Relatório Trimestral. Centro Hospitalar Algarve, E.P.E.
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- Nicholas Borja Peixoto
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1 Relatório Trimestral Centro Hospitalar Algarve, E.P.E. de 2016
2 Índice 1. INTRODUÇÃO ANÁLISE DA PRODUÇÃO ORÇAMENTAL DESPESA RECEITA LEI DOS COMPROMISSOS E PAGAMENTOS EM ATRASO ANÁLISE ECONÓMICA FINANCEIRA CUSTOS Custo das Matérias Vendidas e Matérias Consumidas Fornecimentos e Serviços Externos Gastos com o Pessoal PROVEITOS E GANHOS Vendas e Prestações de Serviços RESULTADOS BALANÇO Ativo Passivo DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS BALANÇO DEMONSTRAÇÃO FLUXOS CAIXA... 21
3 INTRODUÇÃO 1. INTRODUÇÃO O presente relatório tem como objetivo apresentar uma análise sucinta da atividade desenvolvida pelo Centro Hospitalar do Algarve (CHAL) tanto em termos de atividade assistencial como em termos económico-financeiros, face ao período homólogo do ano anterior, evidenciando o grau de execução orçamental das diferentes rubricas e a análise dos desvios ocorridos. Com a sua elaboração pretende-se dar cumprimento, entre outros, à alínea e) do número 1 do Despacho n.º 14277/2008, de 23 de maio, do Ministro de Estado e das Finanças. Pretende-se ainda com este documento analisar a execução do: - Orçamento aprovado pela Lei nº. 7-A/2016 e 30 de março; - Contrato Programa que foi assinado em junho de 2016 entre a ARS Algarve e o CHAlgarve. 1
4 ANÁLISE DA PRODUÇÃO 2. ANÁLISE DA PRODUÇÃO No quadro seguinte, são identificadas as linhas de produção, a sua execução e variação no primeiro trimestre de Quadro 1 - Produçao No Internamento registou-se um aumento de 21 doentes saídos face ao período homólogo, correspondendo a um aumento em percentagem de 0,82. No âmbito das Consultas Externas verificou-se uma diminuição nas Primeiras Consultas de 649 consultas face ao ano anterior, representando uma diminuição de 7,93%. O Serviço de Urgência aumentou a sua produção global em atendimentos face ao mesmo período em É de referir que o sonho só foi implementado nas Sub s em Março/Abril de No Hospital Dia registou um aumento de 11 sessões, o que corresponde a uma subida de 0,33%, face ao período homólogo. No Serviço Domiciliário registou-se uma diminuição de 50 visitas/consultas, o que corresponde a uma descida de 8,26%, face ao período homólogo. O Bloco Operatório Ambulatório apresenta uma diminuição face ao período homólogo, registando menos 13 cirurgias. No Bloco Operatório Cirurgia Programada apresenta uma diminuição na produção de menos 76 intervenções e no caso das Cirurgias Urgentes houve uma diminuição de 61 intervenções. O Bloco de Partos registou um aumento de 52 partos no total de partos face ao período homólogo. 2
5 ORÇAMENTAL 3. ORÇAMENTAL O CHAlgarve como Entidade Pública Reclassificada passou a integrar o Orçamento Estado. Assim começamos o presente documento pela análise da Execução do Orçamento aprovado pela Lei nº 7-A/2016 de 30 de março, importa deixar assinalado o princípio do Orçamento de Estado é os fluxos de caixa, pelo que esta análise não refletirá a realidade económico-financeira do CHAlgarve. Assim quando analisarmos a despesa estamos na realidade a analisar pagamentos e recebimentos ao analisar a receita DESPESA No primeiro trimestre do ano, o CHAlgarve diminuiu os seus compromissos assumidos face ao período homólogo em 7,6% no entanto apresenta uma taxa de execução de 40,1% de compromissos assumidos face à dotação orçamental, ou seja, a manter-se este nível de execução o orçamento será insuficiente para o ano Quadro 2 Execução Orçamental Despesa O maior acréscimo de 10,5% ocorre na rubrica das Despesas com o Pessoal devido á reposição de vencimentos, nesta área importa salientar que: - a orçamentação das remunerações foi realizada com base nos vencimentos de novembro de 2015 (alínea f) do ponto n.º 24) da circular nº 1379 da DGO; - as dotações destinadas a despesas com pessoal serão ajustadas até à entrada da proposta do CE2016 em linha com as decisões que o governo vier a tomar (ponto n.º 25). E a Lei n.º 159 -A/2015,de 30 de Dezembro prevê a progressiva eliminação da redução remuneratória na Administração Pública. 3
6 ORÇAMENTAL O orçamento agora publicado não tem em consideração este aumento, pelo que o CHAlgarve não tem orçamento suficiente para os pagamentos aos funcionários nos termos que a lei n.º 159-A/2015 determina. As maiores reduções ocorrem nas rubricas das Despesas de Capital e Aquisição de Bens e Serviços de 73,4% e 12,8% respetivamente. Ainda de salientar que a estrutura da despesa caracteriza-se pelos pagamentos da rubrica de Aquisição de Bens e Serviços (62,5%) e Despesas com o Pessoal (36,4%) tendo as restantes rubricas apenas uma ponderação de 1,13% RECEITA Quadro 3 - Execução Orçamental Despesa Quanto á Execução Orçamental da Receita no primeiro trimestre o CHAlgarve apresenta uma taxa de execução da Receita Cobrada de 25,44 % e um aumento face ao período homologo de 1,5%. As variações mais significativas ocorreram nas rubricas de Taxas e Transferências Correntes com um aumento de 15,9% e 80,7% respetivamente. 4
7 LEI DOS COMPROMISSOS E PAGAMENTOS EM ATRASO 4. LEI DOS COMPROMISSOS E PAGAMENTOS EM ATRASO Quadro 4 - LCPA1 Importa referir que esta análise resulta da aplicação do LCPA que entrou em vigor em 2012 e tem como objetivo o não aumento da dívida, ou seja, em ultima instância, acumular a despesa nos limites da receita cobrada. A questão que se têm colocado é se esta legislação é exequível na área da saúde. Por enquanto toda s legislação em vigor obriga-nos a cumprir nomeadamente a LOE de Da análise do quadro acima pode-se verificar que os CHAlgarve têm fundos disponíveis bastante reduzidos. Esta situação decorre da despesa assumida estar a ser superior à receita cobrada. Os Produtos de empréstimos contraídos nos termos da lei, iniciou em março de 2015 e refere-se a uma linha de financiamento específica criada pela Tutela para o tratamento da Hepatite C, a qual é monitorizada diretamente pela ACSS. Relativamente aos Pagamentos em Atraso a situação em 2016 é claramente melhor que a verificada no período homólogo. No primeiro trimestre de 2015 o CHAlgarve tinha dívida vencida que foi totalmente regularizada devido ao valor em tesouraria referente ao Aumento de Capital verificado no final de Quadro 5 - Pagamentos em atraso a Fornecedores Externos 5
8 ANÁLISE ECONÓMICA FINANCEIRA 5. ANÁLISE ECONÓMICA FINANCEIRA Passamos a analisar a execução do Contrato-Programa, relativamente à parte económico-financeira. Este documento foi assinado em junho do corrente ano e apresenta uma perspetiva económico-financeira do CHAlgarve no final de CUSTOS Dos dados da atividade económica global do período em análise, apresentados no quadro abaixo, destacamos os seguintes: Os Gastos Totais registaram um aumento de 13,45% face ao período homólogo, correspondendo a um acréscimo da despesa em Elevando a taxa de execução em relação ao duodécimo do Orçamento para 95,8%. A Estrutura de Gastos apresenta o seguinte ponderação: CMVMC (30,36%), FSE (14,26%), Custos com Pessoal (52,13%) e restantes custos (3,25%); Os FSE aumentaram 155,53% devido à especialização de custos, os CMVMC aumentaram em 24,16%, e os Gastos com Pessoal sofreram uma diminuição de 3,07%, face ao período homólogo. Quadro 6 Gastos A especialização foi efetuada de forma a garantir que os registos contabilísticos do CHAlgarve, nomeadamente a elaboração da Demonstração de Resultados, reflitam de forma homogénea a realidade do CHAlgarve. Importa referir que em abril a mesma foi anulada, por determinação da ACSS em concordância com o órgão gestionário do CHAlgarve, pois os valores apresentados em 2016 não 6
9 ANÁLISE ECONÓMICA FINANCEIRA eram comparáveis com o período homólogo, análise efetuada por todas as entidades que avaliam o desempenho do CHAlgarve, aliás, como mais à frente condicionará a análise a efetuar Custo das Matérias Vendidas e Matérias Consumidas De acordo com o quadro abaixo, é possível verificar que o Custo das Mercadorias Vendidas e Matérias Consumidas (CMVMC) apresenta, face ao período homólogo, um aumento global de 24,16%. Os Produtos Farmacêuticos apresentam um aumento em comparação ao período homólogo de 27,71% em que nos Medicamentos houve um aumento de custos de 29,18% face ao período homólogo sendo parte deste aumento justificado pelo tratamento da Hepatite C ( ,29 ) relativamente á execução do orçamento, esta despesa, apresenta uma taxa de execução de 104,3%. Sendo que se, a esta análise retirarmos o valor dos tratamento da Hepatite C, a sua taxa de execução reduz para os 101%. Para além deste tratamento temos a destacar também os tratamentos oncológico onde a despesa com medicamentos também é acrescida consideravelmente. Quadro 7 Custo das Mercadorias Vendidas e Matérias Consumidas 7
10 ANÁLISE ECONÓMICA FINANCEIRA A dispensa gratuita de medicamentos é também uma variável que representa um acréscimo de despesa, sendo que uma vez mais se destaca o tratamento da Hepatite C. Ainda assim, não considerando este tratamento temos um crescimento na despesa de ou seja uma variação de 21,4%. Este aumento de despesa é considerável e acompanhado peso aumento do nº de doentes tratados com mais 175 doentes. Destaque-se ainda as patologias Doença de Gaucher e Esclerose Múltipla onde o custo médio por doente apresenta um crescimento considerável. Recorde-se que nesta área o CHAlgave tem pouca capacidade de intervenção uma vez que estamos perante a dispensa gratuita de Medicamentos, prescrita em legislação. No Material de Consumo Clinico um aumento de 7,85%. É de referir ainda que estas duas rubricas são responsáveis por 98,91% do custo total do CMVMC, representando os Produtos Farmacêuticos um peso de 84,93% e o Material de Consumo Clínico um peso de 13,98%. Quadro 8 Medicamentos Dispensados em Ambulatório, por Patologia Fonte: SICA em 25 maio de
11 ANÁLISE ECONÓMICA FINANCEIRA Fornecimentos e Serviços Externos Na rubrica Fornecimentos e Serviços Externos geraram até março de 2016 um custo total de , representando um aumento face ao período homólogo de 155,66% e uma taxa de execução de 85,9%. Quadro 9 Fornecimentos e Serviços Externos No entanto a análise desta rúbrica é condicionada, pois foi efetuada uma especialização com base nas médias mensais do ano Em termos totais a especialização foi no valor do ano, ou seja, e para termos uma ideia comparável, nos FSE a especialização contabilística corresponde a ,54 representando 53,40% do respetivo crescimento. Assim o crescimento efetivo de custos é na ordem de 19,12 % ( ,42 ) e que se verifica essencialmente nas rubricas de radioterapia, avenças e empresas de transportes. 9
12 ANÁLISE ECONÓMICA FINANCEIRA Gastos com o Pessoal Os gastos com o pessoal ascenderam aos , menos que no período homólogo, correspondendo a uma diminuição em percentagem de 3,07%. Este decréscimo de despesa é essencialmente verificado em Prevenções e em Trabalho em Regime de Turnos, a qual resulta da anulação da especialização de Destaquemos o aumento verificado na Remuneração Base do Pessoal, a qual resulta da aplicação da Lei n.º 159 -A/2015,de 30 de Dezembro prevê a progressiva eliminação da redução remuneratória na Administração Pública. Quadro 10 Gastos com o Pessoal 10
13 ANÁLISE ECONÓMICA FINANCEIRA 5.2. PROVEITOS E GANHOS Os Proveitos e Ganhos, no período em análise, atingem o montante de , tal montante representa uma diminuição, face ao período homólogo de 6,99%. Quadro 11 Rendimentos Vendas e Prestações de Serviços Numa análise global consta-se que as Vendas do trimestre refletem numa quebra de 11,29% correspondente a ,94, decorrente fundamentalmente da prestação de serviços SNS onde o decréscimo de - 10,94%, corresponde a uma variação em valor de ,58, a qual resulta em larga medida da quebra da rubrica outras prestações. A diminuição verificada em Prestações de Serviços de Saúde resulta: - do não registo do plano de convergência e dos incentivos, uma vez que ainda não se encontra assinado o contrato de programa de 2016 ( ,84 de 2015); - dos GDH cirúrgico e médicos ser contabilizado para uma nova conta criada pela ACSS GDH Ambulatório ( ,39 em 2016); 11
14 ANÁLISE ECONÓMICA FINANCEIRA Quadro 12 Vendas e Prestações de Serviços Quanto aos outros rendimentos, o aumento dos Outros Proveitos Suplementares diz respeito à estimativa da produção relativamente ao programa de tratamento da Hepatite C. Quadro 13 - Outros Rendimentos 12
15 ANÁLISE ECONÓMICA FINANCEIRA 5.3. RESULTADOS O Resultado Líquido do Período é de , uma situação claramente mais crítica do que a verificada no período homólogo. O Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos demonstra uma redução no desempenho de 20,29% em termos operacionais. No entanto estes resultados estão influenciados devido aos factos: 1. Não haver registos na conta 67 - Provisões do Período; 2. Na conta 62 - Fornecimentos e Serviços Externos foi iniciado o procedimento da Contabilidade de efetuar especialização, para que a Demonstração de Resultados apresente de uma forma mais fidedigna, a realidade do CHAlgarve; 3. No final do ano são efetuadas especializações de encerramento que durante o período em análise não são efetuadas; 4. Na especialização do Contrato-Programa 2016 ainda não está contabilizada os valores de convergência e incentivos, ao contrário do período homólogo. Quadro 14 Resultados do período 13
16 ANÁLISE ECONÓMICA FINANCEIRA 5.4. BALANÇO O Ativo em março de 2016 é de , constatando-se uma diminuição de 4,57% em relação ao período homólogo. O Capital Próprio sofreu um aumento devido ao aumento de capital de O Passivo total é de , apesar do decréscimo de 2,19%, ainda tem um peso de 102,55% do total do Ativo. Quadro 15 Resumo do Balanço Ativo A rubrica mais representativa é a de Acréscimos e Diferimentos com apresentando um decréscimo de 49,85%. As Imobilizações Corpóreas com apresentam um decréscimo de 11,45%. As dívidas de terceiros totalizaram , que representam 62% do ativo, o aumento de 67,31% deve-se à contabilização das faturas do contrato programa. No entanto esta variável esta a ser compensada no Passivo em Adiantamento de Clientes uma vez que os recebimentos mensais são contabilizados a titulo de Adiantamento de Clientes por contrapartida do Contrato Programa assinado. Quanto à liquidez houve um impacto nas disponibilidades com redução de 89,41 % para , resultante dos pagamentos a fornecedores com o aumento de capital em
17 ANÁLISE ECONÓMICA FINANCEIRA Quadro 16 Ativo Passivo Os Adiantamentos de Clientes representam o 89,65% do passivo com , sofreu um aumento de 1,21%. A maior variação de 51,62% diz respeito à divida a Fornecedores, esta redução resulta do Aumento de Capital estatutário efetuado em dezembro de 2014 o qual se destinava exclusivamente ao pagamento de divida vencida em Quadro 17 Passivo 15
18 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 6. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 6.1. DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS 16
19 DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS 17
20 DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS 6.2. BALANÇO 18
21 DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS 19
22 DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS 20
23 DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS 6.3. DEMONSTRAÇÃO FLUXOS CAIXA 21
24 DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS 22
25 DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS 23
26 DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS 24
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