Governo do Estado do Ceará Secretaria de Educação do Estado do Ceará E.E.F.M Maria Edilce Dias Fernandes Laboratório do Ensino de Informática - L.E.

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1 Governo do Estado do Ceará Secretaria de Educação do Estado do Ceará E.E.F.M Maria Edilce Dias Fernandes Laboratório do Ensino de Informática - L.E.I TECNOLOGIA UMA PORTA PARA A PARTICIPAÇÃO NA ESCOLA Ibicuitinga, 15 de fevereiro de 2008

2 E.E.F.M Maria Edilce Dias Fernandes Laboratório do Ensino de Informática L.E.I Autores: Professora Coordenadora do L.E.I: Francisca Lucileide Saraiva Silva Monitores de Informática: Tallis Deyvide Maia Rubens José Wilker Darly da Silva Góes Francisco Maia de Oliveira Apoio: Núcleo gestor; CREDE 12/NTE Meyre Lino e Ionês Alves Público alvo: Alunos dos três anos do Ensino Médio, professores, motoristas, Conselheiros. Não vivemos mais somente dentro do Planeta Terra, estamos em outra dimensão, onde o pensamento, a tecnologia e principalmente informação recriam e criam outra realidade. Fonte: Consultado em fevereiro/2008.

3 Justificativa O debate sobre uso das tecnologias na educação é bastante pertinente, enquanto uns a defendem como uma inovação capaz de revolucionar o processo ensino aprendizagem, outros a criticam afirmando que ao contrário, seu uso prejudica a aprendizagem. Sabemos que as duas vertentes têm seus motivos para críticas até porque as TICs estão na escola há bastante tempo e não temos ainda em termos de educação a chamada revolução tecnológica. Na revista educarede on-line no link reportagem, aborda essa questão:... são cada vez mais numerosas as pesquisas que sugerem que o impacto da tecnologia na prática cotidiana dos professores é bastante limitado. Muitos professores resistem ao uso da tecnologia, não por serem antiquados ou ignorantes, mas porque reconhecem que ela não contribui para que eles alcancem seus objetivos. Existem muito poucas evidências convincentes de que o uso da tecnologia em si aumenta o desempenho dos alunos. É claro que alguns professores estão usando a tecnologia de modo bastante criterioso e criativo; porém, na maioria dos casos, o uso de tecnologia nas escolas é estreito, sem imaginação e instrumental. ( David Buckingham ) Fonte: Revista Pátio, Ano XI, No. 44, Jan.2008). Mas algumas reflexões são necessárias: Com as TICs na escola é possível a inclusão digital; As escolas não podem ignorar e ficar de fora das mudanças que a tecnologia impõe ao mundo moderno; A criação de softwares educativos melhora a aprendizagem dos alunos; O computador (internet) amplia o espaço escolar mas é claro que para isso ocorrer é necessário que professores, alunos, funcionários comunidade civil e organizada saibam utilizar as TICs na construção de uma escola mais inclusiva e inovadora, por isso é imprescindível não só investir em máquinas, mas principalmente nos recursos humanos, pois a

4 máquina sozinha não é capaz de fazer uma revolução, porém basta um ser humano e uma idéia para que se comece a incomodar. Os meios digitais, como a internet e os jogos de computador, realmente têm enorme potencial para o ensino, mas será difícil realizar esse potencial se persistirmos em considerá-los apenas como tecnologias, e não como formas de cultura e comunicação. ( David Buckingham Fonte: Revista Pátio, Ano XI, No. 44, Jan.2008). Precisamos envolver nesse processo todos que fazem a escola, professores, alunos, pais, Comunidade civil e organizada (Conselhos escolares, Grêmios estudantis), por isso nesse Projeto propomos uma formação de todos que participam do processo escolar, professores, alunos, pais, comunidade civil e organizada (Conselhos, Associações, etc), porque não podemos defender aquilo que não conhecemos e é preciso que todos acreditem nas TICs, que as vejam como aliadas, que as utilizem. Mas não basta saber usá-las, é preciso ousar, descobrindo meios de como elas podem melhorar a aprendizagem dos alunos e contribuam para a construção de uma escola de qualidade. Com as TICs na escola o espaço foi ampliado além dos muros. Diariamente os alunos adquirem inúmeros conhecimentos de forma lúdica e interativa. Pessoas adentram virtualmente, dão opiniões, sugerem, elogiam, criticam, etc. Isso mostra que as tecnologias (no caso a Internet) são ferramentas excelentes para dinamizar o espaço escolar, divulgando suas ações e o processo ensino aprendizagem, porém a participação da comunidade real (local), do entorno da escola ainda é muito pequena. Enquanto a comunidade virtual se sente a vontade para conhecer a escola, a comunidade real (mais próxima), que deveria estar constantemente participando, não se sente parte, quase não participa. Enquanto a primeira não precisa de convite, a segunda mesmo convidada, na maioria das vezes não comparece. Para a primeira, as TICs são a porta, propomos então que elas também sirvam para atrair a segunda. Mas como isso seria possível? Existe a necessidade por parte da comunidade de alguns serviços disponíveis na Internet (IPVA/ MULTAS/ Isenção do CPF/ Declaração de impostos de renda, entre outros). A escola disponibilizará esses serviços para a comunidade, além de

5 cursos de Informática Básica. Inicialmente abriremos vagas para os motoristas que transportam alunos para a escola, pois eles trazem os alunos e ficam ociosos; funcionários da escola estaduais e municipais, estes últimos que prestam serviços na nossa escola, pais envolvidos nos conselhos( de Pais, Conselho Escolar, etc). Posteriormente abriremos para outros segmentos da sociedade. Metodologia Inicialmente haverá divulgação do L.E.I e dos serviços prestados pelo mesmo e sensibilização para o envolvimento da comunidade nos Cursos de Informática Básica. Além do conteúdo específico, o curso abordará também o uso responsável e crítico das tecnologias, especialmente do computador. Outro tema que não poderia faltar é a importância da aprendizagem em grupo, pois teremos cursistas de todos os níveis já que são oriundos de camadas sociais diferentes. Será elaborada uma apostila que também atenda essa diversidade. Será enfocado três aspectos: 1- Aprender a usar as TICs; 2- Vantagens e desvantagens das TICS; 3- Aprender e ensinar com as TICS. Além do Curso Básico de Informática, cursistas terão acesso aos recursos do Linux educacional 2.0, além do processo educomunicativo, em que registrarão suas experiências, vídeos. blogs, etc. Os professores terão formação também durante os planejamentos. O curso será ofertado nos três horários, para que possa abranger maior número possível de pessoas no L.E.I da escola E.F.M. Maria Edilce Dias Fernandes.

6 Objetivo Geral Colocar as TICs presentes na E.E.F.M Maria Edilce Dias Fernandes à serviço da comunidade escolar e local através da prestação de serviços e cursos, visando o envolvimento desta no PDE e nas atividades da escola sensibilizando assim para a participação da mesma na construção de uma escola de qualidade. Objetivos Específicos Envolver a comunidade na escola; Integrar escola/ Comunidade; Oferecer serviços para a comunidade; Contribuir através das TICs com a construção de uma escola de qualidade. Preparar os alunos para o uso das TICs como ferramenta de aprendizagem; Oferecer aos professores que não sabem usar as TICs, Curso Básico de Informática e como utilizá-las na aprendizagem dos alunos (informática educativa); Ofertar a professores e alunos, que já têm curso de informática básica, oficinas de Informática Educativa. Avaliação A avaliação ocorrerá durante todo o curso de forma processual com atividades práticas e observações. Os professores serão observados nos planejamento, nas aulas no Laboratório de Informática e na sala de aula. A experiência será registrada em vídeo para uma auto avaliação da turma e apresentada no encerramento durante a entrega de certificados que será expedido

7 pela escola/nte/crede 12. Contextualização da Escola A E.E.F.M. Maria Edilce Dias Fernandes, localizada na cidade de Ibicuitinga está afastada 1.256m do centro da cidade. Distribui suas atividades nos turnos manhã (Ensino Fundamental do 6º ao 9º Ano), tarde e noite (Ensino Médio). É mantida pelo Governo do Estado do Ceará, e subordinada técnica e administrativamente à Secretaria da Educação Básica do Estado do Ceará SEDUC. Está inserida na região limite entre o Sertão Central e o Vale Jaguaribano fazendo fronteira com as cidades de Quixadá e Morada Nova. A economia da cidade é centrada no trabalho agrícola, com as culturas do milho, feijão, castanha, pouca horticultura e tímida pecuária. As perspectivas de emprego são pequenas, já que não temos fábricas, usinas e estabelecimentos comerciais de grande porte. O comércio é em sua maioria varejista. Além da agricultura, outro meio de circulação de capital são os funcionários públicos e os aposentados rurais. A E.E.F.M. Maria Edilce Dias Fernandes, não existia antes sob essa designação. Antes, os professores executavam suas atividades em escolas públicas municipais da cidade, até o momento em que questões internas da política partidária impossibilitaram a continuidade dos serviços dos mesmos. Daí em diante passou-se para a denominação de Escola Reunida de Ibicuitinga, assim chamada por que os professores lecionavam em garagens, depósitos e outros espaços, devido à inexistência de um prédio próprio. Alguns anos depois, após esforços conjuntos de professores, alunos, comunidade e poder público conseguiram a construção do prédio. Inaugurada no dia 27 de Janeiro de 1994, com o nome de Colégio Estadual Maria Edilce Dias Fernandes em homenagem a uma professora antiga da rede estadual e falecida na época. A sua criação mesmo só aconteceu no dia 14 de Julho de 1994, pela Lei Estadual Decreto Nº para funcionar com o Ensino Fundamental. Posteriormente, foi alterada pelo Decreto Nº de 11 de Novembro de 1997 para funcionar também com o Ensino Médio.

8 A escola atende alunos da sede e distritos, já que é a única que oferece Ensino Médio no município. A maioria deles são da zona rural, necessitando de transporte escolar para se deslocarem até a escola. Este serviço é feito através da Secretaria da Educação Municipal. O transporte escolar tem sido um dos nossos maiores problemas. Neste ano temos 846 alunos matriculados, sendo que 44 são do ensino fundamental e 802 são do ensino médio. Quanto à estrutura física da escola, dispomos de Laboratório de Informática, Ciências, Biblioteca, Quadra Esportiva coberta e demais dependências em boas condições de funcionamento. Nos últimos três anos tivemos os seguintes indicadores:

9 futuro): Descrição da experiência (público alvo, resultados alcançados, visão de O Projeto iniciou no dia 10 de março de 2008 com o Curso Básico de Informática para alunos, professores, funcionários, motoristas, Conselho Escolar. Ao todos temos 150 alunos, 24 professores, 02 funcionários 01 motorista e 01 Conselheiro distribuído nos três turnos escolares. O curso é ministrado pelos monitores e professor coordenador do LEI. O curso já passou pela parte de conhecimento da ferramenta, pois inicialmente ofertamos para os que nunca tinham tido acesso, não sabiam nem pegar no mouse e agora já estamos entrando na parte de internet. Começaremos a segunda parte do Curso que é a de criar a cultura de utilizar a internet para aprender a pesquisar, a utilizar a internet para se comunicar, criar páginas (blogs, sites), utilizar os softwares do linux 2.0. No caso específico dos professores a formação se dá em duas horas semanais e nos planejamentos. Em agosto iniciaremos a segunda etapa do curso, atendendo mais alunos o nosso intuito é que todos aprendam a utilizar o computadores estenderemos para outras camadas da comunidade, a formação dos professores continuará por todo o ano nos planejamentos.

10 Recursos Materiais(Permanente) Computadores ligados à Internet; Quadro interativo. Consumo: apostilas; pincel especial para quadro interativo. Serviços: Fotocópias da apostila; impressão da apostila. Professor; Monitores. BIBLIOGRAFIA: REVISTA PÁTIO, ANO XI Novembro / janeiro 2008; (