Segunda-Feira, 7 de novembro de 2016

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1 Segunda-Feira, 7 de novembro de 2016 Bom dia, Boletim Focus mais pessimista com a economia, porém vê inflação melhor em O Boletim Focus divulgado hoje cedo pelo Banco Central continuou apontando para queda mais forte da economia neste ano; na última leitura de outubro a queda era de 3,3% do PIB, já na primeira divulgação de novembro a redução foi de 3,31%, sendo a quinta semana consecutiva de queda das projeções do mercado. Para 2017, também mais pessimismo com a economia; as projeções também apontaram queda pela terceira semana consecutiva, indo para 1,2% na última leitura. Por outro lado, o mercado continua prevendo melhora para a inflação em 2017, a projeção média caiu para 4,94%, ante 5% na leitura anterior. Quanto a SELIC nenhuma novidade, permanecendo em 13,50% no final deste ano (indicando confiança do mercado que o próximo corte deverá ser de 0,5%) e 10,75% no final de 2017.

2 Mercado de trabalho continua pressionado, segundo FGV. Dois indicadores que medem o mercado de trabalho foram divulgados hoje pela manhã pela FGV, que continuam apontando para fragilidade. O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) recuou 0,8 ponto em outubro, indo para 92,9 pontos, o que indica uma acomodação, após sete semanas de altas. Já o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) subiu 0,6 ponto em outubro, para 99,2 pontos, o indicador se mantém próximo ao máximo histórico, mostrando que o nível de desemprego continua elevado e não dá sinais de reversão na tendência de alta. Agenda interna. Hoje às 11h20 a Anfavea divulgará a produção total de veículos de outubro, em setembro havia sido de unidades. Às quinze horas será divulgada a balança comercial semanal, e sem horário definido teremos o Indicador de Atividade do Comércio divulgado pela Serasa. Encomendas à indústria alemã em queda. Segundo dados divulgados pelo Ministério da Economia do país, o volume de encomendas à indústria alemã caiu 0,6% em setembro, ante o mês anterior, contrariando a expectativa de continuidade no movimento de alta visto na última leitura. Esse resultado deriva principalmente da retração nas encomendas domésticas (-1,1%) já que as encomendas estrangeiras ficaram mais próximas da estabilidade (-0,3%). Na comparação anual o indicador registrou alta de 2,6%. Tal desempenho pouco deve influenciar na estimativa de recuperação gradual na maior economia da Zona do Euro, do mesmo modo em que seu impacto deve ser quase nulo para o mercado bursátil brasileiro. Vendas no varejo caem menos do que o esperado na Zona do Euro e confiança melhora. As vendas no varejo referente a setembro registraram queda de 0,2% ante agosto, resultado que foi puxado pela retração nas vendas em Portugal (-2,1%) e Alemanha (-1,4%). Na comparação anual houve alta de 1,2% em setembro, todavia, os dados divulgados em agosto foram revisados para baixo, com a retração mensal saindo de 0,1% para 0,2%. Já o indicador que mede a confiança dos investidores melhorou expressivamente, saindo dos 8,5 pontos em outubro para 13,1 pontos em novembro, melhor desempenho do ano e que foi impulsionado pela recuperação no Índice de Situação Atual. Os indicadores melhores do que o esperado podem suscitar algum ânimo momentâneo para os mercados globais, porém pouco alteram a percepção de que a recuperação econômica do bloco dar-se-á de forma paulatina. Eleição nos EUA e indicadores do Fed. Na véspera da acirrada eleição presidencial norte-americana, o Fed divulgará às 13h o índice de condições do mercado de trabalho referente ao mês de outubro e, às 18h, a oferta total de crédito ao consumidor em set/16, em que a mediana das projeções de mercado aponta para US$ 17,5 bilhões como resultado. De todo modo, os dados pouco devem influenciar os mercados que estão atentos ao pleito de amanhã entre Hillary Clinton e Donald Trump. Outra reviravolta agita a corrida presidencial norteamericana, após o FBI afirmar que a candidata democrata não será indiciada por conta dos s trocados

3 enquanto era secretária de estado do governo de Barack Obama. A notícia já anima os mercados ao redor do mundo. Bolsas em alta na esteira das pesquisas eleitorais nos EUA. Com as últimas pesquisas antes das eleições presidenciais nos EUA mostrando uma vantagem para a candidata democrata, as Bolsas repercutem esses números positivamente, em uma segunda-feira de alta generalizada na Ásia e na Europa. CCR (CCRO3) e Ecorodovias (ECOR3) anunciam dividendos. As duas empresas que atuam em concessões de infraestrutura anunciaram dividendos na última sexta, ao final do pregão. No caso da Ecorodovias, serão R$ 0, de dividendos por ação, yield de 2,9% em relação ao fechamento de sexta. Já a CCR vai pagar R$ 0, por ação, yield de 2,5% também contra o fechamento do último pregão. As duas empresas ficam ex no dia 10 de novembro, quinta-feira, e o pagamento também será no mesmo dia, 18 de novembro. BB Seguridade (BBSE3) apresenta resultado mais pressionado. Com retração nas principais linhas de negócios (única a apresentar melhora foi previdência), sinistralidade em alta e inflação pressionando as despesas, nem o resultado financeiro, com os juros ainda altos no período, foi capaz de garantir bom resultado para a companhia que viu seus números piorarem tanto na comparação trimestral quanto na anual. O ROE ajustado passou de

4 53,9% no 3T15 para 55,2% no 2T16 para ficar em 48,9% nesse trimestre. Um trimestre mais pressionado em seguros já era esperado, o que pode mitigar a reação do mercado aos números fracos, mas nossa visão sobre o resultado é negativa. Resultado surpreendente da Gol (GOLL4). Apesar da receita da companhia vir levemente abaixo das projeções, o crescimento do EBITDA e a reversão do prejuízo em lucro líquido neste trimestre não eram esperados pelo mercado e suas ações deverão reagir positivamente no pregão de hoje. A receita líquida foi de R$ 2.401,4 milhões no 3º Trim/16 representando um recuo de 3,5% em relação ao mesmo trimestre de 2015, enquanto que o EBITDA no período foi de R$ 333,4 milhões (expressivo crescimento de 193,5%) e o lucro líquido foi de R$ 65,9 milhões ante prejuízo de R$ 2.133,6 milhões. Qualicorp (QUAL3) solta o balanço do 3º Trim/16 após o pregão de hoje. As estimativas de mercado para os resultados da companhia apontam para um avanço de 10,8% na receita líquida sobre o 3º Trim/15. Enquanto que se espera crescimento anual mais forte no EBITDA (+15,7%) e no lucro líquido (+17,6) em função do controle de custos e despesas operacionais, sobretudo pelas sinergias capturadas da adquirida CRC-Gama. Balanço operacional da BM&FBovespa (BVMF3). No mês de out/16, o segmento Bovespa movimentou R$ 176,3 bilhões, forte avanço de 26,6% frente aos R$ 139,2 bilhões registrados em set/16. O balanço de negociação dos investidores estrangeiros com ações foi positivo em R$ 4,0 bilhões nesse período. No BTC houve queda no volume financeiro, com o empréstimo de ações atingindo R$ 58,3 bilhões no mês passado, ante a marca de R$ 66,4 bilhões em set/16, refletindo o decréscimo no número de operações realizadas, sendo em out/16 e no mês anterior. Já no segmento BM&F, os mercados derivativos totalizaram contratos negociados e volume financeiro de R$ 5,3 trilhões, frente os contratos e igual giro de R$ 5,3 trilhões em setembro deste ano. Ao final do último pregão de outubro, o número de contratos em aberto foi de posições, inferior aos no período anterior. Ferbasa (FESA4) divulga resultados sem brilho. Papéis devem reagir de forma negativa. A única produtora de ferrocromo das Américas apresentou relativa estabilidade de produção no período em análise frente ao trimestre imediatamente anterior (quedas de Ferrocromo Alto Carbono e Ferrossilício 75, mais do que compensadas por aumento de produção de outras ligas) e queda de dois dígitos em termos de vendas (com redução mais acentuada para as vendas ao mercado externo que caíram 49,3% no 3º trim/16 vs 2º trim/16), pressionando EBITDA e margens. Importante lembrar que desde o meio do ano passado, a companhia passou a operar dentro de novas condições de contrato de fornecimento de energia elétrica junto à CHESF, com volume 30% inferior. Nesse contexto, a Ferbasa apresentou taxa de utilização de capacidade de 61,4% no acumulado do ano até setembro frente a 78,8% no mesmo período de Isso contribuiu de modo significativo para o aumento de 77,3% do CPV na mesma base comparativa, com crescimento de custos fixos em todas as unidades operacionais (metalurgia, mineração e florestal) em razão da redução de escala de produção, além de aumento de custos com mão de obra, aumento da tarifa de energia e custos relacionados à manutenção de fornos parados. Outro

5 destaque foi o resultado negativo da comercialização de energia elétrica que trouxe significativo impacto para a rubrica "outras despesas operacionais". Recomendamos cautela para com as ações da companhia e não vislumbramos reação positiva no curto prazo. Resultado até que foi razoável. O resultado da Alpargatas (ALPA4) no 3º trimestre de 2016 manteve a mesma tendência dos dois primeiros trimestres do ano, ou seja, crescimento dos negócios no Brasil, principalmente pelo desempenho de Sandálias e Osklen, e redução na Argentina e em Exportação, que continuaram a enfrentar dificuldades. A receita líquida do trimestre em análise caiu 9,4% se comparado ao mesmo período do ano anterior. Como comentado quem mais contribuiu foi o Brasil com elevação de 5,8% no faturamento, já as vendas de sandálias internacionais e da Argentina caíram 25,7% e 34,3%, respectivamente, na mesma base de comparação. Entretanto, o desempenho do Brasil não foi suficiente para compensar a queda dessas operações, o que resultou em variações negativas nos principais indicadores consolidados na comparação com o 3T15 (EBITDA no período em análise veio com queda de 13,6% e com margem 0,6 p.p. menores). Já o lucro líquido ficou 10,6% maior, por conta do ganho de IR decorrente da diminuição de alíquota nas operações internacionais, da amortização dos estoques da Osklen e pelo resultado das operações descontinuadas. Já no acumulado nos nove meses de 2016, o desempenho da Alpargatas se diferencia no setor de calçados por apresentar crescimento em seus indicadores em relação ao mesmo período do ano anterior. A companhia distribuirá juros sobre capital próprio de R$ 0,1401 por ação preferencial, ficando ex-proventos no dia 14 deste mês. Acreditamos que as ações da empresa devem ficar com desempenho de neutro para positivo no pregão de hoje. Será que vai ser vendida? A companhia Via Varejo (VVAR3), voltou aos holofotes com a notícia que o Grupo Pão de Açúcar quereria se desfazer de sua parte de varejo de eletroeletrônicos. Mas, novamente, as companhias não confirmam tal notícia. Entretanto, mantemos a atenção para o desenrolar deste boato. De acordo com matéria de hoje do jornal Valor Econômico, o presidente do GPA Jean-Charles Naouri nunca foi animado com a operação da Via Varejo, além disso, mesmo sendo cordial, não tem grande afinidade com o principal acionista da empresa o Michael Klein, que detém 27,3% das ações. Outro ponto de atenção, segundo matéria do jornal O Globo, é não haver grandes interessados para esta operação, mas se cogita uma associação com a Lojas Americanas. Como não temos nenhuma confirmação das empresas, as ações das companhias devem continuar tendo forte volatilidade. AGENDA DE DIVIDENDOS

6 AGENDA DE RESULTADOS Bons negócios.

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