Quando Suspender as Precauções?

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1 Quando Suspender as Precauções? Nuno Canhoto Serviço de Patologia Clínica do SESARAM. E.P.E. Sector de Microbiologia 1

2 Transmissão dos Microrganismos Vias de transmissão Reservatório/ Fonte Dinâmica da Transmissão Microrganismos Contacto directo Doentes Profissionais de saúde Pessoa a pessoa durante a prestação dos cuidados ex.: transmissão por aperto de mão, palpação abdominal, cuidados de higiene. Staphylococcus aureus, Enterococcus faecium, Bacilos Gram negativos, Vírus respiratórios Contacto indirecto Instrumentos e equipamento de uso clínico A transmissão ocorre passivamente através de um objeto intermediário (normalmente inanimado); ex.: transmissão por não mudar luvas entre doentes, partilha de estetoscópio... Salmonella spp., Pseudomonas, Acinetobacter, S. maltophilia. 2

3 Transmissão dos Microrganismos Vias de transmissão Reservatório/ Fonte Dinâmica da Transmissão Microrganismos Gotículas Doentes Profissionais de saúde Transmissão através de gotículas (> 5µm) que transferem os microrganismos através do ar quando a fonte ou o doente se encontram demasiado próximas. Ex.: Espirro, fala, tosse, aspiração. Influenza vírus, Vírus sincicial respiratório, Sarampo, Staphylococcus aureus, Streptococcus A. Via Aérea Ar Propagação de germes (< 5µm) evaporados através de núcleos de gotículas do ar ou pó no mesmo quarto ou a uma distância longa. Ex.: através de respiração. Mycobacterium tuberculosis, Legionella spp. 3

4 Porquê Suspender as Medidas de Diminuir os riscos associados ao isolamento de contacto: Contacto dos profissionais de saúde com o doente menos frequente Alteração no sistema de prestação de cuidados: - atrasos - eventos adversos não-infecciosos Aumento de sintomas de depressão e ansiedade Diminuição da satisfação do doente. 4

5 Bactérias multirresistentes: -BGN não fermentativos (Ex.: Acinetobacter, Pseudomonas, S. maltophilia) -Enterobacteriaceas Sensíveis aos Carbapenemos (Ex.: E. coli, Klebsiella spp., Enterobacter spp.) produtoras de ESBL e/ou AmpC. -VRE 5

6 Bactérias multirresistentes: Sendo estes agentes colonizadores frequentes, as medidas devem manter-se até à data da alta do doente. Exceptuam-se os internamentos prolongados (>2 meses) em que o doente infectado fez terapêutica dirigida: As medidas podem ser suspensas se houver duas culturas negativas de topografia previamente positiva: A 1ª colhida 48 horas após o fim da terapêutica e a 2ª pelo menos 5 dias após a 1ª cultura. 6

7 -Enterobacteriaceas Resistentes aos Carbapenemos (ERC): Em doentes com factores de risco, deve ser feito o rastreio activo (zaragatoa rectal). Adicionalmente podem ser efetuadas as seguintes zaragatoas: No caso da existência de estomas, escaras ou feridas, exsudação purulenta ou dispositivos invasivos, pode efetuar-se uma zaragatoa adicional por cada um desses locais. No caso de cateter urinário ou auto-algaliação frequente sugere-se adicionalmente a realização de urocultura. As medidas são suspensas se os resultados forem negativos. 7

8 -Enterobacteriaceas Resistentes aos Carbapenemos (ERC): - Como regra, os doentes confirmados como estando colonizados ou infectados por ERC deverão ficar em isolamento até ao final do internamento. - No caso de internamentos muito prolongados (3 ou mais meses) e não havendo evidência de infeção activa por estes agentes ou outros que requeiram isolamento, poderá ser levantado o isolamento se pelo menos 3 estudos microbiológicos consecutivos, separados por 48 horas, forem negativos. 8

9 -Enterobacteriaceas Resistentes aos Carbapenemos (ERC): - Deverá ser mantido o isolamento em situações de colonização ou infecção prévia por ERC, mesmo perante testes de rastreio negativos, se estiverem mantidos factores de risco como estomas, escaras, feridas ou incontinência, bem como imunodepressão grave, caso em que o isolamento será, além do mais, protector. 9

10 Bactérias multirresistentes: - MRSA Em doentes com factores de risco, deve ser feito o rastreio activo (zaragatoa nasal e de ferida crónica, se existir). As medidas são suspensas se o resultado for negativo. 10

11 Bactérias multirresistentes: Nos doentes com teste de rastreio positivo para MRSA devem ser feitas 3 zaragatoas de follow-up: A 1ª 48 horas após o tratamento/descolonização e as restantes com intervalo semanal. Suspensão das medidas se 3 zaragatoas negativas de forma consecutiva. 11

12 Outras situações clínicas (com Microrganismos não MR): Pneumonia (incluíndo gripe H1N1) suspensão após final da doença (mínimo 7 dias). Se Haemophilus influenzae ou Strepto. Grupo A, 24 horas após fim da antibioterapia. Tuberculose: Terapia dirigida 15 dias + 3 pesquisas B.A.A.R. negativas. 12

13 Outras situações clínicas (com Microrganismos não MR): Meningite por H. influenzae, N. meningitidis suspender as medidas específicas 24h após o tratamento antibiótico adequado. Restantes precauções padrão. Gastroenterite (incluíndo C. difficile, Rotavirus, Adenovirus e Vibrio cholerae) 72 h após o fim dos sintomas. Nos restantes casos de gastroenterite tb. 72h se vómitos e/ou incontinência. 13

14 Outras situações clínicas (com Microrganismos não MR): Sarampo suspender as medidas específicas 4 dias após o exantema ou após a resolução de todas as lesões se doente imunossuprimido. Rubéola suspender as medidas específicas 7 dias após o exantema. 14

15 Outras situações clínicas (com Microrganismos não MR): Escarlatina, impétigo, furunculose estafilocócica e feridas ou queimaduras com exsudado não contido por penso: Suspender as medidas específicas 24h após o fim do tratamento antibiótico adequado. 15

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