Dinâmica e funcionamento de grupos. Fundamentos teóricos e técnicos dos grupos. Processos obstrutivos nos grupos e nas instituições.
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- Luciano Domingos Sousa
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1 Dinâmica e funcionamento de grupos. Fundamentos teóricos e técnicos dos grupos. Processos obstrutivos nos grupos e nas instituições. Mentalidade grupal e cultura de grupo. Grupo Operativo: instrumento de intervenção grupal. Dinâmica de papéis
2 Liderança (BRAGHIROLLI et al, 1990): Entende-se por Liderança a influência que certos membros de um grupo exercem sobre os demais. Liderança Inata X Aprendida. Ninguém é líder, mas apenas atua como líder em determinadas situações. A pessoa será um líder apenas quando o grupo o quiser, enquanto ele ajudar o grupo a atingir seus objetivos. Algumas características de personalidade tornam mais provável que uma pessoa seja escolhida como líder. Liderança Formal X Liderança Informal.
3 Liderança (SILVA, 2001) È uma forma de domínio exercida pelo líder em um grupo. Chefe é uma condição formal dada a uma pessoa por determinados motivos, um título administrativo. Líder é uma condição informal devido não haver titulação administrativa, mas sim, reconhecimento dos outros integrantes do grupo. Possui condições que simbolizam positividade para os demais. No grupo, o líder assume algumas posturas denominadas de Estilos de Liderança, que podem ter consequências negativas ou positivas.
4 Tipos de Lideranças (BRAGHIROLLI et al, 1990): Líder Situacional: liderança emergencial. Pode ser escolhido para um tipo de tarefa grupal e não para outra. Líder Autocrático: é aquele que determina toda a atividade do grupo, é o que acredita que pelo fato de ser investido de autoridade, todos lhe obedecerão, independente de acertos e erros. As relações sofrem palpável deterioração. Os subordinados demonstram revolta, hostilidade, retração, resistência e absenteísmo. Líder Laissez-Faire: é o que faculta ao grupo completa liberdade de ação, não atua como líder. Este tipo de liderança é fonte de atritos e desorganização, anarquia e produção baixa. Líder Democrático: é o que dirige um grupo com apoio e colaboração espontânea e consciente de seus componentes, interpretando e sintetizando o pensamentos e desejos do grupo. As pessoas integram no trabalho livremente, com otimismo, confiança e rendimento elevado.
5 Tipos de Lideranças (SILVA, 2001): 1. Estilo Autocrático: Toma decisões em nome do grupo. O grupo não participa das decisões. Conhece as rotinas acima de todos. É o único que premia ou castiga. Não confia na capacidade pessoal. Tende a fomentar a insegurança e a revolta dos liderados.
6 Tipos de Lideranças (SILVA, 2001): 2 Estilo Paternalista: Costuma ter as mesmas atitudes (mas com postura diferente do líder autocrático para o bem do próprio grupo). Evita discórdias. Dá conselhos. Costuma ter o respeito do grupo. Tende a fomentar a imaturidade dos liderados.
7 Tipos de Lideranças (SILVA, 2001): 3 Estilo Permissivo: Não demonstra direção, controle ou acompanhamento. Dá ares de alienado. Promove a insegurança e a ansiedade nos liderados. 4 Estilo Democrático: Os membros trabalham em conjunto. A liderança é distribuída entre os integrantes. Trabalha em consenso. Pessoas imaturas têm certa dificuldade de participação.
8 Tipos de Lideranças (SILVA, 2001): 5 Estilo Situacional: É a habilidade em ser adequadamente os 4 estilos anteriores. Capacidade interpretativa líder situacional: que avalia a situação para definir qual o melhor estilo de liderança aplicável ao momento.
9 Grupos Operativos: Segundo Pichon-Rivière (1991), o grupo operativo assemelhase ao funcionamento do grupo familiar (como também propõe Zimerman, 2000) e pode ser definido como um conjunto de pessoas reunidas por constantes de tempo e espaço, articuladas por sua mútua representação interna, que se propõe, implícita ou explicitamente, uma tarefa que constitui sua finalidade (p. 157). Um dos objetivos da técnica dos grupos operativos, como sinaliza Pichon-Rivière (1991) é o de auxiliar na minimização dos medos básicos e o de favorecer o rompimento dos estereótipos que funcionam como barreira à mudança.
10 Tipos de Grupos Operativos: Grupos operativos voltados ao ensino-aprendizagem:. Zimerman (2000) resume essa modalidade em aprender a aprender (p. 91). Parte-se do pressuposto de que a finalidade é a de treinar o grupo para desenvolver uma tarefa comum. Grupos institucionais: Referem-se a grupos realizados em instituições em geral e empresas. Grupos comunitários: Podem ser com adolescentes, gestantes, líderes comunitários, etc.; de caráter preventivo, de tratamento ou reabilitação. É importante ressaltar que os grupos operativos também resultam em benefícios terapêuticos.
11 Papéis nos Grupos (RIVIÈRE, 1991; ZIMERMAN, 2000): Bode expiatório. É aquela pessoa que representa tudo o que é ruim, os aspectos negativos de todo o grupo. É comum essa pessoa sair do grupo. Mas Zimerman (2000) alerta para o fato de que tão logo o próprio grupo se encarregará de encontrar outro. Por outro lado, pode ser que esse indivíduo permaneça no grupo, servindo como o bobo da corte. Porta-voz. Refere-se àquela pessoa do grupo que denuncia, que comunica os sentimentos, necessidades, pensamentos e ansiedades inconscientes do grupo. Essa comunicação, segundo Zimerman (2000) pode ocorrer de várias formas. Pode ser feita verbalmente, por meio de manifestos, reivindicações, contestações, de forma não verbal, por meio de atuações, dramatizações, silêncios, etc. Para Pichon-Rivière (1991) o doente costuma ser o porta-voz das angústias e conflitos do grupo. Inconscientemente, o grupo elege essa pessoa porque é insegura, característica essa que tende a deixar o indivíduo paralisado e doente (quando a natureza do papel for patológica).
12 Papéis nos Grupos (RIVIÈRE, 1991; ZIMERMAN, 2000): Radar: Esse papel costuma ser assumido por aquela pessoa do grupo que capta, antes dos demais, os primeiros sinais de angústias e ansiedades do grupo. Geralmente, esses conflitos são expressos por intermédio de abandono do tratamento, somatizações e outras atuações; ou seja, de forma não verbal (ZIMERMAN, 2000). Instigador: Executa o papel de instigador, conforme Zimerman (2000), aquele membro do grupo que costuma fazer intrigas e que acaba perturbando o processo grupal.
13 Papéis nos Grupos (RIVIÈRE, 1991; ZIMERMAN, 2000): Sabotador: Geralmente é um papel, segundo Zimerman (2000), que é executado por pessoas invejosas e narcísicas, que procuram criar obstáculos e prejudicam o bom andamento do grupo. Para Pichon- Rivière (1991) o sabotador representa a resistência à mudança, característica esta que faz parte de qualquer processo psicoterápico, seja ele individual ou grupal. Apaziguador: É aquele papel conhecido como colocar pano quente. Como afirma Zimerman (2000) é desempenhado por pessoas que apresentam dificuldades de lidar com situações tensas, ou de agressividade. Líder: geralmente, o mais fácil de identificar e é observável em todos os grupos.
14 Referência Bibliográfica: BRAGHIROLLI, E.M. Psicologia Geral. Porto Alegre: Vozes, PICHON-RIVIÈRE E. O Processo Grupal. São Paulo: Martins Fontes; SILVA, F.B. da. A Psicologia Aplicada ao Turismo e Hotelaria. SP: CenaUn, ZIMERMAN, D. E. Fundamentos Básicos das Grupo Terapias. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000.
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