prazo. Nos demais anos esse índice não está dentro do esperado, apesar de um leve aumento em 2010 onde atinge uma proporção de 1,29 subindo um pouco em 2011 onde atinge 1,38, diminuindo para 1,18 em 2012 e ficando em apenas 0,99 no ano de 2013, onde atinge o

103 103 pior momento, ou seja, seus ativos circulantes e realizáveis a longo prazo não cobrem as dívidas totais da empresa Índice de Liquidez Corrente ILC O indicador de Liquidez Corrente é favorável à empresa quando supera o índice padrão 2,00, apresentando a diferença do Ativo Circulante e o Passivo Circulante. Encontra-se o ILC através da seguinte fórmula: Quadro 43 - Resumo do Índice de Liquidez Corrente ILC Período em estudo Ativo Circulante , , , , ,13 Passivo Circulante , , , , ,86 ILC 2,53 1,76 1,61 1,47 0,88 Fonte - dados do quadro nº 4. Figura 36. Índice de Liquidez Corrente Fonte - elaborado pela autora com base nas demonstrações contábeis fornecidas pela empresa (2014). O gráfico acima mostra que a empresa alcançou o índice esperado mínimo de 2,00 apenas no ano de 2009, com 2,53 de Ativo Circulante para cada 1,00 de Passivo Circulante. Nos anos de 2010, 2011, 2012 e 2013, a empresa apresentou esse índice abaixo do esperado,

104 104 com 1,76; 1,61; 1,47 e 0,88, respectivamente. Nesses quatro períodos, a empresa não apresenta liquidez de curto prazo suficiente, tendo atingido no ano de 2013 seu pior momento, ou seja, para cada 1,00 dívida de curto prazo apresenta apenas 0,88 de ativo circulante Índice de Liquidez Seca ILS É o mesmo que mostrar a capacidade que a entidade possui em quitar suas dívidas no curto prazo sem contar com o valores dos seus estoques. Esse índice não poderá ser inferior a 1,00, acontecendo isso, deduz-se que a empresa não terá capacidade para pagar dívidas de curto prazo em contar com seus estoques. O ILS é encontrado através da seguinte fórmula: Quadro 44 - Resumo do Índice de Liquidez Seca ILS Período em estudo Ativo Circulante , , , , ,13 (-) (-) (-) (-) (-) (-) Estoques , , , , ,87 Passivo Circulante , , , , ,86 ILS 0,28 0,49 0,61 0,84 0,58 Fonte - dados do quadro nº 4.

105 105 Figura 37 - Índice de Liquidez Seca Fonte - elaborado pela autora com base nas demonstrações contábeis fornecidas pela empresa (2014). Em todos os anos da série em estudo, a empresa apresentou índices menores que o esperado, ou seja, não tem capacidade de quitar suas dividas em curto prazo sem contar com o uso dos valores de bens em estoque. No ano de 2009 apresentou 0,28, aumentando para 0,49 em 2010, em 2011 para 0,61, em 2012 para 0,84 seu melhor momento - e caindo para 0,58 no ano de Resumidamente, a empresa apresenta melhores índices de liquidez no ano de 2009, a exceção do índice de liquidez seca que atinge o melhor momento no ano de 2012, evidenciando momentos de dificuldade financeira, pois não teve meios mínimos necessários para demonstrar capacidade de pagamento de suas dívidas em dia, de acordo com os vencimentos das mesmas Análise de indicadores de endividamento É o mesmo que expressar ou demonstrar a garantia que a empresa oferece para a cobertura de suas dívidas. Envolve principalmente, as contas do Passivo e Patrimônio Líquido do Balanço Patrimonial. São eles: Coeficiente de Dívidas Circulantes, Coeficiente de Dívidas Totais, Coeficiente de Dívidas de Longo Prazo, Coeficiente de Segurança Máxima.

106 Coeficiente de Dívidas Circulantes CDC O índice máximo aceitável por esse Coeficiente é de 1,00. É o mesmo que mostrar a relação das dívidas que vencem no curto prazo, no mesmo exercício social, com o Patrimônio Líquido da empresa. Encontra-se o CDC, com o uso da seguinte fórmula: Quadro 45 - Resumo do Coeficiente de Dívidas Circulantes CDC Período em estudo Passivo Circulante , , , , ,86 Patrimônio Líquido , , , , ,32 CDC 0,17 0,43 0,65 0,95 0,90 Fonte - dados do quadro nº 4. Figura 38 - Coeficiente de Dívidas Circulantes Fonte - elaborado pela autora com base nas demonstrações contábeis fornecidas pela empresa (2014). Conforme apresentado no gráfico acima, em todos os anos a empresa apresentou índices de acordo com o desejável, ou seja, menor que 1,00. Em 2009 apresentou 0,17 de dívidas de curto prazo para cada 1,00 de patrimônio líquido, sendo esse o melhor índice dos anos da série. Apesar de seu aumento ser quase constante nos anos seguintes, ainda assim, a

107 107 empresa tem ótimas garantias de dívidas de curto prazo, com 0,43 em 2010, em 2011 sobe para 0,65, aumentando para 0,95 em 2012 (pior indicador), diminuindo para 0,90 em 2013, o que é favorável à empresa. Isso mostra que em nenhum dos anos a empresa teve suas dívidas de curto prazo ultrapassando o valor do seu Patrimônio Líquido Coeficiente de Dívidas Totais CDT É a garantia sobre as dívidas totais. Esse Coeficiente também não deve passar de 1,00, ou seja, as dívidas totais não devem ultrapassar o valor do Patrimônio Líquido, demonstra o montante de dívidas totais para cada 1,00 do capital próprio da empresa. Encontra-se o CDT, através da seguinte fórmula: Quadro 46 - Resumo do Coeficiente de Dívidas Totais CDT Período em estudo Passivo Total , , , , ,86 Patrimônio Líquido , , , , ,32 CDC 0,19 0,66 0,84 1,32 0,90 Fonte - dados do quadro nº 4. Figura 39. Coeficiente de Dívidas Totais Fonte: elaborado pela autora com base nas demonstrações contábeis fornecidas pela empresa (2014).

108 108 Observa-se no gráfico acima que o melhor índice foi o do ano de 2009, quando as dívidas totais atingiram 0,19 para cada 1,00 de Patrimônio Líquido, seguido do ano de 2010, com 0,66. Em seguida vem o ano de 2011 com 0,84. O único ano que ultrapassa o valor aceitável é o de 2012 com 1,32, diminuindo para 0,90 no ano de Diante desses resultados, apesar da negatividade em 2012, a empresa está em boas condições e ainda não tem a necessidade de aumentar seu Patrimônio Líquido, pois nota-se uma recuperação significativa no ano de Coeficiente de Dívidas de Longo Prazo CDLP Esse coeficiente demonstra a garantia das dívidas de longo prazo, ou seja, que irão vencer no próximo exercício social. O desejável é que este coeficiente não ultrapasse o índice 1,00, pois essas dívidas não devem ou não podem superar o valor do Capital Circulante Líquido. O CDT é encontrado através da seguinte fórmula: Quadro 47 - Resumo do Coeficiente de Dívidas a Longo Prazo CDLP Período em estudo Passivo Exigivel a Logo Prazo , , , ,33 0,00 Capital Circulante Líquido , , , , ,73 CDLP 0,10 0,73 0,49 0,81 0,00 Fonte - dados do quadro nº 4.

109 109 Figura 40 - Coeficiente de Dívidas a Longo Prazo Fonte - elaborado pela autora com base nas demonstrações contábeis fornecidas pela empresa (2014). Em 2013, a empresa não apresentou garantia de dívidas de longo prazo, pois seu CCL é negativo, menos mal que a empresa também não apresenta dívidas de longo prazo ao final desse ano. Nos demais anos, a empresa apresenta plenas garantias para as suas dívida de longo prazo, pois seus valores são inferiores ao CCL da empresa Coeficiente de Segurança Máxima CSM Este coeficiente não deve ultrapassar a 0,50, ou seja, as dívidas totais devem ficar em no máximo 50% do valor dos ativos da entidade no momento em que é exigido. Este coeficiente mostra a capacidade que a empresa tem de garantir plenamente suas dívidas totais perante seus credores. O CSM é encontrado com a aplicação da seguinte fórmula:

110 110 Quadro 48 - Resumo do Coeficiente de Segurança Máxima CSM Período em estudo Passivo Total , , , , ,86 Ativo Ttoal , , , , ,18 CSM 0,16 0,40 0,46 0,57 0,47 Fonte - dados do quadro nº 4. Figura 41- Coeficientes de Segurança Máxima CSM Fonte - elaborado pela autora com base nas demonstrações contábeis fornecidas pela empresa (2014). Observa-se que em quase todos os anos a empresa apresentou garantias plenas a seus credores, sendo que em 2009 apresenta apenas 0,16 de dívidas totais para cada 0,50 de ativo total, seu melhor índice; já em 2010 passa para 0,40 e em 2011 passa para 0,46, ultrapassando o limite de 0,50 em 2012 com 0,57, período este em que a empresa não consegue garantir plenamente suas dívidas, mas mesmo assim é satisfatório, pois ultrapassa apenas 0,07 do limite estabelecido nos financistas, tendo reduzido para 0,47 no ano de 2013, evidenciado a imediata recuperação do índice. A empresa, apesar de algumas situações negativas, apresenta indicadores satisfatórios de garantia de dívidas, porém, evidencia necessidades de mais estabilidade financeira e para isso, algumas medidas já adotou, tanto que no ano de 2013, com exceção do seu CCL negativo, apresentou melhoras financeiras, precisa ainda melhor a participação do seu capital próprio no financiamento de seus ativos. Na sequência, são apresentados alguns indicadores de endividamento complementares, utilizados por alguns autores que podem contribuir para uma melhor compreensão das finanças da empresa no período em estudo.

111 Coeficiente de Participação de Capital de Terceiros CPCT Esse índice é mais um que complementa o estudo do índice de endividamento. É uma relação clara que existe em relação ao capital próprio da empresa com o capital de terceiros, que é investido. Esse índice para ser ideal não pode ultrapassar 0,50, ou seja, as dívidas não podem representar a metade do valor das fontes. Esse coeficiente é encontrado com a seguinte fórmula: Quadro 49 - Resumo do Coeficiente de Participação do Capital de Terceiros CPCT Período em estudo Passivo Total , , , , ,86 Passivo Ttoal + Patrimônio Líquido , , , , ,18 CPCT 0,16 0,40 0,46 0,57 0,47 Fonte - dados do quadro nº 4. Figura 42 - Resultado do Coeficiente de Participação de Capital de Terceiros Fonte - elaborado pela autora com base nas demonstrações contábeis fornecidas pela empresa (2014). Esse indicador tem as mesmas características do coeficiente de segurança máxima, mas que é utilizado por alguns autores para evidenciar o endividamento total da empresa. Em virtude da ultrapassem do índice máximo, que é de 0,50, no ano de 2012, com 0,57, ainda assim pode-se dizer que a empresa possui um equilíbrio em relação as fontes de capitais de

112 112 terceiros e de capitais próprios, pois nos outros quatro anos da série ela apresenta-se dentro do equivalente, com o menor valor em 2009 representado por 0,16, aumentando para 0,40 em 2010, em 2011 passa para 0,46 e no ultimo ano da série apresenta-se com 0, Coeficiente de Participação das Dívidas de Curto Prazo sobre as Dívidas Totais CPDCP Diante dos vários índices do endividamento, ainda tem-se o CPDCP, ou seja, o Coeficiente de Participação das Dívidas de Curto Prazo sobre as Dívidas Totais, que complementa esse estudo, é o mesmo que dizer que é a composição no curto prazo com o endividamento total da empresa. As dívidas, do curto prazo não devem estourar o limite de 50% do valor das dividas totais. Esse coeficiente é encontrado através da fórmula: Quadro 50 - Resumo dos Coeficientes de Participação de Dívidas de Curto Prazo CPDCP Período em estudo Passivo Circulante , , , , ,86 Passivo Ttoal , , , , ,86 CPDCP 0,86 0,64 0,77 0,72 1,00 Fonte - dados do quadro nº 4.

113 113 Figura 43 - Resultado do Coeficiente de Participação de Dívidas de Curto Prazo Fonte - elaborado pela autora com base nas demonstrações contábeis fornecidas pela empresa(2014). O gráfico acima mostra que em todos os anos a empresa ultrapassou o limite de 0,50, com 0,86 em 2009, em 2010 caiu para 0,64, crescendo para 0,77 em 2011 e caindo novamente para 0,72 em 2012, no ultimo ano da série a empresa apresentou seu maior índice de dívidas no curto prazo de 1,00, situação que já não era muito boa, acabou de piorar nesse ano. Os indicadores acima evidenciam que a maior parcela das dívidas da empresa é de curto prazo, o que pode levá-la ao asfixiamento financeiro, especialmente evidenciado no ano de 2013, onde todas as dívidas são de curto prazo, onde inclusive apresentou um capital circulante líquido negativo evidenciado em indicadores estudados anteriormente Análise de indicadores de solvência e insolvência Os indicadores de solvência e insolvência que contemplam esse estudo são: o Overtrading e o Termômetro de Insolvência de Kanitz Coeficiente de Overtrading COVER Esse coeficiente visa mostrar a maneira de comercialização das vendas, compara o valor das vendas totais com o Capital Circulante Líquido, sendo que o capital de giro deve ser significativo para que as vendas não dependam em demasia dos capitais de terceiros. Quanto menor o indicador, melhor é a situação da empresa. O COVER é encontrado através da seguinte fórmula:

114 114 Quadro 51 - Resumo do Coeficiente de Overtrading Período em Estudo Vendas , , , , ,66 Capital Circulante Líquido , , , , ,73 CoVer 11,18 14,52 12,05 15,59-48,41 Fonte - dados do quadro nº 5 e 33. Figura 44 - Coeficiente de Overtrading Fonte - elaborado pela autora com base nas demonstrações contábeis fornecidas pela empresa (2014). O gráfico acima mostra que o COVER era de 11,18 em 2009, em 2010 aumentou para 14,52, em 2011 baixou para 12,05, em 2012 para aumentou para 15,59; em 2013, a empresa apresenta CCL negativo, não apresenta, portanto, indicador de Overtrading. Os indicadores são elevados e indicam que a empresa opera em overtrading, atingindo esse status no ano de 2013, ou seja, no ano de 2009 o CCL foi exigido 11,18 vezes pelo volume de vendas, aumentando essa proporção ao longo dos anos, numa clara evidência que o CCL é insuficiente para sustentar as vendas da empresa, que prefere trabalhar com pouco recurso próprio.

115 Índice de Insolvência de Kanitz Mostra o momento em que a empresa apresenta fase de solvência ou insolvência, com os indicadores: acima de zero está em situação de solvência; entre zero e menos três está no intervalo de penumbra; abaixo de menos três está no intervalo de insolvência e tendente à falência. O índice de Kanitz é encontrado através do seguinte conjunto de fórmulas: X = (CRCP x 0,05 + CLG x 1,65 + CLS x 3,55) (CLC x 1,06 + CDT x 0,33) IIK=(X1+X2+X3)-(X4+X5) Quadro 52 - Resumo do Índice de Insolvência de Kanitz ,35 1,79 2,46 2,94 2,47 Fonte - dados do quadro nº 4 e 5. Figura 45 - Índice de Insolvência de Kanitz Fonte - elaborado pela autora com base nas demonstrações contábeis fornecidas pela empresa (2014). No gráfico anterior conclui-se que a empresa se manteve em solvência, pois apresentou todos os anos da série valores positivos. No ano de 2009 ficou em 2,35, em 2010 com 1,79 no ano de 2011 em 2,46, no ano de 2012 em 2,94 e no ano de 2013 em 2,47. Os dados revelam uma boa situação de solvência, não havendo nenhum indicativo de que possa vir a falir se forem mantidas as taxas até aqui expostas.

116 Análise de indicadores de lucratividade Demonstra comparativamente, os indicadores econômicos que evidenciam a situação de desempenho econômico da empresa em cada ano Taxa de Margem de Lucro Bruto TMLB Como o nome já mostra, esse indicador mostra a margem de Lucro Operacional Bruto sobre a Receita Líquida da empresa. Quanto maior for esse índice, melhor é a situação de desempenho econômico da empresa. A TMLB é encontrada através da fórmula: Quadro 53 - Resumo das Taxas de Margem do Lucro Bruto TMLB ,45% 25,18% 22,73% 20,35% 24,02% Fonte - dados do quadro nº 5. Figura 46 - Resumo das Taxas de Margem de Lucro Bruto Fonte - elaborado pela autora com base nas demonstrações contábeis fornecidas pela empresa (2014).

117 117 O gráfico acima mostra quem em 2009 a TMLB foi de 15,45%, em 2010 passou para 25,18%, tendo uma pequena queda para 22,73% em 2011, em 2012 continuou caindo para 20,35%, já em 2013 elevou-se para 24,02%. A melhor Margem de Lucro Bruto ocorreu no ano de 2010, com 25,18%, ou seja, para cada 100,00 de Receita Operacional Líquida, sobrou R$ 25,18 de lucro operacional bruto para empresa naquele ano Taxas de Margem de Lucro Operacional Líquido e Margem do Lucro Líquido do Exercício. Este indicador demonstra a margem de lucro operacional líquido em que a empresa opera, ou seja, sua margem de lucro após a absorção das despesas e outras receitas operacionais da empresa. É encontrada através do Lucro Operacional Líquido dividido pela Receita Operacional Líquida. Já a Taxa de Margem do Lucro Líquido do Exercício evidencia a margem de lucro líquido final da empresa em relação à sua receita operacional líquida, ou seja, a margem que fica para os proprietários da empresa após serem somadas todas as receitas e compensados todos os custos e despesas da empresa. Quadro 54 - Resumo da Taxa de Margem de Lucro Operacional Líquido e Taxa de Margem do Lucro Líquido do Exercício (%) ,27 5,19 5,51 4,76 8,47 Fonte - dados do quadro nº 5.

118 118 Figura 47 - Resumo das Taxas de Margem do Lucro Operacional Líquido e de Margem do Lucro Líquido do Exercício. Fonte - elaborado pela autora com base nas demonstrações contábeis fornecidas pela empresa (2014). As Taxas de Margem do Lucro Operacional Líquido e do Lucro Líquido do Exercício, em 2009 representavam apenas 0,27%, aumentando para 5,19% em 2010, em 2011 gerou novamente aumento para 5,51%, caindo para 4,76% em 2012 e aumentando novamente para 8,47%, isso significa que a empresa encontra-se estável e em boa condições, pois, em nenhum dos períodos a empresa apresenta negatividade e sim, uma média de aumento em todos os anos Análise de indicadores de rentabilidade Estes indicadores visam mostrar a dimensão da remuneração, ou seja, mostram sua rentabilidade, através dos seguintes indicadores: Taxas de Rentabilidade do Capital Social, de Rentabilidade do Patrimônio Líquido, de Remuneração do Ativo Total e Taxa de Retorno do Investimento Operacional Taxa de Rentabilidade do Capital Social TRCS na empresa. Mostra de que forma a empresa remunera os investidores sobre o se capital aplicado Encontra-se a TRCS pela seguinte fórmula:

119 119 Quadro 55 - Resumo das Taxas de Remuneração do Capital Social TRCS ,78% 280,60% 349,75% 389,51% 804,29% Fonte - dados do quadro nº 4 e 5. Figura 48 - Taxa de Rentabilidade do Capital Social Fonte - elaborado pela autora com base nas demonstrações contábeis fornecidas pela empresa (2014). A Rentabilidade do Capital Social teve uma elevação ano após ano. Em 2009 com 12,78%, crescendo para 280,60% em 2010, para 349,75 em 2011, em 2012 representava 389,51% e em 2013 teve seu maior lucro em relação aos valores absolutos do capital social, com 804,29% Taxa de Rentabilidade do Patrimônio Líquido TRPL É o mesmo que dizer, ou exemplificar, a remuneração do capital próprio da empresa, capital social, reservas e lucros retidos, no período. Encontra-se a TRPL, com a seguinte fórmula:

120 120 Quadro 56 - Resumo das Taxas de Rentabilidade do Patrimônio Líquido TRPL ,69 17,89 18,24 23,05 29,56 Fonte - dados dos quadros nº 4 e 5. Figura 49 - Taxa de Rentabilidade do Patrimônio Líquido Fonte - elaborado pela autora com base nas demonstrações contábeis fornecidas pela empresa (2014). O Patrimônio Líquido da empresa é representado por 0,69%% em 2009, aumentando para 17,89% em 2010, em 2011 subiu para 18,24%, em 2012 e 2013 também houve aumento do PL, encerrando os anos da série com 29,56%. Observa-se que o ano em que houve uma melhor remuneração é o de 2013, com o seu melhor percentual Taxa de Remuneração do Ativo Total TRAT Evidencia o quanto a empresa conseguiu remunerar o seu ativo total, que são os meios utilizados para a obtenção dos resultados. O TRAT é encontrado através da fórmula:

121 121 Quadro 57 - Resumo das Taxas de Remuneração do Ativo Total TRAT ,80% 1075,13% 991,73% 995,29% 1553,54% Fonte - dados dos quadros nº 4 e 5. Figura 50 - Taxa de Remuneração do Ativo Total Fonte - elaborado pela autora com base nas demonstrações contábeis fornecidas pela empresa (2014). O gráfico acima mostra a boa situação que se encontra a empresa em relação ao crescimento de seus lucros sobre o Ativo Total. No ano de 2009 representava uma remuneração de 57,80%, aumentando significativamente para 1.075% no ano de 2010, tendo duas pequenas quedas em 2011 e 2012, baixando para 991,73% e 995,29%, respectivamente. Em 2013 aumentou novamente para 1553,54% Taxa de Retorno do Investimento Operacional TRIO Nesta análise verifica-se o tempo médio que o LOL levaria para resultar em um retorno de 100% do investimento operacional da empresa. O TRIO é encontrado através da fórmula seguinte:

122 122 Quadro 58 - Resumo de dados da Taxa de Retorno dos Investimentos Operacionais TRIO (%) ,58 14,15 13,05 13,26 22,03 Fonte - dados dos quadros nº 4 e 5. Figura 51- Taxa de Retorno do Investimento Operacional Fonte - elaborado pela autora com base nas demonstrações contábeis fornecidas pela empresa (2014). O gráfico anterior mostra que a melhor taxa de Retorno do Investimento Operacional é a do ano de 2013, com 22,03%, seguida do ano de 2010, com 14,15%, o ano de 2012 representa 13,26%, posteriormente vem o ano de 2011 com 13,05% e o ultimo ano em da série é de apenas 0,58%. Isso evidencia que a empresa está acompanhando e conseguindo controlar seus gastos e entradas adequadamente. Ao dividir o indicador 100, pela Taxa de Retorno do Investimento Operacional é encontrado o prazo médio que a empresa levaria para repor seus investimentos. Quadro 59 - Tempo médio de retorno dos investimentos operacionais ,01 7,07 7,66 7,54 4,54 Fonte - dados do quadro nº 4 e 5.

123 123 Figura 52 - Tempo médio de retorno do investimento Fonte - elaborado pela autora com base nas demonstrações contábeis fornecidas pela empresa (2014). O gráfico mostra que a empresa tem péssimas condições no ano de 2009, ou seja, levaria 173,01 anos para recuperar seu Ativo Operacional, já nos anos seguintes, em todos da série a empresa leva menos de 10 anos nessa recuperação, tempo esse permitido a se ter uma situação favorável financeiramente a favor da empresa Indicadores de atividade, giro ou ciclometria Estes índices são compostos do: Grau de Imobilização do Patrimônio Líquido, Exame de Rotação dos Estoques, Exame do Prazo Médio de Cobrança de Duplicatas e Exame do Prazo Médio de Pagamento de Duplicatas e procuram evidenciar detalhes de situações específicas de elementos patrimoniais que podem explicar alguns dos indicadores encontrados e analisados anteriormente, tanto da situação financeira como da situação econômica da empresa Grau de Imobilização do Patrimônio Líquido GIPL Este índice evidencia o quanto do Capital Próprio está comprometido com o Ativo Permanente da empresa, gerando um capital de giro próprio positivo ou negativo. O GIPL é encontrado por intermédio da seguinte fórmula:

124 124 Quadro 60 - Resumo do Grau de Imobilização do Patrimônio Líquido GIPL ,29% 81,04% 68,40% 76,12% 100,52% Fonte - dados do quadro nº 4. Figura 53 - Grau de Imobilização do Patrimônio Líquido Fonte - elaborado pela autora com base nas demonstrações contábeis fornecidas pela empresa (2014). O gráfico mostra que no ano de 2009 a empresa comprometia 71,29% do seu Ativo Permanente, passando para 81,04% em 2010, caindo para 64,40% em 2011, voltando a ter um aumento em 2012 para 76,12% e continuando a crescer em 2013 para 100,52%. Conclui-se então que o ano menos ruim para a empresa foi o ano de 2011, onde comprometeu menos do seu Ativo, mas mesmo assim essa porcentagem ainda é muito alta, pois compromete mais da metade de seus Ativos Exame de Rotação dos Estoques ERE

125 125 Quadro 61 - Resumo dos indicadores do Exame de Rotação dos Estoques (ERE) ,60 8,66 7,37 11,60 19,47 Fonte - dados do quadro nº 5. Figura 54 - Exame de Rotação dos Estoques em número de vezes Fonte - elaborado pela autora com base nas demonstrações contábeis fornecidas pela empresa (2014). Quadro 62 - Resumo do Exame de Rotação dos Estoques em Tempos ERE ,03 dias 42,15 dias 49,53 dias 31,47 dias 18,75 dias Fonte - dados do quadro nº 5. Figura 55 - Exame de Rotação dos Estoques em Número de Dias Fonte - elaborado pela autora com base nas demonstrações contábeis fornecidas pela empresa (2014).

CONTABILIDADE AVANÇADA CAPÍTULO 1: DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS

CONTABILIDADE AVANÇADA CAPÍTULO 1: DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS CONTABILIDADE AVANÇADA CAPÍTULO 1: DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS 1.1 - CONCEITO A Demonstração das Origens e Aplicações de recursos (DOAR) deixou de ser obrigatória por força da lei

Leia mais

INDICADORES FINANCEIROS NA TOMADA DE DECISÕES GERENCIAIS

INDICADORES FINANCEIROS NA TOMADA DE DECISÕES GERENCIAIS INDICADORES FINANCEIROS NA TOMADA DE DECISÕES GERENCIAIS ANA BEATRIZ DALRI BRIOSO¹, DAYANE GRAZIELE FANELLI¹, GRAZIELA BALDASSO¹, LAURIANE CARDOSO DA SILVA¹, JULIANO VARANDAS GROPPO². 1 Alunos do 8º semestre

Leia mais

1-DEMONSTRATIVOS CONTÁBEIS BÁSICOS 1.1 OBJETIVO E CONTEÚDO

1-DEMONSTRATIVOS CONTÁBEIS BÁSICOS 1.1 OBJETIVO E CONTEÚDO 2 -DEMONSTRATIVOS CONTÁBEIS BÁSICOS. OBJETIVO E CONTEÚDO Os objetivos da Análise das Demonstrações Contábeis podem ser variados. Cada grupo de usuários pode ter objetivos específicos para analisar as Demonstrações

Leia mais

Demonstrações Contábeis

Demonstrações Contábeis Demonstrações Contábeis Resumo Demonstrações contábeis são informações e dados que as empresas oferecem ao fim de cada exercício, com a finalidade de mostrar aos acionistas, ao governo e todos os interessados,

Leia mais

Conceito de Contabilidade

Conceito de Contabilidade !" $%&!" #$ "!%!!&$$!!' %$ $(%& )* &%""$!+,%!%!& $+,&$ $(%'!%!-'"&!%%.+,&(+&$ /&$/+0!!$ & "!%!!&$$!!' % $ $(% &!)#$ %1$%, $! "# # #$ &&$ &$ 0&$ 01% & $ #$ % & #$&&$&$&* % %"!+,$%2 %"!31$%"%1%%+3!' #$ "

Leia mais

GLOSSÁRIO DE TERMOS CONTÁBEIS

GLOSSÁRIO DE TERMOS CONTÁBEIS GLOSSÁRIO DE TERMOS CONTÁBEIS AMORTIZAÇÃO: Representa a conta que registra a diminuição do valor dos bens intangíveis registrados no ativo permanente, é a perda de valor de capital aplicado na aquisição

Leia mais

2ª edição Ampliada e Revisada. Capítulo 10 Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos

2ª edição Ampliada e Revisada. Capítulo 10 Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos 2ª edição Ampliada e Revisada Capítulo Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos Tópicos do Estudo Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (Doar). Uma primeira tentativa de estruturar

Leia mais

FTAD - Formação técnica em Administração de Empresas FTAD Contabilidade e Finanças. Prof. Moab Aurélio

FTAD - Formação técnica em Administração de Empresas FTAD Contabilidade e Finanças. Prof. Moab Aurélio FTAD - Formação técnica em Administração de Empresas FTAD Contabilidade e Finanças Prof. Moab Aurélio Competências a serem trabalhadas PLANEJAMENTO ORÇAMENTÁRIO GESTÃO FINANCEIRA CONTABILIDADE ACI : ESTUDO

Leia mais

Prof. Cleber Oliveira Gestão Financeira

Prof. Cleber Oliveira Gestão Financeira Aula 3 Gestão de capital de giro Introdução Entre as aplicações de fundos por uma empresa, uma parcela ponderável destina-se ao que, alternativamente, podemos chamar de ativos correntes, ativos circulantes,

Leia mais

Princípios de Finanças

Princípios de Finanças Princípios de Finanças Apostila 02 A função da Administração Financeira Professora: Djessica Karoline Matte 1 SUMÁRIO A função da Administração Financeira... 3 1. A Administração Financeira... 3 2. A função

Leia mais

Prefácio à 3ª edição, xiii Apresentação, xv. Parte I - Introdução, 1

Prefácio à 3ª edição, xiii Apresentação, xv. Parte I - Introdução, 1 Prefácio à 3ª edição, xiii Apresentação, xv Parte I - Introdução, 1 1 Conceitos Introdutórios, 3 1.1 Conceitos, 3 1.2 Objetivos da Análise das Demonstrações Contábeis, 5 1.3 Usuários da Análise das Demonstrações

Leia mais

CONTABILIDADE SOCIETÁRIA AVANÇADA Revisão Geral BR-GAAP. PROF. Ms. EDUARDO RAMOS. Mestre em Ciências Contábeis FAF/UERJ SUMÁRIO

CONTABILIDADE SOCIETÁRIA AVANÇADA Revisão Geral BR-GAAP. PROF. Ms. EDUARDO RAMOS. Mestre em Ciências Contábeis FAF/UERJ SUMÁRIO CONTABILIDADE SOCIETÁRIA AVANÇADA Revisão Geral BR-GAAP PROF. Ms. EDUARDO RAMOS Mestre em Ciências Contábeis FAF/UERJ SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 2. PRINCÍPIOS CONTÁBEIS E ESTRUTURA CONCEITUAL 3. O CICLO CONTÁBIL

Leia mais

1 - Por que a empresa precisa organizar e manter sua contabilidade?

1 - Por que a empresa precisa organizar e manter sua contabilidade? Nas atividades empresariais, a área financeira assume, a cada dia, funções mais amplas de coordenação entre o operacional e as expectativas dos acionistas na busca de resultados com os menores riscos.

Leia mais

APOSTILA DE AVALIAÇÃO DE EMPRESAS POR ÍNDICES PADRONIZADOS

APOSTILA DE AVALIAÇÃO DE EMPRESAS POR ÍNDICES PADRONIZADOS UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA ESCOLA SUPERIOR DE ADMINISTRAÇÃO E GERÊNCIA DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS PROGRAMA DE EXTENSÃO: CENTRO DE DESENVOLVIMENTO EM FINANÇAS PROJETO: CENTRO DE CAPACITAÇÃO

Leia mais

ANÁLISE DE BALANÇO DAS SEGURADORAS. Contabilidade Atuarial 6º Período Curso de Ciências Contábeis

ANÁLISE DE BALANÇO DAS SEGURADORAS. Contabilidade Atuarial 6º Período Curso de Ciências Contábeis ANÁLISE DE BALANÇO DAS SEGURADORAS Contabilidade Atuarial 6º Período Curso de Ciências Contábeis Introdução As empresas de seguros são estruturas que apresentam características próprias. Podem se revestir

Leia mais

Contabilidade Básica

Contabilidade Básica Contabilidade Básica 2. Por Humberto Lucena 2.1 Conceito O Patrimônio, sendo o objeto da Contabilidade, define-se como o conjunto formado pelos bens, pelos direitos e pelas obrigações pertencentes a uma

Leia mais

PÓS GRADUAÇÃO DIRETO EMPRESARIAL FUNDAMENTOS DE CONTABILIDADE E LIVROS EMPRESARIAS PROF. SIMONE TAFFAREL FERREIRA

PÓS GRADUAÇÃO DIRETO EMPRESARIAL FUNDAMENTOS DE CONTABILIDADE E LIVROS EMPRESARIAS PROF. SIMONE TAFFAREL FERREIRA PÓS GRADUAÇÃO DIRETO EMPRESARIAL FUNDAMENTOS DE CONTABILIDADE E LIVROS EMPRESARIAS PROF. SIMONE TAFFAREL FERREIRA DISTRIBUIÇÃO DA APRESENTAÇÃO - Aspectos Conceituais - Definições Teóricas e Acadêmicas

Leia mais

CRITÉRIOS / Indicadores

CRITÉRIOS / Indicadores CRITÉRIOS / Indicadores A lista de conceitos desta MELHORES E MAIORES Os valores usados nesta edição são expressos em reais de dezembro de 2014. A conversão para dólares foi feita, excepcionalmente, com

Leia mais

No concurso de São Paulo, o assunto aparece no item 27 do programa de Contabilidade:

No concurso de São Paulo, o assunto aparece no item 27 do programa de Contabilidade: Olá, pessoal! Como já devem ter visto, dois bons concursos estão na praça: Fiscal do ISS de São Paulo e Auditor Fiscal do Ceará. As bancas são, respectivamente, a Fundação Carlos Chagas (FCC) e a Escola

Leia mais

"Gestão Contábil para micro e. pequenas empresas: tomada

Gestão Contábil para micro e. pequenas empresas: tomada "Gestão Contábil para micro e pequenas empresas: tomada de decisão Julio Cesar. Pergunta: - O que é importante na tomada de decisão. O que devemos saber para decidir algo?? Algumas INFORMAÇÕES acerca do

Leia mais

DOAR DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS UMA REVISÃO DOS CONCEITOS MAIO / 2007. Autor - Manoel Moraes Jr

DOAR DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS UMA REVISÃO DOS CONCEITOS MAIO / 2007. Autor - Manoel Moraes Jr DOAR DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS UMA REVISÃO DOS CONCEITOS MAIO / 2007 Autor - Manoel Moraes Jr OBJETIVOS DA DOAR Apresentar de forma ordenada e sumariada as informações relativas

Leia mais

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA (DFC)

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA (DFC) 1 de 5 31/01/2015 14:52 DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA (DFC) A Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) passou a ser um relatório obrigatório pela contabilidade para todas as sociedades de capital aberto

Leia mais

Aula 5 Contextualização

Aula 5 Contextualização Gestão Financeira Aula 5 Contextualização Prof. Esp. Roger Luciano Francisco Demonstrativos Contábeis e Análise Financeira Contabilidade é uma ciência aplicada que, por intermédio de uma metodologia específica,

Leia mais

Unidade IV. A necessidade de capital de giro é a chave para a administração financeira de uma empresa (Matarazzo, 2008).

Unidade IV. A necessidade de capital de giro é a chave para a administração financeira de uma empresa (Matarazzo, 2008). AVALIAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Unidade IV 7 ANÁLISE DO CAPITAL DE GIRO A necessidade de capital de giro é a chave para a administração financeira de uma empresa (Matarazzo, 2008). A administração

Leia mais

BALANÇO PATRIMONIAL / composição 1

BALANÇO PATRIMONIAL / composição 1 BALANÇO PATRIMONIAL / composição 1 ATIVO CIRCULANTE Compreende contas que estão constantemente em giro, sua conversão em moeda corrente ocorrerá, no máximo, até o próximo exercício social. As contas devem

Leia mais

ANÁLISE DE BALANÇOS MÓDULO 1

ANÁLISE DE BALANÇOS MÓDULO 1 ANÁLISE DE BALANÇOS MÓDULO 1 Índice Análise Vertical e Análise Horizontal...3 1. Introdução...3 2. Objetivos e técnicas de análise...4 3. Análise vertical...7 3.1 Cálculos da análise vertical do balanço

Leia mais

2ª edição Ampliada e Revisada. Capítulo 9 Mutações do Patrimônio Líquido

2ª edição Ampliada e Revisada. Capítulo 9 Mutações do Patrimônio Líquido 2ª edição Ampliada e Revisada Capítulo Mutações do Patrimônio Líquido Tópicos do Estudo Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados nos moldes da Lei das

Leia mais

Ciclo Operacional. Venda

Ciclo Operacional. Venda Sumário 1 Introdução... 1 2 Dinâmica dos Fluxos de Caixa... 2 3 Capital Circulante Líquido (CCL) e Conceitos Correlatos... 4 4 Necessidade de capital de giro (NCG)... 6 5 Saldo em Tesouraria (ST)... 9

Leia mais

REDE DE ENSINO LFG AGENTE E ESCRIVÃO PF Disciplina: Noções de Contabilidade Prof. Adelino Correia Aula nº09. Demonstração de Fluxo de Caixa

REDE DE ENSINO LFG AGENTE E ESCRIVÃO PF Disciplina: Noções de Contabilidade Prof. Adelino Correia Aula nº09. Demonstração de Fluxo de Caixa REDE DE ENSINO LFG AGENTE E ESCRIVÃO PF Disciplina: Noções de Contabilidade Prof. Adelino Correia Aula nº09 Demonstração de Fluxo de Caixa Demonstração de Fluxo de Caixa A partir de 28.12.2007 com a publicação

Leia mais

ANALISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS. Prof. Mário Leitão

ANALISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS. Prof. Mário Leitão ANALISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Prof. Mário Leitão Estrutura das Demonstrações Financeiras A análise das demonstrações financeiras exige conhecimento do que representa cada conta que nela figura. Há

Leia mais

ANÁLISE ECONÔMICO FINANCEIRA DA EMPRESA BOMBRIL S.A.

ANÁLISE ECONÔMICO FINANCEIRA DA EMPRESA BOMBRIL S.A. Universidade Federal do Pará Centro: Sócio Econômico Curso: Ciências Contábeis Disciplina: Análise de Demonstrativos Contábeis II Professor: Héber Lavor Moreira Aluno: Roberto Lima Matrícula:05010001601

Leia mais

Resumo Aula-tema 04: Dinâmica Funcional

Resumo Aula-tema 04: Dinâmica Funcional Resumo Aula-tema 04: Dinâmica Funcional O tamanho que a micro ou pequena empresa assumirá, dentro, é claro, dos limites legais de faturamento estipulados pela legislação para um ME ou EPP, dependerá do

Leia mais

A CONTABILIDADE E SUA IMPORTÂNCIA PARA UM GRUPO DE EMPRESAS COMERCIAIS 1

A CONTABILIDADE E SUA IMPORTÂNCIA PARA UM GRUPO DE EMPRESAS COMERCIAIS 1 A CONTABILIDADE E SUA IMPORTÂNCIA PARA UM GRUPO DE EMPRESAS COMERCIAIS 1 SILVA, Cleusa Pereira da 2 ; FELICE, Luciana Maria Vizzotto 4 ; LORENZETT, Daniel Benitti 3 ; VIERO, Claudinei 4 1 Trabalho de Pesquisa

Leia mais

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS Com relação a conceitos, objetivos e finalidades da contabilidade, julgue os itens que se seguem. 51 Auxiliar um governo no processo de fiscalização tributária é uma das finalidades

Leia mais

INSTRUMENTO DE APOIO GERENCIAL

INSTRUMENTO DE APOIO GERENCIAL INSTRUMENTO DE APOIO GERENCIAL 0401 01 IDENTIFICAÇÃO Título: CONTABILIDADE E EFICIÊNCIA NA ADMINISTRAÇÃO DO NEGÓCIO Atributo: ADMINISTRAÇÃO EFICIENTE Processo: ACOMPANHAMENTO CONTÁBIL O QUE É : Este é

Leia mais

FAPAN Faculdade de Agronegócio de Paraíso do Norte

FAPAN Faculdade de Agronegócio de Paraíso do Norte DLPA DEMONSTRAÇÃO DE LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS A DLPA expõe as variações ocorridas, durante o exercício, na conta Lucros ou Prejuízos Acumulados. Ela pode ser incluída na DMPL Demonstração das Mutações

Leia mais

UM CONCEITO FUNDAMENTAL: PATRIMÔNIO LÍQUIDO FINANCEIRO. Prof. Alvaro Guimarães de Oliveira Rio, 07/09/2014.

UM CONCEITO FUNDAMENTAL: PATRIMÔNIO LÍQUIDO FINANCEIRO. Prof. Alvaro Guimarães de Oliveira Rio, 07/09/2014. UM CONCEITO FUNDAMENTAL: PATRIMÔNIO LÍQUIDO FINANCEIRO Prof. Alvaro Guimarães de Oliveira Rio, 07/09/2014. Tanto as pessoas físicas quanto as jurídicas têm patrimônio, que nada mais é do que o conjunto

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA 553 A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA Irene Caires da Silva 1, Tamires Fernanda Costa de Jesus, Tiago Pinheiro 1 Docente da Universidade do Oeste Paulista UNOESTE. 2 Discente

Leia mais

Prefácio, xvii. Parte I Ambiente da Análise Financeira, 1

Prefácio, xvii. Parte I Ambiente da Análise Financeira, 1 Prefácio, xvii Parte I Ambiente da Análise Financeira, 1 1 Amplitude da análise financeira, 3 1.1 Visão estratégica da empresa, 3 1.2 Que é análise financeira de empresas, 6 1.3 Análise financeira e áreas

Leia mais

2ª edição Ampliada e Revisada. Capítulo 5 Balanço Patrimonial

2ª edição Ampliada e Revisada. Capítulo 5 Balanço Patrimonial 2ª edição Ampliada e Revisada Capítulo Balanço Patrimonial Tópicos do Estudo Introdução Representação gráfica. Ativo. Passivo. Patrimônio Líquido. Outros acréscimos ao Patrimônio Líquido (PL) As obrigações

Leia mais

Auditor Federal de Controle Externo/TCU - 2015

Auditor Federal de Controle Externo/TCU - 2015 - 2015 Prova de Análise das Demonstrações Comentada Pessoal, a seguir comentamos as questões de Análise das Demonstrações Contábeis aplicada na prova do TCU para Auditor de Controle Externo (2015). Foi

Leia mais

2ª edição Ampliada e Revisada. Capítulo 4 Demonstrações Financeiras

2ª edição Ampliada e Revisada. Capítulo 4 Demonstrações Financeiras 2ª edição Ampliada e Revisada Capítulo Demonstrações Financeiras Tópicos do Estudo Demonstrações Financeiras ou Relatórios Contábeis Demonstrações Financeiras e a Lei das Sociedades Anônimas Objetivos

Leia mais

Prof. Cleber Oliveira Gestão Financeira

Prof. Cleber Oliveira Gestão Financeira Aula 2 Gestão de Fluxo de Caixa Introdução Ao estudarmos este capítulo, teremos que nos transportar aos conceitos de contabilidade geral sobre as principais contas contábeis, tais como: contas do ativo

Leia mais

Marketing Prof. Sidney Leone. Hoje Você Aprenderá: Ferramentas. Gestão Financeira: Planejamento Financeiro

Marketing Prof. Sidney Leone. Hoje Você Aprenderá: Ferramentas. Gestão Financeira: Planejamento Financeiro Marketing Prof. Sidney Leone Gestão Financeira: Planejamento Financeiro Hoje Você Aprenderá: Demonstrativos financeiros da empresa (Balanço Patrimonial, DRE, DMPL etc...) Análise econômicofinanceira.(fluxo

Leia mais

PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE A CONTABILIDADE PÚBLICA E A CONTABILIDADE GERAL

PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE A CONTABILIDADE PÚBLICA E A CONTABILIDADE GERAL PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE A CONTABILIDADE PÚBLICA E A CONTABILIDADE GERAL Aspectos Contabilidade Pública Contabilidade Geral Legislação Lei nº 4.320/64 Lei nº 6.404/76 Princípios PFC e Princípios PFC

Leia mais

OBRIGATORIEDADE DA EVIDENCIAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

OBRIGATORIEDADE DA EVIDENCIAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS OBRIGATORIEDADE DA EVIDENCIAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Marivane Orsolin 1 ; Marlene Fiorentin 2 ; Odir Luiz Fank Palavras-chave: Lei nº 11.638/2007. Balanço patrimonial. Demonstração do resultado

Leia mais

AS INFORMAÇÕES CONTÁBEIS REFERENTES AOS INDICADORES ECONÔMICO- FINANCEIROS: IMPORTANTE CONHECIMENTO NAS TOMADAS DE DECISÕES.

AS INFORMAÇÕES CONTÁBEIS REFERENTES AOS INDICADORES ECONÔMICO- FINANCEIROS: IMPORTANTE CONHECIMENTO NAS TOMADAS DE DECISÕES. UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ UFPA INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS FACULDADE DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS AS INFORMAÇÕES CONTÁBEIS REFERENTES AOS INDICADORES ECONÔMICO- FINANCEIROS: IMPORTANTE CONHECIMENTO

Leia mais

Demonstrações Contábeis

Demonstrações Contábeis Demonstrações Contábeis 12.1. Introdução O artigo 176 da Lei nº 6.404/1976 estabelece que, ao fim de cada exercício social, a diretoria da empresa deve elaborar, com base na escrituração mercantil, as

Leia mais

RESOLUÇÃO CFC Nº. 1.265/09. O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais,

RESOLUÇÃO CFC Nº. 1.265/09. O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais, NOTA - A Resolução CFC n.º 1.329/11 alterou a sigla e a numeração desta Interpretação de IT 12 para ITG 12 e de outras normas citadas: de NBC T 19.1 para NBC TG 27; de NBC T 19.7 para NBC TG 25; de NBC

Leia mais

O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais,

O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais, RESOLUÇÃO CFC Nº. 1.137/08 Aprova a NBC T 16.10 Avaliação e Mensuração de Ativos e Passivos em Entidades do Setor Público. O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e

Leia mais

Faculdades Integradas Teresa D Ávila

Faculdades Integradas Teresa D Ávila Faculdades Integradas Teresa D Ávila CURSO DE ADMINISTRAÇÃO Reconhecido pela Portaria Ministerial nº. 4.571 de 28/12/05 e publicado no DOU em 29/12/05. Componente Curricular: Administração Financeira de

Leia mais

1 Apresentação do problema

1 Apresentação do problema 1 APRESENTAÇÃO DO PROBLEMA...1 1.1 CONCEITOS INICIAIS CCL E DOAR...1 1.2 ANÁLISE DO SIGNIFICADO DOS ITENS DA DOAR...2 2 DESENVOLVIMENTO DO TEMA...4 2.1 PREMISSA INICIAL EFEITO DAS RECEITAS E DESPESAS NO

Leia mais

4 Fatos Contábeis que Afetam a Situação Líquida: Receitas, Custos, Despesas, Encargos, Perdas e Provisões, 66

4 Fatos Contábeis que Afetam a Situação Líquida: Receitas, Custos, Despesas, Encargos, Perdas e Provisões, 66 Apresentação Parte I - CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE CONTABILIDADE, 1 1 Introdução ao Estudo da Ciência Contábil, 3 1 Conceito, 3 2 Objeto, 3 3 Finalidade, 4 4 Técnicas contábeis, 4 5 Campo de aplicação, 5

Leia mais

Aula 2 Contextualização

Aula 2 Contextualização Planejamento Financeiro Aula 2 Contextualização Profa. Claudia Abramczuk Definição da quantidade de capital para investimento Movimentações financeiras constituem o patrimônio da empresa O bom planejamento

Leia mais

Princípios Fundamentais Contabilidade

Princípios Fundamentais Contabilidade Princípios Fundamentais Contabilidade 1 Princípios Contábeis. Resolução CFC 750 de 29 de dezembro de 1993. Art. 3 São Princípios de Contabilidade:(2) I o da ENTIDADE; II o da CONTINUIDADE; III o da OPORTUNIDADE;

Leia mais

COMO ANALISAR E TOMAR DECISÕES ESTRATÉGICAS COM BASE NA ALAVANCAGEM FINANCEIRA E OPERACIONAL DAS EMPRESAS

COMO ANALISAR E TOMAR DECISÕES ESTRATÉGICAS COM BASE NA ALAVANCAGEM FINANCEIRA E OPERACIONAL DAS EMPRESAS COMO ANALISAR E TOMAR DECISÕES ESTRATÉGICAS COM BASE NA ALAVANCAGEM FINANCEIRA E OPERACIONAL DAS EMPRESAS! O que é alavacagem?! Qual a diferença entre a alavancagem financeira e operacional?! É possível

Leia mais

Vamos, então, à nossa aula de hoje! Demonstração de Fluxo de Caixa (2.ª parte) Método Indireto

Vamos, então, à nossa aula de hoje! Demonstração de Fluxo de Caixa (2.ª parte) Método Indireto Olá, pessoal! Aqui estou eu de novo, para continuar o assunto da aula passada: Fluxo de Caixa e Demonstração do Fluxo de Caixa. Assunto da maior importância, que está sendo cobrado nos atuais concursos

Leia mais

Objetivos 29/09/2010 BIBLIOGRAFIA. Administração Financeira I UFRN 2010.2 Prof. Gabriel Martins de Araújo Filho. Tópicos BALANÇO DE TAMANHO COMUM

Objetivos 29/09/2010 BIBLIOGRAFIA. Administração Financeira I UFRN 2010.2 Prof. Gabriel Martins de Araújo Filho. Tópicos BALANÇO DE TAMANHO COMUM Objetivos Administração Financeira I UFRN 2010.2 Prof. Gabriel Martins de Araújo Filho A EMPRESA NO MODELO DO BALANÇO PATRIMONIAL: análise das demonstrações financeiras Compreender a importância da padronização

Leia mais

Prezado(a) Concurseiro(a),

Prezado(a) Concurseiro(a), Prezado(a) Concurseiro(a), A prova do TCM/RJ foi realizada no último final de semana e vou aproveitar para resolver as questões de Contabilidade Geral de forma simplificada e objetiva (nos cursos online,

Leia mais

ATIVO Explicativa 2012 2011 PASSIVO Explicativa 2012 2011

ATIVO Explicativa 2012 2011 PASSIVO Explicativa 2012 2011 ASSOCIAÇÃO DIREITOS HUMANOS EM REDE QUADRO I - BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO (Em reais) Nota Nota ATIVO Explicativa PASSIVO Explicativa CIRCULANTE CIRCULANTE Caixa e equivalentes de caixa 4 3.363.799

Leia mais

ANÁLISE E APLICAÇÃO DOS ÍNDICES DE LIQUIDEZ APLICADOS AS EMPRESAS EM GERAL COM BASE EM SEUS EMONSTRATIVOS CONTÁBEIS

ANÁLISE E APLICAÇÃO DOS ÍNDICES DE LIQUIDEZ APLICADOS AS EMPRESAS EM GERAL COM BASE EM SEUS EMONSTRATIVOS CONTÁBEIS ANÁLISE E APLICAÇÃO DOS ÍNDICES DE LIQUIDEZ APLICADOS AS EMPRESAS EM GERAL COM BASE EM SEUS EMONSTRATIVOS CONTÁBEIS PAULO NAZARENO CARDOSO DA SILVA GRADUANDO DO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS UNIVERSIDADE

Leia mais

mhtml:file://c:\documents and Settings\6009\Meus documentos\glossário DE T...

mhtml:file://c:\documents and Settings\6009\Meus documentos\glossário DE T... Page 1 of 6 Portal de Obras Legislação Guias e Cursos Downloads GLOSSÁRIO DE TERMOS CONTÁBEIS Compilado pela Equipe do Portal de Contabilidade AMORTIZAÇÃO: Representa a conta que registra a diminuição

Leia mais

CONTABILIDADE GERAL E GERENCIAL

CONTABILIDADE GERAL E GERENCIAL CONTABILIDADE GERAL E GERENCIAL AULA 06: ANÁLISE E CONTROLE ECONÔMICO- FINANCEIRO TÓPICO 01: ANÁLISE POR ÍNDICES Fonte (HTTP://WWW.FEJAL.BR/IMAGES/CURS OS/CIENCIASCONTABEIS.JPG) ANÁLISE POR INTERMÉDIO

Leia mais

Teste de recuperabilidade Impairment test

Teste de recuperabilidade Impairment test 1 Teste de recuperabilidade Impairment test A informação tem sido considerada o principal insumo para a obtenção de um conhecimento maior acerca das decisões que devem ser tomadas no âmbito das organizações.

Leia mais

NBC TSP 10 - Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Inflacionária

NBC TSP 10 - Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Inflacionária NBC TSP 10 - Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Inflacionária Alcance 1. Uma entidade que prepara e apresenta Demonstrações Contábeis sob o regime de competência deve aplicar esta Norma

Leia mais

Unidade II CONTABILIDADE. Prof. Jean Cavaleiro

Unidade II CONTABILIDADE. Prof. Jean Cavaleiro Unidade II CONTABILIDADE Prof. Jean Cavaleiro Objetivo Conhecer a estrutura do balanço patrimonial: ativo; passivo. Conhecer a estrutura do DRE. Conhecer a estrutura do DFC: direto; indireto. Balanço patrimonial

Leia mais

Graficamente, o Balanço Patrimonial se apresenta assim: ATIVO. - Realizável a Longo prazo - Investimento - Imobilizado - Intangível

Graficamente, o Balanço Patrimonial se apresenta assim: ATIVO. - Realizável a Longo prazo - Investimento - Imobilizado - Intangível CONTABILIDADE GERAL E GERENCIAL AULA 03: ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS TÓPICO 02: BALANÇO PATRIMONIAL. É a apresentação padronizada dos saldos de todas as contas patrimoniais, ou seja, as que representam

Leia mais

Nota Técnica n. 001/2015/GECOG Vitória, 13 de janeiro de 2015. Registro de Passivos sem Suporte Orçamentário.

Nota Técnica n. 001/2015/GECOG Vitória, 13 de janeiro de 2015. Registro de Passivos sem Suporte Orçamentário. Técnica n. 001/2015/GECOG Vitória, 13 de janeiro de 2015. Assunto: Registro de Passivos sem Suporte Orçamentário. 1 Trata-se de orientação acerca do reconhecimento contábil de obrigações sem suporte orçamentário

Leia mais

ANÁLISE DE INDICADORES ECONÔMICO-FINANCEIROS PARA FINS DE TOMADA DE DECISÕES: UM ESTUDO DE CASO NA EMPRESA NATURA COSMÉTICOS S/A

ANÁLISE DE INDICADORES ECONÔMICO-FINANCEIROS PARA FINS DE TOMADA DE DECISÕES: UM ESTUDO DE CASO NA EMPRESA NATURA COSMÉTICOS S/A ANÁLISE DE INDICADORES ECONÔMICO-FINANCEIROS PARA FINS DE TOMADA DE DECISÕES: UM ESTUDO DE CASO NA EMPRESA NATURA COSMÉTICOS S/A José Jonas Alves Correia 4, Jucilene da Silva Ferreira¹, Cícera Edna da

Leia mais

Para poder concluir que chegamos a: a) registrar os eventos; b) controlar o patrimônio; e c) gerar demonstrações

Para poder concluir que chegamos a: a) registrar os eventos; b) controlar o patrimônio; e c) gerar demonstrações Contabilidade: é objetivamente um sistema de informação e avaliação, destinado a prover seus usuários com demonstrações e análise de natureza econômica financeira. tratar as informações de natureza repetitiva

Leia mais

DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO - DVA

DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO - DVA DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO - DVA Sumário 1. Considerações Iniciais 2. Estrutura da Demonstração do Valor Adicionado 2.1 - Grupo de Receita Bruta - Outras Receitas 2.2 - Grupo de Insumos Adquiridos

Leia mais

Análise das Demonstrações Financeiras

Análise das Demonstrações Financeiras UNIPAC UNIVERSIDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS, LETRAS E SAÚDE DE UBERLÂNDIA. Rua: Barão de Camargo, nº. 695 Centro Uberlândia/MG. Telefax: (34) 3223-2100 Análise das Demonstrações

Leia mais

O que é Patrimônio? O PATRIMÔNIO: CONCEITOS E INTERPRETAÇÕES 14/08/2015 O PATRIMÔNIO

O que é Patrimônio? O PATRIMÔNIO: CONCEITOS E INTERPRETAÇÕES 14/08/2015 O PATRIMÔNIO O PATRIMÔNIO: CONCEITOS E INTERPRETAÇÕES Danillo Tourinho Sancho da Silva, MSc O que é Patrimônio? O PATRIMÔNIO Patrimônio é o conjunto de posses, a riqueza de uma pessoa, quer seja ela física ou jurídica,

Leia mais

2.1 Estrutura Conceitual e Pronunciamento Técnico CPC n 26

2.1 Estrutura Conceitual e Pronunciamento Técnico CPC n 26 Sumário 1 Introdução... 1 2 Definição do grupo patrimonial... 1 2.1 Estrutura Conceitual e Pronunciamento Técnico CPC n 26... 1 2.2 Lei das S/A... 4 3 Plano de Contas Proposto contas patrimoniais para

Leia mais

Professor conteudista: Hildebrando Oliveira

Professor conteudista: Hildebrando Oliveira Contabilidade Professor conteudista: Hildebrando Oliveira Sumário CONTABILIDADE Unidade I 1 CONCEITO DE CONTABILIDADE...1 2 OBJETO DA CONTABILIDADE...2 3 O BALANÇO PATRIMONIAL...3 4 A CONTA...4 O RESULTADO...6

Leia mais

ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS. Aula 12- Unidade III. Análise avançada das demonstrações contábeis. Prof.: Marcelo Valverde

ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS. Aula 12- Unidade III. Análise avançada das demonstrações contábeis. Prof.: Marcelo Valverde ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Aula 12- Unidade III. Análise avançada das demonstrações contábeis Prof.: Marcelo Valverde Unidade III. Análise avançada das demonstrações contábeis 3.1 Análise do

Leia mais

CURSO DE CONTABILIDADE INTRODUTÓRIA

CURSO DE CONTABILIDADE INTRODUTÓRIA www.editoraferreira.com.br CURSO DE CONTABILIDADE INTRODUTÓRIA Professor Humberto Fernandes de Lucena 6.1. Balanço Patrimonial Desde o início de nosso curso, vimos tratando sobre Balanço Patrimonial apenas

Leia mais

FANOR. MBA Internacional - Finanças. DISCIPLINA: Análise Financeira Estratégica. PROFESSOR: José Moraes Feitosa (Neto)

FANOR. MBA Internacional - Finanças. DISCIPLINA: Análise Financeira Estratégica. PROFESSOR: José Moraes Feitosa (Neto) Bibliografia Básica: FANOR MBA Internacional - Finanças DISCIPLINA: Análise Financeira Estratégica PROFESSOR: José Moraes Feitosa (Neto) CONTATOS: www.netofeitosa.com.br contato@netofeitosa.com.br (85)

Leia mais

UNIDADE I INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DO CAPITAL DE GIRO 1.1 NATUREZA E DEFINIÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO DO CAPITAL DE GIRO

UNIDADE I INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DO CAPITAL DE GIRO 1.1 NATUREZA E DEFINIÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO DO CAPITAL DE GIRO Resumo: UNIDADE I INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DO CAPITAL DE GIRO 1.1 NATUREZA E DEFINIÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO DO CAPITAL DE GIRO Capital de giro refere-se aos recursos correntes (curto prazo) da empresa,

Leia mais

AULA 04 EXERCÍCIO 06 - ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS (FINANCEIRAS ):

AULA 04 EXERCÍCIO 06 - ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS (FINANCEIRAS ): Contabilidade Gerencial e Controladoria Prof. Oscar Scherer Dia 23/03/2012. AULA 04 EXERCÍCIO 06 - ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS (FINANCEIRAS ): Parte importante da administração financeira, devendo

Leia mais

DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO

DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO Olá, pessoal! Hoje trago uma aula sobre a Demonstração do Valor Adicionado DVA, que foi recentemente tornada obrigatória para as companhias abertas pela Lei 11.638/07, que incluiu o inciso V ao art. 176

Leia mais

Contabilidade no Setor Público para Concursos: Aula 01. Princípios de Contabilidade sob Perspectiva do Setor Público

Contabilidade no Setor Público para Concursos: Aula 01. Princípios de Contabilidade sob Perspectiva do Setor Público Contabilidade no Setor Público para Concursos: Aula 01 Princípios de Contabilidade sob Perspectiva do Setor Público Princípios de contabilidade: Entidade Continuidade Oportunidade Registro pelo valor original

Leia mais

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS»CONTABILIDADE «

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS»CONTABILIDADE « CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS»CONTABILIDADE «21. A respeito das funções da Contabilidade, tem-se a administrativa e a econômica. Qual das alternativas abaixo apresenta uma função econômica? a) Evitar erros

Leia mais

IFRS EM DEBATE: Aspectos gerais do CPC da Pequena e Média Empresa

IFRS EM DEBATE: Aspectos gerais do CPC da Pequena e Média Empresa IFRS EM DEBATE: Aspectos gerais do CPC da Pequena e Média Empresa outubro/2010 1 SIMPLIFICAÇÃO DOS PRONUNCIAMENTOS: Pronunciamento CPC PME - Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas (225 páginas)

Leia mais

APURAÇÃO DO RESULTADO (1)

APURAÇÃO DO RESULTADO (1) APURAÇÃO DO RESULTADO (1) Isnard Martins - UNESA Rodrigo de Souza Freitas http://www.juliobattisti.com.br/tutoriais/rodrigosfreitas/conhecendocontabilidade012.asp 1 Apuração do Resultado A maioria das

Leia mais

O Plano Financeiro no Plano de Negócios Fabiano Marques

O Plano Financeiro no Plano de Negócios Fabiano Marques O Plano Financeiro no Plano de Negócios Fabiano Marques Seguindo a estrutura proposta em Dornelas (2005), apresentada a seguir, podemos montar um plano de negócios de forma eficaz. É importante frisar

Leia mais

Unidade II ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

Unidade II ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Unidade II DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA (DFC) 3 INTRODUÇÃO 1 2 A demonstração dos fluxos de caixa (DFC), a partir de 01/01/08, passou a ser uma demonstração obrigatória, conforme estabeleceu a lei

Leia mais

Contabilidade Avançada Fluxos de Caixa DFC

Contabilidade Avançada Fluxos de Caixa DFC Contabilidade Avançada Demonstração dos Fluxos de Caixa DFC Prof. Dr. Adriano Rodrigues Normas Contábeis: No IASB: IAS 7 Cash Flow Statements No CPC: CPC 03 (R2) Demonstração dos Fluxos de Caixa Fundamentação

Leia mais

MBA EM GESTÃO FINANCEIRA: CONTROLADORIA E AUDITORIA Curso de Especialização Pós-Graduação lato sensu

MBA EM GESTÃO FINANCEIRA: CONTROLADORIA E AUDITORIA Curso de Especialização Pós-Graduação lato sensu MBA EM GESTÃO FINANCEIRA: CONTROLADORIA E AUDITORIA Curso de Especialização Pós-Graduação lato sensu Coordenação Acadêmica: Prof. José Carlos Abreu, Dr. 1 OBJETIVO: Objetivos Gerais: Atualizar e aprofundar

Leia mais

Módulo Contábil e Fiscal

Módulo Contábil e Fiscal Módulo Contábil e Fiscal Contabilidade Objetivo O objetivo deste artigo é dar uma visão geral sobre o Módulo Contábil e Fiscal Contabilidade. Todas informações aqui disponibilizadas foram retiradas no

Leia mais

PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE

PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE 1. Introdução No dia 28 de maio de 2010 houve uma atualização na Resolução CFC 750/93 para a Resolução CFC 1282/10, com o intuito de assegurar a aplicação correta das normas

Leia mais

Curso Extensivo de Contabilidade Geral

Curso Extensivo de Contabilidade Geral Curso Extensivo de Contabilidade Geral Adelino Correia 4ª Edição Enfoque claro, didático e objetivo Atualizado de acordo com a Lei 11638/07 Inúmeros exercícios de concursos anteriores com gabarito Inclui

Leia mais

CAPITAL DE GIRO: ESSÊNCIA DA VIDA EMPRESARIAL

CAPITAL DE GIRO: ESSÊNCIA DA VIDA EMPRESARIAL CAPITAL DE GIRO: ESSÊNCIA DA VIDA EMPRESARIAL Renara Tavares da Silva* RESUMO: Trata-se de maneira ampla da vitalidade da empresa fazer referência ao Capital de Giro, pois é através deste que a mesma pode

Leia mais

AUTOR(ES): ARIANE BUENO DOS SANTOS, ANA PAULA CILOTTI, CLARISSA REIS SILVA

AUTOR(ES): ARIANE BUENO DOS SANTOS, ANA PAULA CILOTTI, CLARISSA REIS SILVA TÍTULO: MODELOS DE QUALIDADE DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL. CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS SUBÁREA: INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE JAGUARIÚNA AUTOR(ES): ARIANE BUENO DOS SANTOS, ANA PAULA

Leia mais

Curso Completo de Contabilidade Geral e Avançada Professor: Silvio Sande

Curso Completo de Contabilidade Geral e Avançada Professor: Silvio Sande ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS É a técnica que consiste na decomposição, comparação e interpretação dos demonstrativos do estado patrimonial e do resultado econômico de uma entidade. Técnicas de análise

Leia mais

PLANEJAMENTO OPERACIONAL: RECURSOS HUMANOS E FINANÇAS MÓDULO 16

PLANEJAMENTO OPERACIONAL: RECURSOS HUMANOS E FINANÇAS MÓDULO 16 PLANEJAMENTO OPERACIONAL: RECURSOS HUMANOS E FINANÇAS MÓDULO 16 Índice 1. Orçamento Empresarial...3 2. Conceitos gerais e elementos...3 3. Sistema de orçamentos...4 4. Horizonte de planejamento e frequência

Leia mais

Contabilidade Geral Correção da Prova 2 Analista Técnico Controle e Fiscalização - Susep 2010 Prof. Moraes Junior CONTABILIDADE GERAL

Contabilidade Geral Correção da Prova 2 Analista Técnico Controle e Fiscalização - Susep 2010 Prof. Moraes Junior CONTABILIDADE GERAL CONTABILIDADE GERAL 1 - A legislação vigente sobre as sociedades anônimas estabelece o que deve ser computado na determinação do resultado do exercício. Diz a lei que devem ser incluídas as receitas e

Leia mais

CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ CEAP 5º CCN 2012.1 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO

CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ CEAP 5º CCN 2012.1 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO O artigo 187 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976 (Lei das Sociedades por Ações), instituiu a Demonstração do Resultado do Exercício. A Demonstração do Resultado

Leia mais