ESTUDO DA PREVALÊNCIA BACTERIANA E RESISTÊNCIA AOS ANTIMICROBIANOS ISOLADOS DE MATERIAIS BIOLÓGICOS EM HOSPITAL, NO MUNICÍPIO DE SANTOS SP BRASIL

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1 ESTUDO DA PREVALÊNCIA BACTERIANA E RESISTÊNCIA AOS ANTIMICROBIANOS ISOLADOS DE MATERIAIS BIOLÓGICOS EM HOSPITAL, NO MUNICÍPIO DE SANTOS SP BRASIL RESUMO Revista UNILUS Ensino e Pesquisa v. 14, n. 35, abr./jun ISSN (eletrônico) ELOÁ ROVENTINI ANDRADE Acadêmica do Curso de Mestrado em Clínica Médica do Centro Universitário Lusíada UNILUS. MARCOS MONTANI CASEIRO Doutor em Infectologia pela Universidade Federal de São Paulo UNIFESP. Professor do Curso de Pós-Graduação Mestrado em Clínica Médica do Centro Universitário Lusíada UNILUS. LUIZ HENRIQUE GAGLIANI Mestre em Ciências da Saúde pelo Centro Universitário Lusíada UNILUS. Doutor em Infectologia pela Universidade Federal de São Paulo UNIFESP. Responsável pelo Núcleo Acadêmico de Estudos e Pesquisas em Ciências Biomédicas e Saúde Pública do Centro Universitário Lusíada UNILUS. Professor do Curso de Pós-Graduação Mestrado em Clínica Médica do Centro Universitário Lusíada UNILUS. Recebido em março de Aprovado em abril de Revista UNILUS Ensino e Pesquisa Rua Dr. Armando de Salles Oliveira, 150 Boqueirão - Santos - São Paulo revista.unilus@lusiada.br Fone: +55 (13) As infecções no âmbito hospitalar e a resistência bacteriana são os maiores problemas nosocomiais de hoje, juntamente com o uso indiscriminado de antibióticos. O presente estudo foi realizado em um hospital particular em Santos / SP, com amostras recebidas no laboratório de microbiologia no ano de 2010, provenientes de pacientes hospitalizados. Foram recebidas 8211 amostras, sendo que, 1614 delas resultaram em crescimento bacteriano, ou seja, houve positividade em 19,7% das amostras: Sangue (34%), Secreções (31%), Urina (28%), Ponta de Cateter (4%) e Líquidos (3%). 71,4% dos pacientes tinham a idade igual ou superior a 60 anos e, com uma amostragem de 53,84%, o sexo masculino esteve presente em maior proporção nas amostras. Após adoção de alguns critérios de exclusão, a quantidade final de amostras positivas obtidas foi de No hospital estudado foram encontradas bactérias Gram positivas e negativas na maioria dos materiais biológicos, sendo: Staphylococcus coagulase negativa (22,7%), Escherichia coli (18,4%), Pseudomonas aeruginosa (12,0%), Klebsiella pneumoniae (10,0%), Staphylococcus aureus (8,2%) e Acinetobacter baumanni (8,2%). A positividade (93,9%) de Staphylococcus coagulase negativa em amostras de hemocultura coletadas foi um agravante, pois estes microrganismos são importantes agentes etiológicos das bacteremias hospitalares e freqüentemente considerados como contaminantes de hemoculturas, dificultante o tratamento adequado do paciente. O total de resistência aos carbapenêmicos de Pseudomonas aeruginosa no hospital foi em torno de 49,6% e a de Acinetobacter baumannii girou em torno de 87,5%. Em todos os setores este padrão permaneceu semelhante, excluindo o setor UTI Neonatal/ Infantil, que não se enquadra com os outros setores por obter um número pequeno de positividade nas amostras biológicas; O perfil do Staphylococcus aureus foi de 100% de sensibilidade à Vancomicina e Linezolida, e resistência global à Oxacilina de 65,4%; Observou-se que, nas amostras com teste de ESBL Postivo, girou em torno de 55,5% em Klebsiella pneumoniae, seguida de Klebsiella oxytoca (25%) e Escherichia coli (16,3%). A distribuição setorial ocorreu como um todo, não havendo grande diferença entre eles. Também não foi evidenciada resistência dos bacilos Gram negativos à Colistina/ Polimixina, salvo as bactérias que possuem resistência intrínseca a esta droga. Palavras-Chave: Resistência bacteriana, Antimicrobianos, Pseudomonas aeruginosa, Acinetobacter baumannii, Staphylococcus aureus resistente a Oxacilina, ESBL positivo. STUDY OF BACTERIAL PREVALENCE AND RESISTANCE TO ANTIMICROBIALS ISOLATED FROM BIOLOGICAL MATERIALS IN HOSPITAL, IN THE MUNICIPALITY OF SANTOS SP BRAZIL ABSTRACT In-hospital infections and bacterial resistance are today's major nosocomial problems, along with the indiscriminate use of antibiotics. The present study was performed in a private hospital in Santos / SP, with samples received in the microbiology laboratory in 2010, from hospitalized patients. A total of 8211 samples were received, of which 1614 resulted in bacterial growth, that is, there was positivity in 19.7% of samples: Blood (34%), Secretions (31%), Urine (28%), Catheter Tip 4%) and Liquids (3%). 71.4% of the patients were 60 years of age or older and, with a sample of 53.84%, the male sex was present in a greater proportion in the samples. After adopting some exclusion criteria, the final number of positive samples obtained was In the hospital studied, Gram positive and negative bacteria were found in most of the biological materials: Staphylococcus coagulase negative (22.7%), Escherichia coli (18.4%), Pseudomonas aeruginosa (12.0%), Klebsiella pneumoniae, 0%), Staphylococcus aureus (8.2%) and Acinetobacter baumanni (8.2%). Staphylococcus coagulase negative positivity (93.9%) in blood samples collected was an aggravating factor, since these microorganisms are important etiological agents of hospital bacteremias and frequently considered as contaminants of blood cultures, making it difficult to treat patients adequately. The total resistance to carbapenems of Pseudomonas aeruginosa in the hospital was around 49.6% and that of Acinetobacter baumannii was around 87.5%. In all sectors this pattern remained similar, excluding the neonatal / infantile ICU sector, which does not fit with the other sectors because it obtained a small number of positivity in the biological samples. The profile of Staphylococcus aureus was 100% sensitive to Vancomycin and Linezolid, and overall resistance to oxacillin was 65.4%; It was observed that in the samples with ESBL Positive test, it turned around 55.5% in Klebsiella pneumoniae, followed by Klebsiella oxytoca (25%) and Escherichia coli (16.3%). The sectoral distribution occurred as a whole, with no great difference between them. There was also no evidence of resistance to Colistin / Polimixin Gram negative bacilli, except for bacteria that have intrinsic resistance to this drug. Keywords: Bacterial resistance, Antimicrobials, Pseudomonas aeruginosa, Acinetobacter baumannii, Staphylococcus aureus resistant to Oxacillin, ESBL positive. Revista UNILUS Ensino e Pesquisa, v. 14, n. 35, abr./jun. 2017, ISSN (eletrônico) p. 5

2 ESTUDO DA PREVALÊNCIA BACTERIANA E RESISTÊNCIA AOS ANTIMICROBIANOS ISOLADOS DE MATERIAIS BIOLÓGICOS EM HOSPITAL, NO MUNICÍPIO DE SANTOS SP BRASIL / STUDY OF BACTERIAL PREVALENCE AND RESISTANCE TO ANTIMICROBIALS ISOLATED FROM BIOLOGICAL MATERIALS IN HOSPITAL, IN THE MUNICIPALITY OF SANTOS SP BRAZIL INTRODUÇÃO Há alguns anos, desde a descoberta dos microrganismos pelo homem, até hoje, os microrganismos têm tirado o sono de muitos pesquisadores. Vírus, bactérias, protozoários, fungos e outros microrganismos evidentemente já existem desde que a vida na Terra começou. A versatilidade desses microrganismos, as mais simples de todas as criaturas, permite-lhes sobreviver onde nada mais consiga, como, por exemplo, nas águas geladas do Ártico. Agora esses microrganismos estão repelindo o mais cerrado ataque à sua existência, as drogas antimicrobianas (KONEMAN, 2008; TORTORA, 2005; ROSSI, 2005). Cem anos atrás, sabia-se que alguns microrganismos causavam doenças, mas ninguém ouvia falar em medicamentos antimicrobianos. Assim, se uma pessoa apresentasse uma doença infecciosa grave, os médicos pouco tinham a oferecer em matéria de tratamento a não ser apoio emocional. O sistema imunológico tinha de combater sozinho a infecção. Caso o mesmo não fosse fortalecido, o resultado não raro era trágico. Mesmo um pequeno arranhão, infectado por um microrganismo, podia causar a morte (KONEMAN, 2008; ROSSI, 2005; ANVISA, 2000). A descoberta das primeiras drogas antimicrobianas seguras - os antibióticos - revolucionou a medicina. O uso clínico de drogas à base de sulfa, nos anos 30, e de medicamentos como a penicilina e a estreptomicina, nos anos 40, levou a muitas descobertas nas décadas seguintes. Nos anos 90, o arsenal antibiótico já incluía, em média, 150 compostos em 15 categorias diferentes (ROSSI, 2005; BARROS, 2008; TRABULSI, 2004). No entanto, a dependência e uso indiscriminado de antibióticos têm tido consequências desastrosas. As doenças infecciosas persistem e são uma das principais causas de mortes no mundo. Outros fatores da propagação de doenças infecciosas incluem o caos da guerra, a ampla desnutrição nos países subdesenvolvidos, a falta de água limpa e de saneamento básico, viagens internacionais rápidas e mudanças climáticas globais (ROSSI, 2005; SOUSA, 2011; ANVISA, 2004). As infecções no âmbito hospitalar e a resistência bacteriana são os maiores problemas nosocomiais de hoje, juntamente com o uso indiscriminado de antibióticos. Não raro observamos várias espécies de bactérias resistentes à maioria das drogas de escolha para seu tratamento. As infecções relacionadas à assistência à saúde, mais comumente denominadas infecções hospitalares, são aquelas que não apresentam qualquer evidência de estarem presentes ou em incubação no momento da admissão a um hospital; é adquirida como resultado de uma hospitalização. Os Centros de Prevenção e Controle de Doenças (CDC) estimam que 5 a 15% de todos os pacientes hospitalizados adquirem algum tipo de infecção hospitalar. As infecções hospitalares resultam da interação de vários fatores, tais como: os microrganismos no ambiente hospitalar, o estado comprometido (ou enfraquecido) do hospedeiro, e a cadeia de transmissão no hospital (TORTORA, 2005; MENEZES, 2007; CORREA, 2008). Diferentes microrganismos como bactérias, fungos, e vírus causam infecções hospitalares. O grupo de patógenos, no entanto, que se destaca é o das bactérias que constituem a flora humana e que normalmente não trazem risco a indivíduos saudáveis, devido sua baixa virulência, mas que podem causar infecção em indivíduos com estado clínico comprometido (ANVISA, 2004; ANDRADE, 2006). Embora todos os esforços sejam feitos para exterminar ou impedir o crescimento de microrganismos no hospital, o ambiente hospitalar é um importante reservatório para uma variedade de patógenos. Uma razão é que certos membros da microbiota normal do corpo humano são oportunistas e apresentam um risco particularmente intenso para pacientes hospitalizados. De fato, a maioria dos microrganismos que causam infecções hospitalares não causa doença em pessoas saudáveis, mas são patógenos somente para indivíduos cujas Revista UNILUS Ensino e Pesquisa, v. 14, n. 35, abr./jun. 2017, ISSN (eletrônico) p. 6

3 ELOÁ ROVENTINI ANDRADE, MARCOS MONTANI CASEIRO, LUIZ HENRIQUE GAGLIANI defesas foram enfraquecidas pela doença ou terapia (TORTORA, 2005; MENEZES, 2007, TRABULSI, 2004). Além de serem oportunistas, alguns microrganismos em hospitais tornam-se resistentes a fármacos antimicrobianos, que são comumente usados. Por exemplo, algumas bactérias Gram negativas se tornam difíceis de serem controladas com antibióticos, e múltiplos fatores de resistência são produzidos. Essas linhagens tornam-se parte da flora dos pacientes e da equipe hospitalar e ficam progressivamente mais resistentes à terapia com antibióticos. Desse modo, as pessoas tornam-se parte do reservatório (e da cadeia de transmissão) das linhagens de bactérias resistentes aos antibióticos. Normalmente, se a resistência do hospedeiro é alta, as novas linhagens não são um problema muito grande. Porém, se a doença, cirurgia ou trauma enfraquecem as defesas do hospedeiro, as infecções secundárias podem ser difíceis de tratar (KONEMAN, 2008; TORTORA, 2005; MENEZES, 2007). Nas décadas de 40 e 50, a maioria das infecções hospitalares era causada por bactérias Gram positivas. Em dado momento, a bactéria Gram positiva Staphylococcus aureus era a principal causa das infecções hospitalares. Na década de 70, bastonetes Gram Negativos, como Escherichia coli e Pseudomonas aeruginosa, eram os principais responsáveis pelas infecções hospitalares. Durante a década de 80, o Staphylococcus aureus resistente a antibióticos, os estafilococos coagulase negativos e o Enterococcus spp. surgiram como patógenos nosocomiais. Na década de 90, essas bactérias Gram positivas eram responsáveis por 34% das infecções hospitalares e quatro patógenos Gram negativos respondiam por 32% das infecções. Em 2000, a resistência a antibióticos nas infecções hospitalares começa a crescer, sendo observada tanto em Gram negativos como em Gram positivos, tornando-se uma grande preocupação em todas as instituições de saúde (TORTORA, 2005; MENEZES, 2007). MATERIAL E MÉTODO Após a aprovação do protocolo de pesquisa pelo Comitê de Ética em Seres Humanos UNILUS, o estudo foi realizado com amostras recebidas no laboratório de microbiologia no ano de 2010 de pacientes internados em um hospital particular no município de Santos, SP. O desenho do estudo foi observacional e transversal, sendo que o laboratório do hospital recebe as amostras de pacientes internados e de pacientes de ambulatório. Os materiais biológicos, que não eram hemocultura, foram semeados em meios de cultura apropriados e, quando necessário, foram colocados em caldo de enriquecimento BHI e semeados após 24 horas. As amostras que não obtiveram crescimento foram liberadas como negativas após 24 ou 48 horas (dependendo do material) de incubação em estufa ºC. As amostras positivas foram submetidas à coloração de Gram, para visualização de morfologia. Sabida a morfologia, as amostras que apresentaram positividade para Cocos Gram positivos ou Bacilos Gram negativos foram submetidas à análise no aparelho Vitek 2 Compact para identificação bacteriana, teste de sensibilidade aos antimicrobianos e detecção do mecanismo de resistência. O resultado é liberado pelo aparelho após, no máximo, 18 horas de incubação e liberado no sistema para avaliação do clínico. O aparelho Vitek 2 Compact passa por constante controle de qualidade interno e recebe manutenção preventiva anualmente. As amostras provenientes de coleta venosa ou arterial (hemoculturas) foram processadas, inicialmente, de outra forma. Estas foram coletadas em frascos apropriados, que continham caldo de enriquecimento e inibidores de antibióticos e foram colocadas no aparelho BacT/Alert 3D. O mesmo mantém os frascos coletados incubados à temperatura de 35º C. As amostras negativas são liberadas pelo aparelho após 5 dias de incubação e, as positivas, são liberadas após detecção de positividade pelo aparelho, emitindo um sinal sonoro. Sendo assim, a amostra positiva é retirada do aparelho, semeada em meios de cultura apropriados e uma lâmina é feita, para análise da morfologia, segundo Gram. A Revista UNILUS Ensino e Pesquisa, v. 14, n. 35, abr./jun. 2017, ISSN (eletrônico) p. 7

4 ESTUDO DA PREVALÊNCIA BACTERIANA E RESISTÊNCIA AOS ANTIMICROBIANOS ISOLADOS DE MATERIAIS BIOLÓGICOS EM HOSPITAL, NO MUNICÍPIO DE SANTOS SP BRASIL / STUDY OF BACTERIAL PREVALENCE AND RESISTANCE TO ANTIMICROBIALS ISOLATED FROM BIOLOGICAL MATERIALS IN HOSPITAL, IN THE MUNICIPALITY OF SANTOS SP BRAZIL análise da cepa proveniente do crescimento em hemocultura é feita da mesma forma que as outras amostras, como descrito anteriormente. Todas as hemoculturas são cadastradas no aparelho antes de serem colocadas no mesmo, fazendo com que uma estatística seja gerada. O aparelho BacT/Alert 3D também passa por controles de qualidade. A coleta de dados, dos itens registro de pacientes, data de coleta, setor hospitalar, material biológico, microrganismos e antibiograma foram realizadas por pesquisa no software Observa. Este software é acoplado aos aparelhos Vitek 2 Compact e BacT/Alert 3D e funciona como uma forma de armazenamento de dados das amostras positivas que foram processadas no Vitek 2 Compact. Outros dados como idade e sexo foram pesquisados no sistema informatizado laboratorial. Para a coleta de dados, foram padronizadas as amostras que obtiveram crescimento bacteriano. Com alguns critérios de exclusão Para elaboração de uma tabela para melhor visualização dos dados, as colunas foram separadas por: data de coleta, registro do paciente, nome do paciente, sexo, idade, setor hospitalar, material biológico, microrganismo e antibióticos testados. As amostras de material biológico seguiram um padrão de agrupamento, sendo assim, foram separadas por: Sangue, Urina, Ponta de Cateter, Líquidos (especificando cada um) e Secreções em geral. Os dados foram cruzados para analisar epidemiologia dos microrganismos e suas respectivas resistências aos antibióticos. MATERIAIS BIOLÓGICOS DE PACIENTES INTERNADOS, RECEBIDOS NO LABORATÓRIO DE MICROBIOLOGIA, NO ANO DE 2010 Tabela 1 - Materiais Biológicos recebidos para a microbiologia no ano de Material Valor Absoluto Valor Relativo (%) Culturas em geral (líquidos e secreções) ,8 Ponta de cateter 182 2,2 Urocultura ,7 Hemocultura ,3 Total MATERIAIS BIOLÓGICOS DE PACIENTES INTERNADOS, QUE OBTIVERAM CRESCIMENTO, NO ANO DE 2010 Tabela 2 - Materiais biológicos que obtiveram crescimento. Material Valor Absoluto Valor Relativo (%) Líquidos em geral 48 3,0 Secreções em geral ,0 Ponta de cateter 60 3,7 Urocultura ,0 Hemocultura ,3 Total Revista UNILUS Ensino e Pesquisa, v. 14, n. 35, abr./jun. 2017, ISSN (eletrônico) p. 8

5 ELOÁ ROVENTINI ANDRADE, MARCOS MONTANI CASEIRO, LUIZ HENRIQUE GAGLIANI MATERIAIS BIOLÓGICOS DE PACIENTES INTERNADOS, QUE OBTIVERAM CRESCIMENTO, NO ANO DE 2010 (APÓS ADOÇÃO DE CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO) Quadro 1 - Materiais biológicos que obtiveram crescimento, após critérios de exclusão. Material Valor Absoluto Valor Relativo (%) Líquido Biliar 01 0,1 Líquido Mediastinal 01 0,1 Líquidos Líquido Peritoneal 16 1,3 Líquido Pleural 16 1,3 Líquor 05 0,3 Total 39 3,1 Secreções em geral ,9 Ponta de cateter 35 2,8 Urocultura ,7 Hemocultura ,5 Total CRITÉRIOS DE INCLUSÃO a) Foram analisadas amostras de materiais biológicos de pacientes que estavam internados no hospital particular em Santos SP no período de janeiro a dezembro de 2010; b) Todas as amostras que foram encaminhadas para o laboratório de microbiologia e obtiveram crescimento bacteriano. CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO Inicialmente, na primeira busca geral ao banco de dados, os critérios de exclusão adotados foram: a) Amostras que não foram processadas em 2010; b) Amostras de pacientes não hospitalizados, mesmo que suas infecções tenham sido adquiridas no âmbito hospitalar; c) Amostras que não continham teste de sensibilidade aos antimicrobianos; d) Amostras com crescimento polimicrobiano. Após a construção da tabela 1 com o total de amostras de 1614, foram adotados mais alguns critérios de exclusão para a redução de algumas amostras, e estes foram: a) Pacientes com amostras duplicadas, como, por exemplo, hemocultura (geralmente colhe-se um par); b) Pacientes que tinham mais de um material biológico com o mesmo microrganismo e perfil de resistência. Neste caso, foi selecionado o outro(os) excluído(s). Sendo assim, a amostragem resultante foi de 1263 amostras, total que foi usado para a realização da estatística. Revista UNILUS Ensino e Pesquisa, v. 14, n. 35, abr./jun. 2017, ISSN (eletrônico) p. 9

6 ESTUDO DA PREVALÊNCIA BACTERIANA E RESISTÊNCIA AOS ANTIMICROBIANOS ISOLADOS DE MATERIAIS BIOLÓGICOS EM HOSPITAL, NO MUNICÍPIO DE SANTOS SP BRASIL / STUDY OF BACTERIAL PREVALENCE AND RESISTANCE TO ANTIMICROBIALS ISOLATED FROM BIOLOGICAL MATERIALS IN HOSPITAL, IN THE MUNICIPALITY OF SANTOS SP BRAZIL COLETA E ENVIO DE AMOSTRAS As amostras de materiais biológicos de pacientes internados normalmente são coletadas por funcionários do hospital (auxiliares de enfermagem, enfermeiros e coletadores do laboratório) ou médicos. Os mesmos são devidamente treinados e recebem o material adequado para a coleta e preservação do material biológico até sua chegada no laboratório de microbiologia. ANÁLISES ESTATÍSTICAS Inicialmente todos os dados foram colocados em uma planilha EXCEL, Microsoft, 2010, onde cada variável de interesse foi colocada em coluna, e cada amostra corresponde a uma linha. Posteriormente para a análise dos dados foi utilizado o programa, Statistical Package for the Social Sciences (SPSS versão 18 para Windows). As análises estatísticas descritivas foram realizadas para todas as variáveis de interesse do estudo. As variáveis qualitativas foram apresentadas através de valores absolutos e relativos. As variáveis quantitativas foram apresentadas através dos seus valores de tendência central e de dispersão. RESULTADOS Foram analisadas todas as amostras recebidas, de pacientes internados, no laboratório de microbiologia no ano de 2010, subtotalizando 8211 amostras. Deste total, apenas 1614 amostras (ou 19,7%) resultaram em crescimento bacteriano (Gráfico 1). Após adoção de alguns critérios de exclusão, como citado anteriormente, o total obtido foi de 1263 amostras, valor que foi utilizado para as análises estatísticas a seguir, que avaliam o perfil dos pacientes e a prevalência das bactérias nos materiais biológicos (Tabelas 3-4; 6-17 e Gráficos 1-7). Gráfico 1 Total de amostras recebidas no laboratório de microbiologia que obtiveram crescimento bacteriano no ano de Revista UNILUS Ensino e Pesquisa, v. 14, n. 35, abr./jun. 2017, ISSN (eletrônico) p. 10

7 ELOÁ ROVENTINI ANDRADE, MARCOS MONTANI CASEIRO, LUIZ HENRIQUE GAGLIANI Gráfico 2 Amostras que obtiveram crescimento bacteriano no ano de 2010 categorizadas por material biológico. Das amostras que obtiveram crescimento, observa-se que ocorreu da seguinte forma: Sangue (34%), Secreções (31%), Urina (28%), Ponta de Cateter (4%) e Líquidos (3%) (Gráfico 2). Os dados a seguir foram utilizados a partir de tabela gerada após adoção dos critérios de exclusão (N= 1263): Tabela 3 Distribuição por sexo dos pacientes que realizaram exames microbiológicos. Sexo Frequência % Feminino ,16 Masculino ,84 Total Gráfico 3 Distribuição categorizada por faixa de idade e sexo dos pacientes que realizaram exames microbiológicos. A idade dos pacientes variava de 0 a 100 anos. Para facilitar a visualização, as idades foram categorizadas, seguindo padrões do estatuto da criança e do adolescente, estatuto do idoso e dados epidemiológicos, conforme citado abaixo: Revista UNILUS Ensino e Pesquisa, v. 14, n. 35, abr./jun. 2017, ISSN (eletrônico) p. 11

8 ESTUDO DA PREVALÊNCIA BACTERIANA E RESISTÊNCIA AOS ANTIMICROBIANOS ISOLADOS DE MATERIAIS BIOLÓGICOS EM HOSPITAL, NO MUNICÍPIO DE SANTOS SP BRASIL / STUDY OF BACTERIAL PREVALENCE AND RESISTANCE TO ANTIMICROBIALS ISOLATED FROM BIOLOGICAL MATERIALS IN HOSPITAL, IN THE MUNICIPALITY OF SANTOS SP BRAZIL Tabela 4 a) Infantil (0-1 ano); b) Infanto-juvenil (2 17 anos); c) Adulto (18 59 anos); d) Idoso (> 60 anos). Distribuição de microrganismos isolados dos materiais biológicos que obtiveram crescimento bacteriano no ano de Microrganismo Frequência % Acinetobacter baumannii 104 8,2 Burkholderia cepacia 8 0,6 Citrobacter koseri 4 0,3 Enterobacter aerogenes 16 1,3 Enterobacter cloacae 32 2,5 Enterococcus faecalis 47 3,7 Enterococcus faecium 2 0,2 Escherichia coli ,4 Klebsiella oxytoca 8 0,6 Klebsiella pneumoniae ,0 Morganella morganii 15 1,2 Proteus mirabilis 55 4,4 Providencia stuartii 1 0,1 Pseudomonas aeruginosa ,0 Salmonella spp 1 0,1 Serratia marcescens 37 2,9 Staphylococcus aureus 104 8,2 Staphylococcus coagulase negativa ,7 Stenotrophomonas maltophilia 11 0,9 Streptococcus agalactiae 5 0,4 Streptococcus pneumoniae 10 0,8 Streptococcus pyogenes 1 0,1 Streptococcus viridans 6 0,5 Total Revista UNILUS Ensino e Pesquisa, v. 14, n. 35, abr./jun. 2017, ISSN (eletrônico) p. 12

9 ELOÁ ROVENTINI ANDRADE, MARCOS MONTANI CASEIRO, LUIZ HENRIQUE GAGLIANI Gráfico 4 Distribuição de Microrganismos isolados X Sexo dos pacientes, de amostras que obtiveram crescimento bacteriano no ano de Os microrganismos mais prevalentes foram utilizados como destaque no trabalho. A seguir, encontram-se as análises respectivas. Gráfico 5 Distribuição dos microrganismos mais prevalentes segundo o setor hospitalar, e sua distribuição porcentual. Revista UNILUS Ensino e Pesquisa, v. 14, n. 35, abr./jun. 2017, ISSN (eletrônico) p. 13

10 ESTUDO DA PREVALÊNCIA BACTERIANA E RESISTÊNCIA AOS ANTIMICROBIANOS ISOLADOS DE MATERIAIS BIOLÓGICOS EM HOSPITAL, NO MUNICÍPIO DE SANTOS SP BRASIL / STUDY OF BACTERIAL PREVALENCE AND RESISTANCE TO ANTIMICROBIALS ISOLATED FROM BIOLOGICAL MATERIALS IN HOSPITAL, IN THE MUNICIPALITY OF SANTOS SP BRAZIL Gráfico 6 Distribuição dos microrganismos mais prevalentes segundo o tipo de material biológico coletado. Devido a grande quantidade de Staphylococcus coagulase negativa nas amostras de hemocultura e o conhecimento de seu potencial contaminante nestas amostras, voltouse à primeira planilha, sem excluir uma das duas amostras, para verificação de positividade em apenas uma das amostras ou nas duas amostras. Tabela 5 Distribuição de Staphylococcus coagulase negativa por positividade em amostras de hemocultura. Hemocultura positiva Valor absoluto Valor relativo 1 amostras positivas ,9% 2 amostras positivas 19 6,1% Total % Revista UNILUS Ensino e Pesquisa, v. 14, n. 35, abr./jun. 2017, ISSN (eletrônico) p. 14

11 ELOÁ ROVENTINI ANDRADE, MARCOS MONTANI CASEIRO, LUIZ HENRIQUE GAGLIANI Gráfico 7 Distribuição dos microorganismos mais prevalentes segundo a faixa etária dos pacientes. As tabelas a seguir (6-11) mostram os antimicrobianos que foram padronizados no estudo, por serem os mais utilizados e indicados no tratamento das bactérias mais frequentes. Para a seleção dos antimicrobianos foram consultadas as seguintes fontes: Projeto Diretrizes Médicas de inúmeras patologias, site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), SCHI e farmácia do hospital em questão. Tabela 6 Perfil do Teste de Sensibilidade aos Antimicrobianos padronizados para Staphylococcus aureus (n=104). Antibicrobiano S I R NT Clindamicina 31 (29,9%) - 73 (70,1%) - Oxacilina 36(34,6%) - 68 (65,4%) - Vancomicina 104 (100%) Teicoplanina 98 (94,2%) 5 (4,9%) 1 (0,9%) - Linezolida 104 (100%) Tabela 7 S Sensível; I Intermediário; R - Resistente; NT Não testado Perfil do Teste de Sensibilidade aos Antimicrobianos padronizados para Pseudomonas aeruginosa (n=151). Antimicrobiano S I R NT Cefepime 67 (44,4%) 21 (13,9%) 63 (41,7%) - Meropenem 76 (50,3%) - 75 (49,7%) - Ciprofloxacino 57 (37,8%) 10 (6,6%) 84 (55,6%) - Colistina/Polimixi na Piperacilina/Tazob actam 105 (69,5%) (30,5%) 66 (43,7%) - 85 (56,3%) - S Sensível; I Intermediário; R - Resistente; NT Não testado Revista UNILUS Ensino e Pesquisa, v. 14, n. 35, abr./jun. 2017, ISSN (eletrônico) p. 15

12 ESTUDO DA PREVALÊNCIA BACTERIANA E RESISTÊNCIA AOS ANTIMICROBIANOS ISOLADOS DE MATERIAIS BIOLÓGICOS EM HOSPITAL, NO MUNICÍPIO DE SANTOS SP BRASIL / STUDY OF BACTERIAL PREVALENCE AND RESISTANCE TO ANTIMICROBIALS ISOLATED FROM BIOLOGICAL MATERIALS IN HOSPITAL, IN THE MUNICIPALITY OF SANTOS SP BRAZIL Tabela 8 Perfil do Teste de Sensibilidade aos Antimicrobianos padronizados para Acinetobacter baumannii (n=104). Antimicrobiano S I R NT Meropenem 13 (12,5%) - 91 (87,5%) - Ampicilina/ Sulbactam Colistina/ Polimixina Tabela 9 15 (14,4%) 14 (13,5%) 64 (61,5%) 11 (10,6%) 93 (89,4%) (10,6%) S Sensível; I Intermediário; R - Resistente; NT Não testado Perfil do Teste de Sensibilidade aos Antimicrobianos padronizados para Escherichia coli (n=232). Antimicrobiano S I R NT Ciprofloxacino 108 (46,5%) 2 (0,9%) 122 (52,6%) - Meropenem 232 (100%) Ertapenem 232 (100%) Amicacina 227 (97,8%) - 5 (2,2%) - Gentamicina 187 (80,6%) 4 (1,7%) 41 (17,7%) - Cefepime 199 (85,8%) - 33 (14,2%) - Tabela 10 S Sensível; I Intermediário; R - Resistente; NT Não testado Perfil do Teste de Sensibilidade aos Antimicrobianos padronizados para Klebsiella pneumoniae (n=126). Antimicrobiano S I R NT Ciprofloxacino 52 (41,3%) 2 (1,6%) 72 (57,1%) - Meropenem 124 (98,4%) - 2 (1,6%) - Ertapenem 124 (98,4%) - 2 (1,6%) - Amicacina 117 (92,8%) 4 (3,2%) 5 (4,0%) - Gentamicina 82 (65,1%) 3 (2,4%) 41 (32,5%) - Tabela 11 Cefepime 50 (39,7%) - 76 (60,3%) - S Sensível; I Intermediário; R - Resistente; NT Não testado Perfil do Teste de Sensibilidade aos Antimicrobianos padronizados para Enterococcus spp. (E. Faecalis e E. Faecium) (n=49). Antimicrobiano S I R NT Ampicilina 49 (100%) Penicilina 35 (71,4%) - 14 (28,6%) - Vancomicina 49 (100%) Linezolida 49 (100%) S Sensível; I Intermediário; R - Resistente; NT Não testado Os microrganismos de emergência hospitalar e os multi-resistentes também foram analisados. Enquadram-se neste grupo as seguintes ocorrências: a) Acinetobacter baumannii resistente aos Carbapenêmicos; Revista UNILUS Ensino e Pesquisa, v. 14, n. 35, abr./jun. 2017, ISSN (eletrônico) p. 16

13 ELOÁ ROVENTINI ANDRADE, MARCOS MONTANI CASEIRO, LUIZ HENRIQUE GAGLIANI b) Pseudomonas aeruginosa resistente aos Carbapenêmicos; c) Staphylococcus aureus resistente à Oxacilina (MRSA); d) Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae e Klebsiella oxytoca com teste de ESBL positivo. e) Enterococcus sp. resistente à Vancomicina (VRE). A seguir, encontram-se os cruzamentos realizados para verificação da prevalência dos microrganismos citados acima (Tabelas 12 17): Tabela 12 Distribuição de Acinetobacter baumannii e Pseudomonas aeruginosa por setores hospitalares. Setores A. baumannii P. aeruginosa Total Enfermaria 32 (30,6%) 72(47,7%) 104 (40,8%) UTI Cardiológica 8 (7,8%) 12 (8,0%) 20 (7,8%) UTI Geral 61 (58,7%) 62 (41,0%) 123 (48,3%) UTI Neo/Infantil 3 (2,9%) 5 (3,3%) 8 (3,1%) Tabela 13 Total 104 (100%) 151 (100%) 255 (100%) Distribuição de Acinetobacter baumannii e Pseudomonas aeruginosa Resistente aos Carbapenêmicos por setores hospitalares. Setores A. baumannii P. aeruginosa Total Total Geral Enfermaria 29 (90,6%) 31 (43,0%) UTI Cardiológica 7 (87,5%) 6 (50,0%) UTI Geral 54 (88,5%) 37 (59,6%) UTI Neo/Infantil 1 (33,3%) 5 (20,0%) 2 8 Total 91 (87,5%) 75 (49,5%) 166 (100%) - Total Geral 104 (100%) 151 (100%) (100%) Tabela 14 Tabela 15 Distribuição de Staphylococcus aureus Resistente ao antimicrobiano Oxacilina por setores hospitalares. Setores S. aureus R Oxacilina S. aureus Total Enfermaria 31 (67,3%) 46 UTI Cardiológica 5 (41,6%) 12 UTI Geral 31 (68,8%) 45 UTI Neo/Infantil 1 (100%) 1 Total 68 (65,4%) 104 (100%) Distribuição de Escherichia coli com o resultado do teste de ESBL positivo por setores hospitalares. Setores E. coli ESBL + E. coli Total Enfermaria 22 (13,5%) 162 UTI Cardiológica 4 (23,5%) 17 UTI Geral 7 (13,2%) 53 UTI Neo/Infantil 0 (0%) 0 Total 33 (16,3%) 202 (100%) Revista UNILUS Ensino e Pesquisa, v. 14, n. 35, abr./jun. 2017, ISSN (eletrônico) p. 17

14 ESTUDO DA PREVALÊNCIA BACTERIANA E RESISTÊNCIA AOS ANTIMICROBIANOS ISOLADOS DE MATERIAIS BIOLÓGICOS EM HOSPITAL, NO MUNICÍPIO DE SANTOS SP BRASIL / STUDY OF BACTERIAL PREVALENCE AND RESISTANCE TO ANTIMICROBIALS ISOLATED FROM BIOLOGICAL MATERIALS IN HOSPITAL, IN THE MUNICIPALITY OF SANTOS SP BRAZIL Tabela 16 Distribuição de Klebsiella pneumoniae com o resultado do teste de ESBL positivo por setores hospitalares. Setores K. pneumoniae ESBL + K. pneumoniae Total Enfermaria 34 (55,7%) 61 UTI Cardiológica 6 (46,1%) 13 UTI Geral 30 (60,0%) 50 UTI Neo/Infantil 0 (0%) 2 Tabela 17 DISCUSSÃO Total 70 (55,5%) 126 (100%) Distribuição de Klebsiella oxytoca com o resultado do teste de ESBL positivo por setores hospitalares. Setores K. oxytoca ESBL + K. oxytoca Total Enfermaria 2 (33,3%) 6 UTI Cardiológica 0 (0%) 2 UTI Geral 0 (0%) 0 UTI Neo/Infantil 0 (0%) 0 Total 2 (25,0%) 8 (100%) As infecções relacionadas à assistência à saúde atingem o mundo todo e representam uma das grandes causas de morte em pacientes hospitalizados. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, a taxa média de infecção hospitalar é de cerca 15%, ao passo que nos EUA e na Europa é de 10%. Cabe lembrar, no entanto, que o índice de infecção hospitalar varia significativamente, pois está diretamente relacionada com o nível de atendimento e complexidade de cada hospital (ANVISA, 2004; ANDRADE, 2006). Em nosso país, a incidência de infecções hospitalares é maior nos hospitais universitários ou de ensino do que nos demais hospitais da comunidade. Esse aumento é atribuído à maior gravidade das doenças e/ou aos casos ou procedimentos mais complicados realizados nos hospitais de ensino (MENEZES, 2007). A infecção hospitalar representa um desafio na prática clínica do paciente hospitalizado. A sua ocorrência pode ser determinada por um aumento considerável no período de hospitalização, práticas invasivas (como, por exemplo, cateterização), interação mais efetiva dos pacientes com vários profissionais da área de saúde, além de estudantes e membros da equipe, da morbimortalidade e, paralelamente contribui na elevação dos custos hospitalares. Os pacientes hospitalizados, em especial, na Unidade de Terapia Intensiva, são particularmente mais susceptíveis à infecção hospitalar, dada as suas condições clínicas, que exigem procedimentos invasivos e terapia antimicrobiana (ANDRADE, 2006; MENEZES, 2007; ANVISA, 2004; OLIVEIRA, 2010; TURRINI, 2000). A literatura tem mostrado que o sistema de auditoria dos antimicrobianos prescritos por equipe multidisciplinar dedicada a essa função é a forma mais eficaz de racionalizar esse uso, passando então a ser ferramenta fundamental do sistema preventivo. Em vários hospitais a liberação do antimicrobiano para uso do paciente se dá apenas após o parecer da CCIH. Para seleção dos antimicrobianos a serem prescritos, sempre devem ser considerados três aspectos fundamentais: o estado clínico do paciente, o local ou sítio da infecção e o agente etiológico presumido ou comprovado. Portanto, tendo em vista o grande número de antimicrobianos disponíveis, a complexidade de Revista UNILUS Ensino e Pesquisa, v. 14, n. 35, abr./jun. 2017, ISSN (eletrônico) p. 18

15 ELOÁ ROVENTINI ANDRADE, MARCOS MONTANI CASEIRO, LUIZ HENRIQUE GAGLIANI determinados tipos de infecção, e os diversos mecanismos de resistência apresentados pelos microrganismos, passou também a ser mais complexa a correta avaliação da sensibilidade aos agentes antimicrobianos (OLIVEIRA, 2010; ANDRADE, 2006; MENEZES, 2007). O presente trabalhou visou, com um estudo retrospectivo, avaliar a prevalência bacteriana e a resistência aos antimicrobianos isolados de materiais biológicos em um hospital particular no município de Santos/SP. Foi observado crescimento em 19,7% das 8211 amostras recebidas (Gráfico 1). Este baixo número de crescimento bacterianos pode ser explicado por vários fatores: Ausência de indicação clínica da coleta, Uso de antimicrobianos, Coleta inadequada do material, Envio em meio de transporte inadequado, Semeadura tardia do material, entre outros. Destas amostras que obtiveram crescimento, 34% eram provenientes de amostras de hemocultura (sangue), 31% de secreções, 28% de urina, 4% de culturas de ponta de cateter e 3% de líquidos em geral (Gráfico 2). 53,84 % dos pacientes com amostras positivas eram do sexo masculino e 71,4% do total tinham a idade igual ou superior a 60 anos (Tabela 3; Gráfico 3). O motivo do número de idosos ser muito maior que as outras faixas etárias estudadas podem, talvez, ser explicado pelo fato da população atendida no hospital ser na sua grande maioria de idosos. Segundo dados do IBGE de 2009, a Baixada Santista possui uma população total de habitantes e destes, são idosos, correspondendo a 12,0% da população residente. O município de Santos possui uma população de habitantes. Destes, pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, correspondendo a 18,66% da população residente, destacando-se como uma das cidades com maior número de idosos do país. Segundo BOAS, 2004, os idosos frequentemente necessitam de internação hospitalar para cuidados de suas condições clínicas. Porém, a infecção adquirida em ambiente hospitalar assume grande importância nesse grupo etário devido à alta taxa de letalidade. Segundo o autor, o indivíduo idoso está mais suscetível a adquirir infecção hospitalar devido a alterações fisiológicas do envelhecimento, declínio da resposta imunológica e realização de procedimentos invasivos. Os microrganismos mais frequentemente isolados na área hospitalar foram: Staphylococcus coagulase negativa (N= 287; 22,7%), Escherichia coli (N= 232; 18,4%), Pseudomonas aeruginosa (N= 151; 12,0%), Klebsiella pneumoniae (N= 126; 10,0%), Staphylococcus aureus (N= 104; 8,2%) e Acinetobacter baumannii (N= 104; 8,2%) (Tabela 4). Nas Enfermarias, os microrganismos mais encontrados respeitaram a seguinte ordem: Escherichia coli, Staphylococcus coagulase negativa e Pseudomonas aeruginosa. Já a flora da UTI Geral respeitou a seguinte seqüência: Staphylococcus coagulase negativa, Pseudomonas aeruginosa e Acinetobacter baumannii, seguido de Escherichia coli. A UTI Infantil tem maior prevalência de Staphylococcus coagulase negativa e a UTI Cardiológica não difere demais os microrganismos (Gráfico 5). De acordo com o material biológico, a prevalência encontrada em relação aos microrganismos mais isolados foi a seguinte (Gráfico 6): a) Sangue: Staphylococcus coagulase negativa (58,5%), Staphylococcus aureus (9,9%), Escherichia coli (5,3%), Acinetobacter baumannii (4,4%) e Klebsiella pneumoniae (4,4%); b) Secreções: Pseudomonas aeruginosa (22,8%), Acinetobacter baumannii (15,6%), Klebsiella pneumoniae (14,1%), Staphylococcus aureus (11,1%) e Escherichia coli (4,4%); c) Ponta de Cateter: Staphylococcus aureus (20,0%), Acinetobacter baumannii (20,0%), Staphylococcus coagulase negativa (17,1%), Klebsiella pneumoniae (11,4%), Pseudomonas aeruginosa (8,6%); d) Urina: Escherichia coli (45,7%), Pseudomonas aeruginosa (12,5%) e Klebsiella pneumoniae (12,0%); Revista UNILUS Ensino e Pesquisa, v. 14, n. 35, abr./jun. 2017, ISSN (eletrônico) p. 19

16 ESTUDO DA PREVALÊNCIA BACTERIANA E RESISTÊNCIA AOS ANTIMICROBIANOS ISOLADOS DE MATERIAIS BIOLÓGICOS EM HOSPITAL, NO MUNICÍPIO DE SANTOS SP BRASIL / STUDY OF BACTERIAL PREVALENCE AND RESISTANCE TO ANTIMICROBIALS ISOLATED FROM BIOLOGICAL MATERIALS IN HOSPITAL, IN THE MUNICIPALITY OF SANTOS SP BRAZIL e) Líquidos: Escherichia coli (25,0%), Staphylococcus aureus (18,8%), Acinetobacter baumannii (12.5%), Pseudomonas aeruginosa (6,3%), Staphylococcus coagulase negativa (6,3%) e Klebsiella pneumoniae (6,3%). A grande positividade (93,9%) de Staphylococcus coagulase negativa em apenas uma das amostras coletadas é um agravante, pois estes microrganismos são importantes agentes etiológicos das bacteremias hospitalares e frequentemente considerados como contaminantes de hemoculturas (Tabela 5). Em um estudo de RUBIO et. al. 1997, no período de outubro de 1990 a setembro de 1992, foram estudadas 300 hemoculturas positivas para Staphylococcus coagulase negativa no Hospital São Paulo, sendo 141 bacteremias consideradas de origem hospitalar. Com o objetivo de diferenciar as bacteremias hospitalares verdadeiras das contaminantes, foram definidos critérios clínicos e microbiológicos. Apenas 20,6% das bacteremias hospitalares por Staphylococcus coagulase negativa foram consideradas como verdadeiras. A maior freqüência de recém-nascidos internados na unidade de terapia intensiva neonatal, a presença de cateter intravascular e a utilização de nutrição parenteral foram achados significativos. O critério clínico e a positividade da hemocultura até 48 horas após a incubação, utilizados na definição dos autores, foram úteis para caracterizar as bacteremias verdadeiras por Staphylococcus coagulase negativa. Já para CUNHA et. al. 2002, a interpretação de hemoculturas positivas para os ECN é particularmente difícil devido ao fato desses microrganismos colonizarem a pele e as membranas mucosas como comensais, sendo assim, podem contaminar as hemoculturas durante a coleta de sangue. Assim, o diagnóstico de bacteremia tem sido feito com base nos dados clínicos dos pacientes e no isolamento de microrganismos idênticos em duas ou mais hemoculturas. As culturas em que ocorre o crescimento de múltiplas linhagens ou de espécies de Staphylococcus coagulase negativa, em associação às outras espécies de microrganismos, são classificadas como contaminantes. Entretanto, como o volume sangüíneo é pequeno em recém-nascidos prematuros com baixo peso, somente uma hemocultura é geralmente realizada para se evitar a necessidade e os riscos de transfusões devido a venopunções constantes. Assim, os neonatologistas têm-se apoiado em critérios clínicos e laboratoriais, tais como letargia, intolerância alimentar, distensão abdominal, deterioração da função respiratória, instabilidade da temperatura corpórea, fatores de risco perinatais e dados hematológicos, dentre outros. Os dados acima foram comparados com alguns artigos, e notou-se que, na maioria das vezes, o mesmo padrão é seguido. Segundo o Boletim Epidemiológico Paulista, (BEPA, 2010), a distribuição dos microrganismos isolados em hemoculturas de pacientes com Infecção Hospitalar, notificados ao Sistema de Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo em 2009 se deu da seguinte forma; Staphylococcus coagulase negativa (30%), Staphylococcus aureus (17%), Klebsiella pneumoniae (9%), Acinetobacter baumannii (9%), Pseudomonas aeruginosa (7%) e Escherichia coli (4%). MENEZES et al., 2007 detectaram no período de janeiro a dezembro de 2002 que houve 34% de positividade de bactérias no aspirado traqueal de pacientes da UTI; 10% de positividade no cateter; 26% de positividade na urina; e 30% de positividade no sangue. As bactérias mais freqüentes do aspirado traqueal foram Pseudomonas aeruginosa (16%) e Klebsiella pneumoniae (15%). Em cateteres, houve maior freqüência de Staphylococcus coagulase negativa (25%) e Staphylococcus aureus (25%); na urina, predominaram Klebsiella pneumoniae (16%) e Pseudomonas aeruginosa (14%). Em hemoculturas, as bactérias mais isoladas foram Staphylococcus coagulase negativa (41%) e Staphylococcus aureus (17%). Sendo assim, os patógenos que mais causaram infecções na UTI do Hospital estudado foram: Pseudomonas aeruginosa, Klebsiella pneumoniae, Acinetobacter baumannii, S. aureus e Staphylococcus coagulase negativa. Quanto ao perfil de sensibilidade/resistência aos antimicrobianos, foi possível observar: Revista UNILUS Ensino e Pesquisa, v. 14, n. 35, abr./jun. 2017, ISSN (eletrônico) p. 20

17 ELOÁ ROVENTINI ANDRADE, MARCOS MONTANI CASEIRO, LUIZ HENRIQUE GAGLIANI a) Staphylococcus aureus: Com 100% de sensibilidade à Vancomicina e Linezolida, a maior preocupante é a resistência à Oxacilina, sendo observada uma resistência global de 65,4% a este antimicrobiano (Tabelas 6 e 14). A Oxacilina (Meticilina) acaba sendo a droga de escolha para o tratamento desta bactéria e quando, encontramos resistência (MRSA), a droga de escolha é a Vancomicina (PROJETO DIRETRIZES, 2012). LICHTENFELS et al., 2008, estudaram a Prevalência de resistência bacteriana nas infecções de ferida operatória em cirurgia arterial periférica. Os pacientes tinham média de idade de 64,2 anos, predominantemente do sexo masculino (70%). A prevalência geral de resistência bacteriana foi 72,5%, e de multirresistência, 60%. O microrganismo mais freqüentemente isolado foi o Staphylococcus aureus (40%), sendo 11 das 16 culturas (68,7%) resistentes a oxacilina. Resistência à vancomicina não foi identificada; b) Pseudomonas aeruginosa e Acinetobacter baumannii: Com sensibilidade de 100% à Colistina/Polimixina, estes dois microrganismos têm em comum o alto índice de resistência aos carbapenêmicos, sendo de 87,5% em Acinetobacter baumanni e 49,6% em Pseudomonas aeruginosa, resitringindo ao máximo o tratamento com outras drogas antimicrobianas (Tabelas 7, 8,12 e 13); c) Escherichia coli e Klebsiella pneumoniae: Excluíndo as cepas ESBL positivas, observa-se uma boa sensibilidade como um todo no perfil dos dois microrganismos. Nota-se uma elevação de resistências às quinolonas, em especial à Ciprofloxacino, girando em torno de 50% (Tabelas 9 e 10). Nas amostras ESBL positivas (Tabelas 15,16 e 17), observa-se maior prevalência nas cepas de Klebsiella pneumoniae, com 55,5%, seguidas de Klebsiella oxytoca (25%) e Escherichia coli (16,3%). Os pacientes colonizados ou com infecção por estas bactérias devem ser isolados, pela grande chance de a enzima, que é plasmídeo mediada, passar para outros pacientes. Também, no período estudado, foram isoladas 2 cepas suspeitas de KPC (Klebsiella pneumoniae Carbapenemase), um tipo de resistência incomum no hospital estudado. As duas cepas foram confirmadas por Biologia Molecular e os dois pacientes foram a óbito. MENEZES et al., 2008, detectaram 57,90% de positividade em hemoculturas de neonatos, sendo que 42,10% foram positivas para Klebsiella pneumoniae. Destas, 81,25% foram cepas produtoras de ESBL. Já PEREIRA et al., 2003, estabeleceu a prevalência da produção de ESBL em amostras de Klebsiella pneumoniae isoladas de hemocultura de pacientes internados no Hospital São Paulo no período de julho de 1996 a julho de Nesse estudo, houveram 72 amostras (53,8%) produtoras de ESBL e 62 (46,2%) como nãoprodutoras. Estes dois estudos nos ajudam a observar que a porcentagem de teste de ESBL positivo para Klebsiella pneumoniae é elevado em outros locais do país, salientando a importância da realização dos testes no laboratório de microbiologia. Segundo o CLSI, é normatizada a realização e liberação do teste de ESBL apenas para Klebsiella pneumoniae, Klebsiella oxytoca e Escherichia coli, mas estudos como o de JONES, 1998, citam que Enterobacter sp., Citrobacter freundii, Morganella morganii, Providencia sp., e Serratia marcescens também possuem mecanismos de resistência mediados por beta-lactamases; d) Enterococcus spp.: Observou-se sensibilidade de 100% à Vancomicina, Linezolida e Ampicilina, excluindo-se a preocupação com as cepas de Enterococcus resistentes à Vancomicina (VRE). Quanto a penicilina, notou-se resistência de 28,6%, sem gerar grandes preocupações com este microrganismo (Tabela 11). Revista UNILUS Ensino e Pesquisa, v. 14, n. 35, abr./jun. 2017, ISSN (eletrônico) p. 21

18 ESTUDO DA PREVALÊNCIA BACTERIANA E RESISTÊNCIA AOS ANTIMICROBIANOS ISOLADOS DE MATERIAIS BIOLÓGICOS EM HOSPITAL, NO MUNICÍPIO DE SANTOS SP BRASIL / STUDY OF BACTERIAL PREVALENCE AND RESISTANCE TO ANTIMICROBIALS ISOLATED FROM BIOLOGICAL MATERIALS IN HOSPITAL, IN THE MUNICIPALITY OF SANTOS SP BRAZIL De Janeiro de 1997 à Dezembro de 2001, com publicação em 2004 por SADER, et al, foi realizado pelo SENTRY um levantamento com várias cepas da América Latina, incluindo o Brasil, onde foram encontrados dados que se igualam e dados que diferem aos do presente estudo. Em Acinetobacter baumannii foi observado 81,9% de sensibilidade ao Meropenem e em Polimixina B, foi apresentada uma sensibilidade de 98,2%. Já em Pseudomonas aeruginosa, foi encontrada sensibilidade de 97% à Polimixina e 64,4% de sensibilidade aos carbapenêmicos. Em Escherichia coli e Klebsiella pneumoniae a sensibilidade à Ciprofloxacino gerava em torno de 84%. Quando se tratou de cocos Gram positivos, em Staphylococcus aureus foi encontrada sensibilidade de 100% à Vancomicina e 56,2% à Oxacilina. Em Enterococcus spp., foi encontrada sensibilidade de 90,2% à Ampicilina, 70,6% à Penicilina, 93,1% à Vancomicina e 100% à Linezolida. O objetivo do laboratório de microbiologia não é apenas apontar o microrganismo responsável por um determinado estado infeccioso, mas sim, indicar, através do monitoramento de populações microbianas, qual o perfil dos microrganismos que estão interagindo com o homem. Com essas informações, a CCIH em junção com a equipe de saúde é capaz de definir quais microrganismos podem ser responsáveis pelo quadro clínico do paciente e assim, propor um tratamento mais adequado, mesmo que empiricamente. No entanto, para alcançar esses objetivos, os laboratórios de microbiologia devem possuir estrutura capaz de estabelecer informações sobre a melhor amostra biológica, reconhecer a flora normal, reconhecer os contaminantes, identificar microrganismos cujo tratamento beneficia o paciente, identificar microrganismos com propósitos epidemiológicos, obter resultados rápidos em casos de emergência, racionalizar no uso de antimicrobianos, realizar o transporte rápido das amostras e o relato dos resultados e manter uma educação médica contínua em relação aos aspectos da infecção hospitalar (ANVISA, 2000; ANVISA, 2004; ROSSI, 2005). CONCLUSÃO Um grande número de bactérias Gram positivas e negativas está envolvido em infecções hospitalares no hospital estudado, sendo que a maior prevalência, na maioria dos materiais biológicos é devido as seguintes bactérias: Staphylococcus coagulase negativa (22,7%), Escherichia coli (18,4%), Pseudomonas aeruginosa (12,0%), Klebsiella pneumoniae (10,0%), Staphylococcus aureus (8,2%) e Acinetobacter baumanni (8,2%). Das 8211 amostras recebidas, 1614 amostras resultaram em crescimento bacteriano, ou seja, houve positividade em apenas 19,7% das amostras, sendo: Sangue (34%), Secreções (31%), Urina (28%), Ponta de Cateter (4%) e Líquidos (3%); 71,4% dos pacientes tinham a idade igual ou superior a 60 anos e, com uma amostragem de 53,84%, o sexo masculino esteve presente em maior proporção. No material de sangue, observamos que o microrganismo causador do maior número de infecções é o Staphylococcus coagulase negativa, seguido pelo Staphylococcus aureus. A grande positividade (93,9%) de Staphylococcus coagulase negativa em apenas uma das amostras coletadas é um agravante, pois estes microrganismos são importantes agentes etiológicos das bacteremias hospitalares e frequentemente, são considerados como contaminantes de hemoculturas. Deve-se, portanto, avaliar o quadro clínico do paciente para correta interpretação do exame. O total de resistência aos carbapenêmicos de Pseudomonas aeruginosa no hospital foi em torno de 49,6% e a de Acinetobacter baumannii girou em torno de 87,5%. Em todos os setores este padrão permaneceu semelhante, excluindo o setor UTI Neonatal/ Infantil, que não se enquadra com os outros setores por obter um número pequeno de positividade nas amostras biológicas. Quanto ao perfil do Staphylococcus aureus foi de 100% de sensibilidade à Vancomicina e Linezolida, e resistência global à Oxacilina de 65,4%; Revista UNILUS Ensino e Pesquisa, v. 14, n. 35, abr./jun. 2017, ISSN (eletrônico) p. 22

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